PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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terça-feira, março 16, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] SEM NOÇÃO!!! (''NO SENSE''

...





[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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FUSÕES E AQUISIÇÕES [In:] CITROSUCO-CITROVITA (Esmagando o ''market share'')

Avançam negociações para fusão citrosuco-citrovita

Citrosuco e Citrovita costuram a integração de suas operações


Autor(es): Fernando Lopes,
Nelson Niero,
Francisco Góes e
Paulo de Tarso Lyra, de São Paulo, do Rio e de Brasília
Valor Econômico - 16/03/2010

Os grupos Fischer e Votorantim negociam unir suas operações no segmento de suco de laranja, no qual atuam por meio das empresas Citrosuco e Citrovita, duas das maiores companhias do setor. O Valor apurou que as discussões avançaram nos dois últimos meses.


Em busca de escala em tempos de demanda estável, o plano envolve todo o negócio de suco das empresas, incluindo fábricas, estrutura logística e pomares de laranja em produção ou em desenvolvimento nas fazendas próprias de ambas. As terras pertencentes aos dois grupos não entrariam no negócio. A intenção é criar uma nova companhia cujo controle seria dividido em partes iguais por Fischer e Votorantim, ainda que, hoje, a Citrovita seja bem menor que a Citrosuco e tenha de ganhar musculatura para ter o mesmo peso na sociedade.

Os grupos Fischer e Votorantim negociam unir suas operações no segmento de suco de laranja, onde atuam por meio das empresas Citrosuco e Citrovita, respectivamente. Fontes gabaritadas deste mercado afirmam que há conversações em curso e que elas avançaram nos dois últimos meses. Procuradas, a Citrovita afirmou que não comenta rumores de mercado e a Citrosuco não se pronunciou

O Valor apurou que o plano envolve todo o negócio de suco das empresas, incluindo fábricas, estrutura logística e pomares de laranja em produção ou em desenvolvimento nas fazendas próprias de ambas. As terras em si não estão no pacote. A ideia é criar uma nova companhia dividida em partes iguais por Fischer e Votorantim, ainda que, hoje, a Citrovita seja bem menor que a Citrosuco e tenha que ganhar musculatura para ter o mesmo peso na sociedade.

Foto Destaque

Fontes do segmento afirmam que a proposta de fusão partiu da Citrovita, e que não há data marcada para o desfecho das negociações, que poderão durar até um ano - apesar de "alguns conceitos" já estarem acordados. A gestão da nova companhia, que corre sério risco de ser vetada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) mesmo que as conversas sigam firmes, deverá ser liderada pela Citrosuco.

A Citrosuco é a segunda maior exportadora de suco de laranja do país, à frente justamente da Citrovita. Juntas, praticamente empatam com a Cutrale, tradicional líder do ranking nacional e mundial. Também forte no país, a francesa Louis Dreyfus Commodities completa o seleto grupo das quatro grandes exportadoras. O Brasil domina mais de 80% da soma entre as exportações globais do produto congelado e concentrado (FCOJ) e não concentrado (NFC), que ganha espaço desde 2003.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, em 2009, as exportações totais da Cutrale, entre suco concentrado, não concentrado e subprodutos, somaram US$ 673,3 milhões, 22% menos que em 2008. Puxadas por suco e derivados, os embarques da Fischer Comércio, Indústria e Agricultura renderam US$ 551,1 milhões, alta de 135,2%. No caso da Citrovita, foram US$ 125,2 milhões, uma retração de 26,1%.

O parque produtivo do segmento é concentrado em São Paulo, onde as indústrias têm suas fazendas próprias de laranja, seus fornecedores tercerizados da fruta para fabricação de suco e suas fábricas de processamento. Das 14 fábricas das quatro companhias instaladas no Estado, cinco são da Cutrale, e as demais empresas contam com três unidades cada.

A Citrosuco mantém fábricas nos municípios paulistas de Matão - a maior do país -, Limeira e Bebedouro, sendo que está última está desativada. As unidades da Citrovita estão nas cidades de Matão, Catanduva e Araras. A Citrosuco também tem uma fábrica nos Estados Unidos, onde a Cutrale há anos está com duas unidades e a Louis Dreyfus, uma.

Além disso, as companhias ampliaram os investimentos em suas estruturas logísticas de exportação nos últimos anos, com navios e terminais nos principais portos de mercados como EUA, Europa e Ásia. Com o avanço do suco não concentrado, que demanda mais espaço para o transporte, os investimentos em logística tiveram que ser fortalecidos.

Como disse um especialista, "a exportação de suco de laranja é, antes de tudo, um negócio de logística", e um bom exemplo disso é o terminal da Citrosuco no porto de Ghent, no norte da Bélgica, visitado recentemente pelo Valor e fundamental para a entrada dos produtos da empresa no mercado europeu, o principal para os embarques brasileiros em geral.

No ano passado, este terminal movimentou 350 mil toneladas de suco, 20% mais que em 2008. O volume significou 30 escalas de grandes navios que atracaram no porto para descarregar o produto. Depois de descarregar, os navios voltam vazios para o Brasil. Operando desde 1982, o terminal da Citrosuco em Ghent tem capacidade de estocagem de 50 mil toneladas, entre concentrado e NFC.

No total, a Citrosuco tem quatro navios próprios, dos quais dois com capacidade para 38 mil toneladas cada e os demais para 16 mil toneladas. Por ano, 15 mil caminhões de transporte a granel refrigerados passam apenas pelo terminal da empresa em Ghent, carregando o produto para ser entregue aos clientes finais da empresa na Europa, que o engarrafam.

Parte do suco que passa por Ghent destina-se à Ásia e Austrália. No total, a Citrosuco Europe tem cerca de 150 clientes, entre Europa, Ásia e Austrália. A Citrosuco tem outros terminais logísticos para o escoamento de suco, sendo o maior deles em Santos (SP), como suas concorrentes. Outros dois terminais estão em Wilmington, nos Estados Unidos, e em Toyohashi, no Japão.

Apesar de fazer todo o sentido nesta nova era de demanda internacional por suco de laranja relativamente estável, preços vulneráveis e ganhos de escala difíceis e perdas em elos da operação qualquer aproximação entre Citrosuco e Citrovita esbarra desde já em investigações sobre uma suposta formação de cartel entre as grandes empresas exportadoras de suco.

Mantidas em pauta graças à pressão de citricultores que reclamam de prejuízos com a prática e fortalecidas pelo depoimento de um ex-executivo de uma das quatro empresas, que aceitou colaborar com as investigações graças a um acordo de leniência, as investigações devem ganhar fôlego a partir do deslacre de documentos apreendidos na sede da Citrovita durante a Operação Fanta, da Polícia Federal, em janeiro de 2006.

Esses papéis são mantidos lacrados graças a liminares, mas a expectativa é que a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça a qualquer momento consiga acesso a eles. Entrevista do ex-empresário Dino Tofini confirmando que o segmento era cartelizado na década de 90, publicada ontem na "Folha de S. Paulo", também animou citricultores que pedem a abertura dos documentos, principalmente aqueles vinculados à Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), sediada em Bebedouro, a acreditar que o processo agora vai ganhar celeridade.

Mário Bavaresco Júnior é o principal executivo da Citrovita. Já os rumos da Citrosuco são definidos por Maria do Rosário Fischer, viúva de Carlos Guilherme Eduardo Fischer, filho do fundador Carl Fisher, já falecido. A sra. Fisher tem quatro filhas, uma delas casada com Ricardo Ermírio de Moraes, um dos herdeiros da Votorantim. Moraes já foi alto executivo da Citrosuco, mas se afastou em parte pelas questões concorrenciais.

BRASIL/ISRAEL/GOVERNO LULA [In:] DIPLOMACIA OU IDEOLOGIA?

ISRAELENSES COBRAM DE LULA DISTÂNCIA DO IRÃ

ISRAEL PRESSIONA LULA A SE AFASTAR DO IRÃ


Autor(es): CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM
Folha de S. Paulo - 16/03/2010

Israel pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que adira a uma "frente internacional" contra o armamentismo do Irã. "Você [Lula] representa valores diferentes. Eles [o Irã] usam a crueldade, amam a morte; você ama a vida", afirmou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu. O assunto prosseguiu em uma reunião reservada entre os chefes de governo.

Em sessão no Parlamento israelense, presidente brasileiro ouve exortações contra Teerã de governistas e opositores

Petista não cita país persa em discurso, mas em reunião com Netanyahu reafirma crença em diálogo como melhor caminho a seguir

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu ontem um coro de vozes israelenses, representando todo o arco político-institucional, para que adira ao que o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, chamou de "frente internacional que se está formando contra o armamentismo do Irã".
Emendou "Bibi", como é mais conhecido o premiê israelense: "Você [Lula] representa valores diferentes. Eles [o Irã] usam a crueldade, eles amam a morte, você ama a vida".
O coro incluiu dois pedidos para que Lula não legitime "as intenções assassinas" dos governantes iranianos, como disse Reuven Rivlin, o presidente da Knesset, o Parlamento israelense. É uma evidente alusão à visita que Lula fará em maio ao Irã, que também foi criticada pela líder da oposição, Tzipi Livni, para quem "o Brasil não pode permitir-se dar legitimidade indireta ao Irã".
Depois do que o chanceler Celso Amorim chamaria de "exortações", Lula não citou a palavra Irã em uma única linha de seu discurso à Knesset, que terminou sendo aplaudido de pé pelos deputados.
Na conversa fechada com o presidente brasileiro, Netanyahu voltou a cobrar Lula, de forma "muito amistosa e respeitosa", segundo o relato do encontro feito por Amorim.
Aí, sim, o presidente brasileiro disse qual era a sua posição, reiterando a defesa do diálogo em vez de sanções. No discurso ao Parlamento, aliás, já tocara no tema "diálogo", conceitualmente, aplicando-o não ao Irã especificamente, mas a tudo.
"Não fugi aos conflitos. Mas busquei resolvê-los pelo diálogo, ainda quando parecia exercício ingênuo, tarefa impossível", afirmou.
Parece uma alusão ao fato de a diplomacia israelense considerar ingênua a visão brasileira sobre o diálogo com o Irã.
A violência retórica contra Teerã, nos discursos dos líderes israelenses, demonstra que não há a mais leve hipótese de que aceitem a conversão do regime iraniano pelo diálogo.
"O tempo está terminando, e o mundo deve despertar para as bases satânicas do regime dos aiatolás", começou Rivlin, presidente da Knesset, pertencente ao Likud, o partido de Netanyahu, a direita dura israelense.
Continuou: "Ser publicamente contra sanções pode ser interpretado como sinal de fraqueza ante líderes que não têm freios".
Seguiu-se Tzipi Livni, do Kadima, partido hoje tido como moderado, mas que foi criado por Ariel Sharon, ex-primeiro-ministro que se encontra em estado vegetativo após acidente vascular cerebral. Sharon foi historicamente considerado ultralinha-dura:
"A vitória do Hamas é a vitória do Irã e da ideologia do ódio", disparou, aludindo ao movimento islâmico de resistência, que controla a faixa de Gaza e está na lista de movimentos terroristas da União Europeia e dos EUA.
A barragem de "exortações" não surpreendeu o governo brasileiro. De fato, já fora antecipada por esta Folha no sábado, 24 horas antes da chegada de Lula. O fato de ter sido feita em público, em uma sessão do Parlamento que usualmente é uma exaltação da amizade entre dois países, confirma que a hipótese de que o Irã produza a bomba atômica é o grande pesadelo de Israel.
Como diz Dan Ayalon, vice-chanceler: "É bastante óbvio que, depois de um ano em que todas as tentativas de engajamento não funcionaram, se continuarmos com o diálogo pelo diálogo se criará uma situação muito perigosa porque, enquanto dialogamos, os iranianos trabalham duramente para ter a arma nuclear".
Depois da sessão do Parlamento, a Folha perguntou a Ayalon se ele ficara frustrado com a ausência de menção ao Irã no discurso de Lula. "Respeitamos a posição dele, que é um líder mundial. Esperamos que, ao final do encontro [que haveria entre Netanyahu e Lula], haja não só um encontro de mentes mas de posições."
Não houve, mas tampouco quer dizer que tenha havido rachaduras no bom relacionamento Brasil-Israel. Tanto que Netanyahu e Lula combinaram que, doravante, haverá uma sistema de reuniões entre os chefes de governo uma vez a cada dois anos.
O primeiro-ministro foi convidado a visitar o Brasil e talvez o faça ainda neste ano.
Pode ter contribuído para amenizar a divergência o fato de que o governo brasileiro parece exibir agora uma posição mais flexível em relação ao programa nuclear iraniano. Amorim antecipou, na entrevista coletiva, que Lula cobrará do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em maio, garantias de que o programa nuclear iraniano é exclusivamente para fins pacíficos.
Mais: "É preciso que a comunidade internacional seja convencida [das garantias]". Amorim disse ainda que "nem nós estamos convencidos, a priori".
Não são exatamente frases que combinem com a versão mais difundida pela mídia internacional de que o Brasil defende o programa nuclear iraniano. Defende o direito do Irã -e de qualquer país- de ter a tecnologia nuclear para usos pacíficos, mas é contra que "qualquer país tenha armas nucleares", conforme Lula comentou com Netanyahu.

ELEIÇÕES 2010/BOLSA FAMÍLIA [In:] UM ''SACO SEM FUNDO''...

BOLSA FAMÍLIA ELEVA EMISSÃO DE MOEDA

PROGRAMA SOCIAL ELEVA EMISSÃO DE DINHEIRO


Autor(es): Janes Rocha, do Rio
Valor Econômico - 16/03/2010

A Casa da Moeda do Brasil tem de suprir uma demanda por dinheiro que cresce de 15% a 20% ao ano desde o Plano Real, em 2004. Além da estabilidade, outros fatores recentes intensificaram a tendência: os programas sociais, como o Bolsa Família e os reajustes do salário mínimo e das aposentadorias. O Banco Central elevou em 54% seus pedidos de moedas metálicas em 2009, de 1,3 bilhão de unidades em 2008 para pouco mais de 2 bilhões. A quantidade de cédulas e moedas em circulação aumentou de 0,5% do Produto Interno Bruto para 4% em 2009.

Para atender a demanda, a Casa da Moeda concluiu em 2009 a primeira parte de um programa de investimentos em modernização tecnológica que consumiu R$ 380 milhões de um total de R$ 457 milhões. Agora, a estatal vai voltar a produzir dinheiro para outros países, como fazia até os anos 80.

O Banco Central (BC) elevou em 54% seus pedidos de cédulas e moedas em 2009 para a Casa da Moeda do Brasil(CMB), de 1,3 bilhão de unidades em 2008 para pouco mais de 2 bilhões, obrigando a fábrica a duplicar sua produção. A CMB é uma estatal ligada ao Ministério da Fazenda, que tem o monopólio da produção de cédulas, moedas e selos.

O aumento da produção só foi possível porque a Casa da Moeda concluiu em 2009 a primeira parte de um programa de investimentos em modernização tecnológica que consumiu R$ 380 milhões, de um total de R$457 milhões, que resultaram na duplicação da capacidade de produção.

João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, explicou que a expansão incluiu uma demanda "reprimida". "Há anos vínhamos pedindo mais moeda e não tinha. No ano passado eles ofereceram mais, nós pedimos mais", disse. Ele se referia à ampliação da capacidade instalada de produção da Casa da Moeda.

De acordo com as estatísticas do BC, a demanda do público por meio circulante vem crescendo 15% a 20% anuais desde 1994, ano da implantação do Plano Real e início da estabilização econômica do país. De lá para cá, o meio circulante - quantidade de dinheiro em circulação na economia - aumentou de pouco mais de 0,5% a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4% no ano passado.

No paísescom história de economia estável como Estados Unidos e os países europeus, o meio circulante chega a representar entre 7% e 8% do PIB, enquanto no Japão este índice atinge 15%. "O Brasil está convergindo para um padrão de uso de moeda corrente similar às economias maduras",afirmou Figueiredo Filho.

Segundo o chefe do Departamento do BC, a estabilidade gerou o crescimento econômico e, consequentemente, uma série de fatores diretose indiretos que fazem com que haja um aumento do numerário em circulação: maior acesso a crédito e a serviços bancários que, por sua vez, geram mais recursos na mão do público. "Em algum momento isso cai na economia",disse Figueiredo Filho.

Porém, mais recentemente, outros movimentos fizeram subir fortemente a demanda por cédulas e moedas no Brasil: os programas sociais do governo federal - que representaram maior quantidade de renda nas mãos de pessoas mais pobres, que usam exclusivamente dinheiro vivo (já que não têm conta em banco, talões de cheque ou cartões de crédito); os reajustes do salário mínimo e das aposentadorias.

"Todos estes fatores são importantes, eu não apontaria uma causa só", disseFigueiredo Filho. "Uma coisa que ficou patente logo depois do Real, foi o fortalecimento da economia informal, na qual o uso da moeda é talvez a única possibilidade (de comércio)", disse o chefe de departamento doBC.

A Casa da Moeda implantou duas novas linhas de produção de cédulas, incluindo novas máquinas, importadas da Alemanha, e a adequação da área industrial para abrigar os novos equipamentos. A última atualização do maquinário havia sido em 1977.

Agora são quatro linhas de produção, duas novas e duas antigas. As duas antigas produziam 2,1 bilhões de cédulas por ano em dois turnos. Com as duas novas, a CM vai produzir 4,2 bilhões em dois turnos. As máquinas antigas tinham capacidade para imprimir 8 mil folhas por hora, enquanto as novas podem fazer 10 mil folhas por hora.

A inauguração das máquinas ocorrerá com a produção das novas cédulas do real, anunciadas pelo Banco Central em fevereiro. Em 15 de abril se inicia a produção de notas de R$ 50 e R$ 100, que serão lançadas nos primeiros dias de junho. Em setembro começam a ser fabricadas as notas de R$ 10 eR$ 20 e em janeiro de 2011, as de R$ 2 e de R$ 5.

O próximo passo é a internacionalização e a entrada em novos nichos de mercado, disse Luiz Felipe Denucci Martins, presidente da Casa da Moeda. A estatal vai voltar a produzir dinheiro para outros países, atividade suspensa há cerca de 30 anos pelo forte crescimento da demanda interna e a defasagem tecnológica. Uma das mais antigas empresas do Brasil, fundada há 300 anos, a Casa da Moeda fornecia cédulas e moedas para pelo menos 15 países até os anos 80.

Neste momento está em negociações com quatro países sul-americanos. Denuccia firmou que não poderia divulgar os nomes até que as negociações estejam encerradas, já que este mercado "é muito competitivo".

Também foi feita proposta de emissão gratuita de moeda para o Haiti, mas o governo haitiano ainda não respondeu se quer ou não. A proposta foi feita atendendo ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dentro do programa de colaboração para reconstrução do país destruído por um terremoto em janeiro.

A proposta é de produção de cem milhões de cédulas novas de Gourde (amoeda doHaiti), que poderiam ser entregues em 180 dias. Denucci também não quis dizer quanto isso custaria à CMB.

Fora o Haiti, que seria uma doação, a produção para outros países, segundo Denucci, é orientada diretamente pelo Ministério da Fazenda, levando em conta as linhas de política externa do governo federal. Duas regiões terão prioridade nas ofertas: Mercosul, América do Sul e Latina como um todo e a África sub-saariana, com prioridade para os países de língua portuguesa. Mas Denucci diz que este não é um mercado fácil, com grande concorrência de empresas internacionais, como a francesa Thomasde La Rue, a alemã G&D, a espanhola Cecosa e a Royal Canadian Mint.

"Caso se concretize a demanda internacional, podemos ir a três turnos", disse Denucci. "A tecnologia que temos permite fabricar cédulas com o mesmo rigor e avanços em segurança que dólar e euro".

No balanço de 2009 divulgado semana passada, a Casa da Moeda mostra um faturamento de R$ 1,533 bilhão, o dobro dos R$ 762,4 milhões registrados em 2008. O lucro líquido triplicou, de R$ 103,5 milhões para R$ 330,1 milhões. O envelhecimento do parque industrial fica clarono balanço dos ativos, onde o valor das depreciações, de R$ 350 milhões equivale a 77% do valor declarado dos bens da companhia, como observa o especialista em contabilidade e professor Alberto Borges Mathias.

Denucciafirmaque todo o aumento do capital social da Casa da Moeda de 2009,que deconforme o balanço foi de R$ 144 milhões em 2008 para R$ 246milhões,foi feito com incorporação de lucros passados. "Desde 2007 aCasa daMoeda não recebe nada do Orçamento da União", disse, lembrandoque aparticipação de R$ 300 milhões que o governo federal deveriafazer nosinvestimentos da empresa em 2008 foi cortada devido à crisefinanceirainternacional.

Paratornar-secada vez mais independente dos recursos orçamentários e garantir verba para os investimentos em modernização do maquinário, a Casa da Moeda renegociou os contratos maiores que tem com o BancoCentral e a Receita Federal e tem buscado diversificar sua produção.

A participaçãode produtos (cédulas, moedas, carteiras de identidade epassaportes),que já representaram 70% do faturamento da empresa em 2007, no ano passado caiu para 56% e em 2010 a previsão é baixar para 50%, disse Denucci. O restante está dividido entre diversos serviços prestados a órgãos do governo como os selos postais, fiscais e cartoriais - a empresa tem o monopólio na produção de selos no país. O segmento que mais tem crescido nas vendas são os selos de bebidas friase cigarros, produzidos para a Receita Federal.

Entre os novos nichos de mercado está a abertura de duas novas unidades, uma para fabricação de discos de metal para moedas e outra de cartões inteligentes. Segundo Denucci, a produção de discos metálicos não será apenas para suprimento da demanda da própria CMB, mas para"regular o mercado": "Os mercados de nossas matérias primas são oligopolizados", afirmou. "Queremos ter uma visão objetiva dos custos e se, numa crise, ou numa demanda crescente, podemos atender". E completa: "Nosso negócio é dinheiro. Temos que estar presentes em tudo o que diga respeito a dinheiro e documentos de segurança".

PT/DIRCEU/MENSALÃO [In:] ''SE VOCÊS PENSA QUE NÓIS FOMOS EMBORA..." (*)

Corretor diz que Dirceu e PT receberam R$ 5,5 milhões

Advogado de Dirceu vê acusação leviana


O Estado de S. Paulo - 16/03/2010

Procurado pela reportagem do Estado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu delegou a tarefa de responder às acusações do corretor de valores Lúcio Funaro a seu advogado, José Luís de Oliveira Lima.

"(Funaro) É uma pessoa com a qual o ministro jamais teve qualquer contato pessoal, telefônico ou por terceiros e essas afirmações são levianas, desprovidas de qualquer documento", declarou o advogado. "Esse senhor não merece credibilidade."

Em nota, o Grupo Almeida Júnior afirmou que, por ser sócio majoritário do Shopping Neumarkt, tinha preferência na compra quando o Portus decidiu, em 2004, vender sua participação no empreendimento. O fundo de pensão dos servidores do setor portuário fundo detinha 20% das frações ideais do shopping.

"Os valores da oferta foram objeto de avaliação independente promovida pela própria Portus e os empreendedores exerceram seu legítimo direito de preferência", informa o texto da nota divulgada ontem.

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a corretora ASM Asset Management limitou-se a declarar que as afirmações de Funaro são irresponsáveis e levianas.

A assessoria da Direção Nacional do PT avisou que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, não vai se pronunciar sobre as denúncias envolvendo fundos de pensão.

O advogado do tesoureiro, Luiz Flávio D"Urso, não respondeu aos telefonemas feitos pela reportagem.

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(*) ÓI NÓIS AQUI TRAVEIS. (Adoniran Barbosa). Demônios da Garoa.

SE VOCÊS PENSA QUE NOIS FOMOS EMBORA
NÓIS ENGANEMOS VOCÊS
FINGIMOS QUE FOMOS E VORTEMOS
OI NÓIS AQUI TRAVEIS

SE VOCÊS PENSA QUE NÓIS FOMOS EMBORA
NÓIS ENGANEMOS VOCÊS
FINGIMOS QUE FOMOS E VORTEMOS
OI NÓIS AQUI TRAVEIS

NÓIS TAVA INDO TAVA QUASE LÁ
E ARREZORVEMO E VORTEMOS PRÁ CÁ
AGORA NÓIS VAI FICÁ FREGUEIS
OI NÓIS AQUI TRAVEIS ".

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ARRUDA/MENSALÃO/PF: ''... SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO" (*)

CPI DESAFIA DURVAL A DETALHAR PROPINAS

DURVAL NA CPI, AGORA ELE VAI?


Autor(es): # Luísa Medeiros
Correio Braziliense - 16/03/2010

Distritais da Comissão que investiga contratos da Codeplan vão colher depoimento do ex-secretário de Arruda e pivô do escândalo. Empresários também serão ouvidos



Um mês e meio depois de ter o depoimento desmarcado, delator do suposto esquema de pagamento de propina no Distrito Federal é convocado novamente. Distritais vão se reunir amanhã com a cúpula da Polícia Federal para definir a data

Paulo de Araújo/CB/D.A Press
Durval iria depor em 26 de janeiro, mas pediu o adiamento

Evandro Matheus/Esp. CB/D.A Press
Deputados da CPI da Codeplan reunidos no plenário da Câmara Legislativa: plano de trabalho definido para os próximos meses


Dois meses depois de instalada na Câmara Legislativa, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codeplan, criada para investigar irregularidades na gestão administrativa do Governo do Distrito Federal nos últimos 19 anos, finalmente aprovou um plano de trabalho. Após uma tentativa frustrada de ouvir o delator do suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina, Durval Barbosa, os integrantes da comissão decidiram, após uma hora e meia de negociação, convocá-lo novamente. O ex-secretário de Relações Institucionais será a primeira pessoa a prestar depoimento na CPI. Em seguida, os distritais vão ouvir cinco empresários da área de informática (veja quadro abaixo).

A retomada da convocação de Durval Barbosa gerou uma discussão acirrada entre os integrantes da CPI, motivo pelo qual a terceira reunião da comissão começou atrasada. Os deputados José Antônio Reguffe (PDT) e Paulo Tadeu (PT), o relator da CPI, defenderam que a primeira pessoa a ser ouvida deveria ser o autor das denúncias que desencadearam a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A presidente Eliana Pedrosa (DEM) e os outros integrantes, Batista das Cooperativas (PRP) e Raimundo Ribeiro (PMDB), argumentaram que o depoimento do ex-secretário seria mais proveitoso se fosse realizado ao fim das investigações. Para evitar mais críticas sobre a letargia dos trabalhos da CPI, o grupo contrário cedeu a pressão e topou ouvir primeiro o pivô do escândalo político em Brasília.

Inquérito
Amanhã, às 10h, os distritais irão à direção da Polícia Federal agendar o relato do ex-secretário do GDF, que está sob proteção policial desde que foi divulgado o teor do inquérito nº 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A expectativa do relator Paulo Tadeu é ouvir Durval até terça-feira da semana que vem, antes do início dos depoimentos dos empresários. Não é a primeira vez que a CPI tenta escutar o ex-secretário. Em janeiro, distritais conversaram com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, sobre a viabilidade da coleta do relato do ex-secretário. Data e hora (26 de janeiro, às 9h) estavam marcadas quando o próprio Durval pediu para adiar o encontro. Ele alegou que a “desorganização política e administrativa da Câmara” o fizera mudar de ideia.

Para o relator, Paulo Tadeu, desta vez “não se trabalha com a possibilidade de Durval não vir”. “A bagunça (na Casa) já foi corrigida. Não tem por que ele não vir agora. O depoimento dele é fundamental para as investigações”, afirmou. Reguffe disse que “não ouvir Durval seria uma demoralização” da CPI. Sobre o assunto, Eliana Pedrosa ponderou mais uma vez. “Na minha opinião, (o depoimento) tem que ser no final”, destacou, alegando que as testemunhas deveriam ser as primeiras a serem chamadas.

Empresas
De acordo com o relator Paulo Tadeu, o inquérito do STJ cita a participação de 108 pessoas no suposto esquema de corrupção. Isso não significa que todos os envolvidos serão convocados a prestar depoimento. A Polícia Federal será consultada para auxiliar na seleção dos nomes. O plano de trabalho, aprovado por quatro votos e uma ausência, definiu até março as pessoas que serão ouvidas. Após o depoimento de Durval, os integrantes da comissão colherão relatos de empresários da área de informática. Cinco já foram definidos, entre eles Gilberto Lucena e Cristina Bonner, donos das empresas Linknet e TBA, respectivamente. Ao todo, 41 empresas são citadas nos autos. Os pedidos de quebra de sigilo telefônico e bancário não foram descartados pelo relator.

Em junho, expira o prazo de 180 dias para apurar as denúncias, mas até lá outras pessoas deverão ser chamadas pela CPI. Para dar andamento ao fluxo de trabalho, será montada um equipe técnica composta por servidores concursados, como agentes e delegados das polícias Civil e Federal, consultores técnicos e legislativos da Procuradoria-Geral do DF, da Corregedoria do DF, do Tribunal de Contas do DF e da União, além de representantes da Ordem dos Advogado no DF (OAB-DF) e do Ministério Público local. O relator também requisitou salas para abrigar a equipe, os materiais e os equipamentos (computadores e telefones).

A apresentação do relatório final da CPI está prevista para 16 de junho e a votação para o dia 18. As reuniões da comissão devem ocorrer às quartas-feiras, às 10h, enquanto os depoimentos estão programados para as sextas e segundas-feiras. Os relatos poderão ser escritos ou presenciais.

O número
180 dias
Prazo que a CPI da Codeplan tem para concluir a investigação


Votação em discussão

Os líderes dos partidos da Câmara Legislativa participam hoje, às 14h30, de reunião para fechar acordo sobre os projetos prioritários que devem ser votados na sessão ordinária das 15h. O empréstimo de R$ 69 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) para dar continuidade às obras viárias na capital e o reajuste salarial de 10,4% dos professores ativos e inativos da rede pública de ensino são as principais propostas. O Correio mostrou ontem que existem 570 projetos prontos para serem apreciados em plenário, mas os distritais só têm olhos para a crise política deflagrada pela Caixa de Pandora. Desde 1º de fevereiro, apenas dois projetos foram aprovados na Casa: o aumento salarial dos dentistas e dos servidores do Detran-DF.

O presidente da Câmara, Cabo Patrício (PT), negou que as investigações sobre as denúncias da Caixa de Pandora estivessem atrapalhando o andamento normal das votações. Apesar de ser o responsável por definir o que entra na pauta de votações, ele disse que apreciação das propostas depende da existência de um acordo entre as lideranças. (LM)


Cronograma

Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codeplan aprovaram ontem o plano de trabalho que conduzirá a apuração das denúncias de irregularidades na gestão administrativa do GDF nos últimos 19 anos. O primeiro depoimento será o do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, o delator do suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF. Cinco empresários da área de informática também serão ouvidos. A expectativa é votar o relatório da comissão em 18 de junho. Confira:

Amanhã
Os integrantes da CPI vão à Polícia Federal, às 10h, para agendar o depoimento de Durval Barbosa.

22 de março
Prazo final para composição das equipes de trabalho.

24 de março
Depoimento Gilberto Lucena, da Linknet.

26 de março
Depoimento Antônio Ricardo Pechis, da Adler, e Cristina Bonner, da TBA e B2BR.

31 de março
Depoimento depoimento de Nerci Soares, da Unirepro, e de
Avaldir da Silva, da CTIS.

7 de abril a 28 de maio
Reuniões da CPI e coleta de outros depoimentos a serem marcados.

2 a 14 de junho
Datas reservadas para outros depoimentos, acareações e conclusão do relatório.

16 de junho
Leitura do relatório da CPI.

18 de junho
Votação do relatório da CPI.
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(*) Título/letra de música.
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MENSALÃO DO PT/BANCOOP [In:] UMA CONTA-CORRENTE A ''PREÇOS CORRENTES''...

Brasil

O pedágio do PT

Além de desviar dinheiro da Bancoop, o tesoureiro do partido arrecadava dinheiro para o caixa do mensalão cobrando propina


Alexandre Oltramari e Diego Escosteguy

Fotos Wladimir de Souza/Diário de São Paulo e Sérgio Lima/Folha Imagem
O ELO PERDIDO DO MENSALÃO
O corretor de câmbio Lúcio Funaro prestou seis depoimentos sigilosos à Procuradoria-Geral da República, nos quais narrou como funcionava a arrecadação de propina petista nos fundos de pensão: "Ele (João Vaccari, á esq.) cobra 12% de comissão para o partido".


VEJA TAMBÉM

O novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é uma peça mais fundamental do que parece nos esquemas de arrecadação financeira do partido. Investigado pelo promotor José Carlos Blat por suspeita de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Vaccari é também personagem, ainda oculto, do maior e mais escandaloso caso de corrupção da história recente do Brasil: o mensalão - o milionário esquema de desvio de dinheiro público usado para abastecer campanhas eleitorais do PT e corromper parlamentares no Congresso. O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão. Em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos.

Fotos Celso Junior/AE e Eliária Andrade/Ag. O Globo
"Ele (Vaccari) chamava o Delúbio de 'professor'. É homem do Zé Dirceu. Faz as operações com fundos grandes - Previ, Funcef, Petros..."
Corretor Lúcio Funaro, em depoimento ao MP
CAPO
José Dirceu tinha Delúbio Soares (à esq.) e Vaccari como arrecadadores para o mensalão. O tesoureiro atual do PT cuidava dos fundos de pensão


A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país. Em 2005, na iminência de ser denunciado como um dos réus do processo do mensalão, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em troca de perdão judicial para seus crimes, o corretor entregou aos investigadores nomes, valores, datas e documentos bancários que incriminam, em especial, o deputado paulista Valdemar Costa Neto, do PR, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em um dos depoimentos, ao qual VEJA teve acesso, Lúcio Funaro também forneceu detalhes inéditos e devastadores da maneira como os petistas canalizavam dinheiro para o caixa clandestino do PT. Apresentou, inclusive, o nome do que pode vir a ser o 41º réu do processo que apura o mensalão - o tesoureiro João Vaccari Neto. "Ele (Vaccari) cobra 12% de comissão para o partido", disse o corretor em um relato gravado pelos procuradores. Em cinco depoimentos ao Ministério Público Federal que se seguiram, Funaro forneceu outras informações comprometedoras sobre o trabalho do tesoureiro encarregado de cuidar das finanças do PT:

Divulgação
"Rural, BMG, Santos... Tirando os bancos grandes, quase todos têm negócio com eles."
Corretor Lúcio Funaro, em depoimento ao MP


• Entre 2003 e 2004, no auge do mensalão, João Vaccari Neto era o responsável pelo recolhimento de propina entre interessados em fazer negócios com os fundos de pensão de empresas estatais no mercado financeiro.

• O tesoureiro concentrava suas ações e direcionava os investimentos de cinco fundos - Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica), Nucleos (Nuclebrás), Petros (Petrobras) e Eletros (Eletrobrás) -, cujos patrimônios, somados, chegam a 190 bilhões de reais.

• A propina que ele cobrava variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de investimento, do valor do negócio e do prazo.

• O dinheiro da propina era carreado para o caixa clandestino do PT, usado para financiar as campanhas do partido e subornar parlamentares.

• João Vaccari agia em parceria com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e sob o comando do ex-ministro José Dirceu, réu no STF sob a acusação de chefiar o bando dos quarenta.

Fotos Lula Marques/Folha Imagem e Celso Junior/AE
O PATROCINADOR
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, indicou Vaccari para tesoureiro do partido na campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff, embora dirigentes da sigla tenham tentado vetar o nome do sindicalista, por ele ter "telhado de vidro".


Lúcio Funaro contou aos investigadores o que viu, ouviu e como participou. Os destinos de ambos, Funaro e Vaccari, se cruzaram nas trilhas subterrâneas do mensalão. Eram os últimos meses de 2004, tempos prósperos para as negociatas da turma petista liderada por José Dirceu e Delúbio Soares. As agências de publicidade de Marcos Valério, o outro ponta de lança do esquema, recebiam milhões de estatais e ministérios - e o BMG e o Rural, os bancos que financiavam a compra do Congresso, faturavam fortunas com os fundos de pensão controlados por tarefeiros do PT. Naquele momento, Funaro mantinha uma relação lucrativa com Valdemar Costa Neto. Na campanha de 2002, o corretor emprestara ao deputado 3 milhões de reais, em dinheiro vivo. Pela lógica que preside o sistema político brasileiro, Valdemar passou a dever-lhe 3 milhões de favores. O deputado, segundo o relato do corretor, foi cobrar esses favores do PT. É a partir daí que começa a funcionar a engrenagem clandestina de fabricação de dinheiro. O deputado detinha os contatos políticos; o corretor, a tecnologia financeira para viabilizar grandes negociatas. Combinação perfeita, mas que, para funcionar, carecia de um sinal verde de quem tinha o comando da máquina. Valdemar procurou, então, Delúbio Soares, lembrou-lhe a ajuda que ele dera à campanha de Lula e pediu, digamos, oportunidades. De acordo com o relato do corretor, Delúbio indicou João Vaccari para abrir-lhe algumas portas.

Para marcar a primeira conversa com Vaccari, Funaro ligou para o celular do sindicalista. O encontro, com a presença do deputado Costa Neto, deu-se na sede da Bancoop em São Paulo, na Rua Líbero Badaró. Na conversa, Vaccari contou que cabia a ele intermediar operações junto aos maiores fundos de pensão - desde que o interessado pagasse um "porcentual para o partido (PT)", taxa que variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de negócio, dos valores envolvidos e do prazo. E foi didático: Funaro e Valdemar deveriam conseguir um parceiro e uma proposta de investimento. Em seguida, ele se encarregaria de determinar qual fundo de pensão se encaixaria na operação desejada. O tesoureiro adiantou que seria mais fácil obter negociatas na Petros ou na Funcef. Referindo-se a Delúbio sempre como "professor", Vaccari explicou que o PT havia dividido o comando das operações dos fundos de pensão. O petista Marcelo Sereno, à época assessor da Presidência da República, cuidava dos fundos pequenos. Ele, Vaccari, cuidava dos grandes. O porcentual cobrado pelo partido, entre 6% e 15%, variava de acordo com o tipo do negócio. Para investimentos em títulos de bancos, os chamados CDBs, nicho em que o corretor estava interessado, a "comissão" seria de 12%. Funaro registrou a proposta na memória, despediu-se de Vaccari e foi embora acompanhado de Costa Neto.

Donos de uma fortuna equivalente à dos Emirados Árabes, os fundos de pensão de estatais são alvo da cobiça dos políticos desonestos graças à facilidade com que operadores astutos, como Funaro, conseguem desviar grandes somas dando às operações uma falsa aparência de prejuízos naturais impostos por quem se arrisca no mercado financeiro. A CPI dos Correios, que investigou o mensalão em 2006, demonstrou isso de maneira cabal. Com a ajuda de técnicos, a comissão constatou que os fundos foram saqueados em operações fraudulentas que beneficiavam as mesmas pessoas que abasteciam o mensalão. Funaro chegou a insinuar a participação de João Vaccari no esquema em depoimento à CPI, em março de 2006. Disse que Vaccari era operador do PT em fundos de pensão, mas que, por ter sabido disso por meio de boatos no mercado financeiro, não poderia se estender sobre o assunto. Sabe-se, agora, que, na ocasião, ele contou apenas uma minúscula parte da história.

A história completa já havia começado a ser narrada sete meses antes a um grupo de procuradores da República do Paraná. Em agosto de 2005, emparedado pelo Ministério Público Federal por causa de remessas ilegais de 2 milhões de dólares ao exterior, Funaro propôs delatar o esquema petista em troca de perdão judicial. "Vou dar a vocês o cara do Zé Dirceu. O Marcelo Sereno faz operação conta-gotas que enche a caixa-d'água todo dia para financiar operações diárias. Mas esse outro aqui, ó, o nome dele nunca saiu em lugar nenhum. Ele faz as coisas mais volumosas", disse Funaro, enquanto escrevia o nome "Vaccari", em uma folha branca, no alto de um organograma. Um dos procuradores quis saber como o PT desviava dinheiro dos fundos. "Tiram dinheiro muito fácil. Rural, BMG, Santos... Tirando os bancos grandes, quase todos têm negócio com ele", disse. O corretor explicou aos investigadores que se cobrava propina sobre todo e qualquer investimento. "Sempre que um fundo compra CDBs de um banco, tem de pagar comissão a eles (PT)", explicou. "Vou dar provas documentais. Ligo para ele (Vaccari) e vocês gravam. Depois, é só ver se o fundo de pensão comprou ou não os CDBs do banco."

O depoimento de Funaro foi enviado a Brasília em dezembro de 2005, e o STF aceitou transformá-lo formalmente em réu colaborador da Justiça. Parte das informações passadas foi usada para fundamentar a denúncia do mensalão. A outra parte, que inclui o relato sobre Vaccari, ainda é guardada sob sigilo. VEJA não conseguiu descobrir se Funaro efetivamente gravou conversas com o tesoureiro petista, mas sua ajuda em relação aos fundos foi decisiva. Entre 2003 e 2004, os três bancos citados pelo corretor - BMG, Rural e Santos - receberam 600 milhões de reais dos fundos de pensão controlados pelo PT. Apenas os cinco fundos sob a influência do tesoureiro aplicaram 182 milhões de reais em títulos do Rural e do BMG, os principais financiadores do mensalão, em 2004. É um volume 600% maior que o do ano anterior e 1 650% maior que o de 2002, antes de o PT chegar ao governo. As investigações da polícia revelaram que os dois bancos "emprestaram" 55 milhões de reais ao PT. É o equivalente a 14,1% do que receberam em investimentos - portanto, dentro da margem de propina que Funaro acusa o partido de cobrar (entre 6% e 15%). Mas, para os petistas, isso deve ser somente uma coincidência...

Desde que começou a negociar a delação premiada com a Justiça, Funaro prestou quatro depoimentos sigilosos em Brasília. O segredo em torno desses depoimentos é tamanho que Funaro guarda cópia deles num cofre no Uruguai. "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá", ele disse a amigos. Hoje, aos 35 anos, Funaro, formado em economia e considerado até por seus desafetos um gênio do mundo financeiro, é um dos mais ricos e ladinos investidores do país. Sabe, talvez como ninguém no Brasil, tirar proveito das brechas na bolsa de valores para ganhar dinheiro em operações tão incompreensíveis quanto lucrativas. O corretor relatou ao Ministério Público que teve um segundo encontro com Vaccari, sempre seguindo orientação do "professor Delúbio", no qual discutiu um possível negócio com a Funcef, mas não forneceu mais detalhes nem admitiu se as tratativas deram certo.

VEJA checou os extratos telefônicos de Delúbio remetidos à CPI dos Correios e descobriu catorze ligações feitas pelo "professor" a Vaccari no mesmo período em que se davam as negociações entre Funaro e o guardião dos fundos de pensão. O que o então tesoureiro do PT tinha tanto a conversar com o dirigente da cooperativa? É possível que Funaro tenha mentido sobre os encontros com Vaccari? Em tese, sim. Pode haver motivos desconhecidos para isso. Trata-se, contudo, de uma hipótese remotíssima. Quando fez essas confissões aos procuradores, Vaccari parecia ser um personagem menor do submundo petista. "Os procuradores só queriam saber do Valdemar, e isso já lhes dava trabalho suficiente", revelou Funaro a amigos, no ano passado. As investigações que se seguiram demonstraram que Funaro dizia a verdade. Seus depoimentos, portanto, ganharam em credibilidade. Foram aceitos pela criteriosa Procuradoria-Geral da República como provas fundamentais para incriminar a quadrilha do mensalão. Muitos tentaram, inclusive o lobista Marcos Valério, mas apenas Funaro virou réu-colaborador nesse caso. Isso significa que ele apresentou provas documentais do que disse, não mentiu aos procuradores e, sobretudo, continua à disposição do STF para ajudar nas investigações. Em contrapartida, receberá uma pena mais branda no fim do processo - ou será inocentado.

Durante a semana, Vaccari empenhou-se em declarar que, no caso Bancoop, ele e outros dirigentes da cooperativa são inocentes e que culpados são seus acusadores e suas vítimas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o tesoureiro do PT disse que o MP agiu "para sacanear" e que os 31 milhões de reais sacados na boca do caixa pela Bancoop teriam sido "movimentações interbancárias". Os documentos resultantes da quebra do sigilo bancário da entidade mostram coisa diferente. Entre os cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco, o Bradesco, "a imensa maioria", segundo o MP, continha o código "SQ21" - que quer dizer saque. Algumas vezes aparecia a própria palavra escrita no verso (veja reproduções). Se, a partir daí, o dinheiro sacado foi colocado em uma mala, usado para fazer pagamentos, ou depositado em outras contas, não se sabe. A maioria dos cheques nominais ao banco (que também permitem movimentação na boca do caixa) não continha informações suficientes para permitir a reconstituição do seu percurso, afirma o promotor Blat. "De toda forma, fica evidente que se tratou de uma manobra para dificultar ou evitar o rastreamento do dinheiro", diz ele.

Na tentativa de inocentar-se, o tesoureiro do PT distribuiu culpas. Segundo ele, os problemas de caixa da cooperativa se deveram ao comportamento de cooperados que sabiam que os preços iniciais dos imóveis eram "estimados" e "não quiseram pagar" a diferença depois que foram constatados "erros de cálculo" nas estimativas. Ele só omitiu que, em muitos casos, os "erros de cálculo" chegaram a valores correspondentes a 50% do preço inicial do apartamento. Negar evidências e omitir fraudes. Essa é a lei da selva na política. Até quando?

Cheques à moda petista

VEJA obteve imagens de cheques que mostram a suspeitíssima movimentação bancária da Bancoop. O primeiro, no valor de 50 000 reais, além de exibir a palavra "saque" no verso, traz o código SQ21, que tem o mesmo significado (saque) e se repete na maioria dos cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma. O segundo destina-se à empresa Caso Sistemas de Segurança, do "aloprado" Freud Godoy, e pertence a uma série que até agora já soma 1,5 milhão de reais. O terceiro mostra repasse da Germany para o PT, em ano de eleição. A Germany, empresa de ex-dirigentes da Bancoop, tinha como único cliente a própria cooperativa

Clique para ampliar

Empreitadas-fantasma

Fernando Schneider

"Entre 2001 e 2004, eu dei 15 000 reais em notas frias à Bancoop. Diziam com todas as letras que o dinheiro era para as campanhas do Lula e da Marta."
Empreiteiro "João", que prestou serviços à Bancoop

Um empreiteiro de 46 anos que prestou serviços à Bancoop por dez anos repetiu à repórter Laura Diniz as acusações que passou oficialmente ao promotor do caso Bancoop. O empreiteiro conta como emitiu notas frias a pedido dos diretores da cooperativa, e ouviu que o dinheiro desviado seria destinado às campanhas de Lula à Presidência, em 2002, e de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo, em 2004

Qual foi a primeira vez que a Bancoop pediu notas frias ao senhor?
Quando o Lula era candidato a presidente. O Ricardo (o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, responsável pelas construções da Bancoop) dizia que eram para a campanha. Nunca me forçaram a nada, mas, se você não fizesse isso, se queimava. A primeira nota fria que dei foi de 2 000 reais por um serviço que não fiz em um prédio no Jabaquara. A Bancoop precisava assinar a nota para liberar o pagamento. Quando era fria, liberavam de um dia para o outro. Notas normais demoravam de dez a quinze dias para sair.

Quantas notas frias o senhor deu?
Entre 2001 e 2004, dei 15 000 reais em notas frias à Bancoop. Isso, só eu. Em 2004, havia pelo menos uns 150 empreiteiros trabalhando para a cooperativa. Eles diziam com todas as letras que o dinheiro era para as campanhas do Lula e da Marta e ainda pediam para votar no Lula. Falavam que se ele ganhasse teríamos serviço para a vida inteira. Até disse aos meus empregados para votar nele.

O que o senhor sabe sobre a Germany?
Sei que eles ganharam muito dinheiro. Um dia, ouvi o Luiz Malheiro, o Alessandro Bernardino e o Marcelo Rinaldi (donos da Germany e dirigentes da Bancoop) festejando porque o lucro do mês era de 500 000 reais. Eles estavam bebendo uísque e comemorando num dia à tarde, na sede da Bancoop.

Mais vítimas da Bancoop

Fotos Fernando Schneider


"SE EU PAGAR MAIS, NÃO COMO"
"Eu e meu marido já colocamos todas as nossas economias no apartamento que compramos da Bancoop, mas as cobranças adicionais nunca param de chegar. Já gastamos 90 000 reais, eles querem mais 40 000. Paramos de pagar. Se pagar, não como. Eu me sinto revoltada e humilhada. Tenho muito medo de perder tudo."
Tânia Santos Rosa, 38 anos, ex-bancária


"TENHO 68 ANOS E MORO DE FAVOR"
"Comprei um apartamento em São Paulo, paguei os 78 000 do contrato, mas só ergueram duas das três torres prometidas. A minha parou no meio. Eles queriam mais 30 000 reais, mas eu não tinha mais de onde tirar dinheiro. Queria jogar uma bomba na Bancoop. Hoje, ainda moro de favor na casa da minha sogra, para escapar do aluguel."
Clóvis Pardo, 68 anos, aposentado


"VOU RECLAMAR PARA O LULA?"
"Comprei um apartamento da Bancoop em 2001 e ele nunca saiu do chão. Quitei tudo, os 65 000 reais, mas não tenho esperança de ver o prédio de pé. Queria o dinheiro de volta, mas acho que ele já foi todo gasto em campanhas do PT. Não tenho mais um centavo na poupança e ainda moro de aluguel. O que eu posso fazer? Reclamar para o Lula?"
Alda Cabral Ramos, 58 anos, representante comercial.

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http://veja.abril.com.br/170310/pedagio-pt-p-058.shtml

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

16 de março de 2010

O Globo

Manchete: COB: mudança no pré-sal inviabiliza Jogos no Rio
Para Nuzman, seria quebra do contrato assinado por Lula

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 divulgou nota, assinada pelo presidente Carlos Arthur Nuzman, dizendo que, se o Estado do Rio perder recursos dos royalties do petróleo, com a aprovação da emenda Ibsen, ficará "sem condições de fazer as obras necessárias para os Jogos", e, se a situação "não for remediada, representará uma quebra de contrato". Com a emenda, o Rio deixará de receber cerca de R$ 7 bilhões por ano. O dossiê Rio 2016 estipula que "os três níveis de governo apresentaram ao Comitê Olímpico Internacional cartas de garantia assinadas". Se a emenda Ibsen prevalecer, o Rio, que hoje é o estado que mais recebe royalties e participações especiais do petróleo, perderá o posto, caindo para 22º lugar. A liderança ficaria com a Bahia, já que os recursos seriam divididos de acordo com as regras fixadas para o Fundo de Participação dos Estados. Hoje, a Assembleia Legislativa do Rio lidera um protesto, em frente à sua sede, no Centro, Contra a emenda Ibsen, às 14h30m. Amanhã, está prevista uma passeata entre a Candelária e a Cinelândia. (págs. 1, 17 e 18, Flávia Oliveira e editorial "Perdem todos")

Vereadores podem tomar medalha de Ibsen (págs. 1 e 17)

Serra não comenta porque só soube pelos jornais (págs. 1 e 17)

Ancelmo Gois
Do rock ao funk, de evangélicos a GLS: todos vão à Candelária. (pág. 1)

Chanceler boicota a visita de Lula

O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, boicotou a visita do presidente Lula, alegando que protestava contra os laços brasileiros com o Irã e a recusa de Lula a colocar flores no túmulo do líder sionista Theodor Herzl. Lula enfrentou cobranças no Parlamento. O presidente Shimon Peres pediu a Lula que leve mensagem de paz ao líder palestino Mahmoud Abbas, hoje, em Belém. (págs. 1, 23 e 24)

Corretor detalha elo de fundos com mensalão

O corretor Lúcio Funaro denunciou ao Ministério Público Federal o desvio de recursos de fundos de pensão de estatais para o caixa dois do PT. Investigado no mensalão, Funaro foi beneficiado com a delação premiada. (págs. 1, 3 e 4 e editorial "Subir de nível")

Justiça veta propaganda de Dilma em SP

O TRE de São Paulo suspendeu propaganda do PT em que o presidente Lula elogia Dilma e diz que ela "tem a cara e a alma de São Paulo". Foi a primeira decisão do tipo na campanha. Para a Justiça, a propaganda ultrapassa limites legais. O PT vai recorrer. (págs. 1 e 8)

Agência de risco ameaça rebaixar EUA

Com dívidas cada vez maiores, as principais economias ocidentais ficaram mais próximas do rebaixamento, em especial EUA e Grã-Bretanha. Segundo a agência de classificação de risco Moody's Investors Service, a lista inclui Alemanha, França, Espanha e países nórdicos. (págs. 1 e 22)

Regras da Anac não seguem as do governo

Após o governo ter enviado ao Congresso projeto criando indenização em caso de cancelamento, atrasos de voo e overbooking, a Anac divulgou norma que entra em vigor em junho. Enquanto o governo previu punição às empresas aéreas que atrasarem mais de duas horas, a Anac fixou acima de quatro horas. (págs. 1 e 22)

A estreia de Gabeira com Cesar

Pré-candidato ao governo do Rio, Fernando Gabeira (PV) estreou num evento do DEM ao lado do ex-prefeito Cesar Maia e com críticas ao governador Sérgio Cabral e a seu choro por causa dos royalties. Gabeira elogiou o ex-adversário Cesar, agora seu aliado. (págs. 1 e 8)

Delfim e Collor fazem duelo 20 anos depois

O ex-presidente e o ex-ministro deram versões diferentes sobre encontro em Brasília após o confisco. Segundo Collor, Delfim elogiou o bloqueio e disse que não acreditava na devolução do dinheiro. O ex-ministro nega e diz que sugeriu troca por títulos. (págs. 1 e 19)

Foto legenda: Atrás das grades

Carlos Eduardo, que confessou a morte do cartunista Glauco e de seu filho Raoni, detido na fronteira. (págs. 1 e 9)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Israelenses cobram de Lula distância do Irã

Brasil exigirá garantias sobre programa nuclear iraniano, diz Amorim

Israel pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que adira a uma "frente internacional" contra o armamentismo do Irã.

"Você [Lula] representa valores diferentes. Eles [o Irã] usam a crueldade, amam a morte; você ama a vida", afirmou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu. O assunto prosseguiu em uma reunião reservada entre os chefes de governo.

Ministro israelense boicotou a visita de Lula, que não foi ao túmulo do fundador do sionismo. Manifestações na Knesset, o Parlamento israelense, aludiram à visita que o brasileiro fará ao Irã. A viagem foi criticada pela líder da oposição, Tzipi Livni.

Em maio, Lula cobrará do líder Mahmoud Ahmadinejad a garantia de que o programa nuclear do Irã terá só fins pacíficos, disse o ministro Celso Amorim. "O vírus da paz está comigo", afirmou o presidente. (págs. 1 e A12)

Leia artigo de Eliane Cantanhêde na pág. A2

Acusado confessa ter matado Glauco a tiros

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, confessou à polícia ter matado a tiros o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e seu filho Raoni, 25, na última sexta, em Osasco (SP). "Foi eu" [sic], disse Nunes em entrevista à TV Bandeirantes.

Preso pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu quando tentava entrar no Paraguai, Nunes disse que se escondeu até domingo na região do pico do Jaraguá (SP). Depois, pegou ônibus até o Butantã, onde roubou o carro com que tentou fugir. (págs. 1 e C1)

Foto legenda: Carlos Eduardo Nunes, que confessou ter matado o cartunista Glauco e seu filho Raoni, em cela da Polícia Federal em Foz do Iguaçu

Ganhe gibi do Glauco
Edição especial traz 32 páginas com uma seleção das tiras do cartunista

'Consórcios' de empreiteiras inflam o valor de obras, vê PF

O esquema de empreiteiras para driblar licitações e repartir contratos "por fora", revelado anteontem pela Folha, prevê ainda o superfaturamento das obras, informam Renata Lo Prete e Leonardo Souza.

Perícia da PF aponta que os "consórcios paralelos" aumentaram artificialmente os preços cobrados do poder público em até 65%. Empresas negam. (págs. 1 e A4)

Dono da Natura hesita em ser vice de Marina

Filiado ao PV, o empresário Guilherme Leal, 60, fundador e presidente do Conselho de Administração da Natura, disse em entrevista a Malu Delgado que ainda não decidiu se aceita ser vice de Marina Silva: "É decisão difícil. Tenho dúvidas pessoais e políticas". (págs. 1 e A10)

Polícia Federal investiga Sadia por suspeita de fraude cambial

A Polícia Federal investiga a suspeita de que a Sadia, antes de se fundir à Perdigão, tenha usado operações bancárias ligadas à exportação para fraudes cambiais, relata Mario César Carvalho.

Segundo o inquérito, a Sadia recorreu a operação que antecipa recursos para quem exporta sem comprovar as vendas. Executivos negam fraude. A BR Foods, empresa resultante da fusão Perdigão-Sadia, disse que não comentaria. (págs. 1 e B1)

Opinião: José Simão

Presidente lança revista "Caras Israel", que lá se chama Çaras! (págs. 1 e E19)

Opinião: Carlos Heitor Cony

Serra e Dilma terão a sombra poderosa de Lula a todo instante (págs. 1 e A2)

Opinião: João Pereira Coutinho

Sociedade do país e Justiça romantizam visão da infância (págs. 1 e E20)

Opinião: Marcos Nobre

Situação em Cuba serve à polarização das eleições no Brasil (págs. 1 e A2)

Editoriais

Leia "Histórico de horrores", sobre prisões no ES; e "Marina, boa surpresa", acerca da candidata do PV. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo e oposição em Israel se unem e cobram Lula sobre Irã

No Parlamento israelense, presidente pede desarmamento nuclear global

No primeiro dia da visita do presidente Lula a Israel, o governo e a oposição israelenses, em raro momento de coesão, se uniram para criticar a aproximação do Brasil com o Irã e para pedir ao País que apoie as sanções contra Teerã. "Eles (o governo iraniano) adoram a morte, e vocês (brasileiros) adoram a vida", discursou o presidente do Parlamento, Reuven Rivlin, que sugeriu ao Brasil "acordar da sonolência" sobre o Irã. Na sua vez de discursar, Lula defendeu o fim da produção de armas nucleares, referindo-se às suspeitas sobre o Irã, mas também ao fato de que Israel tem arsenal atômico. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que a pressão israelense já era esperada. "Não acho que houve rolo compressor", afirmou. (págs. 1 e Internacional A10 e A11)

IPI reduzido faz carro ter espera de até 90 dias

A duas semanas do fim do desconto do IPI, os carros mais procurados estão em falta nas concessionárias. Para alguns modelos, como o Doblò, da Fiat, a previsão de entrega é de até 90 dias - período em que o benefício terá terminado. Em abril, os preços dos veículos devem aumentar de 3,5% a 4%. As montadoras dizem que se prepararam para demanda maior prevista para março, mas não estão dando conta dos pedidos. O setor espera vendas recordes, de cerca de 320 mil unidades. (págs. 1 e Economia B5)

Retaliação aos EUA inclui filmes e remédios

O governo iniciou ontem a segunda fase da retaliação aos EUA autorizada pela Organização Mundial do Comércio. Foi publicada uma lista com 21 itens na área de propriedade intelectual. Desta vez, a medida afeta o registro de marcas e patentes e a cobrança de direitos sobre obras audiovisuais e musicais. Podem ser prejudicados, por exemplo, o setor farmacêutico e as indústrias cinematográfica e fonográfica dos EUA. Nos casos anteriores em que a OMC autorizou sanções desse tipo, elas não chegaram a ser aplicadas. (págs. 1 e Economia B1)

Acusado de matar Glauco é preso

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, preso na noite de domingo pelo assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e de seu filho Raoni, disse à polícia que cometeu o crime para cumprir um
"chamado de Deus". Nunes foi detido quando tentava atravessar a fronteira entre Brasil e Paraguai, por Foz do Iguaçu (PR). Ele chegou a atirar nos policiais que o prenderam. Para a PF, o estudante é lúcido e sabe o que faz. (págs. 1 e Cidades C1 e C3)

Foto legenda: Isolado em Foz. A transferência do estudante para São Paulo depende de uma decisão da Justiça Federal

Corretor diz que Dirceu e PT receberam R$ 5,5 milhões

Em depoimentos de 2005 ao Ministério Público, o corretor de valores Lúcio Funaro acusou José Dirceu de ter se beneficiado com negócios fechados por fundos de pensão ligados ao PT. Num caso, o ex-ministro e o PT teriam recebido R$ 5,5 milhões. Advogado de Dirceu disse que as acusações são "levianas". (págs. 1 e Nacional A4)

Professores fazem greve política, afirma secretário

O secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, disse ontem que a greve dos professores é "eminentemente eleitoral". "É uma politização, uma partidarização grande.” Muitas escolas continuam a funcionar. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, afirmou que é uma "mentira" dizer que a adesão é pequena. (págs. 1 e Vida A16)

Serra e Dilma vão a eventos eleitorais a cada 2 dias

Compromissos com potencial eleitoral dominam a agenda de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), relata Luciana Nunes Leal. No caso da ministra, ela já foi a 27 eventos no ano, um a cada dois dias e meio. Já o governador foi a 32, um a cada dois dias. Foram 27 inaugurações com Serra e 22 com Dilma. (págs. 1 e Nacional A8)

Visão global: Pensando o pior com o Irã

Cedo ou tarde, Irã terá bomba. Resta saber o que virá depois: contenção ou ataque, avalia David Sanger. (págs. 1 e Internacional A14)

Celso Ming: É impossível distribuir os royalties de modo equânime

Políticos erram ao encarar as rendas do petróleo como uma teta enorme e inesgotável. (págs. 1 e Economia B2)

Aéreas terão de fornecer comida após atraso de 2h (págs. 1 e Cidades C7)

Notas & Informações: O 'vírus da paz' de Lula

Em Israel, o presidente Lula exibe o grau de exacerbação da sua megalomania. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: “O Rio não troca direito por esmola”

Para Francisco Dornelles, compensação não serve

Em discurso na tribuna, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) atacou a manobra do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que já admite alterar o texto da emenda que reduz o repasse dos royalties do petróleo ao estado, incluindo uma compensação para Rio de Espírito Santo, os dois maiores produtores e principais prejudicados. Dornelles disse que a Constituição protege direitos sobre o que já foi licitado e chamou a medida de “esmola”. Ontem, o Comitê Olímpico Brasileiro deixou claro, em nota, que sem o repasse no volume atual não haverá como realizar a Olimpíada de 2016. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A6)

Caras pintadas

Estudantes de várias séries já estão se organizando para participar da manifestação em defesa do Rio, amanhã. Só de secundaristas serão cem ônibus indo para o Centro da cidade.

Foto legenda: Afinado – Restaurado, o teatro municipal adere à campanha

Anac: reembolso deve ser na hora

Regras protegem passageiros de empresas que atrasam voos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente regulamentou os direitos dos passageiros que viajam de avião. A partir de junho, em caso de voos atrasados, cancelados e de overbooking, acaba o prazo de quatro horas para que a companhia aérea comece a tomar providências para reacomodar o passageiro. A assistência passa a ser gradual, de acordo com o tempo de espera. Além disso, o reembolso previsto deverá ser similar à forma de compra do bilhete. Se foi à vista, será na hora. (págs. 1 e Economia A18)

Assassino de Glauco é preso no PR

Após fuga, perseguição e troca de tiros na Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, agentes da Policia Federal prenderam ontem o estudante Carlos Sundfeld, que confessou ter matado o cartunista Glauco Vilas Roas e o filho Raoni. (págs. 1 e País A7)

Lula cobra e é cobrado em Israel

Autoridades israelenses cobraram ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro dia no Oriente Médio, que o Brasil apoie sanções contra o Irã. Lula defendeu a soberania de Israel "e um Estado palestino igualmente soberano". (págs. 1 e Internacional A22)

Sociedade Aberta

Wilson Figueiredo
Jornalista

O presidente Lula no papel de Pigmalião. (págs. 1 e A11)

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Correio Braziliense

Manchete: CPI desafia Durval a detalhar propinas

Distritais da comissão que investiga contratos da Codeplan vão colher depoimento do ex-secretário de Arruda e pivô do escândalo. Empresários também serão ouvidos (págs. 1 e 23)

O dilema do TRE

Tribunal examina hoje pedido de cassação contra o ex-democrata Arruda por infidelidade partidária. Julgamento pode ser técnico ou político (págs. 1 e 24)

Agnelo X Magela

Pré-candidatos do PT se enfrentam hoje em debate restrito a filiados do partido. Disputa interna preocupa campanha de Dilma Rousseff (págs. 1 e 25)

Passageiro de avião ganha mais direitos

Anac vai punir com rigor as empresas aéreas que não respeitarem os horários dos embarques. Os usuários terão direito a benefícios e assistência já na primeira hora após o atraso dos voos. (págs. 1 e 12)

Concurso

Agência Nacional De Energia Elétrica (Aneel) abre 186 vagas para analistas, especialistas e técnicos. Salários variam de R$ 4.548 a R$ 9.378 (págs. 1 e 13)

Mistério ronda morte de cartunista

Apesar de Carlos Eduardo Sundfeld Júnior ter confessado o assassinato de Glauco e seu filho, polícia ainda apura as circunstâncias e os motivos para o crime. (págs. 1 e 8)

Desaparecidos: Testemunha aponta para envolvimento de policial

O destino de um dos seis jovens que sumiram em janeiro do Parque Estrela Dalva, em Luziânia, pode estar ligado à vingança pelo furto de galinhas. Um homem que recebeu proteção da polícia afirmou que o menino teria sido morto depois que invadiu o quintal de parentes de um PM da região. (págs. 1 e 31)

Israel faz crítica a Lula

Chanceler israelense boicota discurso do presidente, que é criticado pela aproximação com o Irã. Brasileiro defendeu a criação do Estado palestino. (págs. 1 e 18)

Polícia Civil faz a maior troca de chefias em 10 anos (págs. 1 e 32)

Metrô: Greve prejudica 150 mil brasilienses

Pegos de surpresa com o movimento dos servidores do Metrô, que reivindicam reajuste salarial, milhares de usuários tiveram que buscar alternativas de transporte para chegar ao trabalho ou à escola ontem. Com mais carros e ônibus nas ruas, o trânsito também ficou prejudicado. (págs. 1 e 26)

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Valor Econômico

Manchete: Avançam negociações para fusão Citrosuco-Citrovita

Os grupos Fischer e Votorantim negociam unir suas operações no segmento de suco de laranja, no qual atuam por meio das empresas Citrosuco e Citrovita, duas das maiores companhias do setor. O Valor apurou que as discussões avançaram nos dois últimos meses.

Em busca de escala em tempos de demanda estável, o plano envolve todo o negócio de suco das empresas, incluindo fábricas, estrutura logística e pomares de laranja em produção ou em desenvolvimento nas fazendas próprias de ambas. As terras pertencentes aos dois grupos não entrariam no negócio. A intenção é criar uma nova companhia cujo controle seria dividido em partes iguais por Fischer e Votorantim, ainda que, hoje, a Citrovita seja bem menor que a Citrosuco e tenha de ganhar musculatura para ter o mesmo peso na sociedade. (págs. 1 e B12)

United abre mercado a Embraer e Bombardier

Quando for às compras de uma nova frota de jatos de um corredor, neste ano, a United Airlines não vai escolher apenas entre Boeing e Airbus. Também analisará aviões da Embraer e da Bombardier. A concorrência na United é um sinal de grandes mudanças na indústria da aviação comercial. Durante anos, Airbus e Boeing dividiram o mercado de grandes jatos de passageiros.

Embora as mudanças devam ocorrer gradualmente, a perspectiva de maior concorrência já está forçando as duas gigantes a fazer alterações dispendiosas em seus modelos mais populares. Nos próximos meses, a Boeing decidirá se embarca numa modernização da linha 737 de jatos de corredor único. A Airbus também precisa decidir se vai atualizar a família A320. (págs. 1 e B9)

Foto legenda: Diversificação radical

Maior laboratório farmacêutico nacional, a EMS elegeu o setor imobiliário para sua estreia fora do segmento de remédios. Sua incorporadora, dirigida por Silvio Chaimovitz, nasce com um banco de terrenos estimado em R$ 2 bilhões, do próprio grupo e de seus controladores. (págs. 1 e B1)

Impasse na capitalização do BID

As negociações para recapitalizar o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) chegaram a um impasse, às vésperas do encontro anual do órgão, a partir de sexta-feira, em Cancún.

Os EUA querem aumentar o capital do BID em US$ 60 bilhões, bem abaixo dos US$ 100 bilhões defendidos pelos sócios da América Latina. Querem ainda que a injeção de dinheiro vivo no organismo seja de apenas 1,7% do aporte de capital, menos da metade dos 4,3% usados em operações anteriores. (págs. 1 e C4)

Bolsa Família eleva emissão de moeda

A Casa da Moeda do Brasil tem de suprir uma demanda por dinheiro que cresce de 15% a 20% ao ano desde o Plano Real, em 2004. Além da estabilidade, outros fatores recentes intensificaram a tendência: os programas sociais, como o Bolsa Família e os reajustes do salário mínimo e das aposentadorias. O Banco Central elevou em 54% seus pedidos de moedas metálicas em 2009, de 1,3 bilhão de unidades em 2008 para pouco mais de 2 bilhões. A quantidade de cédulas e moedas em circulação aumentou de 0,5% do Produto Interno Bruto para 4% em 2009.

Para atender a demanda, a Casa da Moeda concluiu em 2009 a primeira parte de um programa de investimentos em modernização tecnológica que consumiu R$ 380 milhões de um total de R$ 457 milhões. Agora, a estatal vai voltar a produzir dinheiro para outros países, como fazia até os anos 80. (págs. 1 e C12).
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