PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

segunda-feira, dezembro 24, 2007

FELIZ NATAL, ÓTIMO 2008!!!

AVISO
Estamos encerrando nossas atividades deste ano.
Retornaremos em 1º de fevereiro de 2008.
À todos visitantes os nossos melhores votos de um Ano Novo excessivamente melhor do que este que se finda.
Sinceramente,
Natalino Henrique Medeiros.

domingo, dezembro 23, 2007

A HORA DO "ÂNGELUS"


Honestidade intelectual, sim?

Olhem, é meio chato repetir a essência de certos argumentos, sei disso. Às vezes, noto uma disposição de algumas pessoas de não entender o que lêem: não é incapacidade, mas escolha. Contra isso, não há argumentação convincente. Vira um diálogo de surdos. O sujeito faz uma objeção, você a desmonta, e ele: “Tudo bem, mas...”. O “tudo bem” quer dizer que ele acata a sua contradita, o “mas”, que não acata. Vira esquizofrenia. Se alguém me disser quer a posição da Igreja Católica em relação à camisinha está na contramão de toda a metafísica influente, concordarei sem objeções. Se alguém afirmar que ela é “reacionária” no sentido em que reage ao discurso moderno, idem. Como negar o que é dado pelos fatos? Mas atribuir à Igreja Católica a responsabilidade, marginal que fosse, pela expansão da aids, aí é desonestidade intelectual mesmo, da brava. A instituição fala a seus fiéis. Cumprida as suas prescrições, ter-se-ia um poderoso instrumento contra o alastramento da doença. Há, ademais, a questão fundamental: segundo a Igreja, não se deve pecar contra a castidade e a fidelidade no casamento. Isso fecha a equação. Ademais, a orientação aos fiéis no que concerne ao sexo não tem como objetivo principal conter o avanço da aids. Bem tudo isso é conhecido, sabido e irrespondível. Aí vem o “tudo bem, mas”. E o “mas” aponta uma monstruosa ignorância específica. Repararam? Ninguém e mete no “sexo budista”, no “sexo islâmico”, no "sexo judaico", no “sexo hinduísta”, no “sexo animista”, mas todo mundo quer dar pitaco no “sexo católico”. A distorção mais freqüente é aquela que garante — e cansei de ouvir esta besteira — que os católicos só liberam as relações sexuais com fins reprodutivos. É uma tolice. O que a Igreja afirma é a unicidade do casal (e, por isso, a união indissolúvel a não ser pela morte), que considera sagrada. O ato sexual, para a Igreja, é parte dessa comunhão. Digam-me onde está escrito ou prescrito que uma mulher que tenha encerrado seu ciclo reprodutivo, por exemplo, está proibida de manter relações sexuais com seu marido. Não está. E, nesse caso, o sexo não traz a possibilidade da procriação. O mesmo vale para um casal estéril — marido, mulher ou ambos. Sara era estéril. E, é fato, só se sabia assim porque, presume-se, havia mantido uma vida sexual ativa com Abraão. Por isso riu, desconfiada e um tanto desdenhosa, quando Deus anunciou que iria engravidar. Já era uma mulher velha. De novo: pode-se considerar essa visão de mundo antimoderna, conservadora, reacionária, sei lá o quê — ainda que ela seja uma orientação AOS CATÓLICOS (e, é fato, há contido aí um norte ético dirigido a todos os homens). Mas seguir tal padrão é uma escolha, um ato volitivo. “Ah, mas a Igreja faz pressão pública contra o aborto, as políticas contraceptivas etc”. Faz, sim. Menos do que dizem, mas faz. E entendo que o faz dentro do ambiente da liberdade religiosa. Ou vamos amordaçar os católicos? Encerro este post observando que, para certo pensamento politicamente correto, todo preconceito é detestável (e, neste particular, estou com ele), menos o preconceito anticatólico. Digam-me um só dos males remanescentes no mundo moderno ou típicos dele que tenha sua origem no catolicismo. Aids? Pode-se contraí-la de muitas maneiras. Seguindo a orientação católica é que não. Detestem à Igreja à vontade. Mas com um mínimo de honestidade intelectual.
--------------------
Por Reinaldo Azevedo (blogue). Veja Online.
*********************
[Grifos nossos].

sábado, dezembro 22, 2007

EDITORIAL: BOAS FESTAS!


Aos amigos, colegas de profissão e visitantes,


DESEJAMOS um Natal cheio de harmonia e um


Ano Novo de realizações.




Natalino Henrique Medeiros,
dezembro/2007

sexta-feira, dezembro 21, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "MASP"..., PASMem !!!












[Chargistas: J.Bosco, Bello, Ivan Cabral, Novaes, Fernandes].

GOVERNO LULA/2007 [In:] O CANTO DO CISNE... (?)

''Não quero ouvir a palavra pacote'', diz Lula sobre medidas pós-CPMF

À espera de que a oposição tome a iniciativa de sugerir aumento de impostos para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar tranqüilo, apesar do rombo orçamentário de R$ 40 bilhões. No tradicional café da manhã de fim de ano com jornalistas que acompanham os fatos no Palácio do Planalto, ele descartou anunciar qualquer novo tributo antes do fim do recesso parlamentar, em fevereiro, mas deixou aberta a possibilidade de tomar medidas emergenciais para cobrir despesas. Ouça o discurso de fim de ano de Lula.
O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), por exemplo, pode ser feito por decreto. No entanto, a lista de medidas emergenciais incluiria, segundo assessores econômicos, o corte de despesas. "Se tiver gordura para tirar, a gente faz um regime cetônico (que corta carboidratos), vai retirando as gordurinhas'''', comparou. Lula tratou da briga com a oposição pela CPMF como "página virada" e negou qualquer vingança contra aliados ou opositores. Afirmou torcer para que oposição e governo se sentem à mesa, como uma família, apesar das divergências. E tentou mostrar, ainda, que são infundadas as críticas dos adversários à suposta falta de diálogo do Planalto com o Congresso. Sobre eventuais pacotes para compensar a CPMF, avisou: "Todo mundo sabe que tenho ojeriza à palavra pacote." E completou: "O Brasil já anunciou, ao longo de décadas, dezenas e dezenas de pacotes que não deram certo." Ele disse preferir medidas individuais, "cada uma no seu momento certo". "A única coisa que me deixa com antena ligada neste final de ano é a crise americana", destacou. Na entrevista, ainda se queixou de que sua função não dá direito a férias.
Por decisão da assessoria de imprensa da Presidência, os 37 jornalistas não puderam usar gravadores ou blocos de anotação - a íntegra da entrevista foi divulgada depois. A conversa durou uma hora e meia. A seguir, os principais trechos:
FIM DA CPMF
"Não estou nervoso. Não fiquei nem um pouquinho preocupado com o fim da CPMF. Não perdi nem meio minuto de sono com isso. Não sou adepto da teoria zen, mas não resolvo as coisas com febre alta. Determinei para que fosse votada. Vota logo, vira essa página. O País não pode ficar se remoendo. Alguns acharam que o presidente ia ficar muito forte e fazer o sucessor em 2010. Acho isso uma pobreza de espírito e me dá pena."
SEM PACOTES
"Falei com meus ministros que não quero ouvir a palavra pacote. Prefiro comprar de unidade em unidade. O Brasil já foi vítima de muitos pacotes. Claro que, se precisar, podemos ter algumas medidas administrativas emergenciais. Não mando até fevereiro. Só vou pensar em medidas depois do Ano Novo. Vai ter a proposta de política industrial, mas vamos repensá-la, porque tinha desonerações."
R$ 40 BILHÕES
"Na medida em que faltam R$ 40 bilhões no Orçamento, vamos ter de, com muita tranqüilidade, encontrar um jeito para suprir aquilo que o Estado não tiver condições de arrecadar, mas conversando com as pessoas, porque todo mundo sabe que eu tenho ojeriza à palavra pacote, porque o Brasil já anunciou, ao longo de décadas, dezenas e dezenas de pacotes que não deram certo. Então, eu prefiro tomar medidas individuais, cada uma no seu momento certo, cada uma conversando com os interlocutores."
AUMENTO DE IMPOSTOS
"Eu não disse que vai ter ou não vai ter. Essa pergunta é mais antiga que Confúcio. Qualquer coisa que eu fale é como se admitisse alguma coisa."
CORTES
"Se tiver gordura para tirar, a gente faz um regime cetônico, vai retirando essas gordurinhas."
CRESCIMENTO
"Tenho certeza que, se o IBGE der menos de 5% de crescimento do PIB neste ano, na atualização vai dar mais de 5%. No ano que vem, vai crescer mais um pouquinho. Vamos crescer 5,5% num ano, 6% no outro, 6,5%. O que posso garantir ao povo é que o crescimento no próximo ano vai ser maior que neste, e em 2009 vai ser maior que em 2008."
TROCAS NA EQUIPE
"O Mantega fica. É um companheiro de mais de 30 anos, da mais alta competência, qualificação e credibilidade. É o mesmo que o Corinthians fazer 5 a 0 no Grêmio e querer mudar o técnico. O Gil não vai sair. Ele é uma pessoa leve, com ele não tem tempo ruim."
PSDB E VINGANÇA
"Nenhuma medida é certa quando feita com vingança. Não discrimino ninguém. Apesar de o PSDB ter votado contra a CPMF, liberei para o governador José Serra R$ 300 milhões para as obras do Rodoanel e o Luciano Coutinho, do BNDES, liberou R$ 1,5 bilhão para o metrô de São Paulo."
CRISE AMERICANA
"A única coisa que me deixa com antena ligada neste final de ano é a crise americana. (...) Ninguém sabe o tamanho. Pedi ao Mantega e ao Meirelles para ficarem atentos."
HUGO CHÁVEZ
"É muito fácil negociar com Chávez. Ele tem uma vontade política muito grande com a América do Sul. O problema é que cai na plutocracia dos dois países. A PDVSA e a Petrobrás são gigantes que disputam mercado, são concorrentes."
MEDO DA MORTE
"Pensei que (em La Paz) o Tarso Genro tinha morrido. Eu dormi naquela noite de luz acesa e a porta aberta, com medo. Ao menos alguém ia me ver. Pela primeira vez, pensei que iria morrer, ter um piripaque."
Leonencio Nossa, BRASÍLIA, Estadão, 2112.

SENADO & SENADORES FALTOSOS OU "AUSENTES" [In:] PROBLEMA ALGUM...

Collor, campeão de faltas no Senado

No decorrer de 2007, nas sessões deliberativas do Senado, a média de ausências dos senadores foi de 16,05%. Ou seja, de cada 100 sessões, eles faltaram a 16. A média não é das piores, considerando-se que as regras da Casa admitem até 33,3% de faltas no conjunto das sessões. Alguns senadores, no entanto, exageraram na dose de desinteresse. Campeão em faltas, o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) esteve ausente em 42,11% das sessões. Na ponta do lápis foi assim: das 76 sessões às quais deveria ter comparecido antes de se licenciar do cargo, ele faltou a 32. Tais informações fazem parte de um levantamento divulgado ontem pelo site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.ig.com.br), especializado na cobertura do parlamento federal. A partir da análise das listas de presença publicadas pelo Diário do Senado, o órgão oficial da Casa, verificou-se também que raras vezes o Senado consegue reunir todos os seus 81 pares numa única sessão. Em 119 sessões analisadas entre 6 de fevereiro e 12 de dezembro, o milagre só aconteceu duas vezes: nas duas ocasiões sessões em que o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) conseguiu escapar da cassação. O levantamento também indicou, no entanto, que nem todos são tão desinteressados quanto Collor - o qual reagiu com ar imperial quando os repórteres do site pediram explicações sobre tantas ausências: "Não tenho que justificar nada das minhas presenças e ausências". Na outra ponta, o mais assíduo foi Marco Maciel (DEM-PE): assinou o livro de presença em 113 das 119 sessões. Índice de faltas de apenas 5,1%. Em quase todas as escolas do País, quando um aluno deixa de freqüentar 25% das aulas é automaticamente reprovado. Considera-se que com esse índice ele não tem condições de apreender o que acontece em sala de aula e dar continuidade aos estudos. O Congresso, descontadas todas as dificuldades dessa comparação, é muito mais generoso: ali o índice máximo, estabelecido na Constituição, é de 33,3%. Depois disso, o parlamentar pode ter o cargo cassado. Mas isso raramente ocorre: sempre que apresenta uma razão médica ou diz que estava representando a Casa em alguma missão, a falta é abonada. Se o índice de 33,3% não fosse apenas uma tese, neste ano também poderiam perder o mandato, ao lado de Collor, mais quatro senadores: Efraim Morais (DEM-PB); o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE); Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN). Outro que superou a marca de ausências toleradas foi Euclydes Mello - o primo de Collor que foi para Brasília depois que o ex-presidente anunciou que iria afastar-se do cargo para dar palestras e conferências.
Segundo a assessoria de Mozarildo, ele não teve faltas, mas ausências, porque estava em Roraima, representando o Senado. Rosalba disse que o principal motivo de suas ausência foi a doença de um filho, que precisou ser internado em São Paulo. Procurados pelos repórteres do site Congresso em Foco, Efraim e Guerra não foram localizados. De volta à outra ponta, a dos mais assíduos, Maciel foi seguido por Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - que participou de 112 sessões -, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Valter Pereira (PMDB-MS) e Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que participaram de 111 sessões. Na opinião de Ribeiro, a assiduidade revela o quanto o parlamentar está comprometido com o mandato e suas responsabilidades.
Estadão, Roldão Arruda. 2112.

CPMF: AINDA RENDENDO FRUTOS...

Fim da CPMF é maior derrota do segundo mandato, diz "Economist"

A revista britânica "The Economist" afirma na edição publicada nesta quinta-feira que o fim da CPMF --aprovada pelo Senado brasileiro-- foi a maior derrota do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em artigo chamado "O cheque volta", a revista afirma que o governo mantém uma "estranha combinação" de alta popularidade de Lula com "impotência" do governo. Para a revista, dois fatores explicam essa combinação. Primeiro, o fato de poucos presidentes conseguirem maioria no Congresso e de que Lula precisa usar "corporativismo" para construir uma coalizão e negociar com a oposição. "Lula não faz nenhuma dessas coisas particularmente bem", afirma o artigo. "Seu governo deu empregos demais para o próprio partido de Lula, o PT, e para o maior aliado, o PMDB, um partido gelatinoso cuja filosofia principal é rastejar em direção ao poder e depois exigir recompensas pelo seu apoio." O segundo fator que, segundo a revista, explica a combinação de "popularidade e impotência" do governo é a expansão da economia e da arrecadação, "que faz o argumento em favor de mais impostos ficar mais difícil". Para a revista, o fim da CPMF "é uma perda, mas não é um desastre para o governo". No entanto, a decisão poderia fazer com que investidores internacionais desistissem de elevar o grau de investimento dos papéis da dívida do Brasil.
BBC, Brasil, Folha Online. 2112.

MASP: OBRAS DE ARTE, CULTURA E ROUBO

Roubo no Masp expõe condições 'nefastas' de segurança

LONDRES - Uma reportagem do jornal espanhol El Mundo afirma que o furto dos quadros de Picasso e Portinari do Museu de Arte de São Paulo (Masp) expõe condições de segurança "nefastas" nos museus latino-americanos. A reportagem repercute a ação criminosa em que ladrões levaram do museu as pinturas Retrato de Suzanne Bloch, da chamada 'fase azul' de Pablo Picasso, e O lavrador de café, de Portinari. Para o El Mundo, o roubo "volta a colocar em evidência as nefastas condições de segurança nos museus latino-americanos, em especial os brasileiros". "Uma questão que é, em realidade, extensão do grave problema que representam no país as ações criminosas." A reportagem lembra que em outubro o Masp já havia sido alvo de uma tentativa de roubo. Em novembro, uma coleção de moedas raras do Museu do Ipiranga foi roubada, sublinha o jornal. Outros jornais O episódio também foi parar nas páginas de outros jornais europeus, americanos e sul-americanos. O argentino La Nación diz que "todos os
olhares estão postos no sistema de segurança do museu, sobre cujo funcionamento houve contradições nos primeiros interrogatórios dos vigilantes". "O Masp, um impressionante edifício modernista inaugurado em 1968, está localizado em pleno centro financeiro da cidade, na Avenida Paulista, uma das áreas mais vigiadas do país", diz o diário argentino. Já o britânico The Guardian destaca que a ação foi planejada "em detalhes de minuto", e que a polícia não descarta a possibilidade de ter havido colaboração de pessoas do próprio museu.
BBC, Estadão, 2112.

MENSALÃO MINEIRO: O DUTO É LONGO...

Ao menos mais 20 serão investigados no valerioduto tucano

A investigação sobre o valerioduto tucano, que já motivou a denúncia de 15 pessoas à Justiça, terá ainda como alvo pelo menos 20 pessoas não incluídas na acusação da PGR (Procuradoria Geral da República), mas apontadas como suspeitas pela Polícia Federal.
O valerioduto tucano foi um suposto esquema de financiamento irregular --com recursos públicos e doações ilegais-- da campanha à reeleição em 1998 do então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), operado pelo empresário Marcos Valério.
O inquérito da PF apontou indícios de participação de 36 pessoas no episódio. A denúncia da PGR, centrada nos supostos crimes com participação de Azeredo e do ex-ministro do governo Lula Walfrido dos Mares Guia (PTB) --para a PGR, um dos organizadores da campanha de 1998--, acusou apenas 15 pessoas, por peculato e lavagem de dinheiro.
Contudo, na denúncia encaminhada mês passado à Justiça, a PGR pediu novas apurações pelos ministérios públicos Estadual e Federal. Afirmou que "salvo os casos" denunciados, "a não-inclusão de qualquer fato e/ou pessoa não significa arquivamento".
Dos 36 suspeitos da PF, 11 foram denunciados pela PGR, quatro têm mais de 70 anos --o crime de peculato para eles está prescrito-- e um já morreu.
A PF não faz menção direta a possíveis crimes cometidos pelos responsáveis pela montagem do suposto esquema, o que ficou a cargo da PGR. A Procuradoria enumerou como responsáveis Azeredo, Walfrido, Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha, e o empresário Clésio Andrade (PR), candidato a vice de Azeredo naquele ano.
Novas apurações
As novas apurações devem envolver, por exemplo, cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de energia), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura, atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento) e dois à gráfica Graffar, que teria desviado recursos da Cemig para a campanha de Azeredo.
A PF cita ainda Kátia Rabelo (presidente do Banco Rural), Renilda Souza (mulher de Valério), Rogério Tolentino (advogado e sócio de Valério), Marco Aurélio Prata (contador de Valério) e Francisco Castilho e Margareth Freitas (ex-sócios de Valério na DNA Propaganda), além de dois sacadores de recursos do valerioduto.
A PGR também deixou de fora as 64 pessoas --sobretudo políticos e assessores de políticos-- que a PF identificou como beneficiários do suposto caixa dois de Azeredo.
São várias suspeitas levantadas pela PF, o que exigirá apurações separadas. Há também pedido de investigação sobre empresas privadas, principalmente empreiteiras, que, segundo a PF, fizeram doações clandestinas à campanha.
De acordo com a polícia, seis empreiteiras doaram R$ 8,2 milhões para a campanha sem declarar à Justiça Eleitoral. A Folha revelou que essas seis empresas receberam R$ 296 milhões em pagamentos por obras na gestão de Azeredo. A apuração do suposto "braço privado" do valerioduto tucano pode engrossar ainda mais o rol de denunciados.
PAULO PEIXOTOTHIAGO GUIMARÃES; da Agência Folha, em Belo Horizonte. 2112.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "LOOK FOR STARS"








[Chargistas: Sponholz, Frank, Bruno, Tiago].

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Bispo é internado em UTI de hospital de Petrolina (PE). O bispo de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Memorial, em Petrolina (PE), na noite desta quarta-feira (19). Segundo o hospital, o primeiro boletim médico será divulgado às 22h23 (23h23 de Brasília). O bispo está sendo atendido pelo médico Múcio Homero Leite Rodrigues. Cappio desmaiou na tarde desta quarta quando redigia uma nota sobre a decisão do STF que libera as obras do projeto de transposição do Rio São Francisco. Segundo um boletim médico, o religioso está "semiconsciente e com estado geral comprometido" e será internado para "evitar possíveis danos permanentes". A internação foi determinada pelo médico Klaus Finkam, que acompanha o bispo. G1, SP. 2012.

PETROBRÁS [In:] TUPI-BRAS

Petrobrás quer antecipar para 2008 produção em Tupi

A Petrobrás quer começar a produzir 40 mil barris de petróleo por dia em Tupi, na Bacia de Santos, a partir do fim de 2008. Segundo o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, a estratégia é antecipar ao máximo a produção na megarreserva, que tinha previsão de entrar em operação somente em 2010. A produção desse volume será possível, segundo Estrella, num teste de longa duração a ser realizado em um dos dois poços já perfurados na área. Segundo ele, a idéia é "estressar ao limite máximo" os possíveis prazos para a entrada em operação da área, antecipando até mesmo o projeto piloto que estava previsto para ser instalado depois de 2010 para a produção de 100 mil barris diários. "Após a realização do teste de longa duração, são necessários poucos meses para tornar ativo o projeto piloto, o que torna essa possibilidade viável", informou o diretor. Ele lembrou que, oficialmente, o prazo para a entrada em operação desse projeto piloto está mantido. Segundo Estrella, o prazo de 2010 havia sido definido porque esse é o limite para que a Petrobrás declare a comercialidade da área à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Tão logo isso ocorra, a Petrobrás terá de dar ao novo campo o nome de um peixe, molusco ou crustáceo, como está previsto na legislação brasileira. O nome Tupi foi escolhido pela estatal e suas sócias, BG e Galp, para o prospecto da área, que concentra reservas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris. "Muito tem sido dito sobre a precipitação da Petrobrás em ter revelado esse potencial de reservas antes mesmo de perfurar outros poços, mas estamos absolutamente confiantes em nossos dados", disse Estrella. Segundo ele, "um ou outro projeto" terá de ser modificado para garantir a prioridade a Tupi. "Vamos ter de promover um remanejamento e reavaliar as datas de perfuração e entrada em operação de algumas áreas para incluir Tupi no plano de investimentos no próximo ano."O diretor disse, ainda, que a empresa optou por usar no teste de longa duração em Tupi um navio-plataforma do tipo FPSO (Floating Production Supply Oil), similar ao Seillan, afretado pela empresa, com capacidade para até 40 mil barris por dia.
Kelly Lima, Estadão, 2012.

CHEQUE PRÉ-DATADO: DÍVIDAS & DÚVIDAS

Fim da CPMF em janeiro adia compras e estimula uso do pré-datado

Para escapar da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nas compras de fim de ano, consumidores mais atentos optam por "empurrar para a frente" o pagamento dos bens de maior valor, como imóveis ou carros. A pressão para conseguir estender o prazo para além da validade do imposto, que termina em 31 de dezembro, funciona em alguns casos: na construtora Klabin Segall, por exemplo, é possível comprar um imóvel pelo preço de dezembro e pagar só em janeiro no cheque pré-datado. “Depois da queda da CPMF, os clientes começaram a perguntar sobre essa possibilidade de adiar o pagamento e atendemos essa demanda”, diz o diretor de vendas e marketing da companhia, Paulo Pôrto. Em janeiro, os imóveis são reajustados pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC) de dezembro.
Segundo Pôrto, a iniciativa contribui para fidelizar clientes. “Se o consumidor não encontrar o que quer aqui, vai procurar outra construtora para resolver o problema dele”, diz. No setor de automóveis importados, o desejo de fugir da incidência do imposto se reflete nas vendas. Para a gerente comercial da concessionária Eurobike, especializada no segmento de alto padrão, parte da clientela está esperando para fechar a compra do automóvel no começo do ano. “O empresário está postergando suas contas. Sumiu cliente em dezembro, temos uns 30% a menos”, diz a executiva, que previa um aquecimento das vendas no mês em razão do Natal. O engenheiro Luiz Roberto Graziano Alcântara, que pretendia comprar um automóvel em dezembro, resolveu esperar para fechar o negócio só em 2008. “Para um carro de R$ 100 mil, por exemplo, são R$ 380 que entram a mais. Sem contar que, com o dinheiro mais barato para os bancos, as taxas de financiamento podem ter alguma redução”, diz ele, que admite que a possibilidade de juros menores não é certa. “Vale a pena porque não estou com urgência, vale a pena esperar. É um risco legal. De repente você economiza um pouco do dinheiro do IPVA”, afirma. Na avaliação do professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Araújo, a recomendação de jogar as contas para mais tarde vale apenas para altos valores. “É uma boa opção sim. Se eu fosse comprar alguma coisa grande, deixaria para pagar em janeiro”, afirma. Para os gastos pequenos, ele prevê que o uso do cheque pré-datado não deva ser alterado expressivamente nestes últimos dias do ano. “A massa de pessoas que ganham menos de R$ 5 mil paga CPMF e nem sente. Nesses casos, o pré-datado continua uma mania de quem não tem dinheiro para pagar à vista”, diz.
Ligia Guimarães Do G1, em São Paulo. 2012.

GOVERNO LULA & "OPOSIÇÃO" [In:] "FÁCIL, EXTREMAMENTE FÁCIL..." (*)

Planalto promete barrar aumento de imposto e Senado aprova DRU

Depois de prometer barrar aumentos de impostos e arrancar a providencial ajuda de 20 senadores do PSDB e do DEM, o governo conseguiu ontem aprovar em segundo turno a emenda constitucional que prorroga até 2011 a Desvinculação de Receitas da União (DRU), o que lhe permite gastar R$ 84 bilhões livres de qualquer vinculação a programas. Se a oposição não tivesse ajudado, o Palácio do Planalto teria sido de novo derrotado, como na votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), na semana passada, quando os parlamentares da base aliada deram apenas 45 votos a favor da emenda - 4 a menos do que o mínimo necessário. Somente seis senadores votaram contra a DRU. O governo fez grandes concessões aos partidos de oposição e aos aliados. PSDB e DEM, por exemplo, só aceitaram votar a emenda depois de obter do governo a promessa de que não será baixado nenhum pacote tributário, não haverá aumento de impostos e, nem de longe, será tentada uma reedição da CPMF. "O governo se comprometeu a não fazer nada disso. Confiamos então que ele vai cumprir a palavra", disse o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), logo depois de uma reunião de lideranças de seu partido e dos tucanos com um solitário Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do governo."Em fevereiro, vamos retomar a discussão da reforma tributária e vamos buscar na reforma tributária os recursos para a saúde", declarou Jucá. "A oposição participará das discussões sobre os cortes no Orçamento." O líder frisou que até o fim do ano "o governo não vai baixar pacote tributário, nenhuma medida provisória, nenhum aumento de tributo". "Não haverá sobressaltos", reforçou. Até fevereiro, segundo ele, o governo fará estudos para voltar a conversar sobre os cortes. Na reunião, o governo se comprometeu a chamar a oposição para ajudar a descobrir formas de cobrir rombos fiscais e a encontrar uma saída para a saúde. Em suma, o governo sabia que estava nas mãos dos partidos de oposição. Comprometeu-se com tudo o que o PSDB e o DEM exigiram - até a não fazer discursos críticos no plenário.
BANIMENTO
"A CPMF está banida para sempre da vida brasileira", bradou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), ao anunciar o acordo da DRU. "O governo fechou conosco o compromisso de não editar nenhum pacote fiscal para compensar as perdas de arrecadação de R$ 40 bilhões causadas pela extinção da CPMF." O Planalto comprometeu-se ainda a não "fazer discursos pejorativos" contra a oposição e a não tentar repassar para os adversários a responsabilidade pelo caos na saúde. Essa última exigência não foi bem assimilada pelos partidos aliados. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) foi à tribuna dizer que, quando no governo, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acusou a oposição de fazer "picuinhas", por rejeitar projetos de seu interesse. Acrescentou que, se fosse presidente, não aceitaria as cobranças da oposição. Votaram contra a DRU Demóstenes Torres (DEM-GO), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Agripino (DEM-RN), José Nery (PSOL-PA), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Raimundo Colombo (DEM-SC). Líderes do PSDB e senadores importantes do DEM descarregaram os votos no projeto, incluindo o presidente tucano, Sérgio Guerra (PE), Virgílio, Cícero Lucena (PSDB-PB), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Heráclito Fortes (DEM-PI), Kátia Abreu (DEM-TO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Estadão, João Domingos. 2012.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "SAI UM 'AURÉLIO' PRÁ VIAGEM !"













[Chargistas: Lane, Lute, Pater, JBosco, Novaes, Tacho, Sponholz].

GOVERNO LULA [in:] "ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO..." (*)


“Ao sucesso de 2007 e a um 2008 melhor ainda”. O presidente Lula que ergueu a taça de champanhe na noite desta terça-feira (18), propondo um brinde aos aliados, em nada fazia lembrar o presidente de seis dias atrás. O aborrecimento proporcionado pela extinção da CPMF deu lugar ao otimismo.
Lula reuniu em torno da mesa de jantar do Palácio da Alvorada os presidentes e os líderes dos partidos associados ao consórcio governista. Falou aos convivas ao final do repasto. Agradeceu o “apoio” dos partidos, minimizou o infortúnio do imposto do cheque, festejou o “sucesso” do governo e assegurou que não haverá nenhum pacote de fim de ano. “Alguém pode imaginar que estou triste, mas não estou”, disse Lula, referindo-se à derrota da madrugada de quinta-feira (13) passada, no Senado. Referiu-se à extinção da CPMF com uma naturalidade que contrasta com as declarações que fizera nas pegadas da votação. “Democracia é assim, a gente ganha e perde”. Nada de ataques à oposição. Lula desdisse o ministro da Fazenda. Algo que já vai se tornando rotineiro. Guido Mantega anunciara para esta semana um pacote de cortes de gastos e elevações de alíquotas de tributos. Em sentido contrário, o presidente declarou durante o jantar do Alvorada:
1. “Não vamos adotar nenhum pacote para penalizar os setores produtivos da economia”;
2. “O governo não vai fazer nada agora. Qualquer medida que tiver de ser adotada, só em 2008, sem pressa. O Orçamento não será votado nesse ano. Não tem razão para pressa”;
3. “As coisas vão acontecer com naturalidade. O governo vai encontrar o caminho sem adotar medidas que possam caracterizar descontrole da administração”;
4. “Não faremos nada que comprometa o controle fiscal. O superávit será mantido. Nem as obras do PAC nem os programas sociais serão afetados.”
O repórter recuperou o teor do discurso do presidente em contato com dois deputados e um senador que estiveram no Alvorada. Os congressistas começaram a chegar por volta das 20h. Serviram-se de salgadinhos, uísque, vinho e refrigerantes. Lula só sorveu água mineral. Do início ao fim.
Os convidados foram acomodados na grande mesa retangular da residência presidencial às 21h. Jantaram salada verde, peixe e filé mignon. Para o acompanhamento, dois tipos de arroz branco –com e sem castanhas do Pará. Lula discursou antes da sobremesa –doces variados e frutas frescas. Os convivas começaram a deixar o Alvorada às 22h30. Durante o jantar, só falaram, além do anfitrião, o coordenador político do Planalto, ministro José Múcio; e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Múcio esquivou-se de tratar de CPMF. Limitou-se a informar aos presentes que estará sempre "à disposição de todos". E cobriu de elogios o antecessor Walfrido dos Mares Guia, ausente. Temer, escalado para exprimir o sentimento de todos os partidos da coalizão, enalteceu o poder de aglutinação que Lula exerce sobre os aliados. Ao dirigir-se à mesa apinhada de políticos, Lula sabia que suas palavras vazariam. Daí o timbre moderado. Antes de chegar ao Alvorada, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, e o ministro José Múcio haviam se reunido, em segredo, com a fina flor oposicionista do Senado. Dera-se na casa de José Agripino Maia (RN), líder do DEM. Lá estavam também Sérgio Guerra (PE) e Arthur Virgílio (AM), presidente e líder do PSDB, respectivamente. Embora a oposição já houvesse decidido que não se meteria a retardar a votação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), marcada para esta quarta-feira (19), o líder ‘demo’ e os tucanos fizeram “exigências” a Jucá e Múcio.
Cobraram: 1) o abrandamento do discurso belicoso de Lula; 2) o compromisso de que não haverá nenhum pacotaço tributário. Ao chegar ao Palácio da Alvorada, Jucá e Múcio repassaram a Lula detalhes da reunião. Depois, ao discursar, o presidente soou macio. Não chegou a dizer que não haverá elevação de tributos. Mas cuidou de afirmar que não planeja “penalizar os setores produtivos.” O que, por ora, basta à oposição. A despeito de ter voado de Montevidéu para Brasília horas antes do jantar, Lula exibia um cenho descansado. Fez menção ao encontro do Mercosul, que motivara sua presença na capital uruguaia. Defendeu o ingresso da Venezuela no bloco econômico. Lembrou que os negócios com o país de Hugo Chávez resultam em superávit favorável ao Brasil “de quase US$ 4 bilhões”. Uma cifra que, segundo disse, pode aproximar-se dos “US$ 6 bilhões” depois que Chávez rompeu com a Colômbia. O presidente desfilou pelos salões do Alvorada um paletó ornado com motivos andinos na lapela. Presente que recebera de Evo Morales, na Bolívia, na véspera de sua chegada a Montevidéu. Antes de erguer a taça do brinde, o presidente festejara o resultado da pesquisa Datafolha que revelou que 20 milhões de brasileiros migraram das classes “D” e “E” para a classe “C” nos últimos cinco anos. “Compartilho o sucesso com vocês”, disse o presidente aos “aliados”.
Folha Online. Escrito por Josias de Souza. 1912.
_____________________
(*) "... que tudo se realize no ano que vai nascer, muito DINHEIRO no bolso, SAÚDE (sic) prá dar e vender". (Canção popular de "reveillon").

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: TRÉGUA

Governo federal propõe a bispo em greve de fome parar obras


Em reunião no final da noite de ontem, representantes do governo federal e da Igreja Católica costuraram uma proposta para colocar fim o quanto antes à greve de fome do bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio. O religioso encerraria a greve de fome, diante de uma paralisação de pelo menos dois meses das obras de transposição do rio São Francisco.
A proposta será apresentada tanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ao bispo, que hoje completa 22 dias de jejum. Até ontem, tanto governo como o bispo mostravam-se irredutíveis em suas posição --o Planalto pela continuidade das obras e dom Luiz pelo arquivamento imediato do projeto de transposição. Ontem, a reunião, na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), terminou pouco antes da meia-noite. Do lado do governo, participaram representantes do Ministério da Integração Nacional e da ANA (Agência Nacional de Águas), além do chefe-de-gabinete do presidente, Gilberto Carvalho. "Uma das propostas que surgiram ao longo do debate é uma paralisação temporária, em torno de dois meses, e a realização de alguns debates público nesse período para difundir melhor e espalhar para a população o que significa o obra do São Francisco", disse Carvalho. Como representante de dom Luiz, esteve o agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra) Roberto Malvezzi. "A gente acha que qualquer paralisação temporária pode ser bem-vinda, sim. Já sinaliza alguma coisa", afirmou.
Supremo
Dom Luiz já estava disposto a encerrar hoje seu jejum caso o STF (Supremo Tribunal Federal) atenda ao pedido de suspensão das obras apresentado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. O grupo que acompanha dom Luiz avalia que uma decisão contrária à obra permitiria uma saída honrosa para o impasse tanto para o bispo como para o governo, que não traria desgaste a nenhuma das partes. A Folha conversou com pessoas que estiveram com o religioso nos últimos dias, em Sobradinho (BA). Segundo eles, já debilitado e ansioso pelo fim do jejum, dom Luiz gostaria de se apegar a uma decisão judicial a ter de ceder nas negociações. No encontro, que durou quase três horas, discutiu-se a contraproposta de dom Luiz ao governo, com oito itens. Seis itens foram vistos como negociáveis pelo governo. No texto, ele mantém a reivindicação de retirada do Exército do canteiro de obras, mas admite a captação e distribuição de água do rio para consumo humano e animal. No documento, dom Luiz não fala mais em arquivamento do projeto como condição para o fim do jejum, mas em "manter a suspensão das obras iniciadas" por prazo não definido. Ele exige a substituição do canal da transposição que abasteceria Pernambuco e Paraíba por uma rede de adutoras e a redução do volume de água captado de 28 mil para 9.000 litros por segundo --o que, segundo ele, seria suficiente para atendimento humano e animal nas regiões mais críticas do semi-árido dos dois Estados. Esses dois primeiros itens foram, em princípios, rejeitados pelo governo. O bispo também quer que o governo implemente as 530 obras hídricas previstas no Atlas Nordeste de Abastecimento Urbano de Água, da ANA. Os projetos, afirma, beneficiariam 34 milhões de pessoas, contra 12 milhões da transposição. Hoje o STF pode incluir na pauta a análise do pedido de suspensão das obras apresentada em julho pelo procurador-geral. O argumento da petição é que o governo federal iniciou as obras sem ter realizado audiências públicas estabelecidas na licença prévia do Ibama, aceita como válida pelo então ministro do Supremo Sepúlveda Pertence, que em 2006 determinou novos estudos sobre a transposição. "A nossa avaliação é que essa pode ser uma grande conquista, mesmo que parcial. Porque, após a decisão do STF, pode ter uma definição do governo e pode ter um aceno da parte de d. Luiz", disse Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
EDUARDO SCOLESE;da Folha de S.Paulo, em Brasília; FÁBIO GUIBU; da Agência Folha, em Sobradinho. 1912. Chargista Simanca.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Internauta brasileiro fica 3 vezes mais no Orkut do que no e-mail. Cinco horas para trocar "scraps" e xeretar a vida alheia e uma hora e 40 minutos para mandar e ler e-mails por mês. Foi esse o tempo que o brasileiro com internet em casa --e usuário destes dois serviços-- gastou em média no Orkut e no e-mail em 2007, respectivamente. O tempo gasto na rede social do Google foi três vezes maior que o utilizado para o correio eletrônico neste ano. Em 2006, o Orkut tomava pouco menos de quatro horas dos internautas residenciais. (...) O fato de o Orkut estar mais arraigado no dia-a-dia virtual do brasileiro do que a própria conta de e-mails expõe ainda um traço comportamental importante do internauta ".br". O e-mail, quem diria, está virando um instrumento sisudo e protocolar. "Com o avanço das comunidades e mensageiros instantâneos, impulsionados pelos jovens, os e-mails se consolidam como uma ferramenta mais formal, com mais afinidade com os adultos", pondera José Calazans, analista do Ibope. "Os jovens utilizam e-mails, até porque para cadastrar-se no Orkut e no MSN é preciso ter uma conta de e-mail, mas o uso maior é mesmo dos mais velhos." 19/12.




O consórcio formado pelas empresas Via Engenharia/Construtora OAS e Camargo Corrêa foi declarado vencedor da concorrência para a construção da mega-sede do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília, obra estimada em quase meio bilhão de reais (R$ 479,9 milhões). Trata-se da mais cara sede de um tribunal no país, com uma área total de construção maior que a do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A título de comparação: enquanto os ministros do STJ tiveram a área de cada gabinete duplicada, medindo cerca de 280 m2, o projeto do TRF-1 prevê que seus desembargadores ganharão gabinetes com 350 m2. Pelo projeto do escritório de arquitetura de Oscar Niemeyer, o presidente do TRF-1 e seus assessores ocuparão um gabinete de 650 m2, quatro vezes maior do que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos interpostos pelo consórcio Engeform/Construbase e Construtora Passarelli Ltda. e pela empresa Construcap foram indeferidos pelo diretor-geral do TRF-1.
Blog do Frederico Vasconcelos, Folha Online. 1912.
Chávez manda reabrir túmulo de Simón Bolívar. Para a ciência, Simón Bolívar vale como uma das vítimas mais famosas da tuberculose, ao lado de Mozart, Chopin, Moliere, Gauguin. Mas Hugo Chávez duvida. O presidente da Venezuela, entretanto, acha que, se fosse turberculose, Bolívar não teria morrido tão depressa – em uma semana. Por isso, ele mandou reabrir a tumba do libertador, que morreu na Colômbia, mas está sepultado em Caracas. Chávez quer que a ciência determine as causas da morte de Bolívar, e até mesmo se quem está enterrado ali é o famoso general. Chávez apropriou-se da figura histórica de Simón Bolívar. O socialismo bolivariano imaginado pelo presidente venezuelano é apoiado, diz ele, em Jesus Cristo e Fidel Castro, além do próprio Bolívar.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 1912.
Lula descarta aumento de impostos e pacote de medidas, mas exige cortes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira o aumento de impostos e o lançamento de um pacote de medidas compensatórias como alternativas para o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Sem o "imposto do cheque", o governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões no ano que vem. A idéia é cortar gastos para garantir o equilíbrio das contas públicas. Lula determinou que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) preparem um estudo detalhado sobre os eventuais cortes que devem ser efetuados na proposta orçamentária de 2008. Os cortes deverão ser anunciados até fevereiro --quando o Orçamento Geral da União deve ser votado no Congresso. "Teremos um final de ano tranqüilo, sem sobressaltos, sem pacote e sem medidas de corte", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião do presidente com integrantes da equipe econômica. "O empresariado pode aproveitar tranqüilo o Natal e o Ano Novo", ressaltou. Por cerca de duas horas, o presidente se reuniu com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Mantega, Paulo Bernardo e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além de Jucá, no Palácio do Planalto.
RENATA GIRALDI; da Folha Online, em Brasília. 1912.

LULA vs. IMPOSTOS [In:] QUEM VIVER, VERÁ OU PAGARÁ?

Lula assegura que não haverá aumento de impostos


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na terça-feira, 18, no jantar com o Conselho Político, no Palácio da Alvorada, que "não haverá aumento de impostos" para compensar a perda da Receita com o fim da CPMF, a partir de janeiro. "Nada vai acontecer", disse o presidente, segundo relato do ministro de Relações Institucionais, José Múcio. "Ele garantiu", acrescentou Múcio. O ajuste de contas, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) será feito por meio de corte de gastos. "A alternativa no primeiro momento é corte de gastos. O governo vai cortar gastos e vai procurar focar melhor as despesas", disse Jucá, depois do jantar.
Em relação ao corte das despesas, o ministro José Múcio disse que está trabalhando para evitar os cortes nas emendas parlamentares, como forma de compensar as perdas com o fim da CPMF. "A Câmara aprovou a CPMF duas vezes, por dois turnos. Nós tivemos senadores que votaram favoravelmente. A idéia, dependendo de nós, é que não haja sanções. Afinal de contas é do jogo democrático", disse Múcio. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) relatou que, no discurso feito no jantar, Lula disse que vai trabalhar com "naturalidade e sem medidas abruptas" para compensar a perda da CPMF. "O presidente disse que não quer causar desconfiança no mercado nem sobressaltos na economia, e só vai apresentar uma proposta no ano que vem", relatou Casagrande. De acordo com o ministro José Múcio, Lula espera que o Congresso agora aprove a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), pois o momento é de "serenidade". Múcio disse que nesta quarta,19, às 9h30, o presidente vai discutir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as medidas alternativas para compensar o fim da CPMF. "O ministro da Fazenda vai dizer onde a ferida dói mais", disse Múcio. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, disse que o presidente garantiu que "não haverá punição para empresas com aumento de impostos". Lula, segundo Paulinho, disse ainda que "não vai ter pacote tributário. "Mas não é fácil trabalhar sem R$ 40 bilhões", teria acrescentado o presidente, no jantar que reuniu 18 pessoas. Lula disse também, segundo Paulinho, que não seria candidato a um terceiro mandato, "com ou sem CPMF".
Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo. 1912. Chargista Junião.

PMDB, PT "et al." [In:] OS "CÉSARES" DO PODER

PMDB vai cobrar hoje de Lula sua cota de poder

A cúpula do PMDB na Câmara e no Senado quer se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje para discutir a "integração definitiva" do partido no governo. A direção partidária vai cobrar uma definição da cota real de poder da legenda, especialmente no que se refere ao comando do Ministério das Minas e Energia e a postos de direção em estatais do setor elétrico. Nos bastidores do partido, a razão da maior queixa dos dirigentes nacionais é a "interinidade perene" do PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas Minas e Energia. Os peemedebistas dizem que, na prática, é ela quem está à frente do ministério há sete meses, com a demissão do ex-ministro Silas Rondeau (PMDB). Acusam Dilma de "empacar" a indicação de um peemedebista para o posto de ministro e, conseqüentemente, outras nomeações de interesse do partido na Eletrobrás, Eletronorte e outras empresas do setor, desde que um interino indicado por ela assumiu o ministério. Neste quadro, um dirigente do PMDB adverte que a insatisfação com o governo é crescente, por conta destas promessas de cargos não cumpridas, e diz que a situação ameaça a tranqüilidade do Planalto no Senado. A expectativa da bancada de senadores, que deu 17 de seus 20 votos em favor da prorrogação da CPMF, é virar o ano com um representante seu na cadeira de ministro das Minas e Energia. É de conhecimento geral no partido que cabe ao senador José Sarney (PMDB-AP) a indicação do sucessor de Rondeau e não há discordâncias quanto a este quesito. Por isto mesmo, o único cotado para o posto até agora é o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Mas Sarney e sua filha Roseana, líder do governo no Congresso, têm feito questão de manter diálogo permanente com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Em todos os contatos, os dois deixam claro o desejo de que a indicação do novo ministro seja partidária e não apenas do grupo Sarney. A direção peemedebista aguarda um chamado do Planalto desde que o próprio Lula confirmou a Roseana, há cerca de um mês, que a indicação do ministro será do PMDB. Mas diante do risco iminente de o Planalto adiar mais uma vez a nomeação, o dirigente peemedebista adianta que o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), deve aproveitar a conversa com o presidente da República para fazer um alerta. O líder dirá ao presidente Lula que está mais difícil a cada dia conter a insatisfação da bancada e que, mantido o cenário atual em 2008, isto será tarefa impossível. As avaliações internas apontam que, no início do semestre, o grupo dos insatisfeitos girava em torno de 30% da bancada do Senado. Agora, no entanto, pelo menos 12 dos 20 senadores do partido têm pendências com o governo e queixas por maus tratos ou simples desdém. Isto, sem falar do trio do PMDB do Senado que votou contra a CPMF - Jarbas Vasconcelos (PE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita (AC) - já contabilizado como oposição ao governo.
Estadão, Christiane Samarco, BRASÍLIA. 1912.

terça-feira, dezembro 18, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "GOOD TIMES"












[Chargistas: Novaes, Paixão, Amorim, Son, Lane, Pater].

GOVERNO LULA/BOLSA FAMÍLIA [In:] APENAS RETÓRICA?

Bolsa Família tem pouco impacto sobre saúde infantil, diz estudo

O Bolsa Família tem pouco impacto na saúde das crianças das famílias atendidas pelo programa, indica um estudo do Centro Internacional de Pobreza, instituição de pesquisa do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Segundo os autores do estudo, o programa eleva a demanda por serviços de educação e saúde porque exige que os pais mantenham os filhos na escola, cumpram o calendário de vacinação infantil e, no caso de mulheres grávidas, façam exames pré-natal. Por outro lado, essas necessidades nem sempre são atendidas porque, supõem os pesquisadores, nem todas as famílias têm acesso a uma boa estrutura de educação e saúde. "As nossas conclusões apontam que pelo lado da demanda, pode estar dando certo, mas o que pode não estar dando certo é a escassez de oferta e a falta da qualidade de serviço", afirma um dos autores, o economista Rafael Perez Ribas.
Por exemplo, uma porcentagem entre 70% e 80% das crianças de famílias inscritas no programa têm carteira de vacinação e, entre elas, nem todas estão com as vacinas em dia.
"Os dados nos levam a presumir que a cobertura de saúde para as famílias beneficiárias não é tão universal quanto se pensava." Ribas e outros dois pesquisadores do Centro Internacional de Pobreza, parceria do Pnud com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), analisaram dados de 2005 da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sage) do Ministério do Desenvolvimento Social. As comparações foram sempre feitas com famílias em situação de pobreza semelhante, mas excluídas do programa. Os números mostraram também que, embora o programa aumente a freqüência escolar, por exigir que as crianças das famílias beneficiárias freqüentem a escola, elas repetem mais de ano do que aquelas que estão fora do Bolsa Família.
Para Ribas, isso mostra que o grupo de crianças que antes deixava de estudar, por causa de dificuldades de aprendizado, agora está na escola, o que é positivo. Entretanto também expõe a falta de qualidade do ensino.
"Programas como o Bolsa Família não vêm para resolver o problema da qualidade da educação", afirma o economista. "O programa dá incentivo para a criança permanecer na escola e nisso cumpre a sua função. Mas é a qualidade do ensino que vai determinar a sua aprovação." "Falta uma integração de políticas entre os ministérios."
Os dados também indicam que o programa tem sido ineficaz no combate à desnutrição infantil na faixa dos 12 aos 35 meses de vida, a fase mais crítica do desenvolvimento da criança, em que o problema pode provocar conseqüências irreversíveis. "Nessa faixa, a diferença entre beneficiários e não beneficiários não existe", ressalta o pesquisador. "As orientações que deveriam ser dadas aos pais, de acompanhamento do peso, por exemplo, podem não estar sendo dadas." Para crianças até 12 meses, o efeito é positivo, ou seja, aquelas que são beneficiadas pelo programa estão menos sujeitas ao problema do que as que estão fora.
Ribas atribui o fenômeno a uma boa instrução das mães no período pré-natal e pós-parto, cuidado que, supõe, esteja sendo abandonado depois dos 12 meses da criança. Os economistas Fábio Veras Soares e Rafael Guerreiro Osório foram co-autores de Rafael Ribas no estudo, intitulado Avaliando o Impacto do Programa Bolsa Família: uma comparação com programas de transferência condicionada de renda de outros países. O Bolsa Família é comparado com os programas de transferência de renda do Chile (Chile Solidário) e do México (Oportunidades). Eles concluem, por exemplo, que o programa brasileiro é o menos eficaz dos três quando se analisa o impacto sobre os 10% mais pobres. "Destinam, respectivamente, 36% e 37% do total das transferências para esse grupo, contra 33% do Bolsa Família", diz o estudo. Segundo o trabalho, porém, o programa brasileiro tem o melhor desempenho quando é considerado o volume total de transferências.
Apesar das ressalvas, os pesquisadores concluem que o Bolsa Família está cumprindo os seus objetivos de transferir renda e diminuir a proporção de pobres no país e destacam que os três programas de transferência de renda tiveram "excelente desempenho" na seleção dos beneficiários. Eles também contestam críticas de que o Bolsa Família desestimula os beneficiários a trabalhar. Segundo o estudo, os adultos que eram atendidos pelo programa em 2005 tinham uma participação vezes 2,6 maior na força de trabalho em relação aos que estavam fora do programa.
da BBC Brasil, Folha Online. 18/12.

OPOSIÇÃO & SITUAÇÃO: QUALQUER SEMELHANÇA...


Apesar do barulho que ecoou no final de semana e foi repisado nesta segunda-feira (17), não passa pela cabeça das principais lideranças da oposição negar ao governo a DRU. Em privado, os mandachuvas do PSDB e do DEM dão de barato que o mecanismo de desvinculação das receitas da União será aprovado até quinta-feira (20). Criada sob FHC, a DRU permite ao governo dispor livremente de 20% de todas as verbas que a Constituição vincula a setores determinados. Coisa próxima de R$ 90 bilhões -usados, em parte, para pagar os juros da dívida pública e assegurar o superávit fiscal do governo. Nesta terça-feira (18), Romero Jucá (PMDB-RR) começa a procurar os líderes oposicionistas, para rogar-lhes que não levem adiante a ameaça de empurrar com a barriga a DRU, ainda pendente de um segundo turno de votação. Lero vai, lero vem, Jucá será atendido. Os líderes da oposição aproveitam a ocasião pra espicaçar o governo, lembrando ao Planalto que, no Senado, sua maioria é frágil. Mas, em privado, esses mesmos líderes compartilham da tese de que seria um erro privar Lula também da DRU. Acham que ofereceriam ao presidente o argumento que lhe falta para pespegar nos adversários o carimbo de irresponsáveis, alheios à necessidade de preservar o equilíbrio financeiro do Estado. Foi por essa razão, aliás, que a oposição concordou em apartar a DRU da CPMF. Enterrou-se a segunda. Mas preservou-se a primeira. Foi aprovada em primeiro turno com o conveniente auxílio de 15 votos oposicionistas.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1812.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

FIFA. O suntuoso Palácio da Ópera de Zurique foi fechado, ontem à noite, para uma festa brasileira. O protagonista Kaká encerrou seu ano perfeito com mais um prêmio, o de melhor jogador de 2007 em eleição da Fifa. E viu Marta triunfar entre as mulheres (veja na pág. 2), Buru - campeão mundial com a seleção no Rio - ser escolhido o número 1 do futebol de praia e Pelé ser homenageado pela entidade - e aplaudido de pé pelo público. A noite só não foi brasileira no clima. Os termômetros apontavam 2 graus negativos durante a cerimônia. Nada, no entanto, que afetasse a alegria dos premiados. Sobretudo de Kaká. O meia do Milan termina o ano como maior nome do futebol mundial, sem concorrentes. Foi escolhido o melhor pela revista France Football, pela World Soccer, pela Uefa e, ontem, pela Fifa. E ganhou a Copa dos Campeões da Europa e o Mundial de Clubes com atuação de respeito.

Eduardo Maluf e Jamil Chade. Estadão, 1812/.

Jade e Thiago Pereira: os melhores de 2007. A ginasta Jade Barbosa e o nadador Thiago Pereira são os grandes vencedores do prêmio Brasil Olímpico de 2007. Os dois foram eleitos pelos internautas brasileiros como os melhores atletas do ano de 2007. Jade (51,6% dos votos) e Thiago (56,5%) derrotaram, respectivamente, Fabiana Murer (9%) e Marta (39,4%), no feminino, e Tiago Camilo (14,6%) e Diego Hypolito (28,9%), no masculino. O prêmio foi entregue nesta segunda-feira, em cerimônia realizada no tradicional Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na qual foi lançada a logomarca da candidatura do Rio de Janeiro a sede das Olimpíadas de 2016.

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL225887-4271,00.html

Odepa confirma doping de Rebeca no Pan. Em comunicado emitido nesta segunda-feira na Cidade do México, a Odepa (Organização Desportiva Pan-americana) confirmou o doping da nadadora brasileira Rebeca Gusmão nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, além de outros três atletas: do halterofilista brasileiro Fabrício Mafra; do ciclista colombiano Libardo Niño e do jogador nicaragüense Pedro Wilder Rayo. Todos tiveram suas medalhas suspensas

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL225997-4271,00.html

Anatel leiloa hoje o serviço do celular da terceira geração. Uma nova tecnologia vem aí: 3G. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza nesta terça-feira (18) a licitação das faixas de freqüência destinadas aos celulares de terceira geração. Na prática, a inovação vai permitir que duas pessoas conversem e se vejam através de uma ligação telefônica. Parece ficção científica, mas é a próxima geração do celular. (...) A velocidade de conexão à internet é a principal vantagem da tecnologia 3G. Com ela, o celular irá acessar a rede com a mesma rapidez de um computador conectado à banda larga. E, com a velocidade maior, as operadoras vão poder oferecer novos serviços. “Espera-se que as taxas variem entre 256 k e 1 MB. É o suficiente para o usuário acessar uma série de aplicações de áudio, vídeo, conteúdo”, diz o analista Alex Zago.

Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 18/12.

Fidel sinaliza que pode deixar cargo e cita Niemeyer. O ditador de Cuba, Fidel Castro, sugeriu nesta segunda-feira que não tem apego ao poder e não pretende obstruir novas lideranças em Cuba, segundo uma carta divulgada nesta segunda-feira, em que ele cita o arquiteto Oscar Niemeyer. "Meu dever elementar não é apegar-me a cargos, ou muito menos obstruir a chegada de pessoas mais jovens [ao poder], e sim aportar experiências e idéias, cujo modesto valor procede da época excepcional que me coube viver", escreveu o ditador cubano em uma mensagem lida pelo apresentador do programa Mesa Redonda Informativa da TV Cuba.
Afastado do poder desde julho de 2006 devido a um problema de saúde, Fidel disse que concorda com o pensamento do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer de que "é preciso ser conseqüente até o final".
da France Presse, em Havana.1812.

GOVERNO LULA/IMPOSTOS: "VOCEIS PENSAM QUE NÓIS FUMOS EMBORA..." (*)

Governo quer reaver R$ 12 bi com três tributos

O pacote em estudo pela equipe econômica do governo para compensar o fim da CPMF traz um aumento das alíquotas de três tributos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), informa nesta terça-feira reportagem da Folha (conteúdo disponível para assinantes do UOL e do jornal). A receita gerada pelos reajustes está prevista em R$ 12 bilhões em 2008. A proposta --elaborada para cobrir o rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento da União com o fim da CPMF a partir de 2008-- será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã (19), no Planalto. Outras medidas em estudo projetam cortes de gastos em torno de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões. Desse total, cerca de R$ 6 bilhões viriam da economia com a folha de pagamento dos servidores. Lula deve começar a discutir ainda hoje essas idéias com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) no vôo de retorno de Montevidéu (Uruguai), onde os três participam de reunião do Mercosul.
No cálculo dos R$ 12 bilhões a serem obtidos com o aumento de alíquotas de IOF, IPI e CSLL já está descontada a parcela que a União tem de transferir a Estados e municípios.
Folha Online. 1812.
_________________
(*) Adoniran Barbosa - "Ói Nóis Aqui Traveis". Geraldo Blota e Lourival Peixoto. "Voceis pensam que nóis fumos embora/Nóis enganemos voceis/Fingimos que fumos e vortemos /Ói nóis aqui traveis/Nóis tava indo/ Tava quase lá/E arresorvemo/Vortemos prá cá/E agora, nóis vai ficar fregueis/ Ói nóis aqui traveis".

MERCOSUL E/OU UNIÃO EUROPÉIA? NOVOS TEMPOS?

Negociação entre Mercosul e UE deve recomeçar em maio de 2008

Congeladas nos últimos dois anos, as negociações de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia (UE) devem voltar à mesa a partir de maio de 2008. Ontem, em um gesto destinado a enfatizar a "vontade política" do bloco europeu para a retomada das negociações, a Comissão Européia despejou 50 milhões (US$ 72,2 milhões) em projetos para o fortalecimento institucional do Mercosul. A iniciativa foi complementada com uma declaração conjunta sobre a cooperação entre os blocos até 2013, assinada pelo comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, o espanhol Joaquín Almunia, e o chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano. O impulso de Bruxelas em direção ao Mercosul acontece em um momento de estagnação das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de ceticismo em relação à possibilidade de conclusão desse acordo multilateral até o fim de 2008. Ocorre também logo depois do fracasso da tentativa européia de iniciar negociações sobre livre comércio com a África, na Cúpula de Lisboa, no último dia 9 - e em um ambiente livre do contrapeso de outra discussão importante do Mercosul na área comercial, como era a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), abortada em novembro de 2005. Em princípio, as áreas técnicas do Mercosul e da UE deverão se reunir em março para tratar do possível relançamento das negociações em maio, às margens da reunião ministerial América Latina-União Européia. A UE, no entanto, não deverá fazer nova proposta, segundo se informa em Bruxelas. Na declaração assinada ontem, oportunamente foi destacado o fato de a União Européia ser o maior sócio comercial do Mercosul, com um fluxo de US$ 86,7 bilhões em 2006 e superávit de US$ 52,0 bilhões para o bloco. "Queremos fazer disso uma realidade a partir de maio de 2008. Há dificuldades, como em toda negociação importante, mas com boa vontade podemos superá-las", disse Joaquín Almunia. "A chave do futuro pode estar em que europeus e sul-americanos nos entendamos econômica e politicamente para influir no mundo. A América do Sul é o continente da esperança, e só o que pode frustrá-la é a nossa incompetência", acrescentou o chanceler Gargano. A primeira dificuldade, entretanto, é a falta de confiança do Mercosul nos negociadores da UE. Apesar das reiteradas declarações em favor da retomada desse processo, o negociador-chefe europeu, o alemão Karl Falkenberg, teve seus métodos criticados pelos seus pares do Mercosul. Mas continuará no posto e deverá ser encarregado da tentativa de engrenar as discussões. Numa das discussões delicadas que levaram ao congelamento das negociações, em 2005, Falkenberg propusera a adoção de uma cota aparentemente maior para os embarques de carne bovina do Mercosul para a UE. No detalhamento, os negociadores do Mercosul perceberam que a bela proposta não passava de uma armadilha - quanto maior a exportação em um ano, menor a cota do Mercosul no ano seguinte.
Conflitos na OMC
A ausência de regras comuns no Mercosul sobre defesa comercial e sobre investimentos levou a Argentina a abrir uma controvérsia contra medidas antidumping aplicadas pelo Brasil sobre as resinas PET que fabrica A Organização Mundial do Comércio (OMC) contrariou a decisão do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, que determinara ao Brasil suspender as barreiras à importação de pneus usados do Uruguai. O Brasil propõe a criação de uma política comum no bloco sobre o tema. Passados 17 meses da assinatura do protocolo de adesão ao Mercosul, a Venezuela não terá direito a voto nas reuniões até os Congressos do Brasil e do Paraguai aprovarem o protocolo. O país não concluiu negociações de sua adequação às normas do bloco e da liberalização do comércio com Brasil e Argentina até 2014 Chávez não desistiu do projeto de reforma constitucional, mesmo após o referendo que o rejeitou. Isso levanta suspeita sobre a adequação do país à Cláusula Democrática do blocoHá dois anos, o Mercosul faz vista grossa ao conflito entre Argentina e Uruguai em torno da fábrica de celulose instalada no município uruguaio de Fray Bentos, sobre o Rio Uruguai, que divide os dois países. O caso está na Corte Internacional de Justiça de Haia. A mediação da Espanha não surtiu resultado e os piquetes continuam a bloquear a fronteira. Cristina acirrou a crise que seu antecessor e marido, Néstor Kirchner, arrastava. No discurso de posse, atacou Vázquez. A Argentina exige o desmantelamento da fábrica, alegando que sua construção viola o Tratado do Rio Uruguai.
A CRISE DE CADA UM
Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva. Derrotado no Senado, em sua tentativa de prorrogar a cobrança da Contribuição Social sobre a Movimentação Financeira (CPMF), terá de fazer um corte no Orçamento de 2008 para compensar a perda de R$ 40 bilhões.
Argentina
Cristina Kirchner. Empossada no último dia 10, a presidente já está às voltas com um escândalo de corrupção em sua campanha eleitoral, o caso da maleta, e com conflitos com lideranças sindicais.
Paraguai
Nicanor Duarte. Frutos Às vésperas da eleição presidencial (abril), amarga um fim de mandato sem nenhuma garantia de vir a fazer seu sucessor UruguaiTabaré Vázquez A coalizão de centro-esquerda que o apóia não o autoriza a negociar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Venezuela
Hugo Chávez. Derrotado no referendo sobre sua proposta de reforma constitucional, se vê diante da queda da produção de petróleo e da suspeita de ter financiado a campanha de Cristina Kirchner, no caso da maleta .
Chile
Michele Bachelet. Seu governo socialista mostra-se fragilizado pelas recorrentes revoltas estudantis e greves no setor de transportes.
Bolívia
Evo Morales. É personagem ausente nesta reunião de cúpula do Mercosul, por causa dos conflitos políticos internos, acentuados pelo processo de aprovação da nova Constituição e pelos movimentos separatistas em cinco Estados.
DECISÕES ESPERADAS
Acordos comerciais.
O acordo de livre comércio com Israel, que prevê a liberalização total das trocas bilaterais até o fim de 2017, será fechado hoje. A União Européia doou ontem 50 milhões ao Mercosul e reiterou "vontade política" de retomar negociações sobre o livre comércio, congeladas desde 2005.
Dupla tributação da TEC
Ficará para dezembro de 2008. Itens relevantes, como a formação do Código Aduaneiro do Mercosul e a maneira como se dará a partilha da tarifa de importação, continuam a gerar pesadas discussões.
Fundo para pequenas e médias empresas
Desde julho passado, o Mercosul tenta criar as regras para um fundo de apoio para esses setores empresariais. O tema ficará para 2008.
Focem
Criado no ano passado, o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul aprovou 16 projetos para a redução de assimetrias econômicas, que serão financiados por um caixa de US$ 125 milhões. Até agora, foram liberados apenas US$ 5 milhões, para dois projetos Integração de cadeias produtivas Será criado um grupo para tratar da integração da cadeia automotiva, de petróleo, de desenvolvimento de negócios à margem de estradas históricas e de discussão empresarial
Estadão, Denise Chrispim Marin, Ariel Palacios e Jamil Chade. 1812.

LULA/MORALES: OS NEGÓCIOS VÃO BEM, OBRIGADO!!!

Brasil vai investir US$ 1 bi na Bolívia


Com a promessa de investimentos de até US$ 1 bilhão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que Brasil e Bolívia iniciam "uma nova fase em suas relações", estremecidas com a nacionalização dos ativos da Petrobrás, em maio de 2006. Em cerimônia para assinar nove acordos de cooperação, Lula e o presidente da Bolívia, Evo Morales, trocaram afagos e se comprometeram a aprofundar a integração entre os dois países. Em seu discurso, o presidente brasileiro defendeu sua atuação após a tomada das unidades da Petrobrás. "Esses acordos respondem àqueles que pregavam o distanciamento, o congelamento das relações. Respondem àqueles que defenderam o enfrentamento. Nós respondemos com a cooperação", disse Lula. Para o presidente, o Brasil tem obrigação de ajudar a Bolívia, para "reduzir as assimetrias na região". "Vejam a União Européia: quantos bilhões de euros não foram gastos para ajudar Espanha, Portugal e Grécia a crescerem?" Os acordos no setor de petróleo foram fechados no último momento, com algumas reviravoltas nas reuniões realizadas durante o fim de semana. Depois de rejeitar a proposta brasileira, os bolivianos voltaram atrás, em reunião liderada por Lula. Estava em jogo o destino do gás produzido em novos projetos da Petrobrás. A estatal conseguiu incluir uma cláusula que lhe garante o direito de vender a maior parte da produção ao exterior, a preços mais atrativos, enquanto os bolivianos queriam priorizar o mercado interno, onde os preços são subsidiados. Embora o volume de recursos anunciados gire entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, a Petrobrás vai investir, no início, pouco menos de US$ 300 milhões: US$ 260 milhões na expansão dos campos de San Alberto e San Antonio e outros US$ 36 milhões na perfuração de um poço exploratório no bloco de Ingre. O restante dos recursos prometidos, porém, depende dos resultados da atividade exploratória, disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli. Petrobrás e a estatal local YPFB vão se unir ainda na busca por petróleo em três blocos pertencentes aos bolivianos, com a possibilidade de criação de uma empresa para desenvolver os projetos. Em tom mais ameno do que o adotado desde que assumiu, Evo Morales disse que nunca pensou em expulsar as companhias brasileiras. "Nós precisamos de vocês", afirmou, dirigindo-se a Gabrielli. "Mas queremos sócios, não patrões", repetiu.O presidente boliviano frisou que vai garantir a rentabilidade de novos investimentos no país. "Sabemos que qualquer investimento tem de ser retorno. Não só retorno, tem de ter direito ao lucro. Vamos garantir e respeitar qualquer empresa que queira atuar aqui."
Estadão, Nicola Pamplona. Foto capa edição. 1812.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "BIRDS or BUTTER"






















[Chargistas: MarcoJacobsen, JBosco, Amorim, ].

LULA & MORALES: FIZERAM "ESCOLA"

Protesto contra usina hidrelétrica marca 1º dia de Lula na Bolívia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na Bolívia na noite deste domingo (16) e foi recebido no aeroporto internacional da cidade de El Alto por vários ministros do governo do presidente Evo Morales.
Lula e os presidentes Michelle Bachelet (Chile) e Evo Morales (Bolívia) discutem no Palácio do Governo boliviano a construção de uma rodovia que ligará o Atlântico ao Pacífico passando pelos três países. Pouco antes de o presidente Lula chegar na sede do governo em La Paz para participar de um encontro com os colegas Morales e Bachelet, policiais contiveram uma manifestação contrária ao projeto de uma usina hidrelétrica binacional no rio Madeira. Em meio a cartazes de saudação aos dois presidentes sul-americanos, cerca de dez ativistas exibiam uma placa com a inscrição “Não à usina do Lula no rio Madeira”. Os policiais que faziam a segurança do local agiram rápido, apreenderam o cartaz e prenderam dois dos manifestantes.
Destruição na Bolívia
“O presidente Lula pode ser um bom presidente para o Brasil, mas aqui na Bolívia só está causando morte e destruição”, disse a ativista Justina Poma, 29, do grupo Qanasa Animales, que significa Protetor dos Animais, na língua indígena aymar. A usina hidrelétrica binacional do rio Madeira é um antigo projeto que ainda não saiu do papel justamente por conta de protestos contrários à inundação de uma grande área, que seria de indígenas bolivianos, na fronteira dos dois países. Recentemente, o consórcio Madeira Energia venceu a primeira licitação para construir a usina de Santo Antonio. A usina que terá capacidade de gerar 3150 megawatts deve começar a funcionar em 2012.
Tiago Pariz; G1. La Paz. 1712.