PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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terça-feira, dezembro 01, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] TECELAGEM BRAS-ILHA

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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JURUAIA/MG: MODA ÍNTIMA

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A cidade que enriqueceu com calcinhas

A ação de pequenas empreendedoras transformou a pequena Juruaia, no interior de Minas, num dinâmico polo produtor de lingerie


Thiago Cid
Guilherme Pupo
Onélia de Mello, empreendedora: “Meu marido plantava café. Falei para ele deixar a lavoura e abrir uma confecção comigo”

A cidade de Juruaia, no sudoeste de Minas Gerais, tem aproximadamente 8.300 habitantes e mais de 140 confecções de lingerie -- uma confecção para cada 60 habitantes. É um município que prosperou graças ao dinheiro da venda de calcinhas e sutiãs. De acordo com a Associação Comercial de Juruaia, o PIB da cidade cresce a uma taxa média de 30% ao ano desde 2005. Essa história de dinamismo, porém, é recente. Até o meio da década de 1990, Juruaia era um vilarejo cuja principal fonte de renda, o café, amargava um crise. A guinada começou em 1991, quando o então prefeito Rubens Lacerda anunciou na televisão, no país todo, que a cidade ofereceria incentivos para atrair empresas.

O resultado ainda não foi o esperado. Apenas um industrial de Goiás, que fabricava calcinhas populares, mudou-se para a cidade. Ele não imaginava que seu modesto negócio acenderia o espírito empreendedor da cidade. A primeira fábrica durou menos de dois anos, mas serviu de exemplo. Em 1992, duas empresárias abriram a segunda confecção. Em 1993, outras três confecções já estavam em funcionamento. “Vimos que era a oportunidade do momento”, afirma Joelma Reis, que começou a fabricar lingerie em 1993 e hoje tem uma loja de 750 metros quadrados no centro da cidade.

As funcionárias da primeira empresa, que logo fechou as portas, decidiram insistir no ramo. Onélia de Mello foi uma delas. “Naquela época, meu marido plantava café. Falei para ele deixar a lavoura e abrir uma confecção comigo”, diz. O casal vendeu o patrimônio que tinha disponível -- seis sacas de café -- e comprou três máquinas de costura caseiras usadas. No início, Onélia e o marido, Dair, compravam peças para descosturar e ver como eram feitas, numa engenharia reversa de confecção. O marido era responável pelo corte dos moldes e Onélia costurava. Quinze anos depois, a empresa do casal, a D´Mellos, conta com 17 funcionários e fatura aproximademente R$ 1 milhão por ano. Histórias como as de Joelma e Onélia são comuns na cidade. Apesar de veteranas no mercado, novos empreendimentos, surgidos há menos de cinco anos, também têm sucesso. A advogada Ana Cristina Dias preferiu deixar os tribunais de lado, abriu sua confecção há dois anos e está satisfeita.

Juruaia produz cerca de 350 mil peças de lingerie por mês, e com elas fatura R$ 4 milhões, de acordo com o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, João Batista da Silva. “As lingeries rendem mais que as 100 mil sacas anuais de café e os 20 mil litros diários de leite que produzimos”, afirma Silva. Juruaia se tornou o terceiro maior polo produtor de roupas íntimas femininas do Brasil, atrás de Fortaleza, no Ceará, e Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro. A produção municipal corresponde a 15% do total de lingeries fabricadas no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil. A prefeitura e os empreendedores pretendem diferenciar a produção da cidade, no futuro, não pela quantidade, mas pela sofisticação. O ímpeto empreendedor da pequena cidade já até despertou a atenção no exterior. O site de notícias americano Global Post enviou um repórter para que retratasse as peculiaridades de Juruaia, onde um terreno de 200 metros quadrados no centro não sai por menos de R$ 150 mil.

Histórias de Juruaia:

- as confecções e lojas de lingerie de Juruaia empregam aproximadamente 3.500 pessoas, ou 45% da população.
- as pequenas empresas locais precisam de mais mão de obra qualificada, apesar de o Sebrae oferecer na cidade cursos de design, corte e costura e administração. “Costureira experiente aqui é disputada a tapa”, diz a empresária Lúcia Ioria.
- a produção de roupas íntimas femininas na cidade consome, por mês, 10 toneladas de tecido.
- além dos produtos fabricados serem, na maioria, destinados a mulheres, elas também controlam cerca de 80% das empresas. Isso cria situações peculiares, principalmente aos olhos de forasteiros. Não é raro uma mulher encontrar outra na rua, mosrtrar a alça do sutiã que usa e dizer: “olha a nova peça que eu criei!”
- todas as administrações municipais, desde os anos 90, tiveram como prioridade alimentar a vocação de polo de lingerie.
- a cidade promove, anualmente, um dos principais festivais de moda íntima do pais: a Feira de Lingerie de Juruaia, ou Felinju.

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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI107267-15259,00.html

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(*) KÁTIA FLÁVIA (Fausto Fawcett).

Kátia Flávia
É uma louraça belzebu, provocante
Uma louraça Lúcifer, gostosona
Uma louraça Satanás, gostosona e provocante
Que só usa calcinhas comestíveis e calcinhas bélicas
Dessas com armamentos bordados
calcinha framboesa, calcinha antiaérea, calcinha de morango, calcinha Exocet
calcinha framboesa, calcinha antiaérea, calcinha de morango, calcinha Exocet
(...)

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http://vagalume.uol.com.br/fausto-fawcett/katia-flavia.html

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HONDURAS/BRASIL: REFRESCANDO A MEMÓRIA...

Crise em Honduras

O cafofo de Zelaya

3 de outubro de 2009


Manuel Zelaya encerrou sua segunda semana como "hóspede" da embaixada brasileira em Honduras com o entourage reduzido a um quinto, as ideias de perseguição elevadas ao cubo e nenhuma mostra de que está disposto a desistir de voltar ao poder, de onde foi apeado no último dia 28 de junho por determinação da Suprema Corte de Justiça.

...

Ao longo da semana, com o beneplácito do governo brasileiro, ele conclamou a insurreição, convocou a população para a "ofensiva final" e pediu que seus apoiadores fizessem greve de fome. Desde o dia em que voltou clandestinamente a Honduras, numa operação patrocinada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Zelaya tinha como objetivo promover um levante popular que o levasse de volta à presidência.

Diante do fracasso do plano, parece ter desistido de usar seus apoiadores como bucha de canhão. Na quinta-feira, disse estar disposto a ser julgado pelos dezoito crimes pelos quais é processado e a abrir mão de uma boa - e não especificada - parte dos poderes presidenciais caso retome o cargo. Isso, claro, se os "raios" permitirem.

A casa onde funciona a missão diplomática do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras, chegou a ter mais de 300 pessoas nos dias seguintes à chegada do presidente deposto. Na última sexta-feira, ela abrigava 53 - sem contar o próprio Zelaya, onze jornalistas e dois diplomatas. Destes 53 ocupantes, 24 trabalham como seguranças (pagos) do hondurenho. Os demais podem ser divididos em duas categorias: a dos simpatizantes do presidente deposto e a dos que mal sabem por que estão lá (como é o caso de cinco desempregados que, antes de abrigar-se na embaixada, viviam nas ruas, e para os quais a estada no Big Brother zelayista não passa de uma chance de dormir ao abrigo do relento).

Durante o dia, Zelaya fica na sala destinada ao embaixador, agora transformada em suíte para ele e a mulher, Xiomara. À noite, vai dormir no almoxarifado. O hondurenho nunca acorda antes das dez da manhã, passa boa parte do dia falando ao telefone e, à noite, lê o livro El Candidato, do argentino Jorge Bucay, autor de best-sellers de auto-ajuda como Vinte Passos para a Felicidade e Amar de Olhos Abertos. Raramente deixa a a sala e, quando o faz, é para dar entrevistas coletivas ou distribuir comunicados aos jornalistas presentes. Um desses comunicados, exortando a população a praticar atos de desobediência civil contra o governo, foi o principal argumento para que o presidente Roberto Micheletti, que substituiu Zelaya no dia 28 de junho, decretasse o estado de exceção no país.

A passividade do Itamaraty diante das incitações de Zelaya à violência, feitas do interior da embaixada, não foram outra contribuição do governo brasileiro ao espetáculo hondurenho nesta semana. O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, também fez sua parte ao declarar em Pittsburgh, durante reunião do Grupo dos Vinte, que o governo "golpista de Roberto Micheletti é feito de mentirosos". Ao contrário de Garcia, o presidente Hugo Chávez, autor do roteiro de filme B que trouxe Zelaya de volta a Honduras, guardou silêncio estratégico.

No enredo criado pelo venezuelano, um aprendiz de caudilho aceita sofrer uma transmutação "ideológica" em troca da fórmula do poder perpétuo (e, claro, dinheiro). Expelido do país, retorna clandestina e bravamente para ser reconduzido ao poder nos braços do povo, que ele governará com a tutela de seu mestre. Embora essa última parte tenha tido de ser reescrita, a fita barata e de atores ruins continua a se desenrolar conforme as ordens do seu diretor. O mais triste é que, nesse filme, o Brasil continua fazendo um papel feio.

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http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/cafofo-zelaya-502970.shtml

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DIPLOMACIA: TROPEÇOS NO TAPETE VERMELHO...

Internacional

Derrota da diplomacia petista

Ao insistir em restaurar Manuel Zelaya no poder,
o governo brasileiro se torna adversário da saída mais
democrática para a crise em Honduras: as urnas.

Fotos Susan Walsh/AP e Fernando Souza/CPDOC JB/Folha Imagem
AI, QUE MEDO
Obama, o sereno, é atacado por Garcia, o sinistro: o verdadeiro motivo é a raiva pelos planos fracassados de transformar Honduras em vitória ideológica

VEJA TAMBÉM

Alguma coisa certa Barack Obama fez. E não estamos falando do garbo exibido na primeira recepção de gala de seu governo, visto na foto ao lado. A prova do acerto está nos ataques virulentos que recebeu de Marco Aurélio Garcia, o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais. Tudo o que Garcia fala é errado, na forma e no conteúdo, além de prejudicial aos interesses nacionais. O presidente dos Estados Unidos foi alvo do novo surto de megalonanismo por defender o reconhecimento das eleições em Honduras, neste domingo. Desde que Manuel Zelaya tentou emplacar a própria reeleição e foi punido pela Suprema Corte com a perda do cargo, além de expulso manu militari do país, ao qual retornou com a patola chavista, instalando-se de bigode e chapelão na embaixada brasileira, a diplomacia petista trabalha com o objetivo de restaurá-lo no poder a qualquer preço. A saída pela via eleitoral, com a escolha de um novo presidente, virou um anátema para Garcia e sua turma. A proposta de solução apoiada por Obama parecia razoável: levar observadores internacionais para Honduras e, verificada a lisura da votação, chancelar o resultado, abrindo uma saída pacífica para o impasse. "Isso é muito ruim para os Estados Unidos e sua relação com a América Latina", rugiu Garcia. "Todo aquele clima favorável que se criou com a eleição do presidente Obama começa a se desfazer um pouco."

Em diplomacia, as palavras devem ser escolhidas com cuidado, não por cortesia banal, mas para evitar o agravamento de atritos. Quando um país considera necessário censurar outro, a praxe é plantar declarações indiretas, chamar os representantes diplomáticos do oponente para uma conversa ou fazer comunicações por escrito. A ideia de personalizar as críticas, nomeando um chefe de governo diretamente, só em casos muito graves. Garcia rompeu todas essas regras e, num lapso ofensivo, somou a ofensa à injúria ao dizer que reconhecer a eleição em Honduras seria "legitimar o branqueamento de um golpe" - ah, as peças que o inconsciente prega. A violência de suas declarações tem uma explicação simples: frustração. A diplomacia petista contava com uma vitória política e ideológica com a restituição de Zelaya, que representaria uma prova de força e de prestígio internacional do governo Lula.

Rodrigo Abd/AP
ELES QUEREM VOTAR
Manifestação em Honduras: críticas a Lula

Na prática, deu tudo errado. A alegria dos megalonanicos quando Zelaya retornou murchou rapidamente. O sujeito se mostrou disposto a lutar até a última vida dos outros, usou a embaixada brasileira como palanque e decepcionou mesmo quem condenava a forma como foi defenestrado. O governo interino de Roberto Micheletti, que tinha por trás o comando das Forças Armadas, a maioria do establishment político, a Corte Suprema e uma parte possivelmente majoritária da opinião pública, revelou uma capacidade de resistência insuspeita num país pobre, pequeno e suscetível a pressões. "Aqui não temos medo dos Estados Unidos, nem do Brasil, nem do México. Temos medo de Manuel Zelaya", resumiu Micheletti.

O que pesou, no entanto, foi a mudança na posição dos Estados Unidos. Quando Zelaya foi despachado e sua separação abrupta do poder parecia um golpe clássico, do tipo que assolou a América Latina no passado nem tão distante, o governo Obama apoiou a condenação internacional praticamente unânime. Depois, suspendeu parte da ajuda a Honduras e cancelou os vistos de integrantes do governo interino e dos membros da Corte Suprema. A situação começou a mudar quando Hugo Chávez patrocinou o retorno sub-reptício de Zelaya e se multiplicaram as incitações ao levante popular, com o patente objetivo de criar mártires. "Naquele momento, ficou claro que o presidente deposto era um baderneiro que queria apenas provocar a instabilidade no país", disse a VEJA Doug Bandow, pesquisador do Instituto Cato, com sede em Washington. Quanto mais a diplomacia petista se exibia em manifestações estridentes de autoapreciação, mais baixinho falavam os americanos. Em outubro, o subsecretário de Estado para a América Latina e próximo embaixador em Brasília, Thomas Shannon, foi a Honduras e mediou um acordo que parecia salvar a cara de Zelaya e seus defensores: Micheletti renunciaria, o bigodudo voltaria à Presidência por um breve período, numa espécie de regime de liberdade vigiada, e as eleições resolveriam o assunto. Na realidade, o governo interino enrolou quanto pôde e Zelaya foi virando cada vez mais um personagem irrelevante. Só o último ponto se concretizou.

Muita coisa que aconteceu em Honduras foi indesejável: a adesão de Zelaya ao chavismo, as manobras que fez para alterar a cláusula pétrea da Constituição que proíbe a reeleição, sua posterior expulsão do país, a breve mas condenável decretação do estado de sítio. Numa situação com tantos fatores negativos, a eleição de um novo presidente parece uma evolução positiva. As eleições foram marcadas quando Zelaya ainda estava no poder e, embora tenha passado a rejeitá-las, dos cinco candidatos dois são zelayistas. Micheletti deixou o cargo na semana passada e o Congresso ficou de decidir depois da eleição se Zelaya seria restaurado, hipótese altamente improvável. O favorito nas pesquisas é Porfírio Lobo, do Partido Nacional, de centro-direita. O presidente Lula reiterou que não aceitará de maneira alguma o resultado da eleição. Se a premissa de condições democráticas irrepreensíveis fosse aplicada em todas as situações para validar eleições, muitos países não teriam saído de regimes ditatoriais. É bom até bater na madeira para não lembrar desse passado. Toc, toc, toc. Ou, nas palavras inesquecíveis de Marco Aurélio Garcia, top, top, top.


Noves fora, nada

Eraldo Peres/AP
BEM NA FOTO
Lula e seu convidado: vantagens, só para Ahmadinejad

Tudo o que foi dito pelo governo a respeito da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é cortina de fumaça. O barbudinho sinistro não foi convidado para cultivar relações com um país importante, nem para avançar relações comerciais, nem para dar ao Brasil um papel de mediação na crise do programa nuclear clandestino do regime dos aiatolás. Os dois primeiros objetivos podem e devem ser promovidos com impessoalidade diplomática, sem contemplar um pária como Ahmadinejad com o prêmio de um convite oficial ao Brasil. O terceiro contraria a lógica do esforço diplomático mundial para conseguir uma saída à questão nuclear: o momento é de pressionar e acenar com normalização apenas na hipótese de que o Irã aceite a proposta da ONU, de enriquecer urânio na Rússia, como garantia de que não o usará na fabricação de bombas. O verdadeiro objetivo dos afagos a Ahmadinejad foi o de sempre: conseguir uns votinhos em organismos internacionais, uma área em que a diplomacia lulista tem sido particularmente malsucedida - basta o chanceler Celso Amorim se aproximar de um candidato a qualquer coisa e, catapimba, o infeliz não se elege nem síndico de prédio.

A coisa menos ruim que aconteceu foi que o presidente Lula não escapou do roteiro e não disse absurdos. Por ocasião da eleição fraudulenta que reelegeu Ahmadinejad, ele desqualificou os protestos da oposição, comparando-a a torcida de time perdedor - justamente no momento em que jovens iranianos eram presos, espancados e violentados nas cadeias. As declarações em favor de que o Irã "tenha o direito de desenvolver enriquecimento de urânio para fins pacíficos" foram desmentidas na prática: na sexta-feira, o Brasil se absteve na resolução da Agência Internacional de Energia Atômica condenando os comprovados subterfúgios do programa nuclear do Irã.

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http://veja.abril.com.br/021209/derrota-diplomacia-petista-p-082.shtml

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BRAS-ILHA: EM TEMPOS DE ''AVANT-PREMIÈRE''..

GOVERNADOR DO DF AMEAÇA DEM E EXPULSÃO É ADIADA

ALIADO DE ARRUDA, SECRETÁRIO DO PPS É ACUSADO EM VÍDEO DA PROPINA


Autor(es): Leandro Colon
O Estado de S. Paulo - 01/12/2009

A investigação do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, inclui um vídeo em que a diretora de uma empresa acusa o PPS de praticar chantagem e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Parte do dinheiro, segundo o diálogo, teria sido destinada ao presidente da legenda, ex-deputado Roberto Freire (SP).

O PPS anunciou ontem a saída da gestão do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de montar o esquema de corrupção que arrecadava propinas e distribuía o dinheiro entre secretários e deputados distritais da base aliada.

A declaração que compromete o partido foi feita pela diretora comercial da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Nerci Soares Bussamra, em conversa com Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo e autor da gravação obtida pelo Estado.

No diálogo, ela afirma que Fernando Antunes, presidente do PPS-DF e subsecretário de Saúde, achacou a empresa por meio de uma auditoria nos contratos e pediu dinheiro para o PPS. Segundo ela, Antunes afirmou: "Eu só queria que vocês ajudassem o partido." A Uni Repro recebe R$ 1,6 milhão por mês para prestar serviços gráficos à pasta da Saúde.

No vídeo, Barbosa - demitido sexta-feira, após a revelação de que havia resolvido colaborar com a investigação da Polícia Federal - pergunta a Nerci: "Mas quem é que recebe o dinheiro?" Ela responde: "Ele mesmo. Ele e o irmão dele." Barbosa volta a indagar: "O Antunes?" E ela repete: "Ele e o irmão."

O então secretário de Relações Institucionais pergunta sobre quem faz o pagamento. "Eu e, às vezes, até o dono em São Paulo já fez, porque ele (Antunes) tem o partido lá, né?", diz Nerci. Logo depois, ela cita Freire. "Na última conversa que eu tive com ele (Antunes), ele pediu dinheiro para o partido dele, né, para ajudar o Freire em São Paulo e eu não disse não pra ele." Em outro vídeo, a empresária entrega uma sacola de loja de sapatos para Barbosa com maços de notas de R$ 100 e R$ 20. Após a contagem do dinheiro, ela deixa o local. Barbosa então se vira para a câmera de vídeo e mostra uma caixa com a dinheirama.

"DAR UMA FREADA"

Após o encontro com Nerci, Barbosa, de acordo com o inquérito, procurou Arruda no dia 21 de outubro e reclamou da posição do PPS, que teria montado, de conforme o delator, um esquema próprio de arrecadação de recursos ilícitos, atrapalhando os planos do DEM.

"Cê tem de pegar o Antunes e dar uma freada", diz Barbosa a Arruda, conforme transcrição do inquérito. "Também acho", responde o governador. Arruda afirma, então, que gostaria de mudar o comando da secretaria. Barbosa destaca: "O Augusto mais o Antunes tomaram muito dinheiro dela, muito." E completa: "Sei que andaram tomando tudo quanto é dinheiro da mulher e da empresa lá."

Em outro depoimento, Barbosa relata ainda que Carvalho, Antunes e o empresário Alcyr Collaço dividiam uma propina de R$ 60 mil mensais por meio de um contrato de atendimento telefônico com a empresa Call Tecnologia, prestadora de serviços à Secretaria de Saúde, mas contratada pela estatal Codeplan.

Procurado pelo Estado, Antunes confirmou conhecer Nerci. "Encontrei com ela por duas ou três vezes na secretaria", disse. Mas negou a afirmação de que pediu dinheiro para ajudar o PPS e o presidente da legenda. "Não existe essa possibilidade. Desconhecemos isso. Está ficando evidente que o Durval tinha esse vídeo para mandar recados", afirmou. Segundo Antunes, a secretaria chegou a reduzir o valor do contrato com a Uni Repro. "Eu podia apertar e pedir dinheiro diminuindo a fatura?"

Freire afirmou que também desconhece o conteúdo das acusações. "Não tenho nada com isso. Não autorizei ninguém a usar meu nome para pedir dinheiro", reagiu o presidente do PPS. A reportagem ligou duas vezes para o celular de Carvalho, deixou recado, mas não teve resposta até fechamento da edição.
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BRAS-ILHA: NEM COM GALHO DE ARRUDA...

ARRUDA TENTOU BARRAR OPERAÇÃO

EXPULSÃO DE ARRUDA DIVIDE O DEM

Jornal do Brasil - 01/12/2009

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, tentou evitar a realização da Operação Caixa de Pandora, na qual a Polícia Federal descobriu seu envolvimento num esquema de propinas. Na quinta-feira, véspera da ação da PF, Arruda foi recebido pelo ministro Fernando Gonçalves, do STJ, segundo revela com exclusividade o Informe JB. O governador pediu mais tempo para provar sua inocência. Gonçalves, contudo, não lhe deu esperanças. Arruda ligou ainda para o governador Aécio Neves (PSDB-MG), que também entrou no circuito. Em vão. Após a realização da operação, o DEM tenta, pelo menos, blindar o partido. Na surdina, a cúpula da legenda promoveu ontem à noite um jantar com quatro ministros do STF.

BRASÍLIA - Caixa de Pandora

Título da matéria

Brasília

Pressionado pela oposição, por entidades da sociedade civil como a Ordem dos Advogados do Brasil e pelas investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), se reuniu segunda-feira com a cúpula do DEM, que pediu ao governador que apresentasse publicamente a sua versão sobre as denúncias. Parte da direção da legenda defendeu a expulsão imediata de Arruda dos quadros do DEM, mas a maioria optou por aguardar a reação pública às explicações do governador antes de adotar a medida.

A decisão sobre a permanência de Arruda na legenda será tomada, em definitivo, pela Executiva Nacional do DEM após reunião prevista para ser realizada terça-feira. Os democratas temem prejuízos à imagem da oposição nas eleições presidenciais de 2010, mas apenas três dos oito dirigentes do partido que participaram do encontro com Arruda defenderam publicamente a expulsão sumária, e imediata, do governador: os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Demóstenes Torres (DEM-GO) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Também participaram do encontro o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (DEM), os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Adelmir Santana (DEM-DF), o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) e o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga.

No encontro, Arruda se defendeu das acusações e reiterou que é inocente do suposto esquema de propina. Na saída da residência oficial de Arruda, os democratas foram cercados por manifestantes que jogaram panetones em cima dos carros que saíam do local.

Os aliados locais e nacionais do DEM não deram a Arruda o mesmo privilégio. O PSDB nacional decidiu recomendar a seus filiados Márcio Machado e José Humberto Pires que se afastem do governador. Márcio Machado é secretário de Obras do governo Arruda e presidente do diretório regional do PSDB. José Humberto Pires ocupa a secretaria de Governo. Machado e Humberto são citados no inquérito da Polícia Federal encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e prestaram esclarecimentos segunda-feira ao vice-presidente nacional do PSDB, deputado federal Edson Aparecido (SP).

O PPS também deixou segunda-feira a base do governo Arruda e pediu o afastamento do governador. Sairão da administração do DF os secretários de Saúde, Augusto Carvalho, e de Justiça, Alírio Neto, deputados federal e distrital pela legenda, respectivamente. Além deles, todos os filiados ao PPS que ocupam cargos em qualquer escalão devem pedir demissão do governo.

Após a reunião com a cúpula do DEM, Arruda disse que pretende ficar no partido apesar da ameaça de expulsão. O governador afirmou que vai “lutar até o fim” para provar que é inocente e atribuiu ao ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) a responsabilidade sobre o esquema de corrupção, de quem disse ter herdado uma “herança maldita”. Arruda afirmou que o seu governo reduziu o repasse de verbas para as empresas de informática participantes do esquema, o que contrariou “interesses” de Durval Barbosa, responsável pelas gravações envolvendo o governador em conversa na qual supostamente negociaria recursos para serem encaminhados aos aliados.

Segundo o governador, os recursos “eventualmente” recebidos por integrantes do governo do DF foram destinados a ações sociais em 2004, 2005 e 2006 – e foram legalmente registrados na Justiça Eleitoral. Arruda também levantou dúvidas sobre as gravações realizadas por Barbosa, entre elas a que aparece recebendo recursos do seu antigo colaborador.

– Quanto ao diálogo gravado no dia 21 de outubro, fica claro que foi conduzido para passar uma versão previamente estudada. A avaliação preliminar dos nossos advogados me alerta que os supostos defeitos ou aquecimento ou resfriamento do aparelho de gravação, tudo isso nos exatos termos que consta dos autos, podem ter truncado e comprometido o teor e o sentido da conversa. Inclusive com a desconfiguração dos dados armazenados – observou Arruda.

O governador concluiu as explicações afirmando que seus advogados estão estudando o inquérito da Polícia Federal para decidir o que fazer e que vai colaborar com “tudo o que for necessário” para as investigações do Ministério Público Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

BRAS-ILHA: FÉ CEGA. ''SANTINHOS DO PAU OCO''... nada ''prudentes''...

A bênção da propina

Vídeos têm até oração da propina

Autor(es): # Daniela Lima
Correio Braziliense - 01/12/2009


Imagens gravadas em gabinete do anexo do Buriti mostram Leonardo Prudente e Brunelli rezando em agradecimento a Durval Barbosa

Reprodução de Vídeo/IG
Durval, Prudente e Brunelli: versão oficial é de que reza seria pela saúde do ex-secretário


Para os deputados distritais Leonardo Prudente (DEM) e Júnior Brunelli (PSC), a fé e a política sempre caminharam lado a lado. Filho do fundador da Casa da Bênção, não raro Brunelli adentra o plenário da Câmara Legislativa com uma Bíblia debaixo do braço. Prudente, presidente da Câmara Legislativa, é figura cativa em encontros de igrejas evangélicas. Muito ligado ao bispo Robson Rodovalho, deputado federal pelo Democratas e fundador da comunidade evangélica Sara Nossa Terra, o distrital frequenta templo da igreja em Brasília. No dia de ontem, no entanto, os dois apareceram em cenas de uma oração polêmica.

No vídeo, uma das produções de Durval Barbosa, o ex-secretário do governo do DF com participação determinante da explosão da Operação Caixa de Pandora, Brunelli e Prudente pedem a Deus pela vida do homem que detonou uma das maiores crises da capital. É que a gravação em que protagonizam a tal prece não é a única em que os dois aparecem. Brunelli e Prudente também foram filmados recebendo dinheiro — segundo eles, recursos destinados à campanha eleitoral em 2006 — no gabinete de Durval na Codeplan, em 2006.

Nessas cenas, Brunelli enfia um gordo maço no bolso e Prudente, que acabou recebendo uma quantia maior, chega a esconder notas nas meias. “Somos gratos pela vida do Durval, instrumento de bênção para nossas vidas, para essa cidade, porque o Senhor contempla a questão no seu coração. Tantas são as investidas, Senhor, de homens malignos contra a vida dele. Nós precisamos da tua cobertura e dessa tua graça, da tua sabedoria, de pessoas que tenham armas para nos ajudar nesta guerra”, pede Brunelli na oração.

A combinação das imagens fez com que o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB), Dimas Lara Barbosa, se dissesse “perplexo”. “Lamento que a religião esteja tão banalizada, a tal ponto de as pessoas não a verem como serviço a Deus e ao próximo, mas como servir-se da fé e do próximo”, afirmou. Na Câmara, o vídeo causou mal-estar entre os parlamentares e agravou a crise no Legislativo. Um café da manhã que estava marcado para hoje foi cancelado. Nele, seriam distribuídos os gabinetes da nova sede, em fase final de construção à beira do Eixo Monumental. A sessão que aconteceria à tarde, também foi cancelada. Os parlamentares preferiram marcar uma reunião que contará com a presença dos 24 distritais.

Explicações
Procurada pelo Correio, a assessoria de imprensa de Júnior Brunelli informou que a mídia está criando um “equívoco”. “São dois momentos distintos. A oração aconteceu em outro contexto, diferente da gravação anterior (quando Brunelli sai do gabinete de Durval com dinheiro no bolso). Durval Barbosa havia dito que estava com problemas pessoais, com a família, e foi por isso que eles oraram por ele”, informou a assessoria. Sobre os valores arrecadados junto ao ex-secretário do GDF, Brunelli preferiu não se manifestar. “O deputado não recebeu oficialmente nem o inquérito, nem as gravações. Ele só falará sobre citações formais, periciadas e que estejam dentro da investigação”, ressaltou.

Já Leonardo Prudente preferiu não comentar a oração. Mas, em coletiva, falou sobre o dinheiro que pegou com Durval. Disse que tratava-se de recursos para a campanha e que colocou maços no que preferiu chamar de “vestimentas” por questões de segurança, já que não tem o costume de usar pastas ou outros acessórios do tipo.


Bênção


Em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, os distritais Leonardo Prudente (DEM) e Júnior Brunelli (PSC) se abraçam e oram durante o encontro. Confira alguns trechos:

“Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos. Somos gratos pela vida do Durval por ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para essa cidade, porque o Senhor contempla a questão no seu coração. Tantas são as investidas, Senhor, de homens malignos contra a vida dele. Nós precisamos da Tua cobertura e dessa Tua graça, da Tua sabedoria, de pessoas que tenham armas para nos ajudar nesta guerra. Todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, todas as nossas atividades, mas o Senhor nunca falha. O Senhor tem pessoas para condicionar e levar o coração para onde o Senhor quer. A sentença é o Senhor quem determina, o parecer e o despacho é o Senhor que faz acontecer. Nós precisamos de livramento na vida do Durval, dos seus filhos, familiares.”

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

01 de dezembro de 2009

O Globo

Manchete: PM ocupa mais duas favelas da Zona Sul para expulsar o tráfico
Com a ação, UPPs já beneficiam 11% dos moradores de comunidades

Com operações policiais nos morros do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e Cantagalo, em Ipanema, o governo do estado iniciou ontem a ocupação de mais duas favelas para a instalação da quinta Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) numa área considerada reduto estratégico da maior facção criminosa do Rio. Houve tiroteio, um morto e dois presos. Com a nova UPP, subirá para sete o número de comunidades pacificadas no Rio. Nelas, vivem cerca de 111 mil pessoas - 11 % da população de favelas da capital. O governo do estado pretende triplicar até o fim de 2010 o número de pessoas beneficiadas no Rio com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), revelou ontem o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. (págs. 1, 16 e 17)

Revista Megazine

Jovens de uma favela pacificada e de outra em conflito conversam na internet sobre o dia a dia.

Em vídeo, empresário reclama da alta propina cobrada pelo governo Arruda

'É duro mais do que 4%, 5%!', diz Gilberto Lucena; governador ameaça e DEM se divide sobre expulsão

Num vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, o empresário Gilberto Lucena reclama das propinas cobradas pelo governo de José Roberto Arruda (DEM). Dono da Linknet, que tem contrato de R$ 223 milhões com governo e é acusada de participar do esquema de corrupção, Lucena reclama do apetite com que o vice-governador Paulo Octávio e Arruda avançam nos ganhos de sua empresa: "É duro mais da que 4%, 5,%! Me ajuda nisso aí!”. Durval retruca: "Não posso fazer nada. O Arruda quem mandou." Numa tentativa de evitar sua expulsão sumária do DEM, Arruda recebeu dirigentes do partido e ameaçou: "Se houver radicalização, vou radicalizar também." O DEM está dividido sobre a expulsão. Os líderes no Senado, José Agripino, e na Câmara, Ronaldo Caiado, além do senador Demóstenes Torres, prometem votar hoje pela a expulsão. O presidente do partido, Rodrigo Maia (RJ), pediu moderação. Arruda, que fez sua primeira aparição pública desde que estourou o escândalo, disse que ficará no partido, e que as denúncias são frutos de interesses políticos e empresariais contrariados. (págs. 1, 3 a 9, Merval Pereira, Míriam Leitão e editorial “Alerta ao leitor")

Simon: sem mobilização, nada mudará

Sem a mobilização da sociedade, as autoridades não tomarão medidas eficazes contra a corrupção, concluíram ontem as debatedores do seminário sobre o tema, no auditório do GLOBO. "Se a população brasileira quer mudar a situação, deve se mobilizar. Não esperem nada do Congresso", disse a senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos presentes ao evento, parte da campanha "Nós e Você. Já São Dois Gritando" (págs. 1 e 8)

Foto legenda: Dinheiro na cueca: O empresária Alci Colaço, dono de um jornal em Brasília, guarda na cueca os R$ 30 mil que recebeu de Durval. (págs. 1 e 3)

Foto legenda: Oração da propina: Os deputados Leonardo Prudente e Júnior Brunelli rezam com Durval Rodrigues. "É uma bênção em nossas vidas.” (págs. 1 e 3)

Índia já aceita cortar emissões

Pela primeira vez, a Índia, o único grande poluidor que não aceitava sequer discutir metas para combater o aquecimento global, afirmou que poderá propor em Copenhague uma redução de 25% de suas emissões de CO2 até 2020. O país, porém, não disse como isso poderá ser feito. A Índia ficou isolada depois que a China apresentou plano de cortes, semana passada. (págs. 1 e 32)

Brasil ensaia recuo sobre Honduras

O Brasil começou a recuar de sua rejeição às eleições em Honduras. Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente Lula, disse que, se o país considerar que tem que mudar de posição, mudará". O continente está dividido. (págs. 1 e 30)

Siderúrgica chinesa vira sócia de Eike (págs. 1 e 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ex-secretário liga tucano a mensalão

Presidente do PSDB no DF nega participação no esquema; governador Arruda diz que sua gestão é vítima

Pivô das denúncias do mensalão do DEM, o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa acusa o PSDB de participar do esquema de caixa dois que teria sido montado pelo governador José Roberto Arruda.

Quem atuou pelos tucanos, segundo Barbosa, foi o presidente da sigla no Distrito Federal, Márcio Machado, secretário de Obras de Arruda. Machado nega.

À Polícia Federal Barbosa disse que, de 2004 a 2006, o esquema recebeu R$ 56,5 milhões ilegalmente de fornecedores do governo.

O governador disse ontem que sua gestão está sendo vítima por ter contrariado interesses de Barbosa e de empresários. Arruda chamou o ex-secretário de "herança maldita" do antecessor, Joaquim Roriz, hoje no PSC.

Em novas imagens, o empresário Alcyr Collaço, acusado de receber R$ 30 mil, guarda maços de notas na cueca. Ele não ligou de volta para falar sobre o vídeo.

A Ordem dos Advogados do Brasil vai analisar se solicitará impeachment. No Senado, houve pedido de CPI.

O DEM decide hoje se expulsa o governador ou se dá a ele a chance de se defender em processo rápido, de até 16 dias. Ala do partido teme retaliação de Arruda. (págs. 1 e A4)

Janio de Freitas
Caso faz rombo na tática do PSDB para as eleições

O efeito político mais importante da presença de José Roberto Arruda no novo mensalão é o seu reflexo no esquema previsto pelo PSDB para a sucessão presidencial. A figura que o DEM construiu para a eleição só pode ser candidata a votos de sentença criminal. (págs. 1 e A6)

Foto legenda: Em imagem gravada neste ano, Alcyr Collaço, dono do Jornal 'Tribuna do Brasil', guarda na cueca dinheiro de suposta propina

CPI pede investigação sobre diretor da Aneel

O relatório da CPI das Tarifas de Energia pede ao Ministério Público que apure se o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, cometeu crime contra a administração pública e investigue se ex-diretores e ex-superintendentes da Aneel praticaram tráfico de influência. Acordo mudou o texto, que mencionava indiciamento.

Segundo o relatório, a Aneel não informou à comissão o volume total das perdas dos consumidores com o erro na forma de calcular o reajuste das tarifas. O prejuízo é estimado em cerca de R$1 bilhão por ano.

Para a CPI, a Aneel "remunera ilegalmente concessionárias em detrimento do interesse público". Procurado, Hubner não quis falar. (págs. 1 e B1)

Zelaya é 'história', diz vencedor em Honduras

Um dia após vencer a controvertida eleição presidencial em Honduras, o conservador Porfírio Lobo, 61, disse que o mandatário deposto, Manuel Zelaya, já é "história, é parte do passado".

Amanhã, o Congresso se reúne para decidir se Zelaya vai ser restituído ao poder.

O presidente deposto contesta os dados parciais da Justiça Eleitoral, segundo os quais o pleito teve participação de 61,3%. Para Zelaya, a abstenção foi de até 67%.

Os EUA já reconheceram o presidente eleito. Marco Aurélio Garcia, assessor de Lula, admitiu rever a posição brasileira se Lobo enviar
"sinais fortes" de restituição da democracia (págs. 1 e A12 a A14)

Brasil e EUA trocam acusações sobre liberalização comercial

Secretário americano cobrou na OMC maior abertura comercial dos emergentes para conclusão da Rodada Doha. Chanceler do Brasil rebateu. (págs. 1 e B6)

Procuradoria acusa de novos crimes diretores de empreiteira

O Ministério Público Federal em São Paulo ofereceu nova denúncia (acusação formal) contra três executivos da construtora Camargo Correa, que foi investigada durante a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal.

Desta vez, os diretores foram acusados de lavagem de dinheiro e corrupção em obras públicas. O advogado da empresa disse desconhecer a nova denúncia e criticou o vazamento. (págs. 1 e A10)

João Pereira Coutinho: Não se pode fazer do aquecimento global a religião da humanidade

Com o declínio das teologias, os homens preencheram o vazio ideológico com causas redentoras, como o marxismo. A utopia vermelha faliu, veio a utopia verde. E com vantagens: o aquecimento global oferece algumas das pragas bíblicas mais entranhadas na consciência.

Meu conselho seria deixar à ciência uma discussão que é, sobretudo, científica. Acontece que a ciência dá sinais de manipulação. (págs. 1 e E10)

Editoriais

Leia "O mensalão do DEM", acerca de investigação da PF em Brasília, e "Eleição no Uruguai", vencida por Mujica. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governador do DF ameaça e DEM adia expulsão

Arruda se nega a sair por mensalão e adverte partido que contará o que sabe

O governador José Roberto Arruda (DEM) reagiu com ameaças diante da pressão de seu partido para deixar a legenda, três dias após a revelação do pagamento de mensalão no Distrito Federal. Em reunião com a cúpula do DEM, na qual chegou a ser proposta sua expulsão, Arruda disse que tem como se defender e falou em "radicalizar". No fim de semana, ele já havia prevenido interlocutores do partido de que não se calaria se fosse expurgado. Afirmou que revelaria os recursos que saíram do Distrito Federal para várias campanhas do DEM, incluindo a do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. (págs. 1, A4 a A9)

Vídeo mostra acusação de propina a PPS

Diretora de empresa aparece em vídeo acusando o PPS de pedir propina para manter contrato com a Secretaria de Saúde, do deputado Augusto Carvalho. (págs. 1 e A4)

Análises
Dora Kramer: Brasília cai de podre

Nunca se viu nada parecido. Um escândalo que não se resolve com o impeachment do governador. (págs. 1 e A6)

João Bosco Rabello
Corrupção como base política

Não haverá partido livre de flagrantes de negociatas sem uma ampla reforma política. (págs. 1 e A9)

Foto legenda: Resistência - O governador José Roberto Arruda, após fazer pronunciamento para se defender: 'Estamos firmes, vamos até o fim', disse

Aval externo à eleição em Honduras deve crescer

Um dia depois de Porfírio "Pepe" Lobo, ser declarado o presidente eleito de Honduras, a dúvida ontem era se a votação de domingo passaria no teste da comunidade internacional, relata a enviada especial a Tegucigalpa Ruth Costas. A votação tranquila facilita o reconhecimento do resultado. Ainda há divergências sobre quantos eleitores foram às urnas (61% ou 47%). Países como EUA, Colômbia, Peru, Costa Rica e Panamá se mostraram satisfeitos com o andamento da eleição. (págs. 1 e A12)

Contratos do Detran de SP serão alvo de devassa

Todos os contratos em vigor no Detran de São Paulo passarão por auditoria da Secretaria da Fazenda e do Tribunal de Contas do Estado. A devassa foi motivada pelas irregularidades constatadas no emplacamento de veículos. O esquema de fraudes, mostrado ontem pelo Estado, provocou rombo de ao menos R$ 40 milhões. A principal irregularidade é o superfaturamento da medição do serviço - prestação de contas incluía número superior de veículos emplacados. (págs. 1, C1 e C3)

Com Nossa Caixa, BB põe R$ 800 milhões em São Paulo

O Banco do Brasil (BB) vai investir R$ 800 milhões em São Paulo nos próximos cinco anos, após a incorporação da Nossa Caixa. O dinheiro será aplicado em três frentes: renovação do parque tecnológico, abertura de agências e melhora da infraestrutura do banco em São Paulo, o que inclui a contratação de mais funcionários. "Queremos consolidar nossa posição de liderança no Estado", afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine. (págs. 1 e B1)

Foto legenda

Queda - Operadores na bolsa de Dubai, que caiu 7,3%: governo nega garantias a credores. (págs. 1 e B10)

Teste reprova oito de dez marcas de filtro solar

Cinco das dez principais marcas de protetor solar fator 30 vendidas no Brasil não são resistentes à radiação, diz a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Os produtos perdem até 50% do fator de proteção aos raios UVB, responsáveis pelo câncer de pele, quando expostos a uma hora de sol. Oito marcas foram reprovadas por também não resistir à água ou não bloquear raios UVA. (págs. 1 e A16)

Direto da Fonte: Lula e a pirataria

Lula chorou ao ver o filme sobre sua vida. Depois, ao saber que a produção não tinha cópias para evitar pirataria, brincou com Luiz Carlos Barreto: "Ué, não vai ter cópia pirata?". (págs. 1 e D2)

Notas e Informações: A podridão no Distrito Federal

Quando se pensava que as denúncias de corrupção no Distrito Federal tinham alcançado o seu pico nos governos de Roriz, surge um dos mais bem documentados escândalos do gênero no País. (págs. 1 e A3)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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