PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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sexta-feira, março 26, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] SEMELHANÇAS...

\O/









[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2010 [In:] INCÓGNITAS e INCONGRUÊNCIAS...

Quem vai ser presidente?

Autor(es): João Mellão Neto
O Estado de S. Paulo - 26/03/2010

Estou começando a achar que eu dou não dou sorte. Na primeira vez, por volta de um ano atrás, que critiquei, neste Espaço Aberto, a dona Dilma Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República, ela, segundo as pesquisas, contava com apenas 3% da preferência popular. Também não era para menos. Se Nosso Senhor a investiu de grandes predicados - como assevera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, com certeza foi mais frugal nos encantos.


Passaram-se alguns meses e eis que dona Dilma abriu mão de algumas de suas arraigadas convicções feministas - em especial, aquela que prega que os cuidados de beleza femininos representariam uma subserviente e inaceitável concessão ao machismo.

Dona Dilma é surpreendente. Eis que, num certo dia, ela literalmente se transformou. Não chegou a ficar, por assim dizer, exatamente bela, é verdade, mas aproximou-se o possível disso: emagreceu visivelmente, passou por um "extreme makeover", notadamente no rosto, trocou os pesados óculos por lentes de contato, mudou o penteado - agora com o cabelo mais curto e tingido - e se apresentou, leve e brejeira, trajando roupas mais modernas, joviais e descontraídas. Deixou de parecer a vovó irascível que ninguém gostaria de ter. Passou a aparentar mais, digamos, algo como uma tia mais velha... que todos tolerariam possuir. Mas o mais importante é que, pela primeira vez desde que apareceu na vida pública, ela finalmente se dispôs a sorrir. No início, com uma certa dificuldade - afinal, passava a acionar músculos faciais que anteriormente jamais saíam da posição de repouso. Depois tomou gosto pela coisa: hoje ela se entrega a generosas risadas, até mesmo quando recebe notícias tristes.

Dona Dilma é uma mulher que tem método, autodisciplina e obstinação. São qualidades essenciais para uma eficiente guerrilheira; são também atributos que ela entende como indispensáveis a uma pleiteante à Presidência do País.

O fato é que dona Dilma, antes sempre gelada, austera e reservada, de repente mudou. Hoje, esforçadamente, ela se mistura no meio da massa popular, troca beijos, cumprimenta várias vezes as mesmas pessoas - e há quem jure que a viu abraçar até poste...

"Tudo pelo povo, tudo para o povo - mas precisa ser tudo com o povo?", certamente há de pensar consigo mesma. "Paciência. Depois de eleita, mando cercar o palácio com um fosso de jacarés...", talvez pondere.

Pois essa é a nova dona Dilma - que, se eleita, previsivelmente há de implantar no Brasil um governo esquerdista de cunho populista e autoritário.

Para enfrentá-la já se apresentaram a verde Marina Silva, o incansável Ciro Gomes e o ex-mal-humorado José Serra.

É praticamente impossível antecipar o que acontecerá durante uma campanha política presidencial. Mal comparando, trata-se de um evento que guarda alguma semelhança com uma corrida de Fórmula 1. Os concorrentes são todos extremamente talentosos e bem preparados; suas equipes são compostas pelos melhores e mais experimentados especialistas do ramo. Recursos não faltam para incrementar o desempenho. Tudo é minuciosamente visto e revisto para que não ocorra nenhuma surpresa desagradável depois que for dada a largada. Os disputantes sabem, de antemão, que qualquer erro ou falha poderá ser fatal. E para que tal não ocorra assistem a vídeos para avaliar os acertos e erros dos demais concorrentes.

Ninguém pode falhar. Uma frase ou expressão infeliz ou mal colocada será, com certeza enfatizada e explorada pelos adversários e tem potencial, no limite, de inviabilizar uma promissora candidatura.

Quais são os prognósticos? Isso é mais difícil do que fazer previsões meteorológicas.

Com base nos resultados das eleições presidenciais anteriores, levando-se em conta a extraordinária popularidade alcançada pelo presidente Lula, computando a seu favor os programas sociais de grande apelo eleitoral - como é o caso do Bolsa-Família - e também as habilidades e limitações de cada um dos candidatos, pode-se prever - ceteris paribus - o seguinte.

Se concorrerem, Marina Silva e Ciro Gomes alcançarão, no máximo, 10% dos votos cada um. Marina tira votos que seriam destinados a Dilma Rousseff e Ciro desvia votos que seriam, preferencialmente, de José Serra.

Se haverá segundo turno ou não, isso vai depender da continuação, na disputa, desses dois candidatos citados.

José Serra terá, com certeza, votação maior que a de Dilma nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Santa Catarina. Dilma, é certo, será mais votada do que Serra em todos os Estados das Regiões Norte e Nordeste e na maior parte da Centro-Oeste.

O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro deverão ficar com Dilma; Minas Gerais e Espírito Santo representam as incógnitas no processo. Se Aécio Neves não for constrangido pelo PSDB a ser candidato a vice-presidente na chapa de Serra, o mais provável é que deixe a campanha presidencial correr, em Minas, espontaneamente. Suas maiores preocupações, no momento são eleger-se senador com votação inédita e eleger o seu atual vice, Antonio Augusto Anastasia, para o governo mineiro.

Aécio mantém boas relações tanto com o tucanato como com Lula, Dilma e o PT. Aos 50 anos de idade, ainda lhe restam, teoricamente, 20 anos para poder disputar a Presidência com chances de vitória. Por que haveria de pôr todo esse cacife a perder agora? Por amor a Serra? É improvável...

É assim que se apresentam os candidatos, agora. Boa sorte para o Brasil.

Dilma, não! O que você acha da Dilma presidente (www.blogdomellao.com.br)?

SP/SERRA [In] GREVE, MOTIVAÇÕES POLÍTICAS e DESRESPEITO MÚTUO

Horror à política

FOLHA DE S. PAULO

SÃO PAULO - Não é preciso ser muito esperto para perceber que a greve dos professores paulistas liderada pela Apeoesp tem motivações políticas. Mas também não é preciso conhecer muito a história para saber que já havia greves, "políticas" inclusive, antes de o PT existir. Além disso, a estigmatização da "greve política" parece constrangedora para quem ingressou na vida pública como presidente da UNE na época do golpe de 64.

A Apeoesp reúne, de fato, o que há de pior no espírito corporativo. A aversão dos grevistas a qualquer política pública e salarial baseada na meritocracia é escandalosa. E nada justifica que um docente rejeite ser avaliado de forma periódica.

Por outro lado, também é fato que a categoria, de 230 mil pessoas, ganha pouco (o salário inicial é de R$ 1.800,00) e não teve nos últimos anos nem direito à reposição da inflação. Existe, pois, uma demanda material, antes de ser "ideológica".

A verdade é que José Serra dispensa aos grevistas exatamente o mesmo tratamento de que julga ser vítima. Demoniza, desqualifica, não reconhece os professores como interlocutores e parte de conflitos próprios do jogo democrático. Recusa-se a conversar porque são petistas, porque estão a serviço da campanha adversária, porque são, enfim, uns "energúmenos" -como disse a um infeliz que protestava.

Se no país falta oposição a Lula, os tucanos de São Paulo, há 16 anos no poder, também ficaram muito mal acostumados. Deve ser fácil governar São Paulo tendo a Assembleia Legislativa a seus pés. Sempre que a política não se desenrola entre quatro paredes, com atores previsíveis, Serra se revela inábil. Sua intransigência, que pode sugerir uma virtude republicana, também é um sinal de pendores autoritários.

Em 2008, sua condução desastrosa da greve da Polícia Civil, recusando-se ao diálogo simplesmente porque acreditava ter razão, desembocou numa batalha campal com a PM a poucas quadras do Bandeirantes. Desde então, pode-se dizer que Serra não aprendeu nada.
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http://arquivoetc.blogspot.com/
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GOVERNO LULA/LULA [In:] IMPRENSA ! (do verbo ''imprensar'')

Uma obsessão de Lula

O Estado de S. Paulo - 26/03/2010

Luiz Inácio Lula da Silva não é o primeiro nem será o último chefe de governo, em qualquer instância e de qualquer país democrático, a se queixar da imprensa. Para não ir muito atrás, nem muito longe, o que se falava mal da mídia no Palácio do Planalto do presidente Fernando Henrique e o que se fala no Palácio dos Bandeirantes do ainda governador José Serra, por exemplo, ocupariam páginas inteiras de um periódico. Jornalistas essa a reclamação recorrente nos palácios de todas as cores ignoram na maior parte do tempo o que se faz de bom (e o esforço que isso demanda), só destacam o que vai mal (sem se aprofundar nas causas dos problemas) e preferem a fofoca aos fatos relevantes (porque estes dão mais trabalho para apurar).

Há, no entanto, uma diferença não de grau, mas de natureza entre os protestos dos que se julgam injustiçados pelos meios de comunicação e os sistemáticos ataques de Lula à imprensa a que acusa, indistintamente, de tratar o seu governo com "má-fé". Governadores e prefeitos, ministros e secretários podem deplorar a suposta miopia do noticiário, mas reconhecem a carga inerente de tensão no seu relacionamento com o jornalismo que a eles não se subordina. Já o caso de Lula é obsessão. Desde o escândalo do mensalão, em 2005, ele está em campanha para demolir a credibilidade dos órgãos de informação. As suas diatribes, como a de anteontem, durante um evento, são uma mistura de vezo autoritário com ressentimento de classe, agravada pelo descontrole emocional diante da mera expectativa de receber críticas.

No passado, Lula dizia que não teria se tornado o que se tornou, a ponto de disputar a Presidência da República, não fosse a liberdade de imprensa no Brasil. Foi ela quem de fato propeliu o seu nome, cobrindo passo a passo a sua trajetória, fossem quais fossem os julgamentos que pudesse fazer a seu respeito. Isso não mudou, mas o que Lula hoje entende por liberdade de imprensa é uma caricatura grotesca. "É triste", investiu, "quando as pessoas têm o direito de escrever as coisas certas e escrevem as coisas erradas." Nas democracias, as pessoas têm o direito de escrever ponto. Nas ditaduras, quem diz o que é certo ou errado é o ditador. Para Lula, o certo seria a imprensa dizer que o PAC é uma maravilha. O errado, informar que apenas 11% de suas obras foram concluídas e 54% não saíram do papel.

Certo também seria a imprensa olhar para o outro lado enquanto ele promove, com assombroso despudor, a candidatura Dilma Rousseff. Na mesma ocasião em que vociferou contra a mídia, deu a deixa para a plateia gritar o nome da ministra, ao afirmar: "Eu não posso dizer quem vai ser (o sucessor), eu não posso dizer, porque, porque vamos aguardar." Errado é noticiar que Dilma inaugura obras que não estão concluídas. Lula afirma que a imprensa tem predileção pela desgraça "para dizer: "viu, o menino não era letrado, o menino nasceu para ser torneiro mecânico. A partir daí já é abuso"". Ele jamais se cansará de fazer praça de suas origens menos por justo orgulho do que para insuflar o eleitorado pobre. Mas nunca pôs a sua formidável popularidade a serviço da educação, dizendo algo como "se sou o que sou sem ter estudado, imaginem o que eu seria se tivesse".

Os historiadores do futuro certamente terão muito a dizer sobre a contribuição do governo Lula para o prosseguimento das transformações pelas quais o País começou a passar nos anos 1990. Tampouco deixarão de registrar que a democracia lhe deve a decisão de não buscar um terceiro mandato mediante emenda constitucional. Mas haverão de lembrar que nunca antes neste país, em regime democrático, um presidente havia manifestado tanto ódio pela imprensa livre. Lula é o governante que, com pouco mais de um ano no poder, tentou expulsar do País o correspondente do New York Times por ter escrito uma reportagem (de duvidosa qualidade, por sinal) sobre o que seria o seu gosto pela bebida. Alertado pelo então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, de que a expulsão seria inconstitucional (o jornalista era casado com uma brasileira), Lula explodiu: "F?-se a Constituição."

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SARNEY (O FILHO) [In:] ''MEU GAROTO, MEU PAIPAI" (*)

Confirmada conta suíça de filho de Sarney

Fernando Sarney tem US$ 13 milhões bloqueados em conta na Suíça


O Estado de S. Paulo - 26/03/2010

O Ministério da Justiça confirmou ontem que o governo suíço localizou e bloqueou uma conta com US$ 13 milhões do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


A fonte do Ministério da Justiça que confirmou a informação disse também que os indícios sobre a existência de contas da família Sarney no exterior, administradas por offshores, em paraísos fiscais, apareceram em investigações da Polícia Federal.

"O governo suíço comunicou oficialmente o governo brasileiro e, logo em seguida, foi acionado o Ministério Público do Maranhão", disse a fonte. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que revelou a descoberta da conta e seu bloqueio, o dinheiro rastreado a pedido da Justiça brasileira não está declarado à Receita Federal.

No início do mês, o mesmo jornal informara que o governo brasileiro obteve documentos comprovando que o dinheiro não foi declarado à Receita. Uma conta na China teria sido usada para receber remessa de US$ 1 milhão.

Silêncio. Eduardo Ferrão, advogado do empresário, disse ontem ao Estado que não iria tratar do assunto. No fim da tarde, em contato telefônico com a reportagem, disse apenas: "Como o inquérito está sob sigilo, não vou me manifestar".

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a conta na suíça está em nome da empresa Lithia. Nos registros bancários, o empresário seria o único autorizado a movimentar a conta. O bloqueio teria acontecido quando Fernando Sarney tentava, de acordo com informações do jornal, transferir recursos da Suíça para o principado do Liechtenstein, paraíso fiscal entre a Áustria e a Suíça.

O Ministério da Justiça confirma que as autoridades suíças fizeram um bloqueio administrativo da conta do filho mais velho do presidente do Senado, que é quem dirige as empresas da família. Esse procedimento antecede o bloqueio de caráter criminal, se o governo brasileiro provar perante as autoridades da Suíça que o dinheiro não declarado à Receita também é proveniente de operações financeiras envolvendo corrupção ou fraudes.

Boi Barrica. Alvo da Operação Boi Barrica (rebatizadade Faktor) da Polícia Federal, o empresário foi indiciado por formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, entre outros crimes.


CRONOLOGIA

Junho de 2009
Denúncia
Estado revela a existência de mais de 300 atos secretos para criar cargos e nomear parentes de políticos para o Senado

16 de julho
Escutas
A Operação Boi Barrica esbarrou em provas contra o grupo do empresário Fernando Sarney, filho de José Sarney. A PF divulgou provas de que ogrupo usava o poder do sobrenome Sarney para ter acesso a ministérios e estatais. Fernando Sarney foi interrogado na PF do Maranhão

31 de julho
Censura
O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, informa o Estado da proibição de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, envolvendo Fernando Sarney


5 de agosto
Recurso
O advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira pede que o desembargador que censurou o Estado imediatamente se declare suspeito para tomar decisões no processo. A exceção de suspeição é protocolada no próprio Tribuna lde Justiça do DF

13 de agosto
Censura mantida
O desembargador Waldir Leôncio Cordeiro, da 2.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, mantém censura ao jornal ao não acolher pedido de liminar no mandado de segurança. Cordeiro deixa para deliberar após receber dados de Vieira e da Procuradoria

15 de setembro
Afastamento
OTJ-DF declara Vieira suspeito para decidir sobre o pedido de censura. A decisão afasta o desembargador do caso. No mesmo dia foi indicado o novo relator, Lecir Manoel da Luz

13 de outubro
Liminar
Os desembargadores do Conselho Especial do TJ-DF rejeitam recurso do Estado contestando a liminar e jornal continua sob censura

17 de novembro
Reclamação
Estado entra com recurso denominado reclamação pedindo a "pronta suspensão" da censura no STF

18 de dezembro
Efeito midiático
FernandoSarney apresenta à Justiça pedido de desistência da ação contra oEstado, mas a censura ao jornal permanece em vigor. Diretoria do Grupo Estado considera iniciativa uma ação de "efeito midiático"

7 de janeiro de 2010
Mérito
Termina o recesso do Judiciário e Estado aguarda ser intimado a decidir se concorda com a extinção ou prefere que a Justiça aprecie o mérito

29 de janeiro
Ação continua
O advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, para queo STF julgue a inconstitucionalidade da censura.

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(*) CASCATA E CASCATINHA. Bordão utilizado pelos personagens (televisivo) de Chico Anísio e Castrinho.

ELEIÇÕES 2010/TSE [In:] PALANQUEADURA PUNIDA

PLENÁRIO DO TSE PUNE LULA POR CAMPANHA ANTECIPADA

TSE IMPÕE PUNIÇÃO A LULA


Autor(es): Agencia O Globo/Isabel Braga
O Globo - 26/03/2010
Pela primeira vez, plenário aplica multa por campanha antecipada para Dilma

Numa reviravolta durante a sessão de ontem, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer campanha eleitoral antecipada para a pré-candidata do PT à Presidência, a ministra Dilma Rousseff. Por quatro votos a três, os ministros multaram Lula em R$ 10 mil por entenderem que o presidente infringiu a lei eleitoral e promoveu sua candidata em evento realizado em janeiro, num sindicato de São Paulo.

Os ministros não consideraram o pedido da oposição de também punir Dilma. Ainda ontem, Lula foi notificado oficialmente de outra condenação, tomada pelo relator Joelson Dias, que lhe aplicou multa de R$ 5 mil, também por promoção da candidatura Dilma, durante inauguração em Manguinhos, no Rio, em janeiro.

Até segunda-feira, Lula poderá recorrer ao plenário do TSE contra a multa imposta por Joelson Dias.

No caso da decisão de ontem, o apoio velado a Dilma teria ocorrido em discurso de Lula numa solenidade na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo, em 22 de janeiro: “Então, eu penso que a cara do Brasil vai mudar muito. E quem vier depois de mim — e eu, por questões legais, não posso dizer quem é; espero que vocês adivinhem, espero —, quem vier depois de mim já vai encontrar um programa pronto, com dinheiro no Orçamento, porque eu estou fazendo o PAC 2, porque eu preciso colocar dinheiro no Orçamento para 2011, para que as pessoas comecem a trabalhar”, disse Lula, na ocasião.

...

O ministro Félix Fischer pediu vista e, antes de encerrar o debate, o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, anunciou o voto com o relator.

Presidente do TSE muda seu voto

Ontem, na retomada do julgamento, Fischer comentou que a questão estava decidida, mas que, mesmo assim, gostaria de ler seu voto. Para ele, Lula não se limitou a citar, de forma simulada, a pré-candidata, mas também divulgou seu apoio a ela. E acrescentou que o discurso de Lula foi retransmitido pela emissora de TV do governo (EBC) — e que, quando ele fez referência indireta a seu sucessor, a câmera da TV mostrou um close de Dilma.

— Não lhes é facultado (aos titulares do mandato) incutir um candidato no imaginário do eleitor, ainda que de forma dissimulada. Ainda que esteja totalmente definido, eu votaria pela aplicação da multa.

Ayres Britto então pediu a palavra para explicar que o fato de o ato ter sido transmitido por emissora pública, com a referência subliminar a Dilma, modificou seu entendimento inicial: — Vossa Excelência captou bem a essência. O ato foi coberto (pela TV). Se já vivemos a idade média, hoje vivemos a idade mídia. Que tem efeito multiplicador instantâneo, caracterizando o favorecimento de uma campanha.

O relator Henrique Neves tentou explicar sua posição, frisando que a jurisprudência do TSE, até o momento, era a de que não bastava citar o nome do candidato ou dizer que ele era seu candidato.

— Se for simplesmente dizer que é a pré-candidata, todos os jornais estariam cometendo irregularidades. A jurisprudência tem sido a de que é preciso dizer que é (candidato) e que é o melhor. Por isso, neste caso, entendi que não havia propaganda antecipada — justificou Neves.

Fischer rebateu, destacando que as declarações subliminares “não são feitas por gente ingênua”. O ministro Fernando Gonçalves acompanhou o voto.

E Arnaldo Versiani desempatou o julgamento a favor da multa a Lula.

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ELEIÇÕES/CONGRESSO/DILMA [In:] OS PÁSSAROS... (*)

Dilma divide palanque com líder anti-Serra

Líder de atos contra Serra divide palco com Dilma


Autor(es): MALU DELGADO
Folha de S. Paulo - 26/03/2010
Presidente da Apeoesp foi convidada de evento de candidata com sindicalistas

Diante de público feminino, ministra antecipa medidas do PAC 2 para as mulheres, como construção de creches, e elogia licença de 6 meses


Adriano Vizoni/Folha Imagem
Dilma Rousseff, ministra e pré-candidata do PT, veste camiseta que ganhou no 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC

Em um ato de cunho eleitoral voltado para o eleitorado feminino, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o presidente Lula dividiram ontem o palanque durante a abertura do 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC com a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, que lidera a greve de parcela dos professores e tem comandado protestos contra o governador de São Paulo e provável adversário da ministra, o tucano José Serra.
Embora o ato fosse voltado para as mulheres metalúrgicas, "Bebel", como foi citada nominalmente por Dilma, compôs a mesa e foi homenageada pelo presidente do sindicato, Sérgio Nobre, que a chamou de "irmã nossa" e defendeu a greve dos professores. Ele disse que desde outubro Maria Izabel tenta entregar uma carta de reivindicações dos professores ao governo Serra, sem sucesso.
Dilma fez um discurso voltado para as mulheres, segmento em que cresce menos, segundo as últimas pesquisas. Antecipou o anúncio de uma medida do PAC 2, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, que será lançado só segunda-feira por Lula em Brasília. "Tem uma coisa no PAC 2 muito importante para as mulheres e seus filhos. Nós vamos construir creches."
O congresso ocorreu no mesmo auditório em que Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em 1978. "Esse auditório é solo sagrado", disse ele. "Esse local, o presidente Lula me ensinou, é histórico", repetiu Dilma.
Várias passagens do evento evidenciaram a campanha extemporânea, a começar pelo jingle "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma", entoado várias vezes. Diretora do sindicato, Simone Vieira deixou claro, em seu discurso, que "a Dilma Rousseff é uma das inspirações" para a realização do 2º congresso. Acrescentou, ainda: "A Dilma é a nossa esperança".
Além disso, houve constrangimentos para explicar a realização do congresso agora, três décadas depois do primeiro, de 1978. O presidente do sindicato, Sérgio Nobre, alegou que as décadas de 80 e 90 foram de enfrentamento contra a ditadura e "a era do neoliberalismo".
Em quase meia hora de discurso, Dilma citou políticas do governo Lula destinadas às mulheres e defendeu a licença maternidade de 180 dias. Sem mencionar a pré-campanha, disse que as mulheres são "capazes de tomar decisões, de dirigir, de serem boas líderes e construírem ambiente de entendimento e compreensão".
A ministra disse ter ficado emocionada com um pôster que recebeu das metalúrgicas, com uma foto sua em primeiro plano e milhares de pessoas atrás, pois, na imagem, ainda usava peruca devido à perda de cabelos por conta do tratamento contra o câncer.
Lula ironizou o longo discurso de Dilma -"ela está falando mais que a mulher da cobra"- e também defendeu a licença maternidade de seis meses.
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(*) ''BIRDS''. Filme. Alfred Hitchcock.
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OPERADORAS DE BANDA LARGA/ANATEL [In:] A BANDA ''LERDA''

Anatel aponta trapaças na banda larga

Anatel exige propaganda clara


Autor(es): Karla Mendes
Correio Braziliense - 26/03/2010


Agência constata que empresas não entregam o prometido em serviço de internet de banda larga, enganando clientes

Zuleika De Souza/CB/D.A Press - 9/4/09
Mesmo representando 32% da população, parcelas mais ricas da população garantem 55% do consumo

Disposta a mudar sua imagem de defensora das empresas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) resolveu agir para barrar uma farra que vinha lesando muita gente. Determinou que, a partir de 1º de junho, as operadoras de celular serão obrigadas a informar, em suas campanhas publicitárias, a velocidade de conexão efetivamente entregue aos usuários de banda larga móvel. Hoje, as companhias enganam os consumidores. Vendem um megasserviço, mas os compradores não têm acesso a sequer 10% do que foi oferecido. Não foi à toa, portanto, que a Anatel registrou uma explosão do número de reclamações de clientes que não conseguem receber a taxa de transferência contratada para a internet móvel e foi obrigada a enviar um ofício a todas as prestadoras com a determinação.

“As empresas têm, necessariamente, que exibir na propaganda exatamente o que está no contrato de prestação de serviço. As cláusulas quanto à taxa de transmissão, as situações de variações, tudo deve estar transparente nas peças publicitárias”, disse Bruno Ramos, gerente de Comunicação Móvel da Anatel, durante audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. Normalmente, explicou ele, as operadoras vendem na propaganda determinada velocidade para acesso à internet, mas colocam em letras miúdas que ela só garante 10% da taxa de transferência prometida. Ou seja, não dão ênfase a essa informação para o cliente. “Então, se a operadora só pode vender 10 abacates, que diga que só está vendendo 10 abacates”, frisou. “Que mal que tem nisso?”

Ramos observou que, em relação aos contratos firmados entre empresas e consumidores não há nada de errado, estão corretos do ponto de vista jurídico, pois trazem a ressalva da taxa de oscilação do serviço. O problema, de fato, é a publicidade(1) enganosa. “Enviamos cópia do ofício para o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). As empresas terão que adaptar as peças. O contrato fala tudo, mas o sujeito não lê. Ele compra pela peça”, destacou.

O técnico garantiu que a Anatel será rigorosa na fiscalização nas peças publicitárias das operadoras. E, num segundo momento, passará a analisar se as velocidades de taxa de transferência prometidas estão razoáveis. Procurada, a TIM informou que cumpre as normas em vigor da Anatel. Quanto à nova regulamentação, a operadora informou que respeitará o prazo determinado pela agência. A Vivo informou que observa a regulamentação que ampara os direitos do consumidor no Brasil. Oi e a Claro optaram por não comentar o assunto.

1 - Sem gato por lebre
O compromisso de as empresas de telefonia informarem aos usuários exatamente o que estão comprando está previsto desde o início da regulamentação do Serviço Móvel Pessoal (SMP) feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A clientela deve estar ciente dos seus direitos e insistir para que a agência faça prevalecer o não só as regras do setor, mas também o Código de Defesa do Consumidor.

Telefônicas ferem competição

A Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, emitiu parecer recomendando que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condene as operadoras de telefonia móvel Tim, Vivo e Claro pela cobrança de valores abusivos de suas concorrentes para conectar um telefone a outro. O objetivo da conduta, considerada anticompetitiva pelos técnicos da SDE, era elevar os custos das rivais, prejudicando a livre concorrência e, em última análise, o próprio consumidor. O Cade não é obrigado a seguir o entendimento da secretaria.

A tarifa de interconexão é cobrada pela ligação de aparelhos celulares entre operadoras diferentes, o que viabiliza a criação do sistema geral de telefonia. O valor é embutido na conta de todos que têm telefones pós-pagos e nos cartões pré-pagos. A SDE concluiu que os preços eram abusivos depois de compará-los com os cobrados entre as empresas de telefonia fixa. Se condenadas por infração à ordem econômica, as companhias podem ter que pagar multa de 1% a 30% do valor do faturamento em 2007.

O processo teve início com a reclamação de quatro concorrentes, entre elas a GVT. Os técnicos sugeriram o arquivamento em relação à Oi, também investigada, por não encontrarem o mesmo comportamento anticoncorrencial. A acusação de formação de cartel foi desconsiderada.

FAMILIAS OTIMISTAS
A confiança do consumidor cresceu 0,6% entre fevereiro e março, ao atingir 110,9 pontos. Alta foi puxada por perspectivas favoráveis sobre o mercado de trabalho e por avaliações positivas feitas dos entrevistados sobre as próprias finanças. O Índice de Expectativas, que projeta intenções de compras futuras, também apresentou bom desempenho. Após registrar três meses de queda, ele aumentou 2,1%, chegando a 105,4 pontos. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apenas uma avaliação contrastou com o cenário benéfico: o Índice de Satisfação Atual, que mostra como o brasileiro enxerga o momento presente. A taxa caiu 1,5% no mês. (Victor Martins)

Classes A e B dominam

Deco Bancillon

Quando o assunto é gasto familiar, as distorções sociais ainda permanecem no Brasil. Pesquisa divulgada pela consultoria Ibope Inteligência mostra que a classe A consome até três vezes mais do que o seu tamanho na população. Esse grupo abriga 5% dos brasileiros e banca até 15% do que é consumido nos mais diversos grupos de produtos.

Correspondendo a 27% da população, os integrantes da chamada classe B têm realidade semelhante aos da A. Juntas, elas garantem mais de 55% do consumo no país. E as preferências recaem sobre malas, bolsas, cintos, brinquedos, produtos de beleza, sucos, refrigerantes e bebidas fermentadas, como vinhos e cervejas.

“Toda a nossa pesquisa diz respeito às compras das famílias por classe de produtos, o que nos permite mostrar o que e quanto o brasileiro consome. E nos surpreendeu o fato de a classe A figurar sempre entre as mais altas em quase todos os grupos de produtos, menos no de alimentos, mais ligado à subsistência”, disse o diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, Antônio Carlos Ruótolo.

Entre os integrantes da classe C, o consumo de mercadorias e serviços é proporcional ao seu tamanho, com preferência por carnes e derivados. Mas também há uma parcela que com ímpeto para artigos de vestuário infantil e calçados femininos.

Situação diferente se encontra entre os que integram a base da pirâmide social, as classes D e E. Como têm menos dinheiro para gastar com produtos de menor utilidade, elas concentram sua renda no consumo de produtos de mercearia, sobretudo os da área alimentícia.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

26 de março de 2010

O Globo

Manchete: Plenário do TSE pune Lula por campanha antecipada

Há uma semana, em outro caso, multa foi aplicada só por um ministro

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral condenou o presidente Lula, por 4 a 3, a pagar multa de R$ 10 mil por campanha antecipada para a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Para os ministros, Lula infringiu a lei eleitoral ao promover a candidata em evento num sindicato de São Paulo, em janeiro. O julgamento, que estava 4 a 2 a favor do presidente, sofreu reviravolta depois que o ministro Félix Fischer votou contra Lula. O presidente do TSE, Ayres Brito, mudou seu entendimento e também apoiou a condenação. Pela mesma razão, Lula já recebera multa de R$ 5 mil, aplicada só por um ministro. Mais cedo, numa inauguração em SP, o presidente havia dito que não podia citar a ministra. "Quem vai pagar a minha multa?", ironizou. Lula esteve com Dilma e José Serra (PSDB). O pré-candidato tucano, repetindo o presidente, criticou a imprensa. (págs. 1, 3 e 4, Merval Pereira e Luiz Garcia)

Aposentados: novo reajuste?

Depois do reajuste de 6,14% anunciado em janeiro para aposentados, as centrais sindicais negociam com a base do governo Lula novo aumento em ano eleitoral. A proposta é chegar a 7,92%, com efeito retroativo. (págs. 1 e 8)

Vaticano: 'Não se lava roupa suja em público'

Papa não puniu padre pedófilo

O Vaticano reagiu enfaticamente às denúncias de que o Papa Bento XVI teria acobertado crimes de pedofilia cometidos por um padre americano, quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável pelas investigações dos casos. O então cardeal Ratzinger, segundo documentos publicados pelo "New York Times", decidiu não levar adiante denúncias contra o padre Lawrence Murphy, acusado de molestar 200 meninos surdos. Em 1998, o padre escreveu a Ratzinger e pediu clemência, alegando estar arrependido e doente. Segundo o cardeal português José Saraiva Martins, assistente de Bento XVI, "não se lava roupa suja em público". (págs. 1, 33 e 34)

As mãos sujas de Bush

Como nos velhos tempos, o ex-presidente americano George W. Bush foi flagrado em mais uma de suas gafes, desta vez no Haiti. Após cumprimentar um sobrevivente do terremoto, Bush limpou a mão na manga da camisa de seu antecessor Bill Clinton, que o acompanhava na viagem e estava de costas. (págs. 1 e 34)

Casal Nardoni cai em contradições

Acusados da morte da menina Isabella Nardoni, o pai dela, Alexandre, e a madrasta, Anna Jatobá, depuseram ontem, no quarto dia de julgamento, e acabaram caindo em contradições. A decisão dos jurados deve ser anunciada hoje. (págs. 1, 11 e 14)

Venezuela agora prende dono de TV

Sem acusação formal, o presidente da Globovisión, Guillermo Zuloaga, foi detido, na 3ª prisão de críticos do governo chavista. De Cuba, a blogueira Yoani Sãnchez escreveu ao presidente Lula pedindo ajuda para vir ao Brasil. (págs. 1 e 35)

Brasil demite colombiana do FMI e abre crise (págs. 1 e 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo Chávez prende dono de TV oposicionista

Empresário é liberado por juiz, mas continua impedido de deixar país

O proprietário da TV Globovisión, única emissora de sinal aberto crítica ao governo da Venezuela, foi detido após responsabilizar o presidente Hugo Chávez pelo suposto cerceamento da liberdade de expressão no país.
Guillermo Zuloaga, 67, foi preso quando se preparava para voar para território das Antilhas Holandesas, próximo do litoral venezuelano. No ano passado, a Justiça o proibiu de ir para o exterior, sob acusações de fraude.
O Ministério Público alegou temor de que o empresário saísse do país. Segundo deputado governista, o dono da TV "vilipendiou" (ofendeu) Chávez em reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa em Aruba.
O empresário foi levado a tribunal, onde foi interrogado por mais de duas horas. Juiz decidiu deixá-lo livre, mas emitiu nova medida cautelar que o proíbe de sair do país. Entidades criticaram a prisão. (págs. 1 e A14)

Casal nega ter matado Isabella, mas se contradiz

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni voltaram a negar que tenham matado Isabella, a quem se referiram com palavras carinhosas, e choraram. Mas há contradições nos depoimentos dados à policia e ao júri.
Nardoni afirmou que não trancou a porta ao deixar Isabella no quarto, ao contrário do que falou à polícia. Jatobá disse que exagerou nos boletins de ocorrência contra o pai, Alexandre Jatobá, por agressão. (págs. 1 e Cotidiano 2)

Luis Francisco Carvalho Filho

É estranho ninguém saber quem é o júri

Quem são as sete pessoas responsáveis pelo destino de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá? Quatro mulheres e três homens.
É o que se sabe. De onde são, o que fazem, o que pensam? Vivenciaram alguma situação capaz de influenciar a decisão? (págs. 1 e Esp. C3)

Foto-legenda: Porta fechada

Policiais reprimem manifestantes na sede provisória do governo federal, em Brasília; estudantes, professores e servidores da Universidade de Brasília queriam falar com Lula em audiência. (págs. 1 e A9)

Papa é acusado de suspender julgamento de padre pedófilo

O papa Bento 16, então cardeal Joseph Ratzinger, ignorou cartas de bispos que acusavam o padre Lawrence Murphy de molestar cerca de 200 meninos surdos.
Murphy morreu em 1998, aos 72 anos, sem punição.
O Vaticano admite os abusos em Milwaukee, onde o padre trabalhou de 1950 a 1974, mas alega que a denúncia inicial chegou mais de 20 anos depois. (págs. 1 e A16)

Dilma divide palanque com líder anti-Serra

Em ato de metalúrgicas, Dilma Rousseff e Lula dividiram palanque com a dirigente dos professores Izabel Noronha, que lidera protestos contra o governo Serra. Em Brasília, o TSE multou Lula outra vez por campanha antecipada (págs. 1, A8 e A10)

Menos de 1% de fazendas seguem leis trabalhistas

Investigação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em 1.020 fazendas aponta que nem 1% cumpre as leis trabalhistas, revela Mônica Bergamo. Falta de carteira assinada é uma das falhas. (págs. 1 e E2)

Cotidiano

Transporte individual é o que mais polui, diz relatório ambiental. (págs. 1 e C1)

Editoriais

Leia "Lixo eletrônico", sobre sucata de computadores no Brasil; "Lei contra lei", acerca de voto nos presídios. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Empresário de TV é preso por criticas a Chávez

Zuloaga é acusado de ofender presidente venezuelano por citar repressão à imprensa em encontro da SIP

O governo da Venezuela prendeu Guillermo Zuloaga, presidente da TV Globovisión, que faz oposição ao presidente Hugo Chávez. Segundo a procuradora-geral Luisa Ortega, Zuloaga foi preso por "ofensa e vilipêndio" a Chávez e por declarações em reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Na ocasião, o empresário disse que "não se pode falar em liberdade de expressão em um país quando o governo usa a força para fechar meios de comunicação". A ordem de prisão foi emitida a partir de um pedido da Assembleia Nacional, controlada pelos chavistas, para quem as declarações de Zuloaga tinham o objetivo de "criminalizar" o governo. A SIP qualificou a prisão de "agressão à liberdade de opinião". (págs. 1 e Internacional A12)

Brasil ajuda a aprovar limite a crítica religiosa

O Brasil absteve-se de votar na ONU texto que estabelece difamação de religião como abuso de direitos humanos. Com isso, ajudou a aprovar declaração, defendida por países islâmicos e vista como ameaça à liberdade de expressão. ONGs de direitos humanos cobraram uma mudança do País, e a Alemanha sugeriu que o Brasil agiu assim por causa da aproximação com os árabes e o Irã. O Itamaraty avalia que, ao se abster, sinalizou o entendimento de que a estigmatização de muçulmanos é real. (págs. 1 e A15)

Dilma, Serra e Lula: clima de campanha

Os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estiveram juntos, com o presidente Lula, em ato para a entrega de ambulâncias em Tatuí (SP). Lula disse que seu sucessor terá de criar substituto para a CPMF a fim de financiar a saúde. Já o governador cobrou melhorias no SUS, "com atendimento mais de primeira classe". A ministra, por sua vez, criticou o governo paulista por lacunas na parceria com o governo federal na saúde. (págs. 1 e Nacional A6)

Serra também ataca Imprensa

O governador José Serra disse ontem que a imprensa comete "leviandades". Segundo ele, os jornais mantêm na "clandestinidade" as ações de sua administração. (págs. 1 e Nacional A6)

Confirmada conta suíça de filho de Sarney

O Ministério da Justiça confirmou ontem que o governo suíço localizou e bloqueou uma conta com US$ 13 milhões do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os indícios da existência das contas da família Sarney no exterior aparecem em investigação da Polícia Federal. Eduardo Ferrão, advogado do empresário, disse ao Estado que não iria tratar do assunto. (págs. 1 e Nacional A4)

Nardoni chora e diz ser 'falsa' a acusação

Alexandre Nardoni, acusado de ter matado a filha Isabella, chorou ao ser interrogado ontem no julgamento do caso. "Aquilo pra mim foi o pior dia, perdi o que tinha de mais valioso na minha vida", afirmou. Logo que começou a ser ouvido, Nardoni fez um pedido ao juiz: queria virar a cadeira para depor olhando em direção aos jurados. Ele afirmou que tudo o que constava na denúncia da promotoria era "falso". (págs. 1 e Cidades C1 e C3)

Ratzinger encobriu casos de pedofilia, diz 'NY Times' (págs. 1 e Vida A24)

Ata do Copom indica que juro subirá em abril (págs. 1 e Economia B1)

Brasil é líder em ataques virtuais a dados bancários (págs. 1 e Negócios B20)

Dora Kramer

É crime perfeito

Ou haverá outra razão que não a proximidade da eleição para a Câmara incluir na pauta propostas moralizadoras para as quais não deu bola? (págs. 1 e Nacional A6)

Washington Novaes

O destino do lixo

É preciso apressar a tramitação do projeto de resíduos sólidos e criar instrumentos práticos para concretizar as decisões. (págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Celso Ming

O Estado fraco

É muito difícil levar adiante o projeto do Estado forte na economia brasileira. (págs. 1 e Economia B2)

Notas & Informações

Uma obsessão de Lula

Desde o mensalão, ele está em campanha para demolir a credibilidade dos órgãos de informação. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Emprego segura a Previdência

A taxa de desemprego em fevereiro subiu 0,2% sobre janeiro, mas o resultado não é considerado ruim. Ao contrário: os 7,4% registrados indicam o melhor mês de fevereiro na série histórica da taxa iniciada em 2003, com ingresso de 725 mil pessoas no mercado formal. Entre os reflexos diretos desse comportamento está um alívio na Previdência, cuja projeção de déficit nominal para 2010 deve cair de R$ 54 bilhões para R$ 50,7 bilhões - segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Em fevereiro, o governo arrecadou R$ 15,2 bilhões e, trabalhando com uma projeção de crescimento, prevê média mensal de R$ 16 bilhões até o fim do ano. (págs. 1 e Economia A17)

Nardoni: choro sem lágrimas

O promotor Francisco Cembranelli disse, sobre o depoimento de Alexandre Nardoni, que o acusado de matar a filha usava óculos para esconder o "choro sem lágrimas". O julgamento deve terminar hoje. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

Foto legenda: Censo desvenda a Mata Atlântica

Um censo da riqueza vegetal da Mata Atlântica, feito por 200 cientistas, reuniu 15.782 espécies. (págs. 1 e Vida, Saúde e Ciência A24)

Popularidade de Obama em baixa

A aprovação pelo Congresso americano da reforma da saúde não melhorou a popularidade do presidente Barack Obama, que está no menor nível, com 45% de opiniões favoráveis contra 46% desfavoráveis, segundo pesquisa da Universidade de Quinnipac. Os números apontam para uma reprovação das medidas por 49% dos americanos. (págs.1 e Internacional A20)

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Valor Econômico

Manchete: Crescem pressões sobre o Brasil no caso do Irã

São crescentes as pressões sofridas pelo governo brasileiro para que apóie, no Conselho de Segurança da ONU, a adoção de sanções contra o Irã. Nas últimas semanas, segundo o Valor apurou, autoridades de vários países e de diferentes escalões estiveram no Brasil e fizeram considerações que variaram do apelo a ameaças veladas.
O pior cenário para o país é que a votação ocorra antes da visita do presidente Lula ao Irã, em 15 de maio. Os EUA querem votar as sanções em abril.
Normalmente, o Brasil não seria protagonista numa votação relativa ao Oriente Médio. Mas o crescente envolvimento brasileiro em questões globais, a aproximação com Irã e a tentativa de Lula de mediar um acordo colocaram o país no centro das atenções.
Países ocidentais acusam o Irã de manter um programa nuclear militar para construção de armas atômicas. Teerã nega, mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), encarregada de fiscalizar as atividades do Irã, vem relatando que o país não coopera. O diretor geral da AIEA, o japonês Yukiya Amanoi esteve em Brasília nesta semana com a missão de transmitir essa mensagem diretamente ao governo brasileiro.
O Brasil, porém, sustenta que ainda vê espaço para negociação com o Irã e sinaliza que pode votar contra novas sanções. tema que ocupou a maior parte da agenda da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em sua viagem a Brasília.
Outras autoridades estrangeiras de menor escalão, também passaram pelo país. Além de se reunir com membros do governo, elas buscaram canais para colocar a questão do Irã em discussão no Brasil, por meio da mídia, de congressistas e até de contatos com empresários. Seria uma forma de pressionar indiretamente o governo Lula.
Um diplomata estrangeiro citou o risco de bancos e empresas brasileiras se envolverem involuntariamente em operações que violem os embargos já existentes contra o Irã. (págs. 1 e A16)

China tende a novo acordo para minério

A Baosteel, que representa a China nas negociações de preços do minério de ferro, abriu ontem as portas para a reformulação do sistema existente há 40 anos - de formação de preços em contratos anuais após negociações prolongadas -, dizendo que seria "razoável" mudá-lo. Os comentários de Xu Lejiang, presidente da empresa, são o primeiro sinal de que a China poderá fazer concessões à Vale, Rio Tinto e BHP BiIliton nas negociações deste ano. As mineradoras querem agora contratos de curto prazo vinculados ao mercado à vista. A anuência chinesa isolaria o setor siderúrgico europeu, que se opõe a mudanças. (págs. 1 e B8)

Incorporação da Brasil Telecom pela Oi corre risco

As novas condições oferecidas pela Oi para incorporar a BrT Telecom (BrT) podem levar a companhia a enfrentar a terceira recusa do mercado para suas reestruturações. A relação de troca fixada para os detentores de ações preferenciais (sem direito a voto) da BrT foi de 0,2191, 18.1% inferior à proposta inicial. Para as ações ordinárias (votantes) a relação é 0,3955, ante 0,4305 com redução de 8,1%. As novas condições representam, a preços de mercado, economia superior a R$ 700 milhões para a Oi em ações que deixarão de ser emitidas.
A nova proposta desagradou aos investidores. As ações preferenciais da BrT caíram ontem 5,45% e as ordinárias, 17,6%. Investidores e analistas acreditam que o negócio não irá em frente. A crença predominante é que, com isso, a BrT será mantida como empresa aberta, independentemente da Oi. Hoje, estão pulverizadas no mercado 60% das ações PN e 20% das ON da companhia. Desde 14 de janeiro, quando foi suspensa a incorporação da BrT, o valor de mercado da operadora caiu de R$ 12,5 bilhões para R$ 8,9 bilhões. (pag. 1 e D1)

Foto-legenda: Cores mais vivas

Animada com o aumento de renda e a expansão do mercado imobiliário, a indústria de tintas se prepara para um crescimento de dois dígitos em 2010. A Suvinil, da Basf, investe em sua unidade de São Bernardo do Campo, “que será a maior fábrica de tintas do mundo”, diz Antônio Lacerda. (págs. 1 e B1)

Decreto beneficia grande consumidor da Chesf no NE

O governo federal baixou na semana passada um decreto que prorroga até 2015 contratos de energia elétrica que a Chesf, subsidiária da Eletrobrás, tem com sete grandes consumidores do Noroeste. Os preços foram mantidos como queriam os compradores do insumo. Se pudesse vender essa energia no mercado livre, a Chesf conseguiria de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões a mais por ano.
A medida beneficia Vale, Braskem, Dow Química, Gerdau, Caraíba Metais, Novellis e Ferbasa, que há meses vinham tentando fechar um acordo com a Chesf para renovar os contratos que venceriam neste ano. O objetivo era manter os preços da energia em torno de R$ 90,00 o megawatt-hora. (págs. 1 e B8)

Estudo da UE apoia etanol brasileiro

Estudo da União Europeia apoia o uso de etanol na Europa, aponta a produção no Brasil como a mais eficiente do ponto de vista ambiental e sugere medidas de liberalização para permitir uma importação
"considerável" do produto brasileiro. O objetivo do estudo é responder às dúvidas europeias sobre os efeitos da utilização das terras pata a produção de biocombustível. (págs. 1 e B12)

Lei da mordaça

O empresário venezuelano Guillenno Zuloaga, dono da emissora de TV Globovisión, foi preso ontem. Ele está sendo processado por fazer críticas ao governo de Hugo Chávez. (págs. 1 e Al3)

Tesouros enterrados

Benefícios ambientais e receitas com geração de energia e venda de créditos de carbono tomam cada vez mais atrativa a exploração de aterros sanitários, diz Eduardo Levenhagen, da Nova Gramacho. (pág. 1)

FI-FGTS entra na Energimp

O FI-FGTS, fundo de investimentos e infraestrutura gerido pela Caixa, vai investir R$ 5OO milhões na Energimp e assumir 45% da empresa de geração, focada em energias renováveis, controlada pelo grupo argentino Impsa. (págs. 1 e B8)

Logística açucareira

Usina São Martinho e Rumó Logística, controlada pela Cosan, fecham parceria para ampliar o uso de ferroviária no transporte de açúcar até o porto de Santos. (págs. 1 e B12)

Crescimento acelerado

Em momento de efervescência, a indústria brasileira de seguros cresce em percentuais de dois dígitos e sinalliza um futuro promissor. "É preciso escala para acompanhar o Brasil rumo a se tornar a quinta economia do mundo", diz Antônio Cássio dos Santos. (pág. 1)

Múltis verde-amarelas

Gestoras estrangeiras de fundos de "private equity", como Advent, Carlyle e General Atlantic, querem internacionalizar as empresas brasileiras nas quais investem. (págs. 1 e C1)

Ideias

Claudia Safatle: Copom chegou à conclusão de que é preciso elevar a taxa Selic, mas resolveu mantê-la. (págs. 1 e A2)

Ideias

Maria C. Fernandes: país não equacionou o financiamento da saúde. (págs. 1 e A6)
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RADIOBRAS.
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