PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

terça-feira, novembro 27, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] O BEBÊ DE ROSEMARY (ou)*

 #































-----
(*) FOLHETIM (Chico Buarque).

"... E, se tiveres renda/ Aceito uma prenda/ Qualquer coisa assim/ Como uma pedra falsa/ Um sonho de valsa/ Ou um corte de cetim/ E eu te farei as vontades/ Direi meias verdades/ Sempre à meia luz/ E te farei, vaidoso, supor/ Que és o maior e que me possuis..."

-------------

OPERAÇÃO PORTO SEGURO [In:] LIMPEZA DA GÁVEA AO CONVÉS



Visão do Correio 


:: Corrupção: urge prevenir



Correio Braziliense - 27/11/2012
 

O caso do advogado-geral adjunto da União exonerado do cargo após ser indiciado por corrupção ativa é exemplar da urgente necessidade de se aplicar a todo o funcionalismo público o princípio da ficha limpa. José Weber Holanda Alves havia sido afastado da chefia da Procuradoria Geral Federal, em agosto de 2003, por suspeita de envolvimento em desvio de dinheiro público. Mas no fim de 2009 já estava acomodado na AGU, só não se tornando de imediato o segundo na hierarquia do órgão por veto da hoje presidente Dilma Rousseff, que à época era ministra-chefe da Casa Civil. A ascensão, contudo, ocorreu poucos meses depois, em julho de 2010, quando Dilma se desincompatibilizara para disputar a Presidência da República e fora substituída por Erenice Guerra, também logo posta sob suspeita e desligada.
José Weber, ressalve-se, não chegou a ser condenado pela denúncia de nove anos atrás. Mas tampouco as investigações seguiram até o fim. Com um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ele conseguiu deter as apurações, alegando prescrição. Para limpar o nome, certo seria ter provado sua inocência — ainda mais aspirando a cargos elevados na administração pública. Em vez disso, tornou-se o número dois na estrutura destinada justamente a prestar consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo, para novamente emergir no centro de um escândalo de corrupção. Seja ele inocente ou não, é condenável abrir flancos à vulnerabilidade do Estado. Tanto que a presidente não hesitou em afastar todos os servidores indiciados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.
O problema é que o país precisa deixar de pôr a trava na porta apenas depois de ela ser arrombada. Urge, pois, depurar a máquina pública das facilidades de assalto ao erário. A Constituição Federal, no artigo 37, define os preceitos que devem nortear a administração do Estado, quais sejam: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. Portanto, a exigência de ficha limpa para candidatos a cargos públicos não é novidade. Mesmo assim, foi necessária uma mobilização nacional, com a apresentação de projeto de iniciativa popular, para fazê-la valer no Legislativo. No Judiciário, resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proíbe, desde o fim de julho, a contratação de servidores que tenham sido condenados, em decisão colegiada, por improbidade administrativa ou crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
A Justiça também tem colaborado no sentido de acabar com a certeza da impunidade. Já no Executivo federal, perto de 4 mil servidores foram demitidos desde a criação da Controladoria-Geral da União, menos de 10 anos atrás. Trata-se, sem dúvida, de significativo progresso no combate à corrupção. Mas, para quebrar o paradigma e preveni-la, a própria CGU cobra outros instrumentos do Congresso, como a aprovação do projeto de lei que criminaliza o enriquecimento ilícito de funcionários. Há que se ver também o lado do corruptor, com a responsabilização civil e criminal de pessoas jurídicas que contribuem para embaralhar o público com o privado, em interesse próprio. Enfim, passa da hora de atender ao anseio da sociedade pela ética, como demonstrado na mobilização que culminou com a Lei da Ficha Limpa.

SP: ''... QUE SÓ QUANDO CRUZA A IPIRANGA E A AVENIDA SÃO JOÃO..." (... Consolação, Rebouças, Paulista, Brigadeiro,...) *



'Vamos reduzir os índices de violência', garante Alckmin



O Estado de S. Paulo - 27/11/2012


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu ontem trabalho "redobrado" para diminuir a violência na Grande São Paulo. "Não há dúvida de que vamos reduzir os índices e tenho absoluta confiança no trabalho da polícia", afirmou, durante evento na Santa Casa de Misericórdia, na região central de São Paulo.
Alckmin elogiou a nova cúpula da Segurança Pública, mas não deu detalhes sobre qual será a estratégia dos responsáveis pelas Polícias Civil e Militar para resolver a atual crise no setor.
Ele anunciou a contratação de 185 delegados de polícia e a entrada de 138 na Academia de Polícia Civil. "Grande parte deles vai para o setor de inteligência e de investigação", disse Alckmin.
Legislação. Ao ser questionado sobre uma fuga de adolescentes da Fundação Casa, anteontem em Ferraz de Vasconcelos, o governador defendeu o aumento do limite de internação - que hoje é de três anos - para adolescentes que cometerem crimes graves. "A punição precisa ser maior, até porque é preciso ter limite", disse. Ele criticou a presença de maiores de 18 anos na Fundação Casa. "Dos que fugiram, três têm mais de 18 anos. O que está fazendo quem tem 19, 20 anos na Fundação Casa, que é para criança e adolescente? Isso é a nossa lei."O governador afirma que atuará para que a legislação mude. /ARTUR RODRIGUES
--------
(*) SAMPA (Caetano Veloso).
---

OPERAÇÃO PORTO SEGURO/ESCRITÓRIO DA PRESIDÊNCIA



Dilma vai extinguir em SP chefia de gabinete



Autor(es): TÂNIA MONTEIRO
O Estado de S. Paulo - 27/11/2012
 

Após operação da PF, presidente decide mudar estrutura de escritório na capital

A presidente Dilma Rousseff decidiu mudar a estrutura do escritório da Presidência em São Paulo e acabar com o cargo de chefe do gabinete do órgão. Com isso, ficará extinto o posto que até então era ocupado por Rosemary Nóvoa de Noronha e toda a coordenação do escritório paulista passará a ser feita em Brasília. A decisão foi tomada por Dilma e comunicada durante a reunião de coordenação comandada por ela na manhã de ontem, no Palácio do Planalto.
A presidente quer eliminar qualquer vestígio de influência da ex-assessora presidencial no escritório. Sindicâncias foram abertas em todos os órgãos envolvidos para apurar responsabilidades e, no caso do gabinete da Presidência, a presidente quer saber se há mais pessoas que agiam junto com Rose, como é conhecida Rosemary.
Dilma quer dar o caso por encerrado, para poder voltar a tratar das questões de governo. Na reunião de coordenação, a avaliação é de que com a decisão tomada no sábado de demitir todos os indiciados, os estragos e respingos no governo foram contidos.
A presidente mandou ainda passar um "pente-fino" nos pareceres elaborados pelos suspeitos investigados para verificar quem e o que eles afetavam. O Planalto tenta ainda se manter afastado dos pormenores do caso e demonstrar que não tem preocupação com as ameaças de Rose, que está inconformada com a forma como perdeu o poder. Ela já mandou recados avisando que "não vai cair sozinha".
Comemoração. Em vários setores do Planalto, o clima era de comemoração com a derrocada de Rose, principalmente pela forma como a apadrinhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agia. "Ela agia como se fosse a dona do escritório e não media esforços para dar demonstração do poder que tinha", comentou uma fonte palaciana. De temperamento forte, Rose ainda está muito nervosa e cada vez mais irritada, com a situação que está vivendo desde a última sexta-feira, quando foi deflagrada a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Demissão. A situação piorou ontem, com a notícia da demissão de sua filha, Mirelle, nomeada por interferência dela para um cargo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por enquanto, apenas o seu ex-marido, José Cláudio Noronha, que desde 2005 foi contemplado com um cargo de assessor especial da Superintendência da Infraero em São Paulo, não será afastado.
Ele, como todos os demais funcionários da Infraero em São Paulo, foi cedido à nova concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos - que passou a administrá-lo em 14 de novembro - e estarão, até o dia 14 de fevereiro, em fase de avaliação pela empresa.
Ex-presidente. Lula, que estava em viagem à Índia quando estourou o escândalo, já está de volta a São Paulo e ontem despachava no instituto que leva seu nome na zona sul da capital paulista. Segundo sua assessoria, ele não iria se pronunciar sobre o caso.
D. Marisa, esposa de Lula, não se dá com Rose e sequer ia ao escritório da Presidência na Avenida Paulista quando o marido despachava lá, para não encontrá-la. Em muitas ocasiões, Rose costumava acompanhar o então presidente em viagens oficiais. Mas havia sempre o cuidado de sua assessoria para que as duas não integrassem a mesma comitiva.

OPERAÇÃO PORTO SEGURO [In:] POR QUE A SURPRESA ? [3]



Assessores iniciam blindagem do Planalto



Autor(es): Por Fernando Exman e
Caio Junqueira | De Brasília
Valor Econômico - 27/11/2012

Enquanto monitorava os desdobramentos no Congresso e o surgimento de eventuais novas informações sobre a Operação Porto Seguro, auxiliares da presidente Dilma Rousseff buscavam ontem afastar do Palácio do Planalto a crise política pelas investigações da Polícia Federal em diversos órgãos da máquina pública federal, inclusive na Advocacia-Geral da União. As primeiras medidas para afastar e instaurar processos administrativos contra os envolvidos foram publicadas logo pela manhã no "Diário Oficial da União", após determinação da presidente. Durante o dia, os órgãos citados na operação da PF anunciaram novas ações, e interlocutores do Planalto passaram a tratar o assunto como um fato do passado.
Uma das principais investigadas da operação foi a então chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, que já deixou o cargo. Foram afastados também Paulo Rodrigues Vieira, da diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA), e seu irmão Rubens Carlos Vieira, da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O advogado-geral adjunto da União, José Weber Holanda Alves, foi outro alvo da operação e deixou a função.
Autoridades do Planalto preocuparam-se em afastar o advogado-geral-adjunto do centro de decisões do Planalto, onde tem participação o número um da AGU, Luís Inácio Adams. Asseguraram essas autoridades que Holanda Alves não participou das reuniões realizadas na Casa Civil para a formulação das novas políticas do setor de infraestrutura, embora alguns dos participantes desses encontros afirmem que já dividiram a mesa com o servidor investigado para tratar de assuntos estratégicos do governo. No site da Casa Civil, há o registro da presença do adjunto em uma reunião sobre crédito rural.
Embora ainda seja cedo para avaliar o real prejuízo político do titular da AGU, não há dúvidas de que Adams foi quem sofreu o maior desgaste com o episódio até agora. O advogado-geral tem executado missões estratégicas e já chegou a ser cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal ou futuramente substituir a ministra Gleisi Hoffmann na chefia da Casa Civil. Agora, acreditam parlamentares com trânsito no Executivo, quem deve ganhar espaço na área jurídica do governo é o secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos.
Por meio de nota, a ANA informou que decidiu exonerar quatro servidores que trabalhavam com Paulo Rodrigues Vieira. A agência anunciou que notificará a Comissão de Ética Pública da Presidência da República sobre os acontecimentos, e resolveu que o diretor-presidente do órgão, Vicente Andreu, responderá interinamente pelas superintendências de Usos Múltiplos e Eventos Críticos e de Gestão da Rede Hidrometeorológica, antes sob responsabilidade do diretor afastado.
Já a Anac informou que Mirelle, filha de Rosemary, deixará o cargo que ocupa na instituição.

OPERAÇÃO PORTO SEGURO [In:] POR QUE A SURPRESA ? (2)



O dono do escândalo


O Estado de S. Paulo - 27/11/2012
 

Recém-desembarcado de um voo decerto turbulento para ele, depois de uma viagem à África e à Índia, o ex-presidente Lula teria dito a pessoas de sua confiança que se sentia "apunhalado pelas costas" por outra pessoa de sua confiança, a então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose. Secretária do companheiro José Dirceu durante 12 anos, da década de 1990 até a ascensão do PT ao Planalto, Lula a empregou na representação do governo federal na capital paulista. Dois anos depois, em 2005, entregou-lhe a chefia da repartição. Na sexta-feira passada, ela e José Weber Holanda, o sub do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foram indiciados pela Polícia Federal (PF), no curso da Operação Porto Seguro, pela participação em um esquema de venda de facilidades instalado em sete órgãos federais.
O indiciamento alcançou 11 outros ocupantes de cargos públicos, além do notório ex-senador Gilberto Miranda. Cinco pessoas foram presas, entre as quais três irmãos, o empresário Marcelo Rodrigues Vieira, um diretor da agência reguladora da aviação civil (Anac), Rubens Carlos Vieira, e outro da agência de águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira - ambos patrocinados pela amiga de Lula. A PF devassou o apartamento de Rose e o gabinete de Holanda. No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff afastou de suas funções os diretores das agências (tendo mandato aprovado pelo Senado, eles não podem ser demitidos sumariamente) e mandou abrir processo disciplinar contra eles. O caso da nomeação de Paulo Rodrigues, tido como chefe da gangue e também chegado a Lula e a Dirceu, é um capítulo de livro de texto sobre a esbórnia no Estado sob o governo petista e a serventia de seus aliados nos altos círculos do poder nacional.
Submetida ao Senado, como requerido, a indicação começou mal e seguiu pior. A primeira votação terminou empatada. Na segunda, o nome foi rejeitado por um voto de diferença. Se os mandachuvas da República se pautassem pela decência, a história terminaria por aí. Não terminou porque, contrariando até mesmo um parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o seu presidente José Sarney ordenou uma terceira votação da qual o afilhado de Rose saiu vencedor por confortável maioria. A essa altura, 2010, estava para mudar a sorte da madrinha - cuja influência derivava diretamente de sua intimidade com Lula, a quem, aliás, acompanhava nas viagens ao exterior, não se sabe bem para fazer o que eleita Dilma, que só a manteria no posto em São Paulo para não criar caso com o padrinho, Rose tentou em vão conseguir uma boquinha em Brasília. O imponderável fez o resto.
Em um dia de março do ano passado, um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) procurou a Polícia Federal para se confessar. Contou que aceitara uma propina de R$ 300 mil, dos quais já havia recebido um adiantamento de R$ 100 mil, para produzir um parecer técnico sob medida para uma empresa que atua no Porto de Santos. Além disso, Paulo Rodrigues Vieira falsificou um documento acadêmico para beneficiar o funcionário. Mas este se arrependeu, devolveu o dinheiro e revelou aos federais o que sabia. A PF abriu inquérito, obteve autorização judicial para grampear telefonemas e interceptar e-mails. Do material, emergiu uma Rose que lembra a personagem do samba de Chico Buarque que pedia apenas "uma coisa à toa" - no caso, um cruzeiro de Santos a Ilha Grande animado por uma dupla sertaneja, um serviço de marcenaria, uma pequena operação... Claro que ela também empregou uma filha na Anac e o marido na Infraero. Tinha fama de mandona e jeito de alpinista social.
Mas o dono do escândalo é quem deu a Rose o aparentemente inexplicável poder de que desfrutava, a ponto de o Senado de Sarney inovar em matéria de homologação de um futuro diretor de agência reguladora. Ao se declarar "apunhalado pelas costas", Lula faz como fez quando o mensalão veio à tona, e ele, fingindo ignorar a lambança, se disse "traído". Resta saber se, desta vez, tornará a repetir mais adiante que tudo não passou de uma "farsa" - quem sabe, uma conspiração da Polícia Federal com a mídia conservadora, a que a sua sucessora no Planalto afinal sucumbiu.
-------

OPERAÇÃO PORTO SEGURO [In:] POR QUE A SURPRESA ?



DELATOR DE NOVO ESQUEMA CITA DIRCEU

DELATOR DE FRAUDES EM ÓRGÃOS PÚBLICOS CITA DIRCEU


Autor(es): agência o globo:Thiago Herdy,
Marcelle Ribeiro e Jailton de Carvalho
O Globo - 27/11/2012
 
Delator do esquema de venda de pareceres descoberto na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal (PF), o ex-auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU) em São Paulo Cyonil da Cunha de Borges de Faria Júnior citou em depoimento à polícia que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu tinha interesse no processo do TCU que investigava a conduta da empresa Tecondi. A firma usava instalações portuárias que não estavam previstas na concorrência inicial feita em 1998 pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), e, por isso, era alvo da ação do TCU. Cyonil disse ter recebido oferta de R$ 300 mil para emitir um parecer favorável à empresa, dos quais R$ 100 mil chegaram a ser pagos.
Segundo ex-auditor, diretor afastado de agência mencionou ex-ministro; petista nega
Em depoimento prestado na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, em julho do ano passado, o servidor foi perguntado pelo delegado responsável pelo inquérito, Ricardo Hiroshi Ishida, se teria algum outro nome envolvido nos fatos investigados além dos irmãos Paulo e Rubens Vieira, e do dono da Tecondi, Carlos Cesar Floriano. Nessa hora, Cyonil deu mais detalhes sobre os encontros que teve com os citados e disse que Paulo Rodrigues Vieira chegou a mencionar "que José Dirceu tinha interesse no andamento do processo", segundo o depoimento obtido por O GLOBO. O ex-ministro nega envolvimento com o caso.
Condenado a 10 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, Dirceu não chegou a ser citado no relatório final da PF que motivou os seis pedidos de prisão e cumprimento de 43 mandados de busca e apreensão em endereços do Distrito Federal e do estado de São Paulo, na última sexta-feira. No entanto, segundo o superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, as investigações prosseguirão a partir da análise do material apreendido em endereços frequentados pelos envolvidos.
Ontem, por meio de sua assessoria, o ex-ministro informou que não tem interesse na Tecondi, empresa citada na investigação da Operação Porto Seguro, e que "jamais prestou qualquer espécie de serviço" para ela. Desde que deixou o governo, em 2005, José Dirceu presta serviços de consultoria a empresas.
Ainda por meio da assessoria, o ex-ministro negou conhecer Paulo Vieira e também manter relacionamento pessoal ou profissional com o irmão dele, Rubens, ou com Carlos Cesar Floriano, dono da Tecondi. "Dirceu não conhece o mencionado Paulo Rodrigues Vieira - que, se usou o nome do ex-ministro, o fez de forma indevida", afirmou a assessoria em nota.
Segundo a PF, Cyonil se arrependeu de escrever parecer favorável à empresa que atuava no porto de Santos, devolveu a primeira parcela da propina que teria sido paga por Paulo Vieira, de R$ 100 mil, e denunciou o esquema. A partir daí, começaram as investigações que já resultaram no indiciamento de 19 pessoas, entre elas a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha.
Atualmente, Cyonil é fiscal de tributos no Rio de Janeiro. Em conversas com colegas na internet dois dias depois que a operação da PF foi deflagrada, o ex-auditor disse ter se sentido pressionado a colaborar com a quadrilha. "O sujeito, depois de milhões de e-mails (praticamente me caçando na cidade de SP), foi até a portaria do meu prédio. Adivinha pra quê? Pra entregar R$...PQP! Bati pino, não achava que ele fosse capaz de uma porra desta. Na ocasião, não desci pra receber nada dele. Fiquei puto... Mudei de endereço... Tive paralisia facial", disse o ex-auditor do TCU em conversas com amigos na internet no domingo, obtidas pelo GLOBO.
Cyonil disse também que tem "gravações" das conversas com o corruptor. "Fiz reunir toda a documentação, para depois disso, denunciá-lo e os outros empresários. Juntei tudo, até meus extratos bancários, algumas GRAVAÇÕES QUE FIZ... A porra toda... Todos os processos em que atuei. Minha postura sempre séria e técnica".
No entanto, e-mails trocados pelo ex-auditor com Paulo Vieira, que constam do inquérito, demonstram uma relação de amizade e bastante intimidade entre os dois. Nos e-mails, o servidor se referia constantemente a Vieira como "brother" e, quando falava da propina prometida, se referia à entrega de "livros". "Brother, tem como você reservar com o Marcelo, para o dia 11 de janeiro, os livros? É uma emergência, espero que entenda a minha pressa", escreveu em e-mail de 30 de dezembro de 2010.
Em 11 de fevereiro de 2011, o então auditor voltou a cobrar os valores e revelou o motivo da urgência: queria dar entrada na compra de um imóvel. "Brother, não quero ser chato. Já vencemos o dia 11, 21 de janeiro. Será que nesse mês de fevereiro teremos alguma publicação? Como te disse, preciso para dar entrada em um apERTAmento, rsrsrrs... coisa pequena", escreveu.
Vieira respondeu ironizando a postura do rapaz: "Não posso confiar essas coisas (livros) a qualquer pessoa e o meu irmão tá com um puta problema pessoal. Não te entendo. 1º diz que não tá nem aí, agora vem com uma pressa dessas, tem paciência meu amigo! RSS!.. vou ver como posso fazer".
Meses antes de cobrar agilidade no pagamento, em 2 de novembro de 2010, Cyonil chegou a dizer a Paulo Vieira que estava tendo dificuldades para dormir e se sentindo mal devido ao processo. Em mensagem falou até que estava consultando o Código Penal Brasileiro para saber "quanto tempo ficaria de molho". "Tenho muito medo de estragar minha carreira. Não sei o que o amigo está pensando em fazer. Mas se algo de ruim, por favor, desista! Sério, não sou uma pessoa ruim!", escreveu.
Quando procurou a PF pela primeira vez, o auditor informou o número de uma conta onde estariam os R$ 100 mil recebidos de propina. No entanto, a PF constatou que o dinheiro depositado era parte de um empréstimo consignado obtido pelo servidor. Cyonil admitiu, então, ter usado parte do dinheiro. Ainda assim, não foi denunciado e consta no processo como denunciante.
O processo sobre supostas irregularidades nos negócios entre a Tecondi e a Codesp vinha se arrastando desde o início da década passada. A empresa ganhou o direito de explorar uma área de 170 mil metros quadrados no Porto de Santos. Só as obras de infraestrutura no local ficariam em torno de R$ 139 milhões. Mas o negócio emperrou por falta de licença ambiental e outros problemas. A Companhia Docas decidiu, então, ceder um outro terreno mais valioso para a Tecondi.
O parecer de Cyonil poderia validar a transação. Mas, em 2010, o tribunal apontou irregularidades na transação e determinou a suspensão de novas concessões à Tecondi. Em 1º de agosto deste ano, o plenário do TCU confirmou a existência de irregularidades e determinou a não renovação do contrato entre a Tecondi e a Companhia Docas. O tribunal mandou as informações para o Ministério Público Federal e para a Presidência da República, entre outras instituições.
------

MENSALÃO [In:] COSTA QUENTE



Mensalão: Pedro Corrêa vai para cadeia. Waldemar, não

Costa Neto e Henry escapam da cadeia


Autor(es): DIEGO ABREU e ADRIANA CAITANO
Correio Braziliense - 27/11/2012
 

Pena aplicada aos deputados federais Waldemar Costa Neto e Pedro Henry, pelo STF, ficou abaixo de 8 anos de detenção. Por isso, não terão de cumpri-la em regime fechado. Já a de Pedro Corrêa somou 9 anos e 5 meses, o que significa que ele deve ir para a prisão.

Com penas inferiores a oito anos, os dois deputados vão cumprir a punição do STF em regime semiaberto

Dois dos três deputados federais condenados no processo do mensalão escaparam do regime fechado. O Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou penas inferiores a oito anos a Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), o que livra ambos da cadeia. Eles cumprirão a punição em regime inicialmente semiaberto, com direito de trabalhar durante o dia e passar a noite no dormitório ou, devido à falta de estrutura no Brasil, em casa. Na sessão de ontem, os ministros também livraram da prisão três ex-deputados. Apenas o ex-presidente do PP e ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), cuja pena somou 9 anos e 5 meses, deve ir para a prisão.
Amanhã, no último dia da dosimetria do julgamento do mensalão, o Supremo vai calcular a pena de João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara e único congressista que ainda não teve o tamanho da punição definido. A sessão deve começar, porém, pelas definições referentes ao delator do mensalão, o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Também será apreciada a pena do ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri.
Ao designar penas mais elevadas, o presidente do STF e relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, ressaltou a gravidade dos crimes cometidos por parlamentares à época do escândalo. "Foi uma verdadeira apropriação e mercantilização do mandato mediante práticas não republicanas", afirmou Barbosa, acusando réus de profissionalizar o recebimento de propina.
As críticas mais pesadas foram dirigidas a Valdemar. "Seu comportamento, além de indigno, tinha por finalidade capitalizar o partido por ele presidido, alugando sua legenda para se beneficiar de modo permanente de vantagens financeiras", frisou o decano do STF, Celso de Mello. Apesar de os demais ministros concordarem com os argumentos de Barbosa, prevaleceu, na maioria dos casos, as penas mais brandas propostas pelo revisor, Ricardo Lewandowski.
Joaquim Barbosa conduziu a sessão de ontem, na qual seis réus tiveram os futuros selados, em um ritmo acelerado. Além dos deputados que escaparam do regime fechado, os ex-parlamentares Romeu Queiroz (ex-PTB-MG), Bispo Rodrigues (PR-RJ) e José Borba (ex-PMDB-PR) têm motivos para comemorar. Os dois primeiros pegaram pouco mais de seis anos e, assim, não irão para a cadeia. Como foi condenado a menos de quatro anos, Borba não terá pena restritiva de liberdade e obteve o direito de cumprir medidas alternativas, que ainda serão definidas pela Corte.
Confissão
Os ministros cogitaram a possibilidade de redução de pena para réus que confessaram ter recebido dinheiro do esquema criminoso. Na dosimetria de Pedro Corrêa, Celso de Mello considerou que o ex-deputado confessou o crime. A maioria, porém, considerou que os réus confessaram apenas terem recebido o dinheiro, mas não reconheceram a corrupção, somente caixa dois de campanha.
Ao comentar o tema, Joaquim Barbosa disse que deve voltar a discuti-lo durante a dosimetria de Roberto Jefferson. Ele já sinalizou que o ex-deputado poderá ter benefícios por ter delatado o esquema do mensalão. "No meu entendimento, eles admitiram o recebimento de quantias milionárias, mas nenhum dos réus parlamentares, com exceção de Roberto Jefferson, confessou ou viu isso como algo penalmente relevante", declarou o relator. O presidente do PTB foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas a colaboração que deu para as investigações pode livrá-lo da cadeia, ou mesmo, de uma pena mais pesada.
Os ministros não trataram claramente da possível cassação do mandato dos três deputados federais condenados, mas Barbosa sinalizou que defenderá a saída dos parlamentares da Câmara. Ao definir a pena dos réus, o presidente destacou um artigo do Código Penal que aponta como efeito da condenação "a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo". O mesmo artigo, porém, faz a ressalva de que os efeitos "não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença".
Dosimetria
Bispo Rodrigues
(ex-deputado federal PL-RJ)
Condenação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Pena: 6 anos e 3 meses (regime semiaberto)
Multa: R$ 696 mil
José Borba
(ex-deputado federal PMDB-PR, atual prefeito de Jandaia do Sul-PR)
Condenação: corrupção passiva
Pena: 2 anos e 6 meses (penas alternativas)
Multa: R$ 360 mil
Pedro Corrêa
(ex-presidente do PP e ex-deputado federal por Pernambuco)
Condenação: corrupção passiva, formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro
Pena: 9 anos e 5 meses (regime fechado)
Multa: R$ 1,1 milhão
Pedro Henry
(deputado federal PP-MT
e ex-líder do PP na Câmara)
Condenação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Pena: 7 anos e 2 meses (regime semiaberto)
Multa: R$ 932 mil
Romeu Queiroz
(ex-deputado federal PTB-MG, atualmente deputado estadual pelo PSB)
Condenação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Pena: 6 anos e 6 meses (regime semiaberto)
Multa: R$ 828 mil
Valdemar Costa Neto
(deputado federal PR-SP e ex-presidente do PL – atual PR)
Condenação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Pena: 7 anos e 10 meses (regime semiaberto)
Multa: R$ 1,08 milhão

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?'' (ou, SE GRITAR PEGA LADRÃO, NÃO FICA UM MEU IRMÃO...) *

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

27 de novembro de 2012

O Globo

Manchete: Cerco à corrupção - Delator de novo esquema cita Dirceu
Chefe da negociação de pareceres teria mencionado interesse de petista em empresa

Em nota, ex-ministro afirma que 'jamais prestou serviço' para investigada. Dilma ordena pente-fino nos órgãos federais

O delator do esquema de venda de pareceres de órgãos públicos que beneficiava empresas privadas, Cyonil Borges, citou em depoimento à Polícia Federal um suposto interesse do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no processo do TCU que investigava a conduta da empresa Tecondi, no Porto de Santos. Segundo o inquérito da PF, Cyonil disse que Paulo Rodrigues Vieira, o chefe do esquema, mencionou "que José Dirceu tinha interesse no andamento do processo" Por meio de assessoria, Dirceu negou envolvimento com a Tecondi. Após afastar os indiciados afastar os indiciados pela PF, Dilma ordenou pente-fino nos órgãos federais que tiveram servidores acusados no caso. (Págs. 1, 3 a 7 e editorial "Ao que levou o aparelhamento")

A bebê de Rosemary
A filha de Rosemary Noronha, indiciada pela Polícia Federal após a Operação Porto Seguro, teve que deixar o cargo que ocupava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mirelle Noronha Oshiro atuava como assessora técnica no órgão. (Págs. 1 e 4)

A palavra agora está com Dilma
Lideranças políticas, servidores, artistas e populares foram às ruas do Centro do Rio protestar contra o projeto aprovado no Congresso que altera as regras de distribuição dos royalties do petróleo e que pode tirar mais de R$ 77 bilhões em receitas do Estado do Rio e municípios fluminenses até 2020. Segundo a PM, foram 200 mil no ato entre a Candelária e a Cinelândia. (Págs. 1 e 23 a 26)
STF anuncia pena de mais 6
Entre os seis réus do mensalão julgados ontem pelo STF, apenas Pedro Corrêa, ex-presidente do PP, deve cumprir pena em regime fechado. Valdemar Costa Neto, do PR, cumprirá no semiaberto. (Págs. 1 e 8)
Polícia Federal prende 27
A PF prendeu 27 pessoas por envolvimento com venda de informações sigilosas e envio de dinheiro para o exterior de modo ilegal. O vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, foi uma das 30 pessoas ouvidas pela polícia e liberadas. Em sua casa foram apreendidos computadores e documentos. (Págs. 1 e 9)
Ação entre amigos: Kit concordata oferece juiz e advogado
O Conselho Nacional de Justiça investiga a denúncia de um "kit concordata" com administrador, advogado e juiz, oferecido a empresas em dificuldades em Goiás. O corregedor de Justiça, Francisco Falcão, abriu sindicância para investigar favorecimento em varas empresariais no Rio, como mostrou O GLOBO. (Págs. 1 e 10)
Prestação de serviços: Estado cria cota para ex-detentos
Um projeto de lei sancionado pelo governador Sérgio Cabral torna obrigatória, nas empresas que prestam serviços ao estado, a reserva de 5% das vagas para egressos do sistema prisional e menores cumprindo medida socioeducativa. (Págs. 1 e 13)
Violência urbana - Salvador: em 60 horas, 22 mortos
Das 19h de sexta-feira às 7h de ontem, houve 22 homicídios em Salvador e nas cidades da Região Metropolitana, além de oito tentativas de homicídio. Em Jussiape, um caçador matou 3 pessoas, entre elas o prefeito reeleito e a primeira-dama. (Págs. 1 e 11)
Tarifa aérea: Gol teria subido preço em 200%
A Gol, que demitiu 850 funcionários e encerrou as operações da Webjet, teria elevado as tarifas da empresa em mais de 200% quando assumiu a companhia, em outubro. A denúncia foi levada ao Cade. (Págs. 1 e 28)
Ciência: Clima difícil na reunião de Doha
A Conferência do Clima da ONU começou com pouca chance de obter um acordo para reduzir o C02. (Págs. 1 e 34)
------------------------------------------------------------------------------------
Folha de S. Paulo

Manchete: Grupo usou senha para adulterar dados do MEC
Com alterações, faculdade de ex-servidor preso poderia obter mais recursos

O ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, preso sob suspeita de tráfico de influência em órgãos federais, obteve senha privativa de funcionário do Ministério da Educação para alterar dados financeiros de faculdade que pertence à sua família, informam Mario César Carvalho, Paulo Gama e José Ernesto Credendio.

Com essas alterações, a faculdade poderia conseguir mais recursos do governo em programas como o Prouni, de bolsas para estudantes, e o Fies, de financiamento de mensalidades.

A PF gravou em março conversa entre Vieira e o funcionário do MEC Márcio Alexandre Barbosa Lima em que o ex-diretor da ANA diz: “Eu tô querendo entrar aqui no MEC (...) com sua senha. Me fala seu CPF”.

O MEC afastou Lima e outro funcionário. (Págs. 1 e Poder A4)

Ex-assessora de Lula teve passaporte diplomático
A Presidência concedeu, entre 2007 e 2010, passaporte que previa tratamento especial à ex-chefe de gabinete de São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha em viagens para acompanhar Lula, informam Matheus Leitão e Rubens Valente.
Suspeita de corrupção, ela foi demitida no sábado. Segundo o Itamaraty, o documento foi dado em caráter excepcional, “em razão do interesse do país”. Rosemary não foi localizada. (Págs. 1 e Poder A6)

PF descobre grupo que comercializava dados sigilosos
A PF identificou ao menos 180 vitimas de quadrilha que vendia dados sigilosos, como bancários e telefônicos. A polícia estima que 10 mil empresas e pessoas possam ter tido o sigilo quebrado.

Entre as vítimas, cujos nomes não foram divulgados, estão senador e ex-ministro.

O vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, foi alvo da operação. (Págs. 1 e Poder A14)

Mensalão o julgamento - Ex-presidente do PR pega semiaberto
O STF condenou no julgamento do mensalão o deputado Valdemar Costa Neto (PR) a sete anos e dez meses de prisão e a pagar uma multa R$ 1,08 milhão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ex-presidente do PR, ele cumprirá a pena em regime semiaberto — assim como o deputado Pedro Henry (PP).

A defesa de Valdemar não se manifestou sobre a decisão. O advogado de Henry afirmou que vai recorrer.

Quatro ex-deputados também foram punidos.

O relator Joaquim Barbosa indicou que pode votar para beneficiar com pena menor o ex-deputado Roberto Jefferson, que revelou o esquema. (Págs. 1 e Poder A10 e A11)

Marcelo Coelho

Os réus nunca admitiram que houve corrupção

Os réus “confessaram”, no máximo, o uso de caixa dois, crime menor. Será que existe crime de "sequestro de galinhas” para livrar alguém da acusação de furto? (Págs. 1 e Poder A10)

Alckmin quer internação maior para jovem infrator
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu que adolescentes que cometerem crimes graves fiquem mais tempo internados e sejam transferidos para presídios especiais após completarem 18 anos.

“Vamos fazer um trabalho para modificar a lei atual porque tem equívocos”, disse ao falar sobre fuga de internos da Fundação Casa.

A lei que regula detenções é federal. (Págs. 1 e Cotidiano C4)

BNDES emprestará R$ 22,5 bilhões para Belo Monte
O BNDES aprovou financiamento de R$ 22,5 bilhões para a obra da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

É o maior empréstimo do banco de fomento a uma obra do país. O acordo com a Norte Energia deve ser assinado até janeiro. (Págs. 1 e Mercado B3)

Rosely Sayão: Tanto faz a escola; modelo de ensino é que é ultrapassado (Págs. 1 e Equilíbrio, 8)

Fotolegenda: Ouro negro
O prefeito Eduardo Paes, a atriz Fernanda Montenegro e o governador Sérgio Cabral participam de ato no Rio contra a divisão de royalties do petróleo. (Págs. 1 e Poder A14)
Fotolegenda: Ouro branco
Em Bruxelas (Bélgica), policial se defende de jato de leite em frente ao Parlamento Europeu, onde ministros das Finanças da zona do euro se reuniam; fazendeiros protestavam contra altos custos da produção. (Págs. 1 e Mundo A22)
Editoriais
Leia “Porto inseguro”, sobre operação da Polícia Federal, e “A violência do medo”, acerca de aumento da sensação de insegurança. (Págs. 1 e Opinião A2)
Presidente da Petrobras se diz constrangida com queda de ações (Págs. 1 e B4)

------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo

Manchete: Ministro da AGU admite desgaste e anula parecer suspeito
Adams afirma que instituição foi afetada e que é preciso dar uma resposta; delator do esquema de pareceres falsos diz que mais funcionários do TCU podem estar envolvidos

O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, admitiu ter sido politicamente atingido pela descoberta do esquema de venda de pareceres técnicos que derrubou seu braço direito na AGU, José Weber Holanda. Além do prejuízo pessoal, Adams afirmou ao repórter Felipe Recondo que a AGU também foi atingida na sua credibilidade e que fará um pente-fino em documentos emitidos pelo órgão. “É claro que me atinge. Não tenho como negar”, disse. Weber é investigado por ter ajudado o ex-senador Gilberto Miranda. Delator do comércio de pareceres em órgãos federais, o ex-auditor Cyonil Faria Júnior afirmou que as irregularidades podem envolver mais servidores do Tribunal de Contas da União (TCU). Em depoimento à Polícia Federal, o ex-auditor citou um "suposto esquema de fraudes em licitações e contratos”. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)

Dilma extingue chefia de gabinete em SP

A presidente Dilma Rousseff vai extinguir o cargo que era ocupado por Rosemary Noronha no escritório da Presidência em SP. A coordenação será feita em Brasília. (Págs. 1 e A6)

Empate livra Costa Neto de regime fechado
Deputado recebeu do STF pena inferior a 8 anos no mensalão

O empate na definição da punição no processo do mensalão livrou os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PR-MT) do cumprimento de pena em regime fechado. Os ministros se dividiram em relação ao tamanho da sanção pelo crime de lavagem de dinheiro e, assim, foram aplicadas penas inferiores a oito anos de prisão, o que dá aos condenados o benefício do regime semiaberto. Dos seis réus que tiveram penas definidas ontem, apenas um terá de começar a cumpri-la em regime fechado, o ex-presidente do PP e ex-deputado Pedro Corrêa. O ex-líder do PMDB José Borba (hoje no PP) terá a sanção convertida em pena alternativa. (Págs. 1 e Nacional A10)

Quadrilhas vendiam dados de políticos e empresários
A PF prendeu 27 suspeitos de envolvimento com quadrilhas que vendiam informações sigilosas. Empresários, magistrados e políticos, entre eles, Gilberto Kassab, foram alvo. Um dos investigados é o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero. (Págs. 1 e Nacional A8)
Fotolegenda: Royalties: ato tem pouca gente e confusão
Público abaixo do esperado participou no Rio de ato pelo veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que redistribui os royalties do petróleo. Houve confusão. (Págs 1 e Economia B4)
Andrés deixa CBF e deve ir para equipe de Haddad
Andrés Sanchez deve deixar hoje o cargo de diretor de Seleções da CBF. O dirigente foi sondado pela equipe do prefeito eleito Fernando Haddad (PT) para assumir a Secretaria Municipal de Esportes, que terá a função de organizar a abertura da Copa de 2014 em São Paulo. (Págs 1, Esportes E1 e Cidades C5)
Novo chefe da PM quer fim de revistas truculentas
O novo comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou que vai combater a truculência nas revistas feitas por policiais, medida que, acredita, pode melhorar a avaliação da corporação. O coronel também quer “limpar” a imagem da Rota nas redes sociais. (Págs. 1 e Cidades C1)
BNDES dá empréstimo recorde para Belo Monte (Págs. 1 e Economia B1)

José Paulo Kupfer
O dobro pela metade

Atrair compradores com promoções “o dobro pela metade do preço” é usual. Nem o governo escapa de participar do jogo ilusionista. (Págs. 1 e Economia B6)

Thomas L. Friedman
O momento de Morsi

O Egito não se dispôs a sacrificar a ajuda dos EUA e o desenvolvimento econômico para apoiar o programa radical, pró-iraniano, do Hamas. (Págs. 1 e Internacional A19)

Notas & Informações
O dono do escândalo

Foi Lula quem deu a Rosemary Noronha o aparentemente inexplicável poder de que desfrutava. (Págs. 1 e A2)

Autoridade Palestina e Hamas se reaproximam (Págs. 1 e Internacional A16)

Unicamp inspira projeto de cotas das paulistas (Págs. 1 e Vida A22)

BB cria empresa de seguro com ação em bolsa (Págs. 1 e Economia B12)

------------------------------------------------------------------------------------
Correio Braziliense

Manchete: Governo suspende pareceres suspeitos
Documentos vão passar por um pente-fino. Ex-adjunto da AGU é afastado também da banca de concurso público

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que todos os pareceres jurídicos colocados sob suspeita pela investigação da Polícia Federal terão seus efeitos suspensos e sofrerão uma devassa. Exonerado depois de ser apontado pela PF como integrante de quadrilha que subornava funcionários públicos para fraudar pareceres técnicos e beneficiar empresários, José Weber Holanda Alves foi afastado, ainda, de um grupo de examinadores de duas seleções que a AGU promove atualmente. Ele era o braço direito do atual advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Além de exonerar os servidores indiciados no caso, o governo abriu sindicância para apurar a ação de cada um no esquema. No Senado, a oposição defendeu ontem que os envolvidos no escândalo sejam ouvidos pelo Congresso. (Págs. 1 e 2 a 4 e Visão do Correio, 14)

Demissão e polícia abalam cúpula da CBF
Enquanto o vice-presidente Marco Polo del Nero prestava depoimento na PF sob suspeita de crime financeiro e espionagem, o diretor de Seleções, Andrés Sanchez, anunciava a saída do cargo. (Págs. 1, 5 e Super Esportes, 2 e 3)
Mensalão: Pedro Corrêa vai para cadeia. Waldemar,não
Pena aplicada aos deputados federais Waldemar Costa Neto e Pedro Henry, pelo STF, ficou abaixo de 8 anos de detenção. Por isso, não terão de cumpri-la em regime fechado. Já a de Pedro Corrêa somou 9 anos e 5 meses, o que significa que ele deve ir para a prisão. (Págs. 1 e 6)
Saúde: Denúncia de irregularidade em cirurgias
Cinco hospitais particulares do DF são acusados de escalar em técnicos de enfermagem para fazerem o trabalho de médicos auxiliares durante as operações. O Correio teve acesso a prontuários e a um vídeo que comprovariam a prática ilegal. (Págs. 1 e 21)
------------------------------------------------------------------------------------
Valor Econômico

Manchete: Abilio pede definição sobre o futuro do Pão de Açúcar
Pela primeira vez, o empresário Abilio Diniz formalizou o interesse de sair do grupo Pão de Açúcar e ficar com a Via Varejo, em carta enviada diretamente a Jean-Charles Naouri, dono do Casino. Espera com isso acabar com desconfianças do sócio sobre sua intenção. No texto, ao qual o Valor teve acesso, Abilio diz que é preciso definir “qual rota" irão tomar e enfatiza que essa “indefinição” é prejudicial à companhia.

A carta foi enviada pouco antes de Abilio decolar para Paris, onde tentou ontem participar de reunião sobre o planejamento estratégico do Pão de Açúcar. Mas o empresário não passou da recepção. Dali mesmo, mandou e-mail a Naouri: "A proibição de minha participação (...) será considerada ofensa aos meus direitos, com as responsabilizações e demais consequências cabíveis". Naouri respondeu a Abilio em carta de quatro parágrafos, cujo teor foi divulgado ontem pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor: "O encontro discute a visão de longo prazo do Casino e nós não somos obrigados a dividir essas visões com você (...), especialmente à luz de uma reiterada e explícita intenção de obter modificações em acordos que nos amarram, com o objetivo de concorrer com o GPA", escreveu Naouri. (Págs. 1, B1 e B5)

Indenização a elétricas pode ser revista
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, admite que o governo poderá revisar alguns valores das indenizações para as empresas de energia sujeitas à MP 579, que trata das renovações das concessões do setor elétrico. "Está sendo analisado. Eventualmente vai sair uma outra portaria corrigindo os valores. Eventualmente", disse Tolmasquim, que responde pelo planejamento energético. Cesp, Cemig, Celesc e a paulista Empresa Metropolitana de Águas e Energia entraram com recurso administrativo questionando o valor da indenização. (Págs. 1 e A9)
Intervenção expõe risco de institutos de previdência
A liquidação extrajudicial da Diferencial, uma corretora de Porto Alegre, revelou o alto risco ao qual estavam expostos dezenas de institutos de previdência de Estados e municípios. Esses institutos aplicaram dezenas de milhões de reais em um fundo gerido pela Diferencial com características incomuns.

Antes da liquidação, 40% do patrimônio do fundo correspondiam a papéis prefixados dos bancos BVA, PanAmericano e Rural, com vencimentos longos, de 2020 até 2030, e rentabilidade de até 18% ao ano. A intervenção do BC no BVA, em outubro, provocou perdas de R$ 240 milhões para os investidores, o equivalente a 36,4% do patrimônio, conforme fato relevante divulgado em 24 de outubro. (Págs. 1 e C14)

Fotolegenda: Banho de leite
Produtores esguicham leite em policiais durante manifestação em frente ao Edifício do Parlamento Europeu, em Bruxelas: os agricultores levaram também seus tratores para as ruas para protestar contra os preços do leite, que consideram injustos na comunidade europeia. (Pág. 1)
Custo de manutenção das reservas cai muito
A desvalorização cambial e a queda da taxa Selic, do segundo semestre de 2011 para cá, reduziram brutalmente o custo de carregamento das reservas internacionais. De 2008 até setembro deste ano, o custo foi de R$ 3,33 bilhões, segundo dados do Banco Central. Não fosse a desvalorização do real, essa conta teria sido negativa em R$ 116,47 bilhões.

Manter reservas cambiais tem um custo fiscal que resulta da diferença entre o rendimento obtido pelo BC com as aplicações das reservas em ativos no exterior e o que paga de juros para esterilizar, internamente, os recursos acumulados. (Págs. 1 e C1)

Brasil tem o maior ganho em bem-estar social
O Brasil foi o país que melhor usou o crescimento econômico nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar de sua população. Se o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu ao ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais foram equivalentes aos de um país com crescimento anual de 13%, segundo levantamento feito pela Boston Consulting Group (BCG), que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países. O desempenho brasileiro é atribuído principalmente à distribuição de renda. Depois do Brasil, aparecem no ranking Angola, Albânia, Camboja e Uruguai. A Argentina ficou na 26ª colocação. (Págs. 1 e A8)
'Crime e castigo' reduz penas de detentos em SC
Os presos da penitenciária de Joaçaba (SC) encontraram um benefício inusitado na leitura dos clássicos da literatura universal - a diminuição das penas. Ler "Crime e Castigo", do escritor russo Fiódor Dostoiévski, poderá reduzir em quatro dias o tempo de encarceramento. Eles passarão por uma avaliação do juiz Márcio Umberto Bragaglia e seus assessores.

Em junho, portaria do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Justiça Federal instituiu um programa similar, o "Remissão pela leitura". Os participantes têm até 30 dias para realizar a leitura e ao fim do período devem escrever uma resenha. Mais de 1,2 mil presos já diminuíram suas penas lendo clássicos, segundo o Depen. (Págs. 1 e E1)

França ameaça expulsar ArcelorMittal por ‘mentir’ e ‘chantagear’(Págs. 1 e A15)

Governo reduz contingenciamento
O governo diminuiu em R$ 8,4 bilhões o contingenciamento de R$ 35 bilhões que tinha feito nas chamadas despesas discricionárias. O Ministério da Defesa foi autorizado a gastar mais R$ 1,7 bilhão em quatro projetos considerados estratégicos. (Págs. 1 e A6)
Buritirama adia expansão
A queda nos preços do manganês levou a Buritirama, mineradora da holding Bonsucex, a adiar um investimento de US$ 300 milhões em sua mina de manganês, na região de Carajás (PA), que incluia logística de transporte e planta de sinterização. (Págs. 1 e B6)
Cosan planeja investir R$ 5 bi
A Cosan pretende investir R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, com destaque para as áreas de combustíveis e gás canalizado. A compra da Esso marcou a mudança do foco, reforçada neste ano com a oferta pela Comgás e a negociação para entrar na ALL. (Págs. 1 e B7)
Café
Oferta dos chamados cafés gourmet no Brasil dobrou entre 2008 e 2011. “Entramos atrasados nesse mercado, mas acredito que temos conseguido reverter a imagem de grandes produtores de baixa qualidade”, diz Vanusia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais. (Págs. 1 e Caderno especial)
Rumo aos portos
Criada pelo grupo Cosan para movimentar commodities agrícolas por ferrovia, a Rumo Logística tem interesse em expandir sua atuação no setor portuário. O alvo é o pacote de investimentos a ser lançado pelo governo até o fim do ano. (Págs. 1 e B12)
Energia solar em Fernando de Noronha
O grupo Neoenergia lançou edital internacional para construção da primeira usina de energia solar da Ilha de Fernando de Noronha, no litoral de Pernambuco. O projeto está avaliado em R$ 5 milhões. (Págs. 1 e B13)
Ideias
Delfim Netto

Ninguém acredita, nem o BC, que no longo prazo a política de câmbio fixo e o sistema de metas de inflação sejam compatíveis. (Págs. 1 e A2)

Raymundo Costa

O Partido dos Trabalhadores não se entende sobre o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito do Cachoeira. (Págs. 1 e A11)

Na OMC, União Europeia ataca o novo regime automotivo brasileiro (Págs. 1 e A16)

------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------
(*) SE GRITAR PEGA LADRÃO (Bezerra da Silva).
----