PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quarta-feira, agosto 01, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "POR QUE ESSAS ORELHAS TÃO GRANDES?" *








[Chargistas: Xalberto, Duke, Alecrim, Waldez, Amarildo, M. Aurélio].
_________________
(*) Conto infantil: "Chapeuzinho Vermelho" [e o lobo mau de orelhas grandes...]; Irmãos Grimm.

TAM: VÔO 3054 (INFELIZMENTE ...)

... trechos da transcrição das caixas-pretas do Airbus da TAM

Os integrantes da CPI do Apagão Aéreo da Câmara divulgaram nesta quarta-feira um trecho da transcrição do diálogo ocorrido entre o piloto e o co-piloto do avião do vôo 3054 da TAM e a torre de controle do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, no último dia 17. Cerca de 200 pessoas morreram.
Hot 1 e Hot 2 são os comandantes. Eles eram Henrique Stephanini Di Sacco, 53, e Kleyber Lima, 54.
Hot 1: Está ok? Tudo certo?Hot 2 diz que está tudo OK na cabine e pergunta onde irão pousar.Hot 1: Eu acabei de informar.Hot 2: Eu não ouvi, desculpe, ela falando.Hot 1: Mas ela ouviu. Congonhas.Hot 2: É Congonhas? Que bom. Ela deve ter ouvido, obrigado.Hot 1: Lembre-se que temos apenas um reverso.Hot 2: Sim, nós só temos o esquerdo.
TAM 3054 reduz velocidade para aproximação e chama a torre.Hot 1: Boa tarde.Hot 2: Boa tardeHot 1: Torre de São Paulo, aqui é TAM 3054.Torre: TAM 3054 reduza a velocidade mínima para aproximação. O vento é norte com 06 [nós].Hot 1: Eu vou reportar quando estiver ok.Torre: Autorizado.
[Ele voava a 6.000 pés. Os trens de pouso descem.][Check list final. Uma verificação indica que a aeronave passa por Diadema.]
Piloto avisa cabine de comando de que estava pronto para pousar.Hot 1: Aterrissando sem azul. Pista de chegada à vista, pousando.Um dos comandantes pergunta à torre sobre a condição da chuva, da pista, se ela está escorregadia.Hot 1: TAM em aproximação final a duas milhas de distância. Poderia confirmar condições?Torre: Está molhada e ainda escorregadiaTorre: Eu reportarei quando a 35 estiver liberada. 3054 na final.Torre responde que outra aeronave está começando a decolar.
Torre: TAM 3054. 35 à esquerda. Autorizado para pousar. A pista está molhada e escorregadia. O vento é 330 a 8 nós.Hot 1: 330 a 8, é o vento.Torre: Checado, 3054, 3054 Entendido. O pouso está liberado. O pouso está liberado.
[Piloto automático desconectando. Som de três cliques indica a reversão do CAT 2 ou 3 para CAT 1, ou seja, para aproximação visual.]
Hot 1: Inibido a descida para mim. Tira o sinal.Hot 2: Um ponto agora. Ok?Hot 1: Ok.Aviso automático do avião: Retardar, retardar.
[Som do movimento do acelerador. Barulho do motor aumenta. Som de toque na pista.]
Hot 1: Reverso 1 apenas. Spoilers [o sistema de freios] nada.Hot 2: Olhe isso! Desacelera! Desacelera!Hot 1: Eu não consigo, eu não consigo. Oh, meu Deus! Oh, meu Deus!Hot 2: Vai! Vai! Vira! Vira! Vira!
[Som de batida. Pára som de batida.]
Torre: Ah, não.
[Som de gritos. Voz feminina. Som de batida.]
Folha Online.

LULA [In:] "TEMPO PARA PLANTAR, TEMPO PARA COLHER..."



Está virando rotina. Primeiro, no Maracanã. Depois, no Nordeste. Agora, em Mato Grosso. Por onde passa, Lula vai encontrando grupos e grupelhos dispostos a vaiar e vociferar contra seu governo. Até as faixas de “Fora, Lula”, veja você, começam a seguir-lhe os passos. Na seqüência do “maracanaço”, o presidente acusara o golpe. Revelara-se machucado com as seis rodadas de apupos com que fora brindado na abertura do Pan. Hoje, parece acostumado à zoeira. Nesta terça-feira (31), de passagem por Cuiabá (MT), arrostou novos protestos. Recebeu-os ora com gracejos ora com laivos de irritação. Na fase da pilhéria, disse que, graças à generosidade divina, possui duas orelhas –uma para ouvir as vaias e outra para escutar os aplausos (assista). Nos instantes em que fez cara feia, discorreu sobre “o lado mesquinho da política”. Afirmou coisas assim: “Se alguém acha que, com estupidez, vai atrapalhar o que a gente considera que precisa ser feito pode tirar o cavalo da chuva. (...) Eu sei que incomoda o fato de eu ter um diploma primário e um curso de torneiro mecânico”. Durante todo o tempo, insinuou que os que o reprovam são os bem-nascidos. Tratou de jogá-los contra os despossuídos. “A democracia pressupõe que o pobre tenha direito ao programa Bolsa Família e à reforma agrária. (...) Esse presidente tem tanto medo de manifestações que em 1975, quando diziam que era proibido fazer as greves, eu fazia. Não vão deixar o Lula dentro de gabinete, meu maior prazer é ficar no meio de vocês”. Ao tempo em que fazia oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso, o petismo e os agrupamentos que orbitam à sua volta mantiveram, a certa altura, uma política de adesão sistemática às tentativas de atear fogo ao quadro político. Os movimentos sociais vaiavam, a CUT tornou-se abre-alas do “Fora, FHC”, políticos do PT questionavam a legitimidade do presidente. Com seu o PT trabalha contra os próprios interesses. Na presente brigalhada entre partidos, pessoas, grupos e grupelhos acomodados — e mal — no condomínio do poder, o PT mais uma vez se deixou levar por seus reflexos condicionados. Não resistiu a aproveitar-se da ocasião para abraçar a causa de uma CPI no Congresso — ainda que uma CPI tão carregada de suspeitas manobras e particulares objetivos que de saída punha em dúvida a sinceridade dos alegados propósitos moralizadores. A atmosfera de histeria não combinava com o estágio do PT. O partido triunfava nas eleições municipais e estaduais. Credenciava-se para o vôo presidencial de 2002. Criou-se ali o padrão a tática da histeria como estratégia política de oposição. A mesma estratégia que começa a ser insinuada agora, ainda que de modo incipiente. Lula colhe hoje aquilo que o PT plantou ontem. A democracia, com seus meandros e suas alternâncias, é uma escola inestimável. Folha Online, Escrito por Josias de Souza. Foto Ricardo Stuckert/ABr.

RICARDO TEIXEIRA: SELEÇÃO BRASILEIRA [''UMAS & OUTRAS'' (hic!)]

Ricardo Teixeira: houve bebedeira na Copa de 2006



Zurique - Em um desabafo pouco habitual, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, revelou na noite de anteontem alguns dos motivos que, acredita, levaram a seleção brasileira ao fracasso na Copa da Alemanha. Ele acusou alguns jogadores até de chegarem bêbados na concentração, ao se reapresentarem após as folgas. Em uma conversa entre Rui Rodrigues, representante da agência MPM - que organiza a candidatura do Brasil à Copa de 2014 -, e da qual participou o Estado, no lobby de um hotel em Zurique, Teixeira não economizou críticas a um grupo de jogadores, ainda que não fizesse menção aos nomes dos indisciplinados. "Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 horas da manhã, bêbado", afirmou. O Brasil decepcionou na Copa de 2006 e irritou os torcedores, principalmente em relação ao comportamento de algumas estrelas. Já durante a preparação na cidade suíça de Weggis, o clima era mais de festa que de treinamento, com ingressos sendo vendidos por até US$ 100,00 para ver Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e cia. darem voltas no campo. "Era óbvio que aquilo não ia funcionar. Como é que ninguém via isso?", disse Teixeira. O desabafo do dirigente foi em seguida a um comentário sobre a "coragem'' do técnico Bernardinho, da seleção masculina de vôlei, de cortar o capitão Ricardinho, um dos melhores jogadores do mundo, às vésperas do Pan. Ainda assim o Brasil conquistou a medalha de ouro. Sem citar nomes, o presidente da CBF insinuou que o comando da seleção de futebol na Alemanha não era firme - o técnico era Carlos Alberto Parreira. A escolha de Dunga para suceder Parreira teria a função de corrigir esses e outros erros. "Por isso é que eu preciso de disciplina e esse é o papel do Dunga''. Teixeira ainda deu a entender que não teria qualquer problema se Dunga deixasse de vez de convocar o atacante Ronaldo. "Com quantos anos está Ronaldo hoje''? Com quantos ele estará em 2010 na Copa? É só isso que eu tenho a dizer. No Mundial da África do Sul, o atacante estará com 33 anos. "Temos de encontrar outro Ronaldo. O presidente da CBF disparou, ainda, contra a então condição física do Fenômeno. "Como é que um atleta pode chegar a uma copa pensando 98 quilos? Eu tenho quase isso e não sou atleta, afirmou. Durante a Copa, o peso de Ronaldo - que estava visivelmente com alguns quilos a mais - foi tratado como um segredo de estado.O presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, chefe da delegação brasileira na Copa da Alemanha, afirmou não ter conhecimento dos excessos alcoólicos dos jogadores. "Se isso aconteceu eu não vi, porque a comissão técnica deve ter escondido muito bem esses ocorridos, até mesmo do chefe da delegação.?? Ronaldo foi procurado por meio de sua assessoria de imprensa, mas não se pronunciou. Parreira, atual técnico da África do Sul, não foi localizado. Estadão, Jamil Chade e Almir Leite. Foto matéria.

CONGRESSO NACIONAL/RENAN CALHEIROS: ['RIP']


O Congresso retoma suas atividades, nesta quarta-feira (1), sob a mesma atmosfera envenenada que marcou o início do recesso parlamentar, em 18 de julho. No centro da discórdia encontra-se, de novo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. A oposição dispõe-se a votar duas medidas provisórias sobre as quais já há acordo. Depois disso, deflagrará uma “operação padrão” até que seja concluída a investigação do Renangate. “Votadas as duas MPs, tudo volta ao compasso de espera de antes”, disse ao blog o senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM. Ele acrescenta: “Ninguém pense que as coisas estão normais. Não estão normais, não senhor. Temos que dar uma demonstração ao país de que o Senado não está em paz. Os Democratas e o PSDB vão fazer operação padrão, padroníssima, até que o processo do senador Renan Calheiros seja votado, para absolver ou para condenar.” Mantém-se também na Câmara a animosidade em relação a Renan Calheiros. Além do Senado, ele preside o Congresso. E os deputados oposicionistas –à frente Fernando Gabeira (PV-RJ) e Chico Alencar (PPS-RJ)—consideram que, enquanto perdurarem as suspeitas contra Renan, o senador não tem legitimidade para presidir as sessões conjuntas do Legislativo. Antes do início do recesso parlamentar, realizou-se no gabinete do senador Aloizio Mercadante uma reunião de líderes partidários. Ali, celebrou-se um acordo para votar no Senado a medida provisória que cria o Estatuto das Micro e Pequenas Empresas. A proposta interessa à oposição, que se dispôs a aprová-la. Para chegar ao projeto das micro e pequenas empresas, o Senado precisa votar, obrigatoriamente, uma outra medida provisória. Está acomodada no primeiro lugar da pauta de votações. Trata da divisão da estrutura do Ibama, por meio da criação do Instituto Chico Mendes. Votados esses dois projetos, inicia-se aquilo que Agripino está chamando de “operação padrão”. Algo desastroso para o governo, que deseja ver votadas matérias consideradas essenciais –a prorrogação da CPMF e da DRU, por exemplo. Nem todos os partidos que se desejam ver elucidado o Renangate estão dispostos a aderir à operação tartaruga. “Nós não estamos nessa”, diz, por exemplo, o líder do PSB, Renato Casagrande. Ele é um dos relatores do Conselho de Ética do Senado. Durante o recesso, empenhou-se para remeter à Polícia Federal os documentos necessários à realização da perícia que avaliará a consistência da defesa do presidente do Senado. “Meu partido está muito empenhado, tem uma posição bastante firme em relação a esse processo de investigação do Renan”, diz Casagrande. “Mas não queremos contaminar o Senado inteiro com esse tema. Achamos que é possível manter a atividade legislativa.” O problema é que, ainda que outras legendas adotem o mesmo comportamento do PSB, nada andará no Senado se DEM e PSDB, as duas maiores legendas da oposição, mantiverem de pé a deliberação de criar problemas no plenário. De resto, o Senado observa, com um pé atrás, o comportamento de Renan Calheiros. O próprio Casagrande pondera: “Tivemos problemas antes do recesso. Houve um momento em que pareceu que o Renan desejava interferir no processo, para atrasar as investigações. Depois, ele transferiu para o vice-presidente do Senado [Tião Viana] a atribuição de deliberar sobre os todos os assuntos relativos à investigação. Se o Renan mantiver uma posição equilibrada, sem tentar usar o cargo de presidente para atrapalhar o andamento do processo, achamos que é possível dar seqüência às votações em plenário, para não contaminar o Senado todo”. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

PAULO MEDINA: "NO OLHO DO FURACÃO"

CNJ abre processos administrativos contra Medina e mais três magistrados

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou nesta terça-feira a abertura de processos administrativos contra o ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina e mais três denunciados por suposto envolvimento com a máfia que comprava sentenças para favorecer casas de bingo e caça-níqueis. As acusações vieram à tona durante as investigações da Operação Hurricane (furacão), realizada pela Polícia Federal. Por ordem do CNJ, os quatro investigados devem ser afastados de suas funções, enquanto as acusações estiverem sendo apuradas. Medina e o juiz Ernesto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas (95 km de SP), já estavam afastados dos cargos. Mesmo afastado, Medida continua recebendo seu salário de R$ 23.275. O CNJ se reuniu sigilosamente na tarde desta terça-feira para analisar os quatro casos. Além de Medida e do juiz Ernesto Dória, também serão investigados pelo órgão os juízes José Eduardo Carreira Alvim --que estava de férias-- e José Ricardo de Siqueira Regueira --que continuava na ativa. Outra decisão tomada hoje pelo conselho é que todos processos administrativos e sindicâncias que estejam em tramitação em outros órgãos deverão ser suspensos. É que o CNJ concentrará os dados e, portanto, as informações reunidas em outras instituições, que deverão remeter para o conselho o que for investigado. O sub-procurador da República Roberto Gurgel, do Ministério Público Federal, elogiou as decisões anunciadas hoje pelo CNJ. "É extremamente importante porque efetiva o órgão como [órgão] de controle externo", disse ele. "Para o Ministério Público está claro que houve a participação do ministro Paulo Medina com a organização criminosa." Para o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende o ministro Medina, a decisão não vai interferir nos rumos das investigações que já estão em curso. "Não há absolutamente mudança alguma. O processo que nos interessa é quando o caso for para o STF (Supremo Tribunal Federal)", disse o advogado, que participou da reunião do CNJ em Brasília. Até a decisão do CNJ, o STJ examinava se deveria ser instaurada uma sindicância interna --conduzida pelos ministros Gilson Dipp, Denise Arruda e Maria Thereza Assis Moura. Eles teriam até o final de agosto para definir se havia ou não elementos para investigar Medina. Renata Giraldi, Folha em Brasília.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Caixa-preta aponta que piloto não conseguiu desacelerar Airbus. SÃO PAULO - O piloto e o co-piloto que faziam o vôo 3054, que caiu após uma tentativa frustrada de pouso no dia 17 de julho no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, perderam o controle do Airbus da TAM, segundo dados da caixa-preta divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira, 1º. "Reverso um apenas." Segundo as gravações do diálogo entre o piloto e o co-piloto, eles sabiam que apenas um reverso estava funcionando no momento do pouso da aeronave. Em seguida, eles dizem "Spoiler nada", se referindo ao fato dos freios que ficam na parte de cima das asas da aeronave também não estarem operando corretamente. "Desacelera, desacelera, desacelera!" e "Não dá, não dá, não dá", são as frases que antecedem ao apelo, já divulgado anteriormente de "Vira, vira, vira", feito por um dos pilotos. Os dados das caixas-pretas foram entregues na terça-feira, 31, aos deputados da CPI do Apagão Aéreo, que, nesta quarta, às 9 horas, têm uma reunião fechada com os representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro Jorge Kersul Filho, e o tenente coronel aviador, Fernando Silva Alves de Camargo. Estadão.
Dados de caixa-preta podem aliviar pressão sobre governo, diz jornal. A possibilidade de que a caixa-preta do Airbus-A320 da TAM, que bateu em um edifício também da TAM no mês passado e que deixou 199 mortos, mostre que o acidente ocorreu devido a falha do piloto pode aliviar a pressão sobre o governo, "que muitos brasileiros ainda culpam pelo pior desastre aéreo do país", segundo reportagem desta quarta-feira no diário americano "The Washington Post". Fontes ouvidas pelo jornal disseram ao "WP" que os investigadores trabalham com a hipótese de que o piloto do avião tenha ajustado incorretamente um dos manetes (alavancas de controle das turbinas), o que explicaria o desvio na pista molhada. Desde o acidente, ocorrido no dia 17 de julho, o governo brasileiros tem recebido duras críticas pelo que muitos chamaram de "acidente esperando para acontecer", diz o "WP". "Familiares das vítimas têm feito protestos contra um governo que acreditam ter ignorado os claros sinais de perigo e negligenciaram as melhorias necessárias no aeroporto mais movimentado da América Latina", diz a reportagem. Folha Online.
13 pilotos relataram pista escorregadia antes de acidente. BRASÍLIA - Nos dia 16 e no dia 17 de junho, quando houve o acidente com o Airbus 320 da TAM, em que morreram 199 pessoas, 13 pilotos relataram às torres de controle situações de perigo na pista principal do Aeroporto de Congonhas. Entre elas, relataram que se encontrava "molhada e escorregadia", "abaixo do mínimo para pouso", "levemente escorregadia", "escorregadia", "muito escorregadia", e "escorregadia com aquaplanagem". As ocorrências foram entregues ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que as enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. Pelo conteúdo do relatório, verifica-se que funcionários fizeram pouco caso das advertências. A Infraero chegou a pedir no dia 15 que fossem feitas vistorias e informada a existência de lâmina de aquaplanagem na pista, logo depois do alerta de pilotos que pousavam. De acordo com os documentos enviados pela Aeronáutica, uma equipe comandada pelo supervisor Lucas, no entanto, concluiu, sem maiores detalhes, que a vistoria não era necessária. João Domingos e Luciana Nunes Leal, do Estadão.
Comissão deve sugerir que assessor de Lula não seja grosseiro em público. A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, deve divulgar nesta quarta-feira a avaliação do órgão sobre os gestos obscenos feitos por Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sugerir que Garcia não aja mais de modo grosseiro publicamente. O assessor deve receber hoje a recomendação da comissão sobre o comportamento impróprio a um servidor público. Sem poderes punitivos, o órgão pode apenas fazer recomendações. Os conselhos orientam a conduta a ser seguida pelos servidores federais. da Folha Online, em Brasília; da Folha de S.Paulo, no Rio.
Jobim diz que ainda não tem nome do substituto de Pereira na Infraero. Há uma semana no cargo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que ainda não tem o nome escolhido daquele que vai presidir a Infraero. Ele disse que está examinando as possibilidades. Mas já descartou a permanência na função do atual presidente do órgão, brigadeiro José Carlos Pereira. De acordo com o ministro, não há data para anunciar a substituição. Jobim reafirmou também que o Ministério da Defesa vai construir um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo. Mas deu a entender que é uma medida que vai ser executada a longo prazo. De acordo com ele, os estudos consideram o aumento da demanda do setor aéreo com perspectivas até 2020. Ele destacou que esta "não será uma medida emergencial". Renata Giraldi.

"BAHAMAS" NO BRASIL: IMORALIDADE TRIBUTADA...

''Sou imoral, mas pago impostos''



O empresário Oscar Maroni Filho, proprietário da casa de diversões masculinas Bahamas, na zona sul de São Paulo, é uma figura polêmica que fala abertamente daquilo que outros mantêm em segredo. Define-se como um "empresário do erotismo", antes de emendar que já dormiu com 1.500 mulheres. Foi processado sete vezes por facilitação à prostituição e preso em três ocasiões, mas foi absolvido em todos os casos. "Eu sou imoral, devasso, depravado, se você preferir, mas pago meus impostos e estou em situação legal", afirma. Tanta controvérsia em uma mesma pessoa o transformou no bode expiatório ideal do acidente com o Airbus A320 da TAM, com 199 mortos. Cinco dias depois do acidente, Maroni recebeu a visita do subprefeito da Vila Mariana, Fabio Lepique, junto com uma equipe de fiscais, para fazer a medição do Oscar's Hotel, prédio vizinho ao Bahamas, que começou a ser construído em 1999. Acompanhava os fiscais da subprefeitura uma equipe de televisão. Maroni estranhou a visita. Afinal, ele aguardava desde outubro de 2005 uma definição da Prefeitura sobre a situação do prédio. O problema não era a altura do imóvel, 50 centímetros abaixo do que o limite de 47,5 metros autorizado pela Aeronáutica. Assim como mais da metade dos imóveis na cidade, o projeto original tinha problemas com as leis urbanísticas. A interligação da área do hotel com uma cozinha construída no prédio vizinho de três andares e o Bahamas não estava no projeto original. O empresário procurava a anistia do imóvel apoiado em uma lei aprovada em 2003. O pedido foi apresentado à Secretaria de Habitação, que havia um ano e nove meses não tomava uma decisão a respeito da regularidade do imóvel. Tamanha lentidão levou o empresário a entrar com um pedido de tutela antecipada na Justiça - obtido em maio -, para evitar que a Prefeitura tomasse qualquer medida contra as obras. A burocracia municipal só começou a funcionar depois do acidente da TAM. Na quinta-feira, quatro dias depois de um piloto criticar a altura do prédio na televisão, o prefeito, dois secretários e um subprefeito foram embargar as obras pessoalmente. No sábado, o prefeito Gilberto Kassab deu cinco dias para que o empresário adotasse as providências legais para demolição do hotel. O despacho acaba com a chance de o prédio ser regularizado na Prefeitura.O prefeito alega que o prédio ultrapassou o limite máximo de aproveitamento do solo permitido na Lei de Zoneamento, além de o IV Comando Regional da Aeronáutica (IV Comar) ter autorizado a construção com base em uma atividade diferente da apresentada à Prefeitura. O IV Comar rejeitou inicialmente a construção de um flat residencial em dezembro de 1999, mas autorizou a obra em maio de 2000, após Maroni apresentar um projeto de tratamento acústico e de iluminação no topo do prédio. "A ausência de despacho significa que ele já estava indeferido. Foi constatada a irregularidade de 2 mil metros quadrados a mais do previsto pelo projeto e quando houve a denúncia do piloto (exibida pelo 'Fantástico', da TV Globo) mostrando que o prédio diminuía a área de funcionamento da pista de pouso em 130 metros, fomos identificar as razões da denúncia e constatamos que o cidadão (Maroni) cometeu fraudes. Nossa proposta é a demolição do prédio", disse Kassab, ontem. O desembargador Venício Salles, do Tribunal de Justiça (TJ), vê a movimentação do prefeito com preocupação. Em maio deste ano, Salles concedeu a Maroni a tutela antecipada garantindo ao empresário a permanência das obras. "Pelas informações que colhemos até agora, o empresário tem o direito a ser anistiado", afirma Salles. Antes de tomar a decisão, Salles ligou para o comando da Aeronáutica, que garantiu que o hotel não colocava os aviões em risco. A polêmica em torno do prédio dizia respeito a questões de zoneamento, às quais a legislação da anistia previa perdão. "Atualmente, dois terços da cidade são irregulares. As leis são complicadas, incompreensíveis e dificultam a legalização", afirma Salles. No despacho em que concedeu a tutela antecipada a Maroni, o desembargador escreveu: "Quanto ao descabido emparedamento ou colocação de pedras de concreto que seguramente recebem aplausos daqueles que apoiaram o resultado do julgamento de Jesus, o ato não encontra apoio ou fundamento na Carta Maior".Segundo Salles, o lacre - previsto para empreendimentos que já estão funcionando, o que não é o caso do hotel - não poderia ter sido feito se a decisão tivesse sido tomada a partir do indeferimento da anistia. Justamente o argumento da Prefeitura. "Caso tenha acontecido isso, houve um descumprimento da ordem judicial por parte da Prefeitura, que deve ser acionada no Ministério Público", afirma Salles. Alexssander Soares e Bruno Paes Manso, Estadão. Foto Niels Andreas/AE.

LULA: "VAIAS À PARTE..."

Lula diz que vaias não vão afastá-lo das ruas e lança desafio


CUIABÁ - O presidente Lula afirmou nesta terça-feira, 31, em Cuiabá que as vaias não vão afastá-lo das ruas. Disse que vaias não o intimidam e não vão trancá-lo em seu gabinete no Palácio do Planalto. Ele chamou para o desafio brasileiros que o têm vaiado. "Se quiserem brincar com a democracia, ninguém sabe nesse País colocar mais gente na rua do que eu", declarou o presidente em auditório fechado do Centro de Eventos do Pantanal, onde anunciou para mil convidados - rigorosamente selecionados e que muito o aplaudiram -, a liberação de R$ 521, 5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento básico no Mato Grosso. Os apupos que provocaram a reação presidencial têm se repetido desde a abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio, quando Lula foi vaiado seis meses e desistiu de fazer o discurso de abertura. Nesta terça, as vaias partiram de um grupo de manifestantes que foram barrados em um trevo de acesso a 300 metros da solenidade. O comboio presidencial passou à toda por eles. Entre 60 a 70 pessoas, segundo cálculos da organização do movimento denominado "Eu também vou vaiar Lula", receberam Lula com gritos e assobios. Elas distribuíram adesivos e camisetas com a frase que marca o protesto. A assessoria do presidente contou "uns 8" opositores. "O recado foi dado", disse Flávia Salem, empresária de comunicação e coordenadora do movimento. "Estamos com a alma lavada porque vaiamos muito, mas muito mesmo, até cansar, e é claro que o presidente ouviu e por isso ficou tão incomodado. Não fosse o medo de represálias, a mobilização teria sido 10 vezes maior. Inclusive muito servidor público queria ter participado." "Se alguém acha que com estupidez vai atrapalhar que a gente faça o que precisa ser feito pode tirar o cavalo da chuva", retrucou Lula, já na cerimônia do PAC que reuniu deputados, senadores, prefeitos e o governador Blairo Maggi (PR). "Ninguém vai me ver de cara feia por isso. Podem ficar certo meus companheiros e companheiras que ninguém vai ficar com saudade de ver o Lula na rua. As ruas desse País de 8,5 milhões de quilômetros quadrados eu vou visitá-las quase todas nesse mandato. Com a democracia não se brinca, o que vem depois dela é sempre muito pior." Acredita ter identificado quem o hostiliza. "Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo. Foram os que ganharam muito dinheiro nesse País no meu governo. É só ver quanto ganharam os banqueiros os empresários."
Lula explicou que não é medo de vaia que o fez realizar a solenidade em um ambiente só para convidados, longe dos oponentes. "Estou fazendo esse ato aqui, em lugar fechado, porque é um ato institucional, que envolve dinheiro público, prefeitos, deputados. Eu não estou fazendo comício." Mirou novamente quem o vaia. "Não conheço um deles que tem uma biografia que lhe permita sequer falar em democracia nesse País. E eu conheço muitos deles. "Apontou o que considera causa da inquietação rival. "Você imagina eu, um homem que tenho como formação máxima da minha vida um diploma primário e um curso de torneiro mecânico. Quando eu terminar meu mandato em 2010 vou passar para a história como o que mais fez universidade federal nesse País. Além disso, em 97 anos fizeram 140 escolas técnicas. Em 8 anos vamos fazer 160. Isso deve incomodar a muita gente."
Falou de mesquinharia na política e atacou Geraldo Alckmin (PSDB), que com ele disputou a Presidência em 2006. "A política tem um lado mesquinho, um lado pequeno. Quem perde fica dentro de casa acendendo vela cabeça de galo, cabeça de urubu, fazendo coisa para que não dê certo. Mas isso é de uma imbecilidade total, chega a ser uma coisa quase que insana. Acho um exagero a quantidade de mesquinharia que se fala numa campanha. Fui quase um gentleman na disputa com o meu adversário. Ele, que era um gentleman, virou quase que coisa louca na TV, brabo, nervoso. Terminadas as eleições é preciso a gente dar um tempo para o País. que o País tenha um tempo de governabilidade." Previu "uma guerra" em 2008, nas eleições municipais. "Vai ter disputa para prefeito agora, daqui a um ano começa a guerra, todo mundo xinga todo mundo, tem vereador, tem um monte de coisa. Acabou as eleições todos precisamos torcer para que o eleito consiga fazer alguma coisa para melhorar. O que eu ganho torcendo contra? Não posso ser mesquinho nesse ponto."
Lula prometeu "continuar sua trajetória", independente de vaias, e assegurou que tem amigos no PSDB e que está acima de diferenças político-partidárias. "Tenho um compromisso, tenho data definida para deixar o mandato, tenho consciência do que queremos fazer e vamos fazer sem nenhuma preocupação.Todo mundo sabe das relações que eu tenho com o PSDB na maioria dos Estados. Sou amigo de muita gente do PFL e de outros partidos. Não consigo misturar minha relação pessoal com questão partidária, mas tem gente que não pensa assim. Essa gente fez a Marcha com Deus pela Liberdade em 64 que resultou no golpe militar, essa gente que pensa assim levou o Getúlio Vargas ao suicídio, levou João Goulart a renunciar, ficou contente com 23 anos de regime militar e está incomodada com a democracia porque a democracia pressupõe o pobre ter direito, ter Bolsa Família sim." Anunciou, por fim, que voltará ao Mato Grosso muitas outras vezes, inclusive para pescar com Blairo Maggi no rio Cuiabá. "Não tentem achar que, vendendo notinha para os jornais de que vai ter manifestação contra o presidente em tal lugar, que o presidente vai deixar de ir. Esse presidente tem tanto medo que, em 1975, quando diziam que a porta da Volks estava cheio de militar para não deixar fazer assembléia, aí é que eu levantava às 4 da manhã para fazer assembléia. Quando diziam que era proibido fazer as greves eu ia fazer as greves." Por fim, até fez elogios ao Parlamento. "Quando vejo gente criticar o Congresso, com todos os defeitos que possa ter o Congresso, eu ponho a mão para o céu todo dia e agradeço a existência dele porque sem ele esse País era muito pior." Fausto Macedo, do Estadão. Foto Filipe Araújo/AE.