PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, junho 28, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ''EM BRASÍLIA, 19 HORAS''


















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AGORA EU TENHO UMA ESTRELA *

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Lula e Sombra



Autor(es): Verissimo
O Estado de S. Paulo - 28/06/2012
 
Todo o mundo sabe que o Paulo Maluf é procurado pela Interpol. O que pouca gente sabe é que o codinome dele na Interpol é Sombra, devido à dificuldade da organização em sequer localizá-lo. O escritório da Interpol no Brasil tem agentes dedicados exclusivamente a procurar o Maluf, cujos atos de corrupção internacional são notórios e comprovados. Ainda não conseguiram achá-lo, mas, recentemente, chegaram perto. Esta coluna teve acesso a memorandos internos na Interpol que descrevem o episódio.
Um relatório de um dos agentes encarregados de procurar o Sombra revela a existência de rumores nos meios políticos segundo os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se encontrar com o Maluf, em lugar não especificado, para tratar de assuntos também desconhecidos. Em resposta ao relatório, o chefe da Interpol pede cautela, em memorando que publicamos na íntegra, só omitindo o nome do agente e do seu chefe para proteger nossas fontes.
"De XXX para X. Confidencial. Assunto: "Encontro com Sombra." Recomendo extrema cautela. Os rumores de um encontro de Lula com Sombra são obviamente destinados a desmoralizar o ex-presidente e seu partido, o PT. Como já lembrei em outras ocasiões, não devemos nos envolver na política do país. Desconsidere os rumores."
O agente responde em outro memorando:
"De X para XXX. Confidencial. Assunto: Lula e Sombra. Os rumores parecem estar confirmados. Haverá sim um encontro do Sombra com o ex-presidente, que, sabe-se agora, irá pedir seu apoio para o candidato do PT nas próximas eleições municipais. Peço autorização para iniciar uma operação."
A resposta do chefe:
"De XXX para X. Confidencial. Assunto: sua insistência. A possibilidade de um encontro de Lula e Sombra é tão inverossímil, levando-se em conta o histórico do PT e as opiniões do Lula sobre o Sombra, que não merece consideração, quanto mais uma operação. Desista, X."
Volta o agente:
"De X para XXX. Confidencial. Assunto: chance única. Chefe, desculpe a insistência. Mas descobrimos que o encontro Lula/Sombra será na casa do Sombra. Se seguirmos o Lula até o local, não só encontraremos o Sombra como descobriremos onde ele mora. Posso colocar agentes disfarçados de arbustos para flagrar o encontro. É uma chance que não se repetirá!"
Como resposta, XXX ordena que o agente X abandone seu plano, informe-se melhor sobre a história política do Brasil e da próxima vez use o bom-senso, em vez de acreditar em boatos delirantes. E a Interpol continua procurando o Maluf.
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(*) Parafraseando Elis Regina (e que ela me perdoe): "Agora eu sou uma estrela".
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MENSALÃO: ''O DIA D''



Visão do Correio :: 

Hora de fazer do mensalão bom exemplo



Correio Braziliense - 28/06/2012
 

Uma das mais graves afrontas aos valores republicanos desde o fim do regime militar, o saque aos cofres públicos conhecido por mensalão tem no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de agosto, oportunidade histórica de transformar-se em grande lição de democracia para o país. Ao mesmo tempo exemplo de fragilidade, pela vulnerabilidade demonstrada na ocasião da pilhagem, e de fortalecimento das instituições, pela condução firme do processo verificada desde que veio à tona (sete anos atrás), o escândalo tem tudo para ser passado a limpo, com a punição dos culpados e a absolvição de eventuais inocentes.
Apesar da abrangência e complexidade do caso, contratempos e impasses têm sido vencidos com maturidade, clareando o ambiente para o julgamento que já é tido como dos mais importantes da história da principal corte de Justiça do Brasil. Denunciado em 2005 pelo então deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, já no ano seguinte o mensalão era levado ao Supremo pelo procurador-geral da República, que entendeu haver se instalado no governo Lula uma quadrilha com 40 integrantes, destinada a comprar apoio para consolidar no Congresso a base do Executivo.
Acatada a denúncia, o STF abriu ação penal em 2007, hoje processo de mais de 50 mil páginas, com 38 réus — o ex-deputado José Janene (PP) morreu em 2010 e o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira fez acordo com o Ministério Público, substituindo eventual pena por prestação de serviços à comunidade. Entre os acusados, aparece como quadrilheiro-mor o então todo-poderoso ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu. Ressalve-se que, apesar de negar o mensalão, o presidente Lula reconduziu ao cargo, à época, o procurador-geral Antonio Fernando Souza, autor da denúncia.
Esta semana, mais dois passos fundamentais para o bom andamento do processo desfizeram as últimas apreensões antes do início do julgamento. O ministro Ricardo Lewandowski concluiu em tempo hábil a revisão das 50.199 páginas, feita em 147 dias, e o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, definiu o cronograma para a reta final. Em 2 de agosto, o relator Joaquim Barbosa lerá no plenário do Supremo, com transmissão ao vivo pela tevê, um resumo do seu trabalho, e o procurador-geral, Roberto Gurgel, sustentará a acusação. Na sequência, cinco advogados deverão ocupar a tribuna por dia, até que os 38 réus tenham apresentado suas defesas. Se tudo correr como previsto, as sentenças serão conhecidas em meados de setembro.
Por todo o tempo temeu-se pela celeridade do julgamento, e o risco de prescrição dos crimes pairou como nuvem ameaçadora sobre a Praça dos Três Poderes. É, pois, imprescindível que o calendário seja cumprido à risca. Se importa responsabilizar cada um dos envolvidos com a organização criminosa, interessa ainda mais ao Brasil o amadurecimento da democracia. O governo Lula legou ao país avanços sociais inegáveis, mas a nódoa da corrupção precisa ser limpa. Com bom senso, equilíbrio, imparcialidade e persistência, a triste história da impunidade nacional também há que ser reescrita. Afinal, não há maior injustiça social que a espoliação do erário.
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''A VOZ DO DONO E O DONO DA VOZ'' *

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Brasil sem voz



Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido - Ari Cunha
Correio Braziliense - 28/06/2012

São razões que a própria razão desconhece. Que voz do Brasil é essa em que querem botar fim? Os paulistas acham um absurdo a privação das informações do trânsito na capital em horário de pico. Absurdo transmitir nesse horário notícias dos Três Poderes. Líder do PT na Câmara, o paulista Gilmar Tatto discorda. Disse que "é preciso manter o programa, porque pobre gosta de ouvir". Interessante na discussão é que em tempos de iPhone, de pesquisas que apontam ser o brasileiro o internauta que mais consome internet por dia, o velho e amigo rádio ainda não foi substituído em alguns momentos. Daí a importância na capilaridade e abrangência das notícias veiculadas pelo radinho de pilha. Desde o paulista sem paletó, com a gravata desapertada no pescoço, ao ribeirinho com seu cigarro de palha pendurado no canto da boca. Num olhar romântico, é às sete horas da noite que, nos primeiros acordes de Carlos Gomes, Peris e Cecis de José de Alencar em todo o país estão sintonizados. Mesmo que não pensem a mesma coisa, ouvem as mesmas palavras. O céu estrelado da fazenda e os anúncios luminosos das cidades brilham às 19h sob o mesmo som. Parece que a Voz do Brasil é uma esperança de ver o país mais igual. Sem cores, sem cifras, sem malocada. É um alívio não ouvir as barbaridades costumeiras do matou, roubou, esquartejou, sequestrou. O que se ouve na Voz do Brasil são notícias que mudam o país. São ações do governo, são leis, são julgamentos. Vamos combinar: é essa a voz do Brasil que querem calar. (Circe Cunha)
A frase que foi pronunciada
"No Paraguai, até golpe de Estado é falsificado."
Brincadeira entre jornalistas conversando sobre a deposição.
Contagem
» Quatro tenistas vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres: Thomaz Bellucci, André Sá, Bruno Soares e Marcelo Melo. Os jogos acontecerão entre 27 de julho e 12 de agosto.
Agora
» R$ 650 milhões foram investidos por mais de 200 empresas que acolheram projetos lei de incentivo ao esporte. Baseada na Lei de Incentivo à Cultura, a entidade que quiser pleitear esse aporte deve existir há pelo menos um ano. O cadastro é feito no portal do Ministério do Esporte, avaliado, e, se for escolhido, publicado no Diário Oficial da União.
Dúvidas
» A toda afirmativa na CPI do Cachoeira de que algum pagamento foi feito em dinheiro vivo, todos desconfiam de dinheiro ilegal. Estranho é que esposas de autoridades em Brasília compram sapatos por R$ 5 mil ou roupas por R$ 50 mil, pagam em dinheiro vivo, mas não são flagradas pelo circuito interno dos shoppings. Mandam os assessores.
Interessante
» Ipea lança a sétima edição do Monitor de Percepção Internacional do Brasil. As atenções circularam em torno da economia brasileira e a relação entre a oferta de mão de obra qualificada e o desenvolvimento econômico.
Opus
» Apoiadora incondicional da arte na cidade, a Casa Thomas Jefferson convida a todos para mais uma programação da Sexta Musical. Sob a regência do maestro Leonardo Cunha, a Orquestra de Câmara Opus vai interpretar músicas populares. Conhecida por tocar música popular brasileira, a Opus arranca aplausos entusiasmados em todas as apresentações.
Oportunidade
» Em 4 de julho acabam as inscrições no portal dos Correios para o programa Jovem Aprendiz. Quase 3 mil jovens entre 14 e 20 anos serão selecionados para começar no primeiro emprego. A condição é estar cursando ou ter terminado o ensino médio. O salário é de R$ 292,43 para 20 horas de jornada entre a atividade prática e teórica. O certificado, ao final do estágio de um ano, é de auxiliar administrativo, com o carimbo no Senai.
Encontrarh
» Atenção, empresas. O maior congresso sobre gestão de pessoas começa a receber inscrições para a 22ª edição. Trata-se do Encontrarh, importante evento da área de recursos humanos. O tema deste ano será "Novo mundo, novas competências: repensando os modelos de gestão". O evento será em 24 e 25 de outubro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Informações no Templo da Boa Vontade.
Vigilância Sanitária
» Diminuíram, mas continuam a vender marmitas à beira da pista do Lago Sul. Caixas de isopor expostas ao calor são a única forma de armazenamento do alimento sem origem e sem inspeção. Como não há impedimentos, a venda permanece. Além do desrespeito à saúde do consumidor, é uma
afronta a quem paga os impostos e atende às exigências do governo
para poder vender alimentos.
Sugestão
» Bem que a Fazenda do DF poderia repensar o boleto de pagamento do IPVA. Quem não tira cópia do documento perde algumas informações. Como todo boleto, deveria vir com duas versões. Uma fica no banco; a outra, com o contribuinte.
História de Brasília
Eu fico triste quando estou mostrando a cidade a alguém e vem a pergunta: o que é isto? E eu tenho de dizer: é a Torre de Televisão; é a Catedral. (Publicado em 18/5/1961)
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(*) Chico Buarque.
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VEM P´RÔ CAIXA 2, VOCÊ TAMBÉM. VEM !



Jornalista depõe na CPI e volta a acusar Perillo



Na CPI, jornalista acusa Perillo de caixa 2
Autor(es): EUGÊNIA LOPES
O Estado de S. Paulo - 28/06/2012
 

À CPI do Cachoeira, o jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou ontem que recebeu R$ 40 mil em espécie, em junho de 2010, das mãos do hoje governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). "Fui pago com dinheiro sujo", disse.
Bordoni reitera que recebeu R$ 40 mil não declarados de tucano e R$ 90 mil de empresas ligadas a Cachoeira; oposição desqualifica depoimento

Em mais de seis horas de depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, o jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou ontem que recebeu R$ 40 mil em espécie, em junho de 2010, das mãos do hoje governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Esses recursos, que não foram declarados por Bordoni à Receita Federal, segundo o jornalista, foram a primeira parcela de um total de R$ 170 mil pagos por Marconi pela sua campanha de rádio ao governo goiano. A maior parte - R$ 140 mil -, ressaltou, veio de caixa 2.
Além dos R$ 40 mil que disse ter recebido em um envelope amarelo, conforme revelou ao Estado em 4 de junho, o jornalista disse que recebeu R$ 90 mil de duas empresas ligadas ao esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O primeiro cheque de R$ 45 mil foi depositado pela Alberto e Pantoja, em 14 de abril de 2011. O segundo, no mesmo valor, veio da empresa Adércio e Rafael Construções e Incorporações, no dia 18 de maio do ano passado.
Os dois cheques foram depositados na conta de Bruna Bordoni, filha do jornalista, depois de telefonema que recebeu de Lúcio Fiúza Gouthier, assessor do governador tucano. Segundo Bordoni, Lúcio pegou o número da conta de sua filha para efetuar o depósito dos R$ 90 mil que faltavam ser pagos. "Fica evidente que a campanha do governador Perillo foi financiada com dinheiro do crime organizado", acusou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Antes desses depósitos, Bordoni disse que recebeu outros R$ 10 mil, também pagos em dinheiro vivo, entre outubro de novembro de 2010. Desta vez, segundo ele, o dinheiro foi dado por Jayme Rincón, tesoureiro da campanha de Marconi, que hoje preside a Agência Goiânia de Transportes e Obras (Agetop). Do total de R$ 170 mil, o jornalista afirma que recebeu apenas R$ 30 mil legalmente, que foram pagos pelo comitê financeiro da campanha do tucano, em 21 de setembro de 2010. Todo o resto foi por meio de caixa 2.
Sem provas. À CPI, Bordoni reconheceu que não tem nenhuma prova que ateste o recebimento dos R$ 40 mil diretamente das mãos de Perillo. Diante da falta de provas, a tropa de choque do PSDB fez de tudo para tentar desqualificar o depoimento do jornalista. "Ele vem aqui e acusa sem provas", vociferou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). "Ele é um desqualificado, é uma pessoa polêmica, que já defendeu o nazismo e tem até um monólogo sobre a vagina", ironizou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Ele ressaltou, durante todo o depoimento, que Bordoni cometeu crime fiscal ao não declarar seus ganhos.
As investidas dos tucanos para desacreditar Bordoni aparentemente não surtiram efeito nos integrantes da CPI. A maioria saiu convencida de que o jornalista não mentiu. "O fato é que por 14 anos o Bordoni teve relacionamento com o governador Perillo. Era até conhecido como a voz do governador. Agora que ele fez uma denúncia grave, não param de criticá-lo", observou o relator.
No depoimento, Bordoni admitiu não ter declarado ao Fisco dinheiro ganho em outras campanhas eleitorais. Citou o exemplo da campanha do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que foi candidato à prefeitura de Goiânia, em 2008, e perdeu a eleição.
Na época, o jornalista recebeu R$ 50 mil. Mais cedo, Bordoni havia declarado que "nós recebemos dinheiro por fora em todas as campanhas".
O jornalista trabalhou nas três campanhas do tucano ao governo do Estado (1998, 2002 e 2010) e na campanha ao Senado (2006).
Bate-boca. O depoimento de Bordoni teve momentos de tensão, pontuados com bate-boca de tucanos ora com o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI, ora com o vice-presidente Paulo Teixeira (PT-SP). Escalado pela cúpula tucana para defender Perillo, o senador Mário Couto (PSDB-PA) se exaltou com o depoente e, aos gritos, deixou a sala da CPI após ser repreendido pela "falta de urbanidade" ao inquirir Bordoni.

OS OUTROS FATORES...

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SALÁRIO DO SERVIDOR JÁ ESTÁ NA INTERNET



EXECUTIVO PUBLICA SALÁRIOS DE SERVIDORES
Autor(es): Larissa Leite
Correio Braziliense - 28/06/2012
 

A partir de agora, qualquer cidadão já pode saber quanto ganha um funcionário público do GDF ou do governo federal. Em cumprimento à Lei de Acesso à Informação, a divulgação dos salários começou ontem à noite na internet. A começar pela remuneração da própria presidente Dilma Rousseff. Está lá no Portal da Transparência: a remuneração bruta dela é de R$ 26.723,13 — com as deduções, o líquido de maio foi de R$ 19.818,49. O ministro da Defesa, Celso Amorim, teve salário bruto de R$ 51.549,03, mas com o abate-teto de R$ 24.825,88, os vencimentos ficaram em R$ 19.866,99. "Vivemos uma nova etapa na ética pública e no respeito aos cidadãos", disse o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage

Site do governo disponibiliza aos cidadãos dados sobre os vencimentos da administração pública federal. Entidades protestam

A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou, na noite de ontem, os salários dos servidores públicos civis do Poder Executivo Federal. O ato cumpre determinação da Lei de Acesso à Informação, sancionada em maio pela presidente Dilma Rousseff. O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, exaltou a norma: "A presidente Dilma Rousseff, ao decidir incluir no decreto regulamentador da Lei de Acesso esse dispositivo, determinando a divulgação individualizada das remunerações dos ministros, secretários executivos, secretários nacionais e da sua própria, dá mais uma demonstração clara de que vivemos uma nova etapa na ética pública e no respeito aos cidadãos".
Entre os vencimentos informados no Portal da Transparência, está o da própria presidente, cuja remuneração bruta é de R$ 26.723,13 — com as deduções do Imposto de Renda retido na fonte (R$ 6.473,86) e da previdência oficial (R$ 430,78), o salário líquido referente a maio foi de R$ 19.818,49. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebe R$ 19.818,49 após as deduções, mas conta com duas verbas indenizatórias (jetons) relacionadas à Petrobras: uma da Petrobras Distribuidora S.A., no valor de R$ 8.232,74; e outra da Petróleo Brasileiro S.A. — Petrobras, de R$ 8.246,71. O titular da Defesa, Celso Amorim, tem uma remuneração bruta de R$ 51.549,03, mas um abate-teto de R$ 24.825,88 — o que o reduz o salário para R$ 19.866,99.
Enquanto o governo exalta a iniciativa como marco na transparência do dinheiro público, a medida foi criticada por entidades que representam o funcionalismo. "Nós defendemos a transparência e o combate à corrupção. Mas questionamos a exposição do nome trabalhador, o que, para nós, configura quebra de sigilo. Para uma transparência eficiente, bastaria a divulgação do cargo e do salário", argumenta Josemilton Maurício da Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), que representa cerca de 800 mil servidores.
Josemilton afirma ainda que a divulgação dos salários pode interferir na segurança pessoal dos servidores. "Tememos pela divulgação das remunerações pessoais. Os servidores podem ser alvo de pessoas mal-intencionadas." Ele informou que aguarda parecer jurídico para checar se poderá recorrer na Justiça contra a divulgação das remunerações — o que deve ser improvável, uma vez que o próprio Supremo Tribunal Federal decidiu divulgar a remuneração de ministros e servidores, embora ainda não tenha definido data. O ministro Hage, por sua vez, considera "a divulgação da remuneração dos servidores e, sobretudo, das autoridades de nível mais elevado, um passo importante para o aprofundamento da cultura da transparência".
Natureza privada
Para a CGU, são consideradas informações de natureza privada apenas dados como descontos de caráter pessoal, como o pagamento de pensões e de empréstimos consignados.
A divulgação de ontem se antecipou ao prazo previsto na Portaria Interministerial n° 233, que estabeleceu 30 de junho como limite para a publicação das informações. Além da consulta publicada nessa quarta-feira, serão divulgadas também, nos próximos meses, informações referentes à remuneração das Forças Armadas (30 de julho). Os valores referentes a verbas indenizatórias (como auxílio-alimentação e auxílio-creche), tanto de civis quanto de militares, deverão ser disponibilizados no Portal da Transparência até 30 de agosto.
Outros países
Alguns países americanos, como Estados Unidos, Peru, Paraguai, Chile e República Dominicana, disponibilizam a quem quiser saber a remuneração dos servidores. No Peru, por exemplo, a lista é atualizada a cada três meses. É possível fazer a busca por variáveis como gastos com os funcionários, nome e cargo. Na página do Ministério Público da República Dominicana, também é possível acessar as informações individualizadas dos funcionários públicos. Nos Estados Unidos, onde os salários são divulgados desde 1995, todo ano o presidente envia ao Congresso a lista referente a quanto cada funcionário recebeu. Disponível na internet desde 2009, o documento é elaborado em ordem alfabética, mostrando o cargo, o status e o salário do empregado.
Leia sobre a situação no GDF na página 30
Como funciona
Confira como é a consulta às remunerações dos servidores públicos do Executivo federal
» Acesse o site do Portal da Transparência — www.portaldatransparencia.gov.br.
» Clique na aba "servidores" e escolha o critério da consulta (por nome ou CPF; por órgão de exercício; por órgão de lotação; por função ou cargo de confiança e órgão; ou por função ou cargo de confiança).
» Os primeiros dados são referente a maio, mas serão atualizados mensalmente.
» São informadas a remuneração básica, as remunerações eventuais, os jetons (quando houver), o abate-teto (quando houver, referente ao limite legal) e as deduções obrigatórias.
» As informações referem-se aos servidores ativos do Poder Executivo Federal. As Forças Armadas divulgarão os dados dos militares em 30 de julho e os Poderes Judiciário e Legislativo ainda definirão as datas para liberarem os contracheques dos respectivos funcionários.

...O DEFICIT MOTIVADO POR ''OUTROS FATORES''


Aposentadoria, só por idade



Aposentadoria com idade mínima
Autor(es): KARLA CORREIA e ADRIANA CAITANO
Correio Braziliense - 28/06/2012
 

Governo só aceita o fim do fator previdenciário se for estabelecida idade mínima para obtenção do benefício

Em crise com a base aliada na Câmara, governo diz aceitar fim do fator previdenciário, desde que o novo limite etário para concessão de benefícios também seja aprovado

O debate sobre a idade mínima para a aposentadoria pautou a negociação em torno do projeto que extingue o fator previdenciário. Em reunião com a base aliada, os ministros da Fazenda, Guido Mantega; da Previdência, Garibaldi Alves Filho; e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, colocaram como condição para apoiar o texto que será votado na Câmara dos Deputados o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria dos contribuintes que entrarem no mercado de trabalho a partir da promulgação da lei. A faixa etária estudada inicialmente era de 75 anos para os homens e 65 para as mulheres, mas ela deve ser diminuída.
O encontro foi marcado para evitar que a proposta, incluída na pauta pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), fosse aprovada à revelia do governo. Em abril, Ideli Salvatti havia afirmado não haver problema no projeto. Mas, diante da possibilidade de uma votação iminente, o ministro Guido Mantega disse ser contra, apesar de abrir espaço para o diálogo. O texto que está para ser votado estabelece que o trabalhador não terá perdas na aposentadoria caso a soma do tempo de contribuição e idade somem 85 para mulheres e 95 para homens. Com a falta de consenso sobre o tema, a proposta foi retirada da pauta e uma reunião técnica foi marcada para o próximo dia 10.
Em seguida, governo e parlamentares voltam a discutir a data e a forma como o projeto será votado. "A expectativa é votá-lo antes do recesso, mas tudo indica que ele vai ficar para o início de agosto", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). O fim do fator chegou a ser aprovado em 2010, mas foi vetado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A negociação sobre o fim do fator previdenciário fez parte da movimentação política que transformou, ontem, o plenário da Câmara em um cenário de rebelião das bancadas aliadas.
Pauta explosiva
De comum acordo com o colégio de líderes, Maia aproveitou a pauta liberada para incluir na fila de votações também o texto que reduz de 40 para 30 horas semanais a jornada de trabalho de profissionais de enfermagem do Sistema Único de Saúde (SUS) e o projeto que modifica a distribuição dos royalties de petróleo.
Parlamentares governistas reclamam de falta de diálogo com o governo. "A base está insegura", reclama Alves. "Uma hora, o governo é contra. Na outra, é a favor. Está uma situação insustentável. Se o governo é contra, tem que dizer claramente. Mas esse som está muito baixo, não está chegando aqui, tem que aumentar o volume", diz o líder do PMDB.
A decisão de Marco Maia, nas palavras de outro líder governista, representou uma "faca no pescoço" do Planalto, com objetivo de pressionar a liberação de emendas parlamentares a poucos dias do prazo legal para o empenho de recursos em ano eleitoral. Só a diminuição da jornada dos enfermeiros significaria um impacto de R$ 7,5 bilhões anuais nas despesas do SUS, segundo os cálculos do coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS).
No caso do projeto sobre os royalties, o prejuízo seria político. Mais do que uma guerra entre governo e oposição, o projeto representa uma queda de braço entre estados produtores — Rio de Janeiro e Espírito Santo — e não produtores do combustível. Ao assinar a sanção ou o veto do texto aprovado pelo Congresso, o Planalto fatalmente comprará briga com um dos lados do debate. Algo a ser evitado em ano eleitoral.
Foi com essa munição engatilhada que Maia chegou à Mesa da Câmara, ontem. A pauta explosiva, contudo, serviu apenas como demonstração de poder da Casa. A sessão acabou sendo derrubada por falta de quórum, o que gerou intensos protestos de enfermeiros que estavam nas galerias do plenário.
Marco Maia negou o clima de enfrentamento com o governo. "Somos uma Casa Legislativa que tem independência e autonomia, que às vezes vota projetos de interesse do governo e às vezes vota projetos que não são de interesse do governo", disse o presidente da Câmara. "Estou contente com o governo. Tudo o que eu peço para a presidente ela atende ou manda que atendam. Não há crise."
"A expectativa é votá-lo antes do recesso, mas tudo indica que ele vai ficar para o início de agosto"
Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB
"Somos uma Casa Legislativa que tem independência e autonomia, que às vezes vota projetos de interesse do governo e às vezes vota projetos que não são de interesse do governo"
Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


28 de junho de 2012
O Globo

Manchete: Governo quer idade mínima para aposentadoria do INSS
Nova regra faz parte de negociação para pôr fim ao fator previdenciário

Para acabar com o fator previdenciário, criado há 12 anos para inibir aposentadorias precoces pelo INSS, o governo propôs estabelecer idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Com isso, acabaria a possibilidade de o segurado requerer aposentadoria ao completar 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens), independentemente da idade. A mudança valeria apenas para quem ainda vai ingressar no mercado. Para os trabalhadores atuais, a proposta é substituir o fator previdenciário pela chamada “fórmula 85/95”. Para receber o benefício integral, o segurado terá de somar o tempo de contribuição com a idade, de forma que as mulheres só possam se aposentar quando o total atingir 85 e os homens, 95. Enquanto discute os gastos com a Previdência, o governo teve de evitar a aprovação, na Câmara, de projetos que podem provocar grande impacto nas contas. Mas a Comissão de Finanças aprovou emenda à LDO de 2013 que garante uma fórmula para, no futuro, aprovar reajuste para os servidores do Legislativo e do Judiciário. (Págs. 1, 3 e editorial “Congresso aprova medidas irrealistas”)
UPP avança no Alemão e prende PMs na Mangueira
No dia em que o complexo de favelas do Alemão ganhou mais duas UPPs, na etapa final do processo de pacificação — o Exército começa a sair hoje —, 12 PMs da Unidade de Polícia Pacificadora da Mangueira foram detidos, acusados de extorquir dinheiro de um traficante. De acordo com a coordenadoria das UPPs, parentes do bandido acusam os policiais de terem apreendido droga e dois celulares, além de exigirem R$ 3.500 para não levá-lo à delegacia. (Págs. 1 e 13)
Divulgado salário de 700 mil servidores
Os salários dos 700 mil servidores públicos do Poder Executivo já podem ser consultados por qualquer cidadão no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União. Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) ganham mais que a presidente Dilma, por receber jetons de empresas estatais. (Págs. 1 e 4)
Empresas de Eike perdem R$ 8 bi na Bolsa
Com estimativa menor de produção da OGX Petróleo, maior empresa de Eike, suas ações despencaram 25%, derrubando os papéis de outras seis companhias do grupo e fazendo a Bovespa cair 1,35%. Somadas, as perdas atingiram R$ 8,37 bilhões em valor de mercado. (Págs. 1 e 19)
Pacote reduz TJLP e injeta R$ 8,4 bilhões
Para turbinar o PIB, Dilma lançou o 8º pacote desde 2009, com injeção de R$ 8,4 bilhões em compras governamentais e corte da Taxa de Juros de Longo Prazo. Economistas dizem que é insuficiente. (Págs. 1, 21 e Míriam Leitão)
Confundido com gay, gêmeo é morto na BA
Confundidos com casal gay, dois gêmeos de 22 anos, que saíam abraçados de um forró, foram espancados por outros homens em Camaçari, na Grande Salvador. José Leonardo da Silva levou pedradas na cabeça e morreu. José Leandro teve afundamento na face, mas sobreviveu. (Págs. 1 e 10)
Serra é multado por propaganda antecipada (Págs. 1 e 11)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Com impacto limitado, governo lança 7º pacote
Plano para estimular compras e destravar a economia só terá efeito no fim do ano

A presidente Dilma Rousseff lançou mais um pacote de estímulo à economia brasileira, o sétimo desde o final do ano passado. O foco agora é usar o “poder de compra” da União para incentivar a produção da indústria nacional.

O programa prevê R$ 6,6 bilhões no segundo semestre para novas compras de máquinas e equipamentos feitos no Brasil, mas ainda não está certo de onde virão os recursos. O impacto da medida é limitado e deve ser sentido só no fim deste ano. (Págs. 1 e Mercado B1)

Análise

Pacote não permite retomar o crescimento no curto prazo, escreve Luiz Carlos Delorme Prado. (Págs. 1 e B8)
Grupo de Eike "perde" R$ 7 bi na Bolsa em apenas um dia
As empresas de Eike Batista “perderam” ontem ao menos R$ 7,2 bilhões com a queda do valor de mercado de três de suas empresas. As ações da OGX despencaram 25%. A previsão de menor produção de petróleo gerou desconfiança no mercado.
Entre as cem maiores empresas do mundo, as ações da Petrobras são a quarta mais desvalorizada na Bolsa de Valores. (Págs. 1 e Mercado B9 e B10)
Lugo cogita se candidatar a presidente no ano que vem
Destituído pelo Congresso ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo não descarta se candidatar novamente ao cargo, em abril do ano que vem. “Tornei-me um cidadão comum. Tenho todos os meus direitos políticos a exercer”, diz o ex-presidente a Isabel Fleck.

Lugo afirma ser contra sanções econômicas ao país, defendidas pela Argentina. “Prejudicaria a classe mais humilde.” (Págs. 1 e Mundo A16)
Clóvis Rossi: Como se defender se a cassação não mostrou provas?
Na ação contra Lugo, se diz que “todas as causas [do impeachment] são de notoriedade pública, motivo por que não precisam ser provadas, conforme o ordenamento vigente”. Como então provar o contrário do que não precisa ser provado? (Págs. 1 e Mundo A18)
Vice do Irã diz que judaísmo incentiva o narcotráfico (Págs. 1 e Mundo A20)

Jornalista diz que tucano lhe deu R$ 140 mil de caixa dois (Págs. 1 e Poder A13)

Editoriais
Leia “O drama de Merkel”, acerca de papel da chanceler alemã na crise europeia, e “Pena capital e primitiva”, sobre brasileiros condenados na Indonésia. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma lança novo pacote, mas reação é de ceticismo
Mercado e indústria duvidam que medidas sejam capazes de mudar o quadro de baixo crescimento

O governo de Dilma Rousseff cortou ontem de 6% para 5,5% a taxa de juros do BNDES para investimentos e ampliou para R$ 8,4 bilhões os gastos que pretende fazer até dezembro com a compra de equipamentos para impulsionar a economia - desse total, R$ 1,8 bilhão já estava previsto no Orçamento. O pacote ajuda segmentos industriais específicos, mas, na avaliação do mercado e da indústria, será insuficiente para alterar o quadro de baixo crescimento econômico previsto para este ano. “Temos de continuar com as políticas de estímulo”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante apresentação do “PAC equipamentos”, como foi denominado o conjunto de medidas. “Já estamos crescendo”, afirmou Mantega, negando o cenário de desaceleração da atividade econômica. (Págs. 1 e Economia B1 e B3 a B5)

Celso Ming
Mais um refresco

O novo pacote cumpre mais a função de mostrar que o governo está fazendo algo do que de garantir eficácia para sua política econômica. (Págs. 1 e Economia B2)
Mercosul isola Paraguai e abre brecha para Venezuela
Brasil, Argentina e Uruguai articulavam ontem, em reunião do Mercosul em Mendoza (Argentina), uma punição "branda” contra o Paraguai como conseqüência da destituição do presidente Fernando Lugo. A medida deve abrir brecha para a entrada da Venezuela como sócia plena - possibilidade a que o Congresso do Paraguai se opõe. (Págs. 1 e Internacional A14 e A15)
Jornalista depõe na CPI e volta a acusar Perillo
À CPI do Cachoeira, o jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou ontem que recebeu R$ 40 mil em espécie, em junho de 2010, das mãos do hoje governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). “Fui pago com dinheiro sujo”, disse. (Págs. 1 e Nacional A8)
Ataque homofóbico a gêmeos deixa um morto (Págs. 1 e Cidades C4)

Gareth Evans
Diálogo com o Irã

As potências mundiais vêm insistindo que suas exigências sejam atendidas, mas oferecem muito pouco a Teerã nas negociações. (Págs. 1 e Visão Global A18)
Eugênio Bucci
Rádios humilhadas

A Voz - que não é do Brasil, mas do passado - figura na programação como um cadáver. Já não intimida, já não informa. Ela simplesmente jaz. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Caminho desimpedido

Amainaram as tensões que ameaçavam toldar o julgamento do mensalão no Supremo. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Salário do servidor já está na internet
A partir de agora, qualquer cidadão já pode saber quanto ganha um funcionário público do GDF ou do governo federal. Em cumprimento à Lei de Acesso à Informação, a divulgação dos salários começou ontem à noite na internet. A começar pela remuneração da própria presidente Dilma Rousseff. Está lá no Portal da Transparência: a remuneração bruta dela é de R$ 26.723,13 — com as deduções, o líquido de maio foi de R$ 19.818,49. O ministro da Defesa, Celso Amorim, teve salário bruto de R$ 51.549,03, mas com o abate-teto de R$ 24.825,88, os vencimentos ficaram em R$ 19.866,99. “Vivemos uma nova etapa na ética pública e no respeito aos cidadãos”, disse o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage. (Págs. 1, 6 e 30)
Dossiê da ditadura explica por que bilhete levou militares a torturar Dilma em Minas
Documento afirma que o então preso político Angelo Pezzuti, líder do grupo armado Colina, reconheceu bilhetes interceptados pela repressão. Em um deles, divulgado com exclusividade pelo Correio/Estado de Minas, Pezzuti teria contado, em 1969, que pediu a Estela (codinome usado por Dilma Rousseff) ajuda para fugir da prisão. O bilhete que ela jamais recebeu serviu de pretexto para que a torturassem em Juiz de Fora. (Págs. 1 e 2)
Aposentadoria, só por idade
Governo só aceita o fim do fator previdenciário se for estabelecida idade mínima para obtenção do benefício. (Págs. 1 e 8)
Esquenta briga por reajuste
Câmara aprova aumento para o Judiciário, mas governo se opõe e tenta reduzir distorções salariais entre os Poderes. (Págs. 1 e 15)
Crise global: Pacote de Dilma frustra o mercado
Medidas anunciadas preveem a injeção de R$ 8,4 bilhões para antecipar as compras governamentais, estimulando vários setores da economia. Especialistas, no entanto, não se entusiasmaram com a iniciativa, tomada às vésperas de uma provável revisão do PIB para menos de 3,5% este ano. (Págs. 1 e 12)
Fotolegenda: Música - Duas vozes inesquecíveis
Ídolos da MPB, Ângela Maria e Cauby Peixoto subiram a rampa do Congresso pelo tapete vermelho, honra concedida a chefes de Estado, para receber a Medalha do Mérito Legislativo. (Págs. 1 e Diversão & Arte, Capa)
Lugo já articula a candidatura ao Senado paraguaio (Págs. 1 e 20)

Tombamento: Brasília leva bronca, mas mantém título
A Unesco confirmou que a cidade continuará como patrimônio da humanidade, apesar das agressões ao projeto urbanístico original. Mas, a partir de agora, o GDF terá que prestar contas das medidas tomadas para resolver os problemas e atender às recomendações dos especialistas das Nações Unidas. (Págs. 1, 25 e 26)
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Valor Econômico

Manchete: Ferrovias terão de renovar 5 mil km de linhas sem uso
O governo exigirá que as concessionárias de ferrovias recuperem 5 mil quilômetros de estradas de ferro que estão absolutamente abandonadas. Ao todo, terão de reformar 49 trechos de malha, um conjunto de obras que deverá custar perto de R$ 5 bilhões. A determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atinge 3 das 12 empresas que controlam a malha nacional: América Latina Logística (ALL), Transnordestina Logística e Ferrovia Centro-Atlântica.

A ANTT avalia que muitos trechos abandonados passaram a ter demanda e estão em situação mais que precária. É o caso, por exemplo, do trecho que liga os municípios paulistas de Pradópolis e Barretos. Nesse corredor de 131 km, diz Marcus de Almeida, gerente de transporte ferroviário de cargas da ANTT, existe hoje uma forte procura para viabilizar o escoamento de cana, açúcar e álcool. (Págs. 1 e A6)
Empresas de Eike perdem R$ 8,25 bi
As empresas do grupo EBX, de Eike Batista, perderam ontem R$ 8,253 bilhões em valor de mercado. No início da tarde, o recuo na bolsa chegou a somar R$ 10 bilhões, obrigando o empresário a convocar uma teleconferência com analistas para tentar frear a sangria. As ações caíram porque os investidores ficaram decepcionados com o comunicado feito na noite de terça-feira pela OGX, a petroleira do grupo, anunciando revisão drástica da produção prevista para o poço de Tubarão Azul, na Bacia de Campos (RJ) - de 20 mil para 5 mil barris diários.

Batista assegurou que a OGX não vai falir. E disse que reduzirá a frota de sondas de seis para três. "Podemos falar sobre isso em outro momento, mas você está falando sobre uma possibilidade remota. Não vejo motivo para pensar em falência. Vamos produzir muito petróleo ainda". (Págs. 1 e B1)
Ex-diretor da Sadia ganha ação no STJ
Adriano Ferreira, ex-diretor financeiro da Sadia e protagonista do episódio que levou a empresa a perder R$ 2,55 bilhões com derivativos cambiais em 2008, diz que está "algumas toneladas mais leve". O Superior Tribunal de Justiça julgou improcedente a ação da Sadia pedindo o ressarcimento do prejuízo, no qual Ferreira constava como único responsável pelas operações. O executivo levou um bom tempo para conseguir emprego - depois de passar por "headhunters" que "tinham sempre um pé atrás" -, até ser levado por amigos para se tornar, desde o fim de 2010, diretor financeiro e administrativo da fabricante de motocicletas Kasinski. "Quando está tudo bem, há 50 mil ao seu redor para estourar a champanhe", diz Ferreira, que move ação por danos morais contra a Sadia. (Págs. 1 e B12)
Fotolegenda: Guerra aos micróbios
A CBE Embrarad, que presta serviço de esterilização de produtos pela exposição a raios gama, planeja a construção de mais duas unidades. A primeira será inaugurada no próximo ano, em Goiás ou no Paraná, e a segunda, no Nordeste, em 2014, diz Fernando Reichmann. (Págs. 1 e B2)
Governo reduz TJLP e eleva compras
Inconformado com o fraco crescimento da economia, o governo federal voltou a anunciar medidas para tentar estimular a indústria. Ontem, em medida antecipada pelo Valor na segunda-feira, reduziu de 6% para 5,5% ao ano a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, ampliou em R$ 6,61 bilhões, totalizando R$ 8,43 bilhões, as compras governamentais de equipamentos, veículos e máquinas previstas para o segundo semestre. Mais medidas não estão descartadas.

Representantes de diversos setores presentes à cerimônia de lançamento do pacote no Palácio do Planalto consideraram as medidas positivas, mas insuficientes para promover uma expansão mais rápida da economia. A indústria quer a desoneração dos investimentos. A presidente Dilma Rousseff reconheceu, entretanto, que a crise mundial não permite "aventuras fiscais". (Págs. 1 e A3)
Brasil é o segundo em bônus nos EUA
O Brasil se tornou o segundo maior emissor estrangeiro de bônus corporativos nos Estados Unidos, com as companhias brasileiras aproveitando o apetite dos investidores por ativos de alto rendimento. Essas colocações ampliaram a participação do país no mercado americano para cerca de 11% das emissões internacionais totais de títulos de dívidas denominados em dólar neste ano. As empresas brasileiras são atraídas aos EUA pelo grande número de fundos de investimento de longo prazo e pelas taxas, as menores da história. (Págs. 1 e C14)
Planalto mobiliza governadores e prefeitos contra 10% à Educação
O governo federal espera contar com a ajuda de prefeitos e, sobretudo, governadores para tentar frear a tramitação de projetos de lei no Congresso que aumentem os gastos públicos correntes, num movimento que evitaria as "aventuras fiscais" criticadas ontem pela presidente Dilma Rousseff. Um dos principais alvos do Palácio do Planalto é a proposta que eleva os recursos da Educação para 10% do PIB, que foi aprovada pela Câmara e será analisada pelos senadores.

A aceleração de projetos de impacto eleitoral também trouxe preocupação ao Planalto. Os governistas conseguiram forçar o PT a fazer manobras regimentais para evitar que a Câmara apreciasse o projeto que redistribui os royalties do petróleo. (Págs. 1 e A10)
Lugo pensa em ser candidato ao Senado
O presidente recém-deposto do Paraguai, Fernando Lugo, não acredita na possibilidade de as eleições presidenciais de abril de 2013 serem antecipadas, conforme proposta apresentada a Assunção pelos demais países do Mercosul. Ele também descarta as chances de uma saída para a crise que resulte em sua volta ao poder e já considera candidatar-se ao Senado. Destituído em um impeachment relâmpago, o ex-bispo, de 61 anos, disse em entrevista ao Valor, por telefone, que sua intenção é se manter ativo politicamente e fazer oposição aos partidos tradicionais.
Lugo descarta a possibilidade de voltar a se candidatar à presidência do país. "A Constituição nacional não permite a reeleição. Se eu participo de novo e sou eleito, a Constituição não permite. Mas, sim, há respostas para ter outras candidaturas, como a de senador ativo". Reconhecendo que a situação do país está aparentemente tranquila, com manifestações de indignação, ele explicou por que resolveu não resistir ao processo de impeachment. "Por um bem maior, salvaguardar a vida das pessoas, tive que me submeter a esse julgamento político que é injusto, irracional e sem o devido processo legal". (Págs. 1 e A14)
Fórmula de fusão da Latam pode inspirar outras aéreas (Págs. 1 e B8)

Fuga de moedas emergentes afeta empresas mundiais (Págs. 1 e C14)

Tivit avança no "clube do bilhão" na área de TI no Brasil, diz Mattar (Págs. 1 e B3)

Sem Cide, transporte perde R$ 7 bi
Redução a zero da alíquota da Cide para compensar o impacto do reajuste dos combustíveis pela Petrobras compromete mais de R$7 bilhões em investimentos na área de transportes e preocupa governos estaduais, que ficam com 29% do tributo. (Págs. 1 e A5)
Brasil quer baixar preço de "roaming"
Proposta brasileira para redução dos preços de ‘roaming’, que será levada em dezembro à Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais, em Dubai, desagrada operadoras de celular e os Estados Unidos. (Págs. 1 e B3)
Realgem's inicia exportações
A expansão do setor hoteleiro no pais anima a Realgem’s, fabricante de cosméticos para hotéis que também iniciou exportações para o Uruguai, Angola, Paraguai e negocia com empreendimentos cubanos. (Págs. 1 e B5)
Autometal vai às compras
A fabricante de autopeças Autometal, do grupo espanhol CIE Automotive, quer aproveitar o momento de ativos depreciados para fazer aquisições na América Latina, principalmente no Brasil. (Págs. 1 e B7)
Usinas devem retomar investimentos
Após três anos de dificuldades, os fabricantes de equipamentos para o setor sucroalcooleiro e o próprio BNDES preveem a construção de pelo menos 100 usinas no Centro-Sul entre 2013 e 2020. (Págs. 1 e B10)
Soja importada
Diante da escassez de soja e dos preços recorde no mercado doméstico, tradings e processadoras começaram a buscar nos países vizinhos uma alternativa para assegurar o abastecimento. Nos últimos dez dias, foram importadas 100 mil toneladas. (Págs. 1 e B12)
Shopping Centers
Neste ano, serão inaugurados no país mais 36 shopping centers, somando 473 empreendimentos que vão movimentar mais de R$ 100 bilhões. “A queda dos juros ajuda a impulsionar a atividade, que depende de capital intensivo”, diz Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce. (Págs. 1 e Caderno especial)
Ideias
Ribamar Oliveira

Governo federal amplia suas despesas apesar do cenário de redução das receitas tributárias. (Págs. 1 e A2)

Raquel Ulhôa

A exposição ostensiva do ex-prefeito trouxe à tona a marca do PP como “o partido do Maluf", da qual a legenda tenta se livrar. (Págs. 1 e A13)
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