A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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sexta-feira, junho 08, 2012
''OS DEUSES ESTÃO MORTOS" * ( ou, Bravatas com gravatas "Armani")
Lula e nosso futuro comum
Autor(es): Fernando Gabeira |
O Estado de S. Paulo - 08/06/2012 |
O ponto de partida é uma frase de Lula: "Não deixarei que um tucano assuma de novo a Presidência". Lembro, no entanto, que não sou de pegar no pé de Lula por suas frases. Cheguei a propor um "habeas língua" para o então presidente na sua fase mais punk, quando disse que a mãe nasceu analfabeta e que se a Terra fosse quadrada a poluição não circularia pelo mundo. Lembro também que hoje concordo com o filósofo americano Richard Rorty: não há nada de particular que os intelectuais saibam e todo mundo não saiba. Refiro-me à ilusão de conhecer as leis da História, deter segredos profundos sobre o que dinamiza seu curso e dominar em detalhes os cenários futuros da humanidade.
Nesse sentido, a eleição de Lula, um homem do povo, sem educação formal superior, não correspondeu a essa constatação moderna de Rorty. Isso porque, apesar de sua simplicidade, Lula encarnava a classe salvadora no sonho dos intelectuais, via luta de classes como dínamo da História humana, e traçava o mesmo futuro paradisíaco para o socialismo. Na verdade, Lula falava a linguagem dos intelectuais. Seus comentários que despertaram risos e ironias no passado eram defendidos pelos intelectuais com o argumento de que, apesar de pequenos enganos, Lula era rigorosamente fundamentado na questão essencial: o rumo da História humana.
A verdade é que a chegada do PT ao poder o consagrou como um partido social-democrata e, ironicamente, a social-democracia foi o mais poderoso instrumento do capitalismo para neutralizar os comunistas no movimento operário. São mudanças de rumo que não incomodam muito quando se chega ao poder. O capitalismo é substituído pelas elites e o proletariado salvador, pelos consumidores das classes C e D. Os sindicalistas vão ao paraíso de acordo com os critérios da cultura nacional, consagrados pela canção: É necessário uma viração pro Nestor,/ que está vivendo em grande dificuldade.
Se usarmos a fórmula tradicional para atenuar o discurso de Lula, diremos que o ex-presidente queria expressar, com sua frase sobre um tucano na Presidência, que faria todo o esforço para a vitória do seu partido e para esclarecer os eleitores sobre a inconveniência de eleger o adversário. Lula sabe que ninguém manda no processo eleitoral. São os eleitores que decidem se alguém ocupará a Presidência. Foi só um rápido surto autoritário, talvez estimulado pelo tom de programa de TV, luzes e uma plateia receptiva.
Se o candidato tucano for, como tudo indica, o senador Aécio Neves, também eu, em trincheira diferente da de Lula, farei todo o esforço para que o tucano não chegue à Presidência. Aécio foi um dos artífices na batalha para poupar Sérgio Cabral da CPI e confirmou, com essa manobra, a suspeita de que não é muito diferente do PT no que diz respeito aos critérios de alianças e ao uso da corrupção dos aliados para fortalecer seu projeto de poder. Tudo o que se pode fazer, porém, é tornar clara a situação para o eleitor, pois só ele, em sua soberania, vai decidir quem será o eleito.
Na verdade, essa batalha será travada também na esfera da economia. Vivemos um momento singular na História do mundo. A crise mundial opõe defensores da austeridade, como Angela Merkel, e os que defendem mais gastos e investimentos, dentro da visão keynesiana de que a austeridade deve ser implantada no auge do crescimento, e não durante o período depressivo. O PT dirigiu o País num período de crescimento e muitos gastos, não tanto no investimento, mas no consumo. É possível que esse modelo de estímulo à economia tenha alcançado seus limites.
Muito possivelmente, ainda, o curso dos acontecimentos não dependerá tanto da vontade de Lula nem dos nossos esforços individuais. A democracia prevê alternância no poder. E a análise de como essa alternância se dá na prática revela, em muitos casos, uma gangorra entre austeridade e gastança. De modo geral, a crise derrota um governo austero e coloca seu oposto no poder, como na França. Mas às vezes derrota um governo social-democrata e elege seu adversário direto, como na Espanha.
Pode ser que o esgotamento do modelo de estímulo ao consumo abra espaço para discurso de reformas fiscal e trabalhista, de foco em educação e infraestrutura, enfim, de uma fase de austeridade. E não é totalmente impossível que um partido de oposição chegue ao governo. Restaria ao PT, nesse caso, um grande consolo: ao cabo de um período de austeridade, o partido teria grandes chances de voltar ao poder com seu discurso do "conosco ninguém pode", do "vamos que vamos", "nunca antes neste país"... Não estou afirmando que esse mecanismo vai prevalecer, é uma das possibilidades no horizonte. A outra é o próprio PT assumir algumas das diretivas de austeridade e conduzir o processo sem necessariamente deixar o poder.
Por mais que a crise seja aguda, o apelo ao consumo e à manutenção de intensas políticas sociais é muito forte na imaginação popular. O discurso de austeridade só tem espaço eleitoral quando as coisas parecem ter degringolado.
O futuro está aberto e não será definido pela exclusiva vontade de Lula. Com todo o respeito ao Ratinho e sua plateia, o povo brasileiro é mais diverso e complexo. Se é verdade que a História não se define nas academias intelectuais, isso não significa que ela tenha passado a ser resolvida nos programas de auditório.
No script do socialismo real o proletariado foi substituído pelo partido, o partido pelo comitê central e o comitê central por um só homem. No script da social-democracia tropical Lula substituiu o proletariado, o partido, o comitê central e o próprio povo brasileiro ao dizer que não deixará um tucano voltar à Presidência. Se avaliar com tranquilidade o que disse, Lula vai perceber que sua frase não passa de uma bravata.
O que faz um homem tão popular e bem-sucedido bravatear no Programa do Ratinho é um mistério da mente humana que não tenho condições de decifrar. A única pista que me vem à cabeça está na sabedoria grega: os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem destruir.
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(*) Àqueles com mais de 50 anos sabem do que se trata; aos mais ''jovens'' indaguem o ''jovem google''.
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''É PRA CABÁ COM O PEQUI DE GOIÁS" *
PT e PSDB montam confronto na CPI
Autor(es): Por Caio Junqueira |
Valor Econômico - 08/06/2012 |
A poucos dias daquela que promete ser a semana mais tensa na CPI do Cachoeira, as bancadas ligadas aos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), montam as estratégias para os depoimentos.
Os petistas querem esclarecer temas ligados ao objeto da comissão, como a participação do grupo do empresário Carlinhos Cachoeira no governo de Goiás e a complexa trama envolvendo a venda da casa de Perillo, além de dúvidas sobre seu crescimento patrimonial. A expectativa de que, após sua fala, fique claro aos integrantes da CPI a necessidade de quebrar seus sigilos bancário e telefônico.
Já os tucanos pretendem levantar temas controversos da trajetória de Agnelo, como sua passagem pelo Ministério do Esporte. O objetivo é desestabilizá-lo com perguntas inesperadas que ensejem a posterior quebra de sigilo, se possível já na reunião administrativa da quinta-feira.
Para tanto, integrantes do partido têm se encontrado com os pouquíssimos deputados distritais da oposição ao petista, como Celina Leão (PSD), além de aliados de Agnelo insatisfeitos ou até mesmo rompidos com seu governo, como os deputados federais Izalci (PR-DF) e Reguffe (PDT). Izalci, por exemplo, imprimiu dossiês de 500 páginas com dados sobre a vida de Agnelo e distribuiu a alguns parlamentares para subsidiá-los na inquirição.
Mas a maior aposta do PSDB é no desempenho do deputado Fernando Francischini (PR), delegado licenciado da Polícia Federal que desde dezembro tem sido um dos principais opositores de Agnelo em Brasília. Embora paranaense e eleito pelo Estado, Francischini vive há muitos anos em Brasília, é casado com uma brasiliense e teve seus filhos na capital federal.
Isso fez com que, desde que assumiu seu primeiro mandato na Casa, em fevereiro de 2011, fosse constantemente procurado e municiado com informações sobre o governador. Tanto que é o autor de representações contra Agnelo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Uma delas, apresentada em dezembro, pede a prisão do governador e de seu irmão, dentre outros motivos, por enriquecimento ilícito. Francischini disse que vai abordar esse e outros temas "ainda não publicados". "Vou fazer perguntas que vão doer porque não saíram em lugar nenhum, são "exclusivas". Estou me preparando há semanas para esse momento", disse.
Segundo ele, sua atuação contra Agnelo lhe rendeu perseguições políticas, como grampos telefônicos e invasões a sua caixa de correio eletrônico por integrantes do governo do Distrito Federal. Além da difusão da informação de que ele teria participação em chacinas em presídios no Espírito Santo, quando foi secretário de Segurança Pública do Espírito Santo. "Se isso serviu para alguma coisa foi para me instigar mais ainda. O problema é que ele [Agnelo] pensa que eu sou o candidato do Aécio ao governo do Distrito Federal contra ele. Eles criaram essa situação me transformaram na oposição a eles."
No PT, há receio quanto ao comportamento de Francischini. Por isso, a bancada promete atuar para defender Agnelo de agressões e perguntas sem relação com o objeto da CPI. A avaliação é de que o enfrentamento não é o estilo do petista e, por essa razão, correligionários precisarão assumir esse papel. A estratégia tucana de ampliar as questões já foi identificada pelo partido, motivo por que advogados de Agnelo estão colaborando com informações sobre os processos a que ele responde.
"Não há nada que ligue Agnelo a Cachoeira. É o contrário, Cachoeira não conseguiu fazer negócios no governo. Então não será surpresa se, na ausência de ligação, apareçam outros assuntos. No caso do Perilo, o difícil é não ter o que perguntar. No do Agnelo é ter o que perguntar", disse o deputado Geraldo Magela (PT-DF). Ele deixou a Secretaria de Habitação do Distrito Federal e retomou nesta semana o mandato na Câmara para auxiliar o governador nessa operação política. Fez o mesmo caminho Paulo Tadeu (PT-DF), ex-secretário da Casa Civil e homem forte do governo local.
Por sua vez, a bancada tucana tem tido uma postura diversa em relação ao depoimento de Perillo terça-feira. Acreditam que o governador é autossuficiente e não precisará de tanta ajuda quanto Agnelo. Tanto que irão deixar o relator da CPI, Odair Cunha, e os parlamentares perguntarem primeiro para deixar quaisquer eventuais dúvidas sobre sua fala serem esclarecidas por último. "Ele está bastante seguro. Nossa tranquilidade é saber que ele há muito tempo queria ir à CPI, diferente dos outro governadores", disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
Ocorre que essa confiança também é compartilhada pelos petistas, que propagam a certeza do envolvimento do tucano com Cachoeira. "O problema dele é ter entregue uma cota de seu governo à organização criminosa. A situação dele é muito complicada", disse o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
----- (*) João Carreiro e Capataz. --- |
1º DE AGOSTO. "petê'' Saudações !
Finalmente, o julgamento
O Estado de S. Paulo - 08/06/2012 |
Passados exatos sete anos da revelação de que o PT comprava deputados para apoiar o governo Lula, na quarta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o início do julgamento dos envolvidos no maior escândalo político do Brasil contemporâneo, chamado mensalão por aludir à regularidade dos subornos. A coincidência dá argumentos aos muitos que deploram a lentidão da Justiça, exacerbando o risco da prescrição das penas pedidas para os acusados. Neste caso, ressalve-se que a primeira etapa do rito judicial foi cumprida com celeridade. Já em 30 de março de 2006, 9 meses depois, portanto, da notícia do escândalo, e antecipando-se em 13 dias à apresentação do relatório final da CPI dos Correios, com as suas devastadoras conclusões, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou ao STF 40 envolvidos com a "sofisticada organização criminosa" chefiada, segundo ele, pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Em agosto do ano seguinte, por unanimidade, o Supremo aceitou a denúncia.
Os 38 réus finalmente começarão a ser julgados em 1.º de agosto e, se tudo correr bem, receberão as suas sentenças ainda em setembro. Do rol inicial, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que ganhou notoriedade ao se descobrir que tinha ganho um Land Rover de uma empresa contratada pela Petrobrás, valeu-se do instituto jurídico da "suspensão condicional do processo" para livrar-se da ação em troca da prestação de serviços comunitários. Outro indiciado, o ex-deputado do PP paranaense José Janene, suspeito de se beneficiar de mais de R$ 4 milhões das empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão, faleceu em 2010. Em julho do ano passado, o procurador-geral Roberto Gurgel pediu a condenação de 36 réus e a absolvição dos 2 restantes, por falta de provas. Um, o ex-titular da Secretaria de Comunicação do Planalto Luiz Gushiken, acusado de liberar R$ 23 milhões para uma empresa de Marcos Valério. Outro, o assessor parlamentar Antonio Lamas, acusado de lavar dinheiro.
A marcação do julgamento partiu da premissa de que o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, entregará o seu parecer até o final do mês. O relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, concluiu o seu texto em dezembro passado. Ele será o primeiro a falar no julgamento. Dos 11 membros do STF, 2 poderão não participar dos trabalhos, ou não participar deles até o fim. O ministro Cezar Peluso terá de se aposentar no início de setembro, ao completar 70 anos. (Se o julgamento ficasse para o ano que vem, como não faltou quem pretendesse, também o atual presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, seria excluído, pela mesma razão.) E o ministro José Antonio Dias Toffoli poderá se declarar impedido: ele advogou para o PT e para o governo Lula. Com 11, 10 ou 9 magistrados, o Supremo terá de mostrar ao País que o tempo entre a denúncia e o julgamento não foi desperdiçado - eles sofreram pressões, envolveram-se em querelas, enfrentaram chicanas, mas estão maduros para dar as suas sentenças com conhecimento de causa e a isenção possível nesse campo minado.
Com a "faca no pescoço", para repetir a expressão usada pelo ministro Lewandowski quando da abertura da ação penal, o STF sempre esteve - e não poderia deixar de estar - em um caso sem precedentes e com tamanhas implicações políticas. Destas, a principal, sem dúvida, diz respeito aos limites éticos às práticas dos governantes para se perpetuar no poder. A menos que se aceite a última versão de Lula de que o mensalão foi "uma farsa" - na primeira versão ele reconheceu a lambança e pediu desculpas aos brasileiros -, na sala de sessões do Supremo estará em jogo o direito da sociedade brasileira de ter governantes que não admitam que os seus mandem às favas os possíveis escrúpulos de consciência na conquista de maiorias parlamentares. Perto disso é detalhe se o julgamento influirá ou não nas eleições municipais marcadas para 7 de outubro - ou, para ir ao ponto, se o PT terá de pagar nas urnas o que eventualmente os companheiros tiverem de pagar à Justiça por seus atos. O que interessa ao País é que, no dia 1.º de agosto, o vale-tudo pela hegemonia política estará no banco dos réus.
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ELEIÇÃO ''COMBINA'' COM MENSALÃO !
PT critica data do julgamento do mensalão
Secretário do PT acusa STF de ceder a pressões para julgar mensalão |
Autor(es): agência o globo:Fernanda Krakovics |
O Globo - 08/06/2012 |
Para André Vargas, falta austeridade ao tribunal; adversários apostam em desgaste
BRASÍLIA . Secretário nacional de Comunicação do PT, o deputado André Vargas (PR) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de marcar o início do julgamento do mensalão para agosto, coincidindo com a campanha eleitoral. Os trabalhos começarão no dia 1 de agosto, e a estimativa do presidente do STF, Carlos Ayres Britto, é que até 4 de setembro todo o processo estará terminado.
- Já imaginávamos que ia ter pressão, mas não imaginávamos que segmentos do Supremo seriam tão suscetíveis assim. Infelizmente, as ações do Supremo não são cercadas da austeridade exigida para uma Corte Suprema. Ministro do Supremo não é para ficar sendo aplaudido em restaurante por dar decisão contra o PT. Nos EUA, eles não podem nem tirar foto, mas aqui tem ministro do Supremo com vocação para pop star - afirmou Vargas.
Adversários do PT nas eleições municipais apostam que o julgamento do mensalão, marcado para agosto, no calor da campanha eleitoral, vai ocasionar, por si só, um desgaste inevitável nos candidatos do partido. Embora estejam cautelosos, os oposicionistas devem explorar o episódio na campanha, mas ainda não há estratégia definida.
- O (julgamento do) mensalão vai ser a nova novela de sucesso. Cada dia um capítulo e todo mundo acompanhando. Pode causar uma série de arranhões em candidatos petistas - afirmou o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) que, apesar de ser aliado do PT no plano nacional, é adversário do partido nas eleições para a prefeitura de Salvador.
Já o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), elogiou o STF:
- É uma vitória da sociedade essa data marcada. Estabelece um marco no fim da impunidade. O símbolo da impunidade é o não julgamento do mensalão. Quando o Supremo marca uma data, a sociedade e a democracia brasileira marcam um gol. Se houve um dado positivo no ano de 2012 foi essa data marcada.
Para o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), o agendamento do julgamento para agosto é importante para não haver prescrição de crimes em caso de condenação.
Cauteloso, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que o partido não pretende explorar o julgamento no horário eleitoral gratuito na TV:
- Essa é uma questão da Justiça. Nela começou e deve finalmente terminar - disse o dirigente tucano.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Investigação do Ministério Público encontrou indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a União Nacional de Estudantes (UNE). Nas prestações de contas de um contrato com o Ministério da Cultura, foram descobertos gastos com a compra de bebidas alcoólicas, como cachaça, uísque, vodca, cerveja e vinho. Marinus Marsico, procurador do MP junto ao Tribunal de Contas da União, que também identificou o uso de notas frias, considerou o fato lamentável, “especialmente pela história de luta” da entidade. A investigação também atingiu a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), de São Paulo. Juntas, as duas entidades receberam dos cofres públicos R$ 12 milhões entre 2006 e 2010. Os convênios sob suspeita somam R$ 8 milhões. (Págs. 1 e 3)
Os empréstimos do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social em 2009, 2010 e 2011 custaram aos contribuintes R$ 28,2 bilhões. O valor consta de recente relatório do TCU (Tribunal de Contas da União).
O subsídio é a diferença entre os juros que o Tesouro Nacional paga para tomar dinheiro no mercado e as taxas mais baixas que o banco cobra ao emprestar os recursos para as empresas. (Págs. 1 e Poder A4)
Ban rotulou o novo massacre, na região central do país, como uma “barbárie inominável”. (Págs. 1 e Mundo A17)
O governador Geraldo Alckmin estuda adotar em SP um sistema de inclusão para o funcionalismo. Um trabalho da Secretaria da Justiça sugere adotar nos concursos um bônus na nota de candidatos que se declarem negros ou indígenas. (Págs. 1 e Ilustrada E2)
Observadores da Organização das Nações Unidas foram alvo de tiros ao tentar investigar a denúncia de um massacre de 78 pessoas nos arredores de Hama, na Síria. Eles não conseguiram chegar ontem ao local, bloqueado por militares e milícias leais ao regime de Bashar Assad, informa o correspondente em Nova York Gustavo Chacra. Segundo relatos da oposição a Assad, metade das vítimas do massacre são mulheres e crianças. Nenhum dos integrantes da missão ficou ferido, mas o ataque a tiros foi considerado uma violação ao plano de paz patrocinado pelo mediador do conflito, Kofi Annan. “Assad perdeu a legitimidade em razão de 15 meses de repressão”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Kimoon. Annan admitiu que seu plano “está fracassando”. O regime negou responsabilidade pelas mortes. Em nota, a Casa Branca condenou a “ação atroz contra civis” em Hama. (Págs. 1 e Internacional A10 e A11)
Embaixada sem dinheiro
O embargo financeiro à Síria mudou a rotina da Embaixada do Brasil. Todo mês um diplomata leva dinheiro vivo a Damasco para pagar salários e despesas. (Págs. 1 e Internacional A11)
Direito à divulgação de notícias de interesse da população é indiscutível, mas ainda depende de regulação de preceitos constitucionais. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Na social-democracia tropical, Lula substituiu o partido e o próprio povo brasileiro ao dizer que não deixará um tucano voltar à Presidência. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Esfumou-se o discurso de que sucessivos estímulos à demanda fariam o PIB crescer 4,5% este ano. E os entraves ao pré-sal São um tiro no pé. (Págs. 1 e Economia B2)
Mensalão, o vale-tudo pela hegemonia política, vai ao banco dos réus em agosto. (Págs. 1 e A3)
Se o ambiente não parece favorável para quem já tem ações listadas, como a Iochpe, o quadro é ainda pior para quem pretende estrear na bolsa. A tendência dos investidores, diante da aguda instabilidade dos mercados, é pedir desconto para aderir às operações. Embora a receptividade inicial às ofertas da Vix e da CPFL Renováveis tenha sido boa, elas ainda não têm um histórico de resultados familiar aos investidores. Com boas perspectivas de negócios, deve valer à pena esperar por um mercado menos volátil. Procurada pelo Valor, a Vix não se manifestou sobre o assunto. A CPFL Renováveis afirmou que “não comenta especulações de mercado”. (Págs. 1 e B2)
Essa será uma das principais mensagens da Rio+20, conferência sobre sustentabilidade organizada pela ONU, que reunirá neste mês mais de uma centena de líderes mundiais. E, desta vez, os dirigentes empresariais terão papel de destaque. Muitos dizem que as empresas, agora, estão na vanguarda das iniciativas, enquanto os governos, repetidamente, não conseguem chegar a um consenso sobre políticas para o crescimento mundial sustentável. (Págs. 1 e A12)
O diagnóstico no Palácio do Planalto é que não faltam recursos para investir, mas, sim, competência para gastar. A presidente rejeita também a diminuição do esforço fiscal, por considerar que o superávit primário dá sustentação à política de corte da taxa básica de juros conduzida pelo Banco Central. (Págs. 1 e A2)
Quando iniciou a internacionalização da marca, em 2005, o faturamento da Alpargatas no exterior representava apenas 2% do total. Hoje, as vendas fora do país respondem por cerca de 30%. “E há muito espaço para crescer ainda”, afirma o presidente da empresa, Márcio Utsch. (Págs. 1 e B1)
Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens em São Paulo, como resultado do aumento da inadimplência houve redução na aprovação de crédito para financiamentos superiores a 10 ou 12 parcelas. (Págs. 1 e B4)
“Na alta renda, a receita cresce mais que o volume porque esse público paga por um serviço diferenciado”, diz Gustavo Campana sócio da Formato Clínico. Outro fator que impulsiona o crescimento é o fato de a população de renda elevada fazer mais exames. “No SUS, uma pessoa faz 4,9 exames por ano, face a 15 sistema privado. E no público premium a demanda é ainda maior”. (Págs. 1 e B5)
Medidas adotadas pelo governo para estimular o crescimento são paliativas e têm apenas efeitos de curto prazo. (Págs. 1 e A11)
Com avanço tecnológico, exportações da China se movem na cadeia de valor e já competem com as dos países desenvolvidos. (Págs. 1 e A11)