PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, outubro 25, 2013

EU SEI O QUE VOCÊ FEZ NO VERÃO PASSADO (NO OUTONO, NO INVERNO...)

25/10/2013
Juízo final digital 


:: Nelson Motta


No debate sobre biografias sou a favor da liberdade e da responsabilidade, mas tenho pensado muito sobre a maior das privacidades, a da dor e do sofrimento humano, que talvez seja mais uma discussão moral do que legal.

Expor as delícias, as conquistas, os gozos, as indecências, os excessos e as vilanias de personagens públicos pode ser discutível, mas quais os limites para a exposição da intimidade de alguém, famoso ou anônimo, na dor de uma perda pessoal, vitimado por uma doença, uma violência, uma humilhação, perenizando seu sofrimento?

Entre o fato e sua narrativa, não há lei para a medida certa, só a busca da verdade, a honestidade das fontes e pesquisas, a moderação da linguagem.

É inaceitável que a dor das vitimas gere ganhos para criminosos, como o assassino de Daniela Perez. Nos Estados Unidos e na Inglaterra a lei é clara: condenados não podem explorar a sua notoriedade e seu crime, seja em livros, filmes ou documentários. Não há lei brasileira sobre isso.
Em países civilizados, os processos são rápidos, e as indenizações, pesadas, que funcionam como ameaça aos picaretas e estímulo à responsabilidade dos escritores.

Por isso qualquer biografia é censurada previamente, não pelo biografado, mas pelos advogados das editoras, para que tudo que está escrito possa ser provado e demonstrado e nada possa motivar um processo milionário. Tem funcionado até agora, ninguém fala em mudar.


Se a Justiça brasileira é lenta e atrasada, não é adequando a lei ao seu atraso que ela vai melhorar.

Mas na era da internet, mesmo quando um livro ou filme difamatório é tirado de circulação por decisão judicial logo após seu lançamento, já é tarde demais, tudo já está nas nuvens eternas da rede. Não é proibido proibir, é inútil. No capitalismo, resta ao ofendido a reparação em dinheiro, que não paga o sofrimento, mas castiga os malfeitores.

Na sociedade da informação e do espetáculo circulam na rede tantas mentiras, boatos, lendas, calúnias e difamações sobre todo mundo, que a única certeza futura é que nenhuma biografia, por melhor ou pior que seja, vai ser o juízo final do biografado.

adicionada no sistema em: 25/10/2013 01:55

O TREM PAGADOR

25/10/2013
Caso Alstom: lobista pagava propina a autoridades em SP


MP investiga corrupção no Metrô durante governos tucanos

Germano Oliveira


-São Paulo- 
O Ministério Público de São Paulo está convencido de que o lobista Arthur Gomes Teixeira era o pagador de propinas a autoridades dos governos tucanos de São Paulo de 1997 a 2007, período em que a Alstom e a Siemens, além de outras 16 empresas, teriam realizado obras superfaturadas do Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). 

O pagamento da propina seria feito pelo lobista em contas numeradas na Suíça, como aconteceu com o ex-diretor de Operações e Manutenção da CPTM João Roberto Zaniboni, que recebeu, entre 1999 e 2003, US$ 836 mü em uma conta do Credit Suísse, em Genebra.

Além disso, a PF e o MP têm documentos, do Ministério Público da Suíça, mostrando que o ex-presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, recomenda que os diretores da empresa "utilizem" os serviços do lobista Arthur Teixeira. Em e-mails publicados ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo" o ex-presidente da Alstom afirma ainda que tinha "bom relacionamento" com os governantes tucanos, citando o governador Geraldo Alckmin e o ex-prefeito Jose Serra. Ambos conhecem Alquéres, mas negam que tenham falado com ele sobre negócios.

— Nós recomendamos que a Corre-gedoria Geral da Administração faça investigação rigorosa, doa a quem doer, pode ser funcionário, ex-funcionário, quem for. Não vazamento seletivo, mas informação séria, apuração rigorosa, buscando a verdade, se houve algum prejuízo ao estado, o ressarcimento e a punição dos envolvidos — disse ontem o governador Geraldo Alckmin.

Ontem, os promotores paulistas disseram não ter mais dúvidas de que o elo entre a Alstom e a Siemens com os diretores de estatais paulistas que superfaturaram obras e receberam propinas das empresas é mesmo o lobista Arthur Gomes Teixeira. Ele, que tem escritório na Alameda Santos e casa de praia em São Sebastião, está sendo investigado.

— Não há mais dúvidas de que Teixeira é o elo da Alstom/Siemens com os diretores das estatais paulistas que receberam propinas. Há dez dias recebemos documentos do Ministério Público da Suíça que mostram essa ligação, mas ainda é cedo para concluir a investigação — disse ao GLOBO um dos promotores do MP de SP.

A Procuradoria do estado destacou uma força-tarefa para investigar o caso, com dezenas de promotores dos departamentos de Patrimônio Público, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Procuradoria da República. Os promotores abriram 48 inquéritos para apurar os superfaturamen-tos de obras do governo paulista de 1997 a 2007, envolvendo secretários de estado e funcionários dos governos tucanos.

SERRA DIZ NÃO TER RECEBIDO ALQUÉRES

O Ministério Público informou que os documentos sobre as irregularidades nos contratos e os pagamentos feitos no exterior reforçam a tese de que Arthur Teixeira seria mesmo o elo das empresas que superfaturaram obras no governo paulista e que, paralelamente, pagaram propinas a dezenas de funcionários das estatais paulistas do setor de transportes.

O ex-govemador Serra disse, por meio de sua assessoria, que conhece Alquéres, mas nunca o recebeu quando era presidente da Alstom e que, como governador, nunca tratou com ele sobre negócios da CPTM ou do Metrô. Diz que o assunto é anterior à posse na prefeitura e que a prefeitura de São Paulo não realizava compra de materiais produzidos pela Mafersa. O ex-govemador lembra que a Alstom absorveu a Mafersa nos anos 90.

adicionada no sistema em: 25/10/2013 01:18

IBOPE´s ''INACABADOS''

25/10/2013
Dora Kramer


Sol com peneira


E verdade que as pesquisas de opinião de um tempo para cá passaram a ser o parâmetro principal de avaliação dos candidatos a eleições. É fato também que empobrece o debate e concentra a cobertura jornalística praticamente à análise de pesquisas.

Desde alguns anos o noticiário eleitoral, antes pautado pela cobertura das campanhas mediante as movimentações nos estados e o acompanhamento acurado dos atos e falas dos candidatos, passou a ser direcionado basicamente pelas pesquisas.

Não resta dúvida tampouco que esse papel de protagonista deu às pesquisas uma importância superlativa. Ao ponto de passadas as eleições se cobrar dos institutos a precisão milimétrica do resultado, sem se levar em conta que resposta para pesquisador é uma coisa e vontade do eleitor no lusco-fusco da cabine indevassável pode ser outra muito diferente.

Daí a se querer resolver possíveis distorções mediante a proibição da divulgação de pesquisas a partir de determinado período antes do dia da votação  vai uma grande distância. Esconde-se o sol com uma enorme peneira, cria-se um atrito com a Constituição e não se fala do que realmente está fora de lugar.

Encontra-se pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado uma emenda constitucional que proíbe a divulgação de pesquisas 15 dias antes dos pleitos sob o argumento, segundo seu autor o senador Luiz Henrique, de que "podem alterar a decisão de muitos eleitores".

E daí? Seria a primeira pergunta diante de tantos fatores que interferem e conduzem a decisão do voto.

A segunda indagação guarda relação com a improbabilidade de a proposta prosperar. O Supremo Tribunal Federal já disse em 2006 que tal proposta é inconstitucional. De onde a tentativa agora mudar a Constituição para incluí-la na legalidade.

De novo, e daí? Mesmo se aprovada, basta instituição autorizada (o Ministério Público, por exemplo) apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que o STF confirmará a decisão anterior. Perda de tempo, portanto.
Fora isso é de se perguntar como seria na prática a proibição em tempos de comunicação total e instantânea. O veto seria estendido à internet, às redes sociais? Além de impossível, era o que faltava.

Isso não quer dizer que a "participação" das pesquisas em campanhas eleitorais não esteja a merecer correções de rumos. Mas não pela via que atualmente parece ter virado a solução para todas as insatisfações: a proibição pura e simples. Seja de liberdade aos autores de biografias, em nome das eventuais calúnias, seja de pesquisa para resguardar a autonomia mental do eleitor.

O que não se deve é dar a essas consultas a dimensão de oráculo. Elas fornecessem informações, e por isso não podem ser subtraídas do público, mas não oferecem todos os dados. Proibi-las não dará ao eleitor o discernimento que por muitas vezes lhe faz muita falta.

Não corrigirá, sobretudo, a deformação que parece mais grave e de enfrentamento urgente: a dupla militância de institutos de pesquisa que, contratados por essa ou aquela campanha, têm seus trabalhos divulgados como se isentos da possibilidade de agradarem ao cliente estivessem.

Isso, sim, cria suspeição. Isso, sim, deveria ser proibido.

Voto facultativo. 
Enfim, surge uma questão relevante nas discussões sobre reforma política no Congresso: o fim do voto obrigatório, como proposta a ser apresentada pelo grupo que cuida do assunto na Câmara. Ainda que não seja aprovado pelo conjunto dos parlamentares - o que provavelmente não será, pois político não abre mão da reserva de mercado - a simples entrada do tema em pauta já dá uma arejada no ambiente.

Notadamente porque "chama" o eleitor para dentro do debate até agora restrito a assuntos do interesse exclusivo dos partidos.


adicionada no sistema em: 25/10/2013 03:25

MENINO MALUQUINHO (Ziraldo)

25/10/2013
Substituir Aécio não é impossível, afirma Serra


Ex-governador paulista diz que gostaria de ser candidato e vê oposição "desnorteada".

Tiago Décimo / Salvador


O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) admitiu ontem, em Salvador, que "gostaria" de ser presidente da República. Ao ser questionado sobre a definição do candidato tucano em 2014, ele observou que "o improvável não é impossível".

Na capital baiana, Serra também comentou a pesquisa Ibope divulgada ontem, na qual aparece com mais intenções de votos que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável presidenciável tucano, nos cenários apresentados. Segundo ele, seu grau de conhecimento no País - Serra disputou as eleições presidenciais de 2002 e 2010, nas quais foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, respectivamente - é um capital político do PSDB.

"Meu grau de conhecimento junto à população é o mais alto depois do Lula e da Dilma no País, minhas opiniões são ouvidas, levadas em conta", afirmou. "Tudo o que eu possa fazer só fortalece o PSDB, nossa posição do ponto de vista da presença junto à população e, futuramente, do ponto de vista do debate eleitoral."

Para o tucano paulista, a pesquisa Ibope "segue" outros levantamentos. "Quando estão meu nome e o da Marina, estamos no mesmo nível. Quando entram os outros candidatos (Aécio e Campos), que nunca disputaram, estão abaixo, o que é normal. Ainda tem muita coisa para acontecer", ponderou.

Na segunda visita a Salvador neste semestre - ele esteve na cidade em 6 de agosto -, Serra voltou a cumprir uma agenda típica de candidato. Concedeu uma entrevista de 45 minutos à rádio Tudo FM. Em seguida, almoçou com colegas de partido e apoiadores, reuniu-se com o prefeito ACM Neto (DEM) e, no início da noite, proferiu uma palestra sobre desenvolvimento econômico para integrantes da Associação Baiana de Supermercados (A base).

"Se você me pergunta: Você gostaria de ser presidente da República?", eu diria: gostaria. Eu me acho preparado para isso, eu saberia como desempenhar", afirmou o ex-governador paulista. "Mas isso não é uma escolha pessoal, é uma escolha da população, das circunstâncias. As circunstâncias estão dadas e teremos novas. Vamos aguardar, continuar trabalhando, discutindo, debatendo. Que é o que eu tenho feito."

Serra, que nos bastidores cogitou deixar o PSDB e migrar para o PPS para disputar a Presidência, ressaltou que seu partido ainda não decidiu qual será o candidato. "No PSDB, vamos tomar essa decisão a partir de março e qualquer especulação maior daqui até lá não leva a lugar nenhum", disse. "Ninguém se inscreveu como pré-candidato. O improvável acontece. O improvável não é impossível."

"Desnorteada". Serra, porém, criticou a antecipação do processo eleitoral e disse que a campanha prematura deixa a própria oposição "desnorteada". "Começar tão antes (o processo eleitoral) prejudica o Brasil. E a própria oposição também fica desnorteada, porque fica na correria em todos os lugares para definir (os candidatos)." "Isso não foi bom nem para o governo."

adicionada no sistema em: 25/10/2013 03:21

TETO, TETA, TÉTANO

25/10/2013
Líder do PSB afirma que petista atingiu seu 'teto'


João Domingos / Brasília


O PT comemorou o resultado da pesquisa do Ibope, afirmando que a sociedade brasileira quer a reeleição da presidente Dilma Rousseff; o PSB diz que o governador Eduardo Campos foi o único a crescer 150%; e o PSDB afirmou que é preciso mudar a estratégia de campanha para forçar o segundo turno, já que Marina Silva está fora da disputa.

"A pesquisa comprovou que a sociedade quer a reeleição da presidente Dilma Rousseff", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), ex-líder do partido e candidato a presidente da legenda. "Acho que a presidente Dilma demonstrou a solidez do governo e a capacidade de diálogo, visto que deu resposta imediata às manifestações de junho", acrescentou ele.

Segundo o líder petista, a sondagem atual reforça a ideia de que o governo tem estrutura para resistir a crises políticas, como a das manifestações de rua de junho. "É um governo aprovado pelo povo brasileiro."

O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou que o resultado da pesquisa Ibope só anima o partido. Para ele, Dilma alcançou o teto e não deverá ultrapassar a casa dos 40%, 41%, enquanto Eduardo Campos cresceu 150%. "Na última pesquisa nosso pré-candidato tinha 4%. Agora está com 10%. Fomos os únicos a crescer 150%. Isso demonstra o acerto da aliança com Marina." Albuquerque vê a presidente Dilma c o tucano Aécio Neves praticamente estacionados.

 "Reforça a ideia de que a sociedade se cansou da polarização PT/PSDB. Nós somos o novo. Nossa candidatura terá uma caminhada muito forte."


Já o senador tucano Alvaro Dias (PR) faz uma análise mais pessimista da dobradinha Eduardo Campos-Marina Silva.

"Foi uma péssima estratégia para a oposição. Com ela, tínhamos a garantia do segundo turno. Com a saída dela, perdemos uma candidatura competitiva. Vamos ter de reavaliar nossa estratégia de luta contra o governo do PT", afirmou o senador do PSDB.

adicionada no sistema em: 25/10/2013 03:20

SIAMESES: SEPARADOS NA MATERNIDADE

25/10/2013
Aliados, mas separados


PT e PMDB devem marchar separados em 11 estados onde estão 68% do eleitorado

Juliana Castro e Paulo Celso Pereira


-Rio e Brasília- 
Aliados nacionais, PT e PMDB devem caminhar separados nas disputas regionais em estados onde estão 68% do eleitorado brasileiro — donos de quase 96 milhões de votos. Esse cenário pode estar presente em 11 unidades da Federação, entre elas os maiores colégios eleitorais do país: Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. A divisão não significa rejeição à reeleição da presidente Dilma Rousseff, embora existam problemas em alguns diretórios do PMDB que ameaçam votar contra a coligação nacional com o PT.

Os dois aliados tendem a se juntar em outras nove unidades da Federação, entre elas o Distrito Federal, onde o governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), tentarão a reeleição. Nos casos em que as duas siglas devem estar unidas, a maior parte das alianças tem os peemedebistas como cabeça de chapa, como no Rio Grande do Norte e em Alagoas. Com o cenário atual, PT e PMDB só apareceriam unidos local e nacionalmente para 16% do eleitorado.
As duas legendas informaram ao GLOBO quais pré-candidatos tinham a intenção de lançar ou apoiar para governador em 2014, o que permitiu o cruzamento de informações.

— Cada partido trabalha para lançar candidatos no maior número possível de estados, assim foi nas eleições municipais, e a coisa vai afunilando. Ainda há estados em que é possível fechamento. Só não é possível mesmo em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul — afirmou o presidente do PMDB, Valdir Raupp.

INDEFINIÇÃO NO MARANHÃO E NO CEARÁ

Em sete estados, a situação está corn-pletamente indefinida. No Maranhão, por exemplo, os petistas estão divididos entre o apoio ao presidente da Em-bratur, Flávio Dino (PCdoB), e ao candidato da governadora Roseana Sarney (PMDB), Luiz Fernando Silva, atual secretário estadual de Infraestrutura. No Ceará, o PT só estará com o PMDB se o governador Cid Gomes (PROS) também apoiar o senador peemedebista Eunício Oliveira ao governo. Cid deixou o PSB do governador e pré-candidato à Presidência Eduardo Campos pára trabalhar pela reeleição de Dilma.

Insatisfeitos com o rumo das negociações com o PT em seus estados, seis importantes diretórios do PMDB do vice-presidente Michel Temer começaram a se movimentar para forçar a realização de uma pré-convenção do partido em março do ano que vem. No j evento, seriam colocadas claramente as condicionantes para o partido apoiar a reeleição de Dilma.
— Não tem tensão nenhuma, pelo menos comigo, não. Todos os partidos fazem convenção, pré-convenção — minimizou o presidente do PT, Rui Falcão, ao chegar a debate dos candidatos à presidência do partido em Brasília.

O aumento da pressão por uma pré-convenção que defina os rumos do PMDB não é gratuito. Os principais diretórios da legenda enfrentam hoje problemas locais que podem se refletir na aliança nacional com o PT. Dois estados já anunciaram publicamente que não apoiarão a reeleição da presidente, justamente os maiores do Nordeste: Bahia e Pernambuco. Os diretórios do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul também estão hoje majoritariamente contra a aliança nacional com o PT, em função de disputas regionais.

Na Bahia, a busca de Geddel Vieira Lima (PMDB) por apoio de outros partidos, incluindo PSDB e DEM, inviabiliza o apoio a Dilma. Já no Rio Grande do Sul, PT e PMDB historicamente sempre caminharam separados. Tarso Genro (PT) busca a reeleição, e o PMDB tem como pré-candidatos o ex-governador Germano Rigotto e o ex-prefeito de Caxias do Sul Ivo Sartori.

— É normal que haja esses conflitos de interesses, e temos que saber manejar isso — afirmou um dos vice-presidentes do PT, Alberto Cantalice.

Há, no entanto, pelo menos quatro estados em que os diretórios do PMDB têm como meta apoiar a presidente Dilma, mas exigem que o PT faça concessões: Rio, Ceará, Maranhão e Paraíba. E, por terem muitos delegados na convenção do partido, eles têm a capacidade de levar a aliança ao naufrágio. Outros três estados que também detêm enorme força na convenção do partido — Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina — encontram-se hoje divididos.

TEMER ATUA COMO BOMBEIRO

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral e estado do pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), os petistas já trabalham pelo nome do ministro Fernando Pimentel, enquanto os pee-medebistas apresentaram o nome do senador Clésio Andrade para a disputa. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, é apontado como um dos que fazem parte da turma que defende o apoio a Pimentel e a união com o PT.

— O Clésio e o Pimentel estão conversando. Pode ser que os partidos tenham candidatos separados, mas apoiando a chapa nacional — afirmou Raupp.

Ontem, com a revelação da estratégia de convocação de uma pré-convenção, Temer recebeu desde cedo diversas ligações a favor e contra a medida. O vice-presidente, naturalmente, defende que a decisão do partido não seja antecipada, até por elevar a possibilidade de rompimento com a candidatura de Dilma. E prega que as negociações com o PT continuem sendo feitas estado por estado. O temor é que a colocação de todos os cenários simultaneamente leve à radicalização do processo.

— Este é um período em que as parI tes estão ensaiando suas jogadas. Quem disser que vai ser assim ou assado é pretensioso — disse o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS).

Temer ao menos conseguiu ganhar tempo. Como acabou sendo abortado o jantar de anteontem que reuniria a cúpula do partido e no qual seria formalizada a proposta da pré-convenção, a tendência é que o assunto só volte a ser debatido no fim do ano.

Os peemedebistas que trabalham pela aliança nacional com o PT não acreditam que os descontentes serão capazes de barrar o apoio do partido a Dil-ma, mas reconhecem que, em alguns estados, os pré-candidatos do partido não farão campanha para a presidente.

A rebelião do PMDB nos estados se alastrou a partir de um epicentro: o Rio. No estado, o mais importante governado pelos peemedebistas, os dois aliados vivem às turras por conta da briga pelo governo do estado em 2014, entre o senador lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

adicionada no sistema em: 25/10/2013 01:01