A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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quinta-feira, março 08, 2007
BUSH: VISITA AO BRASIL - 2007 (cont.)

BUSH: VISITA AO BRASIL - 2007 (cont.)

A própria viagem foi decidida a partir da percepção da Casa Branca de que era preciso se reaproximar da região, depois do foco total no Oriente Médio a partir de 2001.
Mas a crescente influência de Chávez – com presidentes aliados vencendo eleições no ano passado na Bolívia, Nicarágua e Equador – tornou o assunto mais urgente. Como disse o subsecretário de Estado de Assuntos Políticos ao anunciá-la, Nicholas Burns, a viagem se concentraria “numa agenda positiva com países amigos”. Por isso, além de Brasil, Bush visita o Uruguai, Colômbia, Guatemala e México. E deixa de fora Argentina, Bolívia e Equador, países mais alinhados com Chávez. Em resposta, Chávez visita a partir desta quinta-feira a Argentina e depois vai à Bolívia. (BBC Brasil).
BUSH: VISITA AO BRASIL-2007 (cont.)

BUSH: VISITA AO BRASIL-2007 [cont.]

Lula vai elogiar ´aliança´ proposta por Bush em visita:
Por outro lado, a visita de Bush deverá levar Lula a posição de destaque nos conflitos entre os EUA e a Venezuela, do presidente Hugo Chávez. Bush desembarca na noite desta quinta-feira, 8, em São Paulo, na condição de líder que tenta romper seu isolamento no plano internacional e conter a expansão da revolução bolivariana de Chávez por meio de acenos de "generosidade" à América Latina - região que vinha relegando nos últimos seis anos. A Casa Branca soube valer-se da assinatura de um acordo bilateral de cooperação na área de biocombustíveis e dos investimentos que seguirão ao Brasil como moeda de troca nas suas pretensões na América Latina. Este terceiro encontro formal entre Bush e Lula será marcado, portanto, por uma pragmática barganha. (...) O Palácio do Planalto alimenta a expectativa de ver as corporações americanas despejarem bilhões de dólares em investimentos na tecnologia e na produção de etanol de celulose no Brasil, nos próximos anos, bem como em obras de infra-estrutura e do setor energético listadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também se aproveita da passagem de Bush para refutar a existência de um viés antiamericano no governo Lula e para lançar uma nova fase de relações "renovadas" e "íntimas" entre Brasil e EUA, como defendeu o chanceler Celso Amorim. (...) O documento que Lula e Bush assinam na sexta-feira abrirá formalmente o leque jurídico para a parceria no desenvolvimento da tecnologia do etanol de celulose e para a ação conjunta em potenciais mercados produtores na América Latina. O estágio embrionário dessa parceria, entretanto, vai requerer de Lula e sua delegação certa cautela ao tratar da necessária abertura do mercado americano de etanol, para evitar o aborto do projeto por Washington. Atualmente, o galão - equivalente a 3,785 litros - importado do Brasil é taxado em US$ 0,54. (O Estadão).
DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 8 DE MARÇO






Às "Anita Garibaldi", "Maria Bonita", "Pagu", "Cecília Meireles", "Leila Diniz", "Ângela Diniz" [e tantas outras],
BUSH: VISITA AO BRASIL-2007
Em um ato de protesto contra a visita do presidente americano ao Brasil, militantes do PSOL queimaram um boneco do presidente dos Estados Unidos George W. Bush em frente ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (07). Bush começa no Brasil sua viagem de seis dias pela América Latina. O presidente do EUA chega a São Paulo na quinta-feira (08) e fica até a sexta-feira. Ele deverá discutir acordos comerciais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a produção de etanol. (Bondenews, FLondrina).
AMAZÔNIA: OS CAMINHOS DA DEVASTAÇÃO [conclusão]
O MAPA DAS RODOVIAS PIRATAS
1- Região de Santarém - É onde mais têm crescido as vias ilegais nos últimos anos. Isso ocorre principalmente por causa do avanço da soja. Na foto, tratoristas são autuados por desmatamento ilegal em uma dessas estradas
2- Ramais da Transamazônica - Construída na década de 70, abriu caminho para centenas de ramais ilegais. Vista de cima, parece uma espinha de peixe
3- BR-163 - A rodovia se tornou um eixo para a ocupação irregular de terras e corte ilegal de madeira. Até agora só uma pequena parcela foi pavimentada
4- Mato Grosso - O Estado campeão em desmatamento está substituindo a Floresta Amazônica por soja
5- Rondônia - A floresta só existe conservada dentro das reservas ecológicas. No resto do Estado, foi praticamente devastada
6- Parque Indígena do Xingu - A região está sob pressão. Grande parte do entorno foi desmatada. Ramais ilegais cortam a área dos índios de ponta a ponta
(ISTOÉ Online).
AMAZÔNIA: O CAMINHO DA DEVASTAÇÃO [2a. parte]
As conseqüências são trágicas. Como esses ramais rodoviários são abertos por agentes ilegais, o caminho que abrem também levará à clandestinidade. A disputa pelas terras invadidas alimenta a violência na região. O Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, divulgado na última semana, mostra que cinco das dez cidades mais violentas do país estão na Amazônia. A primeira do ranking é Colniza, em Mato Grosso, com índice de 165,3 mortes por 100 mil habitantes. A Comissão Pastoral da Terra estima que pelo menos 2 mil pessoas tenham morrido em conflitos fundiários nos ramais da Amazônia nos últimos 30 anos. As estradas clandestinas também levam à destruição da floresta. Cerca de 80% do desmatamento ocorre em um raio de até 5 quilômetros desses ramais, de acordo com o estudo do Imazon. A derrubada da mata não melhora a vida da população atraída pela abertura das estradas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 16 milhões de pessoas que habitam a área de floresta, 70% estão em condições que beiram a miséria absoluta. Foi assim com Socorro e Ruimar da Cunha. O casal mora em um casebre a 130 quilômetros da cidade de Santarém, em uma estrada vicinal que sai do km 101 da Rodovia BR-163. Eles se conheceram há 15 anos ali. Ruimar veio de Santarém com os pais, atraídos pela construção da estrada. Socorro também veio com a família, em busca de uma terra para fazer roça. Tiveram quatro filhos. Mas não querem mais ficar por lá. Decidiram sair quando o filho de 7 anos, Fernando, morreu de pneumonia, em 2005. "Chovia muito. Foi quase um dia inteiro para atravessar a estrada, comprar remédio e levar o menino para o posto de saúde", diz Socorro. Fernando morreu no caminho. Hoje, a família troca parte do que planta por óleo, sabão e roupas. Nos próximos dias terá de deixar o casebre de madeira. Embora o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirme que aquela terra é pública, o pai de Socorro se diz dono do terreno onde o casal mora. E vendeu os lotes para um agricultor. "O novo proprietário pode nos expulsar a qualquer momento", diz Ruimar. Ele planeja migrar para outro ramal da BR-163. Natalino Lima também mora no ramal 101 da BR-163. Ele cultiva arroz, feijão e legumes para a subsistência. "Vim aqui para limpar a terra para o meu patrão", diz o caboclo. Ele afirma que recebe R$ 450 por mês para agir como vigilante da terra. Natalino derrubou toda a madeira de um lote do tamanho de dez campos de futebol. Segundo ele, para plantar arroz e soja. Diz que não sabe o que significa ter posse de terra. "O que me importa é que o patrão é bom pagador." Mora na propriedade com a mulher e o filho em uma casa de madeira, sem energia elétrica. E não faz idéia de seu próximo paradeiro. "Aqui, a gente vai vivendo sem pensar no depois", diz. Natalino afirma já ter cuidado de outros três lotes em duas vicinais diferentes. "Cuidar", para Natalino, é derrubar a floresta. Raramente essas pessoas se dão conta de que alimentam um sistema ilegal. Por dois motivos. Primeiro, porque a clandestinidade é a regra na região. O segundo é que há uma zona de sombra entre o que é oficial e o que é fora da lei. Os primeiros 10 quilômetros da vicinal 101 da BR-163 têm energia elétrica, embora a estrada não esteja em nenhum mapa oficial. Os moradores construíram até uma escola. E os órgãos públicos contribuíram com os professores. A Prefeitura de Santarém ajuda a manter parte do ramal trafegável durante o ano. O dono de um microônibus particular atravessa o ramal de 50 quilômetros todo dia, para levar a população para as cidades mais próximas. É só uma ida e uma volta por dia. Mas ajuda quem muitas vezes tem de encarar a travessia a pé. Algumas vias até foram "privatizadas". Nas estradas clandestinas mais recentes e ainda pouco ocupadas, os fazendeiros instalam guaritas e cobram pedágio dos veículos. Quem quer passar por lá tem de se identificar e pagar uma taxa para avançar pela floresta. O mapa dessa rede paralela de estradas é um documento precioso. Pela primeira vez, os órgãos de fiscalização têm a localização dessas vias. "Isso significa ter o endereço do grileiro, do madeireiro e do agricultor ilegal", diz Souza. Agora é esperar para ver se as autoridades usarão bem os dados. Como deter essa destruição? O avanço das estradas também indica como é improdutivo simplesmente tentar proteger a Amazônia, como se fosse um território intocado. Até agora, a grande ação do governo para ordenar o uso do território foi a criação de áreas de conservação. Mas elas não convertem a população que já está lá, abrindo estradas. Uma opção é a lei de concessões florestais, aprovada no ano passado. Ela permite que empresas madeireiras tenham concessão para explorar, de forma sustentável, florestas públicas. "O governo finalmente percebeu que a única forma de manter a floresta em pé é criar uma economia legal", diz Paulo Adário, coordenador do Greenpeace na Amazônia. Falta realizar as primeiras concessões. Essa, sim, pode ser uma estrada para o progresso. (IstoÉ Online).