PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, julho 31, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "EM ALGUM LUGAR NO PASSADO..."










[Chargistas: Glauco, MJacobsen, Frank, Ique, Aliedo, Sponholz].

LULA & VAIAS: "ORQUESTRAÇÃO" DA OPOSIÇÃO [!]

Orelhas são para vaias e aplausos, diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (31) que não se incomoda em escutar vaias. “Deus fez o homem perfeito, com duas orelhas, uma para ouvir as vaias e a outra pra ouvir aplausos”, disse, em cerimônia em Cuiabá, onde anunciou recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de saneamento básico. Após a solenidade, o presidente seguiu para Campo Grande, onde também deverá anunciar verbas do PAC. Vaiado na abertura dos jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro, Lula disse nesta terça que não vai se intimidar com esse tipo de protesto e continuará “percorrendo o Brasil”. “Os que estão vaiando deveriam estar aplaudindo porque ganharam muito dinheiro no meu governo”, disse, referindo-se a banqueiros e empresários. Ele considerou as críticas e vaias como atos “insanos”. Segundo Lula, na política, “quem perde fica em casa acendendo vela, tudo para não dar certo”. Na cerimônia, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), afirmou que agiu para impedir um protesto que seria realizado por militantes tucanos contra o presidente Lula. Dirigindo-se ao presidente, que acompanhava o discurso do prefeito, Santos disse ser contra o protesto, uma vez que Lula estava na cidade para anunciar recursos para o estado. Afirmou ainda que o grupo que pretendia vaiar Lula em Cuiabá era tão pequeno que "não daria nem para formar um time de futebol de salão". O presidente também falou sobre a pobreza. "A periferia desse país empobreceu. Há 40 anos, São Paulo tinha duas favelas. Hoje, tem 700". Na cerimônia, Lula prometeu anunciar mais recursos para investimentos em transportes no estado, em hidrovias e ferrovias. Os ministros Márcio Fortes, das Cidades, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, acompanham o presidente na viagem. A comitiva deve retornar a Brasília ainda nesta terça. G1, TV Centro América. Foto vídeo-matéria.

BRIGADEIRO PEREIRA & INFRAERO: CAI-NÃO-SAI

''Pode até ser que eu tenha errado''

Uma hora antes de o governo anunciar a sua demissão da presidência da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), o brigadeiro José Carlos Pereira demonstrava a mesma serenidade vista em outros episódios da crise aérea. Alheio às manchetes dos portais de notícias, que a essa altura já davam como certa sua saída da estatal, Pereira acertava os últimos detalhes da exposição que faria na reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). ''''Estou ansioso'''', admitiu. ''''Não pelo meu futuro, mas para saber o que vai sair dessa reunião''''. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida por J. Carlos ao Estado.
O sr. continua na Infraero? Não sei, rapaz. Ainda não fui comunicado sobre nada, continuo aqui na empresa. Trabalhei quatro anos no Palácio do Planalto, sei muito bem como funciona a máquina e é evidente que, numa hora dessas (de crise), é necessário mudar. Isso existe mesmo. Pode até ser que eu tenha errado em algum momento, mas mudanças fazem parte da administração pública. Há pessoas que saem magoadas, mordendo a porta. Quem faz isso não deveria ter ocupado essa função.
Na semana passada, o governo anunciou a transferência de diversos vôos para Cumbica. O aeroporto suporta essas mudanças? Agüenta sim. Claro que o aeroporto precisa de alguns ajustes, muitos já estavam programados, outros eu mandei fazer. Na Asa C, por exemplo, rearrumamos os balcões de check-in, as filas estão menores, acho que o saguão ficou mais balanceado. Campinas, daqui a uns 40 dias, também terá condições de receber mais vôos. Ainda precisa de alguns ajustes, mas vai ficar pronto a tempo. Agora, isso tudo é emergencial. Pode ficar assim 2, 3 anos. Mas precisamos de planejamento, novos aviões estão chegando, as empresas estrangeiras querem operar mais aqui.
A crise se arrasta há mais 10 meses. O governo não demorou demais para agir? Claro que sim! Deveríamos ter tomado providências há 11 meses, não tenha dúvidas.
O sr. tem demonstrado desapego ao cargo. Mas há outros órgãos ligados à aviação cujos integrantes não têm a mesma posição. É falta de espírito público? Acho que sim. Isso (espírito público) é uma coisa em falta hoje em dia. As pessoas estão muito preocupadas com suas carreiras, que cargos vão ocupar. Não ligo para isso.
Caso deixe a presidência da Infraero, pretende continuar morando em Brasília? Ainda não sei. Sou de Salvador, minha mulher é do Rio Grande do Norte, mas gostamos mesmo é do Rio. É capaz que eu fique alguns dias por aqui (em Brasília) e depois decida o que fazer. Meu lugar é o País, a cidade tanto faz. Bruno Tavares, Estadão.

RENAN CALHEIROS: "ETERNO ENQUANTO DURE"

PF recebe último lote dos documentos de Renan


Brasília - O Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal recebeu ontem o último lote residual de documentos de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a processo por quebra de decoro parlamentar. A entrega do material estava sendo dificultada por órgãos do governo alagoano, controlados por aliados de Renan, e só foi feita, com atraso, mediante pressão do Conselho de Ética, onde corre o processo. Com esses últimos dados, a Polícia Federal acredita ter condições de concluir até o próximo dia 14 o laudo que vai atestar se existiram as operações de venda de gado e, ainda, se o senador recebeu ou não a ajuda de um lobista para o pagamento de contas pessoais. Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o futuro político de Renan dependerá do laudo dos peritos da Polícia Federal. "Se o resultado for contra ele, dificilmente terá os votos necessários para manter o mandato", previu. O motivo, segundo o parlamentar goiano, é que a existência de notas frias, de operações falsas de compra e venda de gado ou de qualquer outro perjúrio resultará na constatação de que o senador não respeitou o decoro do cargo. Demóstenes acha importante que os peritos procedam ao teste da contemporaneidade nos recibos assinados por Renan. A avaliação mostraria se as datas dos documentos coincidem com as de venda do gado ou são posteriores. Determinada há três semanas, a perícia da PF só começou na última quarta-feira, porque os documentos - notas fiscais com os canhotos, recibos, guias de transporte de animais, declaração de renda e outros papéis - foram entregues a conta-gotas. O laudo é decisivo para o julgamento do processo. O senador alega inocência e já reiterou diversas vezes que não vai renunciar à presidência do Senado nem ao mandato. A existência de notas fiscais frias, inclusive de empresas que nem sequer existem, entre os documentos entregues à perícia, no entanto, pode complicar a defesa de Renan. Entre os papéis colocados sob dúvida estão notas emitidas pelos frigoríficos GF Silva e Carnal Carnes, cujas inscrições na Fazenda estadual estavam extintas na época das operações.Os documentos dessas duas empresas, por sinal, já haviam sido reprovados em laudo parcial feito pela Polícia Federal em 19 de junho.Ao todo, foram formulados 30 quesitos sobre a evolução patrimonial do presidente do Senado, sobre seus rendimentos agropecuários e sobre a autenticidade dos documentos. Caso fique constatado que o senador mentiu, ele pode ser cassado e ter os direitos políticos suspensos por oito anos. Estadão, Vannildo Mendes. Foto matéria.

JOBIM & GOVERNO LULA: AFINADO COM O PMDB/SERRA


O ingresso de Nelson Jobim no governo modificou o ânimo de Lula em relação à crise aérea. Para o presidente, os primeiros movimentos do novo ministro da Defesa arrancaram o governo do córner. “O Jobim tirou o governo da defensiva”, disse Lula a um auxiliar. O presidente reagiu com menosprezo à informação de que a proeminência do novo ministro começa a provocar ciumeira no PT. Nos subterrâneos, o petismo torce o nariz para a excessiva proximidade de Jobim com o governador tucano José Serra (São Paulo). Aquilo que seu partido vê como um defeito, Lula qualifica como virtude. Numa espécie de auto-elogio, o presidente vangloria-se do fato de ter nomeado Jobim sem se preocupar com o seu perfil político-partidário. Elogia-lhe a capacidade gerencial. E enxerga na amizade com Serra não um problema, mas uma solução. Nesta terça-feira (31), o PT reúne sua Executiva Nacional. O aerocaos é um dos temas da pauta. Alertado a respeito, Lula comentou: “Espero que não façam nenhuma besteira”. Convidado a participar, nesta segunda-feira (30), da reunião semanal da coordenação de governo, no Planalto, Jobim fez um relato da visita que realizara a São Paulo na sexta-feira (27). Rompendo a inércia do petista Waldir Pires, seu antecessor, Jobim visitara o cenário da tragédia do Airbus da TAM. Incluíra na agenda paulistana visitas a Serra, primeiro poítico a quem comunicara a decisão de ingressar no governo, e ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Retornara a Brasília já decidido a defender duas sugestões que Serra e Kassab haviam feito em carta a Lula: a construção de uma terceira pista no aeroporto de Cumbica (Guarulhos) e a costura de uma parceria entre a iniciativa privada e os governos federal e estadual, para bancar uma linha de trem expresso unindo Guarulhos a São Paulo. De resto, decidira levar ao freezer a idéia, anunciada com pompa em 20 de julho, de construir um terceiro aeroporto em São Paulo. Iniciativa que Serra considerara pirotécnica. Lula renovou ao ministro a carta branca que dera na semana passada, quando o nomeara. Nos próximos dias, Jobim terá, no Rio, uma reunião com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Entre outras coisas, discutirá a hipótese de envolvimento do bancão estatal de fomento na operação do trem expresso. Em privado, Lula revela-se aliviado por ter, finalmente, demitido o amigo Waldir Pires da pasta Defesa. A seu juízo, Jobim já está fazendo, em poucos dias, o que Pires não fora capaz de fazer: unificar o discurso e a linha de ação dos diferentes órgãos que operam no setor aéreo. Sobretudo a Aeronáutica, a Infraero e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No PT, avalia-se que Jobim foi descortês com Pires ao proferir a frase incômoda: “Aja ou saia; faça ou vá embora”. Lula, de novo, discorda. Acha que, mais do que necessária, a afirmação de autoridade do novo ministro era “indispensável”.Na semana passada, Lula e parte de sua assessoria haviam flertado com a idéia de estimular os dirigentes da Anac a interromper, por meio de uma demissão coletiva, os próprios mandatos, que, pela lei, vão até 2011. Agora, o Planalto passou a considerar a providência momentaneamente desnecessária. Estima-se que, como presidente de um vitaminado Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil), Jobim vai ditar os novos rumos da aviação civil. Rumos que, por dever funcional, os dirigentes da Anac não poderão se furtar a seguir. O otimismo do governo encontra-se, naturalmente, pendurado na efetividade das providências recém-anunciadas. Medidas que, por ora, serviram apenas para preencher páginas de jornal e para evidenciar a inação que levou o governo ao córner do qual Lula imagina ter saído. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Dez dias após anunciar terceiro aeroporto, governo descarta idéia. O governo descartou ontem a possibilidade de construir um terceiro aeroporto em São Paulo, pelo menos a curto prazo. A decisão foi tomada dez dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, terem anunciado publicamente a intenção de o governo federal erguer esse novo aeroporto fora de São Paulo. Ontem, na reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto, o presidente aceitou o argumento apresentado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, indicando que o mais conveniente, neste momento, é investir na construção da terceira pista do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Vera Rosa, Leonencio Nossa, Estadão.
Jobim analisa construção de área de escape em Congonhas. BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de construção de uma área de escape no aeroporto de Congonhas, onde, no dia 17 de julho, um avião da TAM perdeu o controle e se chocou em um prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas. Segundo o ministro, já foram iniciadas conversas com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). "Ampliar a pista (de Congonhas), nem pensar. Mas vamos examinar com o prefeito Kassab, e ele já mostrou disposição para isso, a ampliação da área de escape", disse Jobim em entrevista, depois da primeira reunião do Conselho de Aviação Civil (Conac) presidido por ele. Tânia Monteiro, Ana Paula Scinocca e Luciana Nunes Leal. Estadão.
CPI analisa transcrições da caixa-preta no início da tarde. BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados vai começar, no início da tarde desta terça-feira, 31, a analisar as transcrições das caixas pretas do Airbus da TAM acidentado no dia 17 de julho. O anúncio foi feito pelo presidente interino da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na abertura dos trabalhos da CPI. Antes das 10 horas desta terça-feira, Cunha recebeu o áudio dos diálogos mantidos pelos controladores de vôo e os pilotos do avião da TAM. Cunha deve consultar os demais integrantes da CPI sobre o tratamento que dará às informações que estão sendo enviadas pela Aeronáutica. Cunha está no comando dos trabalhos, porque o presidente da Comissão, Marcelo Castro (PMDB-PI) está internado, em Brasília, tratando de uma diverticulite. Denise Madueño, do Estadão.
SERRA Propõe construção de trem de SP a Cumbica. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), propôs hoje uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a construção de um trem expresso da capital paulista até o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. A sugestão foi anunciada após reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim e custaria R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão caberia ao governo estadual, R$ 580 milhões ao governo federal e R$ 1,32 bilhão à iniciativa privada. De acordo com estudo da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, o sistema ficaria pronto em 2010. Serra defendeu também a implantação de uma pista expressa para ligar a Rodovia dos Bandeirantes ao aeroporto de Viracopos, em Campinas. Para o futuro, o governador propõe que essa pista seja prolongada até a capital paulista, em paralelo à Rodovia dos Bandeirantes. "O Aeroporto de Viracopos é o que tem o maior potencial de expansão no Estado", disse, ressaltando que a médio prazo a ligação ferroviária até o local também poderia ser utilizada. G1.
Fidel deixou Cuba com educação de 1º mundo e PIB do Iraque. A Cuba que o ditador Fidel Castro deixou de administrar há exatamente um ano, quando passou o poder da ilha a seu irmão Raúl, vive uma realidade de grande contradição. Após quase meio século de implementação de um regime socialista, a vida dos cubanos concilia pobreza com desenvolvimento humano considerado alto. O país tem serviços de saúde e educação que estão entre os melhores do mundo, dada principalmente sua universalidade -isto é, abrange quase toda a população. Mas por outro lado a maioria dos cubanos não tem acesso a vários produtos básicos de alimentação e de higiene. Um simples rolo de papel higiênico e sabonete são artigos considerados de luxo pelos cubanos, por causa do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos que a ilha sofre há quatro décadas. Fabio Schivartche e Daniel Buarque. G1.

GOVERNO DA PARAÍBA: CASSADO E INELEGÍVEL

Justiça Eleitoral cassa mandato de governador da Paraíba

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Paraíba cassou na noite desta segunda-feira o mandato do governador do Estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), eleito em 2006. Com a sentença, o segundo colocado no pleito, José Maranhão (PMDB), deve assumir o cargo. Lima era acusado de abuso de poder político nas eleições. Segundo o TRE, a FAC (Fundação de Ação Comunitária), ligada à Secretaria do Desenvolvimento Humano do Estado, havia entregue 35 mil cheques à população durante a campanha eleitoral, sem que houvesse nenhuma lei que regulasse a distribuição. A denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral) pedia, além da cassação, a inelegibilidade de Lima por três anos (a partir de 2006) além de uma multa --fixada em R$ 100 mil. Em seu parecer, o relator do processo, corregedor Carlos Eduardo Leite Lisboa, atendeu o pedido dos procuradores dizendo que a finalidade do programa era apenas eleitoreira. Lisboa também estendeu a multa ao presidente da FAC, Gilmar Aureliano de Lima. Dos cinco juízes, apenas um votou contra o relator. Lima ainda pode recorrer junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Folha Online, com Agência Folha.

GOVERNO LULA: "CANSEI" DAS VAIAS!

Manifestações contra Lula preocupam Planalto


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com os protestos contra seu governo, mas disse ontem que não vai se intimidar com vaias. Diante de ministros da coordenação política, no Planalto, afirmou que irá ao Rio Grande do Sul e ao Paraná por volta de 14 de agosto, quando retornar de seu périplo pelo México e por quatro países da América Central. Na tentativa de evitar mais dissabores para Lula, como novas vaias, sua assessoria cancelara viagens que faria a Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina logo após a tragédia com o Airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, dia 17. "Ninguém vai me emparedar", afirmou Lula, na reunião de ontem. "Eu não vou deixar de andar o País por causa de vaia." Pesquisas do tipo tracking, encomendadas pelo Planalto após o acidente em Congonhas, já indicam que a popularidade do presidente caiu, sobretudo em São Paulo, e em camadas das classes média e alta. O levantamento acendeu a luz amarela no Planalto, depois de dez meses de crise aérea. Até agora, o governo não organizou nenhuma estratégia para enfrentar hostilidades, mas pretende observar as manifestações com cautela. Há, na avaliação do Planalto, duas situações distintas em meio aos gritos de "Fora Lula": a primeira, considerada natural, de indignação das famílias de vítimas do acidente da TAM; a segunda, organizada pela oposição. Um auxiliar direto do presidente disse ao Estado que o governo identifica o bordão "Cansei" como uma "coisa armada" pelos adversários, especialmente do PSDB e do DEM. O movimento foi lançado por empresários e tem apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O verbo cansei é sempre associado a substantivos que causam dor de cabeça ao Planalto, como corrupção e apagão aéreo. Lula recebeu vaias na semana passada, em viagens ao Nordeste, e no dia 13, na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Rio. No diagnóstico do governo, porém, os apupos foram "superdimensionados" pela imprensa. Apesar de garantir que viajará para o Paraná e o Rio Grande do Sul no meio de agosto, o presidente - que hoje assina convênios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Campo Grande - não irá a Santa Catarina. A alegação oficial é de que "não terá tempo" para lançar pessoalmente o PAC em todos os Estados. Na sexta-feira, ele pretende reunir no Planalto governadores de 12 Estados que ainda não visitou e dar por encerrada essa maratona de viagens para assinar protocolos do PAC. Além da crise aérea, outro assunto que tem tirado o sono do presidente é a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas Orçamentárias (DRU), cuja vigência termina em dezembro. A arrecadação estimada para este ano, só com a CPMF, é de R$ 36 bilhões, e o governo jura não ter como abrir mão desse dinheiro. Ainda nesta semana, Lula participará da reunião do Conselho Político e pedirá à base aliada que ajude a aprovar a renovação da CPMF e da DRU. A oposição ameaça derrubar as duas e uma fatia do PMDB cobra cargos em estatais como Furnas para votar com o governo. Vera Rosa e Leonencio Nossa. Estadão.