PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, julho 22, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] A FLAUTISTA DE ''BRASELIN''










Homenagem aos chargistas brasileiros;
e ao Irmãos Grimm.
---

OPINIÃO: INDIGNAÇÃO SEM AÇÃO, É LETRA MORTA !

Em torno da indignação

22 de julho de 2011 | 0h 00



Fernando Gabeira - O Estado de S.Paulo



Muitas pessoas afirmam que a corrupção chegou a níveis intoleráveis. E algumas, como Juan Arias, editor do El País, perguntam por que os brasileiros não se indignam. Em vez de buscar as causas sociológicas e econômicas, tão debatidas nos artigos sobre o tema, procuro utilizar também a memória.

Os governos Juscelino Kubitschek e João Goulart eram acusados de corrupção. É possível até dizer que os oficiais da Aeronáutica que promoveram a Revolta de Aragarças achavam a corrupção intolerável e não entendiam por que os brasileiros não se indignavam. No período Goulart havia uma forte ligação entre sindicatos e governos. Movimentos independentes no setor só surgiram no fim da década de 1960, com as greves de Osasco e Contagem. Na época anterior à ditadura, como agora, as denúncias de corrupção parecem ser apenas um contraponto oposicionista e figuram como um episódio lateral ao impulso desenvolvimentista de JK ou ao projeto de reformas de base de Goulart.

O pensamento da esquerda no poder é semelhante. Para ela, a floresta é o desenvolvimento com distribuição de renda. A corrupção é apenas uma árvore torta que insistimos em denunciar. Nesse quadro, a História do Brasil contemporâneo seria circular, com as realizações se desdobrando e algumas forças, à margem, gritando contra a corrupção.

Muita coisa mudou. O projeto de desenvolvimento recheado de corrupção não é sustentável. Novos e poderosos instrumentos estão à disposição de brasileiros muito mais bem informados que no passado. Nem sempre é preciso ir às ruas: 50 pessoas em Nova Friburgo conseguiram se organizar para pressionar a Câmara por uma CPI independente. O governo tinha maioria, mas elas venceram. Minúscula exceção, numa cidade atingida pela tragédia.

Mas a verdade é que em outros campos há também resistência. É o caso da resistência contra o mais importante ator econômico do momento: a associação do governo com alguns empresários, fundos de pensão e o BNDES. Esse grande ator é percebido de forma fragmentária. Ora se esforçando para tornar viável a usina de Belo Monte, ora no varejo tentando fundir Pão de Açúcar e Carrefour, ora sendo rejeitado no seu progressismo ingênuo, como no projeto do trem-bala. Sua ação articulada nem sempre é percebida como a de um novo ator. Exceto pelos vizinhos latino-americanos, que o consideram - a julgar pelo seminário internacional realizado no iFHC - um elemento singular do capitalismo brasileiro. Apoiadas no BNDES, as empresas brasileiras tornam-se mais competitivas no exterior. Mas trazem a desconfiança como um efeito colateral.

Cheguei, num certo momento, a comparar Lula-Dilma com Putin-Medvedev. E o capitalismo dirigido pelo Estado como fator que aproximava as experiências de Brasil e Rússia. Mas o desenrolar da crise de 2008 foi diferente para os dois. A Rússia sofreu mais que o Brasil e a interpretou como sinal para modernizar algumas áreas, privatizando-as. O Brasil, como uma oportunidade para ampliar o papel do Estado.

Pode-se compreender a demanda de indignação. Mas o sistema político está dominado, há um ator econômico poderoso e o governo emergiu vitorioso das eleições. Não há desemprego de 40% entre os jovens, como na Espanha. Ainda assim, houve indignação em Teresópolis, revelada em inúmeras manifestações. O movimento esbarrou no próprio processo político, pois conseguiu uma CPI e ela foi controlada pelo governo. O que as pessoas decidiram? Continuar manifestando indignação ou voltar à carga no momento eleitoral, quando o sistema fica mais vulnerável? Optaram pela última alternativa. Na Espanha foi a proximidade das eleições que permitiu o avanço dos indignados, mesmo sem a pretensão de disputar cargos.

Parte dos brasileiros acha que a corrupção é um preço que se paga ao desenvolvimento. Um setor da esquerda não somente acha isso, como confere uma qualidade especial ao desvio de dinheiro para causas políticas: os fins justificando os meios. Não se pode esquecer que 45 milhões votaram na oposição depois de oito anos do mesmo governo. Não eram da UNE nem da CUT.

A corrupção no Ministério dos Transportes é bastante antiga. Às vezes ele muda de mãos, passa de um partido a outro. Para os que conhecem o processo político brasileiro, a notícia não foi surpresa. As denúncias de corrupção sucedem-se diariamente e não se resolvem dentro dos canais parlamentares. Se os eleitores se indignarem, ostensivamente, podem se transformar numa indignação ambulante. As próprias pessoas que pedem hoje que se indignem vão achá-las monótonas e repetitivas. Para que os que têm o potencial de se indignar, coloca-se a questão da oportunidade exata, do preciso emprego da energia. Navega-se num sistema político cada vez mais distante, tripulado por um gigantesco ator econômico e um crescimento com viés inclusivo. Quando o adversário é ao mesmo tempo indiferente, opaco e poderoso, a indignação social tem hora.

É um problema deixar de se indignar com uma corrupção que mata, como na saúde e nos transportes, e aniquila sonhos, como na educação. Mas também é um problema indignar-se e voltar para casa de mãos vazias.

A indignação na Espanha ocorreu num momento em que poderia crescer. Ainda assim, como não se voltou para a ocupação de espaço institucional na política, seus resultados estão em aberto. O caso de Teresópolis mostrou que sem uma contrapartida institucional as melhores aspirações se afogam no pântano do próprio sistema político. O que torna a questão mais complicada do que pura e simplesmente se indignar às vésperas das eleições. É necessário vencê-las ou, no mínimo, eleger uma oposição de verdade.

A pergunta de Juan Arias é legítima. Mas seria ilusório pensar numa resposta simples, como se houvesse no enigma uma espécie de bala de prata, uma descoberta que pusesse a indignação em movimento. Em processos complicados, uma das respostas mais sábias é a do comercial de televisão: Keep walking.

JORNALISTA

GOVERNO DILMA/PR/MT [In:] DNIT ou DEMITE ?

Roncos da reação

22 de julho de 2011 | 0h 00


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo



Valentes, mas não ao ponto de explicitar insatisfação em caráter irrevogável, deputados do PR reagem às demissões no Ministério dos Transportes com ameaças veladas ao governo.

O líder do partido na Câmara, Lincoln Portela, reivindica isonomia no rigor para toda base aliada e diz que a presidente Dilma Rousseff está "brincando com fogo".

O deputado Luciano de Castro avisa que, atingido "na cabeça e no coração", o PR "não tem mais que ter medo de perder o que já não existe".

Outros tratam de disseminar a versão de que tão logo volte do recesso e reassuma sua cadeira no Senado, o ministro exonerado Alfredo Nascimento fará um discurso para pôr os pingos nos is.

De seu ponto de observação na trincheira do PMDB, o notório Eduardo Cunha pontifica: "É preciso tomar cuidado para isso não se transformar em regra: sai nos jornais e revistas e vai direto para o Diário Oficial".

O restante do partido, vice-presidente da República inclusive, fica na encolha. Provavelmente esperando para ver se a faxina é um espasmo e passa ou se a regra é para valer, para todos e por tempo indeterminado.

Enquanto isso, suas excelências buscam, nos bastidores, abrigo na concepção flexível de ética e na falta de interesse do ex-presidente Lula em que, uma vez (e se) consolidada a dinâmica da vassoura impiedosa, as comparações de estilo evoluam para a constatação de que o antecessor deixou uma herança para lá de maldita à sucessora.

A maneira desabrida de Lula privilegiar a lealdade em detrimento dos bons costumes é que levou as coisas do fisiologismo ao atual estado de degradação. Logo, se a presidente estiver mesmo decidida a mudar o padrão, a opinião pública acabará percebendo o que nos últimos oito anos achou mais cômodo não perceber.

Daí as versões de que Lula está "preocupado" com a saúde da base governista, enxergando riscos à governabilidade no modo Dilma de lidar com as denúncias (por hora só) relativas ao Ministério dos Transportes.

Quais seriam esses riscos?

Depende da atuação da presidente. Se ela der vazão à impetuosidade à deriva, como no caso em que mandou Antonio Palocci ameaçar o vice Michel Temer com a demissão dos ministros do PMDB se o partido não votasse o Código Florestal na Câmara tal como queria o governo, o perigo de isolamento é real.

Terá a maioria do Congresso contra ela e poderá acabar em maus lençóis quando precisar de amparo.

Agora, se agir com precisão e fundamento na correção dos rumos do que estiver realmente malfeito, o que farão diante do apoio que ela receberá da sociedade?

Declarar independência ou morte? Chamar o povo às ruas? Atear fogo às vestes? Pedir demissão coletiva de todos os cargos?

Sem unidade nem credibilidade, por hora os parceiros do consórcio blefam e torcem para que a chuva seja de verão.

Dois fervendo. O presidente da Infraero, Gustavo Matos do Vale, saiu na quarta-feira literalmente correndo de uma solenidade na Base Militar de Brasília, após receber um telefonema.

Era Dilma chamando para mandar que Vale desse um "sacode" na empresa aérea Gol por causa dos atrasos e cancelamentos no dia anterior em Congonhas.

Dividendos. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pode sair no lucro com a crise no PR, que, além das agruras com o governo federal, enfrenta um racha interno.

A primeira ideia dos insatisfeitos era fundar um novo partido, mas eles chegaram à conclusão de que não daria tempo de tomar todas as providências legais até setembro, data limite para poder concorrer às eleições municipais de 2012.

O plano B é a adesão ao PSD de Kassab. O prefeito já recebeu alguns deputados do PR para conversar a respeito.

Ela acha. Pode ser até que não seja, mas a presidente Dilma pôs na cabeça que José Serra será o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
--

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


22 de julho de 2011

O Globo


Manchete: Portos inaugurados há dois anos afundam na Amazônia

Ministério alega que obras não suportaram cheias dos rios da região

Além das denúncias de corrupção, obras do Ministério dos Transportes sofrem com a baixa qualidade. Cinco portos fluviais construídos no Amazonas nos últimos dois anos já apresentaram problemas, como rompimento ou afundamento. Os gastos com os cinco portos - quatro deles entregues no ano passado - somam R$ 44 milhões. O ministério alega que as obras não suportaram as cheias dos rios amazônicos. Ontem, a presidente Dilma excluiu de reunião sobre o PAC o diretor do Dnit Hideraldo Caron (PT), também ameaçado de demissão. (Págs. 1, 3, 4 e Luiz Garcia)

Arco do Rio só tem 35% executados

Três anos após iniciadas, as obras do Arco Metropolitano do Rio, do PAC, andam tão lentamente que até agora só foram executados 35% do projeto. Para que a rodovia de 70,9 quilômetros seja entregue em dezembro de 2012, como prometido pelo estado, o ritmo da obra terá que ser triplicado. Entre as desculpas para o atraso já esteve até a preservação das pererecas. (Págs. 1 e 12)

Equador: sentença ameaça jornalistas

A condenação em apenas 33 horas, do jornalista Emilio Palacio e dos donos do jornal "El Universo" a três anos de prisão e pagamento de multa de US$ 40 milhões provocou uma avalanche de críticas dentro e fora do Equador. Eles são acusados de terem caluniado o presidente Rafael Correa. O governo, que controla o Judiciário, é considerado uma das maiores ameaças à liberdade de expressão no continente. (Págs. 1 e 30)


Artigo
Querem nos calar e provocar o pior silêncio: a autocensura. (Carlos Pérez Barriga, diretor do "El Universo"). (Págs. 1 e 7)

Erro médico mata mais que acidente aéreo

É mais perigoso se internar num hospital que voar de avião, alerta a OMS. O motivo: erros médicos e infecções hospitalares. O risco de morrer num avião é de 1 em 10 milhões. No hospital, 1 em 300. (Págs. 1 e 32)

Promotores viram réus no caso do mensalão do DEM (Págs. 1 e 11)


Acordo dá € 109 bi e novo fôlego à Grécia

Líderes da zona do euro aprovaram ontem novo socorro de € 109 bilhões à Grécia, com recursos da União Europeia (UE) e do FMI. Outros € 50 bilhões virão de bancos privados. A ajuda prevê juros menores e prazos maiores para pagamento da dívida. Irlanda e Portugal também serão beneficiados com alongamento da dívida. As bolsas mundiais subiram, e o euro se valorizou 1,6% frente ao dó1ar. (Págs. 1, 23, Miriam Leitão e editorial "Cai a tensão na economia mundial")

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo


Manchete: Europa aprova socorro que deve levar Grécia ao calote

Se confirmado, será o 1º 'default' da história do euro; pacote reestrutura títulos e baixa juros

Líderes europeus reunidos em cúpula extraordinária em Bruxelas aprovaram programa de € 159 bilhões para ajudar a Grécia - o país deve € 350 bilhões. A medida deve levar ao primeiro calote da história do euro.

O pacote centra-se na ampliação de prazos e reestruturação de títulos, na redução dos juros para empréstimos e na contribuição do setor privado - este último ponto, uma vitória da chanceler alemã, Angela Merkel. (Págs. 1 e Mundo A12)

Análise: Clóvis Rossi

UE demorou, mas entendeu a dura realidade. (Págs. 1 e Mundo A12)

Empresário alertou sobre propina em carta a Kassab

O empresário Geraldo Amorim, que controlava uma feira de camelôs em São Paulo, alertou o prefeito Gilberto Kassab sobre a cobrança de propina, numa carta. Kassab diz não tê-la lido.

O vereador Agnaldo Timóteo afirma que tudo que seja de ministério do PR, como a área da feira, passa pelo deputado Valdemar Costa Neto. (Págs. 1 e Poder)

Justiça é quem deve conferir assinaturas do PSD, diz prefeito

O prefeito Gilberto Kassab (SP) afirmou que compete à Justiça Eleitoral checar a veracidade das 490 mil assinaturas que estão sendo colhidas para criar o PSD. Ontem, a Folha mostrou que uma perícia atestou fraude em vários nomes.

"O partido não tem condições de checar tudo", afirmou Kassab. (Págs. 1 e Poder A9)

Mônica Bergamo
DEM pedirá conferência nome a nome. (Págs. 1 e Ilustrada E2)

Ministro do STF vai à Itália para festa de advogado

O ministro do STF José Antonio Dias Toffoli faltou a julgamento na corte para ir ao casamento do advogado Roberto Podval na Itália.

Toffoli, que relata casos em que Podval atua, não diz quem pagou a viagem. O casal ofereceu hospedagem aos convidados. (Págs. 1 e Poder A10)

Foto legenda: Sob a terra

Equipe retira um dos três operários mortos em desmoronamento de obra do hospital da Universidade de Brasília; área havia sido interditada por falta de segurança, mas a empreiteira continuou a escavação. (Págs. 1 e Cotidiano C11)

Equador condena editores de jornal à prisão por artigo

Em vitória do presidente Rafael Correa, três editores e um ex-editor do jornal "El Universo", o maior do Equador, foram condenados a multa e três anos de prisão por artigo em que Correa era chamado de ditador. Em protesto, o diário publicou a capa em branco. (Págs. 1 e Mundo Al6)

Editoriais

Leia "Jazida promissora", sobre proposta de aumentar os royalties da mineração, e "Perdidos no espaço", acerca da era da exploração espacial. (Págs. 1 e Opinião A2)


------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo


Manchete: Dnit libera verba de estradas para fazer casas

Diretor petista do órgão financia plano da prefeitura do PT em Canoas (RS) para habitação de sem-terra

Contrariando pareceres da Advocacia Geral da União (AGU), o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, orientou a aprovação de contrato de R$ 30 milhões com a prefeitura de Canoas (RS), comandada por Jairo Jorge (PT). O convênio não é para melhorar estradas, e sim para construir 599 casas para 2 mil sem-terra que ocupam terreno próximo à construção da BR-448, informa Leandro Colon, Essa foi justamente uma das irregularidades apontadas pela AGU. Outro parecer indica manobra para liberar recursos. Um ano e meio depois da assinatura do contrato, o projeto ainda não saiu do papel. Por meio de nota, o Dnit argumenta que teve aval do Ministério do Planejamento. (Págs. 1 e Nacional A4)


Prejuízo de R$ 420 milhões

O TCU apontou indícios de perda de R$ 420 milhões na Valec, estatal que comanda obras em ferrovias. A compra de materiais em duas ferrovias do PAC foi suspensa. (Págs. 1 e Nacional A7)




UE anuncia socorro de € 158 bilhões para a Grécia

Chefes de Estado e de governo da União Europeia anunciaram um novo socorro à Grécia, de € 158 bilhões. Entre as medidas está um aporte de € 109 bilhões em recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e do FMI, que se soma a um corte na dívida de € 37 bilhões até 2014, pela contribuição direta e voluntária dos credores. O pacote se completa com € 12 bilhões, usados na recompra de obrigações gregas. Em 30 anos, a contribuição do setor privado será de € 135 bilhões. Essas medidas tendem a ser consideradas um “default seletivo" da Grécia, ou seja, um calote parcial das dívidas. (Págs. 1 e Economia B1 e B4)


Análise
Celso Ming
Desta vez, as autoridades da área do euro encaminharam com mais consequência uma solução para a crise grega. (Págs. 1 e B2)


Obama vai à oposição
Em mais um esforço para evitar a declaração de default pelo governo dos EUA em 3 de agosto, o presidente Barack Obama iniciou diálogo com o líder republicano John Boehner. O objetivo é obter uma rápida tramitação de eventual acordo no Congresso. (Págs. 1 e B5)

Kassab defende seu secretário

Prefeito diz que sabia que uma prima do secretário Marcelo Cardinale Branco (Transportes) tinha mais de R$ 60 milhões em contratos com a Prefeitura de SP. (Págs. 1 e Cidades C1)


Equador prende por injúria ao presidente (Págs. 1 e Internacional A14)


Cirurgia bariátrica polêmica é vetada

O Conselho Federal de Medicina vetou a técnica de cirurgia de redução do estômago contra obesidade e diabete. O apresentador Fausto Silva se submeteu à operação experimental. (Págs. 1 e Vida A18)

Dora Kramer

Roncos da reação

Os partidos aliados ainda esperam para ver se a faxina é um espasmo e passa ou se a regra é para valer, para todos e por tempo indeterminado. (Págs. 1 e Nacional A6)

Fernando Gabeira

Em torno da indignação

É um problema não se indignar com a corrupção que mata e aniquila sonhos. Mas também é um problema indignar-se e ficar de mãos vazias. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

Festa cara para o contribuinte

O futuro estádio do Corinthians será pago em grande parte pelos contribuintes. (Págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense


Manchete: Três vidas soterradas pelo descaso

Fiscal da UnB diz ter determinado a suspensão da obra no campus, mas construtora ignorou o aviso. Menos de 24 horas depois, a terra cedeu matando os operários.

A foto à esquerda foi feita na manhã de ontem pelo funcionário da Universidade de Brasília. Ao voltar ao local, onde está sendo construído o Instituto da Criança e do Adolescente - uma unidade pediátrica do Hospital Universitário - , Josafá Cordeiro ouviu de trabalhadores que a empresa retomara as obras interditadas logo após ele deixar o canteiro. A negligência foi fatal. Três operários morreram quando faziam escavação para instalar um sistema de esgoto. Os corpos foram retirados da vala de seis metros de profundidade pelo Corpo de Bombeiros. (Págs. 1 e 17 a 19)

Nem desmaios nem "pitis" salvam Deborah na Justiça

O julgamento da abertura de ações penais contra citados na Operação Caixa de Pandora, no Tribunal Regional Federal, foi marcado por gritos, supostos ataques de nervos e cenas de desespero da promotora Deborah Guerner, que teve de ser levada para o serviço médico. Nada disso impediu que ela, o também promotor Leonardo Bandarra e mais quatro pessoas fossem denunciados pela Justiça. (Págs. 1 e 20)

Mudança no GDF - Pressionado por petistas, Pitiman sai (Págs. 1 e 21)


Foto legenda: Presente para grego

Governos da Zona do Euro, bancos e fundos de investimento vão bancar o calote embutido no pacote de 159 bilhões de euros (R$ 353 bilhões) para salvar a Grécia. O primeiro-ministro Andreas Papandreou (foto) mordeu a língua aliviado. A Bovespa registrou a maior alta do ano. (Págs. 1 e 7)

R$ 1,555: Dólar cai e é o mais barato em 12 anos

Instabilidade na Grécia e crise nos EUA provocam corrida de investidores para o Brasil. Forte ingresso de recursos empurrou a cotação da moeda americana ao seu mais baixo valor desde janeiro de 1999, quando foi negociada a R$ 1,538. (Págs. 1 e 8)


Três mil vistos para os EUA

A Embaixada e os consulados dos Estados Unidos no Rio e em São Paulo farão mutirão amanhã para atender os pedidos. Só este ano, o país concedeu 64.222 autorizações para viagens de brasileiros. (Págs. 1 e 27)

Servidores: Aviso aos grevistas

Governo federal reafirma que não haverá reajuste de salários e promete retaliar as categorias que cruzarem os braços. (Págs. 1 e 9)

Exame da OAB: Prova na berlinda

Procuradoria Geral da República diz que é inconstitucional vincular o exercício da profissão à aprovação no teste. (Págs.1 e 6)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico


Manchete: Aditivos param trechos de obras no São Francisco

Uma das mais caras e polêmicas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a transposição do Rio São Francisco está com boa parte de sua construção paralisada. Isso ocorre em razão da dificuldade de o governo negociar a verdadeira enxurrada de pedidos de aditivos contratuais que cercam a obra. As faturas extras cobradas pelos consórcios de empreiteiras somam R$ 700 milhões. Como o governo decidiu endurecer nas negociações, parte das empresas cruzou os braços. Dos 14 lotes das obras realizadas por empreiteiras, três estão abandonados.

Até três meses atrás, a lista de aditivos da transposição somava 43 pedidos de empresas de construção e serviços. Todas as empreiteiras que trabalham nos 12 consórcios na transposição do rio pediram aditivos ao Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra. O governo tem negociado com os consórcios e, nas últimas semanas, conseguiu chegar a um acordo com quatro deles, o que significou um desembolso extra de R$ 100 milhões. Outros oito aditivos, no entanto, ainda estão em negociação. (Págs. 1 e A14)

Foto legenda: Largada agressiva

Em seu primeiro ano no cargo, o presidente da Caixa Federal, Jorge Hereda, quer expandir em 30% o volume de crédito da instituição, o dobro do recomendado pelo Banco Central. (Págs. 1 e C16)

Pacote europeu tenta prevenir novas crises

Mais importante do que salvar a Grécia com a solução inevitável - a reestruturação das dívidas, a primeira da zona do euro -, o pacote de socorro de € 159 bilhões (US$ 229 bilhões) amarrado pelos líderes europeus em Bruxelas cria mecanismos de socorro preventivo para países em dificuldades.

O fundo de estabilização poderá abrir linhas de crédito e comprar títulos de países em apuros - como Itália e Espanha - e agir quase como um FMI europeu, algo que chegou a ser cogitado no início da crise. Poderá inclusive financiar a recapitalização de bancos nos países sob aguda desconfiança dos mercados. (Págs. 1, C1, C2 e A2)

Licitações de novos portos a caminho

O governo deverá lançar até o fim do ano editais de licitações para a construção de quatro novos portos e terminais - porto de Manaus, Porto Sul, na Bahia; porto de Águas Profundas, no Espírito Santo, e terminal de múltiplo uso de Vila do Conde, no Pará. Os mais adiantados são o de Manaus, que tem projeto básico e está em fase de conclusão do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), e o de Vila do Conde. Os dois devem exigir investimentos de R$ 2 bilhões. (Págs. 1 e A3)

Setor siderúrgico vai a Dilma pedir ajustes

O alto comando da siderurgia brasileira, incluindo Jorge Gerdau e outros industriais do Instituto Aço Brasil (IABr), busca um encontro com a presidente Dilma Rousseff para uma apresentação detalhada de dados que consideram ameaças à competitividade do setor no país. Na pauta da reunião os empresários vão incluir desde temas da desindustrialização - acelerada pelo aumento da importação indireta de produtos feitos em aço, como autopeças, carros e máquinas - até a guerra fiscal entre os Estados.

Um ponto sensível da pauta são os estímulos do Planalto à Vale para montar siderúrgicas. O setor acha que isso vai ampliar o excesso de capacidade de produção de aço no mundo, de 530 milhões de toneladas. No Brasil, a sobra de capacidade das usinas já representaria 53% da demanda doméstica.(Págs. 1 e B8)

R$ 3,5 bi da Vale em Santos e em ferrovia

A Vale planeja investir R$ 3,5 bilhões nos próximos quatro anos no aumento da capacidade de transporte da Ferrovia Centro-Atlântica e do Terminal Marítimo da Ultrafertil (TUF), em Santos (SP). Segundo o diretor de logística de carga geral da companhia, Marcello Spinelli, o plano é investir em quatro terminais da ferrovia no interior de São Paulo e Minas Gerais, adquirir mais trens e ampliar o TUF, hoje com um berço, com a construção de mais três. A Ferrovia Centro-Atlântica corta sete Estados: os quatro do Sudeste mais Bahia, Sergipe e Goiás. Os investimentos dependem ainda do conselho de administração da empresa.

Hoje o terminal da Ultrafertil é exclusivo de importação de fertilizantes. Com a construção de mais três berços, ele terá capacidade para movimentar granéis e passará a ser o maior terminal do porto de Santos. O potencial de movimentação de cargas será de até 16 milhões de toneladas anuais. (Págs. 1 e B7)

Brasil lidera consumo de defensivo

A receita da indústria com a venda de agrotóxicos no mercado doméstico pode crescer até 10% e chegar a US$ 8 bilhões em 2011. Se a previsão se confirmar, o Brasil deverá superar os Estados Unidos na venda de defensivos - sendo que os americanos cultivam uma área 50% maior que a brasileira. "Se ainda não é, o Brasil será o maior mercado de agroquímicos do mundo até o fim de 2011", diz Eduardo Daher, diretor da Associação Nacional de Defesa Vegetal. (Págs. 1 e B12)

Justiça dá hora extra para trabalho em casa

O sistema "home office", modalidade de trabalho adotada por muitas empresas que permite ao empregado realizar suas tarefas de casa, é questionado no Judiciário. Sem norma específica que trate do tema, a Justiça do Trabalho tem definido em quais situações o empregado teria direito a horas extras ou se deve arcar com as despesas para desempenhar suas funções.

Em decisão recente, o Tribunal Superior do Trabalho concedeu a um promotor de vendas o direito a horas extras. Além de testemunhas, esse tipo de comprovação tem ocorrido pela demonstração da troca de e-mails, mensagens de MSN, Skype e iPhones. "Se empregado em 'home office' trabalha mais do que a jornada legal, comprovadamente, deve receber hora extra", diz o presidente da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas, Renato Henry Sant'Anna. Quanto às despesas domésticas, a Justiça tem entendido que a empresa deve bancar equipamentos necessários à atividade e dividir com o empregado gastos como os de energia e telefone. (Págs. 1 e E1)

Ensino técnico melhora salário

Pesquisa da Fundação Itaú Social mostra que os jovens com diploma do ensino médio profissionalizante tem salários até 12% maiores do que aqueles que cursaram o médio regular. (Págs. 1 e A4)

FCC na Argentina

A companhia gaúcha FCC está intensificando processo de internacionalização, na sua estratégia para expansão na América Latina, e fechou aliança com a empresa argentina Interquim. (Págs. 1 e B1)

Serviços nos aeroportos

Animadas pelo crescimento da aviação brasileira, empresas que prestam serviços de apoio terrestre nos aeroportos investem em expansão e diversificação de negócios para aumentar a rentabilidade. (Págs. 1 e B4)

Receios do mercado sobre o BC

Ao excluir do comunicado pós-Copom a expressão "suficientemente prolongado", referente ao ciclo de aumento do juro, o BC evitou assumir compromissos sobre os próximos passos, mas reacendeu o receio sobre o rigor do combate a inflação. (Págs. 1 e C3)

Queiroz Galvão capta US$ 700 mi

A empresa Queiroz Galvão Óleo e Gás fechou a contratação de uma linha de crédito de US$ 700 milhões, estruturada sob a forma de "project bonds". O rendimento foi fixado em 5,45% ao ano, cupom de 5,25% e prazo de sete anos. (Págs. 1 e C3)

Ideias

Pedro Ferreira e Renato Fragelli

Grande maioria dos economistas de esquerda ou desenvolvimentistas teima em defender políticas concentradoras de renda. (Págs. 1 e A13)

Ideias

Dani Rodrik

Julgamentos na Turquia são graves violações do Estado de direito, com o Judiciário usado como arma contra a oposição. (Págs. 1 e Al3)


------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------