PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, dezembro 14, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] COLIFORMES ''PLANALTIS'' EM ALTA

...









[Homenagem aos chargistas brasileiros].
...

CORRUPÇÃO/GOVERNO LULA: LEI ou O RIGOR DA LEI?

Cinismo hediondo

Folha de S. Paulo - 14/12/2009

Projeto do Executivo para agravar penas em casos de corrupção é inócuo, pois não enfrenta o problema da impunidade


O ANÚNCIO do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que encaminhará ao Congresso projeto de lei para agravar as penas previstas em casos de crimes de corrupção só pode ser recebido como mais um lance de marketing do primeiro mandatário.
A proposta é a um só tempo redundante e demagógica.
Redundante por já existir na Câmara iniciativa para tornar "hedionda" a malversação de dinheiro público; demagógica por tentar fazer crer que o combate aos desvios dependeria do aumento das punições fixadas na legislação.
A atuação do presidente da República, no mensalão do PT, é exemplo de tergiversação e falta de rigor. Preferiu passar a mão na cabeça de apaniguados e, assim, alimentar a verdadeira causa da proliferação desses crimes: a expectativa de impunidade.
É a certeza de que haverá punição -mais que o tamanho da pena- o fator de desestímulo a práticas criminosas. Quem conta com a ausência de penalidades não está preocupado se está sujeito pela lei a cumprir dois anos de prisão a mais ou a menos.
A perspectiva de que o tema da corrupção seja esquecido nas próximas eleições, pelo fato de todas as facções terem sido flagradas em irregularidades, só aumenta o temor de que a vida pública continue a ser um caminho para o enriquecimento ilícito.
A tamanho descontrole, o eleitor reage com indiferença ou com tentativas de impor algum crivo ético. É o caso do projeto que pretende vetar a candidatura de políticos com "ficha suja", uma iniciativa popular, com cerca de 1,5 milhão de assinaturas, encaminhada ao Congresso.
Embora o intuito seja elogiável, é controvertido impedir que alguém se candidate antes de ser condenado em definitivo, após esgotadas todas as possibilidades de recurso. A iniciativa em tela, porém, pretende cassar os direitos de políticos condenados em primeira instância ou cuja denúncia criminal tenha sido aceita por um tribunal de segunda ou terceira instâncias.
Não seria difícil a um rival mal-intencionado promover a abertura de processos contra adversários e obter sua condenação em varas locais.
Tribunais de Justiça -
a cúpula do Judiciário estadual- seriam isentos ao julgarem adversários do grupo político que nomeou a maioria dos desembargadores? No caso de políticos com passagem pelo Executivo, é comum que sejam alvo de muitas ações judiciais. Não há saída a não ser aguardar o trânsito em julgado das ações.
O dilema é que, à luz de um sistema judicial moroso, a presunção de inocência pode tornar-se proteção de longo prazo para presumíveis culpados. Nesses casos, mais uma vez, a sensação de impunidade prevalecerá.
É preciso acelerar o trâmite dos processos sem tisnar a garantia fundamental da presunção de inocência. Acabar com a miríade de recursos protelatórios de defesa e impedir que casos simples tenham sempre de subir ao Supremo são iniciativas que apontam nessa direção.

BRASIL/CORRUPÇÃO [In:] O MELHOR NEGÓCIO: SEM IMPOSTOS, SEM FALÊNCIAS...

Brasil

Antes tarde que nunca

Enquanto o PT festeja seus mensaleiros, o presidente Lula propõe
que os corruptos sejam tratados como criminosos hediondos,
com penas mais duras do que as que já existem


Gustavo Ribeiro
Fotos Roberto Stuckert Filho/ Ag. O Globo e Ailton de Freitas/ Ag. O Globo

CALEIDOSCÓPIO
Lula compara a corrupção à droga, enquanto o PT e a ministra Dilma Rousseff, candidata do partido,
afirmam que mensaleiros como José Dirceu (de costas) são vítimas de perseguição


VEJA TAMBÉM

Não é por acaso que o Brasil ocupa um vergonhoso lugar no ranking mundial dos países contaminados por elevados índices de corrupção. Os escândalos envolvendo políticos, parentes de políticos e amigos de políticos parecem episódios de um seriado que não tem fim. Os personagens podem mudar, mas o enredo é sempre o mesmo: o corrupto é pilhado enchendo os bolsos de dinheiro, segue-se uma passageira onda de indignação e, no fim, nada acontece. O corrupto continua sua vida livre, leve, solto e, quase sempre, também muito rico. Para interromper esse ciclo vicioso, especialistas apontam a punição como a arma principal, se não para acabar, ao menos para reduzir o problema. Depois de seis anos, onze meses e nove dias e vários escândalos em seu governo, o presidente Lula apareceu em público para condenar a corrupção – e com uma inédita veemência. Em discurso, comparou o poder destrutivo da corrupção ao de uma droga, que, sem que se perceba, pode estar presente dentro da própria casa. Depois, criticou o Congresso por não votar projetos de reforma política e, por fim, apresentou sua proposta para atacar de frente o problema: um projeto de lei que pretende transformar a corrupção em crime hediondo.

Hediondo é algo repulsivo, sórdido, que provoca indignação. A pedofilia, o sequestro e o estupro são considerados pela lei como crimes hediondos, punidos com penas mais severas. Ao roubarem dinheiro público, os corruptos estariam sujeitos ao mesmo rigor, o que, teoricamente, é uma excelente iniciativa. Ocorre que o problema da corrupção tem raízes mais profundas. As mudanças substanciais propostas pelo governo se dariam depois de uma eventual condenação. A pena mínima para um corrupto, hoje de dois anos, passaria para seis anos, e a máxima chegaria a dezesseis. Os corruptos só poderiam reivindicar benefícios, como trabalhar fora da prisão, depois de cumprir dois quintos da pena. Os grandes escândalos, porém, têm sempre políticos envolvidos, que gozam de excepcionais privilégios, como foro especial. É nesse ponto que surge a primeira curva em direção à impunidade. Deputados, senadores e ministros, por exemplo, só podem ser investigados e julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da profusão de denúncias de corrupção, nos últimos vinte anos nenhum político foi punido. A maioria dos casos prescreveu sem que fossem a julgamento. Ou seja, de nada adianta simplesmente aumentar as penas se, hoje, os corruptos não chegam sequer a julgamento. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde são analisados os casos dos governadores acusados de desvios, a situação não é diferente. Segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros, apenas 1% dos processos contra autoridades resulta em alguma condenação e, ainda assim, as penas acabam convertidas pelos juízes em multas irrisórias. É como declarar guerra a uma praga de insetos sem usar inseticida.

Outro problema é que o Congresso Nacional demonstra tanto empenho em aumentar o cerco legal aos corruptos quanto o senador Wellington Salgado em cortar o cabelo. Há anos, tramitam no Legislativo diversos projetos sobre o tema, alguns do período em que eclodiu o escândalo do mensalão petista. Um deles é do então senador Hélio Costa (PMDB-MG), ministro do governo Lula, que propunha transformar a corrupção num crime inafiançável e imprescritível. Um ano antes, o ex-deputado Babá, então do PT, havia protocolado um projeto idêntico ao do governo, tipificando a corrupção como crime hediondo. Eles nunca foram a plenário para votação. Trazida à tona em meio a denúncias contra a oposição, depois de varridos para debaixo do tapete os escândalos petistas, a proposta do presidente Lula soa oportunista. Antes tarde do que nunca, porém. Diz o jurista, professor e juiz aposentado Luiz Flávio Gomes: "É preciso atacar o bolso dos corruptos. Eles devem ser obrigados a pagar com a liberdade e a devolver o dinheiro roubado dos cofres públicos. É assim que se faz justiça, e é com exemplos desse tipo que você inibe os criminosos".

Um dia antes do discurso do presidente Lula, na véspera do Dia Mundial contra a Corrupção, houve uma festa exemplar em Brasília: a confraternização para comemorar os trinta anos do PT. Na homenagem aos homens e mulheres que ajudaram a construir a história do partido, três mensaleiros mereceriam atenção especial: os ex-presidentes da legenda Luiz Gushiken, José Dirceu e José Genoíno. A programação incluiu a entrega de um caleidoscópio com imagens da trajetória petista a cada um dos homenageados. Foi precedida por um discurso de Dilma Rousseff, candidata do partido à Presidência. Disse ela: "Ser líder do PT tem risco, sim. Muitas vezes, até de perseguição". A ministra se referia às encrencas que petistas eminentes, como o trio ternura citado acima, têm com a lei. Perseguição para os petistas, traduza-se, é o processo do mensalão que tramita no Supremo Tribunal Federal. Nele, Gushiken, anunciado pelo mestre de cerimônias da festa como o "nosso guerreiro samurai", é acusado de peculato. Dirceu, "o imprescindível na estratégia que levou à vitória em 2002", responde a processo por corrupção ativa e formação de quadrilha. O ex-ministro da Casa Civil de Lula foi recebido com aplausos, subiu ao palco, foi de novo ovacionado, distribuiu sorrisos, abraços e cumprimentos, mas não discursou. Quanto ao deputado Genoíno, o homem que forjou documentos para esconder o mensalão petista, ele só não recebeu epítetos gloriosos porque não compareceu à entrega dos caleidoscópios.

A organização da festa, com ingressos que custavam até 5 000 reais, bem que tentou evitar um encontro direto dos hediondos do PT com a presidenciá-vel Dilma. Mas a militância, assanhada como cupins ao redor de lâmpadas, conduziu, aos gritos, seus líderes aos holofotes. A ministra, então, beijou, abraçou e acabou defendendo explicitamente os companheiros. "Não há provas contundentes contra eles", disse, numa referência aos petistas integrantes da quadrilha do mensalão que foram ficando pelo caminho ao longo das investigações. Em seguida, desfiou duros comentários sobre os escândalos envolvendo os adversários democratas. A ministra classificou as imagens do governador José Roberto Arruda, de assessores, secretários de estado e deputados embolsando dinheiro sujo como "estarrecedoras" e pediu punições rápidas e severas aos envolvidos. Tudo muito certo, não fosse pelo fato de que, para o PT, os hediondos alheios são mais hediondos do que os próprios.

Ed Ferreira/AE

CRIME SEM CASTIGO
O Ministério Público e a Polícia Federal investigam e denunciam políticos corruptos. Mas a Justiça não os condena

EMPRESAS: ADEQUAÇÃO PÓS-COPENHAGUE

Táticas para a fase pós-Copenhague

Empresas se adaptam à era anticarbono


Autor(es): Célia Rosemblum, de Copenhague
Valor Econômico - 14/12/2009

Em Copenhague o parâmetro de desempenho empresarial parece ter mudado para tonelada de carbono. Uma medida em que os valores seguem uma escala invertida: quanto mais negativos, melhor. Dentro desse espírito de combate às mudanças climáticas que tomou conta da capital dinamarquesa durante a CoP-15, grandes empresas, de diferentes partes do mundo, querem e precisam apresentar suas novas versões e visões de negócios. São elas, afinal, segundo explicam seus porta-vozes, que serão responsáveis por transformar em realidade e traduzir na prática as diretrizes de um eventual acordo global para conter ou ao menos limitar os efeitos do aquecimento global. Ou, independentemente de um fracasso nas negociações, tocar seus planos de investimentos e seguir estratégias já traçadas rumo a uma economia de baixo carbono.

As estimativas apontam para cerca de mil representantes de entidades empresariais nas representações oficiais reunidas no Bella Center, onde se realiza a CoP-15. Mas foi a poucos quilômetros de lá, na sede da Federação das Indústrias da Dinamarca, que o setor privado realizou na sexta-feira seu próprio fórum: o Business Day, evento promovido pelo World Business Council for Sustainable Development (WBSCD). O objetivo era discutir o panorama de negócios pós-Copenhague.

Passaram por lá e usaram os microfones os CEOs e presidentes de empresas cujos faturamentos superam sem problemas o PIB de alguns países. Apenas na parte da tarde, foram 21 participantes que dividiram de modo fraterno e proporcional o espaço e as intervenções durante três horas. Não havia mensagem unânime, nem um discurso de consenso ou ao um esboço de projeto geral. Mas todos tinham o que contar sobre suas práticas e seus planos e perspectivas para o futuro.

Muhtar Kent, CEO da Coca-Cola, anunciou que a empresa pretende, até 2020, ser "neutra em água". O que significa que cada litro de água usado na produção irá resultam em um litro de bebida. Hoje a Coca-Cola Brasil utiliza 2,08 litros de água para cada litro de bebida produzido, um dos melhores índices do mundo segundo a assessoria da empresa. A iniciativa vem na sequência de um projeto para que 100% das máquinas automáticas para venda de refrigerantes estejam livres de HFC (hidrofluorcarbono) até 2015, desenvolvido em conjunto com o Greenpeace. "O anúncio demonstra nosso comprometimento em usar nossa influência no mercado para impulsionar a inovação e forjar um futuro de baixo carbono", afirmou Muhtar.

Paul Polman, CEO da Unilever, acredita também na força da empresa para estabelecer novos padrões de produção em sua própria cadeia e de consumo. Ele estima que, para cada 2 milhões de toneladas de carbono emitidas pela empresa, consumidores e fornecedores emitem 300 milhões de toneladas. A maior parte (70%) deriva do uso dos produtos. "Temos a oportunidade de ajudar o consumidor a entender esse novo quadro", declarou. Para chegar a isso é preciso "inovar, renovar e reinventar".

A necessidade de buscar, com ênfase, novas formas de operar é um dos poucos consensos. "Precisamos em primeiro lugar reconhecer que hoje o crescimento econômico é proporcional ao crescimento das emissões. Precisamos de tecnologia para a economia crescer e ao mesmo tempo ser possível derrubar emissões. Se não reconhecermos isso fica difícil", declarou Bruno Lafont, CEO da Lafarge, que atua no setor de cimento.

Ele defende a necessidade de equacionar as coisas de forma que "existam simultaneamente ganhos ambientais e econômicos". E acha que um bom caminho para isso é estabelecer parecerias público-privadas.

Steen Riisgard, presidente da Novozymes, considera que "não existe espaço para comportamentos tradicionais no tipo de negócios que deve ser estabelecido se o objetivo é realmente estabelecer uma economia de baixo carbono". Para chegar a 2020 à frente de um negócio de sucesso é preciso, de acordo com ele, aprender a ouvir pessoas diferentes. Até lá, o mundo deve achar novas fontes de energia, estabelecer padrões globais de prestações de contas. "São muitas as coisas que precisam mudar e muita tecnologia é necessária para conseguir mudar tudo ao mesmo tempo. Os esforços devem juntar a iniciativa privada e o poder público."

"Na questão do clima não interessa onde está seguro, mas que esteja seguro", avaliou Frank Mastiaux, da E.ON, fornecedora de gás e energia que também trabalha com energias renováveis. "O diálogo entre empresas, sociedade e governo precisa subir um degrau para que não sejam criadas novas barreiras", afirmou.

No lado empresarial os discursos ainda são múltiplos. Mas, segundo o CEO da Duke Energy, James Rogers, a busca de soluções para o estabelecimento de uma economia de baixo carbono vai demandar mesmo muitos esforços de conciliação. Para ele, porém, algumas diretrizes estão claras. Seguir nessa direção requer em primeiro lugar a definição de alguns padrões, entre eles o rápido estabelecimento de um preço para o carbono.

"Existe hoje no mundo 1,6 bilhão de pessoas sem acesso a energia elétrica e elas têm direito de ter esse acesso", afirmou Rogers. Isso porém requer um esforço institucional sistemático. Promover a eficiência energética não é uma tarefa que possa ser delegada apenas ao consumidor. A contribuição que ele pode dar é limitada. "A redução real é o investimento que se faz na casa do cliente." A empresa, que tem custo de capital menor e trabalha com prazos mais longos, tem condições de fazer diferenças efetivas no uso da energia.

A Duke, diz Rogers, vai instalar painéis de aquecimento solar em casas na Carolina do Norte (EUA). Vão não só bancar o equipamento como pagar aluguel aos proprietários pelo uso de seus telhados. Com isso, a empresa vai baixar os custos de fornecer a esses clientes energia por meios mais tradicionais e ampliar sua própria matriz. "A usina mais ambientalmente amigável que eu posso construir é a usina que eu não construo."

A jornalista viaja a convite da Natura

ILHA DE VERA CRUZ (ELEIÇÕES 2010): PMDB e PT; NOS BASTIDORES TUDO SE RESOLVERÁ...

Eleições no PMDB viram ato de repúdio a fala de Lula

Em resposta a Lula, PMDB ameaça lançar candidatura


Folha de S. Paulo - 14/12/2009

Durante eleição do novo presidente em SP, partido também cogita apoiar PSDB

Manifestações ocorreram após Lula sugerir que o PMDB apresentasse lista com nomes para concorrer como vice de Dilma Rousseff

Fernando Donasci/Folha Imagem

Orestes Quércia na Assembleia paulista, onde ocorreram as eleições para presidente estadual do PMDB em que ele se reelegeu

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL


A eleição do novo presidente do PMDB paulista transformou-se ontem em um ato de repúdio às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sugeriu ao partido apresentar uma lista tríplice, a ser apreciada pelo PT, com nomes passíveis de ocupar a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff.
Ainda como resposta a Lula, os peemedebistas ameaçaram lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto ou mesmo apoiar o PSDB dos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
"Não foi uma fala feliz [a do presidente]. Nós jamais iríamos dizer ao PT o que o PT deve fazer. Aqui, há a soberania interna do PMDB. Podemos até, eventualmente, fazer uma lista com seis nomes, mas essa é uma decisão do PMDB", afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), o principal cotado para o posto de vice de Dilma na corrida pela sucessão de Lula no ano que vem.
Segundo Temer, o próprio Lula chegou a dizer a ele que seu nome era a melhor opção. "É a primeira vez que estou me manifestando [sobre a declaração do presidente]. Não havia feito isso antes porque dizem que eu posso ser o vice, mas eu jamais disse isso", afirmou o peemedebista.
"Aliás, foi o presidente Lula quem um dia afirmou que eu poderia ser o vice. Eu respondi muito claramente: "Presidente, vamos primeiro fechar a aliança e, feito isso, vamos verificar qual o nome que melhor soma para a candidata". Ou seja, eu tenho tamanho, responsabilidade e competência para dizer uma coisa dessas", completou.
Ao discursar no evento de ontem, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, Temer defendeu a pré-candidatura do governador Roberto Requião (PR) ao Planalto.
"Eu levo essa ideia da candidatura própria à convenção", disse, acrescentando que a sigla não descarta aliança com o PSDB. E completou: "O PMDB não será ator coadjuvante em 2010, será ator principal".

Proposta
Na quinta-feira passada, no Maranhão, Lula apresentou a proposta da lista. "Você não pode empurrar para ela [Dilma] alguém que não tenha afinidade com ela, porque aí será a discórdia total."
As reações dos peemedebistas foram imediatas e ganharam apoio até de petistas.
"O presidente atual [Ricardo Berzoini] e o presidente eleito [José Eduardo Dutra] do PT foram a público no mesmo dia para dizer que o PMDB decidiria de acordo com as suas razões", afirmou Temer ontem.
Convidado de honra da eleição paulista, Roberto Requião também criticou o PT: "Talvez a gente ofereça ao PT a possibilidade de apresentar uma lista tríplice para complementar o vice do PMDB".
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, reeleito presidente da sigla no Estado, deixou aberta a possibilidade de o PMDB romper com o Planalto e correr rumo à oposição. "Se não der certo a opção pelo Requião, vamos com José Serra [PSDB], pelo menos em São Paulo", afirmou ele.
Desde 2002, quando Lula se elegeu presidente pela primeira vez, PT e PMDB ensaiam, sem sucesso, uma aliança que engaje todos os setores dos dois partidos em uma campanha. Neste ano, as siglas firmaram um pré-acordo com vistas a 2010, já que os peemedebistas integram a base aliada do atual governo federal.
Temer, historicamente, sempre foi apontado no PMDB como um dirigente com bom relacionamento com Serra, o líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente. Ontem, ele chegou a ser irônico ao comentar as relações com Lula: "Há que se definir quem é o candidato ou a candidata do PT". A convenção do PMDB, que vai definir os rumos do partido, está marcada para junho do ano que vem.
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ITÁLIA: AGRESSÃO AO PRIMEIRO-MINISTRO (BERLUSCONI)

Nocaute em Berlusconi

Primeiro-ministro nocauteado em Milão

Correio Braziliense - 14/12/2009

Berlusconi foi para o hospital depois de levar um soco após discursar. Polícia prendeu agressor


Hematomas no rosto e um dia em observação. Eis o saldo do comício feito, ontem, pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. O chefe do governo foi agredido depois que falou pelo seu partido, Povo da Liberdade (PDL), na Piazza del Duomo, no centro de Milão. Um homem identificado pela polícia como Massimo Tartaglia, de 42 anos, aproximou-se do premiê com o pretexto de pedir um autógrafo e o agrediu. Não se sabe se Berlusconi foi atingido por um soco ou por um objeto. Ele foi retirado do local, sangrando no nariz e na boca, e levado a um hospital. Há relatos, não confirmados, de que o ataque resultou também em dois dentes quebrados.

Segundo a agência de notícias Ansa, Berlusconi saiu da sala de urgências dizendo: “Estou bem, estou bem”. O porta-voz oficial, Paolo Bonaiuti, disse ao canal de notícias Sky TG 24 que o médico pessoal do chefe de governo determinou um prazo de observação de 24 horas, durante o qual Berlusconi permanecerá no hospital, em Milão. O ataque ocorreu após Berlusconi ser vaiado e chamado de palhaço por dezenas de pessoas que estavam no local. Ele se irritou e gritou de volta “vergonha” pelo menos três vezes. Tartaglia agiu quando o premiê descia do palanque para saudar os presentes e, depois, entrar no carro oficial.

De acordo com testemunhas, o chefe de governo chegou a cair após o ataque. Imagens difundidas pelo Sky TG 24 mostram o premiê assustado, com sangue no rosto, sendo levado por seguranças a um carro. O agressor foi preso imediatamente. Segundo a polícia, Tartaglia não tem antecedentes criminais e teve sua carteira de motorista apreendida há alguns meses. Ele ainda passaria por tratamento psicológico, há 10 anos, em um hospital de Milão. Ainda não se sabe, no entanto, como Tartaglia conseguiu burlar o forte esquema de segurança que cerca o líder italiano.

Reação
Durante o ato político, no qual recebeu a carteira número 1 do PDL, Berlusconi destacou os sucessos do Executivo na luta contra a máfia e insistiu nas acusações de politização contra os juízes da Itália, principalmente depois que o Tribunal Constitucional invalidou a lei que lhe dava imunidade.

O ministro da Cultura, Sandro Bondi, disse que a agressão contra Berlusconi é resultado de uma “longa campanha de raiva” contra o chefe de governo promovida “por certos setores da política e da mídia”.
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2010: " 'TAVA ESCRITO NAS ESTRELAS..."

10 previsões previsíveis para 2010


NELITO FERNANDES
Época
Nelito Fernandes

Repórter da sucursal Rio de ÉPOCA, escritor, autor teatral e roteirista da TV Globo. Nesta coluna tenta misturar humor e opinião comentando o noticiário, embora admita que na maioria das vezes é difícil manter o humor

Todo fim de ano, pais de santos, cartomantes e videntes em geral tentam, em vão, adivinhar o futuro. Mas não é tão difícil assim prever o que vem por aí. Para facilitar o trabalho dessa turma, apresento as previsões infalíveis para 2010.

1) Hebe Camargo vai ficar magoada com Sílvio Santos porque seu programa mudou de horário.

2) São Paulo será alagada por um temporal e a prefeitura dirá que caiu num só dia toda a chuva prevista para os próximos seis meses.

3) Um crime hediondo chocará o Rio, o governador dirá que basta, uma multidão fará uma passeata vestida de branco e o Congresso vai aprovar leis mais duras para o tráfico.

4) O pré-candidato a presidente derrotado no PSDB anunciará imediatamente o apoio ao vencedor, mas não fará nada durante a campanha.

5) Os EUA anunciarão que, em breve, vão retirar tropas do Oriente Médio, mas que antes é preciso enviar mais 500 mil soldados.

6) O presidente Lugo será declarado pai de mais seis filhos.

7) Um país da América Latina sofrerá um golpe de estado e o Brasil dará asilo ao deposto.

8) A Rede TV divulgará que o Pânico marcou 4 pontos no Ibope.

9) Três ex-BBBs serão capa da Playboy.

10) Lula vai falar merda.

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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI110474-15230,00-PREVISOES+PREVISIVEIS+PARA.html

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AQUECIMENTO GLOBAL: COPENHAGUE/2009

Especial

Fome de ar, água e comida

Os donos do mundo e seus sábios reunidos em Copenhague ainda não se entenderam sobre como salvar o planeta. A COP15 já funcionou, porém, como uma martelada na cabeça dos líderes, alertando-os para a superlotação da Terra e a dramática escassez de recursos naturais


Ronaldo França, de Copenhague
Fotos cortesia Royal Hollway/Universidade de Londres; Lain D. Willians/Reuters
ELES DEVORAM MESMO
Na fotografia acima, feita no Alasca, um urso-polar arrasta a carcaça de outro. Os ursos-polares costumam matar e devorar seus pares em lutas por dominação sexual e para controle populacional. Os pesquisadores suspeitam que o degelo precoce do Ártico, atribuído ao aquecimento global, tornou o canibalismo mais frequente entre os ursos. O quadro abaixo, do inglês Edwin Landseer, do século XIX, retrata uma cena descrita por sobreviventes de um naufrágio. O urso da direita tem entre as presas um osso humano ainda com carne. Que contraste. A ideia de animais selvagens como vítimas da ação do homem é recentíssima

VEJA TAMBÉM

Antes que você acabe de ler esta frase, terão nascido no mundo quarenta bebês, enquanto vinte de nós terão deixado o plano material para prestar contas a Deus. O saldo é a chegada, a cada dez segundos, de vinte novos moradores da Terra, prontos para crescer, estudar, trabalhar, namorar, casar e ter filhos. Há dez anos, em 1999, o planeta estava na confortável situação de receber cada novo morador com comida e água na quantidade necessária para que ele conseguisse atingir seus sublimes objetivos na vida. De lá para cá, começou a se delinear um novo e desafiador cenário para a espécie humana. A demanda por comida e outros bens naturais passou a crescer mais rapidamente do que a oferta, como mostram as curvas desenhadas no globo da página anterior. Elas não foram parar ali por acaso. Aquele globo esverdeado e translúcido é, até agora, a imagem que melhor identifica a COP15, a reunião de representantes de 192 países que tem lugar em Copenhague, na Dinamarca. Esses senhores e seus assessores científicos têm como missão chegar a um acordo mundial para conter o ritmo do aquecimento global. Esse fenômeno é normalmente benéfico, mas saiu de controle, aparentemente como resultado da atividade industrial humana, e agora pode desarranjar o clima da Terra a ponto de ameaçar a sobrevivência de inúmeras espécies e impor um modo de vida mais áspero e severo à própria humanidade.

A COP15 acaba no fim da próxima semana, e seu encerramento está sendo esperado com tal ansiedade que muitos nem sequer cogitam, por assustadora, a possibilidade de um fracasso. Talvez se deva começar a pensar com mais realismo nessa possibilidade. Por razões metodológicas e ideológicas, e também para não ampliar em demasia a pauta das discussões, dificultando ainda mais um acordo final, a questão populacional está em plano secundaríssimo em Copenhague. É estranho que ela tenha sumido dos debates sobre as soluções do aquecimento global, quando se sabe que esteve na base do seu diagnóstico desde o primeiro momento em que o aquecimento global foi visto como um perigo potencial. Quando o físico sueco Svante Arrhenius concluiu seus cálculos pioneiros sobre o efeito das moléculas de gás carbônico (CO2) no aumento da temperatura média do planeta, em 1896, a Terra era habitada por cerca de 1 bilhão de pessoas. Arrhenius foi o primeiro a perceber que o aumento na concentração de CO2 poderia aquecer demais o planeta. Pouco mais de um século depois do trabalho do sueco, a Terra tem 6,8 bilhões de habitantes e caminha para os 9,2 bilhões por volta de 2050. Serão 2,5 bilhões de pessoas a mais, e, graças ao sucesso da globalização econômica, a maioria delas atingirá um padrão de consumo de classe média. Isso tem um peso extraordinário não apenas na equação do aquecimento global, mas no frágil equilíbrio que a civilização ainda consegue manter em suas relações de rapina com o mundo natural. É enorme o impacto da explosão populacional aliado à emergência social e econômica de imensas massas humanas antes fadadas à miséria. Seus efeitos já se fazem sentir no aumento da demanda de alimentos em ritmo superior ao da oferta, como mostram as curvas do gráfico sobreposto ao globo-símbolo da COP15 nas páginas de abertura desta reportagem.

Vivo estivesse, o sueco Svante Arrhenius enfatizaria em Copenhague o fator populacional no descontrole aparente em que se encontra o efeito estufa global. A cada dia que passa, o mundo tem de sustentar 213 000 pessoas a mais. Cada ser humano adulto produz, em média, 4,3 toneladas de gás carbônico por ano sem fazer nada de mais - apenas ao acender uma lâmpada, andar de carro ou ônibus, alimentar-se e vestir-se. Esses novos passageiros da espaçonave Terra, em conjunto, passarão a responder, então, por 880 000 toneladas a mais de carbono arremessado na atmosfera. As estimativas de aumento de emissões de gases de efeito estufa contemplam o choque populacional. O documento final do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU diz com clareza que "o crescimento do produto interno bruto per capita e o da população foram os principais determinantes do aumento das emissões globais durante as últimas três décadas do século XX". Outro relatório divulgado há menos de um mês pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) chama a atenção para o equívoco de desprezar o aumento populacional no debate sobre o aquecimento: "Os gases de efeito estufa não estariam se acumulando de modo tão perigoso se o número de habitantes da Terra não aumentasse tão rapidamente, mas permanecesse em 300 milhões de pessoas, a população mundial de 1 000 anos atrás". O intrigante é que, nas ações propostas para os próximos anos, o fator aumento da população desaparece.

O tema é realmente explosivo e tem conotações sombrias, por erros cometidos no passado. Com razão ou não, muitas pessoas encaram qualquer sugestão para conter o ritmo de aumento populacional como uma interferência indevida de forças estranhas no livre-arbítrio de países, famílias e das próprias mães. Razões culturais e socioeconômicas contribuem para tirar qualquer efeito prático das assombrosas constatações do crescimento populacional desenfreado. São dois os motivos principais para isso. O primeiro é que existe uma inegável disparidade no volume de emissões individuais quando se comparam cidadãos de países ricos e pobres. Um americano joga, em média, 19 toneladas de gás carbônico na atmosfera anualmente. Um afegão morador das montanhas de seu belo país contribui com modestíssimos 26 quilos de CO2. Como exigir do montanhês afegão que - quando não foi recrutado pelo Talibã para plantar papoula, matéria-prima do ópio - vive do leite de suas cabras e da hortinha no quintal que refreie seus impulsos reprodutivos usando como argumento o peso que o pobre coitado está colocando sobre o planeta? É ridículo. A maior força moral está em convencer o bem-educado e bem nutrido americano médio a repensar seu modo de vida, optando por uma sobrevivência mais frugal. Vale dizer que, embora as conversões ao naturalismo e à alimentação orgânica se contem aos milhares todos os meses nos Estados Unidos, elas são insignificantes do ponto de vista global.

A segunda razão do encalacramento da questão populacional vem da noção, bastante razoável, diga-se, de que os avanços educacionais e os saltos tecnológicos são muito mais eficientes nesse caso do que qualquer política governamental. O dinamarquês Bjorn Lomborg, estrela no grupo dos cientistas céticos quanto aos efeitos do aquecimento global e à responsabilidade humana nele, está entre os que acreditam que a solução virá do avanço tecnológico. Disse Lomborg a VEJA: "Realmente o tema não é tratado aqui. Pela ordem, eu diria que conter o consumo é um pouco mais prioritário, mas, definitivamente, apressar a busca por novas tecnologias limpas é o mais importante de tudo". O economista carioca Sérgio Besserman, ex-presidente do IBGE, que participa da COP15, descrê de qualquer política centralizada que vise a determinar ou influenciar os casais a respeito do número de filhos que devem ter. Ele lembra que a elevação do padrão cultural e educacional da população sempre coincide com a diminuição da taxa de fecundidade. "Quan-do se torna mais amplo o acesso à educação, à cultura e ao conhecimento, as populações passam a crescer em ritmo menor e até a decrescer", diz.

O caso brasileiro é ilustrativo dessa constatação. Há trinta anos, as mulheres brasileiras apre-sentavam taxas de fecundidade que se contavam entre as maiores do mundo, rivalizando com os padrões africanos. No começo da década de 90, a situação apresentava melhoras, mas ainda era preocupante. As mulheres do Brasil rural tinham então, em média, 4,3 filhos - dois a mais do que as mães urbanas. Uma década mais tarde, a diferença entre o número de filhos de mães rurais e urbanas se reduziu para 1,2. Em 2006, a taxa geral de fecundidade no Brasil havia estacionado em dois filhos por mulher. Um avanço cujo progresso só pode ser explicado pelos fatores apontados por Besserman, uma vez que as campanhas de controle de natalidade há muito foram desativadas no Brasil.

Fenômeno semelhante deve ocorrer na Ásia e na África com as melhorias educacionais e com o aumento da proporção da população urbana em relação à rural. Viver em cidades é um grande fator de diminuição do número de filhos. A ONU calcula que o somatório desses fatores terminará por estabilizar a população do planeta na casa dos 9 bilhões a partir do ano 2050. A questão é como chegar até lá sem grandes traumas. O prognóstico não é bom. Estudos científicos mostram que o mundo natural está sendo testado em seu limite para sustentar os atuais 6,8 bilhões de passageiros da espaçonave Terra. Segundo o OPT, organização inglesa que desenvolveu um indicador confiável de sustentabilidade, nos níveis tecnológicos atuais, o máximo que o planeta comporta sem risco de exaustão são 5,1 bilhões de pessoas. No fim da próxima semana, de Copenhague, virá a sinalização se a humanidade captou o dramático pedido de socorro que a Terra está emitindo.


Muita esperança, poucos resultados

Nem sempre as reuniões de líderes mundiais e seus sábios chegam a resultados positivos e duradouros

Bettmann/Corbis/Latinstock


Liga das Nações (1919)

O que era: com o fim da I Guerra, 42 países assinaram uma declaração com o objetivo de garantir a paz no mundo. Tentava-se evitar uma nova escalada de desentendimentos como a que levou ao sangrento conflito na Europa. Os países deveriam submeter à arbitragem da Liga qualquer desavença internacional.

Em que resultou: foi um fracasso. A Liga das Nações não se mexeu para tentar evitar os movimentos expansionistas da Itália, do Japão e da Alemanha que tiveram como desfecho a II Guerra. Aperfeiçoado, o modelo da Liga resultou, em 1945, na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).

Bettmann/Corbis/Latinstock


Conferência de Bretton Woods (1944)

O que foi: representantes de 44 governos se reuniram com o objetivo de estabelecer as bases para a reconstrução econômica da Europa devastada pela II Guerra. Adotou-se o câmbio fixo entre o dólar e as demais moedas.
Em que resultou: os acordos costurados em Bretton Woods deram origem à criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, organismos que lançaram as sementes da globalização. Mas as medidas tomadas para estabilizar o câmbio foram abandonadas no início dos anos 70.
Sergio Zalis


Eco 92 (1992)

O que foi: Representantes de 179 países se reuniram no Rio de Janeiro a fim de estabelecer metas para combater os males causados pelo uso predatório dos recursos naturais.
Em que resultou: O encontro produziu um documento aplaudido por todos, mas que, na prática, ficou restrito ao terreno das boas intenções. O crescimento da economia global, desde então, foi proporcional à degradação causada ao ambiente.

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www.veja.com.br

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PAUL SAMUELSON: NOBEL DE ECONOMIA

Paul Samuelson, Nobel de economia, morre aos 94 anos

Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde ele atuou parte da vida, lamentou perda do especialista

Reuters


Samuelson ficou famoso por seus trabalhos na área de análise matemática

Donna Coveney/Reprodução/MIT

Samuelson ficou famoso por seus trabalhos na área de análise matemática

BOSTON - Paul Samuelson, o primeiro americano a ganhar um prêmio Nobel de economia, morreu neste domingo, 13, em sua residência, na cidade de Belmont, no Estado de Massachusetts. Ele tinha 94 anos e seu estado de saúde havia se deteriorado recentemente. Sua morte foi anunciada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), universidade na qual atuou boa parte de sua vida. Samuelson ficou famoso pelos seus trabalhos de aplicação de análise matemática rigorosa ao equilíbrio entre preços e a oferta e demanda.

"Paul Samuelson transformou tudo em que tocou: as fundações teóricas de seu campo, a maneira como a economia foi ensinada ao redor do mundo, o perfil e a estatura de seu departamento, as práticas de investimento do MIT, e as vidas de seus colegas e estudantes", disse a direção do MIT, numa nota oficial.

Samuelson recebeu o Nobel em 1970, segundo ano da premiação. Na época, a Academia Sueca citou Samuelson "por ter feito mais do que qualquer economista contemporâneo ao elevar o nível da análise científica na teoria econômica". Ele ajudou a levantar o departamento de economia do MIT a seu status atual, como uma das principais instituições de pesquisa e ensino do mundo. Quando Samuelson ingressou na faculdade do MIT, em 1940, a instituição não treinava estudantes da graduação em economia.

"Ele deixa um legado enorme, como pesquisador e professor, como um dos gigantes cujos ombros todo economista contemporâneo se apoia", disse James Poterva, professor de economia do MIT.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

14 de dezembro de 2009.

O Globo

Manchete: Berlusconi vai a nocaute
E ainda quebra nariz e 2 dentes

Uma miniatura da catedral de Milão, atirada por um homem, levou ao chão e feriu o premier da Itália, Silvio Berlusconi, que acabara de encerrar um comício na cidade e dava autógrafos ao ser agredido. Com a expressão atordoada e sangrando muito, o premier foi socorrido por seus guarda-costas e levado a um hospital, onde os médicos constataram que ele quebrou o nariz, sofreu um corte no lábio e perdeu dois dentes. Berlusconi ficará 24 horas no hospital sob observação e precisará de 20 dias para se recuperar. O agressor, Massimo Tartaglia, de 42 anos e com um histórico de problemas psiquiátricos, foi preso. (págs. 1 e 22)

Foto-legenda: Atordoado e sangrando, Berlusconi é socorrido por seus guarda-costas após ser atingido no rosto

Direita no Chile sai forte para 2º turno

O candidato da direita chilena à Presidência, Sebastián Piñera, venceu o primeiro turno das eleições com 44% dos votos, contra 30% do ex-presidente Eduardo Frei, da Concertação, indicava a apuração de pouco mais de metade das urnas. Foi o pior resultado da coalizão de centro-esquerda que governa o país desde a redemocratização, há 20 anos. (págs. 1 e 20

Empresas vão indenizar consumidores por apagão

Aneel exigirá que compensação seja paga na conta de luz em 30 dias

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai mudar a forma como pune as empresas por falhas no fornecimento de energia. A partir de janeiro, em vez de pagar multa ao governo, as distribuidoras terão que indenizar diretamente o consumidor afetado pelos apagões. O valor a ser pago, a título de compensação, virá na conta de luz do mês seguinte à interrupção no fornecimento de energia. No ano passado, as empresas pagaram R$ 132 milhões em multas ao governo. Mas a Aneel prevê que, com as novas regras - que devem ser aprovadas amanhã e entrar em vigor a partir de 1º de janeiro -, as sanções tenham acréscimo de 30%. (págs. 1 e 15)

Impasse nas negociações do clima

Ricos e emergentes brigam por dinheiro. Dilma diz que Brasil não cederá

Ministros de 60 países se reuniram ontem na Cúpula do Clima, mas não houve avanço. Os países ricos não querem pagar sozinhos o combate à mudança climática e os emergentes exigem financiamentos para cortar as emissões de CO2. A ministra Dilma Rousseff, chefe da delegação brasileira, disse que o Brasil já fez sua oferta e não aceitará que nações ricas imponham obrigações às emergentes. (págs. 1 e 23)

Foto legenda: Policial dinamarquês vigia manifestantes presas: ONGs voltaram a reunir milhares de pessoas nas ruas de Copenhague. Polícia prendeu 250

Suspeita de caixa 2 ganha contrato no DF (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: União quer controlar as águas do subsolo

Projeto tira das mãos dos Estados a arrecadação pelo uso do recurso

O governo quer concentrar na União o controle das águas subterrâneas, hoje de responsabilidade dos Estados. No centro da discussão estão a cobrança pelo uso das águas e o domínio do aquífero Guarani - um dos maiores do mundo, capaz de abastecer 400 milhões de pessoas por 2.500 anos.

Segundo a legislação atual, os Estados podem cobrar pela água subterrânea, e cabe ao governo federal a arrecadação pelo uso das águas de superfície (rios e lagos). (págs. 1 e B1)

Dilma defende acordo tímido para clima

Chefe da delegação brasileira em Copenhague, ministra da Casa Civil sugeriu meta global de corte de 50% nas emissões de gases-estufa até 2050; é o menor dos percentuais incluídos em proposta de acordo apoiada pelo Brasil. (págs. 1 e A14)

Entrevista Bill Mckibben
Ambientalista dos EUA vai a igrejas pedir ações contra aquecimento (págs. 1 e A15)

Artigo Marina Silva
Ao ceder a desmatadores, Brasil põe sua meta de redução sob suspeita (págs. 1 e A2)

Foto legenda: Polícia detém ativista durante marcha em Copenhague; cerca de 200 manifestantes foram presos

Eleições no PMDB viram ato de repúdio a fala de Lula

A eleição no PMDB paulista tornou-se um ato de repúdio a declarações do presidente Lula, que sugeriu ao partido a apresentação de lista tríplice com nomes para ocupar a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff.

Como resposta a Lula, os peemedebistas ameaçaram lançar candidatura própria ao Planalto. O ex-governador paulista Orestes Quércia foi reeleito presidente da legenda no Estado. (págs. 1 e A8)

Vinicius Torres Freire: Samuelson, morto ontem, foi mentor da economia moderna

Especialistas consideram o americano Paul Samuelson, morto ontem, aos 94 anos, um grande mentor da economia moderna. Quem inventou o que se chama hoje de macroeconomia foi Keynes; Samuelson foi um dos grandes elos entre ele e a corrente principal do pensamento econômico. (págs. 1 e B8)

Berlusconi é agredido no rosto depois de fazer comício

O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, foi agredido no rosto após comício em Milão. Com a boca sangrando, ele foi levado a um hospital, onde passaria a noite sob observação. Segundo seu médico, o premiê sofreu uma "pequena fratura" no nariz e quebrou dois dentes.

O agressor, Massimo Tartaglia, 42, sem antecedentes criminais, foi preso pela polícia. Segundo relatos, ele usou uma miniestátua da catedral do Duomo, em cuja praça Berlusconi discursou, para atacar o premiê. (págs. 1 e A11)

Foto legenda: O premiê Silvio Berlusconi sangrando, logo depois de ser agredido, e o agressor, Massimo Tartaglia, 42, detido por seguranças

Piñera e Frei vão ao segundo turno no Chile, diz projeção

O candidato conservador Sebastián Piñera e o ex-presidente Eduardo Frei devem disputar o segundo turno da eleição presidencial no Chile, segundo projeções. Com 59,9% dos votos apurados, Piñera tinha 44,2%, e o candidato do governo, 30,5%.

Se Piñera for eleito, a direita vencerá a Concertação, aliança de esquerda há 20 anos no governo, e chegará ao poder pelo voto pela primeira vez desde 58. (págs. 1 e A10)

Editoriais

Leia "Cinismo hediondo", sobre projeto anticorrupção; e "Questão escolástica", sobre idade de ingresso na escola. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo brasileiro sobe o tom na COP-15

Dilma Rousseff chama de 'escândalo' proposta de ricos

Presente à primeira reunião de ministros da 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acusou os países ricos de "inverter papéis" e tratar nações em desenvolvimento - incluindo o Brasil - como se fossem seus pares. A ministra definiu como "um escândalo" a proposta de que países em desenvolvimento venham a contribuir com financiamento para o fundo global de combate às mudanças climáticas. "É uma inversão de responsabilidades. Digam quanto vocês vão colocar no fundo", reagiu a ministra, referindo-se aos países ricos. Ela afirmou que o Brasil vai investir, mas quer ter acesso a financiamentos internacionais. A senadora Marina Silva (PV-AC) divergiu da posição da ministra ao afirmar em Copenhague que países emergentes têm condições de entrar no fundo. Em entrevista ao Estado, o enviado especial do governo americano, Jonathan Pershing, reclamou de falta simetria para um acordo final. (págs. 1, A14 e A15)

Carta da ONU contra censura foi ignorada

O relator da ONU para defesa da liberdade de expressão, Frank La Rue, dirigiu carta ao Itamaraty pedindo explicações sobre a mordaça imposta ao Estado desde 31 de julho. De conteúdo sigiloso, como é praxe, a carta foi enviada antes da decisão do STF que manteve a censura ao jornal, impedido de publicar reportagem sobre a Operação Boi Barrica da PF, cujo alvo é o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Como o governo brasileiro ignorou o documento, a ONU agora prepara um comunicado público, informa o correspondente Jamil Chade. (págs. 1 e A4)

Frase
Frank La Rue
Relator da ONU
"O escrutínio e a vigilância da sociedade sobre os políticos e funcionários públicos não podem ser criminalizados"

Eleição no Chile terá 2º turno em janeiro

Candidato direitista sai na frente

Resultados preliminares indicam que o candidato de direita Sebastián Piñera deve chegar ao segundo turno como favorito para a presidência do Chile. Com 12% das urnas apuradas, Piñera tinha 44,6% dos votos e o ex-presidente Eduardo Frei, da Concertação, 32%. O independente Marco Enríquez-Ominami somava 17,7%. Projeção da Universidade Católica do Chile confirmava o resultado. Segundo analistas, se mantiver esse porcentual, Piñera tem forte chance de sair vitorioso no segundo turno, em 17 de janeiro, pondo fim à hegemonia de duas décadas da centro-esquerda. Os chilenos também foram às urnas para renovar as 120 cadeiras da Câmara e 20 dos 38 assentos do Senado. (págs. 1, A10 e A11)

Foto- legenda: Itália: Berlusconi é agredido

O primeiro-ministro Silvio Berlusconi foi agredido ontem, após comício em Milão. Ele teve cortes na face e perdeu dois dentes. O agressor teria problemas mentais. (págs. 1 e A12)

Consumo de etanol cresce 20%; gasolina fica estagnada

Enquanto o mercado de gasolina deve fechar 2009 estagnado, o consumo de etanol no Brasil cresce acima de 20% ao ano. Isso, apesar da alta do preço verificada nas últimas semanas. Tal cenário está provocando mudanças na estratégia da Petrobras, que reduziu a produção de gasolina para ampliar a de óleo diesel. (págs. 1 e B1)

Notas e Informações: O Tesouro e o BNDES

O BNDES terá mais R$ 80 bilhões para financiar investimentos. Esse novo empréstimo é mais um motivo de temor para quem se preocupa com as contas do governo. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil

Manchete: Um verão de R$ 3,2 bi para o Rio

A escolha do Rio para receber os Jogos Olímpicos de 2016 e para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 já mostra resultados positivos no estímulo ao turismo. A previsão é de que até o fim deste verão a cidade receba cerca de 2,5 milhões de visitantes, que devem gastar aproximadamente R$ 3 bilhões. A estimativa é do secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira, que afirma: 70% da rede hoteleira já está tomada - com expectativa de, até o fim do ano, chegar a 90%. Os números são melhores do que os do ano passado que, mesmo durante a crise, já havia superado os anteriores. (págs. 1 e Cidade A9)

Foto legenda: Ou vai ou... derrete

Urgência - Manifestantes protestam contra a morosidade na tomada de decisões na Conferência do Clima, em Copenhague. Esta semana é considerada decisiva pelos especialistas para o futuro do planeta, com a redução de gases poluentes. Cientistas afirmam que a Terra não suportará mais dois graus centígrados de aumento de temperatura. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

Berlusconi sofre ataque em Milão

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, foi agredido ontem, durante um comício na cidade de Milão, ferindo-se no nariz e na boca. O agressor foi detido pela polícia italiana, após atirar uma pequena estatueta em Berlusconi, quando este dava autógrafos. (págs. 1 e Internacional A23)

Rússia Hoje

Confirmando que o Brasil é um mercado prioritário, empresas russas ajudam a construir hidrelétricas, como a Corumbá III. (págs. 1, A20 e A21)

Coisas da política

Weber e o carisma do presidente Lula. (págs. 1 e A2)

Outras páginas

Conferência do clima domina as pautas. (págs. 1 e A6)

Hildegard Angel

No Rio, José Alencar faz planos para 2010. (págs. 1 e B5)

Editorial

Sociedade está acordando para cobrar mais. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta

Leandro Velloso
Procurador jurídico federal

Cosip é uma cobrança inaceitável. (págs. 1 e A15)

Sociedade Aberta

Tarcísio Padilha Junior
Engenheiro

Moderação é boa para a sociedade. (págs. 1 e A11)

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Correio Braziliense

Manchete: Dilma cobra a conta dos países ricos

Em sua primeira coletiva como chefe da delegação brasileira para discutir a questão das mudanças climáticas, em Copenhague, a ministra da Casa Civil disse que está havendo uma inversão de responsabilidades: “Muitos países desenvolvidos, que têm a obrigação de colocar dinheiro em mitigação e adaptação às nações em desenvolvimento, estão sugerindo que a gente também coloque. Então, vamos ter que financiar a nós mesmos?”, questionou. Em mais um dia de protestos, 200 manifestantes foram presos. (págs. 1 e 20)

Foto legenda: A embaixadora brasiliense

Com apenas 17 anos, Sofia Martins Carvalho é uma das representantes brasileiras nas discussões paralelas sobre alternativas para a redução de gases do efeito estufa. A jovem foi escolhida por seu engajamento na causa ambiental. (págs. 1 e 20)

STJ recebe hoje relatório da Caixa de Pandora

PF entregará o resultado das buscas e apreensões feitas durante a operação que apura denúncias de corrupção no GDF. Justiça deve pedir quebra de sigilos fiscal e bancário dos suspeitos (págs. 1 e 21)

Foto legenda: Nocaute em Berlusconi

Após comício em Milão, primeiro-ministro italiano é agredido no rosto por um homem. Ficará no hospital por 24 horas. (págs. 1 e 17)

PAS

Dos 36 mil inscritos para as provas de ontem, pouco mais 3 mil não compareceram. Gabarito oficial será divulgado quarta. (págs. 1 e 28)

Congresso: O prejuízo dos imóveis funcionais

Mais uma empresa desiste de reformar os apartamentos destinados a deputados sob a alegação de descumprimento de contrato. As obras se arrastam desde janeiro do ano passado. Com os trabalhos suspensos há 10 meses, alguns blocos estão expostos à chuva. (págs. 1 e 2)

Juventude: Uma turma que não estuda nem trabalha

Pesquisa mostra que 1,2 milhão de brasileiros entre 18 e 24 anos estão ausentes da escola e do mercado profissional. Eles compõem a chamada “geração nem-nem”. Para especialistas, o excesso de exigências pode ser determinante para a apatia e o desinteresse dos jovens. (págs. 1 e 8)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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