PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, novembro 21, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ITAQUERÃO. MINHA CASA, MINHA VIDA

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BRUNO FERNANDES [In:] ''AL DENTE''

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Julgamento do goleiro Bruno é adiado para março de 2013

Depois de uma série de tentativas de manobra, a defesa do goleiro Bruno Fernandes conseguiu adiar seu julgamento

Julgamento de Bruno é adiado (© Agência Estado)


Depois de uma série de tentativas de manobra, a defesa do goleiro Bruno Fernandes conseguiu adiar seu julgamento para 2013. Ele é acusado do sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de sua ex-amante Elisa Samudio, de 24 anos, e estava sendo julgado desde a última segunda-feira (19), junto com outros quatro acusados de envolvimento no crime.

A juíza Marixa Fabiane Lopes, que preside o Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, concordou em desmembrar o processo a pedido do advogado Lúcio Adolfo, que foi incluído nesta quarta-feira no grupo responsável pela defesa do jogador. Ele pediu o adiamento com a alegação de que precisa se inteirar do processo, composto por quase 15 mil páginas.

A juíza marcou para o dia 4 de março de 2013 o novo julgamento do goleiro. Além dele, devem ser julgados nessa data outros quatro acusados de envolvimento no crime, que também foram excluídos do atual procedimento: o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; e Elenílson Vitor da Silva também serão julgados apenas no próximo ano.

No atual julgamento restaram apenas o braço direito do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e outra namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro.

Na terça-feira (20), Bruno havia destituído seu principal advogado, Rui Caldas Pimenta, em ato que um dos próprios defensores do goleiro, Francisco Simim, admitiu ser manobra para tentar adiar o julgamento. No entanto, como Simim já conhecia o caso, Marixa decidiu desmembrar o processo em relação à ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues. Ela, que responde ao processo em liberdade, é acusada de sequestro e cárcere privado do bebê que Elisa teve com Bruno. A magistrada seguiu o preceito legal de que réus presos têm prioridade para serem julgados.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos ainda fez uma longa explanação criticando a manobra da defesa de Bruno, apontado pela acusação como mentor do crime e acusado pelo promotor de ser "manipulador". A juíza, no entanto, concordou com o pedido dos advogados para evitar o risco de ter o julgamento anulado por instâncias superiores da Justiça.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/julgamento-do-goleiro-bruno-%C3%A9-adiado

... AS ÁGUAS IAM ROLAR ... (3)

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Cachoeira recorrerá de decisão sobre condenação


A defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, terá cinco dias para recorrer da decisão...


A defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, terá cinco dias para recorrer da decisão que o condenou a cinco anos de prisão em regime semiaberto. A prisão foi decidida pela Justiça Federal do Distrito Federal, dentro do julgamento da operação Saint Michel. Na terça-feira (20), Cachoeira conseguiu suspender sua prisão e deixou o presídio da Papuda, em Brasília, onde estava desde fevereiro.

A Justiça do Distrito Federal mandou soltar Carlinhos Cachoeira no início da noite de terça, depois de nove meses de prisão. A juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, revogou a prisão provisória imposta ao contraventor a partir da Operação Saint Michel, que apurou tentativa de fraude em licitação do governo local.

Ao estabelecer a sentença na ação, no entanto, a juíza condenou Cachoeira a cinco anos de reclusão, mais 50 dias multa (cerca de R$ 3 mil) pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. A mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, chegou por volta das 23 horas de terça à penitenciária da Papuda. Da prisão, foram para Goiânia.

O advogado de Cachoeira, Antônio Nabor Bulhões, disse nesta quarta-feira (21) que entrará com uma petição de apelação e depois oferecerá as razões para questionar a decisão da Justiça. Bulhões disse que a operação Saint Michel, que apurou irregularidades na licitação do sistema de bilhetagem do transporte público do DF, não apresentou provas de que Cachoeira tenha integrado uma quadrilha, como avaliou a Justiça. "Afirmava-se que Carlinhos Cachoeira tinha tentado tomar de assalto a administração do Distrito Federal e nada disso se confirmou. A operação Saint Michel fez buscas e apreensões e efetuou quebra de sigilo, mas só verificou que havia a prospecção de um negócio para operar o sistema de transporte. Uma licitação estava aberta a qualquer grupo econômico interessado. Não houve formação de quadrilha ou tráfico de influência", disse o advogado. "Ontem fui certificado da revogação da prisão e agora terei cinco dias para entrar com a petição de apelação e oito dias para oferecer as razões dessa apelação. Poderei fazê-lo na primeira instância ou no tribunal".

Na interpretação do advogado, Cachoeira (que estaria na residência da família, em Goiânia) está em liberdade e não cumprindo pena em regime semiaberto. "Ele tem o direito de recorrer da sentença em liberdade e só estaria cumprindo a pena se a sentença tiver trânsito em julgado", disse o advogado.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/cachoeira-recorrer%C3%A1-de-decis%C3%A3o-sobre-condena%C3%A7%C3%A3o

CACHOEIRA. AS ÁGUAS IAM ROLAR ... (2)


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Relator da CPI pede indiciamento do irmão do governador de GO


BRASÍLIA - O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pediu no relatório final dos trabalhos...

BRASÍLIA - O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pediu no relatório final dos trabalhos o indiciamento de Antônio Pires Perillo, o irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por ter trabalhado "intensamente" para beneficiar o grupo criminoso comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos. O texto, que foi apresentado por volta das 23 horas dessa terça-feira, 20, e deve ser lido por Odair Cunha na sessão da CPI desta quarta, 21, defende a investigação de Toninho Perillo, como é conhecido o irmão do governador goiano, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, tráfico de influência e fraude em licitações.

Marconi Perillo teve o indiciamento sugerido pelo relator da comissão por seis crimes: formação de quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, falso testemunho e lavagem de dinheiro. Odair Cunha sustenta que o grupo de Cachoeira infiltrou-se na estrutura de poder estadual em Goiás, havendo inclusive fortes indícios de que o próprio Perillo tenha recebido pagamentos diretamente do esquema e de que ele tinha "tarefas específicas para cumprir em prol da organização criminosa". O relatório só deve ir à votação na semana que vem.

O relator da comissão diz no texto que, durante as investigações, descobriu-se que Toninho Perillo era uma das pessoas para as quais o grupo de Cachoeira repassou um rádio Nextel, acreditando não ser possível ter as ligações interceptadas. Pelo parentesco, segundo o deputado da CPI, o Toninho era a "pessoa ideal para facilitar os interesses comuns de Carlos Cachoeira e Marconi Perillo".

Odair Cunha afirma que o irmão do governador de Goiás intermediava negociações envolvendo obras públicas no Estado, chegando até a discutir a divisão de lotes de determinada licitação entre interessados. Em um caso apresentado no relatório, o deputado menciona um episódio em que, a partir de interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, Toninho teria atuado na fraude de uma licitação para pavimentação de rodovias no Estado, supostamente combinando a apresentação de propostas entre empresas ligadas ao grupo de Cachoeira.

"Verifica-se, à exaustão, que Antônio Pires Perillo associou-se de forma livre e consciente à organização criminosa chefiada por Carlos Cachoeira e trabalhou intensamente, até mesmo em função de sua influência junto ao chefe do Poder Executivo goiano, seu irmão, Marconi Perillo, para beneficiar, de diversas maneiras, o grupo criminoso", concluiu Cunha, no relatório.

Cunha pede o envio do relatório para o Ministério Público de Goiás para apurar a atuação de Toninho. Sugere ainda que a Receita Federal analise a situação fiscal e patrimonial dele a fim de verificar "eventuais consistências e incompatibilidades".

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/relator-da-cpi-pede-indiciamento-do-irm%C3%A3o-do-governador-de-go

STF. JOAQUIM BARBOSA. DISCRIÇÃO e EFICIÊNCIA

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Barbosa monta gabinete discreto para assumir comando do STF

O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, montou seu staff e indicou, pelos nomes escolhidos,...


O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, montou seu staff e indicou, pelos nomes escolhidos, sua disposição de exercer um mandato discreto, sem turbulências, protegido de desvios administrativos e financeiros, com certa projeção internacional e a preocupação de garantir acesso, ao tribunal, para pessoas em condições de vulnerabilidade econômica ou social.

Para ajudá-lo com esses planos, Barbosa nomeou como diretor-geral um auditor do Tribunal de Contas da União Fernando Silveira Camargo, que cuidará das contas da Corte. Antes de escolhido para o cargo, Camargo era secretário de Gestão de Pessoas do TCU. De acordo com integrantes do tribunal, a escolha de alguém com experiência em gestão pode destravar algumas amarras do Supremo.

Barbosa já conversou reservadamente com alguns ministros sobre a necessidade de agilizar os julgamentos em plenário. Na pauta, há centenas de processos a espera, número que aumentou em razão do julgamento do mensalão desde agosto deste ano. Para ajudar nessa tarefa, o ministro indicou como secretária-geral uma de suas assessoras mais antigas e que o auxiliou no processo do mensalão - Flávia Beatriz Eckhardt.


No campo político, a preocupação de Barbosa é afinar relações com os demais Poderes. E para isso, chamou para chefiar seu gabinete um diplomata. Silvio José Albuquerque e Silva, que comandou o Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério de Relações Exteriores, terá a função de agregar, pacificar e afinar o contato do Supremo com o Executivo e o Legislativo.

CNJ. Barbosa será empossado presidente do Conselho Nacional de Justiça na próxima semana. Até o momento, ainda não nomeou seus principais assessores. De acordo com integrantes do  CNJ, a definição do staff indicará como será sua gestão.

No Conselho, Barbosa terá de conviver com a composição majoritariamente formada durante a gestão do ex-presidente Cezar Peluso. Conforme ministros do Supremo, a composição de hoje é corporativista e pouco disposta a mudanças radicais.

Joaquim Barbosa tem críticas contundentes a determinados costumes do Judiciário e pode, no comando do CNJ, trabalhar por mudanças. Uma delas, a atuação de advogados que têm parentesco com ministros nos tribunais superiores.

Barbosa também criticou o foro privilegiado para autoridades, defendeu reservadamente mudanças no processo de indicação de ministros do STF e afirmou ser favorável a mandato fixo para integrantes da Corte.

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http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/mensalao/story.aspx?cp-documentid=254816650

PT: UM PARTIDO DE CENTRO



PT Fase 3

Nas Entrelinhas


Autor(es): Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 21/11/2012
 

Dilma vai aos poucos puxando o PT mais para o centro do tabuleiro da política. E, com as concessões e parcerias público-privadas que estão por vir, vai tentando consolidar o partido no pós-mensalão com outras bases


Primeiro, eles eram um grupo de sindicalistas e intelectuais que, com seus ternos surrados e um jeito despojado, costuravam as próprias bandeiras para agitá-las pedindo auditoria nas contas públicas, na dívida externa e nos acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Assim, os petistas disputaram três eleições presidenciais. Na quarta vez, mais amadurecidos, chegaram ao poder e empreenderam as políticas sociais que, exitosas, deram ao ex-presidente Lula a primazia de fazer a sucessora, Dilma Rousseff. Agora, vem a terceira transformação do PT que, ao caminhar para o período pós-mensalão, segue um pouco mais para o centro do espectro político nacional.

Quem teve a oportunidade de ler a entrevista de Dilma, ontem, no jornal Valor Econômico percebeu o desafio que ela enfrenta hoje, de tentar manter o crescimento econômico em um situação adversa. E, para isso, anunciou: será pragmática. Ela não usa a expressão, mas certamente virão as privatizações, que os petistas tanto execraram no passado, numa série de concessões e parcerias público-privadas. Só para tratar do novo modelo de portos, por exemplo, foram feitas, até ontem, 42 reuniões na Casa Civil ao longo dos últimos meses, contadas por uma atenta consultora de relações institucionais.

Tudo isso não é por acaso. Passou a fase de os petistas discutirem se era preciso privatizar ou conceder esse ou aquele setor. Há a certeza de que é preciso capital — e dos bons — para alavancar a economia. E o modelo de concessão é o que mais atende a essa busca. Portanto, diz a pragmática Dilma, assim será feito.

Todos esses movimentos colocam Dilma puxando seu partido ainda mais para o centro, um movimento que deu seus primeiros passos há 10 anos, com a carta aos brasileiros em que Lula prometeu, se eleito, não provocar viradas bruscas na política econômica. Ali, começou a trajetória que Dilma agora pretende fechar. E, nesse caminho, vão ficando no acostamento muitas das ideias da esquerda.

O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) considera que esse caminho não se deu apenas pela economia, onde a presidente começa a ter voz nos fóruns internacionais. Ele cita ainda os comentários da presidente sobre o julgamento da Ação Penal 470. Equilibrada, disse que acata o resultado e ainda emendou que ninguém está livre de paixões e erros humanos. “Ao optar pelo centro e pelo equilíbrio, ela virou uma estadista”, diz Marquezelli.

Por falar em centro…Diz a lei da física que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço simultaneamente. Logo, se o PT fincar suas raízes no centro, como já está fazendo, alguém sairá para lhe dar a cadeira. Nesse movimento, saem alguns tucanos — como no caso da eleição municipal paulista — e o PMDB que, embora parceiro dos petistas no plano nacional, perde terreno, como já dissemos aqui no último domingo. Os peemedebistas, entretanto, ainda têm alguns recursos, como um portfólio de governadores capaz de seguir rumo ao Senado daqui a dois anos, mas o caminho ainda é incerto.

Por falar em caminho…Hoje a presidente Dilma Rousseff recebe o bloco PTB-PSC-PR liderado pelo senador Gim Argello (PTB-DF). O encontro faz parte da série de conversas de Dilma para se reaproximar dos partidos da base para preparar a segunda etapa de seu governo. Vale lembrar que esse grupo, de 14 senadores, já está fechado com a candidatura de Renan Calheiros à Presidência do Senado e Henrique Eduardo Alves na Câmara. Ontem, um político experiente do Congresso se referia à pré-candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) contra Henrique Alves como aquela ameaça de temporal que não se confirmou.

Enquanto isso, na sala de Gleisi…
A 42ª reunião da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, sobre a concessão de portos contou com a presença do advogado-geral da União (AGU), Luiz Inácio Adams. O texto já está pronto e passa pelas avaliações sob o ponto de vista jurídico.
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MENSALÃO. QUE PAPUDA NÃO SEJA APENAS UM ADJETIVO



Misericórdia, sim, mas só para companheiros?



Autor(es): José Nêumanne
O Estado de S. Paulo - 21/11/2012


"De repente, não mais que de repente", como escreveu o poeta Vinicius de Moraes, os companheiros do Partido dos Trabalhadores (PT), teoricamente tão atentos às agruras da realidade nacional, constataram as condições desumanas de vida dos presidiários brasileiros. Usando uma gíria jocosa em voga nos anos 60 nos "bacuraus" da Praça do Rotary, em Campina Grande (PB), "estão descobrindo o Brasil de bicicleta". Ninguém jamais precisou passar uma noite que fosse numa cela de prisão no Brasil para saber que, ao contrário do que se diz, esta não é uma sucursal do inferno, mas o reino de Satã é que deve ser um posto avançado de qualquer uma delas.
Tudo começou com o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo. Em palestra para empresários em São Paulo, na semana passada, ele disse que preferia morrer a cumprir uma pena longa em cadeias nacionais. Trata-se, evidentemente, de uma hipérbole descabida. Só um suicida prefere a morte a uma dificuldade qualquer, e na certa este não é o caso. E o que, com a devida vênia, parece ter acionado o alerta dele não foi um súbito amor aos pretos, pobres e prostitutas que povoam nossas infectas celas comuns, mas a perspectiva de alguns de seus mais ilustres colegas de filiação partidária virem a passar uma temporada no inferno prisional brasileiro.
Pois é. Contrariando quaisquer expectativas no panorama da impunidade generalizada no Brasil, o ex-chefe da Casa Civil de Lula José Dirceu, o ex-presidente nacional do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares foram condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha. Se não houver nenhum acidente de percurso, o primeiro terá de cumprir pena em regime fechado ao longo de, pelo menos, um ano e dez meses. Ora, ora, em princípio, o zelo do ministro solidário parece exagerado: se bicheiros e chefões de quadrilhas de traficantes cumprem pena em pleno conforto no regime excludente que reproduz atrás das grades as injustiças sociais dos inocentes de fora, por que Dirceu seria exceção?
Como os bicheiros do Rio, os criminosos de colarinho branco de Brasília e os chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), o homem definido como o chefe da quadrilha dos "mensaleiros" disporá de todas as garantias de vida e tranquila segurança em nosso Arquipélago Gulag, com suas ilhas de bem-estar no mar de miséria e sordidez. 
Pelo que deixa vislumbrar o estilo de vida de bons vinhos e charutos cubanos em condomínio de luxo, o primeiro réu do núcleo político do escândalo de corrupção em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) tem dinheiro, poder e prestígio para transformar os 22 meses de seu regime fechado num retiro forçado de leitura, repouso e reflexão, que podem até vir a calhar.
Nem o gosto exacerbado pela ironia deste escriba poderá negar-lhe o desconforto óbvio da privação da liberdade, a cessação do fundamental direito constitucional de ir a vir. Mas o Estado brasileiro, de cuja máquina burocrática detém o controle permitido pelo competente aparelhamento executado no primeiro governo Lula, do qual foi dignitário do topo e de ponta, não lhe negará o que permite aos criminosos comuns. Se, como reconheceu Cardozo em outra declaração, os quadrilheiros do crime organizado comandam hordas de bandidos nas ruas, por que o mais bem-sucedido lobista do Brasil terá silenciada sua voz de comando no interior dos muros do presídio?
No reino de faz da conta da República tupiniquim, não faltará quem faça o possível para reduzir as agruras dele no cárcere. O ex-companheiro Paulo de Tarso Venceslau, que arriscou a própria vida participando do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick para libertá-lo das masmorras da ditadura, onde muitos conheceram a morte, por exemplo, já lhe garantiu publicamente a remessa de um charuto (nacional) por dia enquanto ele estiver cumprindo pena. Embora nunca o próprio Dirceu lhe tenha mandado um cigarrinho que fosse no tempo que ele passou em prisões desumanas.
O noticiário posterior à condenação de Dirceu não deixa dúvidas quanto a isso. O ministro Cardozo puxou o rosário das lamentações sem dar a mínima atenção ao fato de ser um dos maiores responsáveis pela calamidade pública do sistema prisional brasileiro, contra a qual clamam organismos internacionais de direitos humanos. Se reclamou da condição "medieval" (esta é a palavra da moda) das prisões, embora tenha usado apenas um quinto do que dispunha no orçamento para melhorar as penitenciárias, o que impedirá Sua Excelência de impedir que o "herói da resistência à ditadura" seja submetido a algum vexame em sua cela?
Outro figurão da República que certamente fará o possível para poupar o ex-chefe da Casa Civil de desconfortos será o ministro Dias Toffoli, dono do voto que levou à mais dura condenação, pelo STF, de um parlamentar, o deputado Natan Donadon (PMDB-RO). Revoltado contra a imposição da pena pesada ao ex-chefe, por cuja absolvição votou, seguindo o revisor, Ricardo Lewandowski, o mesmo delfim do Supremo comparou as punições aplicadas ao período da Inquisição. Apesar da mão pesada que usou, há apenas dois anos, contra um integrante do baixo clero no Congresso por crime bem semelhante, o ex-chefe da Advocacia-Geral da União no governo Lula usou o mesmo tom do manifesto petista contra o STF e defendeu a imposição de penas financeiras, pois, segundo ele, não atenta contra o Estado Democrático de Direito quem comete crimes só para amealhar o "vil metal", ainda que público.
A própria presidente Dilma Rousseff engrossou o cordão dos misericordiosos ao completar sua declaração óbvia ao jornal espanhol El País de que acata as decisões da cúpula do Poder Judiciário com a observação de que ninguém estaria "acima dos erros e das paixões humanas". Ai, que dó! Os romanos já sabiam disso quando reconheceram que "errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico". É para isso que existe a justiça dos homens: quem erra e põe as paixões acima da razão deve pagar pelos erros, para não reincidir na falta e servir de exemplo.
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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e CORINTHIANS (6)


Corinthians


Correio Braziliense - 21/11/2012
 

PATROCÍNIO MILIONÁRIO
O Corinthians apresentou ontem seu novo patrocinador principal. O Timão estampará a marca da Caixa Econômica Federal em seu uniforme até o fim de 2013, com direito de renovação até dezembro de 2014. O valor envolvido no contrato é de R$ 31 milhões anuais. O alvinegro receberá R$ 1 milhão este ano e mais R$ 2,5 milhões por mês a partir da próxima temporada.

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GOVERNO DILMA: PAC, INVESTIMENTOS e FRUSTAÇÕES



Governo decide abater da meta fiscal R$ 25, 6 bilhões em investimentos



Autor(es): Por Edna Simão,
Eduardo Campos e
Thiago Resende | De Brasília
Valor Econômico - 21/11/2012
 

A decisão do governo de abater R$ 25,6 bilhões em investimentos da meta de superávit primário vem acompanhada de um aumento de mais de R$ 16 bilhões em despesas obrigatórias e uma permissão de gastos de R$ 8,5 bilhões. Os dados estão no quinto relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas.
Com a frustração de receitas e as desonerações para estimular a economia, o governo não tinha outra saída a não ser usar a prerrogativa de abater os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que inclui o Minha Casa, Minha Vida, do superávit primário de R$ 139,8 bilhões para 2012, ou 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Com tal abatimento, essa economia para pagamento de juros será equivalente a 2,53% do PIB.
O quinto relatório era aguardado com expectativa, pois o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado no começo do mês que o governo não faria mais a meta cheia, porém, o valor a ser abatido não tinha sido especificado. Pelo Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, o desconto poderia ser de até R$ 40,6 bilhões. Mas a área econômica já havia indicado intenção de abater, se necessário, R$ 25,6 bilhões.
Mesmo com a indicação do governo, ainda existem dúvidas em relação ao cumprimento da meta de superávit, mesmo ajustada. A frustração de receita segue e o aumento de despesas continua. Nessa quinta reavaliação, as despesas obrigatórias tiveram um aumento de R$ 16,473 bilhões na comparação com o bimestre anterior. Desse total, R$ 12,4 bilhões se referem a gastos adicionais com pagamento de aposentadorias e outros benefícios sociais.
O governo também estima gasto adicional de R$ 2,162 bilhões com pagamento de salários e encargos sociais. Segundo o relatório, esse aumento teve como finalidade cobrir despesas em vista de novas aposentadorias e de acréscimos referentes a provimentos de cargos por concursos públicos e reestruturações remuneratórias.
Do lado das receitas, o relatório aponta uma frustração de receitas administradas, exceto previdência social, de R$ 8,862 bilhões. A maior redução está relacionada à arrecadação de R$ 2,492 bilhões de Imposto de Renda (IR) e R$ 996 milhões de Imposto de Importação (IR). No ano, essa perda de arrecadação chega a R$ 43,8 bilhões.
A queda de receita, somada ao aumento das despesas obrigatórias, ficou inferior aos R$ 25,6 bilhões de abatimento de superávit primário. Por isso, mostra o relatório, o governo abriu uma margem para desbloquear R$ 8,495 bilhões do Orçamento.
O maior beneficiado será o Poder Executivo, que poderá ampliar despesas em R$ 8,408 bilhões. O restante (R$ 87,6 milhões) será dividido entre Legislativo, Judiciário e o Ministério Público da União (MPU). Em fevereiro, para sinalizar comprometimento com a austeridade fiscal, o governo federal contingenciou R$ 55 bilhões da peça orçamentária.
Ao contrário do que foi visto nos últimos meses, a quinta reavaliação de receitas e despesas não menciona novas receitas com dividendos, o que significa que a previsão foi mantida no patamar recorde de R$ 29 bilhões. O aumento na apropriação de dividendos é um dos instrumentos utilizados pelo governo federal para compensar a frustração de receitas por conta da retração da atividade econômica. De janeiro a setembro, o Tesouro recebeu R$ 19,728 bilhões em dividendos.
Mesmo com as reclamações dos Estados e municípios, devido à redução das transferências do governo federal, da quarta para quinta avaliação houve uma queda de R$ 3,654 bilhões nos repasses. Isso decorre da menor arrecadação de Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados.
No caso do IPI, um dos impostos compartilhados com os Estados e municípios, a baixa está diretamente relacionada à redução do tributo para o setor automotivo até o fim do ano. Somente da quarta para a quinta avaliação, a previsão dessas receitas diminuiu em R$ 721 milhões.
Os parâmetros utilizados pelo governo consideram um crescimento do PIB de 2% neste ano, a mesma projeção utilizada na avaliação anterior. Por outro lado, é esperada uma inflação maior. A estimativa subiu de 4,7% para 5,2%. Mas a inflação oficial acumulada nos 12 meses até outubro é de 5,45%.
A taxa de câmbio estimada caiu de R$ 1,96 para R$ 1,95. O que chama atenção, pois o governo federal defende, via discursos e ações, um piso cambial de R$ 2 desde meados do ano. A projeção de expansão da massa salarial avançou de 12,51% para 13,23%.

SENADORES [in:] PAPAI NOEL EXISTE! -- Somos nós, os eleitores !!!


SENADORES SE LIVRAM DE PAGAR IR SOBRE 14º E 15º SALÁRIOS

SENADORES SE LIVRAM DE DÍVIDA DE IR NÃO RECOLHIDO SOBRE 14º E 15º SALÁRIOS
O Estado de S. Paulo - 21/11/2012

Cobrança de imposto não recolhido entre 2007 e 2011 chega a R$ 64 mil por parlamentar; decisão foi do plenário
O Senado aprovou projeto que livra os parlamentares de pagar Imposto de Renda não recolhido sobre o 14° e o 15° salários entre 2007 e 2011. A cobrança no período chega a R$ 64 mil para cada senador, excluídos juros e correção monetária. A medida confirma ato da Mesa Diretora, que decidiu custear o imposto devido, e abre margem para que a Advocacia-Geral do Senado recorra à Justiça para reaver os pagamentos feitos. A discussão sobre a cobrança da dívida começou em agosto, depois que a Receita Federal enviou a conta para cada congressista. Ato do Senado sustentava que a verba tinha natureza indenizatória, mas o Fisco entendeu ter caráter remuneratório, o que obriga a incidência da alíquota de 27,5% referente ao imposto. Nenhum senador manifestou-se durante a votação.

O plenário do Senado aprovou ontem um projeto que livra os senadores da obrigação de pa­gar o Imposto de Renda não re­colhido sobre os salários extras. A proposta confirma um ato da Mesa Diretora de setem­bro, no qual a Casa decidiu cus­tear o imposto devido pelos parlamentares sobre o 14º e 15º salários recebidos entre 2007 e 2011. Cada salário extra está atualmente em R$ 26,7 mil, que é o teto do funcionalis­mo público.
A mesma decisão do plenário abre margem para que a Advocacia-Geral do Senado recorra à Justiça para reaver os recursos que a Casa bancou.
Nenhum senador manifestou-se em plenário no momento da votação, que durou cerca de um minuto e foi conduzida pelo pre­sidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A matéria agora vai à promulgação.
A discussão sobre a cobrança da dívida dos senadores come­çou em agosto, depois que a Re­ceita Federal enviou diretamen­te para cada congressista a conta do imposto não descontado dos salários extras. Um ato do Sena­do de 1995 sustentava que o re­curso tinha natureza indenizatória, mas o Fisco entendeu que a verba tem caráter remuneratório, o que obriga a incidência da alíquota de 27,5% de IR.
Num primeiro momento, Sarney afirmou que cada um arcaria com sua dívida, mesmo admitin­do que a direção do Senado te­nha falhado ao não recolher o IR dos últimos cinco anos. Contu­do, senadores pressionaram e conseguiram, um mês depois, que a Casa assumisse a despesa. A cobrança do período chega a R$ 64 mil para cada senador, excluídos juros, multa e correção monetária, mas a conta pode ser maior para quem é parlamentar nos últimos cinco anos.
Os salários extras foram cria­dos na década de 1940 para aju­dar nas despesas dos congressis­tas - que ficavam no Rio de Janei­ro, então capital federal - para que retornassem aos Estados de origem no fim de cada ano.
Em maio, o Senado aprovou uma proposta da ministra Gleisi Hoffmann, senadora licenciada, para acabar com o pagamento de 14º e 15º salários. Pelo texto, o pagamento, em vez de ser realiza­do no início e no fim de cada ano, seria feito apenas no começo e no fim de cada legislatura (perío­do de quatro anos).
Câmara. 
Os deputados, no en­tanto, esvaziaram ontem a ses­são de votação sobre a extinção , do pagamento de 14º e 15º salá­rios para os parlamentares e, por enquanto, vão garantindo R$ 53 mil a todos os congressis­tas. Após ter sido aprovado no Senado, o Projeto de Decreto Le­gislativo está desde maio àespe- ra de apreciação na Comissão de Finanças e Tributação da Câ­mara. Ontem, o assunto era o primeiro item da pauta, mas a sessão não foi aberta por falta de quórum (eram necessários 17 deputados).
Há duas semanas, quando o as­sunto foi posto em votação, membros da comissão esvazia­ram a sala para que o fim da mor­domia não pudesse ser decidido.
Na semana passada, a cena se repetiu. Relator do projeto, o de­putado Afonso Florence (PT-BA) prefere evitar polêmicas, mas não descarta a hipótese de que se trate de manobra para adiar a votação. Florence e outros parlamentares já abriram mão de receber o dinheiro extra. Em con­versa com líderes, o relator teve a promessa de que o fim da regalia será apreciado no dia 14.

ARGENTINA. NINGUÉM CHORA POR MIM ... *


Greve paralisa a Argentina

Greve na Argentina ataca inflação de 25%


Correio Braziliense - 21/11/2012
 

Serviços públicos, comércio, transportes… Nada funcionou no primeiro protesto geral enfrentado pelo governo de Cristina Kirchner. Brasileiros ficaram presos no aeroporto.

Rio e Buenos Aires — 
Três dos principais sindicatos da Argentina, em confronto com o governo, conseguiram parar ontem o país, na primeira greve geral que a presidente Cristina Kirchner enfrenta. Em Buenos Aires e nas principais cidades, 160 piquetes impediram a maior parte das pessoas de chegar ao trabalho. Deixaram de funcionar hospitais, tribunais, serviços de recolhimento de lixo, comércio, postos de gasolina e transporte terrestre e aéreo. Muitos dos brasileiros que passaram o feriado prolongado no país não conseguiram voltar para casa.
O principal líder da paralisação é o caminhoneiro Hugo Moyano. Antigo aliado dos Kirchner, ele rompeu com o governo no ano passado e hoje integra a ala opositora da Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Os grevistas exigem reajuste do salário mínimo, mudança nas regras de cobrança do Imposto de Renda, e medidas para o combate da inflação, que neste ano deve chegar a 25%. "Hoje, sem dúvida, é um dia de festa. Nos sentimos satisfeitos, porque estamos cumprindo com nosso dever e obrigação, que é expressar o que sentem os trabalhadores argentinos neste momento."
No gabinete de Cristina Kirchner, o responsável por criticar o movimento foi o ministro do Interior, Florencio Randazzo. "Esta não é uma greve contra o governo e sim contra todos os argentinos que querem viver e trabalhar em paz", disse. A presidente não se pronunciou ontem. Na segunda-feira, promoveu um ato na Câmara da Construção, no qual tentou conclamar as pessoas a não aderir à greve. "Quero convocar meus companheiros trabalhadores a que realizem um grande exercício de responsabilidade e defendam não o governo, mas sim um projeto político que gerou mais de 5 milhões de postos de trabalho."
VoosSegundo as companhias aéreas, 25 voos entre o Brasil e o país vizinho foram cancelados até o momento, segundo informações das próprias companhias e da Infraero. A empresa Aerolíneas Argentinas foi a que suspendeu o maior número de voos: 17, considerando partidas e chegadas. A Austral cancelou quatro e o braço argentino da chilena LAN, mais quatro. A Gol e a TAM informaram que seus voos entre os dois países estão operando normalmente.
De acordo com as empresas brasileiras, ainda não houve nenhum pedido das aéreas argentinas para acomodação dos passageiros que não puderam embarcar ontem. Os voos para hoje estão com status de "previsto", mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomenda que o passageiro procure a companhia aérea para se certificar da normalidade dos serviços.
A Anac informou ontem que notificou as empresas aéreas argentinas a prestarem assistência aos passageiros que estiverem em solo brasileiro e não puderem embarcar. Elas terão cinco dias para comprovar os procedimentos adotados em relação aos passageiros. A falta de assistência pode gerar multa de até R$ 980 mil por voo.
Nos casos de cancelamento, a empresa deve oferecer opções aos usuários: o reembolso do valor integral da passagem, incluídas todas as taxas e nas mesmas condições em que o bilhete foi adquirido; a remarcação para outra data, em acordo com o passageiro, sem custos; a reacomodação em outro voo da companhia ou de outra companhia, ou locomoção por outra modalidade de transporte, quando for possível.
Ainda de acordo com a Anac, os passageiros que não se sentirem contemplados em seus direitos devem recorrer à associação por meio da central de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24h com atendimento em português, inglês e espanhol pelo número 0800 725 4445.
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(*) Isabelita, just one.
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... AS ÁGUAS IAM ROLAR *



CACHOEIRA É CONDENADO, MAS FICA LIVRE DA CADEIA

CACHOEIRA DEIXA A PRISÃO APÓS 265 DIAS


Autor(es): ANA MARIA CAMPOS e EDSON LUIZ
Correio Braziliense - 21/11/2012
 

Juíza da 5ª Vara Criminal de Brasília pune bicheiro com cinco anos de prisão em regime semiaberto por causa de esquema montado para vencer contrato de bilhetagem no transporte do DF. No entanto, determinou a soltura do contraventor por considerar que ele já não pode mais influenciar testemunhas nem atrapalhar a coleta de provas. Cachoeira saiu da Papuda à 0h05 de hoje.

Juíza condena o bicheiro a cinco anos de cadeia por tentar se infiltrar no contrato de bilhetagem eletrônica do transporte público do DF, mas contraventor ganha o direito de recorrer em liberdade

Depois de quase nove meses atrás das grades, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi colocado em liberdade. Ele deixou a Penitenciária da Papuda à 0h05 de hoje e, segundo a mulher, Andressa Mendonça, seguiria para Goiânia, onde se encontraria com os três filhos, de 9, 11 e 12 anos, que não via desde a prisão, em 29 de fevereiro.  Em frente ao presídio, antes de encontrar Cachoeira, Andressa comemorou a libertação e disse que só queria dizer pessoalmente “o quanto o amava”.

Com a conclusão da instrução do processo da Operação Saint-Michel referente a um esquema montado no Distrito Federal para abocanhar o milionário contrato de bilhetagem eletrônica no transporte público, a juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, considerou que o bicheiro não tem mais como influenciar testemunhas e atrapalhar a coleta de provas. 
“A Justiça começou a ser feita. A defesa está convicta que ele não cometeu os crimes que lhe foram imputados. Vamos recorrer e, como ele já cumpriu mais de seis meses de prisão, não ficaria nem no regime semiaberto, mas no aberto”, disse o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, momentos antes de o cliente deixar a Papuda.

O alvará de soltura foi expedido no dia em que a magistrada condenou o bicheiro a cinco anos de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multa correspondente a R$ 155,5 mil pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. É a primeira sentença contra Cachoeira desde que vieram à tona, em fevereiro, com a Operação Monte Carlo, as denúncias de que o contraventor liderava uma máfia em Goiás e no Entorno, com ramificações no poder público, o que motivou a abertura de CPI no Congresso.

Na sentença, a juíza acatou os fundamentos e os elementos de prova compartilhados pelo Ministério Público Federal com os promotores de Justiça do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF. Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal (PF) revelaram um intenso movimento de Cachoeira para conseguir o contrato do DFTrans que prevê a tercerização da exploração da operação do transporte público por meio de um sistema sofisticado de informática. Cachoeira queria entregar o negócio de cerca de R$ 60 milhões por mês para a Delta Construções, empresa que havia conseguido entrar no DF por meio de contrato de limpeza pública, hoje considerado ilegal e extinto. Dois ex-diretores da Delta, Cláudio Abreu, responsável pelo Centro-Oeste, e Heraldo Puccini Neto, gerente em São Paulo, também foram condenados a cinco anos de prisão por quadrilha e tráfico de influência. 

A sentença abrange ainda o ex-servidor da Secretaria de Planejamento Valdir Reis, o contato da quadrilha com o Governo do Distrito Federal. A quebra do sigilo bancário mostrou que Reis recebeu pelo menos R$ 80 mil como pagamento pela intermediação de encontros entre o grupo de Cachoeira e integrantes do Executivo local, entre os quais, o secretário de Transportes, José Valter Wasquez, testemunha no processo.

Segundo a Justiça, Reis recebeu pagamentos por meio de empresas laranjas do esquema, como a Adecio & Rafael, abastecida com recursos da Delta nacional. No computador dele, promotores de Justiça do DF encontraram, durante busca e apreensão da Operação Saint-Michel, o projeto do sistema de bilhetagem que teria sido elaborado pelo grupo de Cachoeira. O ex-servidor mantinha um trânsito tão fácil no anexo do Palácio do Buriti que ostentava um crachá de servidor do GDF.

Foragido
Outras quatro pessoas, entre as quais o vereador Wesley Clayton da Silva, de Anápolis (GO), terra de Cachoeira, também foram condenados. A lista dos considerados culpados dos crimes inclui um dos principais assessores de Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, e o contador do bicheiro, Geovani Pereira da Silva, que está foragido há quase nove meses, desde que a primeira decretação da prisão preventiva, em 29 de fevereiro.

Num dos diálogos interceptados pela Polícia Federal, Cachoeira demonstra abertamente o interesse no negócio. A intenção dele era que a Delta subcontratasse uma empresa coreana, com expertise na área de bilhetagem, uma vez que a construtora com quem mantinha relação próxima não possuía know how no setor. O grupo chegou a participar de reuniões com um diretor do DFTrans e com o secretário de Transportes para apresentar uma proposta.

“A gente faz o negócio do DFTrans, rapaz, é um negócio de sessenta pau por mês e dá pra aumentar 30%. Quer dizer, se a gente pegar um percentual do aumento na licitação é bom demais. Então é bom sentar com o cara e falar em nome da Delta, porque aí pesa mais”, disse Cachoeira a Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, em telefonema interceptado pela PF em 15 de junho de 2011.

Linha do tempo
Confira como o bicheiro Carlinhos Cachoeira se tornou conhecido no cenário nacional e relembre os principais fatos desde que voltou ao noticiário


2004
Carlinhos Cachoeira ganha destaque na mídia após a divulgação de um vídeo (foto), gravado por ele, no qual Waldomiro Diniz, na época assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, negocia propina. O dinheiro seria destinado à campanha eleitoral do PT e do PSB no Rio de Janeiro. Diniz prometia ajudar Cachoeira em uma licitação.

29 de fevereiro de 2012
Oito anos após o escândalo, Cachoeira voltou ao noticiário nacional ao ser preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, acusado de chefiar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás e no Entorno. 

30 de fevereiro
O bicheiro é levado para o presídio federal de Mossoró (RN). 

4 de março
Reportagens divulgam as ligações entre o então senador Demóstenes Torres e Cachoeira. O contraventor presenteou o parlamentar e a mulher com um fogão e uma geladeira. O Correio revela que Demóstenes e Cachoeira conversaram 298 vezes por telefone entre fevereiro e agosto de 2011.


6 de março
Em discurso no Senado, Demóstenes (foto) nega as relações com Cachoeira. 

3 de abril
Demóstenes pede afastamento do DEM.

18 de abril
Cachoeira é transferido para a Papuda. 

19 de abril
Criada CPI para investigar a relação de Cachoeira com políticos e empresas.

11 de maio
O Ministério Público do Distrito Federal denuncia à Justiça Cachoeira e mais sete acusados de formação de quadrilha e tráfico de influência.

22 de maio
Cachoeira fica em silêncio e se recusa a depor na CPI. 

4 de julho
Descobre-se que a casa em que Cachoeira foi preso tinha sido comprada de Marconi Perillo.

10 de julho
O plenário do Senado cassa o mandato de Demóstenes Torres.

20 de novembro
Cachoeira consegue a liberdade.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e CORINTHIANS (5)


Corinthians terá o maior patrocínio de camisas do Brasil: a Caixa Econômica Federal. Ela também poderá bancar o nome do Itaquerão. Como é bom ter torcedores apaixonados e influentes como o ex-presidente Lula. Com tanta ajuda, o clube está virando o Barcelona de Itaquera…


reproducao2011 Corinthians terá o maior patrocínio de camisas do Brasil: a Caixa Econômica Federal. Ela também poderá bancar o nome do Itaquerão. Como é bom ter torcedores apaixonados e influentes como o ex presidente Lula. Com tanta ajuda, o clube está virando o Barcelona de Itaquera...
...
O Corinthians acaba de anunciar.

Fechou patrocínio para a sua camisa.
Até 2014.
Conselheiros juram que será o maior do Brasil.
Superará o Palmeiras e seu acordo com a Kia, com seus R$ 25 milhões anuais.
Talvez será um dos maiores do mundo.
Neste tempo de crise mundial, conseguiu uma estatal.
A Caixa Econômica Federal.
E fará sua estreia no clássico contra o Santos.
O estádio que abrirá a Copa já tem muito dinheiro público.
Com a desculpa que sediará o jogo de abertura do Mundial, a prefeitura garantiu R$ 420 milhões.
O governo estadual resolveu colocar R$ 70 milhões.
O Corinthians se incumbiu de arrumar mais R$ 510 milhões em empréstimos do BNDES.
Com condições de pagamentos especiais por causa da Copa.
O que faria um banco federal investir tanto na camisa corintiana?
A Caixa já está estampada na do Atlético Paranaense.
Por um valor baixo: R$ 5,4 milhões.
Com o Corinthians será um valor muito mais alto.
Há vários clubes quase falidos e sem patrocínio.
O Flamengo é um excelente exemplo.
É justo um banco federal escolher um clube para dar dinheiro?
A Caixa Econômica precisa do Corinthians para fazer propaganda?
A cúpula do Parque São Jorge tem excelente relacionamento com o ex-presidente Lula.
Foi graças a ele e a Ricardo Teixeira que conseguiu o Itaquerão.
Desde março, o clube não tem patrocínio.
A Hypermarcas não quis renovar.
Embora diretor de Seleções, Andrés Sanchez se incumbiu de ajudar Luiz Paulo Rosenberg.
Prometeu não descansar enquanto não arrumasse patrocínio para a camisa.
E uma empresa para batizar o Itaquerão.
Já houve várias reuniões com estatais.
Elas haviam diminuído com a doença do ex-presidente do Brasil.
Lula recuperado é um grande aliado corintiano.
Uma palavra sua tem enorme poder.
Não há dúvida entre os conselheiros.
Houve ajuda de Lula quanto à Caixa Econômica Federal.
Mas o clube e o banco não terão o menor interesse em revelar detalhes dos bastidores do negócio.
O que interessa é que no Mundial de Clubes, o Corinthians terá patrocínio na sua camisa.
O banco que investia em esportes olímpicos resolveu agora despejar dinheiro nofutebol.
Até o final de 2014 o Corinthians terá o maior patrocinador do Brasil.
Depois da Copa desfrutará de um estádio de um bilhão de reais tendo pago pouco mais da metade.
E ainda nos próximos anos continuará, ao lado do Flamengo, recebendo mais da Globo pela transmissão do futebol.
Ainda há a venda do nome do Itaquerão que pode ser fechado a qualquer momento.
Não será surpresa se a compradora for a própria Caixa Econômica Federal.
Que sorte tem o Corinthians...
Como é bom ter bons relacionamentos na esfera federal...
Quando Andrés Sanchez brincava que o clube seria o novo Barcelona ninguém levava a sério.
Mas com tanta ajuda assim, não há a menor dúvida de que estava certo.
Sabia do que estava falando.
Corinthians é o Barcelona de Itaquera...
(A Caixa acaba de confirmar.
Pagará R$ 30 milhões por ano.
O maior patrocínio do futebol brasileiro, como foi revelado ontem aqui.
O contrato vai até 2013, com a possibilidade de renovação para 2014.
O dinheiro é R$ 20 milhões a menos do que sonhava a cúpula corintiana.
Depois da conquista da Libertadores, a direção bradava.
Queria R$ 50 milhões.
Conseguiu R$ 30 milhões.

E graças a ajuda de torcedores muito influentes...)
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http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/corinthians-tera-o-maior-patrocinio-de-camisas-do-brasil-a-caixa-economica-federal-ela-tambem-podera-bancar-o-nome-do-itaquerao-como-e-bom-ter-torcedores-apaixonados-e-influentes-como-o-ex-presiden-19112012/
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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e CORINTHIANS (4)


sábado, 15 de setembro de 2012
8:27 \ Futebol

Impasse no Itaquerão

Cadê o dinheiro?  Itaquerão: previsto para abrir a Copa, o estádio ainda não resolveu seus problemas de financiamento

Lula está articulando uma reunião de gente grande para cuidar dos pepinos seu Corinthians. Planeja chamar para o encontro Emilio Odebrecht e os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine; do BNDES, Luciano Coutinho; e do Corinthians, Mário Gobbi Filho.

Na mesa, as garantias financeiras para a construção do Itaquerão, que ainda não saíram. A Odebrecht ameaça paralisar as obras no final do mês se o abacaxi não for descascado – simplesmente porque os 250 milhões de reais que pegou emprestado para iniciar as obras terminam no dia 30.
Por Lauro Jardim
VEJA.

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/futebol/impasse-no-itaquerao-lula-articula-reuniao-para-que-nao-falte-din-heiro-para-as-obras-do-estadio-do-corinthians/