PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, maio 27, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''ONTEM NÓS NOS DESPEDIMOS COM LÁGRIMAS NOS OLHOS..." (José Roberto)

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ELEIÇÕES 2014: PALANQUES E BASTIDORES


PT tira Lindbergh de cena para reduzir desgaste com PMDB

O Globo - 27/05/2013
 

Deputados são orientados a ficar no front contra Cabral e Pezão

Após o acirramento da disputa com o PMDB, no Rio, na última semana, a direção nacional do PT decidiu blindar o senador Lindbergh Farias, potencial candidato ao governo fluminense em 2014. A orientação do presidente do partido, Rui Falcão, foi para que o parlamentar saia da linha de frente do bate-boca público com os peemedebistas. Caberá a deputados da legenda a tarefa de fazer o enfrentamento. 
Os deputados federais Jorge Bittar - coordenador do programa de governo de Lindbergh -, Benedita da Silva e Alessandro Molon foram os escalados pela direção nacional do PT para serem os para-raios do senador. O trio será o responsável por responder eventuais declarações de integrantes do PMDB contra Lindbergh e, ao mesmo tempo, manter as críticas ao governo Cabral.

Nos bastidores, o PT trabalha para intensificar ainda mais a pré-campanha de Lindbergh. A ideia é fortalecer a imagem do senador também com críticas ao governo do PMDB. A operação ocorre mesmo que os petistas exerçam cargos de confiança nas administrações de Cabral e do prefeito Eduardo Paes.

A estratégia de não atacar Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, provável candidato ao governo do Rio, tinha sido determinada pelo ex-presidente Lula. Até semana passada, porém, Lindbergh mantinha a ofensiva.

plano foi reforçado na sexta-feira 
O plano de retirar Lindbergh do front com o PMDB foi reforçado na última sexta-feira durante um seminário realizado no Rio pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo. Por outro lado, caberá a Lindbergh aumentar o ritmo das visitas nos municípios do estado com as caravanas do PT. Hoje, a ida do senador às cidades ocorre quinzenalmente. No segundo semestre, a ideia é que seja semanal. Alguns integrantes da Executiva regional do PT, no entanto, defendem o contrário.

- Queremos que passe a ser mensal. Quanto mais caravanas, mais inevitáveis serão os ataques de Lindbergh a Cabral e Pezão. Haverá mais atrito - afirmou um dirigente petista.

Ontem, Lindbergh esteve em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, onde recebeu o título de cidadão maricaense na festa de 199 anos de emancipação da cidade. A prefeitura de lá é comandada por Washington Quaquá, do PT. O senador preferiu não comentar a articulação.

- Quero conhecer mais os problemas do estado do Rio - limitou-se a dizer Lindbergh, já dando sinais de que pretende evitar novas polêmicas.

Procurados pelo GLOBO ontem, Bittar, Benedita e Molon não retornaram as ligações. 
O acirramento da disputa entre PT e PMDB no Rio foi levado por Cabral ao jantar oferecido pelo vice-presidente Michel Temer, também do PMDB, em Brasília, terça-feira passada. O governador deixou claro no encontro que não deverá apoiar a reeleição de Dilma caso o PT lance um candidato para a disputa estadual contra Pezão. Cabral citou até a sua relação com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do PSDB à Presidência contra Dilma em 2014.

- Não é bem assim de a gente não ter alternativa. Eu tenho relação com várias pessoas no mundo político. O nome do meu filho é Marco Antônio Neves Cabral - disse Cabral na semana passada, referindo-se ao filho de seu primeiro casamento, com Suzana Neves, parente de Aécio.

BRASIL-ARGENTINA [In:] DIAPASÃO

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Lula e Cristina - dize-me com quem andas...

Autor(es): Sérgio fausto
O Estado de S. Paulo - 27/05/2013
 

Em sua passagem por Buenos Aires, na semana retrasada, Lula deu endosso público à guerra que a presidente argentina move contra a liberdade de imprensa em seu país. Disse, com outras palavras, que lá, como aqui, a imprensa "conservadora" não se conforma com o sucesso de governos "populares".
Pelo menos no caso do país vizinho, falar em sucesso é abuso de linguagem. 
O balanço de dez anos dos Kirchners no poder tem pontos positivos, mas os negativos vêm se multiplicando ao longo do segundo mandato de Cristina: inflação em alta, crescimento em baixa, investimento em queda, saldo externo em deterioração, inconsistência cada vez maior na gestão das políticas públicas. Parece familiar, não é mesmo? Mas seria injusto dizer que os governos Nestor - Cristina descrevem trajetória igual à dos governos Lula-Dilma. Sem negar semelhanças, a escala dos erros e dos problemas é muito maior lá do que aqui. Grande parte da diferença se explica pela desenfreada arbitrariedade do governo de Cristina Kirchner, tanto na economia quanto na política, inseparavelmente.
Na Argentina não são apenas verbais e localizadas as investidas contra grupos de comunicação não alinhados ao governo. O mais recente torpedo governamental consistiu em proibir supermercados e lojas de eletrodomésticos de publicar anúncios em jornais e canais de televisão. Válida para todos, a medida atinge principalmente os veículos que não contam com os recursos da publicidade oficial. O alvo principal é o Grupo Clarín.
Ele passou de amigo a inimigo do governo depois de assumir posição favorável aos protestos de agricultores contrários à criação de um tributo adicional sobre as exportações de seus produtos. Cristina cumpria o primeiro ano de seu primeiro mandato e acabou derrotada no Congresso. Jamais deglutiu o revés. Desde então, constituir um aparato de mídia sob seu controle e destruir o Clarín se tomou prioridade para seu governo. Com esse duplo propósito, Cristina não poupou recursos públicos nem esforços, entre os quais a tentativa, em andamento, de estatizar a única empresa importadora de papel imprensa do país.
Na guerra contra o Clarín, esbarrou na resistência do Poder Judiciário. Uma liminar concedida há mais de um ano protege o grupo dos efeitos da chamada "Lei da Mídia", cuja aplicação obrigaria o Clarín a vender parte de seus canais de televisão e rádio. Inconformada, Cristina conseguiu aprovar uma lei que reforma o Judiciário, tomando eletivos os assentos no Conselho da Magistratura, órgão incumbido de escolher os juizes dos tribunais argentinos. Assim como no caso da "Lei da Mídia", essa nova iniciativa é apresentada como "democratizadora".
Que o objetivo da reforma do Judiciário não é democratizar a Justiça argentina fica claro pelos limites que impõe à obtenção de liminares contra decisões do governo e pelo empenho sistemático dos Kirchners em bloquear as investigações e decisões judiciais que têm por objeto as várias denúncias de enriquecimento ilícito que pesam contra o casal, sua família e seus aliados. Da mesma forma, o modo discriminatório como o governo trata os veículos de imprensa, de acordo com sua maior ou menor proximidade com o governo, revela não ser democrático o propósito da "Lei da Mídia". Naquela mesma semana, Cristina chegou ao cúmulo de determinar que a transmissão dos jogos do campeonato argentino de futebol no domingo à noite se inicie uma hora mais tarde, para coincidir com o horário em que vai ao ar o programa do jornalista Jorge Lanata, que se tem destacado por denúncias de corrupção contra o governo.
Criar regras que limitem a concentração dos veículos de mídia nas mãos de um mesmo grupo e tornem viável a ampliação da oferta de fontes alternativas de informação é, sim, um passo na direção de maior democracia. 
Porém, quando a iniciativa parte de governos e partidos cuja prática política consiste em sistematicamente enfraqueceras instituições que garantem o equilíbrio do jogo democrático e põem limites ao uso discricionário do poder pelo governo de turno, é preciso não se deixar iludir pelas belas palavras e nobres intenções. Não é coincidência que iniciativas para promover o "controle social da mídia" e "a democratização da Justiça" surjam sempre irmanadas nas ações dos governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador e na cada vez mais "bolivariana" Argentina de Cristina Kirchner.
As declarações de Lula em Buenos Aires não são surpreendentes. Pouco mais de um mês antes, gravou mensagem de apoio a Nicolás Maduro, herdeiro do projeto chavista do "socialismo do século 21". Quem ainda nutre ilusões sobre o que se esconde por trás dessa fachada deveria ouvir o diálogo gravado entre um assessor cubano e o principal ventríloquo do "jornalismo" chavista, Mario Silva, apresentador do programa La Hojilla. O diálogo tornou-se público na semana passada. Desnuda-se ali o confronto interno entre a facção civil e ideológica e a facção militar-cleptocrática do chavismo, aquela inspirada por Cuba e esta, pelas oportunidades de enriquecimento e poder que um regime arbitrário oferece.
Pela influência que tem em seu partido e no governo de sua sucessora, a palavra de Lula não é apenas uma opinião singela. As oposições devem cobrar da presidente Dilma Rousseff uma posição clara quanto às manifestações de seu antecessor. Concorda com elas ou não? Basta de ambiguidades em relação a temas tão essenciais à convivência civilizada e democrática: liberdade de expressão, autonomia do Judiciário, para não falar em direitos humanos, área em que Dilma esboçou mudanças ao início de seu mandato para logo voltar à política de vista grossa e boca fechada.
Não é aceitável dizer-se democrata em casa e solidarizar-se com toda sorte de arbitrariedades na vizinhança. É mais do que hora de acabar com isso.
 /Diretor-executivo do iFHC, é membro do Gacint-USP.
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BRASIL SEM MISÉRIA (Ops!!)

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27/05/2013 - 03h30

Maior renda não erradicou miséria social


JOÃO CARLOS MAGALHÃES
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

O governo Dilma Rousseff melhorou a renda dos pobres, mas não solucionou seus níveis miseráveis de acesso a emprego e educação.

É o que revela um indicador que o próprio governo federal usa para analisar a pobreza no país, cuja base de dados de dezembro de 2012 a Folha obteve por meio da Lei de Acesso à Informação.


Chamado de Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), ele é aplicado ao Cadastro Único (banco de dados federal sobre famílias de baixa renda) e possibilita uma mensuração detalhada da situação do pobres.

Em vez de definir a pobreza só pela renda, como faz a propaganda oficial, o IDF a divide em seis dimensões: vulnerabilidade da família, disponibilidade de recursos (renda), desenvolvimento infantil, condições habitacionais, acesso ao trabalho e acesso ao conhecimento.

Cada uma delas ganha uma nota, que varia de 0 a 1, onde 1 significa que a família tem todos os direitos fundamentais ligado a cada dimensão garantidos, e 0 significa que tem todos eles violados.

Juntas, essas seis notas criam uma média geral --que, no caso dos pobres brasileiros, está em 0,61.

Editoria de Arte/Folhapress

O índice de renda, por exemplo, está acima da média: 0,63. Essa performance tem relação com as mudanças feitas no Bolsa Família, que elevaram o orçamento do programa em cerca de 67%, chegando a R$ 24 bilhões.

A última ampliação, feita em 2013 e portanto não captada pelos dados obtidos pela reportagem, concedeu um complemento para quem tivesse rendimento mensal per capita inferior a R$ 70 --considerado pelo governo teto para caracterizar a miséria.

CAMPANHA

Essa erradicação monetária da pobreza extrema cadastrada motivou uma campanha publicitária que anunciou que "o fim da miséria é só um começo".

Eco da promessa feita por Dilma em 2010 de acabar com a extrema pobreza, o mote estará em sua campanha pela reeleição no ano que vem.

O que contradiz o slogan é o desempenho das dimensões "acesso ao conhecimento" e "acesso ao trabalho". O índice da primeira, que capta a situação de adultos e de parte dos jovens, está em 0,38. O da segunda, em 0,29.

É difícil fazer uma análise comparativa dessas notas, uma vez que não existem cálculos recentes do IDF para toda a população.

No entanto, uma maneira de traduzir as notas é pensar que o IDF foi concebido no segundo governo Fernando Henrique Cardoso para medir o grau de acesso a direitos fundamentais por meio de perguntas objetivas --a cada "sim" a nota aumenta, e a cada "não", diminui.

Aplicando essa ideia à nota geral, é como dizer que os pobres brasileiros têm acesso a 61% de todos os seus direitos fundamentais e são privados de 39% deles.

Em relação às notas mais baixas, é como dizer que eles acessam 29% dos direitos ligados ao trabalho e 38% dos relativos ao conhecimento. Alguns componentes detalham essas dimensões. Por exemplo, a proporção de famílias pobres com ao menos um adulto analfabeto, que supera os 80%.

Como o país experimenta algo próximo do pleno emprego, uma possível explicação é que a falta de formação nessa fatia da população é o maior limitador para que ela encontre trabalho.

A baixa nota das duas dimensões indica também que o número de pessoas que precisa do Bolsa Família não deve diminuir tão cedo, porque o emprego e a educação são tidas como as principais "portas de saída" do programa.

OUTRO LADO

O Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que o país experimenta "inegáveis" avanços na educação e no trabalho, que não necessariamente são captados pelo Índice de Desenvolvimento da Família (IDF).

"O Cadastro Único tem particularidades, entre elas o fato de as pessoas buscarem o cadastramento exatamente quando enfrentam períodos de dificuldades socioeconômicas e choques negativos, como perda de emprego", afirmou a pasta.

"Dessa maneira, os inegáveis avanços que o país teve nas áreas de educação e trabalho são muito mais bem capturados por meio de fontes de dados voltadas especificamente a esses temas, como, por exemplo, o Censo da Educação Básica."

Em relação à dimensão "acesso ao conhecimento", a pasta informou que ela está "focada na escolaridade dos adultos e não das crianças e adolescentes, público-alvo do acompanhamento das condicionalidades do Bolsa Família". A dimensão que mede o grau de desenvolvimento infantil obteve a melhor nota no IDF, alcançando 0,85. 
(JCM e BC)
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(...) -- E QUANTO EU LEVO NISSO? (Bordão televisivo. Moacir Franco)

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Governo corre para aprovar pacote de medidas provisórias antes do feriado

Das oito MPs que poderão perder a validade, duas têm apelo popular: uma assegura a redução na conta de luz e a outra beneficia a construção civil e o varejo com corte de impostos na folha de salários

27 de maio de 2013 | 2h 03
Andrea Jubé Vianna e Ricardo Brito - O Estado de S.Paulo

Brasília - 
Depois da Medida Provisória dos Portos, o governo Dilma Rousseff terá de fazer nos próximos dias um esforço para conseguir a aprovação de oito medidas provisórias antes de elas perderem a validade. 
Às vésperas do feriado de Corpus Christi, o maior empenho volta-se para a aprovação de duas medidas com elevado apelo popular. O temor do Planalto é que, mesmo se forem aprovadas na Câmara, não há garantia de que serão apreciadas a tempo no Senado.
As MPs perdem a validade na segunda-feira, dia 3. Desse pacote, quatro vão caducar e duas devem ser votadas em tempo hábil no Senado, segundo fontes. 
As duas restantes asseguram o corte na conta de luz, prometido por Dilma, e beneficiam a construção civil e o varejo com corte de impostos na folha de salários. 
Nos dois casos, ainda precisam passar por Câmara e Senado. Líderes governistas correm contra o relógio para salvá-las e os peemedebistas prometem, agora, que vão agir como aliados.
Com o feriado abreviando a semana e comprometendo o quórum, as chances de aprovação vão até quarta-feira. Para votá-las, os líderes governistas terão de convencer a oposição e parte da base aliada. Mas há outra rebelião: alguns partidos exigem que, antes, seja apreciado um projeto que acaba com a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS dos demitidos por justa causa (leia abaixo).
Adiamento. O Planalto opõe-se ao projeto, porque o fim da cobrança retiraria R$ 3 bilhões dos cofres da União. Por isso, acionou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que tente adiar a análise da proposta.
"Só analisamos as medidas provisórias se votarmos o fim da multa adicional do FGTS", disse o líder da oposição, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). "Se ele adiar essa votação, vai mostrar que o Congresso não passa mesmo de um puxadinho do Planalto", criticou. Também querem o fim da multa adicional o PSB, o PSD, o PTB e o PSC. Se a apreciação da proposta for adiada, a oposição vai obstruir as MPs, acrescentou Leitão.
Impacto. Os dois focos de preocupação do governo na Câmara são MPs baixadas por Dilma para estimular a economia e reduzir custos. A da conta de luz permite a transferência de recursos de um fundo setorial para o pagamento das usinas térmicas. Sem isso, seria praticamente anulado o desconto na conta de luz. Ela é tão importante que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, telefonou a aliados no fim de semana pedindo empenho na aprovação.
"Estamos confiantes de que a Câmara votará a matéria. A caducidade da MP prejudicará a população e o setor produtivo de importantes Estados", disse ao Estado a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "Vamos mobilizar a base para votar na segunda (hoje) ou, no máximo, na terça-feira, doa a quem doer", afirmou o líder do PT, José Guimarães (CE).
Se aprovadas amanhã, as MPs chegam ao Senado menos de 24 horas antes do feriado. Nesse contexto, colocam em xeque a promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que não analisaria MPs com menos de sete dias de prazo. "Esta será a última vez", disse o senador na análise da MP dos Portos. Uma liderança da base aliada afirmou ao Estado que Renan vai cumprir o acordo, o que na prática, fará caducar as MPs.
Antes de votar as MPs mais caras ao Planalto, o Senado deverá analisar outras que chegaram à Casa na semana passada. Uma delas reduz o Imposto de Renda nas Participações de Lucros e Resultados. A outra, cria um fundo para o Centro-Oeste e amplia o limite operacional da Caixa. Estas devem ser votadas. 
COLABORARAM ANNE WARTH, TANIA MONTEIRO E VERA ROSA 
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O PIO DO POVO (segundo Nelson Rodrigues)

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Neymar dá adeus ao Santos em empate sem gols diante do Flamengo

Negociado com o Barcelona, craque faz sua última partida com a camisa santista

26 de maio de 2013 | 18h 05
FELIPE ROSA MENDES - Agência Estado
SÃO PAULO - Nem mesmo a despedida de Neymar empolgou o time do Santos neste domingo. Na rodada de abertura do Brasileirão, o time santista voltou a decepcionar a torcida com uma atuação apagada no empate sem gols com o Flamengo, no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha). Foi o último jogo do atacante de 21 anos com a camisa do Santos.
Neymar, que confirmou sua ida ao Barcelona na noite de sábado, não escondeu a emoção antes mesmo do início da partida. Ele foi às lágrimas durante a execução do Hino Nacional. Mas tentou não se abalar com a despedida. Correu bastante em campo, iniciou jogadas, puxou contra-ataques, bateu faltas, mas parou na própria ineficiência do Santos.
Como vem acontecendo nos últimos jogos do time, Neymar jogou sem um parceiro no ataque, sofreu com a apatia do meio-campo e não viu os laterais aparecerem para dar apoio. Acabou protagonizando uma despedida melancólica, que não ficará na memória dos torcedores santistas. Sem Neymar a partir já da próxima rodada, o Santos apostará em futuros reforços de peso e na juventude de jogadores como o estreante Henrique e Gabriel, de 16 anos.
Pelo Flamengo, o estreante do dia foi Marcelo Moreno, que criou boas oportunidades e esteve perto de marcar seu primeiro gol pelo novo time. Ele e Rafinha concentraram as atenções do time, principalmente no segundo tempo.
O JOGO
Grande estrela da partida, Neymar voltou a ter dificuldade para comandar o Santos, assim como já havia acontecido na fraca partida contra o Joinville, na quarta-feira passada, pela Copa do Brasil. Jogando sozinho, diante da apatia do meio-campo santista, o atacante pouco pôde fazer no primeiro tempo deste domingo.
Sem contar com o apoio de Montillo e Cícero, Neymar viu o Flamengo dominar as ações na etapa inicial. O time carioca quase abriu o placar aos 11 minutos, quando Gabriel cruzou da direita e Rafinha completou para gol. Rafael fez grande defesa. A bola ainda sobrou na pequena área, mas a zaga santista afastou o perigo.
O Flamengo jogava melhor e atacava com maior volume, contando com a participação constante dos laterais, algo que o Santos não fazia. Assim, acabou criando as melhores chances de gol. Na mais perigosa, aos 41 minutos, Hernane apareceu livre dentro da área e acionou Gabriel, bloqueado por Galhardo. Na sobra, Renato Abreu tentou por cobertura e quase marcou um golaço.
Na saída para o intervalo, Neymar admitiu a baixa qualidade do jogo. "Está difícil", comentou, ao minimizar o choro antes do início da partida. "A emoção é muito grande. Mas foi só antes do jogo. Quando a bola rola, eu quero jogar, quero vencer".
Insatisfeito com a ineficiência do ataque flamenguista, o técnico Jorginho promoveu a estreia de Marcelo Moreno. Em seu primeiro lance de perigo, ele recebeu na entrada da área e mandou para as redes, aos 15. O árbitro, porém, assinalou impedimento duvidoso. Antes, Elias já havia levado perigo em boa finalização rente à trave de Rafael.
Enquanto o Flamengo ameaçava o gol santista em rápidas investidas, o Santos sofria para armar uma jogada de maior relevância. Neymar seguia solitário no ataque. Em sua melhor oportunidade, bateu falta no ângulo esquerdo, mas parou na boa defesa do goleiro Felipe, aos 23. As entradas de Felipe Anderson e Pato Rodríguez não alterou o panorama do jogo.
O Flamengo seguia melhor e esteve mais perto de balançar as redes. Aos 26, Gabriel recebeu livre dentro da área e bateu com perigo. A bola já passava por Rafael quando Durval fez o desvio. Aos 32, foi a vez de Moreno bater com perigo no canto direito. Rafael fez a defesa. Na sequência, o goleiro santista contou com a sorte ao ver Carlos Eduardo, que acabara de entrar, pegar mal na bola e mandar para fora quando estava livre na pequena área.
Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira. Sem Neymar, o Santos visitará o Botafogo em Volta Redonda, enquanto o Flamengo vai mandar seu jogo contra a Ponte Preta, em Juiz de Fora.
SANTOS 0 x 0 FLAMENGO
SANTOS - Rafael; Galhardo (Pato Rodríguez), Durval, Edu Dracena, Léo; Arouca, Renê Júnior, Cícero, Montillo (Felipe Anderson); Neymar e Henrique (Gabriel). Técnico:Muricy Ramalho.
FLAMENGO - Felipe; Léo Moura, Renato Santos, González e Ramon; Luiz Antônio (Carlos Eduardo), Elias e Renato Abreu; Rafinha, Gabriel (Paulinho) e Hernane (Marcelo Moreno). Técnico: Jorginho.
CARTÕES AMARELOS - Henrique, Luiz Antônio.
ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (GO).
RENDA - R$ 6.948.710,00.
PÚBLICO - 63.501 torcedores.
LOCAL - Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), em Brasília. 

NAVEGAR É[RA] PRECISO

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Boato, tomate e ferrugem

27 de maio de 2013 | 2h 04
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO - O Estado de S.Paulo

Nem boato, nem tomate. O que desgasta a popularidade de Dilma Rousseff é a perda de otimismo do consumidor. Sem vender esperança de que melhores ventos virão, nenhum capitão consegue manejar o leme à vontade por muito tempo. É a confiança de que o barco está no rumo certo que evita o motim da tripulação.
Boatos fabricados e tomates exorbitantes passam. 
Já a lenta mas constante perda de poder de compra da base eleitoral tem efeito corrosivo na imagem de qualquer governante. 
As ondas chacoalham, mas é a ferrugem que afunda o navio no longo prazo. Marola quase imperceptível no oceano de notícias sobre o boato, a nova queda da confiança do consumidor registrada na sexta é ferrugem.
Antes, porém, uma espiada na comoção coletiva e efeito manada.
O descomunal interesse sobre o Bolsa Família provocado pelo boato de que o programa iria acabar ficou documentado na página de tendências do Google - o Google Trends. O volume de buscas pela expressão "bolsa familia" (assim mesmo, sem acento) foi recorde no domingo 19 de maio: dez vezes maior do que de hábito. Mas durou pouco. Em três dias a preocupação voltou ao normal.
O vagalhão produzido por mensagens fraudulentas enviadas a celulares de beneficiários do Bolsa Família - por empresa de telemarketing carioca, segundo a Polícia Federal - dissipou-se tão rapidamente quanto chegou. Arrastou multidões aos caixas eletrônicos, mas deixou para trás apenas a desconfiança - menos sobre a continuidade do programa do que sobre a origem do boato.
No fim, a armação pode ter o efeito contrário ao previsto, porque o boato não encontrou respaldo na realidade. É diferente da busca coletiva pelo tomate perdido de quarenta dias antes.
Preços impagáveis elevaram o tomate à categoria de fenômeno digital em 5 de abril. As buscas por "tomate" no Google chegaram ao pico no dia seguinte, um sábado, e persistiram por mais uma semana. Embora o auge não tenha sido tão intenso quanto no boato do Bolsa Família, o efeito mais prolongado acabou gerando, no acumulado, mais buscas - um indicativo de maior interesse.
A diferença é que ao chegar à feira as pessoas encontravam o preço do tomate exorbitantemente alto. Embora isso não fosse símbolo de inflação - era apenas escassez -, dava respaldo ao que se lia na internet e na imprensa. Não era boato. Mas o interesse acabou dissipando-se quando o preço voltou ao normal.
Boato e tomate foram factoides de pouca consequência. Talvez tenham sido uma prévia do que o governo verá quando a campanha eleitoral começar para valer. Mas não tiveram força para mudar o destino de Dilma na Presidência. A queda da confiança do consumidor, porém, não é boato nem efeito manada. É tendência.
O ICC da Fundação Getúlio Vargas vem em queda desde abril do ano passado, se olhado pela média trimestral. Os últimos três índices ficaram abaixo da referência histórica. O que está arrastando a confiança do consumidor para baixo é a perda do otimismo. Ele olha para frente e já não vê tudo azul como via há alguns meses. Tem dúvidas sobre o futuro.
O fenômeno é mais agudo em São Paulo, mas a tendência se repete, ainda que com menor intensidade, em outras regiões do País - como mostra outro índice que mede a mesma coisa, o INEC da Confederação Nacional da Indústria. A ferrugem não se limita à expectativa do consumidor. As medições sobre o mercado de trabalho feitas pelo IBGE e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostram que o desemprego segue excepcionalmente baixo, mas a oferta de vagas desacelera. E a renda dos trabalhadores está começando a cair. Some-se inflação e o resultado é perda de poder de compra.
Até o PT já percebeu que mais do mesmo não levará Dilma ao segundo mandato. A presidente vai precisar restaurar o otimismo do brasileiro se quiser arear sua popularidade.
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