PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, fevereiro 01, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] "PRESSÃO NORMAL" ... 51 x 12 (meses)

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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LULA/GOVERNO LULA: ''NÃO É SÓ DEUS QUE MATA..."

Brasil

Suor, sufoco e susto

Ao tentar conciliar a agenda presidencial com a pré-campanha de Dilma Rousseff, Lula sucumbe ao stress e é internado às pressas com uma crise de hipertensão – mal que acomete 30 milhões de brasileiros

Fotos Hans Von Manteuffel/Ag. o Globo e Guga Matos/Jc Imagem
Poucas palavras
No discurso de inauguração de um posto de saúde em Paulista, no Grande Recife, na tarde de quarta-feira, Lula disse que falaria pouco. Ele já manifestava os primeiros sinais de pressão alta.


A internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, no Real Hospital Português de Beneficência, no Recife, é reveladora de como é fácil superestimar nossos limites físicos e emocionais e subestimar os sinais de alerta emitidos pelo organismo. Menos de vinte dias depois de terminadas as férias de verão, a crise de hipertensão experimentada por Lula está associada ao stress. O ritmo alucinante empreendido pelo presidente logo que voltou das férias contraria o que a maioria dos médicos recomenda nesses casos. O mais correto é começar a embalar um pouco na última semana de férias e ir com calma na retomada do expediente. Calma e Lula não costumam andar juntos. O presidente reentrou na arena administrativa e eleitoral como quem embarca em um automóvel a 100 quilômetros por hora. A cabeça comandou, mas o corpo não obedeceu e reagiu emitindo sinais bioquímicos característicos. A cadeia de reações do organismo nesses casos já é um clássico da medicina. Em resposta ao stress, o organismo acelera a produção de certas substâncias que aumentam o batimento cardíaco, a pressão arterial, a taxa de açúcar no sangue e deprimem o sistema imunológico. A pessoa sente-se cansada, fica mais irritável e parece estar com uma gripe encruada, daquelas que não pioram, mas também não vão embora. "Ele está claramente tenso, cansado. É visível a mudança em seu humor neste início de ano", diz um ministro próximo de Lula. O único que parecia não notar os sinais (evidentes) do desgaste era o próprio presidente.

O organismo de Lula, como se viu, não quis nem saber das urgências eleitorais do político Lula – a mais aguda delas a viabilização da candidatura presidencial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Ao mesmo tempo o político Lula deu uma banana para o organismo com a mesma ênfase que peitou o Tribunal de Contas da União (TCU) (veja o quadro abaixo).

Em ritmo de campanha, o presidente tem se alimentado mal, dormido pouco, feito ainda menos exercícios físicos e fumado muito. Desde a volta do descanso com a família na Praia de Aratu, na Bahia, e no Guarujá, em São Paulo, no último dia 11, Lula já percorreu mais de 18 000 quilômetros pelo Brasil ao lado de Dilma. Nos dezessete dias de trabalho no ano, o presidente participou de 29 eventos públicos fora da capital e esteve em quinze cidades. Suas jornadas de trabalho chegavam até a quinze horas diárias.

Lúcio Távora/ag. A Tarde
Na Bahia
Lula durante as últimas férias de verão: ele voltou rápido demais

O mal-estar que culminaria com uma pressão arterial assustadoramente alta, em 18 por 12 (bem acima dos 11 por 7 que Lula costuma apresentar), começou na madrugada de quarta-feira, na volta do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. No voo para Brasília, o presidente reclamou de cansaço e indisposição. Era 1 hora da madrugada. Depois da queixa, Lula não dormiu nem cinco horas e já estava em seu gabinete para uma reunião com assessores. Por volta das 10 da manhã, gravou a propaganda de televisão do PT, ao lado de Dilma, de ministros e parlamentares do partido. Do estúdio, foi direto para a base aérea, onde, ao meio-dia, embarcou rumo ao Recife. "Assim que entrou no avião, chamou o médico da comitiva", revela um assessor que acompanhava o presidente. Ele se mostrava esgotado e sua cabeça doía. A sinusite aparentemente controlada desde 2005, com a cirurgia para retirada de pólipos nasais, parecia ter voltado a incomodar. O coronel-médico Cleber Ferreira, que acompanha Lula há cinco anos, recomendou nebulização, para desobstrução das vias respiratórias. Sentado sozinho, com as pernas estendidas, Lula fez a inalação durante todo o voo. Nos compromissos na capital pernambucana, estava abatido. Queixou-se de falta de fôlego, calafrios e palpitações. Pensou-se em gripe, mas um dos exames realizados mais tarde no Real Hospital Português de Beneficência mostraria que no sangue de Lula não havia vestígio de nenhum tipo de infecção por vírus. O mal-estar do presidente apresentava então a forma característica da reação corporal ao stress. Lula continuou no mesmo ritmo.

Apesar do quadro de extrema indisposição, não cancelou nenhum compromisso de uma intensa e longa agenda no Recife. Sob um calor ao redor dos 40 graus, entrando e saindo de ambientes refrigerados, o presidente inaugurou um posto de saúde, visitou a sinagoga mais antiga do Brasil, onde prestou homenagem às vítimas do Holocausto, participou de um coquetel no Palácio do Campo das Princesas com políticos do PSB e jantou com o governador Eduardo Campos. O abatimento era tão grande que, no posto de saúde, o falador Lula disse que seria breve em seu discurso porque estava com dor de garganta. Na sinagoga, ele simplesmente não discursou e era evidente sua dificuldade para respirar. No jantar, por volta das 21h30, o presidente, ainda muito ofegante, bocejava constantemente. Antes da sobremesa, pediu desculpas e saiu – não para descansar, mas para pegar o avião presidencial que o levaria a Davos, na Suíça, onde receberia o prêmio de estadista do ano concedido pelo Fórum Econômico Mundial. Ao chegar à base aérea do Recife, o avião ainda não estava abastecido, mas Lula pediu para subir. Queria "esticar as pernas". Logo depois de entrar, chamou o coronel-médico Cleber Ferreira e disse que não se sentia bem. Lula suava frio, apresentava taquicardia e respirar exigia esforço extra. Ferreira constatou que a pressão arterial do presidente estava em 18 por 12, valores anormais altíssimos que exigem tratamento imediato. Lula, porém, insistia em seguir viagem. Ferreira usou de suas prerrogativas de médico do presidente da República e não apenas do homem Lula e tomou a decisão mais segura. "O doutor Ferreira deixou bem claros os riscos a que o presidente se submeteria se passasse mais de oito horas respirando o ar rarefeito da cabine do avião, sem acesso a hospitais em plena crise de hipertensão", contou a VEJA um assessor que testemunhou o diálogo. Continua ele: "O médico foi firme o suficiente para convencê-lo a se internar".

Quando o presidente chegou ao Real Hospital Português de Beneficência, no início da madrugada, ofereceram-lhe uma cadeira de rodas, mas ele recusou. Foi caminhando para o local dos exames. A imagem divulgada na internet de Lula em uma cadeira de rodas foi feita no momento em que, seguindo as exigências do hospital, o presidente deixava a sala de exames clínicos e seguia para a realização de uma tomografia de tórax e abdômen. No elevador, Lula disse aos médicos que estava se sentindo exausto e sem ar. "Nunca me senti tão cansado", disse o presidente, arfando. Os médicos comentaram que ele deveria se cuidar mais – alimentar-se melhor, fazer ginástica, abandonar o tabagismo e diminuir o ritmo de trabalho. Ao que Lula respondeu: "Não tenho como parar: o Zé (José Alencar, vice-presidente) adoe-ceu, a Dilma adoeceu... Eu não posso parar". Na sexta-feira, o presidente insistia em comparecer a um evento promovido pela Igreja Mundial do Poder de Deus, no sábado, em São Bernardo do Campo.

Os resultados dos exames de sangue, raios X e tomografia saíram depois de uma hora e meia. Todos estavam dentro da normalidade. O cirurgião pernambucano Cláudio Amaro Gomes, responsável pela internação de Lula, receitou um coquetel de anti-hipertensivos orais e inalações com soro fisiológico misturado a um remédio broncodilatador. Não havia nada mais a ser feito, além de recomendar ao presidente que tivesse uma vida mais regrada. Seu mal é stress, reafirmam todos os médicos que o atenderam até sexta-feira.

Eles são peremptórios ao dizer que Lula foi vítima de uma crise isolada de hipertensão. Sua pressão normalmente gira em torno de 11 por 7, que é boa acima da média para um homem com 64 anos. Em 90% das vezes, os episódios hipertensivos estão associados a um alto nível de sobrecarga física e emocional. Em tais situações, o cérebro repentinamente estimula as glândulas suprarrenais a aumentar a produção dos hormônios adrenalina, noradrenalina e cortisol. Os dois primeiros elevam os batimentos do coração e a contração dos vasos sanguíneos. Combinados, tais fenômenos fazem a pressão arterial subir. O cortisol atua de outro modo: causa retenção de água e sal no organismo, o que também tem efeito hipertensivo. Noites maldormidas, alimentação deficiente, falta de atividade física e nervosismo aceleram os ponteiros da bomba-relógio que desencadeia a pressão alta. "Uma pessoa que apresenta uma crise dessas não está condenada automaticamente a desenvolver hipertensão crônica", diz o nefrologista Décio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para que escape dessa sina, no entanto, é necessário que o paciente controle os fatores de risco. Se os maus hábitos persistem, podem provocar um aumento progressivo da pressão arterial que se traduz em doença crônica. "Há ainda a possibilidade de que as crises hipertensivas se tornem recorrentes", diz Décio Mion. O risco é maior em pessoas cujos vasos sanguíneos já sofreram alterações sérias como estreitamento, endurecimento ou dilatação. Em um quadro assim, as elevações bruscas podem culminar em infarto ou derrame.

Embora possa ter origem genética, a pressão alta é um distúrbio decorrente, sobretudo, dos maus hábitos da vida moderna. Com uma agravante: muitos de seus fatores de risco pioram uns aos outros. O stress e a privação de sono, por exemplo: quem vive estressado dorme mal e quem dorme mal vive sob constante stress. Dormir pouco aumenta em cinco vezes a probabilidade de um quadro de pressão alta, porque a privação de sono provoca um aumento extraordinário na produção de cortisol, adrenalina e noradrenalina, hormônios de ação vasoconstritora. Bastam cinco noites dormindo por apenas quatro horas e meia para que a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos seja reduzida em até 50%. "Enquanto dormimos, a pressão arterial cai entre 10% e 20%. Essa redução funciona como um mecanismo restaurador", diz o cardiologista Marcus Malachias, do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Quando o sono é insuficiente, porém, o paciente já pode acordar com a pressão alta. "Essa é uma das explicações para que a maior parte dos infartos se dê entre as 6 horas da manhã e o meio-dia", diz o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Instituto do Coração, o Incor, de São Paulo. Há, ainda, um fenômeno bastante comum conhecido como hipertensão noturna. A apneia obstrutiva do sono é sua principal causa. Portadores do distúrbio costumam engasgar e sofrer microdespertares durante a noite. "Essas interrupções fazem com que os níveis de oxigênio no sangue oscilem, levando ao aumento da pressão arterial", diz o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor.

A hipertensão é uma doença complexa, desencadeada por uma dezena de processos fisiológicos. Raramente está associada a uma única causa. "Quando os sintomas aparecem na sua forma crônica, é normal que um órgão já esteja comprometido", explica o cardiologista Robinson Poffo, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Os sinais podem ser dor de cabeça e pescoço, fadiga, confusão mental, tontura, náusea, problemas de visão, dor no peito, cansaço e, eventualmente, arritmias. A pressão é considerada alta quando é igual ou maior do que 14 por 9. Isso significa que a força do fluxo de sangue contra a parede das artérias está acima do normal (veja o quadro). Com as artérias lesionadas, está aberto o caminho para o depósito de gorduras que causam infarto ou para a ruptura da parede dos vasos, o que resulta em derrame. A hipertensão é responsável por 40% dos casos de morte por derrame e 25% dos óbitos por infarto. A pressão tida como ideal é 12 por 8, embora haja uma recomendação da Associação Americana do Coração para que esse parâmetro baixe para 11 por 7.

Embora apenas metade dos 30 milhões de brasileiros hipertensos saiba que está doente, o mal da pressão alta não é mais tão "silencioso" quanto já foi num passado recente. A hipertensão só começou a ser investigada como doença no início dos anos 50, quando as companhias de seguro americanas passaram a associar o distúrbio ao grande número de pacientes mortos. Hoje, a medição da pressão arterial é obrigatória em qualquer consulta médica (se o seu médico não o fizer, cobre-o! Ou, então, mude de profissional). O arsenal químico desenvolvido contra a doença é poderoso. De remédios diuréticos, que passaram a ser usados contra o mal na década de 60, ao Diovan, o anti-hipertensivo mais receitado no mundo, há várias e eficientes opções de tratamento. Muitos pacientes, no entanto, não seguem as prescrições ou abandonam a medicação de uma hora para outra, caso de quatro em cada dez deles. O risco do descaso, obviamente, é grande.

Guga Matos/Jc Imagem/AE
Pressão sob controle
Com 12 por 8 de pressão arterial, Lula recebeu alta do Real Hospital Português de Beneficência, no Recife. Durante a crise hipertensiva, foi acompanhado pelo coronel-médico Cleber Ferreira (à dir.)

Em relação ao problema, um dos aspectos que mais preocupam os médicos é o aumento de peso da população brasileira e o incremento do consumo de comidas industrializadas, ricas em sal. O sobrepeso e o excesso de sal na dieta estão entre os maiores vilões que propiciam o aparecimento da pressão alta. O consumo nacional per capita de sal chega a absurdos 12 gramas diários. De acordo com o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essa quantidade não deveria ultrapassar os 2 gramas. Sal em excesso retém líquido e, consequentemente, aumenta o volume de sangue nas artérias. Com isso, a pressão sobe. Sabe-se que o presidente Lula gosta muito de usar o saleiro. Domar o stress é igualmente vital, mas é difícil para todo mundo superar as agendas atribuladas e expedientes cada vez mais longos. "Políticos como Lula, em especial, enfrentam muitas situações de stress, e esse é um dos gatilhos da hipertensão", diz o cardiologista Nabil Ghorayeb, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Só neste ano atendi quatro deputados que estão se preparando para a campanha eleitoral. É uma maratona de visitas a três, quatro cidades por dia, onde são instruídos a comer e beber tudo o que oferecem." Por causa da agitação febril da vida moderna, ele recomenda check-ups anuais a quem tem mais de 30 anos.

Hélvio Romero/AE
De volta para casa
Lula chegou a São Paulo no final da manhã de quinta-feira e foi recebido
por seu médico particular, o cardiologista Roberto Kalil

Ao desembarcar em São Paulo, na manhã de quinta-feira, Lula ainda tentou postergar os exames exigidos por seu médico particular, o cardiologista Roberto Kalil. Nessa queda de braço, o vencedor foi Kalil. No sábado 30, o presidente seria submetido no Instituto do Coração, em São Paulo, a novos exames de sangue, a uma análise da função pulmonar e a uma tomografia do coração. A previsão era que os resultados seriam normais. Havia um ano e meio que Lula não passava por um check-up. Nos últimos meses, engordou muito, sobretudo nas férias, e atualmente está com, pelo menos, 14 quilos a mais do que o recomendável. A balança aponta 83 quilos (mal) distribuídos por 1,67 metro. Em detrimento de sua saúde, o presidente tem se empenhado ao extremo em transformar Dilma Rousseff em seu clone político. Para isso, montou uma agenda intensiva de viagens pelo país, a fim de colar a imagem da candidata à sua e, assim, tentar fazer com que ela herde a sua popularidade recorde e vença as eleições de outubro. O governo acredita que, para a estratégia funcionar, o ponto de fusão da imagem do presidente com a da ministra Dilma Rousseff precisa atingir níveis razoáveis já em abril. É um desafio que, oficialmente, nem sequer começou – e estressante, como demonstra o pico de pressão arterial de Lula. Para os brasileiros adultos, o incidente de saúde do presidente funciona como um alerta a que fiquem atentos aos sinais de stress e tenham sempre a pressão arterial nos padrões ótimos. Com essa eleição, todos ganham.

Com reportagem de Daniela Macedo, Gabriella Sandoval, Leonardo Coutinho, Naiara Magalhães e Otávio Cabral

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ELEIÇÕES 2010/BOLSA-FAMÍLIA: URNA FAMINTA

Bolsa-Família e eleição

O Estado de S. Paulo - 01/02/2010

A regra definida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para as famílias inscritas no programa Bolsa-Família continuarem recebendo o benefício era clara: as que não tivessem atualizado seu cadastro há mais de dois anos teriam o benefício cancelado. Mas, no fim do ano passado, quando constatou que, apenas no primeiro grupo recadastrado, havia quase 1 milhão de famílias que deveriam ter o benefício cancelado, o MDS discretamente mudou a regra, por meio de uma simples "instrução operacional". Essas famílias continuarão a receber o Bolsa-Família, mesmo sem a atualização cadastral. Tomada pouco antes do início de um ano em que haverá eleição presidencial, na qual a candidata oficial certamente utilizará o Bolsa-Família como um de seus principais temas de campanha, a decisão do MDS deixa no ar um cheiro de oportunismo eleitoral.

No ano passado, cerca de 3,4 milhões de famílias, de um total de 12,4 milhões beneficiadas pelo Bolsa-Família, deveriam atualizar seus cadastros. Entre fevereiro e outubro de 2009, as prefeituras, convocadas pelo MDS para colaborar nessa tarefa, conseguiram atualizar o cadastro de 2,2 milhões de famílias. Estas continuarão a receber normalmente o benefício. Algumas inscritas no programa não foram encontradas, outras foram excluídas por estarem fora do perfil, outras, ainda, tiveram o benefício cancelado porque não cumpriram as exigências (em matéria de educação e saúde) para o recebimento.

Sobraram 975 mil famílias que não atualizaram o cadastro e, "por isso, tiveram o benefício bloqueado na folha de pagamento de novembro pelo motivo "encerramento do prazo para revisão cadastral"", como anunciou nota do MDS, no dia 10 de dezembro.

A instrução do Ministério para o eventual desbloqueio nesses casos era precisa: "Para desbloquear o benefício dessas famílias, o gestor deve atualizar o cadastro da família no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal e aguardar de dois a quatro dias, quando esta informação será incorporada ao Sistema de Gestão de Benefícios e o benefício será desbloqueado automaticamente." Não foi preciso o gestor tomar essas providências. Menos de duas semanas depois de ter anunciado os resultados do recadastramento, que implicavam a exclusão de quase 30% das famílias pesquisadas, a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDS baixou a instrução operacional com informações sobre procedimentos para atualização e revalidação cadastral das famílias inscritas no CadÚnico.

A instrução estabelece "novos conceitos" para a revisão cadastral. O mais interessante é o de "validade do benefício". Por meio de um complicado jogo de palavras, esse "conceito" estabelece que, por determinado período, as famílias inscritas no programa que não atualizaram o cadastro ou que passaram a ter renda familiar per capita superior ao teto de R$ 140 mensais "poderão continuar recebendo os benefícios financeiros do Bolsa-Família".

Resumidamente, durante a "validade do benefício", a regra de exclusão não vale para 1 milhão de famílias, formadas por um número ainda maior de eleitores que em outubro votarão para presidente, governador, senadores, deputado federal e deputado estadual.

Talvez seja mera coincidência, mas é sugestivo que a "validade do benefício" termina no dia 31 de outubro de 2010, quando, se houver necessidade, será realizado o segundo turno da eleição para presidente da República e para governador. Encerrado o prazo, "caso os cadastros ainda estejam nessas condições (desatualizados), caberá, respectivamente, bloqueio e cancelamento do benefício", diz a instrução do MDS.

O Bolsa-Família tem sido elogiado por seu impacto na redução da pobreza e por sua exigência de contrapartida das famílias beneficiadas, como a manutenção dos filhos na escola e o cumprimento de normas de saúde e higiene. Mas a falta de limites claros para o término do pagamento dos benefícios e seu caráter assistencialista o tornam vulnerável às críticas. Seu uso com aparente interesse eleitoral, como nesse caso, o enfraquece ainda mais.

DAVOS/FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL: ''O REI ESTÁ(VA) NÚ..."

Nacionalismo, fantasma de Davos

Brasil - Sergio Leo
Valor Econômico - 01/02/2010

Momento de celebração do mundo globalizado e das elites sem fronteiras, o Fórum Econômico Mundial, há 40 anos realizado em Davos, simpática e glacial cidadezinha na Suíça, incorpora, aos poucos, temas da sociedade civil que, há algum tempo, tinham maior representação no colorido Fórum Social Mundial, de Porto Alegre - criado, exatamente para se contrapor à aparente insensibilidade dos ricos para as necessidades e anseios das pessoas comuns. Neste ano, até mutilação genital feminina gerou debate entre as dezenas de painéis em Davos. Outro tema bem acolhido no fórum gaúcho, porém, entrou, neste ano, à força, no debate suíço: nacionalismo é o assunto da moda.

Ele aparece disfarçado, pouco à vontade, e, em geral, carregado de significado negativo. Afinal, está em um ambiente transnacional por excelência, onde, até recentemente, recebia-se, com o seletivo crachá do evento, o direito ao orgulho pela derrubada de fronteiras, no comércio, nas finanças, nas comunicações.

A crise financeira e seus desdobramentos no mundo desenvolvido provaram que sentimento nacional nos negócios não é uma invenção terceiro-mundista, nem algo banido do manual de modos dos países de alta renda. "Quando estourou a crise, todos os bancos e empresas sabiam muito bem em que país estava sua sede", comentou um participante de um dos debates do fórum.

Já na principal sessão do primeiro dia, com estrelas como os economistas Nouriel Roubini e o professor Raghuram Rajan, da Universidade de Chicago, alguém na plateia sugeriu que haveria uma forma fácil de solucionar um dos principais desequilíbrios financeiros mundiais, o excessivo déficit público dos EUA: vender o vasto patrimônio em terras, propriedades e outros ativos do governo dos EUA aos estrangeiros com superávits. Os integrantes da mesa trocaram olhares de incredulidade.

Estrangeiros comprando enorme volume de ativos dos EUA? "É inimaginável a venda", reagiu, sincero, o diretor-gerente do grupo Carlyle, David Rubenstein, certamente pensando na reação de um personagem de sucesso nos discursos do Congresso americano, o cidadão contribuinte americano, genericamente tratado por Joe. O conselheiro econômico do EUA, Larry Summers, indicou que é esse Joe, desempregado e com raiva dos bancos, quem guia os humores na Casa Branca. "Os EUA estão em recuperação estatística e recessão humana", discursou, em Davos.

O forte sentimento nacionalista em países como os EUA, após penetrar pelos vigiados portões do centro de convenções de Davos, vagou como assombração pelas discussões do fórum. Inspirou previsões de crise e temores de "populismo", de soluções individualistas capazes de alterar fundamentalmente a lógica de livre trânsito que, até recentemente, se tentava estabelecer para o grande capital financeiro.

"A economia é cada vez mais globalizada, mas as políticas, cada vez mais nacionais", constatou Roubini. O megainvestidor George Soros, em almoço com jornalistas, previu a fragmentação dos arranjos para o sistema internacional. Ele citou o frenesi com que a China vem buscando acordos bilaterais na região do Pacífico e além, e chegou a citar a iniciativa brasileira de comércio em moeda local como exemplo do que pode vir por aí.

Em outras mesas de debate, empresários, banqueiros e economistas, tentando prever como esse cenário afetará as fontes de financiamento, chamaram de "balcanização" do crédito (referência à miríade de pequenos países na região dos Balcãs, vulneráveis aos terremotos da geopolítica). Soros e outras celebridades de Davos tomam cuidado de não misturar o temor da balcanização das soluções para o sistema financeiro com o verdadeiro alvo do lobby dos grandes bancos, ativo em Davos: os banqueiros brigam, mesmo, contra um controle muito estrito sobre o setor.

Por motivos próximos, mas distintos, figuras como o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, e o porta-voz informal dos interesses dos grandes bancos, Josef Ackerman, do Deutsche Bank, voltaram-se, na semana passada, ao G-20, grupo criado, em grande parte, pela pressão de emergentes, como Brasil, China e Índia, para lidar com as questões financeiras globais.

Strauss-Kahn vê no G-20 a iniciativa mais preparada para criar um conjunto comum de regras, que evite arbitragem financeira e o "cada um por si", coibindo excessos. Ackerman quer o mesmo, mas pelo tom adotado em Davos, aparentemente opta pelo G-20 por parecer mais fácil vender suas ideias explorando as diferenças, do que atuando individualmente, país por país.

O presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, no meio dessa discussão, previu, como o presidente do BC canadense, Mark Carney, que o G-20 deverá definir, até o fim do ano, um conjunto básico de medidas a ser concretizado até 2012, e ao qual cada país acrescentará normas ao gosto nacional. Na liderança dos banqueiros, Ackerman propôs um B-20, de "business", para "coordenar-se" com os governos. E insinuou uma proposta de, em lugar de taxas e restrições de capital e tamanho, um fundo com contribuições dos bancos para permitir quebra de instituições sem afetar o sistema.

"Levamos 12 anos para as regras de Basiléia. Não temos 12 anos, hoje, nem 2 anos", lamentou Strauss-Kahn. O nacionalismo levanta as orelhas.

Preço da gasolina

Invejado no Fórum Econômico em Davos, pelos números vistosos da Petrobras, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, perdeu o bom humor quando consultado sobre se a estatal não deveria baixar o preço da gasolina, porque já compensou as perdas que teve com a contenção dos preços, no ano passado.

"Esse raciocínio não se aplica, não faz sentido, trabalhamos com preço de mercado, com custo de oportunidade", reagiu. "Não tivemos perda, não trabalhamos abaixo dos custos", insiste. "Nessa questão de preço, não seguimos o curto prazo, acompanhamos o preço internacional no longo prazo", repete, irritado.

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GOVERNO MILITAR/ANISTIA: QUEM VIVEU, VIU.

Anistia à brasileira

Fernando Rodrigues
Folha de S. Paulo - 01/02/2010

Está em curso desde 2008 no Supremo Tribunal Federal uma ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil contra a Lei da Anistia. A OAB argumenta não ser correto estender o perdão para "crimes comuns praticados por agentes da repressão".
Nesses casos, o STF pede pareceres aos órgãos envolvidos. A Advocacia Geral da União manifestou-se pela validade integral da lei, ou seja, a favor do artigo que perdoa crimes "de qualquer natureza" praticados por motivação política no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
No último sábado, a Procuradoria Geral da União divulgou seu parecer. Embora também seja no sentido de manter a validade da Lei da Anistia, traz uma nuança relevante. A PGR exorta o Supremo Tribunal Federal a reconhecer a legitimidade da lei, mas, "no mesmo compasso, afirmar a possibilidade de acesso aos documentos históricos como forma de exercício do direito fundamental à verdade".
Faz toda a diferença. O país não tem como fazer as pazes com seu passado sem conhecer exatamente a história dos 21 anos da ditadura militar, de 1964 a 1985.
Calcula-se que 50 mil pessoas tenham sido presas somente no início do período autoritário. Perto de 20 mil brasileiros foram submetidos a torturas. Cerca de 400 acabaram mortos ou estão desaparecidos até hoje. Milhares de prisões políticas não tiveram registro oficial. Mandatos políticos cassados passaram de 4.800.
Com os pareceres já emitidos, o Supremo está pronto para votar a ação sobre a Lei da Anistia. Ainda que opte pelo perdão para tantas atrocidades, dará um passo importante se determinar a revelação de toda a documentação existente. Com mais transparência, as famílias dos desaparecidos poderão, pelo menos, saber o que se passou -e, a partir daí, individualmente, tentar a reparação devida.

STF/IGREJA UNIVERSAL: ''O CÉU É(RA) O LIMITE...''

STF mantém ação contra dirigentes da Universal

Universal: STF rejeita recurso e mantém ação

Autor(es): Agencia O Globo
O Globo - 01/02/2010

O Supremo Tribunal Federal rejeitou pedido de arquivamento da investigação criminal contra a Igreja Universal que tramita na 9ª Vara Criminal de São Paulo. No dia 14 de dezembro, o ministro Ricardo Lewandowski negou recurso apresentado por Alba Maria Silva da Costa, ligada à Universal, e denunciada junto com o bispo Edir Macedo e outras oito pessoas, por crime de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. No pedido, Alba Maria pedia a suspensão da ação, alegando que o caso já fora julgado pelo STF em outra ocasião.

Os advogados de Alba Maria sustentaram que, em 2006, ao julgar um inquérito que envolvia o senador Marcelo Crivella, o STF determinara o arquivamento das investigações, seguindo parecer do Ministério Público. Na época, o STF não teria encontrado indícios contra os acusados e mandou que o caso fosse encerrado.

Para a defesa de Alba Maria, a denúncia feita em 2009 contra ela, Edir Macedo e oito dirigentes da Universal tratava dos mesmos fatos já arquivados.

Lewandowski negou: "Examinados os autos, vê-se que a pretensão não merece acolhida, pois o pedido formulado pela reclamante não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses, seja para preservar a competência desta Corte, seja para garantir a autoridade de suas decisões".

O ministro sustentou que a decisão da Justiça de São Paulo de receber a denúncia por lavagem de dinheiro não feria o julgamento anterior do STF: "Os fundamentos que dão base à nova denúncia são distintos dos analisados naquele inquérito".

Para fundamentar a decisão, Lewandowski fez referência ao despacho que determinou o arquivamento do inquérito em 2006. Lembrou que naquele caso o Ministério Público Federal sustentara que não havia provas documentais ou testemunhais de que os acusados tivessem remetido ou recebido do exterior US$18 milhões. Na ocasião, o MP argumentou que os crimes estariam prescritos. "Na nova denúncia, as ações criminosas investigadas se deram entre os anos de 1999 a 2009", completou Lewandowski.

Na denúncia de agosto de 2009, os promotores de São Paulo citaram relatórios do Coaf, que monitora operações financeiras atípicas em todo o país. O documento foi mencionado na decisão do relator do caso no STF. Segundo o ministro, o relatório lista um volume financeiro movimentado pela Igreja Universal de R$8 bilhões entre março de 2001 e março de 2008.

MP acusa Edir Macedo de ser chefe de uma quadrilha

Na denúncia dos promotores Roberto Porto, Everton Zanella, Luiz Henrique Cardoso Dal Poz e Fernanda Narezi Pimentel Rosa, Edir Macedo foi acusado de ser o chefe de uma quadrilha. O Ministério Público apontou que ele e os demais denunciados usavam empresas de fachada para desviar recursos provenientes de doações dos fiéis da Universal e praticar inúmeras fraudes.

Entre 2004 e 2005, segundo levantamento do MP de São Paulo, as empresas Unimetro Empreendimentos e Cremo Empreendimentos teriam recebido R$71,3 milhões da Igreja Universal. O dinheiro seria usado em benefício dos denunciados, desviando a finalidade das doações dos fiéis da Iurd, que tem direito de isenção fiscal por ser uma igreja.

GOVERNO LULA: ESPIRAL DE CARGOS E SALÁRIOS

GOVERNO DE LULA ACELERA CRIAÇÃO DE CARGOS NOMEADOS

Governo de Lula acelera criação de cargos nomeados

Autor(es): FERNANDO BARROS DE MELLO
Folha de S. Paulo - 01/02/2010

Média de novas vagas de confiança mais que dobra e passa de 23,8 na primeira gestão para 54 por mês

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a criação de cargos de confiança no seu segundo mandato. Levantamento em medidas provisórias e projetos de lei revela que 4.225 vagas do tipo foram criadas de 2007 a 2009. Descontadas as extintas, o saldo é de 1.946. Na primeira gestão de Lula, foi de 1.144.
A média mensal de novos cargos nomeados aumentou de 23,8 em 2003-2006 para 54 nos últimos três anos.
Lula herdou do governo Fernando Henrique Cardoso 19.943 postos de confiança e dispõe atualmente de 23 mil. Nos EUA, Barack Obama iniciou sua gestão com 9.000 dirigentes indicados pelo Executivo.
O Ministério do Planejamento diz que a criação desses cargos ocorre de forma pulverizada, "para reorganizações internas de diversos órgãos" da administração federal. A pasta ressalta que há regras para a ocupação dos cargos. Para a oposição, o aumento de postos de confiança demonstra partidarização da gestão.

Lula dobra criação de cargos de confiança no 2º mandato

Média mensal de novos postos salta de 23,8 no primeiro período para 54 desde 2007

Oposição diz que o aumento demonstra partidarização da gestão; Planejamento afirma que atende à reorganização da máquina pública federal


O governo Luiz Inácio Lula da Silva dobrou o ritmo da criação de cargos comissionados da administração federal no segundo mandato. O número médio mensal de postos criados aumentou de 23,8 nos quatro primeiros anos do governo para 54 a partir de 2007. Essas vagas são muitas vezes destinadas a apadrinhados políticos.
Levantamento feito em medidas provisórias e projetos de lei mostra que foram criados 4.225 cargos de confiança entre 2007 e 2009. Considerando os cargos extintos no mesmo período, o saldo é de 1.946, contra 1.144 no período anterior.
No segundo mandato, foram criados 395 cargos por MPs e 3.830 por projetos de lei. No mesmo período, foram criados 84.672 cargos efetivos, com exigência de concurso.
Em 2007, o Ministério do Planejamento enviou à Câmara a nota informativa 304/07, que detalhou ano a ano a situação de cargos de confiança desde 1994. O documento mostra que Lula herdou do antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), 19.943 cargos de livre nomeação.
Após redução em 2003, houve grande aumento no ano seguinte, chegando a 21.404. Em 2005 e 2006, novas quedas. Ao final do primeiro mandato havia 21.087 cargos de confiança. Agora, são 23 mil.
Os cargos comissionados são conhecidos pelas siglas DAS (Direção e Assessoramento Superior) e NE (Natureza Especial) e destinados a funções de chefia ou postos estratégicos.
O Ministério do Planejamento afirma que a criação desses cargos se dá de maneira pulverizada e para atender reorganizações internas de diversos órgãos do governo.
O número de cargos de confiança no Brasil é um dos mais altos do planeta. Nos Estados Unidos, no início da gestão Barack Obama, em 2009, havia cerca de 9.000 dirigentes desse tipo e 600 deles precisavam de aprovação do Senado.
A oposição diz que o aumento nesse tipo de posto é uma demonstração de partidarização do governo. "Isso é o governo do PT. É a certidão do aparelhamento do Estado", afirma o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA). "A despeito de tantas nomeações, não se observa melhoria no serviço público e há muitas áreas que carecem de pessoal, como meio ambiente", complementa.
O PT calcula que cerca de 5.000 cargos de confiança federais são ocupados por filiados. Mas resolução do Tribunal Superior Eleitoral de 2006 proíbe contribuição partidária de parte dos ocupantes desses cargos.
"Por 4 votos a 3, o TSE disse que os cargos que tinham algum tipo de responsabilidade em ordenar despesas não poderiam fazer doações. O PT perdeu por mês R$ 200 mil reais de arrecadação e, na época, tínhamos um aumento de contribuição individual", diz Paulo Ferreira, tesoureiro do PT.
Em 2002, as contribuições dos filiados eram 1,9% da arrecadação do PT. A partir de 2003, com a vitória de Lula, a participação dos filiados cresceu, chegando a R$ 35,6 milhões (8,67% do total) em 2005.
A participação recuou a R$ 2,88 milhões em 2006, ano da reeleição de Lula, e continuou caindo. Dos R$ 93 milhões captados em 2008, só R$ 2 milhões (2,15%) saíram de filiados, contra R$ 60,3 milhões (64%) de empresas.

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BRAS-ILHA: ''ONDE JORRA PÃO, LEITE, MEL, ..."

SENADO GASTOU R$ 6,4 MILHÕES COM EX-PARLAMENTARES

Despesa vitalícia

Autor(es): Tiago Pariz e Ricardo Brito
Correio Braziliense - 01/02/2010

Em cinco anos, o Senado gastou R$ 6,4 milhões para bancar despesas médicas de ex-senadores, alguns dos quais já em novo mandato. Benefício vale até a morte

Diógenes Santos/AC - 27/5/09
Moreira Mendes, o campeão, diz que sistema é melhor do que na Câmara

Como um clube que dá privilégios aos seus associados, o Senado transformou-se em uma Casa de bonança, bondades e gastança. Entre 2005 e 2009, foram consumidos R$ 6,4 milhões para bancar despesas com clínicas urológicas, odontológicas, laboratoriais, ortopédicas e até com a terapia alternativa holística para 146 ex-senadores. O impressionante é o fato de o Senado continuar pagando tratamentos médicos sem limite em qualquer hospital do país até para políticos que estão em outros cargos públicos.

No seleto grupo estão atuais deputados, ex-governadores, um vice-governador e um prefeito de capital. É a máxima repetida nos corredores do Congresso de que uma vez senador, sempre senador. Embora não entrem na conta milionária a que o Correio teve acesso, filhos, mulheres e viúvas de parlamentares também podem dispor do benefício.

Nos últimos cinco anos, a maior parte dos gastos com ressarcimento ocorreu em 2005, quando o Senado custeou R$ 1,7 milhão com a despesa. Em 2006, a cifra caiu um pouco, chegando a R$ 1,4 milhão. Mas volta a acelerar em 2008, com R$ 1,6 milhão. No ano passado, a indenização de ex-parlamentares custou R$ 855 mil aos cofres públicos.

Até os deputados preferem gozar das benesses do Senado na hora de ir ao médico. Cinco deles economizam R$ 200 ao dispensar o uso do plano de saúde da Câmara, descontado na folha de pagamento. O campeão é o ex-senador Moreira Mendes, que usou quase R$ 110 mil entre 2005 e 2009. Deputado atualmente pelo PPS de Rondônia, Mendes afirmou que usa o direito do Senado por ser “muito melhor que o da Câmara”. Mas diz ser beneficiário de uma tradição que vem desde a proclamação da República. “Infelizmente, no Brasil há uma desigualdade muito grande na Saúde. O governo ainda está longe de dar o benefício mínimo a todos”, disse o deputado, que é empresário e detentor de uma fortuna avaliada em R$ 2 milhões.

Outros quatro deputados — Carlos Bezerra (PMDB-MT), Íris de Araújo (PMDB-GO), Ernandes Amorim (PTB-RO) e Mauro Benevides (PMDB-CE) — também se valem do benefício gratuito oferecido pelo Senado (veja quadro acima). A lista dos agraciados é completada pelo prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), o ex-governador catarinense Esperidião Amin (PP) e o ex-deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB).

O deputado Ernandes Amorim admite que usa o benefício do Senado por ser mais fácil e menos burocrático. Sua despesa médica custou R$ 11.200 aos cofres públicos. Ele reclama que na Câmara há muitos descontos na folha de pagamento. Ele está se referindo diretamente aos R$ 200 do plano de saúde.

Entre 2005 e 2009, Ronaldo Cunha Lima foi reembolsado em pouco mais de R$ 15 mil, dos quais R$ 5,6 mil em 2008. Um ano antes, ele havia renunciado ao mandato de deputado federal para escapar de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de homicídio. Em 1993, quando exercia o mandato de governador da Paraíba, Cunha Lima disparou três vezes contra o ex-governador do estado Tarcísio de Miranda Buriti.

Regalias

Desde que o benefício aos ex-senadores (1)foi criado em 1987, a família só aumentou. Um ano depois, foi estendido para as viúvas. Em 1989, também passaram a ser cobertas despesas fora do país, desde que com autorização prévia do Senado. Em 1992 outra norma estendeu o direito a outros dependentes de ex-senadores, como filhos, pais, irmãos solteiros e sogros.

Somente em 1995, o ato número 9 da Mesa Diretora cortou parte da farra. Sogros e irmãos perderam a regalia, assim como ex-senadores eleitos para cargos públicos. Em 2003, porém, a norma foi flexibilizada e todos os ex-senadores foram agraciados com o direito vitalício de despesa médica ressarcida, inclusive aqueles com mandatos.

Além dos titulares, têm direito à assistência médica e odontológica os suplentes que herdarem o mandato em caso de morte, renúncia ou cassação do colega. Nesse caso, eles têm de ocupar a cadeira por pelo menos 180 dias e participar de alguma sessão deliberativa no plenário ou nas comissões.


1 - Sem limites
Ato interno do Senado prevê limite de R$ 32 mil de gastos anuais para cada ex-senador. Mas a regra também foi flexibilizada, o que garante ressarcimento sem limites. Uma decisão da Mesa do Senado, de 2002, permite à direção da Casa autorizar o pagamento de notas em qualquer valor nos “casos excepcionais de notória necessidade”.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

01 de fevereiro de 2010

O Globo

Manchete: Justiça fará mutirão para reduzir 200 mil processos
Ideia é desafogar os juizados de pequenas causas no Rio

O Tribunal de Justiça do Rio fará um mutirão de seis meses - de março a agosto - para julgar 200 mil processos atrasados nos 120 Juizados Especiais Cíveis no estado. Criados para julgar uma ação em no máximo seis meses, esses órgãos estão atravancados com casos que levam quase um ano. Para o mutirão, serão mobilizados 35 magistrados, que farão audiências extras. Além disso, os juízes titulares terão que acelerar o andamento dos processos. Para o presidente do TJ, Luiz Zveiter, os juizados ficaram descaracterizados: "Vamos relococá-los nos trilhos". (págs. 1 e 8)

Passagem aérea sobe até 150% com juros

Com parcelamentos que chegam a 60 meses e juros superiores aos de bancos, os preços das passagens aéreas no país aumentam até 150% em relação ao valor à vista. É o caso do trecho de ida e volta Rio-Santiago do Chile. Comprando bilhete pela Gol, o preço à vista sai a R$ 1.612,74, mas, se o passageiro parcelar em 36 vezes, com juros de 5,99% ao mês, o mesmo bilhete custará R$ 4.040,64, segundo cálculos o Ibemec-RJ. Para as empresas, o parcelamento ajuda o setor a conquistar clientes que nunca viajaram de avião. (págs. 1 e 16)

Minc critica legislação ambiental

Ao começar a absolvição dos acusados do vazamento de óleo na Baía de Guanabara em 2000, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a legislação ambiental é frouxa, mas que já houve avanços. A decisão revoltou especialistas: "O mal ambiental compensa", disse o biólogo Mário Moscatelli. (págs. 1 e 8)

STF mantém ação contra dirigentes da Universal

O Supremo Tribunal Federal rejeitou o arquivamento do processo por lavagem de dinheiro contra dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus. Uma das acusadas, Alba Silva, ligada a Edir Macedo, pedira a suspensão da ação alegando que o caso fora arquivado pelo STF. Para o tribunal, as denúncias são diferentes. (págs. 1 e 4)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo de Lula acelera criação de cargos nomeados

Média de novas vagas de confiança mais que dobra e passa de 23,8 na primeira gestão para 54 por mês

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a criação de cargos de confiança no seu segundo mandato. Levantamento em medidas provisórias e projetos de lei revela que 4.225 vagas do tipo foram criadas de 2007 a 2009. Descontadas as extintas, o saldo é de 1.946. Na primeira gestão de Lula, foi de 1.144.
A média mensal de novos cargos nomeados aumentou de 23,8 em 2003-2006 para 54 nos últimos três anos.
Lula herdou do governo Fernando Henrique Cardoso 19.943 postos de confiança e dispõe atualmente de 23 mil. Nos EUA, Barack Obama iniciou sua gestão com 9.000 dirigentes indicados pelo Executivo.
O Ministério do Planejamento diz que a criação desses cargos ocorre de forma pulverizada, "para reorganizações internas de diversos órgãos" da administração federal. A pasta ressalta que há regras para a ocupação dos cargos. Para a oposição, o aumento de postos de confiança demonstra partidarização da gestão. (págs. 1 e A4)

Americanos são presos ao tentar deixar o Haiti com 33 crianças

Um grupo de dez americanos foi preso quando tentava deixar o Haiti com 33 crianças entre dois meses e 12 anos. Membros da Igreja Batista, eles afirmaram que queriam ajudar, instalando-as em um orfanato na República Dominicana.
A maioria das crianças tem família, segundo o governo, que, para evitar o tráfico infantil, sustou as adoções desde o terremoto. (págs. 1 e A14)

EUA aceleram instalação de sistema militar contra o Irã

Depois de tentar por um ano fechar acordo nuclear com Teerã, os EUA decidiram acelerar a instalação de um sistema de defesa no golfo Pérsico, para prevenir possível ataque iraniano, revelam jornais americanos.
O governo do Irã, que afirma ter intenções pacíficas com seu programa nuclear, não comentou. (págs. 1 e Al2)

Obama desiste de dialogar com poder iraniano

Os EUA fecharam a porta aberta pela posse de Obama. Em um ano, a Casa Branca trocou a política do diálogo pela do míssil. (págs. 1 e A12)

Foto-legenda: Dutra à meia pista

Deslizamento causado pela chuva na altura do km 197 da Dutra provocou a interdição de uma pista no sentido Rio-São Paulo; Nova Dutra não tinha previsão para liberação do trecho. (págs. 1 e C3)

Sem licenças, duplicação da Régis é adiada mais uma vez

O governo federal postergou em mais um ano a duplicação da Régis Bittencourt na região da serra do Cafezal, trecho crítico em número de acidentes na rodovia que liga SP ao Sul.
Prometida há uma década e meia, a obra não ficará pronta antes de 2013. O motivo alegado são as licenças ambientais. Diante do novo atraso, a concessionária não aumentará pedágio. (págs. 1 e C1)

Editoriais

Leia "De novo o dólar", que comenta alta da cotação em Janeiro; e "Falhas no Enem", sobre problemas na Internet. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo tem R$ 50 bi em despesas adiadas

Com problemas de gestão, União não consegue gastar os recursos do Orçamento e conta de restos a pagar já supera valor de investimentos

A dificuldade do governo federal para gastar o dinheiro público criou um caos orçamentário no Brasil. Além dos recursos autorizados e não gastos, há as despesas cujo pagamento está sendo adiado ano país ano a ponto de virar um orçamento paralelo. São os chamados restos a pagar, despesas empenhadas (compromisso de que há crédito para a obra) que não receberam desembolso do Tesouro e foram transferidas para o ano seguinte. De 2006 a janeiro de 2010, essa conta quase quadruplicou, saltando de R$ 12,8 bilhões para R$ 50 bilhões, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). É como se a União tivesse, em todo início do ano, um orçamento a mais para gastar. "Orçamento virou peça de ficção", diz o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas.
"O problema não é mais escassez de dinheiro. A capacidade de planejamento, acompanhamento e execução de projetos tem se deteriorado nas últimas décadas", diz o economista Raul Velloso. Os restos a pagar têm superado os investimentos no ano. Em 2009 os investimentos somaram R$ 34 bilhões e os restos a pagar do ano atingiram R$ 35,3 bilhões. (págs. 1, B1 e B3)

Número

290% é o aumento da conta de restos a pagar entre 2006 e janeiro deste ano. (pág. 1)

Negócios: O apetite do grupo Odebrecht

Após comprar a Quattor e às vésperas de anunciar a aquisição de uma outra petroquímica nos Estados Unidos, a Odebrecht investe para criar novas potências em infraestrutura, petróleo e habitação. Na estreia do novo caderno Negócios, que circulará às segundas-feiras, Marcelo Odebrecht concede a primeira entrevista desde que assumiu a presidência. (págs. 1, N4, N6 e N7)

Multimídia

Também estreiam hoje um novo portal, em parceria com a Agência Estado, e um programa diário na Rádio Eldorado. (pág. 1)

Artigo: André Gerdau

O desafio das multinacionais

Neste momento de retomada, as múltis brasileiras têm um novo desafio: ampliar competitividade e capacidade de inovação. (págs. 1 e N2)

Fato relevante: Clayton Netz

No auge da crise mundial, Franklin Feder, presidente da subsidiária brasileira da Alcoa, convenceu a direção da empresa a abrir uma exceção e continuar investindo no País. Hoje, comemora o resultado, projetando aumento de 9% das vendas (págs. 1 e N2)

A doce vida de um falido

Mesmo acumulando dívidas que ultrapassam R$ 1 bilhão e com os bens indisponíveis, Ricardo Mansur leva vida de luxo no interior de São Paulo. Quase uma década após a quebra das redes Mappin e Mesbla, o empresário volta aos negócios, comprando usinas e faculdades. (págs. 1, N8 e N9)

Chávez culpa El Niño por apagões

Pressionado por protestos, o presidente venezuelano Hugo Chávez foi à TV explicar as causas do racionamento de energia. Ele negou falta de investimento e má gestão do setor, relata o enviado Roberto Lameirinhas. (págs. 1 e A8)

Operação da PF vê favores à diretoria da Infraero

A investigação da Polícia Federal que aponta desvio em obras de aeroportos entre 2003 e 2006 mostra que ex-dirigentes da Infraero teriam recebido prêmios de empreiteiras supostamente beneficiadas em licitações fraudulentas. Eleuza Lores, ex-diretora da empresa, movimentou "mais de R$ 2 milhões" no período. (págs. 1 e A4)

Notas e Informações: O novo xadrez econômico

Não há nenhuma incompatibilidade entre o fortalecimento do G-20 e o estreitamento da relação entre Estados Unidos e China até a consolidação, de fato, de um G-2. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: 5X3 Fla vira e vence na raça

Foi um clássico digno das maiores crônicas do futebol e do Maracanã. Diante de 50 mil torcedores, o Flu virou o primeiro tempo vencendo por 3 a 1. No segundo, com um a menos no campo, valeram a raça rubro-negra e a dupla Adriano e Vagner Love. O Imperador marcou dois na virada. (págs. 1 e Esportes D4 e D5)

Foto-legenda: Velas na paisagem da cidade

Vento breve - Nove grandes veleiros, de vários países do mundo, mudaram o cenário da orla ontem. As embarcações chegaram ao Rio para um encontro internacional organizado pela Marinha de Guerra do Brasil e estarão abertas para a visitação pública até o próxima sábado, no Píer Mauá. O espetáculo imprevisto encantou banhistas que lotaram as praias em mais um domingo de sol e calor. (págs. 1 e Cidade A8 e A9)

Haiti prende americanos por sequestro de crianças

Dez americanos foram detidos pela polícia do Haiti sob acusação de sequestro de crianças. A prisão ocorreu na fronteira com a República Dominicana, quando o grupo tentava passar com 33 meninos e meninas entre dois meses e 12 anos, sem documentos de autorização ou comprovação de que seriam órfãos. Os acusados negam e se dizem integrantes de uma ONG dos EUA de proteção à infância. (págs. 1 e Internacional A20)

Geddel antecipa disputa baiana

Aliados nacionais, PT e PMDB terão na Bahia um ponto de atrito. Em entrevista ao JB, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, conta as horas para deixar o cargo e cair na disputa pelo governo estadual, ainda preservando a aliança. “Só não darei palanque à Dilma se ela não quiser", antecipa. (págs. 1 e País A5)

Carnaval ainda é mal explorado

Uma pesquisa do Sebrae concluiu que embora se apresente como um evento milionário, o carnaval é uma festa deficitária em termos econômicos e insustentável do ponto de vista ambiental. Faltam investimento privado de forma racional e aproveitamento do lixo gerado nos desfiles das escolas de samba. (págs. 1 e Economia A18)

Coisas da Política

Dilma ganha musculatura do PDT. (págs. 1 e A2)

Hildegard Angel

Daniel Dantas investe em Trancoso. (págs. 1 e B5)

Outras páginas

Obras do governo e a decisão do TCU. (págs. 1 e A6)

Editorial

Emprego, o foco total nos EUA de Obama. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta

Leonardo Boff
Teólogo

O ser humano após Auschwitz. (págs. 1 e A11)

Sociedade Aberta
Hugo Leal
Deputado federal (PSC-RJ)

A Lei seca e o Carnaval. (págs. 1 e A12)

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Correio Braziliense

Manchete: Senado gastou R$ 6,4 milhões com ex-parlamentares

Entre 2005 e 2009, a Casa do Congresso Nacional pagou despesas médicas de 146 políticos que já deixaram o cargo. Benefício vale para a vida toda e contempla até quem tem novo mandato. (págs. 1, 2 e 3)

Orçamento - Ano gordo na Câmara e no TCDF

De 1º a 29 de janeiro, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do DF consumiram, juntos, R$ 44,5 milhões. O valor representa R$ 1,5 milhão por dia de funcionamento. E a gastança ainda está por vir. Em 2010, a previsão é de que o brasiliense pague mais para sustentar as duas Casas. (págs. 1 e 27)

Catástrofe - A moeda fantasma do Haiti

O gourde, dinheiro dos haitianos, virou pó. Nas ruas da capital, Porto Príncipe, muitas transações são feitas a dólar. País desolado por terremoto ainda clama por doações e amarga desamparo. Na sexta-feira, 10 norte-americanos foram presos por suspeita de tráfico de crianças. (págs. 1, 14 e 15)

Mistério – Tentativa de sequestro em Luziânia

Um rapaz de 20 anos foi cercado por três carros em uma parada de ônibus no Parque Estrela Dalva, bairro onde seis adolescentes desapareceram nos últimos 32 dias. O pai, que o acompanhava, gritou por ajuda. Polícia investiga relação entre os casos, mas ainda não tem pistas. (págs. 1 e 22)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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