PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, julho 31, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] SÃO AS ÁGUAS DE JULHO, DA ADUTORA...

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ROSA DE HIROSHIMA

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Rosa dos ventos

31 de julho de 2013 | 2h 06
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

Depois de um primeiro momento de agitação com tendência à infidelidade provocada pela queda geral da avaliação de governantes - notadamente da que habita o Planalto -, partidos, políticos e até empresários adotam a velha combinação de prudência e caldo de galinha, receita que não faz mal a ninguém.
A palavra de ordem é conter o ímpeto da crítica e da debandada até sentir para onde sopram os ventos das manifestações, da popularidade da presidente Dilma Rousseff, da capacidade de seus prováveis oponentes em 2014 arrebatarem ao menos em parte o patrimônio perdido pelo PT e até da probabilidade de Lula se candidatar.
Diante das dúvidas (a maior delas diz respeito à recuperação de Dilma) e da incerteza sobre qual o caminho mais acertado a tomar anda valendo o velho lema: quando não se sabe o que fazer, melhor não fazer nada.
Prova é o recuo do PT no tom do documento discutido pelo diretório nacional do partido dias atrás. Inicialmente continha críticas à política econômica e pedia revisão das alianças com "os conservadores" para fazer a rota de retorno à esquerda. Tudo isso foi tirado para, de um lado, preservar Dilma e, de outro, não queimar caravelas com os aliados antes do tempo.
Compasso de espera é a expressão que define o momento. A questão é: até quando? Não se sabe ao certo mas no início de outubro, quando acaba o prazo para filiações partidárias dos candidatos em 2014, o quadro estará mais definido. Não porque quaisquer dos pretendentes a presidente - à possível exceção de José Serra - estejam pensando em mudar de partido, mas porque a partir daí seus aliados já não poderão abandonar os barcos sem abrir dissidência explícita nem se submeter aos riscos daí decorrentes.
Uma mudança, entretanto, parece consolidada: antes das manifestações os partidos aliados do governo não viam opção fora da reeleição de Dilma. Hoje ainda não conseguem dizer qual seria a alternativa, mas sabem que ela não é a única.
Volta por baixo. De mola que leva ao alto, Sérgio Cabral Filho virou âncora que prende ao fundo, com seus minguados 12% de avaliação positiva à frente do governo do Rio. De onde sua companhia tornou-se um embaraço federal para seus parceiros na política.
Resultado da conjugação de abuso de poder na prática de hábitos faustosos, provincianismo político (demonstrado na excessiva confiança na influência de Lula sobre o Congresso quando da discussão sobre a distribuição dos royalties do petróleo) e arrogância tardiamente assumida com a promessa de ser "mais humilde".
Cabral, reeleito em 2010 no primeiro turno com votação espetacular, confundiu apoio popular com salvo-conduto para transgredir todas as regras.

Sejam as de civilidade no convívio com os governados, sejam as balizas legais que exigem do governante respeito à transparência, à impessoalidade e à probidade.
O governador achou que ninguém iria se incomodar com o fato de destratar professores, médicos e bombeiros chamados de vândalos e bandidos no exercício de movimentos reivindicatórios; de passar boa parte do tempo viajando ao exterior, incluindo aí ocasiões em que o Rio foi atingido por tragédias às quais não dava a devida importância evitando aparecer em público em momentos adversos. Cabral considerou que, ao abandonar entrevistas no meio porque não gostava das perguntas, afrontava a imprensa - quando o gesto significava interdição do diálogo com a sociedade.
Acreditou-se inimputável. Não teve noção de limite. Agora se diz arrependido por influência das palavras do papa. Ao que alguns chamam de senso de oportunidade outros dão o nome de oportunismo. Para não falar no egoísmo de pedir aos manifestantes que se retirem da porta de sua casa porque tem "filhos pequenos", sem se importar com os filhos dos vizinhos.

FORÇAS ARMADAS. NAVALHA NA CARNE (peça teatral)

31/07/2013
Governo dá a aliados R$ 2 bi e tira R$ 1 bi dos militares

Redução no orçamento da Defesa leva a Marinha a anunciar corte de um dia de trabalho de seu pessoal, mas depois recua. Em reunião, Dilma cobra de ministros pressa na liberação de emendas de parlamentares

Forças Armadas sofrem corte de R$ 919 milhões


O Ministério da Defesa cogita diminuir a jornada de trabalho para reduzir despesas, mas volta atrás. Contingenciamento agrava as dificuldades materiais dos militares

JULIANA BRAGA

Pressionado pelo segundo maior contingenciamento orçamentário da Esplanada dos Ministérios, o Ministério da Defesa (MD)  — principalmente, a Marinha e a Aeronáutica — chegou a cogitar, ontem, a dispensa de seus servidores às sextas-feiras, mas voltou atrás.

Essa seria a maneira encontrada, em um primeiro momento, para se adequar a um corte de R$ 919 milhões anunciados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ao longo do dia, diante da repercussão negativa da medida, a cúpula da Defesa decidiu retroceder. Se forem somadas as restrições já feitas em 2013, a redução total representa 22% do orçamento do MD para o ano, segundo sua assessoria.

Ao longo da semana, os chefes das três Forças Armadas fizeram reuniões para estudar onde poderiam fazer os cortes de gastos, tentando se antecipar ao anúncio de ontem. A possibilidade de dispensar os funcionários em um dia da semana também chegou a ser estudada pela Aeronáutica. No comunicado interno, divulgado na Marinha, a previsão era de que os funcionários começariam a jornada menor a partir de 2 de agosto, com exceção dos que atuam diretamente na área de saúde, ensino e no programa do submarino nuclear, prioridade da pasta. No caso de feriados nas sextas-feiras, os servidores ganhariam folga no dia anterior. “A Marinha do Brasil esclarece que, em virtude das restrições orçamentárias em curso nesta Força, considerou, como uma das medidas de economia a ser adotada, a redução da jornada de trabalho. Após análise subsequente e consonante com as novas tratativas com o Ministério da Defesa, tal medida não será adotada”, informou o órgão, no final da tarde, por meio de nota.

Essa seria uma tentativa de se adequar aos cortes, sem ter de abrir mão de investimentos, nem dos projetos prioritários. Não seria a primeira vez que a jornada menor seria forma de contenção de despesas. No final do governo Fernando Henrique Cardoso, em 1999, funcionários entravam depois do almoço, ou eram dispensados antes da primeira refeição, para economizar o montante gasto com alimentação e custos dos quartéis.

“Isso mostra a Marinha preocupada em investimentos.

Infelizmente, é uma prática que as Forças Armadas já têm”, explica o professor de Relações Internacionais da faculdade Rio Branco, de São Paulo, especialista em segurança internacional, Gunther Rudzit. “Além dos custos de alimentação, você reduz uma série de outros gastos referentes à manutenção do efetivo nos quartéis, como energia, água e telefone, por exemplo”, detalha.

O tamanho do contigenciamento causou desconforto dentro do Ministério da Defesa. Desde maio, quando foram anunciados os primeiros cortes de 2013, o ministério tem mantido negociações com o Planejamento para diminuir o tamanho da redução e já conseguiu ter devolvidos R$ 400 milhões. A expectativa é de que as negociações sigam e que o corte, no fim, seja menor do que o anunciado. O alívio da pasta é que alguns dos projetos prioritários, como o do submarino nuclear e o do avião cargueiro KC 390, estão dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não sofrem cortes.

As Forças Armadas têm sido afetadas pelo orçamento enxuto há muitos anos. Conforme noticiou o Correio, este mês, com a aposentadoria de uma dúzia de caças Mirage em operação, há um risco de que o espaço aéreo brasileiro fique sem proteção. Até hoje, o governo brasileiro ainda não decidiu qual será o modelo a ser adquirido. “No governo do ex-presidente Lula, a questão foi política. Mas, hoje, além do problema político-diplomático, já há uma questão financeira. Com a desvalorização do Real, a compra já ficou 10% mais cara”, explica o professor Gunther.

O Correio também divulgou, em abril passado, a fuga de cérebros na elite das Forças Armadas, seduzidos por melhores salários na iniciativa privada, e ascensão mais rápida na carreira. Somente em 2012, foram 249 oficiais que deixaram Marinha, Aeronáutica ou Exército em busca de melhores condições de trabalho.

"Isso mostra a Marinha preocupada em investimentos. Infelizmente, é uma prática que as Forças Armadas já têm"
Gunther Rudzit, especialista em segurança internacional



adicionada no sistema em: 31/07/2013 01:46

''BUS RAPID TRANSIT'' (para inglês ver...)

31/07/2013
Presidente anuncia recursos para Haddad

A presidente Dilma Rousseff anuncia hoje em SP a liberação de recursos que auxiliarão a Prefeitura a implantar 127 km de corredores de ônibus na capital, ao custo de R$ 4,4 bilhões. A cerimônia é uma aposta para melhorar a avaliação do prefeito Fernando Haddad (PT). Além da linha de financiamento para mobilidade urbana, Dilma anunciará verbas para obras de drenagem e habitação.

Dilma ajudará Haddad em 127 km de corredores

Presidente vem hoje a SP para anunciar recursos do PAC em faixas de ônibus; ação tenta reverter queda de popularidade do petista na capital

Artur Rodrigues
Diego Zanchetta

A Prefeitura de São Paulo iniciou ontem o processo de licitação de 127 quilômetros de corredores de ônibus, com custo estimado em cerca de R$ 4,4 bilhões. Parte das obras será realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades, que devem ser anunciados hoje pela presidente Dilma Rousseff, em uma aposta do governo federal para melhorar a avaliação do prefeito Fernando Haddad (PT).

A agenda positiva da presidente é uma tentativa de reparação dos danos causados pelas manifestações de junho, que não foram neutralizadas nem mesmo pela decisão de Haddad de rever o aumento da tarifa de ônibus.

No início deste mês, Haddad anunciou que a primeira linha de financiamento do governo federal para mobilidade urbana seria de R$ 1,7 bilhão. Hoje, Dilma, que estará na capital, também anunciará verba para as áreas de drenagem e habitação. Ontem, a Prefeitura e o governo federal não adiantaram qual será o valor total dos recursos.

Entre as obras viárias contempladas no pacote estão os corredores de ônibus nas Avenidas Celso Garcia, na zona leste, e 23 de Maio, na zona sul. Áreas periféricas com pouca oferta de transporte público estão entre as que também receberão corredores exclusivos .

Na região do Grajaú, na zona sul, será feito o Corredor Cocaia, que passará pela Avenida Belmira Marin, uma das mais congestionadas da capital, entre outras vias que comam bairros populosos da zona sul. No extremo leste o Corredor São Miguel passará pela Avenida Águia de Haia.

Os corredores foram projetados no padrão Bus Rapid Transit (BRT, Trânsito Rápido de Ônibus, na sigla em inglês). Os ônibus ficarão à esquerda, em uma faixa de 3,5 metros. Para aumentar a velocidade dos coletivos, o proj eto prevê espaço para ultrapassagem e cobrança da tarifa. Os pontos de parada devem ser instalados a cada 600 metros.

No Diário Oficial da Cidade de ontem, a consulta pública dividiu as obras em dez empreendimentos. Os prazos para a cons-tração dos corredores variam entre dois anos e dois anos e meio.

Corredor BRT- O consultor de transportes Flamínio Fichmann afirma que os corredores transportam aproximadamente 30 mil passageiros por hora, por sentido - metade de uma linha de metrô em um trecho superlotado. A vantagem, segundo ele, é que o custo do quilômetro é de 10% do metrô e a velocidade da construção é mais rápida. O Município quer implementar mais do que o dobro dos 65,3 km de metrô atualmente em operação até o fim do atual governo, em 2016.

De acordo com Fichmann, apenas o BRT espalhado pela cidade não é suficiente para resolver o problema do transporte público.

O desafio da Prefeitura é rearranjar as linhas da capital no novo contrato, de 15 anos, o que pode contrariar o interesse das empresas. Fichmann afirma que é preciso criar ônibus expressos e semiexpressos nos corredores. "Ou se mexe na con cessão ou teremos só uma bonita obra de engenharia", diz.

COLABOROU ADRIANA FERRAZ

adicionada no sistema em: 31/07/2013 03:54

BONDADES ELEITOREIRAS

31/07/2013
Dilma libera R$ 6 bi em emendas até o fim do ano


Presidente reúne dez ministros no Alvorada e decide que recursos para aliados vão sair em três parcelas
Pressionada por aliados e antevendo nova rebelião no Congresso a partir da próxima semana, quando deputados e senadores voltam das férias, a presidente Dilma Rousseff determinou a liberação de recursos para três lotes de emendas parlamentares, num total de R$ 6 bilhões. Dilma pediu aos dez ministros com quem se reuniu ontem no Palácio da Alvorada uma lista dos principais projetos contidos nas emendas paradas em cada pasta. Embora o governo tenha anunciado corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento para cumprir a meta fiscal e recuperar a confiança do mercado na política econômica, Dilma decidiu manter a reserva para o pagamento de emendas. A presidente foi aconselhada a agir para neutralizar a proposta do orçamento impositivo, que tornaria obrigatória a execução das emendas parlamentares, movimento liderado pelo PMDB. Os R$ 6 bilhões devem ser liberados em três parcelas, em agosto, setembro e novembro.

 Dilma decide pagar emendas a prestação para acalmar base aliada e evitar derrotas

Vera Rosa
Débora Bergamasco / Brasília

Pressionada por aliados e antevendo nova rebelião no Congresso a partir da próxima semana quando deputados e senadores voltam das férias, a presidente Dilma Rousseff decidiu abrir o cofre. Em reunião com dez ministros, ontem, no Palácio da Alvorada, Dilma determinou a liberação de três lotes de emendas parlamentares até o fim do ano, em parcelas, totalizando R$ 6 bilhões.

Na tentativa de driblar dificuldades previstas em votações importantes para o governo, a presidente pediu aos ministros uma lista dos principais projetos contidos nas emendas paradas em cada pasta. Embora o governo tenha anunciado corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento, para cumprir a meta fiscal e recuperar a confiança do mercado na política econômica, Dilma decidiu manter a reserva para pagar emendas.

Num momento de perda de popularidade após os protestos de junho, desgaste na relação com a base aliada e com o PMDB liderando uma rebelião para tornar obrigatória a execução das emendas parlamentares, a presidente foi aconselhada a agir para neutralizar a proposta do orçamento impositivo. Nas três horas da reunião de ontem no Alvorada, Dilma cobrou dos ministros políticos novo esforço concentrado para controlar deputados e senadores de seus partidos e prometeu empenhar R$ 2 bilhões de emendas individuais em agosto.

As outras "prestações", no mesmo valor, devem ser liberadas em setembro e novembro.

No mês passado o governo também reservou R$ 2 bilhões para o pagamento de emendas, mas até agora elas não efetivamente pagas. Chamado pelos congressistas de "peça de ficção", o Orçamento da União prevê R$ 8,9 bilhões para essa finalidade, ao longo deste ano.

"E um primeiro passo para melhorar a relação com a base aliada", afirmou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR).

"Trata-se de um gesto fundamental porque, afinal de contas, as emendas são legítimas e importantes como investimento para os municípios. Mas, de qualquer forma, a presidente terá de ouvir mais a opinião dos parlamentares e debater projetos com mais antecedência."

O governo, está preocupado com a ameaça do Congresso de derrubar vetos presidenciais a projetos que, no diagnóstico do Planalto, podem causar despesas para as quais não estão previstos recursos. Estão nessa lista a desoneração de alguns itens da cesta básica, o projeto conhecido como Ato Médico que regulamenta atividades na área da saúde e teve dez dispositivos vetados - e o fim da multa adicional de 10% do FGTS, paga pelas empresas em casos de demissões sem justa causa.

Estimativas do Planalto indicam que a rebelião dos aliados pode custar um rombo de R$ 6,2 bilhões por ano. Outros desafios do governo no Congresso são a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a aprovação da MP do projeto Mais Médicos e o Código da Mineração.

Comunicação. Para explicar as metas do governo, o marqueteiro João Santana e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentam convencer Dilma - que é candidata à reeleição - a dar mais entrevistas a jornais, rádios e TV. A estratégia, porém, ainda está sob análise.

Para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), a liberação das emendas parlamentares pode azeitar apenas em "alguns aspectos" o relacionamento entre Planalto e Congresso. 

Na avaliação de Eunício, porém esse não é o tema de maior preocupação dos deputados e senadores. "A grande questão do momento é a sobrevivência política de cada um", disse ele, numa referência à proximidade do ano eleitoral e às alianças, Na prática, num momento de percalços para Dilma, deputados e senadores da base estão preocupados com a montagem de palanques para 2014, "Claro que a presidente está fazendo um gesto importante, pois serve para prestigiar o Parlamento de um modo geral e dará ajuda tos municípios, que hoje vivem com pires na mão", admitiu Eunício. "Só que, no Senado, a influência disso é muito pequena. A rei ação conosco se esgarçou."

A emenda e o soneto

"Claro que a presidente está fazendo um gesto importante (de liberar emendas), pois serve para prestigiar o Parlamento, Só que, no Senado, a influência disso é muito pequena. A relação conosco se esgarçou".

Eunício Oliveira
Líder do PMDB no Senado

adicionada no sistema em: 31/07/2013 03:52

CORRUPÇÃO: LONGE, TÃO PERTO

31/07/2013
A lei anticorrupção e os desafios que terá à frente 


:: Mariana de Araujo e Eric Jasper

Mecanismos de combate à corrupção existem há décadas no sistema jurídico brasileiro. O código penal de 1940, a lei de improbidade administrativa de 1992 e a lei de licitações de 1993 preveem punições severas para corrupção ativa e passiva, inclusive a que envolve agentes públicos estrangeiros. O denominador comum entre essas normas é o alcance a atos praticados por pessoas físicas.

Aguarda-se para os próximos dias a sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 6.826/2010, aprovado pelo Congresso Nacional no início do mês de julho. Já batizada de "Lei Anticorrupção", a nova legislação expandirá o escopo da repressão ao instituir a responsabilidade de pessoas jurídicas por atos de corrupção direcionados a agentes públicos nacionais e estrangeiros.

Por meio da nova legislação, o Brasil dá cumprimento aos compromissos internacionais firmados por meio da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e da Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Também converge para as políticas adotadas por outros países para reprimir a corrupção, como os Estados Unidos, com o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), e o Reino Unido, com o UK Bribery Act. 

Quando a lei entrar em vigor, empresas (nacionais e estrangeiras com sede, filial ou representação no Brasil), e não apenas seus executivos, poderão responder por atos de corrupção praticados em seu interesse ou benefício - mais especificamente prometer/oferecer/obter/dar vantagens indevidas a agente público nacional ou estrangeiro e fraudar licitações por meio de combinação com concorrentes, criação de empresas irregulares ou ainda obtenção de vantagens para modificação ou prorrogação de contratos públicos.

As penalidades incluirão multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto anual (ou R$ 6 mil a R$ 60 milhões, se não for possível calcular o faturamento) e ainda perda de bens, suspensão das atividades, proibição de recebimento de incentivos públicos e até a dissolução da empresa.

Ao lado de sanções severas, inspiradas na legislação antitruste em vigor desde maio do ano passado, a lei também prevê incentivos para empresas adotarem normas internas de boas práticas nas relações com o governo e denunciarem eventuais irregularidades às autoridades. A adoção de código de ética e procedimentos internos de integridade e auditoria poderá, caso a empresa venha a ser investigada por corrupção, valer-lhe redução das penalidades aplicáveis.

Assim como a lei antitruste prevê para os cartéis, a denúncia espontânea de atos ilícitos pela empresa e colaboração com as investigações (instrumento conhecido como "acordo de leniência") também poderá resultar em imunidade de determinadas penas e redução de até dois terços da multa.

A repressão a atos de corrupção por pessoas jurídicas e a aplicação das multas e dos mecanismos de cooperação com as autoridades descritos acima serão de responsabilidade da autoridade máxima de cada órgão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Nelson Jr./SCO/STF / Nelson Jr./SCO/STF
A Controladoria Geral da União (CGU) terá competência exclusiva para investigar atos de corrupção direcionados a agentes públicos estrangeiros e, apenas no âmbito do poder Executivo Federal, poderá iniciar investigações relativas a órgãos nacionais e assumir as investigações já iniciadas. Para aplicação de penalidades como perda de bens, suspensão de atividades ou dissolução da empresa, será necessário buscar o Poder Judiciário por meio do Ministério Público ou advocacia pública de cada órgão.

O sistema de repressão compartilhado instituído pela lei traz embutidos sérios desafios. A diversidade de órgãos responsáveis pela investigação e aplicação de penalidades pode produzir entendimentos diversos sobre o que constitui uma infração e resultar na aplicação não uniforme de penalidades. A ausência de segurança jurídica imporá custos desnecessários às empresas e pode dissuadi-las de buscar a alternativa da cooperação. Um esforço coordenado entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para a elaboração de guias e regulamentos com dispositivos comuns é, portanto, essencial e urgente para diminuir a opacidade do sistema.

É também indispensável que órgãos de todas as esferas do Estado apliquem a lei não apenas de forma harmônica, mas também irrestrita e efetiva - o constante monitoramento pela própria Administração Pública e pela sociedade civil pode ajudar. A lei, afinal, atribuiu a cada órgão o poder e, principalmente, o dever de investigar e punir infrações nas suas relações com o setor privado.

A corrupção resulta em prejuízo para a administração pública e, principalmente, para o usuário final dos serviços públicos. 

Corrupção também é ruim para os negócios: prejudica a concorrência, ao permitir que empresas menos eficientes vençam licitações, e ainda destrói valor da própria empresa corruptora, ao criar ambiente interno propício para outras modalidades de fraude (contábeis, financeiras e tributárias) e até mesmo desvio de recursos da empresa para fins privados. Se bem aplicada, a nova Lei Anticorrupção poderá, ao longo do tempo, em conjunto com os outros mecanismos já em vigor, minimizar tais perdas.

adicionada no sistema em: 31/07/2013 12:56

UM CABRAL SEM CARAVELAS (CEDAE, cedeu...)

31/07/2013
Enchente estatal: Adutora rompe, mata criança, destrói casas e inunda bairro

Jato d´água de 20 metros de altura deixa rastro de destruição em três quarteirões de Campo Grande.
Moradores contam que tubulação da Cedae apresentava rachaduras e sofreu reparos recentemente. Empresa nega, mas hipótese é investigada pela polícia, que suspeita também de terraplenagem.
O rompimento de uma adutora da Cedae matou uma menina de 3 anos e deixou um rastro de destruição, ontem, em Campo Grande, na Zona Oeste. O jato d"água, que atingiu 20 metros de altura, inundou três quarteirões, destruiu 17 casas, invadiu outras 200, arrastou carros e deixou 16 feridos. Bombeiros usaram botes para resgatar as vítimas, levadas para hotéis da região. Moradores dizem que a tubulação apresentava rachaduras e que, recentemente, funcionários da Cedae fizeram reparos na adutora. A companhia desmente. A polícia, porém, suspeita que o acidente seja resultado de um conserto malfeito ou de terraplenagem. Ao visitar o local, ao lado do prefeito Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral foi hostilizado por um grupo de moradores

Enxurrada de destruição

Rompimento em adutora da Cedae mata criança, deixa 16 feridos e inunda 200 casas
Célia Costa
Rafael Galdo

Rastro de destruição. 
A força da água foi tanta, arrastando lixo e entulho, que derrubou quase todas as paredes da casa. A Cedae prometeu reconstruir os imóveis e comprar novos equipamentos para quem perdeu tudo
Jorro. O jato d"água, que chegou a três metros, inundou dez casas em segundos.

Cenário de guerra. Levado pela enxurrada, um carro terminou virado de cabeça para baixo.

Problemas em rede
Com várias escoriações pelo corpo e sem saber ainda como estavam a mulher, a enteada e o cunhado, o mecânico Agilson da Silva Serpa, de 42 anos, era só desolação depois de ter sido resgatado por bombeiros num bote inflável, ontem de manhã. Sua casa, que consumiu anos de trabalho para ser erguida, foi um das 17 totalmente destruídas pela enxurrada provocada pelo rompimento de uma adutora da Cedae no Bairro Mendanha, em Campo Grande. O jato d"água que atingiu 20 metros de altura, além de pôr as construções abaixo, arrastou carros e móveis, inundou cerca de 200 casas em seis ruas, feriu 16 pessoas e, o mais grave, matou a menina Isabela Severo dos Santos, de 3 anos, que ficou submersa, presa nos escombros de um muro que desabou.

- A força da água era tanta que arrancou o telhado da minha casa, destruiu as paredes e jogou as quatro pessoas que estavam em casa no meio da rua - contou o mecânico.

"O ALAGAMENTO FOI SÚBITO"

O acidente aconteceu pouco antes das 6h, quando muitos moradores ainda dormiam ou se preparavam para sair de casa. Rapidamente, a água tomou trechos das estradas do Mendanha e do Encanamento, além das ruas Votorantim, Projetada A, B e D, todas próximas à Avenida Brasil. As casas destruídas estavam todas na linha de projeção do jato d"água, em dois quarteirões. Quando os bombeiros chegaram, a água já ultrapassava um metro de altura em alguns pontos.

- Havia um pânico generalizado. Diferentemente de um alagamento provocado por uma chuva forte, em que a água sobe gradativamente, aqui o alagamento foi súbito. De pronto, cerca de dez casas já tinham sido destruídas - afirmou o comandante do Corpo dos Bombeiros, coronel Sérgio Simões, ressaltando que foi necessário usar 12 botes e barcos de alumínio nos resgates, que contaram com 90 homens.
Ao todo, 230 pessoas ficaram desabrigadas, e outras 70, desalojadas. Até o início da noite, 86 famílias haviam sido cadastradas para receber alojamento, mas só 17 aceitaram ir para hotéis na região central de Campo Grande, com as despesas pagas pela Cedae. A maioria preferiu se hospedar em casa de parentes. Segundo Jorge Briard, diretor de operações da Cedae, o rompimento não resultou de falta de manutenção. As causas, explicou, ainda estão sendo apuradas.

Governador é hostilizado

Segundo explicou a empresa, a adutora Henrique Novaes é formada por duas linhas de tubulações paralelas na Estrada do Encanamento, uma das quais se rompeu. Cada uma delas, localizadas dois metros abaixo da superfície, tem 1,75 metro de diâmetro e vazão de 3 mil litros por segundo (no total, são 6 mil litros por segundo). Com cerca de 60 anos e parte do sistema do Guandu, a adutora abastece toda a região do Jabour, Mendanha, Lameirão, além de parte dos bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Santíssimo, Bangu, Padre Miguel e Realengo. Após o vazamento, técnicos desligaram o registro que abastece a tubulação, desviando a água para outras linhas. Mas, de acordo com a Cedae, em partes do Mendanha, de Bangu e de Santíssimo poderão ser sentidos os efeitos da redução do fornecimento.

Ontem de manhã, ainda com as ruas alagadas, cerca de quatro horas depois do rompimento, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes foram ao local, onde falaram com a imprensa. Cabral, que foi informar que o estado daria assistência às famílias afetadas, foi hostilizado pelos moradores, que o vaiaram e o chamaram de "covarde". A entrevista aconteceu na Escola Municipal Casimiro de Abreu, na área atingida, porque a assessoria do governador queria evitar o contato com um grupo que protestava no trecho da Estrada do Mendanha onde fora montada uma base dos bombeiros. Alguns carregavam um cartaz que dizia "Fora, Cabral". A van que transportava a comitiva com as autoridades foi cercada pela população, que exigia que o governador abrisse os vidros. Houve um momento de tensão, mas o carro conseguiu avançar.

Segundo Cabral, os desabrigados ficarão em hotéis custeados pela Cedae o tempo que for necessário para a reconstrução das casas. 

E disse que a causa do rompimento seria apurada não só pela Cedae, mas por peritos externos.

- Essas famílias viveram momentos de terror. Viemos prestar solidariedade. Ouvi o relato do primo da menina Isabela sobre o desespero da família na tentativa de salvar a criança. Não há perda material que se compare à perda de uma criança. Não podemos deixar de dar uma atenção especial a essa família - disse o governador.

Já a Cedae deslocou seus assistentes sociais e psicólogos para o Hospital Rocha Faria, onde nove das vítimas foram atendidas. Funcionários da assessoria de segurança patrimonial também foram ao local para levantar os prejuízos. A companhia pediu que os moradores não se desfizessem dos bens danificados, para facilitar esse levantamento das perdas. Após a conclusão do inventário, as pessoas irão com funcionários da Cedae a lojas para escolher novos móveis e eletrodomésticos, a serem pagos pela companhia, que também prometeu reconstruir as casas destruídas. Terão muito trabalho. Quando a água abaixou, era grande o rastro de destruição. De uma das casas, sobrou apenas o piso. As ruas ficaram tomadas de entulho e móveis. A força da água foi tão grande que deixou um carro de cabeça para baixo.


adicionada no sistema em: 31/07/2013 04:14

''ACORDA ALICE'' !

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Partidos dizem que não podem garantir a Serra apoio em 2014

  • Ex-governador procurou PV e PSD; PPS se queixa de indefinição
SILVIA AMORIM E GUSTAVO URIBE (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
Publicado:
Atualizado:


Serra tem até 5 de outubro para decidir se deixa o PSDB
Foto: O Globo / Marcelo Carnaval

Serra tem até 5 de outubro para decidir se deixa o PSDB O Globo / Marcelo Carnaval
SÃO PAULO — A dois meses do prazo final para o ex-governador José Serra (PSDB) decidir se troca de partido, as legendas procuradas para construir uma aliança em torno do nome dele para a eleição presidencial em 2014 já dizem que dificilmente o tucano terá um compromisso de apoio por parte delas até outubro. Uma das condições para Serra tentar uma candidatura à Presidência fora do PSDB é ter aliados de peso, que garantam a ele competitividade, cenário cada vez mais distante.

Lideranças do PV, PSD e PTB alegam que não há como definir questões como essa um ano antes da disputa eleitoral. O partido que mais se aproxima do tucano hoje é o PPS. Serra foi convidado em abril a se filiar à sigla. Mas o PPS tem menos de um minuto no horário eleitoral, o que inviabilizaria uma candidatura solteira — sem apoio de outros partidos. Por isso, o ex-governador tem passado as últimas semanas em conversas com dirigentes partidários para avaliar as chances de alianças.
Serra tem até 5 de outubro para decidir se fica ou sai do PSDB, onde, com o avanço do senador Aécio Neves, não deverá haver espaço para ele na próxima corrida presidencial. Se permanecer no PSDB, Serra terá como opção se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Na primeira alternativa, é possível que tenha de brigar pela vaga. No caso de disputar uma cadeira de deputado federal, o ex-governador já ouviu a proposta de aliados, mas rechaçou prontamente. A avaliação de dirigentes tucanos é que Serra só deverá se filiar ao PPS se tiver a certeza do apoio, ao menos, do PSD.
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que fez o convite a Serra para se filiar à sigla, diz que a situação do amigo não é fácil.
— No máximo, o que pode haver são alguns encaminhamentos (com os potenciais partidos aliados), mas nenhuma grande definição sobre alianças é tomada um ano antes da eleição — afirmou.
Freire disse que renovou o convite a Serra após a fusão entre o PPS e o PMN fracassar. O ex-governador já esteve com outros dirigentes do PPS para tratar do cenário eleitoral de 2014. Mas a indefinição dele tem gerado reclamações. Um grupo alinhado a Marina Silva, liderado pelo secretário de comunicação do PPS de São Paulo, Maurício Huertas, encaminhou na semana passada uma carta ao dirigentes nacional do PPS cobrando prazo de 15 dias para que Serra dê uma resposta. Freire descartou essa possibilidade.

Tendência do PSD é apoio a Dilma

Segundo o ex-líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos, o partido não deverá tomar nenhuma decisão sobre esse assunto este ano.
— O José Serra sempre é um grande nome, tem consistência e representatividade e deve ser levado em consideração. Não existe, contudo, neste momento, nada fechado. O partido ainda não se definiu e há uma tendência de apoiar Dilma Rousseff. A decisão deve ser tomada apenas no início do que vem, que é o timing correto de definição de apoios — afirmou.

Em conversas reservadas, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem lembrado a aliados que, ao ter ocupado uma pasta no governo federal, a sigla assumiu um compromisso com a reeleição de Dilma, mas não tem descartado o apoio a Serra caso a presidente não recupere a popularidade perdida nos últimos meses. O ex-governador tem mantido contato com Kassab e, segundo aliados, encontrou-o no Hospital Sírio-Libanês, na semana passada, onde fui submetido a um cateterismo.

No PV, a situação é parecida. 

Com o anúncio do ex-deputado federal Fernando Gabeira de não disputar a sucessão presidencial, o partido também decidiu que só tomará uma decisão sobre quem apoiará na disputa presidencial no início de 2014, quando o quadro eleitoral estiver mais claro. Serra almoçou com o presidente nacional da sigla, José Luiz Penna, há cerca de duas semanas na capital paulista. Segundo Penna, o tucano estava animado com as possibilidades para 2014, mas disse ainda não ter um “horizonte definido”. Além de Serra, o PV tem sido sondado por lideranças da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva.
— A decisão do partido será tomada ano que vem. Não fomos nós que antecipamos o quadro eleitoral. Faremos a nossa agenda de conversas conforme o tempo eleitoral — afirmou Penna.

O PTB, assim como as outras siglas, só deve definir o seu apoio em 2014. Presidente nacional do partido, Benito Gama ressalta que a legenda caminha para o apoio a Dilma. É aguardado um encontro entre o tucano e lideranças do PTB para os próximos dias.

— Nós temos um compromisso com o governo federal e caminhamos para essa direção. Não há data certa para a definição de apoio, mas eu acredito que será no ano que vem — disse Gama.


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NOVAS BASTILHAS ?

31/07/2013
Protesto contra Alckmin acaba em violência e confronto com a polícia

Por Cristiane Agostine | De São Paulo

O protesto contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), realizado na noite de ontem na capital paulista, foi marcado pelo confronto entre um grupo de manifestantes e policiais. 

Pelo menos 20 pessoas foram detidas, sendo cinco pela Rota, grupo de elite da polícia. 

A PM teve forte atuação repressora: deteve jovens que considerava suspeitos, manteve a tropa de choque, a Rota e a cavalaria nas ruas e jogou bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que depredaram lojas e agências bancárias. Segundo dados divulgados pela corporação, foi destacado um policial para cada manifestante no início do ato. No fim, havia mais policiais nas ruas do que pessoas protestando.

A manifestação começou no largo da Batata, local simbólico do maior protesto realizado em junho na capital, contra o aumento da tarifa do transporte público e a repressão policial. Divulgado pelo Facebook, o ato de ontem contra Alckmin não teve bandeiras partidárias. "Fora Alckmin" e "Fora polícia fascista" estavam entre os gritos do protesto. 

A maioria dos jovens que participaram estava com o rosto coberto. Alguns diziam representar o Black Blocs e outros se denominavam simplesmente anarquistas. As pessoas que passavam no local não sabiam o que estava acontecendo.

Segundo a PM, no começo havia entre 200 e 300 manifestantes e 220 policiais. Do largo da Batata o grupo seguiu pela avenida Rebouças, onde começaram as depredações a agências bancárias, a lojas de vestido de noiva e a uma concessionária de automóveis. 

Alguns sacos de lixo foram queimados pelos manifestantes. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo, inalado pelos pedestres que não sabiam o que estava acontecendo. O grupo planejava seguir para a avenida Paulista e a tropa de choque montou bloqueios perto da avenida Doutor Arnaldo, no fim da avenida Paulista e no vão livre do Masp. Dois grupos da cavalaria foram destacados. Só no fim da avenida havia pelo menos 30 viaturas da PM. Os PMs, no entanto, ficaram esperando por uma manifestação que não chegou até eles.

Ao longo do ato, a polícia revistou jovens em busca de artefatos. 

A reportagem presenciou a detenção de dois jovens sob acusação de policiais de depredação e formação de quadrilha, apesar de afirmarem que não portavam material suspeito. Perto deles, um jovem foi arrastado pelo chão e detido, apesar de gritar que era morador do bairro, e não estava protestando. Muitos policiais, vestidos com um blusão de frio, escondiam a identificação do uniforme.


adicionada no sistema em: 31/07/2013 12:30

O PRÍNCIPE-GOVERNADOR E MAQUIAVEL

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PMDB afirma que não abandona Cabral e pede paciência ao partido

  • Direção nacional espera recuperação do governador para o bem da sigla
PAULO CELSO PEREIRA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
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Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
Foto: Frame / Adriano Ishibashi

Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Frame / Adriano Ishibashi
BRASÍLIA — Se entre secretários do prefeito Eduardo Paes já há muitos que defendem o afastamento dele do governador Sérgio Cabral, em Brasília o clima é diferente. A palavra de ordem na direção nacional do PMDB, partido dos dois, é paciência. 

Os caciques da legenda acreditam que ainda há tempo até as eleições do próximo ano para que o governador recupere ao menos parte de seu prestígio. Mais do que uma avaliação, existe uma torcida grande para que o correligionário se recupere o quanto antes, para o bem do próprio PMDB.

Há dez anos, o Rio de Janeiro é o estado mais populoso comandado pelo partido, já que nesse mesmo período São Paulo e Minas Gerais permaneceram nas mãos de governantes do PSDB. Para completar, o PMDB não tem até este momento candidaturas competitivas para o próximo ano em nenhum dos dois estados vizinhos.

— Não é da cultura do PMDB abandonar companheiros em dificuldade. Nada garante a irreversibilidade desse quadro. Temos de esperar, falta mais de um ano para a eleição. Não vamos julgar, condenar ou abandonar ninguém antes de entender a realidade e fazer uma revisão da trajetória. 

Ele tem todas as condições de se recuperar se fizer as mudanças que o povo exige. Não há muita diferença da situação dele para a de outros governadores, só a intensidade — defende o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco.

O vice-presidente Michel Temer está preocupado com a situação e chegou a ligar para Cabral há duas semanas, quando ocorreu o mais violento protesto no Leblon, próximo à casa do governador. O vice-presidente, de quem Moreira é um dos aliados mais próximos, também trabalha com a perspectiva de encontrar um cenário melhor em junho do próximo ano, quando serão sacramentadas as alianças nas convenções partidárias.

— Temos tempo. As conversas vão até junho do próximo ano — tem dito Temer aos dirigentes do partido.
Cabral era visto como um trunfo peemedebista para as negociações nacionais com o PT. 

A ideia era que a capacidade de ajudar a eleição de Dilma no Rio permitisse que a legenda estabelecesse outras exigências Brasil afora. Agora, o risco é que em vez de bônus para Dilma, a aliança com Cabral seja vista como um ônus, levando o PT a fazer exigências.

Conversas com Dilma

Durante a visita do Papa Francisco ao Rio, a presidente Dilma Rousseff conversou com Cabral sobre os protestos, e ele afirmou que irá comprovar em breve o envolvimento de adversários políticos com os grupos mais radicais das manifestações. Apesar da derrocada do aliado, a presidente continua considerando como cenário ideal para as eleições de 2014 o apoio de Cabral no Rio.


A questão é que Cabral perdeu capital político para manter a exigência de retirada da candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do estado. Até por isso, a ideia é só retomar esse tema dentro de alguns meses.


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