PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, fevereiro 22, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] CPMF ''IN VITRO''

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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GOVERNO DILMA/KEYNES [In:] E AGORA, JOHN ?

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Se todos são keynesianos, o que Keynes diria a Dilma?



Autor(es): Fernando Ferrari Filho e
Marco Flávio Resende
Valor Econômico - 22/02/2011

A crise financeira internacional e seus desdobramentos sobre o lado real das economias, em especial em 2009, em termos de recessão, desemprego e desaquecimento do volume de comércio, acabaram originando um consenso entre economistas acadêmicos, analistas econômicos e "policymakers", qual seja, todos passaram a ser "keynesianos" - cabe ressaltar que, infelizmente, a maioria deles tão somente por oportunismo - tanto para explicar a referida crise quando para remediá-la.

No Brasil, não foi diferente. Apesar de as autoridades econômicas terem, em um primeiro momento, subestimado os impactos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, as políticas monetária e fiscal contracíclicas, de cunho keynesianas, implementadas pelas autoridades econômicas foram fundamentais para que o país saísse da recessão e voltasse a crescer de forma pujante e até surpreendente - segundo estimativas preliminares, em 2010 o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ter crescido ao redor de 7,5% -, por mais que o cenário internacional ainda seja de turbulência.

A "bola da vez" continua sendo a crise fiscal-financeira dos Piigs, acrônimo para Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha.

Se nossa atividade econômica apresenta um resultado exuberante, pelo menos no curto prazo, voltamos a enfrentar "velhos" problemas do período da prosperidade, dentre os quais a tendência à apreciação cambial, cujos efeitos são a deterioração da balança comercial e o processo de desindustrialização, e o viés do Banco Central (BC), receoso do "descontrole" da inflação, em querer subordinar a política fiscal ao regime monetário, que acabam impondo limitações para que a economia brasileira tenha estabilidade macroeconômica intertemporal (crescimento econômico robusto, inflação sob controle e equilíbrios fiscal e externo).

Para evitar os erros do passado, câmbio administrado e controle dos fluxos de capitais são imprescindíveis

Nesse particular, sendo todos "keynesianos" e supondo que fosse possível psicografar Keynes, quais medidas econômicas o "mestre" sugeriria para a presidente Dilma Rousseff? Centrando as atenções em algumas das proposições de política macroeconômica apresentadas por Keynes ao longo de seus escritos, reunidos nos 30 volumes dos "Collected Writings of John Maynard Keynes", publicado pela Royal Economic Society, ele proporia maior coordenação das políticas fiscal, monetária e cambial, seja para resolver "os principais problemas da sociedade econômica em que nós (Brasil, inclusive) vivemos, que são o desemprego e a arbitrária e desigual distribuição da renda e da riqueza" (John Maynard Keynes. "The General Theory, of Employment, Interest and Money". New York, HBJ Book, 1964, p.372), seja para solucionar o desequilíbrio e a vulnerabilidade externa brasileiras.

Para tanto, Keynes proporia: 1) Política fiscal ancorada tanto na administração de gastos públicos - algo completamente diverso de déficit público - quanto na política de tributação. No que diz respeito à administração dos gastos públicos, deveria haver dois orçamentos: o corrente, para assegurar recursos à manutenção dos serviços básicos fornecidos pelo Estado à população, tais como saúde pública, educação e segurança pública, e o de capital, em que o Estado realizaria investimentos públicos complementares aos investimentos privados e fundamentais para a expansão da demanda efetiva. A ideia de Keynes com os referidos orçamentos é a de que, em períodos de prosperidade, o gasto público deve ser reduzido, ao passo que, em períodos recessivos, ele deve ser elevado. Assim, a política fiscal torna-se contracíclica e assegura o equilíbrio fiscal intertemporal do governo. A política de tributação, por sua vez, deveria concentrar-se essencialmente nos impostos sobre a renda, o capital e a herança, viabilizando, assim, uma melhora da distribuição da renda e da riqueza. Pois bem, a partir da proposição fiscal de cunho keynesiana e observando a situação fiscal brasileira dos últimos anos, percebe-se que a reduzida taxa do investimento público e a elevada carga tributária indicam que o ajuste fiscal deve se concentrar nos gastos de custeio e na racionalização do gasto público;

2) Flexibilização da política monetária para dinamizar os níveis de consumo e investimento e afetar a preferência pela liquidez dos agentes econômicos. No caso do Brasil, acrescente-se que a redução da taxa básica de juros (Selic) é fundamental para arrefecer o custo de rolagem da dívida pública;

3) Política cambial para assegurar a manutenção da taxa real efetiva de câmbio de equilíbrio e não gerar pressões inflacionárias. A taxa real efetiva de câmbio estável é fundamental pois, diante de um contexto em que a liquidez internacional continua muito elevada em função das políticas adotadas nos países centrais para superar a crise, as taxas de juros internacionais estão baixas e o crescimento dos países centrais está relativamente estagnado, as elevadas taxas de crescimento de economias emergentes (e, no caso do Brasil, também de juros) ensejam grande influxo de capitais que, por sua vez, acabam provocando a apreciação da taxa de câmbio (em especial do real). Como sabemos, essa experiência foi vivida pelo Brasil em passado recente: devido à elevada liquidez internacional o câmbio apreciou-se, o déficit em transações correntes tornou-se crescente e os superávits da conta de capital e financeira e do balanço de pagamentos elevaram-se, criando, assim, a pseudo-impressão de que esses resultados decorriam da robustez da economia. Contudo, quando a liquidez internacional foi arrefecida, o racionamento dos fluxos de capitais para a economia brasileira tornou-se uma realidade e a crise cambial se instalou, em grande parte recrudescida pela abertura financeira. Portanto, para evitarmos os erros do passado decorrentes dos desequilíbrios externos da economia brasileira, câmbio administrado e regulação e/ou controle dos fluxos de capitais são imprescindíveis.

Em suma, resgatando Keynes, espera-se que Dilma e suas autoridades econômicas sinalizem políticas fiscais e monetárias contracíclicas e intervenções no mercado de câmbio para que o país tenha, a despeito do cenário internacional desfavorável, estabilidade macroeconômica intertemporal.

Fernando Ferrari Filho é professor titular do departamento de Economia/UFRGS, pesquisador do CNPq e vice-presidente da Associação Keynesiana Brasileira (AKB).

Marco Flávio Resende é professor do Cedeplar/UFMG, pesquisador do CNPq e diretor da AKB.

GOVERNO DILMA/CPMF [In:] A URNA TEM MEMÓRIA CURTA !!!

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Governadores pedem a Dilma a volta da CPMF



CPMF volta ao debate



Autor(es): Ivans Nunes
Correio Braziliense - 22/02/2011

Durante o encontro com Dilma em Sergipe, governadores defenderam a recriação do tributo para custear a saúde pública

Seis dos nove governadores que participaram do encontro em Sergipe deram prova ontem de que estão dispostos a bancar o ônus político da aprovação de uma nova CPMF para financiar a saúde. Sem distinção de governo ou oposição, vários chefes estaduais reunidos no Fórum dos Governadores do Nordeste pediram que o governo federal e o Congresso Nacional criem um novo tributo para custear o setor. A ideia é de que os recursos extras possibilitem a recuperação do setor, mas pelo menos três governadores preferem que o Palácio do Planalto regulamente a Emenda Constitucional nº 29, que estabelece um percentual mínimo de repasse dos municípios, estados e União para a saúde.

Reunidos em Barra dos Coqueiros, os governadores ensaiaram o coro e pediram que o tributo, extinto em 2007, volte a encher os cofres estaduais. “É fundamental que tenhamos uma fonte de recursos para custeio. É fundamental implementarmos uma nova contribuição”, pediu Cid Gomes (PSB), do Ceará. “Sou a favor de uma nova contribuição, sim”, completou Jaques Wagner (PT), da Bahia. Da oposição, o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), também disse que concordava com a criação de um novo tributo para a Saúde, desde que a contribuição estivesse incluída no contexto de uma reforma tributária ampla.


O tucano participou do encontro como convidado especial, por conta da ligação econômica do norte mineiro com o Nordeste. Além de Anastasia, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), também disse que apoiaria a proposta, caso fosse colocada. Contrários à recriação da CPMF ficaram os governistas Marcelo Déda (PT), de Sergipe, e Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, além da oposicionista Rosalba Ciarlini (DEM), do Rio Grande do Norte. Os três entenderam que a regulamentação da Emenda 29 já seria suficiente para recuperar a saúde nos estados nordestinos. “A saúde pública brasileira está carente de mais recursos para atender a justa demanda da população por mais e melhores serviços”, pediu Déda.

A partir da disposição do governo federal em tratar o tema, o retorno de uma contribuição para financiar a saúde não deve entrar em discussão já no primeiro semestre. No início do mês, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), endossou a posição de só discutir um novo tributo dentro da reforma tributária. Ontem, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu que o tema não saia de pauta. “Temos um clima aberto para discutir a contribuição e o tributo tem de voltar. A saúde está caótica e não apenas no SUS (Sistema Único de Saúde), mas também no setor privado”, defendeu o senador. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, foi representada pelo vice Washington Luiz.

Segundo escalão
O encontro com os governadores nordestinos serviu ainda para a presidente Dilma Rousseff adiantar os pleitos dos governadores para o preenchimento de cargos do segundo escalão nos estados. Embora a presidente não tenha batido o martelo quanto às definições no Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), as situações em aberto já estão bem encaminhadas.

A tendência é de que a presidente mantenha o controle atual das estatais e órgãos, mas troque o comando da maior parte. Indicação do PT do Ceará, o Banco Nacional do Nordeste deve ter como novo presidente o atual diretor de Gestão do Desenvolvimento, José Sydrião de Alencar Júnior. A Chesf permanecerá sob controle do PSB e, por indicação de Campos, o secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, João Bosco Almeida, deve assumir a presidência da companhia.

Alvo de disputa entre o PMDB do Ceará e do Rio Grande do Norte, o Dnocs deve permanecer sob indicação do líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ele trabalha para manter Elias Fernandes no posto, mas Dilma ainda pode pedir uma nova indicação. Na Sudene, o mais cotado é o ex-governador da Paraíba José Maranhão, mas o peemedebista também está cotado para assumir a diretoria de Fundos e Loterias da Caixa.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

22 de fevereiro de 2011

O Globo

Manchete: Kadafi bombardeia civis nas ruas e diplomatas se asilam
Missão líbia na ONU acusa ditador de genocídio e pede sua renúncia

Numa violenta tentativa de conter protestos que exigem sua renúncia, o ditador líbio, Muamar Kadafi, ordenou o bombardeio, com aviões militares, de civis em Trípoli. O ataque mais forte ao ditador veio de sua missão na ONU, onde o vice-embaixador Ibrahim Dabbashi pediu sua renúncia: “Kadafi declarou guerra ao povo e está cometendo genocídio.” Embaixadores líbios na Índia, na China e na Liga Árabe deixaram o cargo e pediram asilo. O ministro da Justiça renunciou.
Dois pilotos de caças aterrissaram em Malta e desertaram. Segundo testemunhas, a capital foi bombardeada várias vezes, e haveria pelo menos 61 mortos desde a madrugada. A sede do Parlamento, a rádio e a TV estatal teriam sido incendiadas e saqueadas. Isolado pela comunidade internacional, após condenações em massa, o ditador apareceu na TV e declarou: “Estou em Trípoli, e não na Venezuela.
Não acreditem nos canais que pertencem a esses cachorros vira-latas.” (Págs. 1 e 23 a 25)

Foto Legenda: Policiais vigiam um dos dois caças Mirage da Força Aérea da Líbia que aterrissaram em Malta: pilotos desertaram após se recusar a cumprir ordens de bombardear civis

Brasileiros ainda não saíram

O Itamaraty informou estar trabalhando com três empresas — Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Odebrecht — para retirar o quanto antes até 600 brasileiros que ainda estão na Líbia. Um avião que faria o resgate não conseguiu entrar no espaço aéreo do país.(Págs. 1 e 24)

Petróleo volta aos níveis de 2008

Com os protestos na Líbia, o barril do petróleo negociado em Londres subiu 5,6%, para US$108,03. Já em Nova York, a alta foi de 6,3%. Os preços voltaram ao nível de antes do agravamento da crise global, em 2008. A disparada preocupa porque puxa a inflação. (Págs. 1 e 17)

Crise suspende GP de Fórmula-1

A instabilidade política no Bahrein chegou às pistas de Fórmula-1. Ontem, os organizadores do GP, marcado para o próximo dia 13, cancelaram a prova alegando que o país precisa se preocupar com assuntos mais importantes que a promoção da corrida. (Pág. 1 e Caderno Esportes)

Petrobras: MP aponta conflito de interesses

O Ministério Público do Trabalho afirma que a Petrobras cometeu ilegalidade ao contratar a Bureau Veritas como fornecedora de mão de obra terceirizada, pois a empresa também é certificadora junto à Agência Nacional de Petróleo.

O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, diz que não há irregularidades nas contratações. (Págs. 1 e 3)

Governadores pedem LRF menos rígida

Reunidos pela primeira vez com a presidente Dilma Rousseff, os governadores do Nordeste pediram flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os governadores deram ainda sinal verde à presidente para criar a nova CPMF. (Págs. 1 e 9 )

Oposição e PT reagem a Serra

Em reação às críticas de José Serra ao governo Dilma, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que “o fracasso lhe subiu à cabeça”.
Líderes da oposição elogiaram o tucano, mas, nos bastidores, alguns desaprovaram os ataques. (Págs. 1 e 4)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Gaddafi massacra líbios, e parte do governo já deserta

Repressão fez ao menos 400 mortos, segundo estimativas, mas opositores dominam áreas do país

Após seis dias de uma revolta que deixou ao menos 400 mortos e paralisa até Trípoli, a capital, o governo do ditador líbio Muammar Gaddafi – há 42 anos no poder – dá sinais de implosão.

Mesmo usando bombardeios e metralhadora contra civis, o regime perdeu o controle de áreas inteiras do território, como Benghazi, a segunda maior cidade do país.

Gaddafi já enfrenta deserções de ministros, chanceleres, Forças Armadas e até de tribos que o apoiavam.

Há relatos sobre fuga do ditador para a Venezuela. Diplomatas líbios e o governo Hugo Cháves negaram.

Em SP, o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) declarou que “[as autoridades líbias] alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável”.

Desde sábado, o Itamaraty tenta retirar 123 brasileiros de Benghazi em um avião fretado. Segundo o governo, cerca de 600 brasileiros vivem na Líbia, 400 deles em Trípoli. (Págs. 1 e Mundo)

Região vive caminho sem volta, diz chefe da Liga Árabe (Págs. 1 e Mundo A17)

Barril bate US$ 105; petroleiras resolvem parar produção (Págs. 1 e Mundo, A13)

Marrocos confirma ao menos 5 mortos em protestos (Págs 1 e Mundo A16)

Foto legenda: Folha, 90

Dilma Rousseff discursa na Sala São Paulo durante evento que reuniu 1.200 convidados para celebrar o aniversário do jornal; a presidente afirmou que uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível. (Págs. 1 e Poder A7)

Governo quer permitir 'bico' de policial na Copa

O governo federal quer permitir que policiais de folga possam trabalhar como seguranças particulares na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada do Rio em 2016.

O Ministério da Justiça escalou um grupo que vai sugerir mudança na legislação para autorizar o “bico”. (Págs. 1 e Esporte D4 e D5)

John Carlin

Ideia da Fifa de deixar organização do Mundial de 2022 ao Qatar é insana (Págs. 1 e Esporte D9)

Eliane Cantanhêde

Passado o carnaval, logo aí, tanto Dilma como Lula entrarão numa nova fase (Págs. 1 e Opinião A2)

Burocracia atrasa pesquisa com pacientes no país

O Brasil sedia só 1,5% dos estudos clínicos do mundo feitos com pacientes, apesar da qualificação dos cientistas e da diversidade racial que fazem o país ser procurado por multinacionais.

O tempo para aprovar um estudo é o dobro do de outros países. Para comissão de ética, falta adequação aos projetos. (Págs. 1 e Saúde C10)

Governo debate nova forma para financiar saúde

A presidente Dilma Rousseff afimrou, em reunião fechada com os governadores do Nordeste, que o governo discute formas de aumentar os recursos para a saúde.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse, em São Paulo, que a CPMF, extinta em 2007, pode voltar com novo nome. (Págs. 1 e Poder, A4)

Editoriais

Leia “Choque ambiental”, sobre mudanças nas regras de licenças para obras; e “Democracia ao contrário”, acerca de futuro referendo no Equador. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Dissidentes líbios são bombardeados

Pior dia da repressão a opositores de Kadafi inclui ataques aéreos; ONGs falam em 300 mortos

As manifestações na Líbia contra os 42 anos de ditadura do coronel Muamar Kadafi enfrentaram ontem o mais sangrento dia de repressão. Em uma jornada caótica, o governo teria ordenado à Aeronáutica que bombardeasse os dissidentes nas ruas da capital, Trípoli, para onde centenas de milhares de líbios estariam marchando para protestar contra o coronel. O ministro da Justiça renunciou em protesto pelo uso excessivo da força na repressão. Embaixadores líbios abandonaram seus postos, e dois pilotos da Força Aérea desertaram, refugiando-se em Malta. Organizações internacionais falam em mais de 300 mortos. Ao longo do dia, os rumores sobre a partida de Kadafi rumo ao sul do país se multiplicaram, mas não foram confirmados. Ataques contra prédios públicos, como o Congresso Geral do Povo, o Parlamento líbio e o Ministério da Justiça, se multiplicaram. Postos de polícia, comitês governamentais e emissoras de TV e rádio estatais também foram destruídos. (Págs. 1 e Internacional A9)

Diplomatas do país denunciam Kadafi

Diplomatas da missão líbia na ONU repudiraram a repressão empreendida por Muamar Kadafi e romperam com o regime. Ibrahim Dabbaashi disse a jornalistas: "Certamente o que está ocorrendo agora na Líbia é um crime contra a humanidade". (Págs. 1 e Internacional A12)

Tribunais burlam regra sobre carros oficiais

Mais de um ano e meio depois de o Conselho Nacional de Justiça ter determinado a publicação periódica da lista de veículos oficiais a serviço do Judiciário, a maioria dos tribunais estaduais ainda oculta suas frotas ou dificulta o acesso aos dados sobre elas, relata o repórter Daniel Bramatti. Levantamento do Estado constatou a existência de pelo menos 1.270 carros modelos Corolla, Vectra, Astra e assemelhados à disposição de juízes e desembargadores em 18 Tribunais de Justiça. Nove dos 27 tribunais não apresentaram os dados solicitados. Entre os que fizeram, apenas dez divulgaram as listas de carros na internet, como determinou o CNJ. (Págs. 1 e Nacional A4)


R$ 33,6 milhões
foi o total gasto pelo TJ-SP com veículos oficiais nos últimos anos.

MEC: 160 mil estão em curso tecnológico ruim

Entre 2003 e 2009, as matrículas em cursos tecnológicos no Brasil cresceram 324%. Em 2000, havia apenas 364 cursos registrados, ante 4.449 em 2009, alta de 1.122%. A qualidade desses cursos, no entanto, só começou a ser avaliada nos últimos três anos. Até agora, apenas 38% deles passaram por algum tipo de avaliação do Ministério da Educação. O resultado não é bom: cerca de 160 mil estudantes estão hoje em um curso superior de qualidade ruim. (Págs. 1 e Vida A18)

Bate-boca - 'Morra', diz prefeito

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, discutiu com a moradora de uma área de risco. “A gente está aqui porque não tem moradia digna”, disse ela. Mendes retrucou: “Minha filha, então morra”. O bate-boca foi gravado pela TV. (Págs. 1 e Cidades C3)

Tarifas aeroportuárias vão subir até 309% (Págs. 1 e Cidades C1)


Embraer abre fábrica nos Estados Unidos (Págs. 1 e Economia B12)


Brasil pode ser o 1º país a usar vacina antidengue (Págs. 1 e Vida A20)


Notas & Informações

O disparate do 'distritão'

Se é para adotar o 'sistema eleitoral Tiririca', é melhor deixar tudo como está (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Descompasso no ritmo de obras atrasa transposição
As obras da transposição do São Francisco correm o risco de ter que passar por manutenção e reparos antes mesmo de os canais começarem a jorrar água no sertão nordestino por causa do descompasso entre as várias etapas do projeto.

O orçamento estimado para as obras da transposição também passam por revisão - e substancial. O governo acaba de reconhecer que o custo, inicialmente previsto em R$ 5 bilhões, poderá chegar a R$ 7 bilhões. O balanço mais recente, divulgado no fim de dezembro, aponta que, entre 2007 e 2010, foram investidos R$ 2,1 bilhões. Foram executadas 80% das obras dos lotes 1 e 2 do Eixo Norte (de um total de 8 lotes) e toda a extensão do Eixo Leste.

Desde o início das obras, em 2007, o governo concentrou boa parte dos esforços na construção dos canais de acesso, os longos corredores de cimento que vão transportar a água, mas outras obras de maior complexidade, como a construção das estações de bombeamento, não obedeceram o mesmo ritmo. Essa situação gerou um descompasso entre os diferentes tipos de estruturas que vão apoiar a transposição.

Um exemplo é o que ocorre nas margens do São Francisco, em Cabrobó (PE). É ali que começa o chamado Eixo Norte, um canal de 402 km que cortará os Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Boa parte dos canais desse eixo já está concluída. Mas no local que vai receber a primeira estação de bombeamento só há uma montanha de terra e pedras. A obra da estação sequer foi licitada.
"Esse é o calcanhar de aquiles do projeto", diz o coronel Marcelo Guedon, comandante do batalhão de Engenharia do Exército que toca a construção do Eixo Norte. "Vamos cumprir o prazo de nossas obras, mas sem essa primeira estação de bombeamento, todo o eixo não poderá funcionar".

O Ministério da Integração Nacional informou que a licitação da estação de bombeamento em Cabrobó será feita em abril. Apesar do tempo médio de três anos para a obra ser concluída, o governo garante que o Eixo Norte será entregue em 2013. (Págs. 1 e A16)

CVM identifica problemas nos balanços

Levantamento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com os balanços das empresas mais importantes do mercado encontrou "desvios recorrentes" no nível de informação de pontos considerados críticos.

O principal problema identificado é a "omissão de informações relevantes" nas notas explicativas para que os leitores dos balanços possam tirar conclusões sobre as empresas. As companhias em que os desvios foram verificados já foram comunicadas pela CVM. Por conta da abrangência dos problemas, nos próximos dias será enviado um alerta a todo o mercado para que os problemas não se repitam neste ano. (Págs. 1 e D1)

"Folha" faz 90 anos com acervo digital

Com um coquetel para cerca de 1.400 convidados, um ato multirreligioso e um concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, foi comemorado ontem o aniversário de 90 anos da "Folha de S. Paulo". Também fez parte das comemorações o lançamento do Acervo Folha, uma versão digitalizada de seu conteúdo impresso desde 1921. Da adoção do sistema de fotocomposição, em 2001, ao lançamento, no ano passado, de uma versão do jornal para o iPad, a "Folha" chega aos 90 anos repleta de exemplos pioneiros que mostram como os jornais podem se adaptar aos novos tempos sem deixar de ser relevantes para a sociedade. Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff disse que a comemoração da "Folha" era, também, "uma celebração da liberdade de imprensa". (Págs. 1 e A3)

Foto legenda: Política de compensações

O governo vai adotar uma política de valorização dos aposentados, com corte nos preços de remédios, disse o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho. Ele reconheceu que o governo teve de conter o salário mínimo porque gastou demais nos últimos dois anos. (Págs. 1 e A6)

Essentium negocia com W. Torre e Bertin

O grupo espanhol Essentium, que fatura € 500 milhões e tem foco na área de infraestrutura, está próximo de concretizar seu primeiro investimento no Brasil. Depois de mais de seis meses de negociações, seu controlador, Valentín Monje Tuñon, deve adquirir 50% da divisão de engenharia da W. Torre. A transação deve ser fechada até o fim da semana. O empresário espanhol, no entanto, tem planos mais ambiciosos para o Brasil e, segundo o Valor apurou, também negocia a compra de ativos do grupo Bertin no setor de infraestrutura.

O Essentium atua em várias áreas, de construção e energia elétrica a clínicas de estética, mas um de seus principais negócios são equipamentos para infraestrutura. No ano passado, a empresa comprou uma cimenteira na Turquia. A divisão de engenharia da W. Torre estaria avaliada em cerca de R$ 250 milhões. (Págs. 1 e B1)

Violência na Líbia agora afeta petróleo

Mais uma semana, mais uma revolução. Muamar Gadafi, da Líbia, poderá tornar-se o terceiro líder árabe a ser varrido do poder em pouco mais de um mês.

Até poucos anos atrás, sua derrubada teria sido recebida com alegria nas capitais ocidentais. Mas, nos últimos anos, o líder líbio foi recaracterizado como sendo um pecador arrependido, aliado na "guerra ao terror" e valioso parceiro de negócios. Suas agruras atuais deveriam ser justa causa de constrangimento - inclusive em Londres, uma vez que o Reino Unido colocou-se à frente da tentativa de reabilitação do coronel Gadafi.

É verdade que seu comportamento tornou-se menos ameaçador para o Ocidente nos últimos tempos, mas o líder líbio continuou sendo um déspota brutal. A Líbia nunca permitiu sequer uma fachada de democracia e oposição - que foram toleradas no Egito. A adesão a um partido político é punida com a morte. Recentemente, a Freedom House, entidade que monitora as liberdades civis e políticas, classificou a Líbia como o país mais despótico no Oriente Médio.

Além de Gadafi, a riqueza resultante do petróleo líbio deu destaque ao país. Ontem, petroleiras estrangeiras que atuam no país começaram a suspender a produção e o preço do barril chegou a superar os US$ 105, a maior cotação em dois anos e meio. As bolsas de valores também foram afetadas em todo o mundo. (Págs. A12, A13, C2 e D2)

Controlada por fundos de pensão, Invepar foca o trem-bala (Págs. 1 e B7)


Receita mira fraudes em funções

A Receita Federal vai enviar ao Congresso projeto de lei com mudanças na legislação tributária de funções e aquisições. O objetivo é coibir o uso de planejamentos tributários considerados fraudulentos pelo fisco. (Págs. 1 e A5)

LG terá center próprio

A LG Eletronics vai investir R$ 15 milhões para montar sua própria central de atendimento ao cliente no Brasil. O serviço era terceirizado desde 2006. (Pàgs. 1 e B4)

O caminho das pedras

Interesse de empresas americanas pelo mercado brasileiro fez disparar a procura pelo serviço de apoio oferecido pelo departamento de comércio do consulado americano em São Paulo. (Págs. 1 e B5)

Fraudes eletrônicas

No ano passado, as fraudes eletrônicas causaram prejuízo de R$ 942 milhões aos bancos brasileiro. Quase metade desse total (49%) envolveu cartões de crédito e 22%, o internet banking. (Págs. 1 e C1).

OAB adere à Ficha Limpa

O Conselho Federal da OAB aprovou para as eleições de seus dirigentes os mesmos princípios da Lei da Ficha Limpa. Os candidatos não poderão ter condenação criminal ou por infração disciplinar. (Págs. 1 e E1)

Ideias: Delfim Netto

Uma política segura e inteligente é o único instrumento independente que está inteiramente nas mãos do governo. (Págs. 1 e A 2)

Ideias Fernando Ferrari e Marcelo Resende

Para evitarmos os erros do passado, câmbio administrativo e regulação dos fluxos de capitais são imprescindíveis. (Págs. 1 e A14)
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