PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quarta-feira, outubro 28, 2009

XÔ! ESTRESSE [in:] ''DESAFINADO'' *

...











[Homenagem aos chargistas brasileiros];
---
(*) DESAFINADO (Tom Jobim).
-----------

BRASIL: PÃO E ''CIRCUS''

Com a boca no trompete

Valor Econômico - 28/10/2009

Ricardo Stuckert/Presidência da República
Foto Destaque

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que completou ontem 64 anos, recebeu uma homenagem pela manhã da Banda da Guarda Presidencial, que cantou parabéns ao petista, no Palácio do Alvorada, em Brasília. Durante o evento, ele ainda arriscou tocar um dos instrumentos da banda. Lula disse ter pedido, como presente de aniversário a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 2010. O presidente afirmou que será muito importante para o país a eleição de "alguém que dê continuidade ao atual projeto de país" e brincou que pretende passar dos 100 anos e que sua esposa, dona Marisa, quer chegar aos 105. À noite, um jantar organizado pela primeira-dama, Marisa Letícia, comemorou a data.

---------------

BRASIL/POLÍTICA MONETÁRIA: SAMBA-ENREDO...

E só Carolina não viu

Autor(es): ALEXANDRE SCHWARTSMAN
Folha de S. Paulo - 28/10/2009


Hoje, para acompanhar economistas presos no túnel do tempo, não preciso sequer ligar a TV



SEMPRE GOSTEI de filmes que envolvam viagem no tempo, quase tanto quanto de qualquer um que mostre uma nave espacial. Resquício do "Túnel do Tempo", série que acompanhava dois cientistas perdidos no tempo. Hoje, porém, para acompanhar economistas presos nesse labirinto, não preciso sequer ligar a TV.
A começar pela abordagem à economia. Ao contrário dos economistas mais caretas, muito presos a convenções como lógica, modelagem de suas teses e teste delas contra a evidência empírica, os aventureiros do tempo preferem um abordagem mais aberta, mais solta, assim, um lance de pele... Afinal, o domínio econômico é, tipo, um ente orgânico, vivo, em constante evolução, porque as pessoas são, assim, complexas e multifacetadas, que às vezes fazem coisas de um jeito, às vezes de outro, às vezes não fazem e chegam mesmo a fazer demais. E aí, cara, pode acontecer de tudo... Ou não.
Para usar um exemplo à mão, qual seria o efeito de um aperto (verdadeiro) da política fiscal sobre a taxa de câmbio? Segundo os perdidos no tempo, qualquer coisa. Afinal de contas, argumentam, uma política fiscal mais apertada poderia reduzir a percepção de risco do país, elevando o influxo de capitais, o que faria a taxa de câmbio se desviar ainda mais de seu valor de equilíbrio.
Como esse pessoal acredita na doença holandesa, não é possível descartar, a priori, o uso de substâncias liberadas naquele país para chegar a uma conclusão tão orgânica, viva e em constante evolução. Em primeiro lugar, pela insistência na suposição de que a taxa de equilíbrio seja uma grandeza fixa (cujo valor exato, não duvidem, os aventureiros conhecem até a quinta casa). Não me escapa a ironia de os perdidos no tempo, tão ciosos dos seus lances de pele, não considerarem a possibilidade de a taxa de câmbio de equilíbrio se alterar em resposta a variáveis como termos de troca ou a própria avaliação de risco de solvência.
Vale dizer, caso a melhora de política fiscal reduza a percepção de risco e, por meio desta, leve à apreciação de câmbio, não se trata mais de desvio com relação ao câmbio de equilíbrio, mas alteração deste último como resposta à melhora dos fundamentos da economia. Aliás, é bom que assim o seja. De outra forma, o corolário do "argumento" acima é que -para desvalorizar o câmbio- o país deveria promover uma deterioração significativa de sua política econômica (que tal uma guerra civil? Com certeza implicaria câmbio mais depreciado).
Falhas lógicas à parte (que lance mais careta), resta a questão empírica. Parece razoável imaginar que uma política fiscal mais apertada diminua a percepção de risco, mas, sem que se meça (mais careta ainda) esse impacto, a afirmação não tem grande conteúdo para fins de análise econômica.
Considere, contudo, o seguinte. Hoje, o risco Brasil para um período de 12 meses equivale a uma acréscimo de cerca de 0,65% ao ano sobre a taxa de juros americana para o mesmo horizonte. O Chile, paradigma de caretice econômica no continente, apresenta risco-país da ordem de 0,17% ao ano. Se, num laivo de imaginação, a política fiscal brasileira se igualasse à chilena, poderíamos reduzir nosso risco em... 0,48% ao ano! Mesmo no caso mais otimista, o efeito seria, grosso modo, equivalente a uma queda de 0,5 ponto percentual da taxa de juros. Enorme, não?
Curiosamente, tal efeito seria relevante quando o risco de insolvência era alto, mas, caso alguns não tenham percebido, já superamos essa fase. O tempo passou na janela, e só Carolina (que se considera tão atenta à história) não viu.

FUNDAÇÃO SARNEY: ''ESSA É A ERA, É A ERA QUE JÁ ERA; ERA DOS SUPER-HERÓIS..." *

O fim da Fundação Sarney

O Estado de S. Paulo - 28/10/2009

Ao anunciar a intenção de fechar, "por falta de meios", a fundação que leva o seu nome, em São Luís, o presidente do Senado, José Sarney, disse que "os doadores que a sustentam suspenderam suas contribuições, pela exposição com que a instituição passou a ser tratada por alguns órgãos de mídia". É um eufemismo e tanto. O que a imprensa expôs foi um escândalo de proporções sarneysianas. Primeiro, o desvio de pelo menos R$ 500 mil do patrocínio de R$ 1,3 milhão concedido pela Petrobrás, em 2005, nos termos da Lei Rouanet de incentivo à cultura, para a digitalização dos documentos reunidos na entidade, criada em 1990 para preservar o acervo do período em que Sarney presidiu o País, de 1985 a 1989. As irregularidades foram reveladas pelo Estado em 9 de julho. Segundo, a mentira do senador de que ele não teria "nenhuma responsabilidade administrativa" pela fundação.

Uma simples consulta aos seus estatutos permitiu verificar que ele não só é o presidente vitalício da entidade e do seu conselho curador, como ainda tem poder de veto sobre as suas decisões, com a prerrogativa de "assumir as responsabilidades financeiras", "orientar e superintender as atividades da fundação" e representá-la. Faz sentido. A pretexto de promover os ideais republicanos - o seu nome inicial era Fundação Memória Republicana -, a entidade é um santuário consagrado à figura do oligarca maranhense. O seu acervo inclui até mesmo desenhos feitos por seus filhos, quando crianças, e as capas dos livros de sua autoria. Trata-se de um patrimônio privado, embora, escandalosamente, bancado por recursos públicos. Conforme o seu estatuto, em caso de extinção da fundação, os seus bens voltam a pertencer ao senador, ou aos seus herdeiros.

Por motivos decerto óbvios, o clã não quis destinar uma parcela de suas alentadas finanças para manter uma entidade destinada a cultuar a trajetória do seu chefe. Um mausoléu, onde Sarney pretendia ser sepultado, chegou a ser construído no pátio de sua sede, o soberbo Convento das Mercês, de 1654, no Centro Histórico de São Luís. (A edificação, que pertencia ao Estado, foi doada à fundação por um governador ligado à família. A Justiça, acionada pelo Ministério Público, determinou meses atrás a devolução do convento ao patrimônio estadual.) Mas, tendo se empenhado em recorrer a um patrocínio, como o da Petrobrás, que se traduz em renúncia fiscal para a União, o presidente vitalício da entidade, responsável por "orientar e superintender" os seus atos, no mínimo deveria zelar pelo bom uso do dinheiro obtido. Em vez disso, ainda que por omissão, compactuou com a esbórnia hoje sob investigação na Procuradoria da República no Maranhão (o processo já tem 17 volumes), no Tribunal de Contas e na Controladoria-Geral da União.

O anunciado fechamento da fundação não deverá sustar os inquéritos. "Os procedimentos continuarão a tramitar e as responsabilidades continuarão a ser investigadas", promete a titular da Promotoria Especializada em Fundações e Entidades de Interesse Social de São Luís, Sandra Mendes Elouf. Os ilícitos são incontestáveis - e característicos de um modus operandi que viceja nos grotões brasileiros. Os R$ 500 mil desviados beneficiariam empresas do grupo de comunicação da família Sarney, a exemplo da TV e das rádios Mirante, além de firmas fantasmas, que não existem nos endereços declarados, e outras ainda abertas em nome de afilhados políticos. Uma delas, a Ação Livros e Eventos, tinha como sócia a mulher de Antonio Carlos Lima, assessor do Ministério de Minas e Energia - onde, como se sabe, o senador manda e desmanda. Sem falar na firma chamada Sousa Première, registrada na Receita como varejista de artigos de vestuário e acessórios, que recebeu R$ 12 mil por um "curso de capacitação em história da arte" a funcionários da fundação.

No Senado, a tropa de choque de Sarney, com pleno apoio do governo Lula, asfixiou as tentativas de processá-lo por quebra de decoro parlamentar, no caso da mentira sobre as suas atribuições na entidade que o glorifica, entre outros episódios não menos comprometedores. Agora, o fim da Fundação José Sarney não pode dar margem ao esquecimento das fraudes ali cometidas. Algum limite para a impunidade deve haver para os poderosos que têm por eles próprios um apreço inversamente proporcional ao seu respeito pela ética e a decência.
----------------
(*) ERA DOS SUPER-HERÓIS. /Grupo Dominó [Compositor(es): Sérgio Lopes/paulo Coelho].

REFRÃO:
Essa é a era
É a era que já era
Era dos super heróis

Batman e Robin estão aposentados
Tarzan e Jane estão divorciados
E o Capitão América trocou o escudo
Por um violão
Lanterna Verde gastou sua pilha
Transando a Mulher Maravilha
E o grande Thor deixou cair o martelo
Em cima do dedão

REFRÃO

Homem De Ferro está enferrujado
Homem Aranha está todo enroscado
E a inflação americana o Cyborg desvalorizou
Homem Fluído já se evaporou
Homem Borracha já se apagou
E o Capitão Submarino na banheira quase
Se afogou

REFRÃO

De pendurado como o Tarzan
A gente vai pro dia de amanhã
Fazendo mágica que nem Mandraque
Pra não ficar pirado
Passar o dia sem se aborrecer
Nem é possível com super poder
Pois o perigo de ser agredido
Tá por todo o lado

REFRÃO
----------
www.vagalume.com.br
-------------

BRASIL: A GRANFINAGEM DA MALANDRAGEM...

Roberto da Matta: Aula de Lula sobre Judas e Jesus

Entre Judas & Jesus: recordações sobre como ser isso ou aquilo


Autor(es): Roberto DaMatta
O Estado de S. Paulo - 28/10/2009


Ao ler a aula de Lula sobre como ser amigo de Jesus, sem esquecer as lições de Judas, algo básico para governar o País, fui tomado pela lembrança de um antigo seminário que discutia "identidades".

O curso, ministrado em Harvard pelo professor-visitante Richard Moneygrand, atraiu muitos alunos, explodindo de inveja os mestres da casa pelo sucesso do peregrino que, marginal ao pomposo estilo harvardiano, tocava numa série de problemas então tabus para a sociologia comparativa dos anos 60. Por exemplo, começar falando das identidades locais (como ser inglês, escocês, galês e irlandês) em vez de produzir a lista batida de atributos dos outros povos, sem indicar que todos eram lidos a partir da perspectiva americana. Assim, em vez dos velhos estereótipos que consagravam os latinos como povos sem ética, como gente que vivia bebendo tequila e só pensava naquilo, Moneygrand abriu seu seminário com uma pergunta paradoxal: Por que - perguntou ele - Deus inventou o uísque? E diante de uma turma aturdida pela ausência das citações de Platão, Mauss ou Franz Boas ele respondia com uma gargalhada antiacadêmica: "Ora! Porque se não fosse o uísque, os irlandeses seriam os donos do mundo!"

* * * *

Naquele seminário eu aprendi que as eventuais consciências de si e dos outros eram efêmeras, deslizantes e trabalhosas. Descobri também que todas as coletividades lidavam sempre com muitos níveis e dois lados. Para os ingleses, os irlandeses eram católicos, malucos e bêbados; para os irlandeses, porém, os ingleses eram hipócritas e sexualmente indecisos. Mas, no Brasil, irlandeses e ingleses viravam "anglos" pontuais e civilizados, por oposição ao bando de mal-educados mulatos locais. Ser isso ou aquilo tinha a ver com o lugar de onde se falava, como acenou Lula.

Não há povo que não se veja pelo direito e pelo avesso, pois as identidades, como os mitos, os filmes policiais, os westerns e as óperas têm sempre um outro lado, dizia Richard Moneygrand. "Nós, americanos, por exemplo, temos o mito do controle. O ideal de sermos "cool" como um Shane, mas a histeria, esse reverso do autodomínio, está à flor da pele. Criamos a elegância de Fred Astaire e a imbecilidade dos Três Patetas e de Dean Martin & Jerry Lewis. No drama, fomos de Hemingway, Riskin, Chayefsky, Ford e Capra, sem esquecer os mestres dos quadrinhos, Hal Foster, Alex Raymond e Burne Hogarth, para Oliver Stone, Stallone e Tarantino!"

Não é - complementava o mestre - que os latinos não tenham senso de pontualidade! É que, para eles, o mais importante é aquele que completa a cena, por isso os que se pensam como mais importantes, chegam por último. E como todos são importantes, eles aguardam a chegada dos outros, de modo que qualquer ato público é mais do que uma mera inauguração ou comício político disfarçado. É um concurso de hierarquias pessoais. A pontualidade, essa exigência dos sistemas ordenados pela igualdade, mas que também comportam super-herarquias, como o racismo jurídico, é um sinal de inferioridade. Neles, chegar primeiro é ser inferior. Dizer que todos os tipos sociais são mitos é pura burrice, pois tudo o que é humano é, por definição, mito, ideal e, no fundo, perda de tempo, dizia ele para meus colegas loirinhos, alarmados com o seu realismo.

Como no Brasil tudo é misturado, vocês tem problematizado a vida pela lei feita para separar. Por isso, seus heróis são por ela balizados. O bandido modernamente idolatrado com a enorme contribuição dos regimes de exceção, como Robin Hood ou, no dizer de Eric Hobsbawn - um historiador inglês que jamais viveu numa cidade favelizada e comandada por criminosos -, como "bandido social", ignora a lei. Já quem a segue à risca, é o "caxias", o "c- de ferro" e o trabalhador. Entre essas duas posições, porém, há a multidão dos "homens livres" ou "babacas". Os "otários" e os "trouxas" que não conhecem as razões profundas da lei, como ocorre no caso dos águias, sabidos, espertos e "malandros" - esses Pedro Malasartes que sabem que, entre seguir ou não a lei, há um vasto espaço. A recusa em ver a lei como limite, revela a reação brasileira à modernidade ocidental. Pois a inspiração da burla não é igualitária, mas aristocrática. Os malandros apenas confirmam o que os reis e os nobres (e hoje as "elites") realizam: eles, como os grandes futebolistas, driblam a lei. Vejam bem: os malandros não rompem com elas; eles passam por suas brechas. Eles relativizam o limite, tornando-os elásticos, mostrando como é complexa a operação de uma sociedade que tem dois ideais: a do Pobre (que nada pode) e a do Príncipe (que pode tudo). O malandro revela o poder do costume contra a lei e traz à tona o paradoxo brasileiro de segui-la, pois se a malandragem é um ideal, como seguir a lei sem ser um otário? Como diz a música de Jorge Ben: "Se o malandro soubesse como é bom ser honesto, ele seria honesto só de malandragem"...

É difícil ficar com Jesus num país de Judas. Afinal, o que seria dos malandros se não fossem os trouxas? Ou dos presentes sem os embrulhos?

-----------

GOVERNO LULA/MST: PARA QUEM TEM OLHOS DE VER...

Lula diz que desconhece uso de dinheiro público para promoção de atos de destruição

Jornal de Brasília - 28/10/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) que não tem conhecimento do uso de dinheiro público por movimentos sociais para promover atos de destruição. Lula se referia a declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que defendeu o corte de subsídios para entidades que realizam atos violentos.

De acordo com Lula, ato de barbárie não precisa de financiamento, é falta de bom senso.“Não sei se estão sendo usados para alimentar [atos de destruição]. Um ato de barbárie não precisa de dinheiro, precisa apenas de falta de bom senso”, afirmou o presidente.

“As entidades que pedem dinheiro a algum órgão do governo têm que apresentar documentação, proposta. [O pedido] passa por um crivo, e aí tem direito ou não tem direito”, acrescentou.

No último dia 21, o Congresso Nacional criou comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar o repasse de verbas públicas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em todo o país.

A CPMI foi criada depois de o MST ter destruído parte da lavoura de laranja na fazenda da empresa Cutrale, em Borebi (SP). O movimento argumenta ter destruído parte do laranjal para protestar contra a suposta grilagem de terras públicas. A empresa Cutrale alega que os sem-terra provocaram prejuízos no valor de R$ 1,2 milhão.

-------------

GOVERNO LULA & MST: ASSIM É BOM DEMAIS...

Governo avisa que manterá financiamento a sem-terra

Planalto manterá repasse de verba a entidades do MST, apesar da CPI


Autor(es): Tânia Monteiro e Leonencio Nossa
O Estado de S. Paulo - 28/10/2009

Segundo ministro, debates não vão interferir nas políticas do governo para a área da agricultura familiar

Instruído diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o governo vai continuar repassando recursos por meio de convênios para os movimentos sociais. Com a escalada de ações do Movimento dos Sem-Terra (MST), como a invasão e destruição de um laranjal no interior paulista, cresceu a pressão para o "estrangulamento" de suas fontes oficiais de financiamento.

Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu que o governo suspenda o repasse de recursos para entidades que promovem invasão de terras no País. Paralelamente, o Congresso aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para apurar a origem e a quantidade de dinheiro, na maior parte pública, que irriga o MST.

De acordo com Padilha, qualquer debate que a CPI do MST faça "não vai interferir nas políticas do governo na área da agricultura familiar, que responde a 70% da produção de alimentos do País".

Em entrevista no CCBB, sede provisória do governo, após um despacho com Lula, ele declarou que o governo "vai deixar muito claro que considera um retrocesso qualquer tentativa de criminalização de representantes, sejam de trabalhadores, empresários ou de produtores rurais".

"Achar que é um retrocesso a criminalização não é achar que não tenha de ser julgado por atos cometidos contra a lei", completou o ministro das Relações Institucionais. E ressaltou que também "vários empresários" cometem atos ilícitos e devem ser condenados por isso.

"BARBÁRIE"

Padilha seguiu o diapasão de Lula. O presidente disse que todo o repasse de recursos públicos para entidades da sociedade passa por "um crivo e uma análise" dos órgãos do governo. "A proposta tem de passar por um crivo. Só aí é que a entidade sabe se vai ter direito ou não."

Na opinião de Lula, as ações de vandalismo ocorrem independentemente dos repasses oficiais de recursos. "Um ato de barbárie não precisa de dinheiro. Precisa apenas de falta de bom senso", destacou.

A uma pergunta sobre o que achava do comentário do presidente do STF, Lula respondeu, em tom de irritação: "Não acho absolutamente nada."

Padilha também evitou polemizar com Mendes. "Eu não ouvi o que Gilmar disse, mas a lei que estabelece que o repasse de recursos para organizações não-governamentais, para entidades e para movimentos é a lei que rege os convênios", afirmou. "O governo segue criteriosamente a lei, além de ter órgãos de fiscalização que controlam isso, e vai continuar seguindo os procedimentos."

Diante da insistência dos repórteres em perguntar o que o Palácio do Planalto vai fazer se as invasões continuarem, o ministro disse que "a lei dos convênios se mantém". Para ele, existem duas relações de parceria na execução dos recursos - tanto com entidades de trabalhadores quanto de produtores e empresários rurais - "e isso segue a lei dos convênios e os procedimentos estabelecidos por ela".

PRODUTIVIDADE

Para o ministro, o governo vai aproveitar a CPI do MST para pôr em pauta a discussão sobre o índice de produtividade no campo, tema evitado pelos ruralistas e objeto de divergência entre os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. "Certamente, o espaço da CPI vai acabar provocando esse debate." O próprio presidente prometeu ao MST que reveria esses indicadores.

As declarações de Padilha mostram a disposição do governo de não bater de frente com os movimentos sociais, particularmente o MST, evitando conflitos em ano eleitoral.

Na semana passada, líderes do movimento disseram que nenhum dos candidatos apresentados até agora - incluindo a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, apoiada pelo Planalto - tinha perfil de que atenderia às suas reivindicações.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28 de outubro de 2009

O Globo;

Manchete: Apreensão de crack sobe 542% em um ano no Rio

Pedras da droga já compõem 5,5% de todos os entorpecentes recolhidos

Um levantamento do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) constatou que tem crescido a apreensão de crack no Rio. Este ano, de janeiro a setembro, a polícia já apreendeu no estado 68,55 quilos da droga, o que representa um aumento de 542% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de 10,68 quilos. Em todo o ano passado, policiais recolheram 13,36 quilos da droga, o que já tinha representado um crescimento de 38% em comparação com 2007. Aumentou também a participação do crack no total de drogas apreendidas. Segundo o ICCE, em 2007, as pedras responderam por uma fatia de 5,5% de todas as substâncias (como maconha e cocaína) recolhidas em operações da policia. Em 2008, esse índice passou para 9,2%. Especialistas estimam que cerca de 90% dos moradores de rua são dependentes de crack. O delegado Marcus Vinícius Braga, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), disse que, nos últimos meses, o número de apreensões de pedras triplicou. Ontem a polícia apreendeu dez quilos da droga na Favela de Manguinhos. (págs. 1 e 12)

Segurança do Rio terá mais R$ 131 milhões da União

Após reunião com o governador Sérgio Cabral, no Rio, o ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou ontem que a União vai liberar mais R$ 131 milhões para a segurança pública. O governo federal dará também mais recursos para a implantação de novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas no Rio. Para as Olimpíadas de 2016, o ministro destacou a necessidade de se triplicar o trabalho e a verba do Rio para a segurança. (págs.1 e 15)

Paraná recebe mais um traficante do Rio

A Justiça autorizou, a pedido da Secretaria de Segurança, a transferência do traficante Márcio da Silva Lima, o Tola, para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele é acusado de chefiar, da cadeia, o tráfico em Senador Camará, na Zona Oeste. (págs. 1 e 14)

CNJ quer presos com estabilidade

Um projeto de lei apresentado pelo Conselho Nacional de Justiça prevê que presos e ex-presos ganharão estabilidade no emprego por três anos. Demissão, só por justa causa. Mas as empresas terão incentivos fiscais ao dar o emprego. (págs. 1, 3 e 4)

Preso deu tênis e jaqueta a PMs

Rui Mário Mauricio de Macedo, de 34 anos, o Romarinho - um dos assaltantes que participaram do assassinato do integrante do AfroReggae - confessou que entregou aos PMs o par de tênis e a jaqueta usados pela vítima. (págs. 1 e 14)

Foto legenda: Meninos de rua dormem na Praça José de Alencar, no Flamengo, ao lado de uma cabine da PM: 90% da população de rua consomem crack

BC estuda liberar aplicações no exterior

A cotação baixa do dólar e a alta cerca de 120% da Bolsa de Valores em 12 meses estão preocupando o Banco Central, que já estuda modernizar a legislação cambial no país. Como o Brasil tem se tornado um destino frequente de investidores estrangeiros, há um movimento de derrocada do dólar e uma bolsa mais "inflada". Por isso, o BC poderá permitir que fundos de investimento apliquem no exterior. (págs. 1 e 21)

Pré-sal: União vence queda de braço

O governo federal deverá passar de 20% para 30% sua fatia na partilha dos recursos do pré-sal. O modelo atual prevê que os recursos ficariam com estados produtores, como o Rio. O projeto de lei foi apresentado ontem pelo relator Henrique Alves (PMDB-RN). (págs. 1 e 27)

TAM: erro do piloto causou acidente

Erro do piloto foi a causa mais provável do desastre com avião da TAM em 2007, em São Paulo, diz relatório preliminar da Aeronáutica. O manete da turbina ficou em posição de aceleração na hora do pouso. Omissões da Anac e da Infraero sobre problemas na pista e no aeroporto também contribuíram. (págs. 1 e 11)

Região das Vargens muda para 2016

Aprovado em primeira discussão na Câmara de Vereadores, um projeto libera construções em terrenos alagadiços entre Recreio e Vargem Grande, permite a "venda" de gabarito para financiar obras viárias para a Copa e as Olimpíadas, e limita a 11 as favelas que não podem ser removidas. (págs. 1 e 18)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: ‘Laranjas’ e boicote travam legalização da Amazônia

Falta de estrutura também emperra programa, diz relatório do governo

Relatório da rede de inteligência fundiária do governo federal revela que o programa Terra Legal, que pretende regularizar 67,4 milhões de hectares da União na Amazônia, já detectou tentativas de uso de "laranjas", farta de estrutura e boicotes de fazendeiros e prefeitos.

Lançado há quatro meses, o Terra Legal é criticado por ambientalistas por supostamente permitir a legalização de terras públicas griladas. O relatório sobre a primeira fase do programa abordou quatro municípios do Pará, o Estado com o mais agudo conflito agrário no Brasil. (págs. 1 e A4)

Carros e casa própria puxam alta do crédito ao consumidor

Os empréstimos para compra de veículos e casa própria puxaram o aumento no crédito para as famílias brasileiras em setembro. Segundo o Banco Central, o estoque de credito chegou a R$ 1,35 trilhão - 45,7% do PIB, contra 38,7% no mesmo mês do ano passado.

Apesar de a média dos juros ter sido a mais baixa desde 1994, as taxas ao consumidor cresceram. (págs. 1, B9 e B10)

A atividade industrial paulista cresceu 4,8% em setembro ante agosto. (págs. 1 e B3)

Estrangeiros já detêm 20% da produção de álcool nacional

A usina paulista Santelisa, com 70 anos, passou para as mãos do grupo francês Louis Dreyfus, que já controlava a LDC Bioenergia.

Da união das duas empresas, que terão 13 usinas no total, surge a LDC SEV - da qual 60% pertencerão ao gigante francês. (págs. 1, B1 a B3)

Vinicius Mota
Crise fez famílias entregarem usinas a um gigante global (págs. 1 e B3)

Após pressão do Planalto, relator muda projeto para o pré-sal

Após pressão direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Câmara, o relator do projeto sobre a exploração do pré-sal, Henrique Alves (PMDB-RN), aceitou mudar a proposta.

Alves, que cogitara limitar o poder da Petrobras, elevou de 23% para 30% a parcela dos royalties destinada à União (o governo queria 33%),
manteve o modelo de partilha de produção inalterado e a estatal como operadora única do pré-sal. (págs. 1 e B4)

Desempregado é preso no caso AfroReggae

O desempregado Rui Mário Maurício Macedo, 34, o Romarinho, confessou envolvimento na morte de Evandro João da Silva, do grupo AfroReggae, no Rio.

Preso anteontem, ele afirmou que, após cometer o crime junto com um cúmplice, os objetos roubados foram tomados por dois PMs. A polícia não informou se investiga ligação entre os PMs e os ladrões. (págs. 1 e C12)

Total de mortos dos EUA é recorde no Afeganistão

Dois ataques a bomba no sul do Afeganistão mataram oito soldados dos EUA, tornando outubro o mês com o maior número de baixas americanas no país, 55, desde sua invasão em 2001. A escalada da violência ocorre no momento em que o presidente Barack Obama analisa se enviará ou não mais tropas para a guerra. (págs. 1 e A14)

Informática: E-mail perde espaço para redes sociais na troca de mensagens (págs. 1, F1, F4 e F5)

Editoriais

Leia "Ministro do varejo", contra prorrogar redução do IPI; e "Agência sem energia", sobre contas de luz. (págs. 1 e A2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Bancos voltam a aumentar os juros

Após 10 meses de queda, taxa do crédito ao consumidor tem alta

Levantamento do Banco Central sobre os primeiros dias de outubro revela que os bancos estão pagando juros mais altos para captar dinheiro e, por isso, passaram a cobrar mais dos clientes. É a primeira vez em dez meses que a taxa sobe, em parte devido à expectativa de que a taxa básica vá subir em 2010. Na média dos empréstimos para as pessoas físicas, o juro subiu de 43,6% ao ano em setembro para 46% em 13 de outubro. Antes, o governo comemorava porque, no mês passado, a taxa ao consumidor estava no menor nível desde 1994. Além disso, os bancos aumentaram o spread (margem entre o que pagam pelo dinheiro e o que cobram ao emprestá-lo), e cada vez mais clientes estão recorrendo a crédito mais caro, como cartão e cheque especial. O presidente Lula disse que os juros desses produtos são “quase um assalto”. (págs. 1 e B1)

Celso Ming

Os juros na ponta do crédito ainda são enormes, e o spread, extorsivo, mas a concorrência entre bancos deve começar a mudar isso. (págs. 1 e B2)

Meta de crescimento é improvável, diz Minc

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) questionou o cenário de crescimento defendido pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para cálculo das metas de corte de emissão de CO2. Para ele, que espera 4%, a estimativa entre 5% e 6% vai de "altamente improvável" a “improbabilíssima”. (págs. 1 e A16)

Venezuela prende e acusa colombianos de espionagem

A Venezuela acusou a Colômbia de espionagem ao capturar no país agentes da inteligência colombiana. O governo do presidente Hugo Chávez disse ter flagrado os detidos com "planos de desestabilização contra o governo, o povo e a democracia" na Venezuela. A relação entre os países havia piorado no fim de semana com a descoberta do assassinato de colombianos na Venezuela. (págs. 1, A10 e A11)

Acordo pode pôr Chávez no Mercosul

O senador Tasso Jereissati aceita negociar com o governo e admite rever relatório contrário à entrada da Venezuela no Mercosul. A votação é amanhã. (págs. 1 e A7)

Governo avisa que manterá financiamento a sem-terra

O governo vai manter o repasse de recursos a movimentos sociais ligados aos sem-terra, a despeito da pressão para sustar o financiamento de quem promove invasões. A informação foi dada pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Segundo ele, nenhum resultado da CPI do MST vai interferir na "política para a agricultura familiar". (págs. 1 e A4)

Venda de Tamiflu deve ser liberada nas farmácias

O Tamiflu, antiviral para o tratamento da gripe suína, deve voltar a ser vendido nas farmácias brasileiras no ano que vem, quando está prevista nova onda da doença. O governo estuda exigir a retenção da receita e, com isso, evitar o uso indiscriminado. O remédio parou de ser comercializado a pedido do Ministério da Saúde. (págs. 1 e A20)

Roberto da Matta: Aula de Lula sobre Judas e Jesus

O malandro não rompe com a lei. Ele passa por suas brechas. Revela o poder do costume contra a lei e traz à tona o paradoxo brasileiro de segui-la, pois, se a malandragem é um ideal, como seguir a lei sem ser otário? Lula está certo: é difícil ficar com Jesus num país de Judas. Afinal, o que seria dos malandros se não fossem os trouxas? (págs. 1 e D14)

Justiça: CNJ quer fim de regime aberto

Pena seria cumprida em casa, com monitoramento eletrônico. (págs. 1 e C4)

Agrícola: Leite lucrativo

Produtores familiares de Sorocaba (SP) dobram lactação das vacas. (pág. 1)

Notas e Informações: O fim da Fundação Sarney

O fim da fundação não pode significar o esquecimento das fraudes. Deve haver limite à impunidade dos poderosos que têm por eles próprios apreço inversamente proporcional ao respeito pela decência. (págs. 1 e A3);
---------------------------------------

Valor Econômico

Sucesso em família nos frigoríficos

Grandes frigoríficos chegaram ao sucesso por caminhos incomuns, JBS e Marfrig, dois dos maiores grupos de proteínas animais do Brasil e do mundo, deixaram de ser alvos de profundas desconfianças por serem controlados pelas famílias fundadoras. A gestão familiar foi suficientemente maleável para acertar as investidas e crescer.

“Mesmo que às vezes o amadurecimento de uma administração familiar seja mais lento, os grandes frigoríficos estão mostrando que ela pode ser bem feita", diz André Pimentel, diretor-executivo da Galeazzi & Associados. JBS e Marfrig, contudo, não são a regra em um setor onde várias empresas familiares estão hoje em recuperação judicial. O Minerva, outro que arrumou a casa e abriu o capital, também é bem-visto, apesar de ainda não ter feito grandes aportes em expansão. (págs. 1 e B14)
(...)

Daslu perde recurso no Conselho

A Daslu não conseguiu derrubar na instância administrativa o auto de infração originado pela Operação Narciso, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que culminou com a prisão da empresária Eliana Tranchesi, dona da butique de luxo, em 2005. O valor total da multa, mantida pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), é de R$ 236 milhões, mas a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afirma que o montante devido, atualizado, ultrapassaria R$ 500 milhões. A Daslu ainda pode recorrer da decisão. (págs. 1 e E1);

Argentina reage a barreiras e pede explicações ao embaixador brasileiro (págs. 1 e A6)


Em homenagem por seus 64 anos, Lula brinca com trompete de um músico da Guarda Presidencial (págs. 1 e A8);
...

------------------
http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
-------------