PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, março 08, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''ROSINHA, MINHA CANOA..."

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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(*) Livro de, José Mauro de Vasconcelos.
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ELEIÇÕES 2010 [In:] O TICO-TICO LÁ, O TICO-TICO CÁ * (Palanqueadura...)

DILMA INAUGURA HOSPITAL NO RIO CONSTRUÍDO SEM VERBAS FEDERAIS

CARONA EM OBRA ALHEIA


Autor(es): Agencia O Globo/Cássio Bruno
O Globo - 08/03/2010

Em ritmo de campanha, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência, inaugurou ontem, no Rio, o Hospital da Mulher Heloneida Stuart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em festa preparada pelo governador Sérgio Cabral e ao lado de cinco ministros e dezenas de deputados, prefeitos e vereadores, ela foi a personagem principal da apresentação de uma unidade de saúde orçada em R$40 milhões, mas sem ter sequer um centavo do governo federal, e que só será aberta ao público de fato em três semanas.

O evento pareceu um palanque eleitoral.

Militantes do PT e do PDT, carros de som fornecidos pela prefeitura de Mesquita, de onde se pediam votos para a ministra e até distribuição de lanches aos moradores fizeram parte do pano de fundo da visita da petista ao estado.

A solenidade foi palco ainda para as promessas: o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, anunciou a construção de sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e mais um hospital da mulher na Baixada. No discurso, Dilma lembrou programas do governo Lula, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, e falou que "a mudança é para ficar":

- Nós, mulheres, também sabemos de uma outra coisa que está nas nossas mãos, que é o futuro do nosso país. Nós temos que construir. Não vamos deixar que as coisas deem um passo e voltem atrás. Nós inauguramos uma época que tem duas características. Essa transformação que vocês estão vendo aqui no Rio. A segunda é uma palavra fundamental, que cada um de nós, homens e mulheres, somos responsáveis por ela: é a esperança que temos em nossos corações. O nosso país mudou e essa mudança é para ficar - disse ela.

Na véspera de comemorar o Dia Internacional da Mulher, a ministra falou sobre a importância do hospital:

- Estamos avançando muito. Esse hospital é um avanço. É um lugar humano. Tem até manicure e maquiadora. Quando a gente dá a luz, ficamos gordinhas. Não custa nada sair do hospital mais bonitinha.

Presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, foi direto:

- Assim como o povo americano elegeu (o presidente Barack) Obama, elegeu um negro, e nós votamos aqui a lei de cotas (raciais), é um claro sinal de que o Brasil está preparado para ser governado por uma mulher.

"Nas urnas, não esqueçam: é Dilma"

Cabral, pré-candidato à reeleição, atacou Anthony Garotinho, que disputará o governo pelo PR. As obras foram iniciadas pelo ex-governador.

- Essa mulher (Dilma) comanda o processo de transformação do Brasil como nunca se viu antes. Estou realizando um sonho que muita gente achava impossível. Este prédio estava abandonado. Há quantos anos? Há muitos anos. Deu até dengue - disse o governador, que cantou a música "Maria, Maria" para a ministra.

No palanque estavam os ministros José Gomes Temporão (Saúde), Carlos Lupi (Trabalho e Emprego) e Nilcéa Freire (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), que moram no Rio, além de Márcio Fortes (Cidades) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O diretor do hospital, Carlos Eduardo Coelho, confirmou que não há recursos federais na unidade. Côrtes tentou explicar:

- Porque toda essa verba (R$40 milhões) é do governo do estado? A resposta é muito fácil: o investimento que o ministro Temporão e o presidente Lula vêm fazendo em outras áreas da saúde possibilitou que o governador Sérgio Cabral pudesse direcionar todos os recursos do estado para esse hospital.

Integrantes de ONGs pediam votos para Dilma em carros de som.

- Mulher vota em mulher. Nas urnas, não se esqueçam: é Dilma - pedia Célia Marques, integrante da ONG Centro de Atividades para Idosos.

Aos gritos de "Olê, olê, olá. Dilma, Dilma", militantes carregavam bandeiras do PT e do PDT. Nenhum fiscal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) estava presente no evento.

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(*) Parafraseando ( Tico-tico no fubá - Zequinha de Abreu.

"O tico-tico lá
O tico-tico cá
O tico-tico comeu todo o meu fubá".

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PF/MENSALÃO/ARRUDA [In:] É UMA ''CASA'' MUITO ENGRAÇADA...

MENSALEIROS PODEM LIVRAR ARRUDA DE AÇÃO PENAL

Envolvidos em campo


Autor(es): Helena Mader e Ana Maria Campos
Correio Braziliense - 08/03/2010
Câmara Legislativa deve analisar amanhã o pedido do STJ para abertura de ação penal contra Arruda. Os seis distritais envolvidos na Caixa de Pandora vão participar da votação

Carlos Moura/CB/D.A Press - 24/2/10
Enviado na sexta-feira pelo STJ, os pedidos de abertura de ação penal serão votados no plenário da Câmara: 16 votos necessários para aprovação

Ao contrário do processo de impeachment, que passou facilmente pela Câmara Legislativa, o pedido de abertura de ação penal contra o governador afastado José Roberto Arruda promete dividir os distritais. O pedido de autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar Arruda por tentativa de suborno e falsidade ideológica está previsto para ser analisado em plenário amanhã. A grande diferença entre as duas votações é a presença dos deputados citados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A decisão da Justiça que afastou os distritais suspeitos vale apenas para as atividades vinculadas ao processo de impeachment. Desta vez, os suplentes não poderão votar. A volta dos deputados envolvidos no escândalo político transforma a votação do pedido de abertura de ação penal em uma grande incógnita. Na avaliação de alguns deputados, esse clima de indefinição pode beneficiar José Roberto Arruda.

Em 20 de janeiro, o juiz Vinícius Santos Silva, da 7ª Vara de Fazenda Pública, decidiu que os distritais citados no Inquérito nº 650 do STJ não poderiam se envolver em nenhuma etapa da tramitação dos pedidos de impeachment contra Arruda. Com isso, Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito (PMDB), Júnior Brunelli (PSC), Leonardo Prudente (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido), Roney Nemer (PMDB), além dos suplentes Berinaldo Pontes (PP) e Pedro do Ovo (PRP) ficaram impedidos de participar das votações nas comissões e no plenário. Brunelli e Prudente já renunciaram ao mandato.

Mas a decisão da Justiça é bem específica. O juiz Vinícius Santos Silva destacou que não poderia afastar definitivamente os acusados porque a medida representaria a “cassação do mandato do parlamentar de forma transversa”. Assim, o magistrado destacou que sua decisão seria apenas “para afastamento pontual para o julgamento do impeachment”.

Para o procurador-geral da Câmara Legislativa, Fernando Nazaré, não há dúvidas quanto à presença dos deputados citados no Inquérito n° 650 durante a votação de amanhã. “O pedido do STJ(1) não está relacionado ao processo de impeachment, então a decisão da 7ª Vara de Fazenda Pública não incidiria sobre a votação do pedido de abertura de processo”, explica o procurador. “Se a Câmara entender que isso daria mais transparência ao debate, pode convocar os suplentes. Mas tudo depende de uma decisão da mesa diretora. A rigor, a decisão (da 7ª Vara) não incide (sobre o pedido de abertura de processo)”, acrescenta Fernando Nazaré.

Mesa diretora
Para que o pedido do Superior Tribunal de Justiça para abertura de ação penal seja aprovado em plenário, é preciso o aval de 16 dos 24 distritais. Como o deputado Geraldo Naves (DEM) está preso e Pedro do Ovo ainda não tomou posse, apenas 22 distritais poderão votar — o que torna ainda mais disputada a decisão acerca do futuro de José Roberto Arruda.

Pelo artigo 60 da Lei Orgânica do Distrito Federal, é preciso o aval da Câmara Legislativa para que os processos contra o governador tenham andamento (veja O que diz a lei). Depois da apresentação de denúncia pelo Ministério Público Federal, o STJ pede autorização ao legislativo local para processar criminalmente a autoridade.

Por solicitação do ministro Fernando Gonçalves, o STJ encaminhou ao legislativo local dois pedidos de autorização para que Arruda responda criminalmente. O documento chegou à mesa diretora na última sexta-feira. Os pedidos são relativos a duas ações penais. Na primeira, o governador preso é acusado de tentativa de suborno ao jornalista Edson dos Santos. Conhecido como Sombra, ele disse que receberia R$ 3 milhões para afirmar à polícia que os vídeos gravados por Durval Barbosa foram manipulados. O governador afastados e outras cinco pessoas estão detidos por corrupção de testemunha. Eles estão presos desde o último dia 11.

Na outra ação penal, o Ministério Público Federal acusa o governador afastado de falsidade ideológica. Segundo a denúncia, ele teria inserido informações falsas em quatro notas fiscais entregues à Justiça, para justificar o uso de recursos para a compra de panetones — que, segundo a defesa, seriam entregues a pessoas carentes. O presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício, garante que os pedidos do STJ serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, vão a plenário até amanhã à tarde.

Ciente da influência que ainda tem sobre os deputados citados no inquérito nº 650, Arruda lutou até a última hora para tentar tirar os suplentes da votação do impeachment. Momentos antes da sessão, os advogados do governador afastado recorreram de uma decisão do TJDF que negava liminar pedindo o adiamento da votação. Eles alegaram que a participação dos suplentes ainda está em fase de recurso no Supremo Tribunal Federal, o que poderia, eventualmente, anular a decisão da Câmara.

O processo de impeachment foi aprovado na última quinta-feira por unanimidade. Com 19 votos a favor, três ausências e uma abstenção, a Câmara decidiu dar andamento ao pedido de afastamento apresentado contra o governador afastado José Roberto Arruda. Dos suplentes convocados, apenas Wigberto Tartuce (PMDB) faltou à sessão.

1 - Sem resposta
A Câmara Legislativa nunca em sua história aprovou em plenário tampouco na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira etapa de deliberação, licença para processar um governador do Distrito Federal. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) encaminhou pelo menos três vezes pedido para abertura de ação penal contra Joaquim Roriz, mas os deputados distritais sequer apresentaram uma resposta.
Se a Câmara entender que isso daria mais transparência ao debate, pode convocar os suplentes. Mas tudo depende de uma decisão da mesa diretora”
Fernando Nazaré, procurador-geral da Câmara Legislativa


O que diz a lei

O artigo 60 da Lei Orgânica do Distrito Federal estabelece que cabe à Câmara Legislativa do Distrito Federal autorizar, por dois terços dos seus integrantes, a instauração de processo contra o governador, o vice-governador e os secretários de Estado. Essa legislação foi alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade, que está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Adin foi apresentada pelo procurador-geral de Justiça, Roberto Gurgel Santos. Para ele, a necessidade de autorização é indevida porque, muitas vezes, há uma ligação muito forte entre o governo e os distritais. “O Poder Executivo sempre se empenha em construir uma ampla base de sustentação parlamentar, através da concessão de espaços no governo aos diferentes grupos políticos e agremiações partidárias representados na arena legislativa”, diz o procurador na ação. “Esse apoio torna praticamente intransponível o obstáculo representado pela exigência de autorização de dois terços dos membros do legislativo para instauração de ação penal contra o chefe do Executivo”, acrescenta Gurgel. Não há perspectiva de quando a Adin será votada no Supremo.

Os citados

Confira quem são os distritais investigados pela Polícia Federal por receber pagamento para votar a favor do governo

08 DE MARÇO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulheres

Pablo Neruda


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.


Pablo Neruda
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http://www.portaldafamilia.org/datas/diadamulher/diadamulher1.shtml
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MINISTÉRIO PÚBLICO/MENSALÃO [In:] ''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA... " II

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Campanha com verba pública

Ronaldo Soares

Wilton Junior/AE
Denunciados
Garotinho e Rosinha: contratos fajutos e empresas-fantasma.

Rafael Campos
321 000 reais
na conta-corrente

A atriz Deborah Secco:
o pai dela era o operador
do esquema que
desviava verbas


Com uma trajetória pública marcada pelo populismo, por práticas fraudulentas e até por um processo em que responde por formação de quadrilha armada, o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) está enredado em mais um escândalo de corrupção, trazido à tona pelo Ministério Público do Rio de Janeiro na semana passada. O esquema chama atenção por envolver e beneficiar, diretamente, a ele próprio e sua mulher, Rosinha – ambos denunciados com mais 86 nomes, entre eles o da atriz Deborah Secco, todos com os bens bloqueados pela Justiça. A investigação concluiu que, durante os quatro anos do governo de Rosinha, 58 milhões de reais foram surrupiados dos cofres do estado, dos quais 600 000 reais seguiram para o caixa da pré-campanha de Garotinho. Ele planejava sair candidato nas eleições presidenciais de 2006, mas, sob acusações variadas e depois de uma greve de fome que o expôs ao ridículo, acabou fora do páreo. Diz a VEJA o promotor Eduardo Carvalho, à frente do caso: "Poucas vezes numa investigação dessas foi possível rastrear o caminho do dinheiro desviado com tamanha precisão e riqueza de detalhes. Os fatos são irrefutáveis". O próximo passo do Ministério Público será apurar se houve participação de líderes evangélicos no esquema, sobre a qual há indícios.

Já está bem claro, no entanto, de onde as verbas do estado eram subtraídas e como, depois, chegavam à campanha de Garotinho e ao bolso dos demais envolvidos. A operação tinha como ponto de partida a Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), órgão do próprio governo estadual ao qual Rosinha autorizou, por lei, contratar serviços terceirizados – repassados a ONGs – para atender às várias secretarias. Essas ONGs, por sua vez, forjavam contratos com empresas, pelo menos três delas de fachada, para executar projetos que jamais saíram do papel. O Ministério Público concluiu que o operador do esquema era Ricardo Secco, pai da atriz Deborah Secco. As contas-correntes dela registram depósitos provenientes de duas dessas empresas, no valor de 321 000 reais. Defende-se a atriz: "Nunca tive nenhum envolvimento com política. De minha parte, estou inteiramente tranquila". Com a denúncia, Garotinho, que até então se apresentava como candidato ao governo do estado, e Rosinha, atual prefeita da cidade de Campos, perigam ter, enfim, seus direitos políticos cassados na próxima década.



O PAVOR DO DESPEJO

Manoel Marques


"O sindicato sempre foi um defensor da minha classe. Por isso, na hora de fazer um financiamento com eles, não tive dúvidas. Comecei a pagar um apartamento de 45 000 reais em 1997. Suei para honrar as prestações. Vendia coxinha e bolo para complementar a renda. Esse imóvel representava muito para a minha família. Onde morávamos, meus filhos dormiam na sala. Em 2000, quitei o apartamento e nós nos mudamos. Seis anos depois, porém, passei a receber boletos com o valor de 470 reais. Eles diziam que precisavam cobrir gastos excedentes. Até pagaria, se pudesse. Mas a minha renda era de 600 reais. Em 2008, a Bancoop entrou com uma ação de despejo contra mim. Ela não foi concluída, mas, desde então, vivo o pesadelo de eles tirarem o meu único bem material. Durmo sob o efeito de calmantes."
Maria de Fátima Bonfim,
de 55 anos, bancária aposentada



CALOTE DUPLO

Roberto Setton


"Conheci a Bancoop em 2004, quando vi uma placa de propaganda em frente a um terreno vazio. Eles iriam construir um imóvel perto da minha casa. Achei a oportunidade ótima: o preço era bom e a instituição tinha credibilidade. Demos nossa economia de 10 000 reais de entrada e passamos a pagar as prestações. Alguns meses depois, porém, desconfiei do empreendimento. Eu passava em frente ao terreno e não via nenhum pedreiro lá. Diziam sempre que a construção estava para começar. Não acreditei e consegui transferir o dinheiro que havia investido para outro imóvel deles. Dessa vez escolhi um local cuja construção já estava pela metade. Como fui inocente... Esse imóvel também nunca foi concluído. Empatamos 80 000 reais nessa história. Não confio mais nas instituições."
A advogada Tânia de Oliveira, de 42 anos, com o marido, Heleno, e a filha Helena



SEM FORÇAS

Alexandre Schneider


"Aos 43 anos, decidi dar um grande passo: comprar meu primeiro imóvel. Usei os 20 000 reais que havia juntado e entrei no financiamento de um apartamento de 60 000 reais. As prestações eram metade do meu salário. Um dia, recebi uma cobrança extra de 1 800 reais. Seria a primeira de muitas. Tive de tirar um empréstimo bancário. Em dois anos, estava endividado, mas havia quitado meu imóvel. Sentia-me orgulhoso – jamais atrasei uma parcela. Mas em 2005, enquanto esperava o sorteio das chaves, soube que a Bancoop não estava honrando seus compromissos com muitos cooperados. Eu era um deles. Meu imóvel nunca saiu do chão. No início, briguei, participei de protestos vestido de palhaço. Há dois anos, recebi o diagnóstico de câncer de pulmão, o que me deixou sem forças para lutar. Perdi as esperanças."
Oscar Costa, 52 anos, bancário aposentado

Com reportagem de Adriana Dias Lopes, Vinícius Segalla, Kalleo Coura, André Eler e Marina Yamaoka

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http://veja.abril.com.br/100310/casa-caiu-p-070.shtml
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MINISTÉRIO PÚBLICO/MENSALÃO [In:] ''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA, NÃO TINHA TETO, NÃO TINHA NADA..."

Brasil

A casa caiu

O Ministério Público quebra sigilo da Bancoop e descobre que dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo lesaram milhares de associados, para montar um esquema de desvio de dinheiro que abasteceu a campanha de Lula em 2002 e encheu os bolsos de dirigentes do PT. Eles sacaram ao menos 31 milhões de reais na boca do caixa


Laura Diniz

Montagem sobre foto Jose Meirelles Passos/ Ag. O Globo
NÃO É SÓ A BARBA QUE LEMBRA O ANTECESSOR
João Vaccari, o novo tesoureiro do PT, é o homem por trás do esquema Bancoop, diz o Ministério Público.


VEJA TAMBÉM

Depois de quase três anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo finalmente conseguiu pôr as mãos na caixa-preta que promete desvendar um dos mais espantosos esquemas de desvio de dinheiro perpetrados pelo núcleo duro do Partido dos Trabalhadores: o esquema Bancoop. Desde 2005, a sigla para Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo virou um pesadelo para milhares de associados. Criada com a promessa de entregar imóveis 40% mais baratos que os de mercado, ela deixou, no lugar dos apartamentos, um rastro de escombros. Pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa, alegando que, mesmo tendo quitado o valor integral dos imóveis, não só deixaram de recebê-los como passaram a ver as prestações se multiplicar a ponto de levá-las à ruína (veja depoimentos abaixo). Agora, começa-se a entender por quê.

Na semana passada, chegaram às mãos do promotor José Carlos Blat mais de 8 000 páginas de registros de transações bancárias realizadas pela Bancoop entre 2001 e 2008. O que elas revelam é que, nas mãos de dirigentes petistas, a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido. "A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002." Na sexta-feira, o promotor pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário daquele que ele considera ser o principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da cooperativa, seu ex-diretor financeiro e ex-presidente João Vaccari Neto. Vaccari acaba de ser nomeado o novo tesoureiro do PT e, como tal, deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência.

Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo MP é o milionário volume de saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada. O uso de cheques como esses é uma estratégia comum nos casos em que não se quer revelar o destino do dinheiro. Até agora, o MP conseguiu esquadrinhar um terço das ordens de pagamento do lote de trinta volumes recebidos. Metade desses documentos obedecia ao padrão destinado a permitir saques anônimos. Já outros cheques encontrados, totalizando 10 milhões de reais e compreendidos no período de 2003 a 2005, tiveram destino bem explícito: o bolso de quatro dirigentes da cooperativa, o ex-presidente Luiz Eduardo Malheiro e os ex-diretores Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e Tomas Edson Botelho Fraga – os três primeiros mortos em um acidente de carro em 2004 em Petrolina (PE). Eles eram donos da Germany Empreiteira, cujo único cliente conhecido era a própria Bancoop. Segundo o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, que foi responsável por todas as construções da cooperativa, as notas emitidas pela Germany para a Bancoop eram superfaturadas em 20%. A favor da empreiteira, no entanto, pode-se dizer que ela ao menos existia de fato. De acordo com a mesma testemunha, não era o caso da empresa de "consultoria contábil" Mizu, por exemplo, pertencente aos mesmos dirigentes da Bancoop e em cuja contabilidade o MP encontrou, até o momento, seis saídas de dinheiro referentes ao ano de 2002 com a rubrica "doação PT", no valor total de 43 200 reais. Até setembro do ano passado, a lei não autorizava cooperativas a fazer doações eleitorais.

Outro frequente agraciado com cheques da Bancoop tornou-se nacionalmente conhecido na esteira de um dos últimos escândalos que envolveram o partido. Freud "Aloprado" Godoy – ex-segurança das campanhas do presidente Lula, homem "da cozinha" do PT e um dos pivôs do caso da compra do falso dossiê contra tucanos na campanha de 2006 – recebeu, por meio da empresa que dirigia até o ano passado, onze cheques totalizando 1,5 milhão de reais, datados entre 2005 e 2006. Nesse período, a Caso Sistemas de Segurança, nome da sua empresa, funcionava no número 89 da Rua Alberto Frediani, em Santana do Parnaíba, segundo registro da Junta Comercial. Vizinhos dizem que, além da placa com o nome da firma, nada indicava que houvesse qualquer atividade por lá. O único funcionário visível da Caso era um rapaz que vinha semanalmente recolher as correspondências num carro popular azul. Hoje, a Caso se transferiu para uma casa no município de Santo André, na região do ABC.

Depoimentos colhidos pelo MP ao longo dos últimos dois anos já atestavam que o dinheiro da Bancoop havia servido para abastecer a campanha petista de 2002 que levou Lula à Presidência da República (veja o quadro). VEJA ouviu uma das testemunhas, Andy Roberto, que trabalhou como segurança da Bancoop e de Luiz Malheiro entre 2001 e 2005. Em depoimento ao MP, Roberto afirmou que Malheiro, o ex-presidente morto da Bancoop, entregava envelopes de dinheiro diretamente a Vaccari, então presidente do Sindicato dos Bancários e indicado como o responsável pelo recolhimento da caixinha de campanha de Lula. Em entrevista a VEJA, Roberto não repetiu a afirmação categoricamente, mas disse estar convicto de que isso ocorria e relatou como, mesmo depois da eleição de Lula, entre 2003 e 2004, quantias semanais de dinheiro continuaram saindo de uma agência Bradesco do Viaduto do Chá, centro de São Paulo, supostamente para o Sindicato dos Bancários, então presidido por Vaccari. "A gente ia no banco e buscava pacotes, duas pessoas escoltando uma terceira." Os pacotes, afirmou, eram entregues à secretária de Luiz Malheiro, que os entregava ao chefe. "Quando essas operações aconteciam, com certeza, em algum horário daquele dia, o Malheiro ia até o Sindicato dos Bancários. Ou, então, se encontrava com o Vaccari em algum lugar."

Os depoimentos colhidos pelo MP indicam que o esquema de desvio de dinheiro da Bancoop obedeceu a uma trajetória que já se tornou um clássico petista. Começou para abastecer campanhas eleitorais do partido e acabou servindo para atender a interesses particulares de petistas. Entre os cheques em poder do MP, por exemplo, está um em que a empresa Mizu, de "consultoria contábil", doa 7 000 reais a um certo Centro Espírita Redenção, em 2003. Muitas vezes, dirigentes da Bancoop nem se preocuparam em usar as empresas "prestadoras de serviços" que montaram com o objetivo de sugar a coo-perativa para esconder sua ganância. O MP encontrou quatro cheques da Bancoop, totalizando 35 000 reais, para uma ONG de Luiz Malheiro em São Vicente dedicada a deficientes auditivos – curiosamente, o mesmo endereço do centro espírita. Os cheques foram emitidos entre novembro de 2003 e março de 2005.

Tanta lambança, aliada a uma gestão ruinosa, fez com que a Bancoop mergulhasse num estado de pré-liquidação. Em 2004, com Lula já eleito, Luiz Malheiro foi pedir ao "chefe" Berzoini, então ministro do Trabalho, "ajuda" para reerguer a cooperativa. Quem relatou o episódio ao MP foi seu irmão, Hélio Malheiro. Em 2008, dizendo-se sob ameaça de morte, Hélio Malheiro ingressou no Programa de Proteção à Testemunhas da secretaria estadual de justiça de São Paulo, no qual se encontra até hoje. Em dezembro de 2004, depois que Luiz Malheiro já havia morrido, a "ajuda" chegou à Bancoop. Com apoio de Berzoini e corretagem da Planner (investigada pela CPI dos Correios sob a acusação de ter causado um prejuízo de 4 milhões de reais ao fundo de pensão da Serpro), a cooperativa associou-se a um Fundo de Investimentos em Direito Creditórios (FIDC), entidade que negocia recebíveis, e captou 43 milhões de reais no mercado – 85% dos papéis foram adquiridos por fundos de pensão de estatais controlados por petistas ligados ao grupo de Berzoini e Vaccari. O investimento resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal por suspeita de que os fundos de pensão teriam sido prejudicados para favorecer a Bancoop.

O PROMOTOR BLAT
"A Bancoop virou organização criminosa"


João Vaccari Neto é do tipo que se orgulha de ser chamado de "um petista histórico", o que, no jargão do partido, significa, entre outras coisas, que ganhou boa parte da vida dirigindo entidades de classe e do partido. Aos 19 anos, começou a trabalhar como escriturário do Banespa. Ficou lá apenas dois anos. Depois disso, entrou no sindicato de sua categoria e nunca mais pegou no pesado. Participou de três diretorias da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi secretário de relações internacionais da entidade e presidiu o Dieese. Atuou sempre como braço de apoio de Berzoini, a quem sucedeu na presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo em 1998. Apesar de não ter a projeção política do amigo, Vaccari conquistou a amizade de Lula, coisa que Berzoini jamais conseguiu obter. Vaccari, como mostra agora a investigação do MP, tem mais em comum com seu antecessor, Delúbio Soares, do que a barba grisalha. E, como Freud Godoy, está mergulhado até os últimos e ralos fios de cabelo no escândalo dos aloprados (veja o quadro abaixo).

Há duas semanas, um juiz de primeira instância contrariou de-cisão do Tribunal Superior Eleitoral e determinou a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por suposto recebimento ilegal de doação de campanha. A sentença, que colocou em risco a segurança jurídica, foi suspensa. Na semana passada, o TSE divulgou as regras que vão orientar as eleições deste ano. São medidas moralizadoras, que incluem a obrigatoriedade da divulgação de quaisquer processos ou acusações criminais que pesem sobre o candidato e que dificultam manobras de doadores que tenham por finalidade esconder a origem do dinheiro. Tudo isso mostra quanto o país está interessado em aprimorar seu sistema de financiamento eleitoral e proteger-se dos efeitos tão deletérios como conhecidos que sua distorção pode causar. Ao indicar pessoalmente alguém com o prontuário de João Vaccari para tomar conta das finanças do PT e da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, o presidente Lula sinaliza que, ao contrário do resto do Brasil, não está nem um pouco empenhado em colaborar na faxina.



Uma pergunta que continua no ar

Quem deu o dinheiro para o dossiê dos aloprados? Entre os envolvidos, Vaccari era o único sentado numa montanha de reais

Patricia Santos/AE
A TROCO DE QUÊ?
Lacerda (à dir.) ligou para Vaccari uma hora depois de entregar o dinheiro que pagaria o dossiê


João Vaccari Neto e Freud Godoy, envolvidos agora no esquema Bancoop, já atuaram juntos em passado recente. Pelo menos é o que sugere o registro dos telefonemas trocados pela dupla às vésperas do estouro do escândalo dos "aloprados" – como ficaram conhecidos os petistas apontados pela Polícia Federal como integrantes da quadrilha que tentou comprar um dossiê supostamente comprometedor para tucanos durante a campanha presidencial de 2006. No caso de Vaccari, então presidente da Bancoop, os vestígios de participação no caso guardam cheiro de tinta fresca. Foi para ele que Hamilton Lacerda – na ocasião coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante – telefonou uma hora antes de fazer a entrega de parte do 1,7 milhão de reais que seria usado para comprar o dossiê.

O episódio teve início quando a família de Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, ofereceu a petistas documentos que supostamente comprometeriam tucanos. Deles, faria parte uma entrevista em que os Vedoin acusariam o candidato do PSDB, José Serra, de envolvimento na máfia que distribuía dinheiro a políticos em troca de emendas ao Orçamento para compras de ambulância. Ricardo Berzoini, então presidente do PT, foi acusado de ter dado a autorização para a compra do dossiê. Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, seriam os encarregados de pagar os Vedoin com o dinheiro levado por Hamilton Lacerda. Valdebran e Gedimar foram presos pela PF num hotel Íbis, em São Paulo, depois de terem recebido o dinheiro de Lacerda e antes de entregá-lo aos Vedoin. Jorge Lorenzetti, churrasqueiro do presidente Lula, e Oswaldo Bargas, ex-secretário de Berzoini no Ministério do Trabalho, também estiveram envolvidos no episódio. Eles tentaram negociar com a revista Época uma entrevista em que os Vedoin fariam falsas acusações de corrupção contra Serra. A entrevista acabou sendo publicada pela revista Istoé.

Nas investigações que se seguiram à prisão de Valdebran e Gedimar, a PF identificou uma intensa troca de telefonemas entre os envolvidos, incluindo diversas ligações de Berzoini para a empresa Caso Sistemas de Segurança, hoje em nome da mulher de Freud Godoy. Godoy seria o contato de Gedimar no alto escalão do PT. Quanto a Vaccari, bem, até onde se sabe, era o único dos aloprados que estava sentado sobre uma montanha de dinheiro, a Bancoop. O fato de Hamilton Lacerda ter ligado para ele logo depois de ter cumprido a sua missão faz fervilhar a imaginação dos que até hoje se perguntam: de onde, afinal, veio o dinheiro dos aloprados?

Fotos Celso Junior/AE
ALOPRANDO
Lorenzetti (à dir.) e Gedimar (À ESQ.): a trapalhada terminou em prisão. Mas agora eles estão livres, leves e soltos.
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http://veja.abril.com.br/100310/casa-caiu-p-070.shtml
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

08 de março de 2010

O Globo

Manchete: Deslizamentos mataram seis no estado
Prefeitura diz que chuva foi atípica e culpa cariocas por jogar lixo nas ruas

Depois de um sábado caótico, com ruas alagadas, falta de luz e confusão no trânsito, o Rio contabilizou os números da tragédia: seis pessoas morreram e oito ficaram feridas em deslizamentos no Rio Comprido, em Anchieta e em Niterói. A prefeitura do Rio fez um apelo para que as pessoas deixem as áreas de risco e atribuiu os problemas às fortes chuvas, às ocupações irregulares e ao fato de os cariocas jogarem lixo nas ruas. O aposentado Álvaro de Oliveira, morador de Copacabana, teve o apartamento alagado e perdeu a geladeira. (págs. 1 e 14 a 20)

Foto legenda: Moradores procuram objetos em área atingida por um deslizamento de encosta em Anchieta, onde duas pessoas morreram soterrada

Foto legenda: O susto do morador de Copacabana: a água invadiu o apartamento e a geladeira flutuou até parar sobre móvel

Dilma inaugura hospital no Rio construído sem verbas federais

Obra custou R$ 40 milhões e a festa foi organizada por Cabral

A inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, virou um ato de campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com a presença de cinco ministros. A obra de R$ 40 milhões, no entanto, foi bancada exclusivamente pelo governo do Estado do Rio. Organizada pelo governador Sérgio Cabral e políticos da Baixada Fluminense, a festa teve bandeiras do PT e do PDT, dezenas de faixas de agradecimento e até carros de som pedindo voto para a ministra. Enquanto isso, em Copacabana, a diretora de Gás e Energia da Petrobras fez elogios a Dilma em evento da estatal. (págs. 1 e 3)

Ministério Público fecha cerco contra Joaquim Roriz

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC), que tentará voltar ao poder nas eleições deste ano para o governo do Distrito Federal, vai ter que prestar contas à Justiça. O Ministério Público está concluindo o texto de uma ação de improbidade administrativa contra ele, acusando-o de receber propina. O ex-governador também será arrastado para o centro das investigações da Operação Caixa de Pandora. O Ministério Público começou a tomar depoimentos para provar vínculos entre Roriz e o mensalão do DEM, que levou para a prisão o governador José Roberto Arruda. (págs. 1 e 4)

Diretor do FMI: periferia morena virou credora

O diretor executivo do FMI para o Brasil e outros oito países, Paulo Nogueira Batista Jr., disse que a crise global fez a instituição rever suas doutrinas, ressaltando que o Fundo hoje é gerido de forma obsoleta. Segundo ele, "hoje (quem precisa do FMI) são os brancos de olhos azuis, europeus. A periferia morena, mulata, amarela, virou credora". No pós-crise, o Fundo já admite rever, por exemplo, ideias antes rejeitadas, como controle de capital externo e metas de inflação maiores. Para economistas, o FMl terá que dar mais peso aos países emergentes. (págs. 1 e 27)

Charge Chico: Entreouvido no coletivo eleitoral (3)

- Cavalheiro, esse lugar é meu...

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Folha de S. Paulo

Manchete: Filiais no Brasil seguram os resultados das múltis

Operações no país compensaram desempenho nos EUA e na Europa

Com a estagnação ou a retração das economias da Europa e dos EUA, o mercado brasileiro contribuiu para melhorar o balanço das multinacionais no ano passado.

O Brasil passou a ser o segundo maior mercado da Unilever e da Nestlé, atrás apenas dos Estados Unidos,

A filial da Fiat ultrapassou a matriz italiana em vendas pela primeira vez em 2009. Na Portugal Telecom, o Brasil também superou a sede.

Com o Pão de Açúcar, a rede varejista Casino, que recuou 3,8% na França, cresceu 12,7% no Brasil.

Apesar da maior participação brasileira, em relação a 2008, as empresas estrangeiras enviaram 30% menos lucros e dividendos às matrizes no ano passado.

O Brasil tem exportado ainda modelos de gestão. A AmBev, que comanda a AB Inbev, a maior cervejaria do mundo, e o Carrefour são dois exemplos. (págs. 1, B1 e B3)

Câmara volta a pagar hora extra durante recesso

A Câmara dos Deputados gastou R$ 390 mil com horas extras em janeiro, mês de férias dos congressistas.

Esse valor supera o de cinco ministérios que não estavam em recesso no período. Segundo a assessoria da Casa, foi pago a funcionários do Departamento Médico e da Polícia Legislativa. (págs. 1 e A9)

'Pacote' de ação antiga da Telebrás supera R$ 500

Esquecidas por um grupo que deve passar de 1 milhão de pessoas, as ações da Telebrás compradas com as linhas no período de 1975-95 valem ao menos R$ 500.

As ações subiram mais de 35.000% desde 2003, com os rumores de que a empresa será reativada para plano de banda larga. (págs. 1 e B11)

Editoriais

Leia "Estado empresarial", sobre o governo e a economia; e Anacronismo doméstico", acerca de pesquisa do Dieese. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Onda de violência marca o dia de eleição no Iraque

Ataques mataram pelo menos 40 pessoas, mas não intimidaram eleitores

Uma onda de ataques com morteiros, foguetes, granadas e bombas em Bagdá e em outras partes do Iraque matou 40 pessoas e feriu mais de 100 ontem, mas não impediu que iraquianos votassem na segunda eleição para o Parlamento - que escolherá o primeiro-ministro e o presidente - desde 2003. Em alguns locais, as explosões alcançaram média de quatro por minuto. Não foram divulgados resultados nem dados nacionais de comparecimento. O presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou a coragem dos que votaram. Para o grupo sunita Al-Qaeda, que havia anunciado um toque de recolher, a eleição consolida o domínio do Iraque pela maioria xiita. (págs. 1, A10 e A11)

Foto legenda: Controle – Polícia Nacional patrulha bairro de Bagdá, onde, em alguns locais, explosões alcançaram média de quatro por minuto

Custo Brasil deixa produto feito no País 36% mais caro

Estudo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostra que o Custo Brasil, conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria do País, encarece em média 36,27% o preço do produto brasileiro em relação aos fabricados na Alemanha e nos Estados Unidos. (págs. 1 e B1)

TV Brasil terá canal no exterior para brasileiros

A TV Brasil, operada pela estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), lançará até julho um canal internacional para parte dos 3 milhões de brasileiros que vivem no exterior. A programação chegará primeiro ao continente africano, aos países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique, com transmissão via cabo. Oposicionistas apelidaram a estação de “TV Lula” e a acusam de fazer propaganda do governo. (págs. 1 e A4)

Petrobras no Irã

Segundo o The New York Times, a Petrobras está entre as empresas que receberam benefícios do governo americano e ainda investem no Irã. (págs. 1 e A12)

Chuva forte provoca 6 mortes no Rio e em Niterói

Seis pessoas morreram por causa da chuva de sábado à noite no Estado do Rio, incluindo duas crianças. Na capital, deslizamentos de terra fizeram quatro vítimas. Outras duas mortes ocorreram em Niterói. A Região Sul está em alerta com a previsão de chegada de um ciclone extratropical. (págs. 1, C1 e C3)

Notas e Informações: Bolsa-Família e eleição

O governo vem tentando transformar o Bolsa-Família numa das bandeiras da campanha de Dilma. (págs. 1 e A3)

Investigação: OAB cancela 2ª fase do exame

Suspeita de vazamento do gabarito faz Ordem marcar nova prova, no dia 11 de abril. (págs. 1 e A17)

Gripe suína: Começa hoje a vacinação

Profissionais da área de Saúde e índios são os alvos da primeira etapa da campanha. (págs. 1 e A18)

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Jornal do Brasil

Manchete: Tragédias e prejuízos após chuva de 5 horas

Temporal no Rio causa seis mortes em deslizamentos e desabamentos

As chuvas deixaram um rastro de destruição no Rio. Depois do calor recorde de fevereiro, as águas de março no primeiro fim de semana do mês causaram dor e prejuízo. Seis pessoas morreram em deslizamentos de terra e desabamentos em Anchieta, Rio Comprido e Niterói, após o temporal de cinco horas na noite de sábado. A prefeitura prometeu intensificar as operações de desobstrução de bueiros e galerias pluviais. O domingo foi, para muita gente, dia de limpeza de casas e veículos invadidos por água e lama. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

Coisas da política

Lula, um treinador experiente em ano de Copa. (págs. 1 e A2)

Outras páginas

Do tesoureiro do PT aos males do poder. (págs. 1 e A6)

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Correio Braziliense

Manchete: Mensaleiros podem livrar Arruda de ação penal

A Câmara deve votar amanhã o pedido para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) possa processar o governador afastado e preso, José Roberto Arruda. Pela lei orgânica do DF, são necessários 16 votos. E os seis deputados envolvidos na Operação Caixa de Pandora que ainda continuam na Casa vão participar da votação, pois a decisão judicial que obriga os suplentes a assumir o mandato vale apenas para os pedidos de impeachment. O quadro ainda se agrava porque duas vagas continuam abertas: as de Geraldo Naves e de Pedro do Ovo, que não assumiram, respectivamente, no lugar de Júnior Brunelli e Wilson Lima.

Secretário é investigado pela Operação Tellus

(págs. 1, 31 e 32)

Combustíveis: Álcool caro espanta o consumidor

Os constantes reajustes no preço do etanol afetam principalmente os donos de automóveis que não têm a opção de usar gasolina. Enquanto o mercado não se estabiliza, a saída para muitos deles tem sido deixar o carro na garagem e andar de ônibus. (págs. 1 e 23)

Na Esplanada, espaço público é “privatizado”

Quatro anos e meio após denúncias do Correio, ministérios, como o das Relações Exteriores mantêm cercas e guaritas que restringem a funcionários do alto escalão o acesso a áreas destinadas ao uso da população. (págs. 1 e 33)

Fraude: Vazamento leva OAB a anular exame

Colégio de presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil decidiu reconvocar 18.720 bacharéis de direito que fizeram a avaliação da entidade em 28 de fevereiro em todo o Brasil. A medida visa preservar a credibilidade da instituição, diz presidente nacional. (págs. 1 e 7)

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Valor Econômico

Manchete: Retaliação aos EUA taxa mais produtos de luxo

Os cosméticos dos Estados Unidos terão alíquota de importação aumentada de 18% para 36% e fazem parte de uma lista ele 102 itens que serão objeto de retaliação aos subsídios ilegais americanos aos produtores de algodão do país. Na lista enviada para divulgação hoje, no Diário Oficial, a maioria dos bens visados são de luxo porque o governo quis evitar elevação do custo de importação de máquinas e componentes para a indústria. Será reajustada de 35% a 50% a alíquota de importação de carros americanos.

A retaliação afetará duramente as exportações de setores rurais americanos e indústria ligadas a produtores agrícolas. Embora o Brasil importe menos de US$ 45 milhões em vestimentas, tecidos e outros produtos de algodão, essas mercadorias, em medida “simbólica”, passarão a ter tarifa de importação de 100%. Serão elevadas as tarifas de leite em pó, soro, frutas e trigo, produto que gerou receitas superiores a US$ 300 milhões aos produtores americanos em 2008, ano de carência do produto no Brasil. Até redes de lanchonetes, como o McDonald’s, poderão ser atingidas, já que a lista inclui aumento da taxação sobre preparados e molhos alimentícios, como os usados em seus sanduíches. O Brasil importou US$ 27 milhões dessas mercadorias em 2009. (págs. 1 e A3)

CVM investiga fundos DI e de renda fixa

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está fechando o cerco ao fator que mais compromete o retorno dos fundos de investimento conservadores: a alta taxa de administração. O órgão regulador passou a tratar como infração o fato de o gestor de um fundo se propor a seguir a variação do CDI e cobrar uma taxa de administração que acabe por inviabilizar esse objetivo. A iniciativa atinge em cheio boa parte dos fundos destinados aos investidores de varejo dos grandes bancos, que chegam a cobrar 3%, 4% ou até 5,5% ao ano em fundos DI ou de renda fixa.

"A taxa de administração de alguns fundos é tão alta que torna impossível cumprir essa promessa e estamos interpretando isso como infração", afirma Francisco Bastos Santos, superintendente de relações com investidores institucionais da CVM. Antecipando-se às críticas, ele nega que haja tabelamento para as taxas. (págs. 1 e ValorInveste)

Santander fortalece o time de comando

Passada a fase mais delicada de integração com o ABN AMRO Real, o Banco Santander entra em processo de unificação do comando no Brasil. O Valor apurou que o banco quer criar um grupo dirigente coeso, em prol da busca por mais resultados. Mais do que nunca o Santander precisa de bons resultados no Brasil, dada a crise profunda na Espanha. Outro objetivo é ter alternativas caso o presidente, Fábio Barbosa, assuma novas funções no grupo ou venha a participar de um futuro governo.

Uma das principais mudanças é a vinda do espanhol que era responsável pela área de crédito no mundo todo, Ignacio Dominguez-Adame, para cuidar do global banking and markets, que compreende também a tesouraria, banco de investimentos e outros segmentos do atacado. Ele deve responder pelo menos inicialmente para José de Menezes Berenguer Neto, hoje vice-presidente sênior, responsável pelo atacado no Brasil. A expectativa é que Berenguer assuma logo mais a área do varejo, atualmente nas mãos de José de Paiva Ferreira. (págs. 1 e C3)

AOC, de Taiwan, planeja fabricar LCD em Manaus

A empresa taiwanesa AOC, uma das maiores fabricantes mundiais de monitores, pretende montar uma fábrica de televisores de LCD no Brasil. Um grupo de executivos da companhia visitou a Zona Franca de Manaus nas últimas semanas para avaliar a viabilidade da operação. O objetivo da empresa é trazer para o país boa parte do processo fabril que hoje está concentrado na China. "O mercado brasileiro é extremamente promissor", disse o vice-presidente da AOC no Brasil, Maurizio Laniado. No país desde 2004, a empresa hoje apenas monta monitores e aparelhos de TV em Manaus, com peças importadas. (págs. 1 e B3)

IHG vai investir em 50 hotéis no país

A britânica Intercontinental Hotels Group (IHG), maior rede hoteleira do mundo em número de apartamentos, quer dobrar de tamanho na América Latina e, até 2020, administrar mais 50 hotéis no Brasil - hoje são 13. O grupo pretende obter R$ 1,2 bilhão com fundos de investimento e de pensão. Do total, R$ 750 milhões serão destinados ao Brasil, na maioria para a bandeira Holiday Inn.

Os planos incluem a abertura de hotéis de luxo Intercontinental, em capitais, além da possibilidade de lançar no país a marca Indigo, que atua num segmento "butique". (págs. 1 e B4)

Pressa na hidrovia

A bancada ruralista do Senado aprovou projeto de decreto legislativo para autorizar obras da hidrovia Araguaia-Tocantins em áreas indígenas. O texto fixa prazo de 90 dias para a análise dos estudos pelo Ibama e a Funai. (págs. 1 e A6)

Importações crescem

Impulsionada pela recuperação da economia e pelo câmbio, a importação segue em alta nesse início de ano, com destaque para insumos, bens duráveis e máquinas. (págs. 1 e A3)

Prazo para saneamento

O governo deve adiar por um ano, até o fim de 2011, o prazo para que as prefeituras elaborem seu plano municipal de saneamento, documento necessário para o acesso a recursos federais destinados ao setor. (págs. 1 e A7)

Carioca volta às moradias

Atraída pelo programa Minha Casa, Minha Vida, a Carioca Christiani Nielsen Engenharia, uma das grandes empreiteiras do setor de obras públicas, prepara seu retomo à construção residencial. (págs. 1 e B1)

Biocombustível em xeque

A Brasil Ecodiesel vai recorrer à Justiça contra medida do Ministério do Desenvolvimento Agrário que suspendeu o Selo Combustível Social de suas usinas. A decisão pode custar mais de R$ 50 milhões em vendas. Agrenco e CLV também foram afetadas. (págs. 1 e B11)

Produtividade no campo

Estudo do Ministério da Agricultura mostra que os ganhos de produtividade nas principais culturas nos próximos anos vão garantir o abastecimento interno e a posição de destaque do país no mercado internacional. (págs. 1 e B12)

Ideias

Fabio Giambiagi: regulação bancária brasileira foi exemplar. (págs. 1 e A17)

Ideias

Sergio Leo: sem mudança de rumos, período de bonança pode dar lugar a restrições ao crescimento. (págs. 1 e A2)

Ideias

Dani Rodrik: coordenação mundial causa boa impressão, mas é receita para bancárias fracas e ineficientes. (págs. 1 e A17)

O Banco central da China sinalizou que pode mudar a política cambial (págs. 1 e A10)

Brasil e Índia disputam a primeira fábrica do grupo farmacêutico moksha8, diz Grieco (págs. 1 e B7)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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