PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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terça-feira, outubro 29, 2013

A CIGANA LEU O MEU DESTINO ... (João Sérgio/Simone)

29/10/2013 - 02h45

Análise: Ciganos são primitivos ou apenas pobres?

DAN BILEFSKY
DO "NEW YORK TIMES"


PARIS - O grupo de ciganos escutava os promotores que os acusavam de ter vendido meninas como noivas por cerca de US$ 270 mil, avaliando seu preço com base na sua habilidade para furtos. Três clãs familiares da Croácia eram acusados de criar meninas e meninos, alguns com apenas 11 anos, para cometer cem roubos em 2011 na França, na Bélgica e na Alemanha.

Uma testemunha de 20 anos disse ao tribunal que havia furtado cerca de US$ 600 mil em dinheiro e joias, ou mais de US$ 7.000 por mês, desde os 13 anos de idade. Ladrões menos habilidosos podem ser punidos, inclusive sendo surrados por anciões roma (plural de "rom", forma pela qual muitos ciganos identificam seu próprio grupo étnico).

Dos 27 acusados, 26 foram condenados por forçar crianças a furtar, tendo recebido penas de dois a oito anos de prisão. No topo da rede estava uma avó de 66 anos.

Esse caso em Nancy ilustra um debate cada vez mais ruidoso na Europa acerca do que alguns chamam de "a questão rom", referência ao povo nômade que veio da Índia para a Europa séculos atrás. Estima-se que 11 milhões deles estejam espalhados pela Europa.

A descoberta de uma criança loura durante uma batida policial em um acampamento rom na Grécia, em 21 de outubro, e a prisão do casal com o qual a menina vivia alimentaram especulações de que alguns roma estariam envolvidos com tráfico de pessoas.

Na França e em outros lugares da Europa, a questão rom está vinculada a perguntas complicadas a respeito de etnia, raça, exclusão social e interesses políticos.

No julgamento de Nancy, a defesa apresentou um argumento incomum: que os roma que foram para o crime estariam simplesmente agindo conforme "o estilo da Idade Média".

Em setembro, o ministro francês do Interior, Manuel Valls, socialista, causou furor ao dizer que apenas uma minoria dos roma conseguiria se adequar à sociedade francesa. Muitos dos cerca de 20 mil roma da Romênia e da Bulgária que estão na França sem terem cidadania vivem em acampamentos esquálidos na periferia das cidades francesas.

No bairro parisiense do Marais, onde bandos de jovens roma ousadamente roubam turistas e locais nos metrôs e nos caixas eletrônicos, uma menina grávida dizia que esmolar era sua única forma de subsistência. "Não temos documentos, não temos trabalho, o que mais podemos fazer?" Acrescentou: "Também somos europeus".

Diante desse cenário volátil, a defesa apresentada no processo de Nancy foi particularmente chamativa. "É muito difícil interpretar o comportamento deles com base nos nossos próprios padrões do século 20", disse Alain Behr, advogado da defesa. "Essa comunidade atravessa o tempo e o espaço com suas tradições, e nós, na Europa, temos dificuldades em integrá-los. No entanto, eles preservaram sua tradição, que é de sobrevivência." Behr disse que a chamada venda de crianças noivas é parte da tradição multissecular do dote cigano.

Mas o promotor Gregory Weill rejeitou as explicações culturais. Ele disse que, ao chegar à cidade natal dos líderes da quadrilha, na Croácia, os investigadores descobriram as imponentes casas de mármore da família. Nas caravanas do clã no norte da França, afirmou ele, policiais acharam veículos Mercedes, óculos de sol Dolce & Gabbana e bolsas Louis Vuitton.

Com grampos telefônicos, as autoridades descobriram uma operação altamente organizada, usando crianças como ladras para evitar processos judiciais aplicáveis a adultos. Celulares foram descartados para acobertar suas pegadas, e receptadores se encarregavam de transformar joias roubadas em dinheiro vivo.

"Alguém na Idade Média não seria capaz de lavar dinheiro reunido por crianças", disse ele.

A antropóloga húngara Livia Jaroka, única representante rom no Parlamento Europeu, sustenta que décadas de discriminação resultaram em desemprego endêmico, pobreza extrema, baixos níveis educacionais, segregação habitacional, tráfico humano, abuso de substâncias e altos índices de mortalidade. "A explicação cultural para a criminalidade rom é absurda", disse ela. "Tem a ver com a economia."

Um facho de esperança está na Espanha, onde há cerca de 750 mil roma, quase metade deles com menos de 25 anos. Quase todas as crianças roma concluem a escola primária. Em 1978, três quartos dos roma da Espanha viviam em moradias inadequadas; hoje, apenas 12% estão nessa situação. Isidro Rodríguez, diretor da Fundação Secretariado Cigano, citou o acesso à educação gratuita, ao atendimento médico e a moradias sociais depois da repressão contra os roma durante a ditadura franquista.

Jaroka, que cresceu em uma comunidade pobre de músicos roma em Tata, na Hungria, disse que deve seu sucesso a seus pais, que insistiram para que ela e seus irmãos frequentassem a escola. "Nós, os roma, também precisamos aprender a nos emancipar".

ESTADO DE DIREITO

29/10/2013
Vândalos fecham a Fernão Dias


Caminhões e ônibus foram incendiados e saqueados por moradores do bairro de Jaçanã, em São Paulo. Eles protestavam contra a morte de um jovem pela PM e bloquearam o trânsito na rodovia.

Vandalismo e saques em SP

Pelo menos cinco ônibus e dois caminhões foram saqueados e incendiados por vândalos na Rodovia Fernão Dias, na altura de Jaçanã, na zona norte de São Paulo, no começo da noite de ontem. Os atos de violência foram desencadeados no segundo dia de protesto contra a morte do estudante Douglas Rodrigues, de 17 anos, atingido por um tiro disparado por um policial militar durante abordagem. Os manifestantes também depredaram lixeiras e pelo menos uma loja foi invadida. Um grupo de vândalos tomou a direção de um caminhão-tanque carregado de combustível e conduziu o veículo na contramão pela rodovia, que estava interditada. A Polícia Militar de São Paulo conseguiu dispersar os manifestantes por volta das 19h30, com o uso de gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Os protestos começaram no bairro de Jaçanã, logo após o sepultamento do corpo de Douglas, no começo da tarde.

As manifestações de moradores da região contra a atuação da PM começaram no domingo. Duas agências bancárias foram depredadas e uma loja foi alvo de saqueadores. Também no domingo, dois ônibus e um carro particular foram queimados na Avenida Roland Garros, uma das principais do bairro. Um carro da PM foi atingido por pedras. Os protestos prosseguiram pela madrugada, com manifestantes ateando fogo a lixeiras. Três pessoas acabaram presas após os protestos de domingo: o autônomo Adriano Rodrigues Nascimento, de 29 anos, o mecânico Alexandre da Costa Nascimento, de 33, e o ajudante Anderson Nascimento Rocha, de 21. Eles foram apanhados com objetos furtados da loja saqueada e acusados de furto qualificado.

“Por quê?”

Douglas foi morto quando caminhava pelas ruas do bairro com o irmão, de 12 anos. Uma equipe da PMs abordou os jovens em frente a um bar, enquanto atendiam a uma ocorrência de perturbação do sossego. Douglas foi atingido por um único tiro, no peito. Ele chegou a ser levado para um hospital do bairro, mas não resistiu. O disparo foi feito pelo soldado Luciano Pinheiro Bispo, de 31 anos. Ele está detido no presídio Romão Gomes, da PM, e responderá por homicídio culposo — sem a intenção de matar. Testemunhas disseram, de acordo com o boletim de ocorrência, que o tiro não parecia ser intencional. Luciano Bispo trabalha há dois anos na Polícia Militar.

Em depoimento, o policial alegou que o disparo foi acidental. “Quando ele saiu do carro com a arma em punho, a porta da viatura bateu na mão dele e aconteceu o disparo acidental. Ele imediatamente chamou o socorro, que veio em 5 minutos”, disse o advogado de Luciano Bispo, Fernando Capano. “Foi uma infelicidade completa. Uma fatalidade”, completou ele.

A família do rapaz acredita que a morte foi intencional e que vai processar o estado. O pai de Douglas, o motorista José Rodrigues, disse que o PM tem reputação de agressivo entre os jovens do bairro. Segundo a mãe de Douglas, Rossana de Souza, o filho teria perguntado ao policial o motivo do disparo, pouco antes de perder os sentidos. “Por que o senhor atirou em mim?”, teria dito ele, segundo a mãe. Douglas cursava o terceiro ano do ensino médio e trabalhava em meio turno numa lanchonete.

"A porta da viatura bateu na mão dele e aconteceu o disparo acidental. Foi uma infelicidade completa. Uma fatalidade”
Fernando Capano, advogado do PM acusado de matar Douglas Rodrigues

adicionada no sistema em: 29/10/2013 03:14

PT E O FOGO AMIGO

29/10/2013
Petistas criticam aliança


O último debate antes das eleições para a presidência do PT foi marcado por críticas à aliança do governo federal com o PMDB. 


Com exceção do atual presidente da sigla, Rui Falcão, que tenta a reeleição, os demais candidatos não economizaram nos ataques contra os peemedebistas. Um deles, Markus Sokol, voltou a chamar o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, de "sabotador". Segunfo Sokol, Temer agiu contra o plebiscito da reforma política proposto pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho.

Rui Falcão tentou minimizar os ataques e disse que as críticas feitas pelos adversários são "vistas como um momento de reflexão". "Quando as críticas se dão no campo das ideias, nos ajudam a retificar e a mudar caminhos", afirmou. Além dele e de Sokol, estão na disputa Paulo Teixeira, Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar. A eleição no PT está marcada para 10 de novembro.

Revalida: só 9,7% são aprovados


Apenas 9,7% dos candidatos foram aprovados na primeira fase do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida): 155 de 1.595 profissionais conseguiram passar na prova. Eles ainda terão que ser aprovados na segunda etapa para ganhar o direito de atuar no país. Nas últimas duas edições, o índice de reprovação girou em torno de 90%. Este ano, o Revalida ganhou destaque devido ao programa Mais Médicos — que será uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral. Até então, todo médico estrangeiro deveria ter o diploma revalidado. Com a iniciativa, no entanto, eles podem atuar na atenção básica à saúde, com registro provisório emitido pelo Ministério da Saúde. O teste é conhecido pela dificuldade.

adicionada no sistema em: 29/10/2013 12:37

SERRA: A FÉ E A SEMENTE DE MOSTARDA

29/10/2013
Serra cita FHC para afirmar que poderá haver 'surpresas'


O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) citou ontem a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, como exemplo de que o cenário político pode mudar de forma radical no ano da eleição. Serra tenta viabilizar seu nome para disputar o Palácio do Planalto no lugar do senador Aécio Neves, que tem o apoio da maioria dos tucanos.

"Vão (sic) haver muitas surpresas", disse Serra após evento na Fiesp, em São Paulo. "Há uma mudança muito grande. Naquela época (em 1993), estávamos nos empenhando no PSDB para que o Antonio Brito viesse para o partido para ser candidato a presidente. Em janeiro de 1994 ainda insistíamos para o Brito ser candidato no PMDB. Em outubro, o Fernando Henrique Cardoso estava eleito", disse. Brito era governador do Rio Grande do Sul.

Na semana passada, em Salvador, Serra disse que se sentia preparado para ser presidente. 0 ex-governador, porém, está isolado no PSDB. A despeito disso, busca manter uma agenda pública. Ontem, por exemplo, ligou para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e pediu para participar da reunião quinzenal da entidade. / Ricardo Chapola

adicionada no sistema em: 29/10/2013 02:47

AÉCIO: DE MINAS PARA O BRASIL

29/10/2013
Aécio lançará ‘agenda’


O senador Aécio Neves disse que o PSDB lançará até dezembro a “agenda para o futuro", prévia do plano de governo para a disputa presidencial de 2014

Aécio diz que lançará "agenda" em dezembro

Senador promete "prévia" de programa de governo e afirma que "foi dada a largada".

Rene Moreira
Especial para o Estado Uberlândia



O senador Aécio Neves disse ontem, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que o PSDB lançará até meados dezembro uma prévia do plano de governo tucano para a disputa presidencial do ano que vem, o que ele chamou de "agenda para o futuro".


O mineiro anuncia que vai antecipar a divulgação de suas propostas no momento em que o provável presidenciável do PSB, Eduardo Campos, promete lançar em 2014 uma "carta" para reforçar compromissos macroeconômicos e apresentar uma plataforma de gestão, conforme revelou o Estado. A intenção de Campos, apoiado pela ex-ministra Marina Silva, é reeditar um documento que dissipe desconfianças no setor econômico, a exemplo da estratégia adotada na eleição de 2002 pelo então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, ao divulgar a "Carta ao Povo Brasileiro".

No encontro organizado por aliados no Triângulo Mineiro, Aécio ressaltou que já foi "dada a largada" da corrida pelo Palácio do Planalto. Ele lembrou as viagens que tem feito pelo País. Disse que na semana que vem voltará ao Rio Grande do Sul e depois visitará o Norte e o Centro-Oeste.

"A partir daí estaremos prontos, acredito que na primeira quinzena de dezembro, para lançar não um programa de governo, há tempo ainda, mas as linhas gerais daquilo que vou chamar de agenda para o futuro", afirmou. "As principais ações que, na nossa visão, deveriam rapidamente (ser) implementadas para que o Brasil volte a crescer de forma digna."

Em Uberlândia, Aécio deu início a uma série de eventos batizados de "Conversa com os Mineiros", organizados pelo PSDB e dez partidos aliados no Estado. Apesar de cumprir uma agenda típica de campanha, o senador voltou a dizer que a definição do presidenciável tucano deve ocorrer apenas no ano que vem. "Tenho viajado o Brasil como presidente nacional do PSDB."

Embrião. Aécio destacou que o partido, primeiro, "vai construir as linhas gerais daquilo que será o embrião de um programa para o Brasil e, a partir daí, "estará pronto para, no início do ano que vem, ter o seu candidato".

O encontro, em um salão de festas, reuniu, segundo os organizadores, mais de mil pessoas, sendo 120 prefeitos, 45 deputados e 200 vereadores. O ex-ministro Pimenta da Veiga, apontado como provável candidato tucano ao governo de Minas, atacou o governo federal: "O Palácio do Planalto virou as costas para Minas. A dona do poder age com arrogância e prepotência", disse, sobre a presidente Dilma.

O governador Antonio Anastasia defendeu o voto em Aécio para a Presidência: "Está dada a largada. E daqui para a vitória ", discursou. "Queremos dar fim a esse ciclo de governo que tanto mal está fazendo ao Brasil".

adicionada no sistema em: 29/10/2013 03:53

MARINA, VOCÊ SE PINTOU!

29/10/2013
Marina defende coalizão de 14 partidos da gestão Campos


Crítica de “feudos” em governos, no primeiro encontro “programático” PSB-Rede, ontem, Marina Silva defendeu a megacoalizão montada por Eduardo Campos em Pernambuco. O novo aliado da ex-ministra conta com apoio de 14 partidos, parte deles contemplada com cargos no Estado. “Se fosse fisiológica (a coalizão), ele não seria o (governador) mais bem avaliado do País”, disse Marina



Crítica de "feudos" em governos, Marina defende megacoalizão da gestão Campos


Sucessão 2014. Ex-ministra afirma que gestão em Pernambuco, apoiada por 14 legendas, parte delas abrigada no 1,J escalão da máquina estadual, não é "fisiológica"; governador diz que não se pode "vetar o exercício democrático de quem tem filiação partidária".

Isadora Peron
Beatriz Bulla
Ângela Lacerda / Recife


No primeiro encontro "programático" PSB-Rede, realizado ontem em São Paulo, Marina Silva saiu em defesa da megacoalizão montada por Eduardo Campos no governo de Pernambuco. O novo aliado da ex-ministra do Meio Ambiente conta com o apoio de 14 partidos, parte deles contemplada com cargos na máquina estadual. "Se fosse fisiológica (a coalizão), ele não seria o (governador) mais bem avaliado do País", afirmou Marina em entrevista.

O próprio Campos buscou se defender. "Se eu não tivesse um governo que tivesse mudado as práticas políticas, que não tivesse inovado na vida do cidadão pernambucano, eu não teria 83% dos votos numa terra com tradição democrática", disse o governador. "Nós não podemos pensar que só por ter uma filiação partidária uma pessoa pode participar (do governo), mas também não podemos vetar o exercício democrático de uma pessoa que tem filiação partidária", completou Campos.

Campos e Marina uniram forças em 5 outubro para a disputa ao Palácio do Planalto tentando impor um discurso de "nova política". Nessa lógica, o modelo de coalizão da presidente Dilma Rousseff é um dos principais alvos. Num documento discutido ontem, marineiros e os integrantes do PSB afirmam que é "necessária uma mudança profunda no sistema político". Segundo o texto, atualmente há "feudos (departidos) dentro do próprio Estado".



Campos foi eleito em 2006 pela coligação Frente Popular de Pernambuco, integrada por 14 partidos: PSB, PT, PDT, PTB, PP, PR, PC do B, PRB, PSL, PSDC, PHS, PTC, PRP e PC do B. Cinco deles compuseram o primeiro escalão do governo no primeiro mandato: PT, PTB, PP, PR e PC do B.



Com a reeleição, em 2010, o PV se integrou ao governo. Foi criada a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, comandada por Sérgio Xavier, candidato derrotado ao governo do Estado, ligado a Marina.

Dentro da sua cota pessoal, Campos chamou o deputado licenciado Pedro Eurico, do PSDB, partido que não faz parte da base do governo. Eurico tinha forte ligação com o ex-governador Miguel Arraes, avô de Campos e se aliou ao ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), depois que ele derrotou Arraes nas urnas. Pedro Eurico assumiu a Secretaria da Criança e da Juventude.

Com o recente desembarque do PSB do governo federal, PT e PTB entregaram os cargos que ocupavam em Pernambuco - a Secretaria de Saúde, a Secretaria da Cultura e a Secretaria do Trabalho, além da Secretaria Executiva de Agricultura.

Marina citou o caso de Xavier ao defender Campos. "Posso falar de uma pessoa que Campos convidou que não foi com base na visão patrimonialista: o Sérgio Xavier (secretário de Meio Ambiente) foi convidado para integrar o governo em cima de um programa", disse a ex-ministra.

Marina defendeu que a posição que critica é quando legendas fazem alianças "fora de um programa" comum. "Não significa governar sozinha", disse. "Se ganharmos, queremos governar com os melhores do PT, os melhores do PMDB, os melhores do PSDB, porque essas pessoas existem em todos os partidos."


Temas. Além da crítica ao  modelo de governabilidade, o documento debatido ontem entre 150 participantes do encontro trazia outros dois temas: a necessidade de manter as conquistas das últimas décadas e a de promover um desenvolvimento sustentável.

Na abertura do evento, Marina defendeu que os avanços do País não podem ser "fulanizados", por mais que a estabilidade econômica tenha sido alcançada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os avanços na área social sejam fruto das iniciativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Esses ganhos já não podem mais ser fulanizados, para evitar uma institucionalização predatória das conquistas da sociedade."

Ciente das diferenças ideológicas entre os dois grupos, Marina pediu para que os presentes fizessem, durante o evento, "o exercício da escuta interessada", para que conseguissem superar as divergências.

Apoiadores da Rede chegaram a deixar o projeto depois da filiação da ex-ministra ao PSB, em 5 de outubro.

"Se não tivesse um governo que tivesse mudado as práticas políticas, que não tivesse inovado na vida do cidadão pernambucano, eu não teria 83% dos votos."
Eduardo Campos
Governador de Pernambuco



adicionada no sistema em: 29/10/2013 03:52


29/10/2013
"Nós ganhamos 2013 e vamos ganhar 2014"


Na abertura do encontro entre integrantes do PSB e da Rede Sustentabilidade, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a aliança com Marina Silva fez com que eles "ganhassem 2013" e vai permitir que vençam "o debate de 2014".

No fim de 2012 e início deste ano, quando questionado sobre a eleição presidencial, Campos costumava dizer que o desafio da presidente Dilma Rousseff (PT) seria "ganhar 2013" para evitar sobressaltos na economia no ano seguinte. Antes de romper com o governo federal, no entanto, ele se propunha a ajudar Dilma a "ganhar 2013".

Ontem, Campos recorreu a frases que em muito lembram o discurso da nova aliada. Adiantou que o compromisso do PSB-Rede "não é ganhar a qualquer preço", mas mandou o recado: "Nós ganhamos 2013. Na medida que muitos pensavam que iam nos aniquilar, nós ganhamos o jogo. Esse processo que hoje (ontem) estamos inaugurando vai nos permitir vencer o debate de 2014, e mais que vencer o debate, espero que tenhamos as condições de fazer o povo brasileiro vencer em 2015", disse Campos, provável candidato à Presidência.

Campos fez questão de afirmar que os que torcem contra o sucesso da aliança irão se decepcionar. "Se acham que vão me jogar contra a Marina, ou a Marina contra mim, ou que militantes vão disputar, estão completamente errados", disse.

Segundo ele, se Marina quisesse ter um partido para ser candidata à Presidência, ela não teria entrado no PSB, assim como se o PSB quisesse ter apenas uma opção de candidato para 2014, não teria feito o acordo com a Rede. / S.P. e Lilian Venturini

adicionada no sistema em: 29/10/2013 02:45

DEMOCRATISMO

29/10/2013
Afronta ao Estado


Os golpes desferidos pelos "black blocs" contra um coronel da Polícia Militar, na noite da última sexta-feira (26/10) em São Paulo, atingiram não apenas a pessoa do oficial, mas o próprio Estado. É este que, ante a hesitação de seus agentes, está a mercê desses criminosos fascistoides, que estão cada vez mais à vontade para cometer seus crimes e atentar contra a ordem.


O coronel Reynaldo Simões Rossi foi espancado por cerca de dez mascarados, durante protesto organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) no Parque Dom Pedro II, centro da capital. Chefe do Gomando de Policiamento da Área Metropolitana, Rossi foi cercado pelos baderneiros no momento em que parte dos manifestantes começava a depredar um terminal de ônibus, seguindo o roteiro de vandalismo já bastante conhecido na cidade.


Após levar socos e pontapés até ser derrubado, Rossi tentou se levantar, mas então foi atingido na cabeça por uma placa de ferro. Roubaram-lhe a arma e um rádio. Com as duas escápulas fraturadas e ferimentos nas pernas, no abdome e na cabeça, o coronel foi socorrido por um policial à paisana. Ao ser levado para o hospital, Rossi ainda teve tempo de pedir a seus comandados que não exagerassem na reação: "Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça".

Foi um apelo de alguém consciente de que o monopólio da força legítima, que está nas mãos do Estado, não pode ser usado sem limites. 

Mesmo em meio a uma situação de clara covardia desses criminosos que estão todos os dias a aterrorizar a cidade, é preciso agir dentro da lei. Mas é preciso agir, sob pena de cristalizar uma imagem de impotência, que só encoraja mais violência.

Os ataques contra policiais cometidos por esses bandidos infiltrados em manifestações têm sido sistemáticos. Segundo o coronel Rossi, nada menos que 70 PMs já foram feridos durante protestos neste ano.

O caso mais dramático até agora havia sido o do PM Wanderlei Paulo Vignoli, que quase foi linchado ao tentar impedir que um manifestante pichasse a parede do Tribunal de Justiça, na Praça da Sé, durante um dos protestos de junho. Ouviu gritos de "lincha, mata". Ele só escapou porque apontou a arma para os agressores, mas a imagem desse policial acuado e de rosto ensanguentado mostrou que a violência de alguns manifestantes extrapolava o mero vandalismo. O espancamento do coronel Rossi só reafirmou a índole criminosa dessa militância mascarada, para a qual a violência é um fim em si mesma.

Os manifestantes que permitem a infiltração desses vândalos em seus protestos e que não os repudiam são cúmplices de seus atos. Em nota, o MPL condenou a agressão a Rossi, mas praticamente a justificou, ao citar abusos cometidos por policiais contra manifestantes em
outras ocasiões.

O vale-tudo ficou ainda mais claro quando o MPL aplaudiu a destruição causada no terminal de ônibus do Parque Dom Pedro II - foram depredados dez ônibus e várias catracas, além de orelhões e caixas eletrônicos. "Entramos no maior terminal de ônibus da América Latina para realizar na prática a tarifa zero", orgulhou-se o MPL. "A revolta que destruiu as catracas nessa sexta-feira foi acesa pela violência cotidiana do transporte coletivo. E continuaremos lutando pela destruição de todas as catracas."

Essas palavras mostram que o movimento deixou de ser pacífico, como pretendia no início das manifestações. A ameaça de violência é agora clara e permanente. O desafio a tudo o que se interpõe no caminho dos vândalos - sejam catracas, sejam policiais - denuncia o falso caráter moderado dos líderes desse movimento.

Os cidadãos de bem, aqueles que confiam no Estado e em suas instituições, estão a exigir que os responsáveis pela manutenção da ordem pública não mais se intimidem ante um punhado de delinquentes travestidos de "ativistas". E aqueles que saem às ruas para exercer seu legítimo direito de protestar devem imediata e indubitavelmente se dissociar dos criminosos, sob o risco de com eles se confundirem. Como disse o coronel ferido, "o silêncio dos bons é muito pior do que o ruído dos maus".

adicionada no sistema em: 29/10/2013 02:35

ARGENTINA: NÃO CHORES, CRISTINA

29/10/2013
Kirchnerismo obtém apenas 32% dos votos e vê oposição crescer para 2015


Revés. Apesar de favorecido por circunstâncias eleitorais - maioria das vagas no Congresso,que estava em disputa no domingo já era de opositores movimento liderado pela presidente argentina, Cristina Kirchner, viu rivais conquistarem 68% das preferências.


Ariel Palacios

Correspondente / Buenos Aires



O governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, obteve no domingo apenas 32% dos votos na eleição que renovou metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado. A oposição somou 68% dos votos nacionais, saltando na frente do kirchnerismo para a corrida presidencial de 2015.

As urnas mostraram uma nova cartografia eleitoral, de rejeição ao kirchnerismo em lugares que até agora eram seus leais redutos. Foi o caso dos municípios de classe baixa e média da Grande Buenos Aires, onde a Frente Renovadora, sublegenda peronista anti-Kirchner comandada por Sergio Massa, venceu em 20 cidades onde o governo triunfou nas eleições presidenciais de 2001.



A Casa Rosada, representada por outra sublegenda do peronismo, a Frente Pela Vitória (FPV), conquistou desta vez apenas quatro municípios na Grande Buenos Aires. A manutenção da bancada nas duas Casas - ainda que com a ajuda de partidos aliados - permitiu que o governo minimizasse seu decepcionante desempenho nas urnas. A oposição, porém, festejou o resultado.


"O autoritarismo de Cristina Kirchner terminou. A etapa de prepotência acabou e começamos uma nova fase na Argentina", afirmou ontem Elisa Carrió, líder da coalizão de centro-esquerda Unen, reeleita deputada.


A bancada governista no Congresso, de acordo com a maior parte dos analistas, é instável. Embora some as mesmas 132 cadeiras da atual legislatura na Câmara, muitos deputados da base aliada podem abandonar o governo. De forma gradual, a administração de Cristina vem sofrendo desde o começo do ano com o êxodo de políticos aliados. Os peronistas costumam se referir ao fenômeno com um eufemismo: "reacomodação".

Corrida. Há um mês, quando o governo precisou aprovar o orçamento nacional, somente conseguiu obter 127 votos e teve de recorrer a membros da oposição para obter a votação necessária. Os líderes de diversos partidos da oposição indicavam ontem que a corrida presidencial de 2015 havia começado.

Sem perder tempo, durante a madrugada, o prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, líder do partido Proposta Republicana (PRO), de centro-direita, anunciou sua candidatura presidencial para 2015.

Nova estrela da oposição, Sergio Massa fez discurso com tom de candidato e afirmou que pretende ir além dos limites de Buenos Aires nos próximos meses. No entanto, afirmou que "falar em 2015 agora é falta de respeito".


O kirchnerismo está em crise, já que Cristina não poderá ser reeleita presidente em 2015 e não tem um sucessor claro, embora o governador Daniel Scioli desponte como eventual candidato do governo.


Apesar de a política ser assunto cotidiano no país, 29,6% dos argentinos não votaram, anularam ou votaram em branco. O voto na Argentina é obrigatório. A média de eleitores ausentes, nos anos 80 e 90, foi de 16%. No entanto, a abstenção cresceu após a crise de 2001 e 2002.

Do total de 30,6 milhões de eleitores habilitados, o kirchnerismo recebeu os votos de 7,5 milhões de pessoas. Os eleitores ausentes foram 8 milhões.

A Província de Santa Cruz, terra do ex-presidente Néstor Kirchner, foi o cenário de uma derrota inédita para o governo. O kirchnerismo obteve 24,7% dos votos, sendo superado pela União Cívica Radical, que obteve 42,1%. Santa Cruz é o feudo político do casal Kirchner desde 1991, quando Néstor foi eleito governador.

Nos últimos 22 anos, o kirchnerismo controla a Justiça e os meios de comunicação locais. Uma sobrinha de Cristina, Natalia Mercado, é a procuradora federal local. Ela tem engavetado os processos sobre as acusações de corrupção contra a família.


Para entender
Distorção eleitoral
Quase todas as vagas parlamentares (metade da Câmara e um terço do Senado) em disputa no domingo já eram da oposição. O governo deve manter, com a ajuda de aliados, a majoria por margem apertada nas duas Casas. A oposição venceu em distritos mais populosos, como a Grande Buenos Aires, o que reforça a distorção entre a votação global e a distribuição das cadeiras. 


adicionada no sistema em: 29/10/2013 02:40



29/10/2013
O fecho da era Kirchner



Exatos três anos depois da morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, dissiparam-se no domingo as últimas dúvidas sobre o esgotamento do ciclo político que se abriu com a sua ascensão à Casa Rosada, em 2003, prosseguiu com a eleição de sua mulher Cristina e chegou ao auge em 2011, quando ela conquistou o segundo mandato. Praticamente 7 em cada 10 dos 30,5 milhões de eleitores que foram às urnas para a renovação de metade da Câmara dos Deputados e de um terço do Senado votaram em listas partidárias da oposição, numa repetição dos resultados da disputa parlamentar de 2009.


Cristina tem ainda dois anos para ficar no governo, mas -longe da maioria absoluta no Legislativo, mesmo contando com os seus aliados - o partido kirchnerista Frente para a Vitória (FpV) viu se esfumar o plano de impor uma emenda constitucional, inspirada na Venezuela de Hugo Chávez, que autorizaria a rereeleição da presidente. "Cristina eterna" se chamava, sem subterfúgios, o seu projeto de perpetuação no poder. 


A coligação liderada pela sigla oficial acrescentou 3 cadeiras às 127 de que dispunha na Câmara de 257 lugares, ficando, portanto, com exígua maioria. No Senado de 72 assentos, embora tenha perdido 3, a bancada kirchnerista segue majoritária.

Desde a internação de Cristina, no começo do mês, para a remoção de um coágulo na cabeça, os seus aliados previam que muitos argentinos votariam no governo movidos pela compaixão. Isso pode ter ocorrido: se a presidente estivesse levando vida normal, a sua derrota teria sido, quem sabe, ainda maior. O resultado que acaba de vez com a tentativa do kirchnerismo de salvar a face, invocando a posição da FpV no Legislativo, foi o desfecho da principal disputa no país.

Na Província de Buenos Aires, onde se concentram mais de 37% do eleitorado nacional, a lista encabeçada pelo ex-chefe de gabinete de Cristina e atual prefeito de Tigre, Sergio Massa, da Frente Renovadora, venceu com 12 pontos de vantagem a da FpV, conduzida por Martin Insaurralde. Nas primárias de agosto, a diferença não chegou a seis pontos. Massa emerge como o presidenciável a quem Cristina não tem um nome forte a contrapor. O governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, que seria o candidato natural do oficialismo, não é considerado suficientemente leal no círculo íntimo da presidenta nem tem o carisma de Massa.

Como se esperava, a FpV fez feio também nos três outros maiores distritos - Córdoba, Santa Fé e Mendoza. Só neste último conseguiu terminar em segundo lugar, mas bem atrás de Julio Cobos, da União Cívica Radical. Ele e o presidenciável assumido, o prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, do PRO, são os únicos não peronistas entre os mais conhecidos políticos do país. Tanto a FpV como a Frente Renovadora, por exemplo, descendem do movimento criado por Perón nos anos 1940. Os peronistas podem se digladiar à morte - como mais de uma vez já fizeram -, mas, somados os votos de suas diferentes facções, ainda conservam a hegemonia política na Argentina.

Isso significa que, em mais de um aspecto, o inexorável fim do ciclo kirchnerista não deverá representar o início de um ciclo antiperonista. O "modelo", como os kirchneristas denominam, com típica arrogância, o seu projeto, acabou rejeitado porque desandou, com a inflação (mascarada) na casa de 25%, crescimento abaixo do projetado, dólar paralelo nas alturas (indicando perda de confiança no governo) e, principalmente, com o populismo autoritário de Cristina, cuja propensão para fazer inimigos e perseguí-los implacavelmente é a marca de nascença do kirchnerismo - ela, afinal, teve um marido a imitar.

Entre a posse do novo Congresso, em dezembro, e a sucessão de 2015, a Argentina conhecerá tempos turbulentos. E de temer o que a presidente fará com os superpoderes que o Legislativo lhe concedeu em matéria de política econômica. "O kirchnerismo duro nunca foi generoso na vitória", observa Ricardo Kirschbaum, editor do Clarín de Buenos Aires. "Menos ainda o será na retirada."

adicionada no sistema em: 29/10/2013 02:36