PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, junho 19, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ''MINHA GENTE..."









''NO NOVO TEMPO, APESAR DOS PERIGOS..." *

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19/06/2012 - 15h45

Erundina se reúne com cúpula do PSB para decidir sobre vice

 

A deputada federal Luiza Erundina se reúne na tarde desta terça-feira com integrantes de seu partido em Brasília para discutir sua permanência na chapa encabeçada pelo petista Fernando Haddad, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Em entrevistas ontem, Erundina deu declarações conflitantes, ora ameaçando deixar a chapa por conta do apoio de Paulo Maluf, do PP, ao pré-candidato do PT, ora dizendo que "não recuaria" da indicação como vice, embora incomodada com o apoio pepista. 

Apoio de Maluf é 'assunto interno do PT', diz Alckmin
Instituto Lula não publica foto de ex-presidente com Maluf
Haddad diz que crítica de Erundina a apoio de Maluf é compreensível
Maluf afirma que fez aliança com PT por 'amor a São Paulo'

O desconforto de Erundina foi evidenciado em entrevistas aos sites da revista "Veja" e do jornal "O Globo". "Meu partido tem outros a indicar. Eu pessoalmente não vou aceitar. Vou rever minha posição", afirmou ela à "Veja". "Não preciso ser vice para fazer política."
Ao "Globo", a deputada disse: "É uma situação muito constrangedora. Tenho que rever essa situação. Vou conversar com o meu partido. Meu partido tem outros nomes, não tem problema nenhum. Mas eu não aceito."
A Folha não conseguiu falar com a deputada sobre a ameaça. Depois do ato de Haddad com Maluf, ela disse à reportagem que não tinha intenção de deixar a campanha, mas avisou que não pedirá votos na TV caso o ex-rival apareça na propaganda.
Ontem à noite, disse que pretendia conversar pessoalmente com a deputada Luiza Erundina (PSB) "para confortá-la" e mantê-la como sua vice.
"Tem que se dar tempo ao tempo. Não consegui me comunicar com ela adequadamente", disse Haddad, após participar de entrevista ao programa Band Eleições, da TV Bandeirantes. "Preciso sentar com ela, conversar pessoalmente para saber o rumo que ela quer dar."

A aliança com o PP foi fechada ontem na casa de Maluf, no Jardim América, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do PT, Rui Falcão, além de malufistas históricos, como o vereador Wadih Mutran (PP). 


Fabio Braga - 16.jun.2012/Folhapress
Fernando Haddad e Luiza Erundina em evento em que PSB anunciou apoio ao petista
Fernando Haddad e Luiza Erundina em evento em que PSB anunciou apoio ao petista
PSOL
O PSOL divulgou nota hoje em apoio a Erundina. "Sua atitude de não aceitar a péssima companhia política de Paulo Maluf na disputa pela Prefeitura paulistana nos move e comove. Move na continuada direção do fazer política com ideias e causas, valores que não são comercializáveis por tempo de exposição na TV e no rádio."
O partido elogia a "dignidade e nitidez ideológica" da deputada. A nota é assinado por Chico Alencar, líder do PSOL na Câmara.

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  (*) Ivan Lins.

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RIO +20. APRENDENDO A APREENDER



Países aceitam proposta do Brasil como rascunho final da Rio+20

Lilian Ferreira, Maria Denise Galvani e Maurício Stycer
Do UOL, no Rio

O rascunho final da Rio+20, apresentado pelo Brasil nesta manhã (19), foi aprovado por 193 países em consenso. O documento "O Futuro que Queremos" será enviado aos chefes de Estado e de governo, que ainda podem alterar o texto durante a cúpula de alto nível da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa amanhã, no Rio de Janeiro.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, abriu a sessão plenária para os delegados já anunciando o acordo. Diferentes grupos de países manifestaram que esperavam mais resultados, apesar de terem aprovado a redação. O Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), G-77+China (grupo de países em desenvolvimento) e União Europeia eram os mais descontentes.
O Brasil buscou o meio termo com o uso de palavras brandas para conseguir que seu rascunho final da Rio+20 fosse aprovado. Se por um lado manteve os princípios das responsabilidades diferenciadas, pela qual países mais ricos devem arcar com mais dinheiro, por outro, diminuiu o tom da obrigatoriedade de financiamento por parte deles e ainda incluiu o setor privado.
"É um tapa na cara do cidadão deste país, pobre ou rico, é um documento vazio", disse o diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado. Carlos Rittl, da WWF Brasil, aponta que há poucos pontos concretos no texto. "A expectativa fora da Conferência era grande, mas ficou muito aquém do que poderia. Ficou uma grande frustração e uma imensa expectativa em relação ao que vai ser feito agora, sem clareza de onde se pode chegar".
Saiba como está o texto
O UOL obteve uma cópia do documento, disponível para todas as delegações. Mais enxuto ainda que o texto que vinha sendo discutido, esta versão tem apenas 49 páginas e 283 parágrafos.
O rascunho final do documento 'O Futuro que Queremos", entregue pelo Brasil pela manhã, reconhece a importância em aliar financiamento, transferência de tecnologia e necessidades nacionais para as politicas do desenvolvimento sustentável, mas não faz menção ao fundo de US$ 30 bilhões. Desde que o Brasil assumiu a redação do texto no sábado (16), o fundo pedido pelos países em desenvolvimento e criticado pelos ricos estava fora do documento.
O documento pede que os sistemas da ONU, em cooperação com "doadores relevantes", coordenem o caminho para o mundo atingir o desenvolvimento sustentável, com apoio de parceiros, modelos de bons exemplos e metodologias de avaliação, sem especificar quem são esses doadores ou como eles estarão engajados na parceria.
O negociador brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, já tinha adiantado que incluiria no texto uma referência a financiamento por bancos e instituições financeiras.

Calcule sua pegada ecológica

  • Reprodução A ferramenta mostra qual o impacto do seu estilo de vida no meio ambiente e dá dicas para reduzi-lo
 Outra novidade do texto atualizado apresentado pelo Brasil é um parágrafo reconhecendo a necessidade de outros indicadores que complementem o PIB, a soma de toda a produção econômica de um país, como medida de desenvolvimento.
Mais à frente no texto, há a manutenção do parágrafo sobre a criação de um fórum de alto nível para o desenvolvimento sustentável, mas foi cortado o trecho que dizia que ele "dever ser universal e intergovernamental e promover a integração dos três pilares da sustentabilidade em todos os níveis. O fórum de alto nível deve ter uma agenda focada, dinâmica e orientada para ações, garantindo novos desafios".
Uma das mudanças que mais mostra como foi a negociação do texto vem logo abaixo. Em vez de afirmar que o fórum "irá" ter uma série de responsabilidades, o rascunho limita-se a dizer que ele "poderá" desempenhar este papel.
No capítulo sobre meios de implementação, a importância dos recursos e da tecnologia para países em desenvolvimento é reafirmada, mas excluem-se menções à criação de novos mecanismos para este fim.
O princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas
O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas diz que os países mais ricos devem arcar com a maior parte dos custos ambientais por terem se desenvolvido às custas de energias poluentes. É uma diretriz da política internacional acordada na Rio92.
Os países em desenvolvimento faziam questão de reafirmar o princípio expressamente no texto; mas delegações como as dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Canadá dizem não ser necessário reafirmar o compromisso já assumido.

Temas polêmicos do documento

O problema O que é A briga
Meios de implementação Medidas concretas para o financiamento e a transferência de tecnologia para a adoção de energia limpa e outros projetos sustentáveis, sobretudo nos países em desenvolvimento O G77+China (grupo dos países em desenvolvimento, inclusive Brasil) propôs a criação de um fundo de US$ 30 bilhões anuais para a promoção do desenvolvimento sustentável; os países desenvolvidos se opõem, dizendo que já existem outros mecanismos de financiamento disponíveis, e apontam a crise econômica como um empecílho
Economia verde Os países debatem sobre a definição do termo. Refere-se, de modo geral, a maneiras de integrar padrões mais sustentáveis a modelos de produção e consumo Alguns países em desenvolvimento temem, entre outros problemas, que a adoção do termo "economia verde" como expressão corrente nas negociações dê margem a pressões internacionais e protecionismos (veja mais abaixo)
Princípío das responsabilidades comuns, porém diferenciadas Diretriz da política internacional acordada na Rio92, diz que países ricos devem arcar com a maior parte dos custos ambientais por terem se desenvolvido às custas de energias poluentes Países em desenvolvimento fazem questão de reafirmar o princípio expressamente no texto; delegações como as dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Canadá não acham necessário reafirmar o compromisso já assumido
Regulamentação sobre oceanos Há uma lacuna na legislação internacional com respeito à biodiversidade e recursos naturais localizados em alto mar, fora da área de jurisdição de cada país; delegações discutem a criação de áreas de reserva marinha em águas internacionais, a responsabilidade pela acidificação dos mares e a divisão equitativa dos recursos minerais suboceânicos Países como Estados Unidos, Canadá e Venezuela se opõe a um tratado internacional de proteção do alto mar
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Estabelecimento de metas para o desenvolvimento sustentável dos países, à semelhança das Metas do Milênio adotadas pela ONU em 2000. Os ODS seriam fixados para garantir avanços nos três aspectos do desenvolvimento sustentável - econômico, social e ambiental Países divergem sobre o conjunto dos ODS e o cronograma para o estabelecimento de prazos e metas
Governança Reforma das instituições e fóruns internacionais que hoje regulam os acordos quanto a meio ambiente e sustentabilidade dentro do sistema ONU para facilitar a implementação de ações Uma das questões em discussão é o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A promoção do Pnuma à condição de agência especializada, com mais autonomia e capacidade de implementação, já foi descartada pelos diplomatas; ainda havia debate, no entanto, sobre as medidas a serem adotadas para fortalecer o programa

Rio+20

A Rio+20 é Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável,  ocorre de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Não é uma reunião para discutir meio ambiente, mas sim como as esferas sociais e ambientais, além da econômica, também devem ser consideradas no desenvolvimento de um país.
Para tentar explicar melhor o que é Conferência, a ONG Oxfam fez um diagrama em rosquinha. Ele mostra que a vida humana existe entre um piso e um teto. O piso é a necessidade social de viver, de ter acesso a alimentação, água e conforto. Mas o teto é o quanto o ambiente pode fornecer, sem afetar as gerações futuras. Veja abaixo a imagem.
  • Repodução A rosquinha mostra que a vida humana é possível entre o piso das necessidades sociais e o teto da capacidade do ambiente.
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MAL DE ALZHEIMER




‘Não vou estar confortável no mesmo palanque que Maluf’, diz Erundina


Em entrevista ao ‘Estado’, deputada diz não saber se o tempo de TV a mais compensa o custo político da aliança

16 de junho de 2012 | 21h 28
Fernando Gallo e Julia Duailibi, O Estado de S. Paulo
A deputada Luiza Erundina (PSB), pré-candidata a vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, disse ter sido surpreendida pela aliança com o PP, de Paulo Maluf. "Não vou estar confortável no mesmo palanque com o Maluf. Com certeza não. Até acho que ele nem vai enfrentar a reação da massa, que é o nosso povo, com quem a gente vai ganhar as eleições e governar a cidade. Com esse povo a gente consegue manter a coerência", afirmou, em entrevista ao Estado neste sábado, 16.
Erundina, pré-candidata a vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad - Evelson de Freitas/AE
Evelson de Freitas/AE
Erundina, pré-candidata a vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad
Na última quarta-feira, 13, o Estado noticiou com exclusividade a possibilidade de a deputada aceitar a formação de chapa com o ex-ministro da Educação. A aliança com os petistas deve dar a Haddad cerca de 1min30s em cada um dos blocos do horário eleitoral na TV, que começa a partir de agosto. "Entendo o pragmatismo de ter uns minutos a mais numa disputa acirrada, esses minutos, segundos, devem fazer diferença. Agora, não sei se o custo político compensa a vantagem do tempo de televisão", completou a ex-prefeita, que administrou a cidade pelo PT entre 1989 e 1992.

"Mas acho que a campanha não sou eu e nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo, complexo, plural. Isso se dilui, a meu ver. Claro que não é confortável. Pra mim, não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf", afirmou numa referência ao deputado e ex-prefeito, que foi um dos seus maiores adversários políticos na capital. Leia a seguir a íntegra da entrevista.
A sra. decidiu tomar um rumo diferente do PT 15 anos atrás. Agora voltam a se juntar. Mudou a sra ou mudou o PT?
Mudamos os dois. Eu nunca me afastei daquilo pelo que eu ajudei a construir no PT, a militar, a construir as tarefas políticas que o PT me atribuiu durante todo aquele tempo. A partir daí é que mudei de partido. Não foi uma decisão fácil. Foi traumática para mim. Mas naquele momento minha experiência no PT havia se esgotado.

Por que?Eu entendia que minha visão político-partidária, minha prática política, minha relação com o partido durante o governo foi uma relação difícil, as experiências de campanha também foram muito difíceis. Os processos se esgotam e a gente tem que ter coragem para não... Em um determinado momento me coloquei a seguinte hipótese: ou eu saio da política, embora filiada ao PT, mas se militância, ou para continuar a fazer política com o nível de engajamento, de participação e militância era melhor eu ir para outro espaço.

Mas por que o realinhamento com o PT?
Nem fui eu. Foi uma decisão partidária. Lógico que como liderança partidária isso passa por mim. Eu sou ouvida. A direção me consultou e nós fizemos uma discussão política mais aprofundada. Avaliamos que no interesse maior do projeto que estamos construindo no País desde a primeira vitória de Lula, a vitória da Dilma, tem sido num alinhamento estratégico com o PT.
Por que vale em 2012 e não valeu em 2004?
Eu era uma candidata potencial naquele momento. Havia condições objetivas para que eu pudesse disputar o cargo de prefeita. No segundo turno fui de cabeça e procurei dar a minha contribuição. 
As feridas já estão cicatrizadas? A senhora dividiu na sexta a mesma mesa com o Rui Falcão, que esteve em trincheiras opostas as da senhora no PT na década de 90.
Isso foi uma das dificuldades, a relação do governo com o governo e com o partido no município. Quem era o presidente na época era o Rui Falcão. Nós tivemos muita dificuldade. Ele reconhece hoje, não publicamente, mas, particularmente, faz má autocrítica de que o partido poderia ter ajudado o governo e não ter criado tanta tensão como ocorreu naquele momento.
A sra. disse que é amiga da Marta e que vai tentar trazê-la para a campanha. O que explica a ausência dela? Ressentimento?
Não tenho detalhes sobre o que aconteceu entre a Marta e o partido dela. Mas conheço muito a Marta. Ela é muito franca, inteira, fala exatamente aquilo que acha, sente. É uma pessoa que não tem meio-termo. Isso é um mérito e um valor dela. O governo dela deixou uma herança. 
Líderes do PT já afirmaram que ela está cometendo um grave erro político. Está?
Não faço esse julgamento político, sobretudo porque tenho a expectativa de que ela vai entender a necessidade de vir ajudar. Falar isso é julgá-la mais ainda. 
O PT mudou ao chegar ao poder?
Um partido de esquerda, com vocação socialista, que era o que eu entendia do PT quando estava no partido, quando chega ao poder tem dificuldade de conviver com os limites que existem nesse Estado. Ter que governar com outras forças políticas é mais complicado, mais difícil. O PT não é mais aquele de 30 anos atrás, com certeza, até pelo fato de participar da luta institucional nos marcos da política que existe hoje no País. Se explica que o PT, mesmo com o corte ideológico dos nossos partidos, tenha que fazer inflexões para sobreviver como governo. 
A sra. está dizendo que o PT se tornou mais pragmático?
Com certeza. Muito mais pragmático. Com o presidencialismo e uma minoria no Congresso você tem muito mais dificuldade de governar. Eu vivi isso na cidade de São Paulo. Governei quatro anos com minoria na Câmara dos Vereadores. Para ter maioria, teria que ter feito concessões. Eu preferi não ter maioria, não ter conseguido aprovar certas iniciativas de lei do que ter feito concessões. Mas aquilo pensado numa cidade talvez tenha sido menos difícil de administrar do que no âmbito do País. 
O PT fez muitas concessões? Perdeu a coerência?
Fez muitas concessões. Não diria de forma absoluta que perdeu a coerência. O programa partidário, por essas injunções da política institucional, da correlação de forças, teve que ser mudado. Até porque o partido faz suas análises a partir das suas experiências de governo. Tudo isso envolve tantas variáveis... É fácil julgar estando de fora dizendo que tal política é incoerente. Mas você não está dentro do espaço de decisão. Prefiro não julgar um partido em que não estou mais. Agora, com todas as críticas que a gente pode fazer aos governos do Lula e da Dilma, eles foram governos voltados para o interesse da maioria. Mesmo que isso tenha exigido certas concessões ao outro polo da sociedade. A política é real. Não é algo que se dá no plano do ideal, da abstração, da vontade política só. 
Alianças com Sarney, Jader, Renan... Isso é bem real, não?
É bem real. Quando penso num processo desses, a aliança maior que me mobiliza é a aliança com o povo. Os nossos governos federais, desde o primeiro governo Lula, teriam menos força no Congresso se houvesse uma aliança mais estratégica, orgânica e permanente com a sociedade civil organizada. Espero dar a minha contribuição chegando lá com o Haddad. 
A sra. combateu o deputado Paulo Maluf durante parte muito importante de sua carreira política. Que avaliação a sra. faz da entrada dele na campanha?
Foi uma decisão dos partidos que não passou nem passaria por mim. Provavelmente teria dificuldade de aceitar essa decisão. Meu partido deve ter sido consultado sobre isso. As responsabilidades de alianças são da direção nacional. 
Tivesse sido consultada, diria 'não'?
Faria minhas ponderações. Não vou estar confortável no mesmo palanque com o Maluf. Com certeza não. Até acho que ele nem vai enfrentar a reação da massa, que é o nosso povo, com quem a gente vai ganhar as eleições e governar a cidade. Com esse povo a gente consegue manter a coerência. 
A sra. foi surpreendida pelo apoio?
Fui, quando o jornalista me mostrou uma mensagem eletrônica. Agora eu entendo o pragmatismo de ter uns minutos a mais numa disputa acirrada, esses minutos, segundos, devem fazer diferença. Agora não sei se o custo político compensa a vantagem do tempo de televisão. Mas acho que a campanha não sou eu e nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo, complexo, plural. Isso se dilui, a meu ver. Claro que não é confortável. Pra mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf. Não que eu tenha nada contra a pessoa dele. Inclusive a gente convive no Congresso numa boa. Ele sabe o que eu penso, eu sei o que ele pensa. A gente convive no mesmo espaço e tem que saber distinguir a pessoa daquilo que ela pensa e faz na política.
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UMA LUFADA DE NOVOS VENTOS...



Maluf e Haddad evocam aliança federal para justificar coligação


Com a presença de Lula, PP formaliza apoio à pré-candidatura do PT em São Paulo; parceria vai render 1min35s na propaganda eleitoral na TV

18 de junho de 2012 | 14h 06
Bruno Boghossian, do estadão.com.br
Ao selar o apoio do PP ao PT na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o deputado Paulo Maluf (PP) evocou a participação de sua sigla no governo federal como justificativa para a coligação. Maluf se reuniu nesta segunda-feira, 18, em sua casa com o pré-candidato petista, Fernando Haddad, e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou das articulações para a aliança.
Com a presença de Lula, Haddad e Maluf formalizam aliança em evento na casa do deputado - Epitácio Pessoa/AE
Epitácio Pessoa/AE
Com a presença de Lula, Haddad e Maluf formalizam aliança em evento na casa do deputado
"Quem tem as melhores condições de resolver os problemas (da cidade) é um candidato que tenha parceria com o governo federal, com a presidente Dilma (Rousseff) e com o (ex-) presidente Lula", disse Maluf. "Política é como futebol: quem é palmeirense não gosta do Corinthians, quem é corintiano não gosta do Palmeiras. E tem gente que pode não gostar de mim."
Haddad, Maluf e Lula posaram para fotos diante da casa do deputado pepista. O pré-candidato do PT disse que a aliança com Maluf é um reflexo da união dos dois partidos na base do governo federal. Haddad ressaltou que o acordo é partidário, e não pessoal com Maluf. "Eu não gosto, na política, de fulanizar o debate", afirmou. "Se há hoje uma proposta de governo pra transformar a cidade de São Paulo, eu não vejo por quê não contar com os partidos da base do goverrno Dilma." O apoio do PP vai render ao petista mais 1min35s na propaganda eleitoral de TV.
O PP negociava uma aliança com o PSDB do pré-candidato José Serra, mas recuou depois que o governador Geraldo Alckmin se recusou a ceder espaço à sigla de Maluf em seu secretariado. Na última sexta-feira, o presidente do PP paulista conseguiu emplacar um aliado em uma secretaria do Ministério das Cidades, controlado pela pasta.

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MENSALÃO. A HORA E A VEZ (?)

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Mensalão: defesa de réus fez petição a STF



Autor(es): agência o globo:Gustavo Uribe
O Globo - 19/06/2012
 

Documento foi elaborado após reunião de advogados no escritório de Márcio Thomaz Bastos para traçar estratégia conjunta.

SÃO PAULO. Às vésperas da análise do processo do mensalão, os advogados de réus do escândalo político se reuniram para trocar impressões sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e discutir alternativas para garantir a atuação da defesa no episódio. O encontro foi promovido em maio, no escritório do advogado criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, e teve a participação de pelo menos seis advogados, entre eles José Luiz de Oliveira Lima e o também ex-ministro da Justiça José Carlos Dias. Na reunião, foi avaliada a possibilidade de a Suprema Corte sofrer pressões externas em decorrência do julgamento do escândalo, e ficou acertada a entrega de petição ao presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, para assegurar que não seja violado o Código de Processo Penal durante o julgamento do mensalão.
No documento, que já foi entregue ao Supremo, os advogados defenderam a necessidade de o Tribunal dar mostras de que "não se curva a pressões" e se mostraram preocupados com a "inaudita onda de pressões deflagradas contra a mais alta Corte brasileira". As defesas dos réus do mensalão pediram que as sessões do julgamento sejam realizadas em, no máximo, dois dias por semana e pregaram que cada sessão tenha apenas três sustentações orais dos advogados de defesa. Márcio Thomaz Bastos, que esteve à frente do Ministério da Justiça entre 2003-2007, é advogado de defesa do ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado.
- O encontro foi uma maneira de registrar, em nome da defesa, que o julgamento garantisse a nossa atuação de maneira ampla, que não se atropelasse o regimento interno do Supremo Tribunal Federal. Foi apenas nesse sentido que a defesa registrou uma posição. Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias levaram essas colocações ao ministro Carlos Ayres Britto - relatou o advogado criminalista José Luiz de Oliveira Lima, advogado do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
O cronograma do julgamento, aprovado pelo Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que, até 14 de agosto, haverá sessões diárias de cinco horas e, a partir de 15 de agosto, serão promovidas sessões três vezes por semana. O advogado criminalista José Carlos Dias, que defende a ex-diretora do Banco Rural Kátia Rabelo, afirmou que o encontro teve como objetivo trocar impressões sobre o julgamento e negou que as defesas discutam uma estratégia em comum.
- Nós trocamos ideias sobre o caso, para saber qual a perspectiva, o que é comum acontecer. Isso foi apenas em uma única oportunidade. Nós assinamos uma petição em conjunto - afirmou.
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FLORES, FLORES PARA OS MORTOS * (... como se tivesse sido escrito hoje)

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FLORES, FLORES PARA LOS MUERTOS


FLORES, FLORES PARA LOS MUERTOS
18/06/2005
Folha de São Paulo
Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas. Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decan­tem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme.
O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula comparti­lham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a demo­cracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.
Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar, para não parecer provocação, nem muito rápido, para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: “Se entrega, Corisco”.
Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: “A polícia vem, que vem brava / quem não tem canoa, cai n’água”.
Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do “Guinness”, o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesourei­ro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se algum tesoureiro introduz, no Palácio, associações de empreiteiros que recebe­ram R$ 1,1 bilhão de dívidas.
Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.
O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e se limitaram à tortura de rotina.
Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pelafrente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.
Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno, anoto frases e indicações das semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importa­ção de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá-las, atravessar o deserto sem ressen­timentos.
Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos ven­cidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputa­da do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que, talvez, esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade? Que destino tomaram na vida?
Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o Governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros, que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrá­tico. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.
Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experi­ência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parla­mentares.
Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, com­preendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submer­gir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso, proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.
Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus cha­rutos, Vossa Excelência para cá, Vossa Excelência para lá, sigilos bancá­rios, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da política a singele­za do vendedor de sabonetes?

ISBN: 85-254-1610-X
G112n
Gabeira, Fernando Paulo Nagle, 1941-
Navegação na neblina / Fernando Paulo Nagle Gabeira. -
Porto Alegre : L&PM, 2006.
120 p. ; 21 cm.
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ALIANÇA COM MALUF ABRE CRISE EM CAMPANHA DO PT



COM MALUF, ERUNDINA SAI
Autor(es): agência o globo:Sérgio Roxo
O Globo - 19/06/2012
 
Recém-confirmada como vice de Haddad à prefeitura de São Paulo, deputada repudia aliança
Descontente com a união selada ontem em uma visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à casa de Paulo Maluf (PP), a deputada federal Luiza Erundina (PSB) disse ontem que, com a aliança, não aceita mais o posto de vice na candidatura do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.
- Vou conversar com o meu partido. Meu partido tem outros nomes, não tem problema nenhum. Mas eu não aceito - afirmou ao GLOBO, na tarde de ontem.
A declaração deixou os petistas perplexos. A coordenação da campanha de Haddad se reuniu para discutir o assunto e decidiu procurar a deputada para tentar reverter a situação. O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que articulou a adesão de Erundina à chapa, disse, por meio de sua assessoria, que não daria entrevistas até se reunir com a direção do partido e com a deputada, o que deve acontecer hoje. Amaral, no entanto, frisou que "a vaga de vice de Haddad é do PSB", o que dá a entender que, com a desistência de Erundina, o partido nomearia outra pessoa à chapa do petista.
O episódio acrescenta mais um conflito à conturbada relação de Erundina com o PT. Fundadora e primeira prefeita do partido em São Paulo (1989-1992), ela deixou a legenda em 1997 para se filiar ao PSB. O desgaste teve início em 1993, quando a hoje deputada foi suspensa por um ano por aceitar o convite do então presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Administração Federal.
Para Erundina, a aliança do PT com o PP é "constrangedora". Ela e Maluf se enfrentaram na eleição da prefeitura de 1988, vencida pela socialista:
- Não é a pessoa do Maluf, é o que ele representa na História política deste país. No momento em que se está buscando a verdade sobre os crimes da ditadura, está se celebrando um acordo com alguém que foi um dos protagonistas e sustentáculo da ditadura militar. Fica tudo muito esquisito.
A deputada acrescentou que Maluf representa "o atraso e a falta de ética":
- Tudo que eu rejeito na política e que a sociedade também não aceita.
Oposição de militantes
Na avaliação de Erundina, Haddad não conseguirá implantar as mudanças que promete na cidade se estiver ao lado do líder do PP. O tempo de TV ganho com a aliança, que fará com que o PT tenha a maior fatia do horário eleitoral gratuito (mais de sete minutos), não vale o desgaste, segundo a socialista:
- Não acho que um minuto e 30 segundos justifiquem que se passe para a sociedade uma atitude contraditória do ponto de vista de quem quer fazer um governo que seja renovador, que seja criativo, que seja democrático. Não vai fazer isso junto com alguém que é o oposto disso.
A deputada diz ainda que a forma como o acordo foi selado também contribuiu para aumentar a sua rejeição:
- A presença dos três (Maluf, Lula e Haddad) na casa do Maluf é uma coisa muito simbólica, representativa.
Erundina não sabe quando vai conversar com o partido nem estabelece um prazo para decidir o seu futuro. Ela faz questão de destacar que a sua posição não é individual. Conta ter se reunido, no final de semana, com cerca de 200 pessoas, "entre militantes do PT e do PSB, intelectuais e lideranças da sociedade", que se opuseram à aliança.
Na noite de domingo, ela conta ter relatado a Haddad o que ouviu :
- Ele (Haddad) estava sabendo da minha insatisfação em nome de, no mínimo, 200 pessoas.
Haddad disse que conversará com Erundina:
- Tenho o maior apreço por Erundina. Vou conversar com ela sob as perspectivas que foram colocadas agora. Não fazemos alianças com pessoas mas com partidos da base do governo Dilma. (COLABOROU Mariana Timóteo da Costa ).
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''SAMPA'' *



ERUNDINA: "NÃO VOU ACEITAR"




LULA CHANCELA ALIANÇA DO PT COM MALUF, E ERUNDINA AMEAÇA ABANDONAR HADDAD
Autor(es): BRUNO BOGHOSSIAN, FERNANDO GALLO
O Estado de S. Paulo - 19/06/2012

Com a presença do ex-presidente Lula, a cúpula do PT foi à casa do deputado Paulo Maluf para chancelar o apoio do PP à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Depois que Lula e Haddad posaram para fotos ao lado de Maluf, a deputada Luiza Erundina (PSB), anunciada como vice na chapa, afirmou "não aceitar" a aliança com o deputado. "Vou rever minha posição. Não preciso ser vice para fazer política", disse ao site da Veja.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do PT paulista foram à casa do deputado Paulo Maluf ontem para oficializar o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. O prestígio conferido ao ex-prefeito, porém, desagradou à deputada e candidata a vice Luiza Erundina (PSB), que ameaçou abandonar a chapa com o petista. A rebelião de Erundina deflagrou no PT e no PSB ainda durante a noite um movimento para convencê-la a se manter na campanha.
O presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deve ter uma conversa com a deputada hoje. No PT, espera-se que Lula aja para reverter a situação. "Vamos conversar pessoalmente e confortá-la", disse Haddad em entrevista à TV Bandeirantes.
O acordo com o PP dará ao pré-candidato petista 1min35s na propaganda eleitoral na TV. Mas depois que Lula e Haddad posaram para fotos com Maluf, Erundina iniciou uma rebelião: disse não aceitar a aliança e ameaçou abandonar Haddad. "Eu, pessoalmente, não vou aceitar. Vou rever minha posição", afirmou ao site da revista Veja.
Ao Estado no sábado, ela afirmou que se sentia "desconfortável" com Maluf, mas ponderou: "Com todas as críticas que se pode fazer aos governos Lula e Dilma, foram governos voltados para a maioria, mesmo que isso tenha exigido certas concessões. A política é real."
Ontem ela disse ter conversado com Haddad no domingo. Relatou que o petista afirmara não ter fechado totalmente a aliança com Maluf. O acordo eleitoral entre o PP e o PT, no entanto, estava acertado desde a quinta-feira à noite.
Um líder petista disse que Erundina se sentiu desprestigiada por Lula. Na sexta, o ex-presidente não foi ao encontro que oficializou o apoio do PSB ao PT e confirmou a vaga de vice - ele havia sido internado para a retirada de um cateter e teve alta somente um dia antes.
Reunião. Segundo petistas, Lula foi ontem à casa de Maluf a fim de atender a uma exigência de última hora do deputado do PP. Os dois partidos reuniram seus principais líderes de São Paulo, então, para oficializar a aliança e posar para fotos. A imprensa esperou do lado de fora, atrás do portão.
O deputado, sorridente, afagou o pré-candidato e o ex-presidente, que pareciam constrangidos. Além de Haddad e Lula, o PT compareceu com seu presidente nacional, Rui Falcão, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e o vereador Chico Macena.
Depois da formalização da aliança, que foi costurada pelos comandos nacionais dos dois partidos, Maluf evocou a participação do PP no governo da presidente Dilma Rousseff para justificar sua desistência de apoiar José Serra (PSDB), com quem já estava praticamente fechado.
A aliança se consumou após o governo ceder um cargo no Ministério das Cidades a um apadrinhado de Maluf - o deputado nega ser ligado ao indicado.
"Quem tem as melhores condições de resolver os problemas (de São Paulo) é um candidato que tenha parcerias com o governo federal", disse Maluf. "É o nosso candidato porque eu amo São Paulo", afirmou o deputado.
Haddad repetiu o discurso sobre a proximidade no governo federal e disse que sua união a Maluf é um "pacto pela cidade".
"Estivemos em campos opostos no passado. Nem ele está negando. Se há uma proposta para mudar a cidade, não vejo por que não contar com os partidos da base aliada do governo Dilma", afirmou o petista.
Maluf evitou rebater Erundina sobre seu apoio a Haddad. "Eu sucedi Erundina. Ela foi uma boa prefeita", disse Maluf.
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(*) SAMPA. Caetano Veloso.


"... E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso."

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


19 de junho de 2012
O Globo

Manchete: Aliança com Maluf abre crise em campanha do PT
Erundina, recém-anunciada vice de Haddad em SP, diz não aceitar coligação

Suspensa do PT em 1993 por aceitar um ministério do governo Itamar Franco, a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, atualmente no PSB, disse ontem que não admite mais ser vice de Fernando Haddad, após a formalização da aliança com Paulo Maluf (PP).
Ela classificou como constrangedora a união com tudo o que rejeita na política e disse que o deputado representa “o atraso e a falta de ética”. Petistas, perplexos, tentam mudar a decisão. Maluf, que não pode deixar o Brasil por uma ordem de captura da Interpol, fez o anúncio da união em sua própria casa, com a presença do ex-presidente Lula. (Págs. 1 e 3)

Fotolegenda: Lula e Paulo Maluf selam acordo em favor de Fernando Haddad.
Enquanto isso, na Câmara...
O deputado Marcos Medrado (PDT-BA) confirmou que negociou com João Carlos Bacelar (PR-BA), acusado de comprar emendas de colegas, a destinação de verba ao Orçamento, mas negou ter recebido dinheiro por isso. (Págs. 1, 9 e editorial “Mais desvios”)
TRE considera Jorge Roberto inelegível em Niterói (Págs. 1 e 4)

Natureza (humana) em fúria
Às vésperas da Cúpula da Rio+20, mulheres, povos indígenas e ambientalistas saíram ontem às ruas para protestar contra o Código Florestal, a construção de Belo Monte e pela liberdade feminina. Índios pararam o trânsito do Aterro com arco e flecha e ocuparam os jardins do BNDES. O dia de fúria verde causou engarrafamentos de até sete quilômetros, e mais poluição. Esquema especial de trânsito começa hoje com faixa exclusiva na Linha Vermelha. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Brasil e Europa travam batalha final
Até o fim da noite de ontem, diplomatas brasileiros tentavam pôr ponto final no documento que será apresentado aos chefes de Estado e governo na Rio+20. Enquanto isso, europeus ainda buscavam ganhar tempo para incluir alguns avanços nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O texto final está saindo fraco, com vários temas polêmicos de fora. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Michael Bloomberg
Presidente do C40 diz que o grupo vai propor corte de 1 bilhão de toneladas de gases do efeito estufa até 2030. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Míriam Leitão
O Brasil jogou a toalha e o documento é pior do que se imaginava: o acordo poderá ser sobre o nada. (Págs. 1 e Economia)
Tensão no euro agora é com Itália e Espanha
Mesmo após a vitória dos conservadores na Grécia, os mercados não se acalmaram. Agora o temor é com o risco das dívidas de Espanha e Itália. O custo dos títulos espanhóis bateu recorde e superou 7%, nível em que Irlanda, Grécia e Portugal pediram socorro. Os papéis italianos passaram de 6%. Para evitar contágio, os países do Brics criarão fundo anticrise com reservas cambiais. (Págs. 1, 19 a 22 e editorial “Gregos demonstram alguma sensatez”)
Egito: islamista e ex-premier cantam vitória
Os dois candidatos à Presidência do Egito — o ex-premier Ahmed Shafiq e o islamista Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana — se declararam vitoriosos, no momento mais conturbado da transição política. Na véspera, os militares aumentaram seus poderes e reduziram o do futuro presidente. (Págs. 1 e 25)
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Folha de S. Paulo

Manchete: PT faz aliança com Maluf, e Erundina ameaça sair
Ao lado de Lula, ex-prefeito diz que escolheu Haddad por “amor a São Paulo”

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e o PT anunciaram uma aliança inédita em apoio ao petista Fernando Haddad na corrida à Prefeitura de São Paulo. A união foi selada numa sessão de fotos com o ex-presidente Lula.
Luiza Erundina (PSB), vice de Haddad, disse que o ex-prefeito é “abominável” e que vai “rever sua posição”. Ela ameaçou entregar a vaga e boicotar a campanha na TV. “Não me vejo aparecendo ao lado dele.” (Págs. 1 e Poder A4)

Janio de Freitas

A composição é fascinante, na eloqüência com que sintetiza tanto dos nossos tempos. (Págs. 1 e A6)

Fotolegenda: Lula cumprimenta Maluf na casa do ex-prefeito, que exigiu a presença do ex-presidente para anunciar o apoio a Haddad.
Justiça valida grampos da PF do caso Cachoeira
As gravações feitas pela PF na operação Monte Carlo, que revelou a ligação do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos, foram consideradas legais pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Para a corte, o fato de a investigação ter sido iniciada após uma denúncia anônima não torna as escutas ilegais. Cachoeira pode recorrer. (Págs. 1 e Poder A8)
Após alívio grego, Espanha volta a causar temor
Após a eleição na Grécia aliviar temores de sua saída do euro, a atenção do mercado se voltou para a Espanha. Os juros dos títulos da dívida atingiram o recorde de 7,30% —nível considerado insustentável. Um pacote passa a ser visto como única alternativa. (Págs. 1 e Mundo A12)
Citroën faz recall de 97 mil carros dos modelos C4 e C4 Pallas (Págs. 1 e Mercado B4)

Dilma prepara terreno para ações protecionistas (Págs. 1 e Mercado B1)

Fotolegenda: Índio quer protesto
Com arco e flecha, indígena tenta bloquear a rua para manifestação contra o BNDES, no centro do Rio; eleito a ‘força do mal’, o banco também foi alvo de protestos de ambientalistas, sem-terra e feministas. (Págs. 1 e Cotidiano C9)
Editoriais
Leia “Novidades paulistanas”, sobre alta de Haddad no Datafolha, e “Foco no investimento”, acerca de concessões de Dilma Rousseff a governadores. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Alívio grego não basta, e Espanha volta a assustar
Espanhóis têm seu pior dia desde o início da crise, diante da incerteza sobre o resgate de seus bancos

A eleição na Grécia, embora tenha trazido alívio em razão da vitória da coalizão favorável à permanência na zona do euro, fracassou em dar garantias à União Europeia. O foco de instabilidade se transferiu ontem para a Espanha, que viveu seu pior dia nos mercados financeiros desde o início da crise. A notícia de que ainda não estava pronto o resgate de até € 100 bilhões para os bancos espanhóis, anunciado há dez dias, provocou reação dos investidores. A bolsa espanhola fechou em queda de 2,9%, mesmo índice da de Milão. Já a taxa de juros da dívida espanhola atingiu o recorde de 7,2%, o que, na prática, impede que o governo tenha acesso sustentável a um financiamento no mercado. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Análise
Celso Ming

O precipício europeu

O bêbado continua lá no alto, balançando miseravelmente o corpo sobre o vazio. (Págs. 1 e Economia B2)
Erundina: "Não vou aceitar"
Com a presença do ex-presidente Lula, a cúpula do PT foi à casa do deputado Paulo Maluf para chancelar o apoio do PP à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Depois que Lula e Haddad posaram para fotos ao lado de Maluf, a deputada Luiza Erundina (PSB), anunciada como vice na chapa, afirmou “não aceitar” a aliança com o deputado. “Vou rever minha posição. Não preciso ser vice para fazer política”, disse ao site da Veja. (Págs. 1 e Nacional A4)

Fotolegenda: Pragmáticos

Lula cumprimenta Maluf, observado por Haddad, na oficialização do apoio do ex-prefeito ao petista.
EUA eram contra Rio+20, revela telegrama
Documentos diplomáticos mostram que a Casa Branca queria adiar a cúpula em razão da crise internacional

Telegramas da diplomacia americana desde 2008, obtidos pelo WikiLeaks, revelam que os EUA consideravam a Rio+20 “precipitada”, questionando a utilidade do encontro. Os EUA disseram que não eram refratários à cúpula em si, mas aos gastos envolvidos, em meio à crise internacional. A posição, tomada no governo de George W. Bush, se manteve na gestão de Barak Obama. A secretária de Estado Hillary Clinton, que representará os EUA no Rio, chegou a propor o adiamento do encontro para 2017. (Págs. 1 e Planeta H3)
Desmate fora da Amazônia
O Brasil já perdeu 38% da vegetação nativa, segundo dados de pesquisa do IBGE. Nos biomas fora da Amazônia, a destruição chegou a 58,5%. Na Amazônia, ela é de 14,8%. (Págs. 1 e Planeta H6)
Fotolegenda: Protestos e caos no trânsito
Índios bloqueiam rua no centro do Rio a caminho da sede do BNDES, que teve o jardim invadido; protestos deixaram o trânsito complicado na cidade, que hoje recebe várias delegações. (Págs. 1 e Planeta H8)
Justiça diz que são legais provas contra Cachoeira
O Tribunal Regional Federal decidiu que são legais as provas obtidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na operação que apura o esquema de exploração de jogos por Carlinhos Cachoeira. A investigação prosseguirá. (Págs. 1 e Nacional A8)
Infrações leves e médias terão apenas advertência (Págs. 1 e Cidades C1)

Gol troca presidente em meio a reestruturação (Págs. 1 e Economia B15)

David Brooks
O que pensam os republicanos

Conservadores acreditam que o sistema de bem-estar social ameaça o futuro das finanças e o capitalismo americano. (Págs. 1 e Visão Global A15)
Dora Kramer
Quanto vale o show

Na geleia geral vigente no cenário político, sobram pouquíssimas vozes moralmente abalizadas para condenar a aliança do PT com Maluf. (Págs. 1 e Nacional A6)
Notas & Informações
Nova chance para o euro

O foco das tensões pode mudar e qualquer alívio é sempre efêmero. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Comissão vai apurar tortura a Dilma em Minas
O ministro do STJ e coordenador da Comissão da Verdade, Gilson Dipp, ficou impressionado com os relatos de Dilma sobre a tortura que ela sofreu nos porões da ditadura em Minas, à época em que lutava contra o regime. Pau-de-arara, choque, socos... O depoimento foi tornado público no domingo, com exclusividade, pela repórter Sandra Kiefer. "Chocante", descreveu Dipp. O ministro também não sabia que Juiz de Fora tinha sido um dos locais de tortura. Ele disse que a comissão irá investigar tudo.

General nega agressões: "Esse povo mente muito". (Págs. 1, 2 a 4 e Visão Do Correio, 14)
Todo servidor do GDF terá ponto eletrônico
O controle de frequência será obrigatório no funcionalismo local. Na Esplanada, primeiro dia de greve geral atinge parcialmente seis ministérios. (Págs. 1, 12 e 26)
Lei seca - Bafômetro: será pior se não soprar
Caso vire lei mudança proposta pela comissão de juristas que elabora o novo Código Penal, a impunidade de quem se recusa a soprar o bafômetro está com os dias contados. “Criamos hoje o crime de dirigir visivelmente embriagado”, afirma Luiz Flávio Gomes, que participa da reforma. Segundo ele, bastará o relato de testemunhas ou a comprovação por imagens. “Isso é muito mais preciso que a lei seca." (Págs. 1 e 8)
Grampos contra Cachoeira foram dentro da lei (Págs. 1 e 6)

Eleições: PT se une a Maluf e abre crise com Erundina
Radiantes, Lula e Haddad selaram com um aperto de mão a aliança com o presidente estadual do PP para a disputa pela prefeitura de São Paulo. Mas Erundina não gostou. Indicada pelo PSB para ser vice de Haddad, ela não aceita fazer campanha ao lado de Maluf e ameaça deixar a chapa. “Não preciso ser vice para fazer política”, desabafou. (Págs. 1 e 5)
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Valor Econômico

Manchete: União investirá R$ 13 bi em novas ferrovias no Sul
O governo prepara uma grande ofensiva para expandir a malha ferroviária no Sul do país. Até o fim da semana, a estatal Valec anunciará a contratação de uma série de estudos de viabilidade e a realização de acordos técnicos para encampar a construção de 2,7 mil quilômetros de trilhos.

Esses estudos, que custarão R$ 30 milhões e deverão ser concluídos em até um ano, vão balizar a construção de quatro grandes trechos planejados pelo Ministério dos Transportes. O maior deles, entre as cidades de Panorama (SP) e Rio Grande (RS), prevê um investimento total de R$ 6 bilhões. Trata-se do último bloco que complementa o projeto da Ferrovia Norte-Sul. O edital para contratação dos estudos e projeto dessa malha foi publicado ontem. (Págs. 1 e A3)
Fotolegenda: A vez do Brasil
Os investimentos da Cisco no Brasil deverão ultrapassar os US$ 600 milhões anunciados. Ela quer ampliar "drasticamente" sua presença no país, diz o CEO, John Chambers. (Págs. 1, B1 e B3)
Prioridade do novo Cade é coibir cartéis
Depois de acelerar o julgamento de mais de 70 fusões e aquisições em maio, em negócios que superaram R$ 10 bilhões, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai concentrar sua atuação nos casos de conduta anticompetitiva, como a cartelização. O novo presidente do órgão, Vinícius Carvalho, disse ao Valor que, depois do "boom" de fusões provocado pela iminência da entrada em vigor da nova Lei Antitruste (nº 12.529), o objetivo agora é acelerar investigações. Para isso, conta com um reforço: o incentivo aos acordos de leniência. Até 29 de maio, a empresa líder de um cartel era proibida de fechar esse tipo de acordo, pelo qual confessa o crime em troca de redução da pena. (Págs. 1 e A2)
Brasil recebe críticas por "falta de ambição"
Sob fortes críticas dos representantes europeus, a Rio+20 pode terminar sem resultados concretos. O questionamento europeu, apoiado por organizações da sociedade civil, é que a conferência, sob a presidência brasileira, está adiando decisões e que falta coragem para avançar. O Brasil se defende dizendo que está tentando criar consensos em temas complexos e que envolvem financiamento em um mundo sem recursos. As negociações do documento "O Futuro que Queremos" estavam previstas para avançar na madrugada de hoje.

Em reunião no início da noite de ontem, os negociadores do bloco europeu reafirmaram que não viam ambição no texto e que não o consideravam forte o suficiente. "Não há menção de metas concretas ou objetivos", disse ao Valor Monica Westerén, porta-voz de Janez Potocnik, o comissário de Meio Ambiente da UE. "A Rio+20 está olhando mais para o passado que para o futuro". (Págs. 1 e A9)
Brics terão fundo virtual de reservas
Num cenário de grande incerteza global, os líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) acertaram ontem a formação de um fundo virtual de reservas para permitir operações de troca de moedas entre si, além de terem concordado em fazer um novo aporte de recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI). A ideia é que os estudos para a criação do fundo estejam prontos por volta da reunião de primavera do FMI, em abril de 2013, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltando que os países já podem fazer trocas de moedas. Os valores do fundo ainda não foram definidos. (Págs. 1 e C12)
Saúde atrai múltis para equipamentos
Preocupado com o elevado déficit da balança comercial no setor de saúde, que deve atingir o valor recorde de US$ 12 bilhões neste ano, o governo federal se empenha para estimular a produção nacional de equipamentos médicos e remédios. O arsenal de medidas inclui o uso do poder de compra do governo, promessa de isenção fiscal para os medicamentos incluídos no programa social Farmácia Popular e aumento da produção de vacinas para a exportação.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ao Valor que o país receberá investimentos de R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de equipamentos radioterápicos. As gigantes Siemens, GE e Elektra disputam o mercado, com a promessa de que o governo será o principal comprador. (Págs. 1 e A16)
Mais bancos vendem créditos "podres" (Págs. 1 e C1)

Paulo Kakinoff, que comanda a Audi no Brasil, assumirá a presidência da Gol (Págs 1 e B3)

Justiça valida escutas da Monte Carlo
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, considerou legais, por dois votos a um, as escutas telefônicas da operação Monte Carlo, que levaram à prisão de Carlinhos Cachoeira. (Págs. 1 e A6)
Neri no Ipea
O economista carioca Marcelo Neri deverá ser o novo presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). A nomeação deverá ser feita pela presidente Dilma após a Rio+20. (Págs. 1 e A8)
Vantagem de Chávez é incógnita
À frente de Henrique Capriles em todas as pesquisas, o difícil é saber o tamanho da vantagem de Hugo Chávez. A diferença entre eles varia de 1,5 a 35 pontos, conforme a pesquisa eleitoral. (Págs. 1 e A13)
Capital privado cresce no saneamento
Bastante pulverizado e com presença marcante do Estado, o setor de saneamento básico (incluídas a coleta e o tratamento de água, esgoto e resíduos) no país atrai cada vez mais a participação da iniciativa privada. (Págs. 1, B8 e B9)
Avanço do conllon
Preço mais baixo e melhora da qualidade elevam a participação do café robusta nos “blends” dos cafés industrializados no Brasil. Segundo a Abic, esse percentual hoje é de 40%, mas alguns especialistas já falam em até 55%. (Págs. 1 e B12)
Ideias
Delfim Netto

A intuição mostra que a política econômica do governo — fiscal, monetária e cambial — parece estar no caminho correto. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Raymundo Costa

Imposição de candidatos por caciques nacionais e regionais, à esquerda e à direita, marca disputa municipal de 2012. (Págs. 1 e A6)
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