PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, fevereiro 22, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] "FACE BROKEN"

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''QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF?'' *


22/02/2013 - 03h00

Morte de pacientes de UTI não tem razão financeira, diz apuração

CURITIBA/FOLHA DE SP


Investigação conduzida pela Prefeitura de Curitiba não apontou evidências de que tenha havido vantagem financeira com a morte de pacientes no hospital em que trabalha a médica Virgínia Helena Soares Souza, 56, presa nesta semana sob suspeita de homicídio qualificado.


A investigação, que ocorre paralelamente à da Polícia Civil, tem o apoio de um auditor do Ministério da Saúde.

A polícia apura se a médica provocou a morte de pacientes na UTI geral do Hospital Universitário Evangélico. Ela nega as acusações.


Segundo a polícia, há indícios de que pacientes do SUS tenham sido mortos para "liberar" vagas para outros que pagariam pelo serviço. O hospital tem uma dívida de cerca de R$ 260 milhões.


Para a comissão que investiga o caso, porém, essa suspeita não se sustenta.
"A gente acredita que é uma coisa isolada, de uma das UTIs e especificamente de uma pessoa. Não é ordem superior, não é política do hospital", afirma o auditor Mário Lobato da Costa.

Ele justifica que os convênios pagam quase a mesma diária que o SUS e são muito rigorosos ao avaliar despesas.


Henry Milleo/Gazeta do Povo/Folhapress
A médica Virginia Helena Soares de Souza, medica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil
A médica Virgínia Helena Soares de Souza, médica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil

BILHETE

Bilhete divulgado ontem pelo site G1 mostra suposto pedido de uma paciente para que fosse retirada do hospital.

Ao "Jornal Nacional", a mulher disse que ficou internada em dezembro de 2012 e ouviu a médica mandando que desligassem seus aparelhos. "Se eu não conseguisse [sobreviver], eu não tinha chance. Só que daí uma enfermeira viu que eu estava 'agoniando' e ligou de novo."

Médica há 30 anos, Virgínia chefiava o setor desde 2006. "Ela mandava e desmandava naquele lugar", afirmou à Folha um colega.

A defesa, que afirma não haver provas contra Virgínia, diz que pedirá a liberdade dela.
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(*) Título de filme.
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HÁ PEDRAS NO CAMINHO; NO CAMINHO HÁ PEDRAS *


Foi aberto o placar

22 de fevereiro de 2013 | 2h 08
Dora Kramer - 
O Estado de S.Paulo
Muito mais que apenas um ano e 10 meses separa o discurso de abril de 2011, em que o senador Aécio Neves em tese se apresentaria como o líder da oposição no País, do pronunciamento feito por ele nesta quarta-feira na tribuna do Senado supostamente para dividir a cena com a festa do PT em comemoração aos seus 10 anos de poder. 

Antes fez um discurso tépido na forma e repetitivo no conteúdo. Tão fraco que recebeu apartes de diversos petistas com saudações ao líder da oposição "que todo governo gostaria de ter", conforme palavras do senador petista Jorge Viana. 

Agora, com discurso bem mais incisivo com uma ideia síntese precisa - "O que preside o Brasil é a lógica da reeleição" -, propositadamente ignorado. Escalado para marcar a posição do PT no único aparte, o senador Lindbergh Farias acabou desperdiçando a oportunidade ao cobrar de Aécio Neves a pronúncia das palavras "povo, pessoas, gente, emprego miséria". 


Abordagem, segundo o petista, "pouco competitiva para quem pleiteia a Presidência da República". 

O tucano agradeceu o "lançamento da candidatura" e, talvez por educação, evitou informar ao colega que a escolha do candidato e avaliação de competitividade cabe ao PSDB, não ao PT. 

Os tucanos em geral têm-se notabilizado pelos passos em falso. Entre os inúmeros produtos de ambiguidades, hesitações e picuinhas em série, citemos apenas o último na eleição das Mesas da Câmara e do Senado. O PSDB fez que foi (contra), mas não foi. 

Já na quarta-feira, o partido produziu dois acertos, abrindo um placar que até agora só registrava tentos para o adversário. O primeiro, a decisão de antecipar o pronunciamento de Aécio para fazê-lo coincidir com o dia da festa petista, usando um tom, senão de declaração de guerra, mas de chamada à disputa.

O segundo acerto, a defesa explícita do legado de estabilidade e organização do governo Fernando Henrique. Herança defendida com dez anos de atraso e depois de o PSDB deixar que o PT a carimbasse como "maldita". Ao menos dessa vez o tucano não tergiversou nem amenizou como em seu decepcionante discurso de abril de 2011: deu às coisas o nome que elas têm. 

A medida da mudança de atitude foi o comportamento dos petistas em relação a ele. De tarde, no plenário, calaram para não acrescentar-lhe azeitona à empada e mais tarde, na festa do PT em São Paulo, desceram a lenha na oposição. 

Trataram-na como existente. Na cartilha de comparação entre os governos petistas e tucanos, na fala agressiva de Lula, na tentativa da presidente da República de eliminar o passado - "não herdamos nada" - da História. 

Isso de um lado vitamina os fragilizados oposicionistas e, de outro, sinaliza que o governo, de verdade, não compartilha da avaliação do presidente do PT, Rui Falcão, de que não haverá "pedras no caminho" da reeleição de Dilma. A ofensiva é coisa de quem acha que a vida não será assim tão fácil. 

Tempos modernos. 

A Organização Não Governamental Avaaz conseguiu recolher 1,6 milhão de assinaturas de gente que discorda da presença de Renan Calheiros na presidência do Senado, mas na hora de levar o abaixo-assinado a Brasília havia menos de 30 pessoas no ato de protesto em frente ao Congresso. 

Conversa fora. Todos os anos, seja qual for o governo, começam com a mesma história de reforma ministerial que acaba não se concretizando como tal.

No máximo uma mexida aqui e ali para fins de acomodação político-partidária, mas nada que se enquadre no conceito estrito do termo reforma: "Mudança em algo para fins de aprimoramento e obtenção de melhores resultados; nova forma; nova organização; renovação". 
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(*) Paráfrase de Drummond.
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A VOZ DO DONO E O DONO DA VOZ *


Novela cubana

22 de fevereiro de 2013 | 2h 09

Nelson Motta - 
O Estado de S.Paulo
Se os eficientíssimos serviços de repressão cubanos, que há anos espionam Yoani Sanchez dia e noite, tivessem descoberto a menor prova de suborno, a "agente milionária da CIA" já estaria presa. É sintomático que, para eles, alguém só discorde do governo se levar dinheiro. Freud diria que estão falando deles mesmos. 


Antigamente eles queriam ser mais realistas que o rei, hoje tentam ser mais tirânicos que os tiranos, como mostraram os protestos contra Yoani em Recife, Salvador e Feira de Santana, não só com gritos e faixas, mas esfregando dólares falsos no seu rosto e puxando os seus cabelos.

Mas Yoani até gostou dos protestos, como um sopro de democracia para quem vive numa ditadura sufocante, e se divertiu ouvindo velhas palavras de ordem "que nem em Cuba se ouvem mais". O resultado foi uma repercussão muito maior - maciçamente a favor da blogueira - do que teria a sua viagem ao Brasil.

No sertão baiano, uma milícia de talibãs tropicais impediu a exibição do filme Conexão Cuba-Honduras, porque não queriam discutir nada, mas calar o opositor no grito. Quando conseguiu falar, Yoani disse que vive numa sociedade "onde opinião é traição" e eles vaiaram. Mas deveriam aplaudir, porque no Brasil que eles sonham também será assim. A maior fragilidade da democracia é poder ser usada livremente pelos que querem destruí-la, a começar pela liberdade de expressão. 

Yoani escreve, descreve e analisa muito bem o cotidiano de Cuba, mas suas criticas não são violentas, debochadas ou incendiárias. Muitas vezes são crônicas sobre as dificuldades para comprar um ovo, o elevador quebrado há oito anos, a escassez de quase tudo, os roubos e malandragens sistêmicos, a internet lenta e censurada, os privilégios da elite.

Como quase todos num país ainda na idade do byte lascado, Yoani não tem conexão em casa. É obrigada a postar em hotéis a preços absurdos porque as poucas lan houses são só para estrangeiros e seu blog não pode ser acessado na ilha. 

Agora Yoani quer usar o dinheiro dos seus prêmios culturais ganhos no exterior para fundar um jornal independente. Ley de Medios em Cuba já!
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(*) Chico Buarque.
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FRAUDE COM ''MODERAÇÃO''


Sex , 22/02/2013 às 09:05

Valério e delegados da PF têm R$ 14 mi bloqueados

Fausto Macedo | Agência Estado

A Justiça Federal decretou em caráter liminar o bloqueio de R$ 14,12 milhões do empresário Marcos Valério e de outros 11 acusados - entre eles três delegados da Polícia Federal e quatro advogados. 
Condenado a 40 anos de prisão no julgamento do mensalão, Valério responderá agora por improbidade administrativa sob acusação de coordenar em 2008 um esquema de espionagem, fraude e ameaças contra dois fiscais de rendas do Estado de São Paulo que pretendiam aplicar multa de R$ 95 milhões à cervejaria de um amigo dele, Walter Faria.
A juíza Anita Villani, da 1.ª Vara Federal em Santos, decretou ainda a quebra do sigilo fiscal e bancário de Valério e seus parceiros.
Em 119 páginas, o procurador da República Andrey Borges de Mendonça reconstitui passo a passo o envolvimento de Valério na trama. Ele transcreve diálogos de Valério interceptados pela PF no âmbito da Operação Avalanche, desencadeada em outubro daquele ano - na ocasião ele ficou preso por quase três meses.
A ação de improbidade é um desdobramento do processo criminal da Avalanche. O procurador destaca a "capacidade de comando" de Valério e requereu a decretação de indisponibilidade de bens dele e dos outros, de maneira solidária, naquele montante. O cálculo para os R$ 14,12 milhões foi feito a partir do que seria pago aos federais pelo inquérito forjado, R$ 3 milhões, acrescido do valor referente ao enriquecimento ilícito e multa.
Andrey Mendonça anexou cerca de mil páginas de provas documentais. Requereu afastamento do cargo de dois delegados da PF que estão na ativa - Antonio Hadano e Silvio Salazar - medida rejeitada pela juíza -, e cassação da aposentadoria de um delegado.
A juíza Anita Villani observou. "Há robustos elementos a indicar a prática de atos de improbidade administrativa pelos réus que, mediante contraprestação de vultosa quantia, atuaram em desrespeito aos deveres da função (para os servidores), ou induziram e concorreram para tal conduta (para os demais réus, não servidores), prejudicando pessoas inocentes com a instauração de inquérito policial sabidamente forjado."
Para a juíza, "as transcrições dos áudios demonstram a participação dos réus e seu conhecimento acerca dos fatos, demonstram que receberam valores elevados para praticarem os atos de improbidade". O procurador relata que Valério e o advogado Rogério Tolentino, também condenado no mensalão, "arquitetaram esquema de desmoralização e difamação" dos fiscais Antonio Carlos de Moura Campos e Eduardo Fridman que lavraram autuação da Cervejaria Petrópolis
Segundo a PF, Valério e Faria cooptaram os delegados e outros policiais, a quem iriam pagar R$ 3 milhões pelo falso inquérito contra os fiscais.
A Inteligência da PF grampeou ligação de 5 de junho de 2008 entre dois advogados. Um deles diz. "Ele (Valério) quer dinheiro, né?" Chamam Valério de "coordenador" do golpe. Em escuta de 2 de julho Ildeu Pereira, advogado, pergunta a Valério sobre o andamento das negociações. "Correu tudo bem aí, né?". O condenado do mensalão responde. "Eu não sou o anjo do mau agouro meu amigo."
Quando distribui ordens a um interlocutor, Valério é taxativo. "Vai precisar de uma atuação firme sua e dos seus advogados." Tais medidas, segundo anotações apreendidas com Ildeu, compreenderiam a quebra do sigilo dos familiares dos fiscais. "Esse diálogo demonstra a capacidade de comando de Marcos Valério", alerta o procurador Andrey Mendonça ao transcrever conversa do operador do mensalão, captada em 6 de agosto, às 15h38.
Defesa
O advogado Marcelo Leonado, que defende Marcos Valério, disse que considera "fruto de uma criatividade intensa" a ação de improbidade. "A ação penal não trata de nenhum desvio ou utilização de recursos públicos de quem quer que seja. Não sei como numa ação civil vai se cobrar o dinheiro. O Estado vai enriquecer ilicitamente, vai ganhar dinheiro que nunca foi dele? É muito curioso porque isso não envolveu recursos financeiro de ninguém, muito menos do Estado. Não pode ter improbidade."
Os delegados da PF Silvio Salazar e Antonio Hadano não foram localizados, assim como o advogado Rogério Tolentino.
A Cervejaria Petrópolis S/A, cujo diretor presidente é Walter Faria, informou que não foi multada em cerca de R$ 100 milhões. Segundo a empresa, foram duas autuações que não chegaram a R$ 7,5 milhões. A Petrópolis apresentou impugnação e recurso ordinário ao Tribunal de Impostos e Taxas da Secretaria da Fazenda, "que cancelou os dois autos de infração". As informações são do jornal 
O Estado de S. Paulo.

''FAST FOOD'': FOME CAVALAR


Escândalo da carne de cavalo revela brechas nas leis e maus-tratos a animais

Susanna Forrest

Der Spiegel




  • Lasanha da marca francesa Findus está entre os produtos com suspeita de conter carne de cavalo
    Lasanha da marca francesa Findus está entre os produtos com suspeita de conter carne de cavalo
"O nosso sistema é o pior de todos, porque nos leva a isso -em vez da venda pública de cavalos saudáveis, sob uma supervisão controlada e realizada por açougueiros registrados, temos a venda furtiva de carne suspeita em sótãos, porões, por traficantes, por prostitutas, por homens de má reputação sem profissão", escreveu Isidore Geoffroy Saint-Hilaire, em 1856.
Isidore Geoffroy Saint-Hilaire foi diretor do Museu de História Natural de Paris e membro da Sociedade Protetora dos Animais da França. Ele foi um entre um grupo de cavalheiros letrados de meados do século 19 que propôs que a França consumisse carne de cavalo abertamente pela primeira vez desde que o papa Gregório 3º proibiu a prática pagã da hipofagia em 732 dC.
A proposta era racional: como resultado da revolução industrial, um vasto número de cavalos de tração precisava ser descartado humanamente, e um vasto número de trabalhadores não tinha dinheiro para comprar carne vermelha
"Bouchers chevalines", ou açougueiros de cavalo bastante regulamentados era a solução óbvia: no fim de sua vida de trabalho, os cavalos descansavam, eram bem alimentados e depois abatidos, sua carne saudável e rica em ferro era vendida ao público.
Será que Saint-Hilaire poderia imaginar que 157 anos mais tarde, depois da legalização da venda de carne de cavalo em todos os países europeus, e a introdução de resmas de legislação sobre o bem-estar animal e mais burocracia, o continente seria surpreendido por um novo escândalo envolvendo fraude em grande escala, carne potencialmente insegura para o consumo e maus-tratos dos equinos?

Problemas intrincados

Os hominídeos caçavam e comiam os ancestrais do cavalo atual há mais de 500 mil anos, mas tudo isso ficou bem mais complicado 459 mil anos mais tarde quando o primeiro morador do Cazaquistão jogou uma perna por cima do lombo de um cavalo selvagem.
Os equinos são colocados em categorias burocráticas e culturais, sendo criados para a alimentação, como animal de trabalho e de estimação. Isso leva a problemas intrincados na rede de alimentação industrializada moderna.
O escândalo de 2013 que começou sob a alcunha de "Burger Gate" na Irlanda, expandiu-se para abranger um número estimado de 13 países e 28 empresas. A carne de cavalo vinha sendo servida sem que se soubesse em lasanhas, molho a bolonhesa e até "carne fresca" pelas cantinas escolares, redes de bares, prisões, hospitais e pais desavisados.
Alguns especulam que é possível que a fraude já acontecesse há anos. O preço da carne quase dobrou nos últimos seis anos, enquanto o preço dos cavalos entrou em queda livre, graças à recessão. O consumo de cavalo em 2013 é tão lógico quanto a proposta de Saint-Hilaire. Só que não é legalizado – pelo menos não se não for rotulado como carne de cavalo.
Como isso aconteceu? 
O Burger Gate foi resultado de anos de trapalhada burocrática, cortes austeros e suas consequências não intencionais porém inevitáveis. Poucos cavalos são abertamente criados para produção de carne –o prato do jantar vem como uma segunda vocação, muitas vezes inesperada, depois de uma vida de esporte ou trabalho.
Isso significa que os cuidados com os cavalos não estão sujeitos às mesmas regulações rígidas e documentação quanto a criação de gado: qualquer movimento de vacas entre fazendas precisa ser documentado, mas isso não ocorre com os cavalos. O resultado é uma abundância de brechas, campo fértil para exploração por parte de comerciantes inescrupulosos.
A trilha de pegadas que levam à lasanha Findus começa em 2007, na Romênia. Num esforço para reduzir o número de acidentes de trânsito envolvendo cavalos e apaziguar a UE (União Europeia), a Romênia proibiu o uso de carroças puxadas por burros ou cavalos nas estradas principais.
O resultado: um excedente súbito de cavalos que deixaram de ser um bem econômico para se transformar num dreno de recursos. Alguns foram abandonados e outros foram vendidos em leilões por seus proprietários, com destino ao sul para serem abatidos e poderem se transformar em salame com o rótulo "Made in Italy".
Os cavalos são fisicamente mal adaptados para o transporte a longa distância, uma vez que têm um centro de gravidade alto (que leva a quedas) e são mais propensos à desidratação do que os bovinos durante as viagens.
A campanha para que os cavalos de abate viajassem "no gancho e não nos cascos" terminou há mais de um século, mas embora o Parlamento Europeu tenha votado no final de 2012 para introduzir novas restrições, a Comissão Europeia parece relutante em mudar as leis atuais.
Os cavalos romenos estão entre os que mais viajam, e nas condições mais atrozes, mas houve uma interrupção em 2010, quando os EUA entraram em cena para restringir sua exportação porque a anemia infecciosa equina, "Aids dos cavalos", era endêmica no país. Em vez disso, eles foram abatidos.
A carne foi comprada a 2 euros por quilo (US$ 2,68) por uma empresa com sede no Chipre chamada Draap Trading Ltd. e vendida aos processadores de alimentos franceses e Spanghero e Comigel, que intencionalmente ou não a transformaram em refeições congeladas que no rótulo diziam conter carne de boi.
A Draap, como apontaram vários comentaristas, é simplesmente a palavra holandesa para cavalo, soletrada ao contrário. Nem a Comigel nem a Spanghero foram dissuadidas pelo fato de o diretor da Draap, Jan Fasen, ter sido julgado por acusações de fraude em 2012 por vender carne de cavalo da América do Sul como se fosse carne bovina da Alemanha e Holanda.

Perdendo a pista

Da Spanghero e Comigel, o DNA equino que já havia viajado bastante foi transportado para as redes de supermercados britânicos e europeus e para um público sem dinheiro ou bastante econômico. A fraude não foi percebida pelas autoridades do Reino Unido mesmo meses após o início das vendas, porque as fábricas de processamento francesas não são inspecionadas pela Agência Britânica de Normas de Alimentos (FSA).
Para economizar dinheiro, o governo de coalizão dividiu os deveres do FSA entre outros ministérios, e não deixou nenhuma inspeção às fábricas de processamento. Este é o trabalho dos próprios supermercados e também dos departamentos de normas de comércio das autoridades locais britânicas. Mais uma vez, a austeridade teve seu papel: os orçamentos para as normas comerciais despencaram nos últimos anos.
Enquanto isso, numa ironia que teria deixado Saint-Hilaire perplexo, o escândalo apresentou ao público britânico sua própria e impalatável indústria de carne de cavalo, que dobrou a quantidade de cavalos que abate desde 2009. A carne de cavalo não está em voga até o ponto de ser divulgada pelos supermercados britânicos como oferta especial da semana, mas o negócio está crescendo.
A indústria também tem um lado obscuro: os rebanhos são frequentemente criados em más condições, sem inspeções de saúde ou preocupações com o bem-estar dos animais antes de serem finalmente vendidos para o matadouro.
A entidade beneficente Market Watch Equine diz que toda semana cavalos são vendidos, com o mínimo de supervisão oficial, com feridas abertas, doenças transmissíveis e outros sinais visíveis de negligência. Dos mercados, eles são enviados para o exterior como "animais de montaria", driblando assim as regulações em seu caminho para se tornarem uma refeição congelada ou para o abate na Inglaterra.
Quando o Burger Gate explodiu, a ITV divulgou uma matéria que revelava os maus-tratos num abatedouro de cavalos, e então os donos de duas fábricas britânicas foram presos sob suspeita de vender carne de cavalos que haviam sido tratados com um anti-inflamatório comum que pode causar doenças do sangue em seres humanos. O FSA foi obrigado a admitir que havia perdido o rastro da carne contrabandeada no continente.

Voltando a um pesadelo

As salvaguardas haviam falhado. Os cavalos europeus devem ter passaportes que detalham seu histórico médico e evitam que os animais errados entrem no sistema de alimentação, mas a BBC acaba de informar que mais de 7.000 passaportes não autorizados estão em circulação na Inglaterra desde 2008. A Base de Dados Nacional de Equinos, que tinha como intenção rastrear o mercado de cavalos foi desfeita no outono de 2012 como parte de medidas de corte de gastos.
De "carne suspeita" a "venda furtiva" e "homens de má reputação", nossa busca pela carne vermelha barata, nutritiva e produzida com segurança para o trabalhador, levou-nos de volta ao pesadelo de Saint-Hilaire.
E os cavalos? Como Boxer em "A Revolução dos Bichos", eles continuam recebendo um tratamento injusto levando em conta seu status especial. A primavera está chegando. As éguas dos rebanhos de abate logo terão filhotes, mas desta vez não haverá um mercado para hambúrgueres de carne de cavalo.
Os santuários para cavalos da Inglaterra já estão lotados depois de quatro anos de recessão e cavalos abandonados. Os animais de pouca lucratividade passarão de mercado em mercado até serem despejados para se virarem sozinhos.
Enquanto isso, um distrito de Bruxelas tem um novo esquema ecológico de coleta de lixo reciclável. Cavalos puxam carroças de lixo pelas ruas da cidade. É um pouco do charme do velho mundo, e ajuda a preservar as raças tradicionais de animais de trabalho que de outra forma não teriam outro uso a não ser ir para a mesa.
(Susanna Forrest é o autora de "If Wishes Were Horses: A Memoir of Equine Obsession" (Atlantic Books) e está atualmente trabalhando numa história sobre cavalos: A Era do Cavalo. Ela também escreve um blog)
Tradutor: Eloise De Vylder

ELEIÇÕES 2014: "LADY IN RED"



Mudou a candidata, é outra a campanha



Autor(es): Maria Cristina Fernandes
Valor Econômico - 22/02/2013

É outra a candidata que se apresentou à reeleição nesta quarta-feira. Sai a ministra aplicada e tecnocrática e entra a presidente de vermelho, do-povo-pelo-povo-para-o- povo.
Ao disputar pela primeira vez a Presidência da República em 2010, Dilma foi talhada para se mostrar uma herdeira do lulismo com raia própria.
Precisava manter o eleitorado do seu antecessor e agregar setores da classe média com pitadas de meritocracia, apego à gestão e tolerância com a crítica.
Quando o ex-presidente subiu o tom contra adversários e imprensa no final da campanha, manteve seu discurso em outro termostato.
Ao assumir o governo fez acenos à oposição, elogiou o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cativou a classe média com desoneração de IPI de automóveis e ampliou a popularidade para além de sua votação.
A despeito de ter conquistado uma base maior, fez, nesses dois primeiros anos de governo, uma gestão mais petista que a de Lula. Empurrada pela crise econômica, baixou os juros e a tarifa de energia e, com idas e voltas com a presença do Estado na economia, aumentou a regulação.
O que se viu na quarta-feira foi uma presidente ciosa da necessidade de prestigiar seu antecessor, mas dedicada a lustrar o potencial eleitoral de seus próprios feitos.
Mudou a candidata porque é outra campanha. Por mais que continue na boca do povo e seja o principal articulador da reeleição da sucessora, o ex-presidente deixou de ser o principal avalista da disputa. Dilma agora é a candidata do que fez, fizer e deixar de fazer.
E é como candidata dela mesma, que tem que ser menos Dilma. É porque está menos dependente de Lula que precisa trocar a ênfase. Apela menos à tecnocracia e cede mais ao discurso nacional-popular da tradição petista.
Nada garante que chegue em primeiro, mas já não corre o risco de, nesta raia, ficar à sombra de Lula.
A presidente foi ao evento vestida de petista, do figurino ao discurso. O antecessor se vestiu de Brasil. Da gravata listrada de azul e amarelo a um discurso em que resgatou sua posse.
Dilma cuida de arrumar carisma porque a oferta desta mercadoria tende a aumentar em 2014.
Ainda não se sabe se vai vingar, mas, se a rede de Marina vier embalada como pretende, seu potencial de redentora tende a crescer.
Mesmo que faça muitas concessões para entrar no jogo, Marina tem verbo suficiente para vender um passaporte eleitoral como utopia.
No Roda Viva da última segunda-feira, esmerou-se na eloquência que tanto serve a púlpitos quanto a redes sociais: "Sábio é quem aprende com os erros dos outros e estúpido quem não aprende com os próprios erros", "o movimento tem ideias cujo tempo chegou", "a justiça que não se faz com amor é vingança", "não somos resultado do passado, mas daquilo que fizemos do passado".
É com esse discurso que quer ampliar a cesta dos 20 milhões dos eleitores religiosos, ambientalistas, cansados da polaridade e sonháticos em geral.
Marina pouco bate em Dilma. Parece mais à vontade ao falar da cláusula de autodissolução do partido do que do investimento em inovação como motor do crescimento econômico.
Com o verniz mais popular, a presidente parece querer reconquistar o eleitor lulista que, em 2010, viu em Marina a reencarnação da liderança popular representada pelo presidente que partia.
A movimentação de Dilma para evitar sangria de votos em direção à candidata da utopia se mostra mais clara do que a estratégia com a qual pretende enfrentar os postulantes do choque de gestão.
Nesse campo há dois, um mais candidato do que o outro, Aécio Neves e Eduardo Campos. Juntos ou separados têm mais carisma que José Serra mas, a exemplo deste, são bons candidatos em busca de um discurso.
O pronunciamento com que Aécio se contrapôs, no Senado, às celebrações petistas, pode ser um diagnóstico pertinente da conjuntura mas ainda está longe de se transformar num discurso político.
Quantos votos Aécio vai ganhar com o sucateamento da indústria, a crise da federação e a constatação de que o PT faz as privatizações que um dia criticou no PSDB?
Sim, os indicadores sociais e econômicos que bombaram na última década petista podem não se repetir nos próximos dez anos se o país não voltar a crescer.
Aécio tenta denunciar o que estaria por vir mas esbarra na economia de pleno emprego. O governador de Pernambuco tem encontrado o mesmo freio para não dar sua candidatura por consumada.
Ambos investem suas fichas nas bases partidárias e empresariais da candidatura Dilma. A inflação de emendas às medidas provisórias do setor elétrico e dos portos são a demonstração de como a base aliada busca ser sócia da tentativa da presidente em reaver o investimento.
É dos excluídos desse consórcio que podem surgir os parceiros do PSB e do PSDB em 2014. Por enquanto, não há sobras. Dirigentes de oito partidos, entre os quais o de Eduardo Campos, estavam na pajelança petista.
No meio empresarial, o PT já identificou claros acenos à oposição. O presidente do PT, Rui Falcão, inconformado com a infidelidade de setores empresariais que avalia serem amplamente beneficiados pelo governo, foi claro sobre os propósitos do partido na relação com o empresariado: "Temos que identificar quem está do nosso lado e quem não está" (Valor, 13/02/2013).
A cartilha preparada pelo PT para os 10 anos no poder mostra que é nos ganhos do presente que Dilma embala sua promessa de futuro. Contra adversários que planejam se contrapor com um discurso de economia sob ameaça, a dona da bola adota um figurino menos tecnocrata e se prepara para sua primeira campanha solo.
Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras.

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(*) ''LADY IN RED''. Chris De Burgh
"I've never seen you looking so gorgeous as you did tonight
I've never seen you shine so bright you were amazing
I've never seen so many people want to be there by your side..."

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ELEIÇÕES 2014: PROGRAMAS SOCIAIS E/OU PROMESSAS (ANTECIPADAS) DE CAMPANHA?



Cesta básica ou Bolsa Família?



Autor(es): Marcelo Côrtes Neri
Valor Econômico - 22/02/2013
 
Num país como o Brasil onde há rede de proteção social com a capilaridade e a operacionalidade do Bolsa Família, cabe discutir sobre a melhor forma de promover a segurança alimentar. Se é via expansão do programa, ou se é via desoneração da cesta básica. Por exemplo, durante a alta internacional dos preços dos alimentos de 2007, o governo federal optou por reajustar os benefícios do Bolsa Família. Apesar da macroeconomia brasileira se beneficiar da alta dos produtos alimentares, os pobres, aqui como em toda parte, sofrem mais com a inflação dos alimentos.
Encontramos condições boas no caso brasileiro recente para realizar avaliação de impacto comparado do efeito-desoneração vis a vis ao efeito-Bolsa Família. Mudanças de políticas públicas dos dois tipos ocorridas nos últimos anos podem ser usadas como quase-experimentos. Desculpem os não iniciados na culinária estatística, mas falo de uma análise de diferenças em diferenças controlada.
A criação e expansão do Bolsa Família a partir de 2003 permite comparar os impactos nas famílias elegíveis e nas não elegíveis da injeção de renda gerada pelo programa. Já as experiências locais de redução do ICMS em algumas unidades da federação que permitem comparar os impactos entre localidades contempladas e as não contempladas pela desoneração estadual.
Entre o alimento e a boca, existem diversos percalços e possibilidades de políticas públicas
Há ainda a disponibilidade de dados adequados para antes e depois das mudanças supracitadas. Falo especificamente da Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) implementadas pelo IBGE em 2002-03 e em 2008-09. Além da magnitude dos gastos em uma vasta gama de bens e serviços, a POF especifica a natureza dessas despesas (monetária e não monetária) e as quantidades consumidas de cada alimento. As duas POFs contemplam uma miríade de perguntas subjetivas relativas a adequação da alimentação, segundo os próprios entrevistados. Finalmente, as POFs ainda mensuraram o peso e altura dos adultos, relevante na "epidemia de obesidade" dos tempos atuais.
Efeito-Desoneração. O custo da alimentação no domicílio caiu 3,05% mais nas áreas desoneradas pelas vias do ICMS, puxada pela queda das despesas monetárias em alimentação de 5,18%, ao passo que as despesas não monetárias ficaram estáveis. O custo mínimo percebido para atender as despesas de alimentação também caiu 5,74% mais nas áreas desoneradas, ou seja o repasse foi percebido pelos consumidores.
No que tange à percepção de facilidade de atender quantitativamente as necessidades alimentares básicas, notamos que as chances de ter quantidade de alimentos sempre suficientes sobe 28,5% mais nas áreas desoneradas. Cabe notar que apesar desse aumento na segurança alimentar percebida, não captamos efeitos nos Índices de Massa Corporal de homens ou de mulheres após a desoneração.
Efeito-Bolsa Família. No que tange às despesas alimentares, notamos uma queda 4,34% maior para os elegíveis ao benefício básico do Bolsa Família. Uma diferença importante do efeito-Bolsa Família vis-à-vis ao da desoneração sobre o montante de despesas alimentares se dá por meio da queda adicional de 23,69% da despesa não monetária, enquanto as despesas monetárias se mantém.
O Bolsa Família aumenta em 7,6% as despesas mínimas de alimentos percebidas. Cabe notar que o impacto do Bolsa Família nas dificuldades para a família chegar até o fim do mês só é significativo na diminuição daquelas que apresentam alguma dificuldade para chegar até o fim do mês com a respectiva renda, e não em aumentar aqueles que o fazem com muita facilidade.
No quesito referente a quantidade de alimentos, aumentam 17,4% as chances de que os alimentos as vezes não são suficientes contra aquela que normalmente não é suficiente. Ao passo que usando a mesma base de comparação, a situação que a quantidade é sempre suficiente não é afetada. Isto sugere que o Bolsa Família é focado nas necessidades alimentares dos mais pobres.
Outra diferença na comparação dos instrumentos é que o Bolsa Família gera aumento de 16,54% da massa corporal entre seus beneficiários adultos potenciais ao passo que o efeito-desoneração não. Nos homens o aumento é de 1,21% e nas mulheres o ganho é de 1,94%.
Em suma, se queremos políticas de promoção da segurança alimentar, entre o garfo e a boca, podem existir diversos percalços e possibilidades. O efeito-desoneração reduz as despesas monetárias gastas e as percebidas, enquanto o efeito-Bolsa Família reduz as despesas não monetárias de alimentos. Os efeitos da desoneração são percebidos de forma mais abrangente sobre a população enquanto o Bolsa Família reduz a percepção de insegurança alimentar somente entre os pobres. Talvez por isso o programa apresente maior capacidade de aumentar a massa corporal de seus beneficiários, efeito não observado nas experiências de desoneração.
Cada política produz efeitos sobre diferentes variáveis e grupos de pessoas, o que sugere complementaridade de instrumentos. O menu de políticas escolhido pelo Brasil nas sucessivas expansões do Bolsa Família sob a égide do Brasil Sem Miséria e no recente anuncio da desoneração de impostos federais incidentes sobre a cesta básica é uma receita mista.
Marcelo Côrtes Neri é presidente do Ipea e professor da EPGE/FGV. Autor de "A Nova Classe Média" (Editora Saraiva), "Microcrédito: o Mistério Nordestino e o Grameen Brasileiro" (FGV) e "Cobertura Previdenciária: Diagnósticos e Propostas" (MPS). Escreve mensalmente. marcelo.neri@ipea.gov.br

COMPETITIVIDADE BRASILEIRA: "QUO VADIS ?"



Pacote de R$ 27 bilhões para financiar inovação aguarda aprovação de Dilma



Autor(es): Por Claudia Safatle e Sérgio Leo | De Brasília
Valor Econômico - 22/02/2013
 

Está pronto sobre a mesa da presidente Dilma Rousseff a proposta de um programa de R$ 27,5 bilhões para financiamentos à inovação em setores estratégicos da economia. Na segunda-feira, a presidente deverá ter uma reunião com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, para uma discussão final sobre o assunto.
Desse montante, R$ 20 bilhões representam, de fato, dinheiro novo para encorpar a capacidade de financiamento do BNDES e da Financiadora de Projetos (Finep) a projetos de inovação nas áreas de petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde e tecnologia da informação e comunicação. Os R$ 7,5 bilhões restantes já foram alocados, explicaram fontes do governo.
A maior parte dos recursos novos virá do PSI, o Programa de Sustentação do Investimento, pelo qual o BNDES financia aquisição e máquinas e equipamentos. O PSI, que inclui os financiamentos da Finep destinados a inovação, foi prorrogado para até dezembro de 2013, e o Congresso analisa a Medida Provisória 594, que amplia em R$ 85 bilhões o limite dos financiamentos do programa, até agora de R$ 227 bilhões.
Do pacote, cerca de R$ 3 bilhões serão recursos a fundo perdido para projetos empresariais de desenvolvimento de patentes em universidades, e há, também, créditos subsidiados para outras etapas do desenvolvimento tecnológico.
Recentemente, o BNDES reduziu os juros do PSI e criou um subprograma, o PSI Projetos Transformadores, para financiar com taxa de 5% ao ano e prazo de até 144 meses principalmente a fabricação de bens não produzidos no Brasil, capazes de criar capacidade tecnológica e produtiva em setores de engenharia e de alta intensidade em conhecimento. Também unificou as linhas de financiamento à inovação com taxa de juros de 4% ao ano e carência de 48 meses.
O governo avalia que o sistema de gerenciamento desses recursos não é eficiente e é pouco usado pelas empresas. Com o novo programa, pretende integrar em um só projeto os instrumentos de crédito (do BNDES e Finep), subvenções, cooperação e participação acionária das instituições oficiais em empreendimentos inovadores.
No pacote que será submetido à aprovação da presidente constam seis editais com regras específicas para os setores prioritários citados. O modelo foi testado em dois programas-pilotos lançados em 2011. Neles o BNDES e a Finep atuaram coordenados no financiamento de projetos associados a centros de pesquisa para o setor sucroalcooleiro, e o Inova-Petro, para o setor de petróleo.
Os investidores em projetos inovadores poderão apresentar suas propostas ao BNDES ou à Finep e receber recursos a fundo perdido dos programas de incentivo, subvenção oficial para investimentos em cooperação com universidades e centros de pesquisa, financiamento para equipamentos destinados às atividades produtivas e até receber participação acionária das instituições financeiras oficiais, dependendo da análise técnica.
Essas são iniciativas do governo para incentivar o aumento da produtividade na indústria, que evoluiu muito aquém do aumento real de salários, num descasamento insustentável para a competitividade da economia brasileira.

ELEIÇÕES 2014: ''AQUELLOS OJOS VERDES''

22/02/2013
Após Dilma e Aécio, a vez de Campos

Um dia após o discurso de Aécio Neves (PSDB-MG) com críticas ao PT e da festa em que Lula lançou Dilma à reeleição, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou a "eleitorização" (sic) da política. Ele, no entanto, foi saudado por prefeitos que foram a Recife receber R$ 612 milhões do estado aos gritos de "presidente"


Eduardo entra em campo

Governador pede fim das "velhas rinhas" e é aclamado por prefeitos aos gritos de "presidente";

Letícia Lins

Recado. 
Campos: "Ninguém tem capacidade de dizer como vai ser a polarização em 2014. Ninguém se engane";

campanha antecipada

Gravatá, PE 

Um dia depois da antecipação do debate eleitoral - quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atacou a gestão petista -, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à sucessão presidencial em 2014, pediu ontem que não se "eleitorize" (sic) tanto a política brasileira e sugeriu que não se mantenham as "velhas rinhas", numa referência ao antagonismo PT x PSDB, que em nada contribuiriam para o futuro do povo brasileiro. 

Ele fez os comentários durante entrevista ao fim de cerimônia com 184 prefeitos pernambucanos, no seminário "Juntos por Pernambuco", no município de Gravatá, a 80 quilômetros da capital. E, apesar de seu discurso, acabou também em ritmo de pré-candidato: foi interrompido seis vezes por aplausos e aclamado aos gritos de "presidente", além de anunciar um pacote de bondades de R$ 612 milhões para as prefeituras.
Na quarta-feira, quando os petistas festejavam em São Paulo uma década no governo federal, Aécio Neves discursou em Brasília acusando o PT de ter paralisado o país, e os governos Lula e Dilma de terem acabado com a "herança bendita" deixada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eduardo Campos não quis comentar a polêmica entre petistas e tucanos, mas criticou a antecipação da campanha.

- Acho que este é um ano complexo para o Brasil. Tudo que o país não precisa é estar montando palanque, manter essa velha rinha, discutindo o passado, coisas que não dialogam com a pauta do povo - afirmou. - A população está preocupada. O Brasil não cresceu no ano passado como se esperava, a gente tem que ajudar a presidente Dilma, ajudar a levar o país ao seu reencontro com o crescimento, que gera felicidade, oportunidade. Não é preciso "eleitorizar" tanto a política brasileira assim. Sinceramente, não vejo como ajudar o Brasil começando uma campanha eleitoral agora - completou.

No entanto, em seu discurso, Campos mostrou conquistas de sua gestão e prometeu avançar mais do que o país, em áreas estratégicas, como educação e saúde:

- Vamos colocar Pernambuco na melhor situação no que diz respeito à redução da mortalidade infantil no Nordeste e no Brasil. E estamos nos preparando para na próxima década darmos aos pernambucanos a melhor educação pública do país - prometeu. O governador apresentou, ainda, os resultados do Pacto pela Vida, programa do governo para a redução da violência que diminuiu o índice de homicídios em 24% no estado e em 48% em Recife, no período de cinco anos.

- É o único estado que acusa essa redução no Nordeste - vangloriou-se.
Em seguida, Campos anunciou o pacote de R$ 612 milhões para beneficiar os municípios de Pernambuco, dos quais R$ 228 milhões virão da criação de um Fundo de Desenvolvimento Municipal, que deverá beneficiar, inclusive, as prefeituras com pendências financeiras ou jurídicas e que não teriam acesso a novos recursos públicos. O dinheiro será a fundo perdido.

- São recursos que conseguimos cortando a despesa ruim, o custeio, que nos proporcionou uma economia de R$ 400 milhões, que nos ajudará a fazer investimentos para enfrentar a crise - afirmou. - Quantos aos R$ 278 milhões, serão transferidos aos municípios, sem burocracia, sem papelada, mas com controle da qualidade dos gastos - acrescentou.

No encontro, o governador voltou a reclamar do modelo tributário que penaliza estados e municípios, e lembrou que, para driblar as distorções, Pernambuco conta com legislação estadual que permite acesso a maiores cotas do Fundo de Participação dos Municípios por parte de cidades pequenas, principalmente no agreste e no sertão.

Apesar de ter sido chamado de presidente várias vezes durante o evento, ele preferiu desconversar em matéria de sucessão presidencial, embora esteja planejando visitar até dezembro todos os estados brasileiros.

- Sinceramente, este é um ano para cuidar do trabalho, da pauta da sociedade. A pauta real do povo é esta aqui. E acho que ninguém tem essa capacidade de dizer como vai ser em 2014 ou definir como vai ser a polarização, se vai ser assim ou assado. Ninguém se engane - advertiu.
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QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

22 de fevereiro de 2013

O Globo

Manchete: Escândalos no Vaticano - Papa mandou investigar rede de sexo e corrupção
Relatos de prostituição homossexual e desvio de dinheiro pesaram na renúncia.

Um dossiê de 300 páginas, elaborado a pedido do Papa Bento XVI por três cardeais na esteira do escândalo VatiLeaks, acabou se transformando no argumento definitivo para a renúncia, segundo publicou o jornal italiano "La Repubblica". O relatório, entregue a ele dia 17 de dezembro, contém capítulos sobre corrupção, promiscuidade, mapeamento de uma rede de prostituição homossexual dentro do Vaticano e desvio de dinheiro. “Este documento será entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera teria reagido Bento XVI. O porta-voz do Vaticano não confirmou nem desmentiu o conteúdo. (Págs. 1 e 31)

Descontrolados
Apesar da afirmação, a comerciante Christiane Ferraz Magarinos acabou em Bangu 8 após se recusar a parar em blitz da Lei Seca no Largo do Machado e agredir, xingar o tentar subornar policiais. Presa na porta de casa, vai responder por seis crimes.

Sem noção. Christiane Magarinos é presa após tentativa da suborno e desacato a policiais. (Págs. 1 e 18)

Campanha antecipada: Após Dilma e Aécio, a vez de Campos
Um dia após o discurso de Aécio Neves (PSDB-MG) com críticas ao PT e da festa em que Lula lançou Dilma à reeleição, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou a "eleitorização" (sic) da política. Ele, no entanto, foi saudado por prefeitos que foram a Recife receber R$ 612 milhões do estado aos gritos de "presidente”. (Págs. 1 e 3 a 6)
Crédito turbinado: Bancos públicos avançam no país
Com o lucro recorde de R$ 12,2 bilhões do Banco do Brasil e o resultado da Caixa, os bancos públicos elevaram seu ganho em 5,6% em 2012, enquanto Itaú, Bradesco e Santander, juntos, registram recuo de 5,3% no resultado. O motivo foi a expansão do crédito. (Págs. 1 e 23)

Ajuste de rota: Gol mudará seus voos amanhã
Para melhorar a receita, a Gol mudará voo a partir de amanhã. Os passageiros que já compraram bilhete podem ter o horário da viagem alterado. Haverá mais voos para destinos como Rio e São Paulo e redução em rotas do Norte e Nordeste. (Págs. 1 e 28)
Entrevista: Medvedev: Rússia não é autocracia
Ao rebater critica sobre direitos humanos na Rússia, o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, diz que a democracia russa é jovem e tem defeitos, mas afirma ser um erro considerar o país uma autocracia. (Págs. 1 e 33)
Copacabana Palace: Restaurantes com comida estragada
A Secretaria de Defesa do Consumidor apreendeu cerca de cem quilos de alimentos vencidos em três restaurantes do Copacabana Palace. Entre os itens, carne e peixe que deveriam ter sido descartados há mais de um ano. (Págs. 1 e 16)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Brasil se omitiu sobre direitos humanos em Cuba, diz Yoani
Em evento realizado no Grupo Estado, a dissidente cobrou posicionamento mais enérgico’ do governo

Encontros Estadão

A blogueira cubana e colunista do Estado, Yoani Sánchez, afirmou ontem que o governo brasileiro “se omite” em relação à situação dos direitos individuais em seu país. E cobrou posicionamento “mais enérgico” do Brasil. “Acho que faltou dureza ao tratar a questão dos direitos humanos na ilha. Houve omissão no caso do Brasil”, disse. Ela falou durante evento com a presença de cerca de 200 pessoas no Grupo Estado. Yoani manteve suas críticas ao regime dos irmãos Castro, mas reconheceu que as reformas socioeconômicas promovidas desde o fim de 2010 pelo presidente Raúl “estão na direção correta”. A dissidente classificou os protestos que vem enfrentando desde que chegou ao País de “fanatismo”. (Págs. 1 e Internacional A14 e A15)

Ato cancela sessão de autógrafos

Uma manifestação levou ao cancelamento da sessão de autógrafos de Yoani Sánchez à noite. O bate-papo com blogueiros terminou antes do previsto. (Págs. 1 e A15)

Na sede do Grupo Estado
‘Mudança da lei imigratória (que permitiu sua saída de Cuba) também é insuficiente'

Manifestações
“Quando se ultrapassa o limite da liberdade de expressão, na direção da violência, não é democracia, mas fanatismo.”

Ideologias
“Não acredito que em Cuba haja socialismo. E a ilha nunca chegou ao comunismo. O que existe é capitalismo de Estado.”

Reformas
“Quando o governo vê que não pode impedir algo, legaliza isso; (as reformas) são positivas, mas não suficientes.”
Eduardo Campos busca palanques para 2014
O governador Eduardo Campos (PSB) apressa a montagem de palanques estaduais para sustentar possível candidatura à Presidência. A ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon foi convidada a ingressar no PSB e disputar o governo da Bahia. No RS, Albuquerque pode ser levado a concorrer ao Estado. (Págs. 1 e Nacional A4)

Aécio pronto para o embate 
Um dia depois de criticar o governo Dilma, Aécio Neves afirmou que “está pronto para o embate". (Págs. 1 e A6)

Banco público amplia crédito e tem lucro recorde no ano
Amparado em forte expansão de sua carteira de crédito, o Banco do Brasil teve lucro recorde de R$ 12,2 bilhões em 2012, crescimento de 0,8% na comparação com 2011. Os empréstimos avançaram quase 25%. A Caixa Econômica Federal, outro banco público, divulgou terça-feira avanço no crédito e lucro recorde de R$ 6,1 bilhões. (Págs. 1 e Economia B1 e B4)

45% foi o quanto cresceu a oferta de crédito na Caixa Econômica Federal.
Paciente relata ameaça de médica
Uma paciente da médica Virgínia Souza, acusada de matar doentes internados em hospital de Curitiba, escreveu bilhete relatando ameaça de morte. Polícia pode exumar corpos. (Págs. 1 e Vida A18)
Atentado no centro de Damasco deixa 53 mortos (Págs. 1 e Internacional A12)

Bilhete único mensal começa em novembro (Págs. 1 e Cidades C1)

Abilio Diniz vai presidir conselho da BRF (Págs. 1 e Economia B12)

Celso Ming 
Câmbio puxa-puxa

Há entendimento de que governos sempre podem arrancar do câmbio as pretensões da política da hora. Os governos não têm toda essa força. (Págs. 1 e Economia B2)
Eduardo Maluf 
Tolerância zero

A tolerância zero mudou o comportamento do público esportivo em vários países da Europa. O Brasil segue no Terceiro Mundo. (Págs. 1 e Esportes E3)
Notas & Informações
Não se governa de um palanque

Dilma faria muito melhor se, em vez de recitar frases de efeito, se dedicasse a governar bem. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Salário dos novos marajás do DF chegará a R$ 31 mil
Ganho bruto de servidores do TCDF vai superar vencimento de Dilma, de R$ 28 mil. Mas valor líquido será menor porque a Constituição determina a aplicação de abate-teto para que não ultrapasse R$ 25.323,51, a remuneração máxima do funcionalismo do Distrito Federal (Págs. 1 e 19)
Bento XVI: Corrupção, chantagem e sexo rondam o Vaticano
O papa decidiu renunciar, afirma jornal italiano, ao saber de dossiê que denuncia até encontros homossexuais na Igreja. Investigações seriam entregues ao próximo pontífice. “Eu estou velho e o que fiz já foi o bastante”, teria dito Bento XVI. (Págs. 1 e 14)
Todo mundo já se movimenta de olho em 2014
Após a “rede” de Marina, o lançamento de Dilma à reeleição e o discurso de Aécio, ontem foi a vez de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), emitir sinais sutis de que está no páreo. (Págs. 1, 2 e 3)
UTI da morte será investigada
Médica é acusada de desligar aparelhos e reduzir a medicação de pacientes internados em estado terminal em Curitiba. (Págs. 1 e 7)
Antirretrovirais freiam a Aids
Uso de medicamentos reduz em 96% a transmissão do vírus e aumenta a sobrevida de soropositivos na África do Sul em 11,3 anos. (Págs. 1 e 17)
Aposentadoria adiada terá o valor reajustado (Págs. 1 e 11)

Embrapa e Zoo vão clonar o Lobo-Guará (Págs. 1 e 28)

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Valor Econômico

Manchete: Economia reaqueceu em janeiro
Indicadores de atividade industrial e consumo em janeiro mostram que a economia começou 2013 em ritmo acelerado. Para analistas, dados como o avanço do tráfego de veículos pesados nas rodovias, a alta na expedição de papelão ondulado e o salto na produção de automóveis apontam que a indústria cresceu mais de 1 % em relação a dezembro, na série com ajuste sazonal, após a perda de fôlego observada no último trimestre do ano passado. Para alguns economistas, a alta pode chegar a 2%.

No entanto, especialistas afirmam que é cedo para extrapolar esse comportamento para todo o primeiro trimestre, já que o aumento da atividade nas fábricas seguiu concentrado no setor automobilístico e o IPI totalmente reduzido para carros, em vigor até dezembro, pode ter dado um último alento às vendas e à produção do mês passado. Há, ainda, a percepção de que esse repique da indústria pode ser reflexo de recomposição de estoques e, portanto, não deve durar. (Págs. 1 e A3)
Obras na terra dos pinguins
Há um ano, um incêndio destruiu 80% da estação brasileira na Antártida, levou boa parte dos 28 anos que o país tinha de história na região e matou dois militares. Hoje, a Estação Antártica Comandante Ferraz é um canteiro de obras e 200 pessoas trabalham ativamente para aproveitar o bom tempo do verão.

A base vive um momento híbrido. Militares que ajudaram a construir a estação agora a desmontam. São 800 toneladas de sucata. Contêineres estão em terra para formar a base provisória e abrigarão pesquisadores e militares enquanto o Brasil reconstrói as instalações. O projeto deve ser escolhido no mês que vem a partir de um concurso da Marinha e do Instituto de Arquitetos do Brasil. A nova sede deve custar R$ 100 milhões. (Págs. 1 e Eu e Fim de semana)

Venda de ativos emperra na Petrobras
A Petrobras encontra dificuldades para vender empresas e participações acionárias como havia definido há dois anos, período em que pouco avançou no processo. A estatal só conseguiu levantar US$ 305 milhões com a venda de uma distribuidora de energia na Argentina e sua participação numa área de petróleo na Bacia de Santos. O plano da empresa é conseguir US$ 14,8 bilhões com a venda de ativos. Agora, além dos ativos no exterior, estão sendo oferecidas também participações em áreas exploratórias no Brasil e ativos industriais como a petroquímica Innova, no polo de Triunfo (RS).

Uma das razões da dificuldade para se desfazer de parte de seus negócios internacionais pode ser o modelo escolhido para a venda nos Estados Unidos. Contratado pela Petrobras, o Morgan Stanley avaliou os ativos americanos em US$ 10 bilhões. A Petrobras reuniu suas participações acionárias em uma só empresa, cujas parcelas foram colocadas à venda, mas com o controle permanecendo em mãos brasileiras. Os potenciais compradores estranharam o modelo, inusual. (Págs. 1 e B9)
Pacote retoma política para abastecimento
Preocupado com a inflação de alimentos, cuja variação anual tem superado 10% desde 2008, o governo prepara um pacote de medidas para reestruturar a política de abastecimento. O recém-criado Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) se reúne na terça-feira para avaliar algumas ações emergenciais. Pretende-se retomar o mecanismo de venda direta de estoques em casos de elevação súbita de preços. Na pauta, também está a recriação de uma “banda de preços” para intervenção direta do governo no mercado. (Págs. 1 e B13)

Ferrovia no NE tem contrato renegociado
O governo cedeu à pressão do empresário Benjamin Steinbruch e aceitou mudar o contrato de concessão e o acordo de acionistas da Transnordestina. A CSN, de Steinbruch, controla a Transnordestina Logística, responsável pelo projeto. O valor da obra deverá passar de R$ 5,4 bilhões para R$ 7,5 bilhões, com aumento do financiamento público, por meio de bancos oficiais e fundos regionais.

A estimativa inicial era concluir a obra até 2010, ainda no governo Lula. Agora, o governo já admite reservadamente que um trecho ficará pronto em 2015 e a ligação entre Salgueiro (PE) e Pecém (CE) somente em 2016. (Págs. 1 e B1)
Santos Brasil quer antecipar renovações
A Santos Brasil, responsável por 20% da movimentação de contêineres no país, quer aproveitar as negociações sobre a Medida Provisória 595 para estender os contratos de arrendamento de seus terminais portuários. Em troca, promete investir R$ 700 milhões caso o governo aceite renovar o contrato do terminal de contêineres (Tecon) do porto de Santos, que termina em 2022 e pode ser renovado por mais 25 anos.

Segundo o presidente da empresa, Antônio Carlos Sepúlveda, a conclusão dos investimentos levaria cerca de quatro anos e não haveria tempo para amortizá-los até 2022. (Págs. 1 e B10)

Suzion desembarca no Brasil
De olho no potencial de negócios na América Latina, a indiana Suzion, uma das maiores fabricantes de equipamentos eólicos do mundo, vai abrir escritório no Brasil, hoje o terceiro maior mercado da empresa. (Págs. 1 e B7)

Rio Grande do Sul
Para recolocar o Rio Grande do Sul na rota do desenvolvimento, o governo gaúcho implantou uma política industrial que define 22 setores estratégicos. “O Estado precisa desempenhar um novo papel e renovar os sistemas produtivos para voltar a crescer”, diz Marcus Coester. (Págs. 2 e Valor Especial)
J.P. Morgan negocia com Berenguer
O J.P. Morgan negocia a contratação de José Berenguer Neto para assumir a presidência do banco no Brasil. Até o ano passado o executivo era vice-presidente do Santander Brasil, responsável pelo banco de varejo. (Págs. 1 e C3)
Bancos da AL têm captação recorde
Os bancos latino-americanos acompanhados pela Moody’s captaram o volume recorde de US$ 27,7 bilhões com emissões de dívida de longo prazo sem garantia no ano passado, sendo mais de US$ 16 bilhões por instituições brasileiras. (Págs. 1 e C9)
Aposentadoria retroativa
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o trabalhador que adiou seu pedido de aposentadoria está amparado pelas regras que estavam em vigor à época em que preencheu os requisitos para requerer o benefício. (Págs. 1 e El)

Adicional de insalubridade
Decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece que o valor de adicional de insalubridade estabelecido por lei não pode ser reduzido por convenção coletiva. (Págs. 1 e E2)

Ideias
Claudia Safatle

Governo conta com queda importante dos alimentos, com variação média de 10% nos últimos anos, para domar a inflação. (Págs. 1 e A2)

Zhang Monan

Dependência em relação aos investimentos não permitirá que a China tenha prosperidade e crescimento estável. (Págs. 1 e A13)

Governador Colombo admite que errou na crise de violência em Santa Catarina (Págs. 1 e A14)

"Só abro mão se Lula quiser ser candidato", diz Suplicy 'À Mesa com o Valor' (Págs. 1 e Eu e Fim de Semana)

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