A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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sexta-feira, fevereiro 22, 2013
''QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF?'' *
Morte de pacientes de UTI não tem razão financeira, diz apuração
'Quero desentulhar a UTI', diz médica suspeita de matar
Polícia investiga formação de quadrilha em mortes em hospital
Médica é presa sob suspeita de provocar mortes de pacientes
Henry Milleo/Gazeta do Povo/Folhapress | ||
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A médica Virgínia Helena Soares de Souza, médica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil |
(*) Título de filme.
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HÁ PEDRAS NO CAMINHO; NO CAMINHO HÁ PEDRAS *
Foi aberto o placar
A VOZ DO DONO E O DONO DA VOZ *
Novela cubana
(*) Chico Buarque.
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FRAUDE COM ''MODERAÇÃO''
Valério e delegados da PF têm R$ 14 mi bloqueados
''FAST FOOD'': FOME CAVALAR
Escândalo da carne de cavalo revela brechas nas leis e maus-tratos a animais
Susanna Forrest
- Lasanha da marca francesa Findus está entre os produtos com suspeita de conter carne de cavalo
Problemas intrincados
Perdendo a pista
Voltando a um pesadelo
ELEIÇÕES 2014: "LADY IN RED"
Mudou a candidata, é outra a campanha
Autor(es): Maria Cristina Fernandes |
Valor Econômico - 22/02/2013 |
É outra a candidata que se apresentou à reeleição nesta quarta-feira. Sai a ministra aplicada e tecnocrática e entra a presidente de vermelho, do-povo-pelo-povo-para-o- povo.
Ao disputar pela primeira vez a Presidência da República em 2010, Dilma foi talhada para se mostrar uma herdeira do lulismo com raia própria.
Precisava manter o eleitorado do seu antecessor e agregar setores da classe média com pitadas de meritocracia, apego à gestão e tolerância com a crítica.
Quando o ex-presidente subiu o tom contra adversários e imprensa no final da campanha, manteve seu discurso em outro termostato.
Ao assumir o governo fez acenos à oposição, elogiou o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cativou a classe média com desoneração de IPI de automóveis e ampliou a popularidade para além de sua votação.
A despeito de ter conquistado uma base maior, fez, nesses dois primeiros anos de governo, uma gestão mais petista que a de Lula. Empurrada pela crise econômica, baixou os juros e a tarifa de energia e, com idas e voltas com a presença do Estado na economia, aumentou a regulação.
O que se viu na quarta-feira foi uma presidente ciosa da necessidade de prestigiar seu antecessor, mas dedicada a lustrar o potencial eleitoral de seus próprios feitos.
Mudou a candidata porque é outra campanha. Por mais que continue na boca do povo e seja o principal articulador da reeleição da sucessora, o ex-presidente deixou de ser o principal avalista da disputa. Dilma agora é a candidata do que fez, fizer e deixar de fazer.
E é como candidata dela mesma, que tem que ser menos Dilma. É porque está menos dependente de Lula que precisa trocar a ênfase. Apela menos à tecnocracia e cede mais ao discurso nacional-popular da tradição petista.
Nada garante que chegue em primeiro, mas já não corre o risco de, nesta raia, ficar à sombra de Lula.
A presidente foi ao evento vestida de petista, do figurino ao discurso. O antecessor se vestiu de Brasil. Da gravata listrada de azul e amarelo a um discurso em que resgatou sua posse.
Dilma cuida de arrumar carisma porque a oferta desta mercadoria tende a aumentar em 2014.
Ainda não se sabe se vai vingar, mas, se a rede de Marina vier embalada como pretende, seu potencial de redentora tende a crescer.
Mesmo que faça muitas concessões para entrar no jogo, Marina tem verbo suficiente para vender um passaporte eleitoral como utopia.
No Roda Viva da última segunda-feira, esmerou-se na eloquência que tanto serve a púlpitos quanto a redes sociais: "Sábio é quem aprende com os erros dos outros e estúpido quem não aprende com os próprios erros", "o movimento tem ideias cujo tempo chegou", "a justiça que não se faz com amor é vingança", "não somos resultado do passado, mas daquilo que fizemos do passado".
É com esse discurso que quer ampliar a cesta dos 20 milhões dos eleitores religiosos, ambientalistas, cansados da polaridade e sonháticos em geral.
Marina pouco bate em Dilma. Parece mais à vontade ao falar da cláusula de autodissolução do partido do que do investimento em inovação como motor do crescimento econômico.
Com o verniz mais popular, a presidente parece querer reconquistar o eleitor lulista que, em 2010, viu em Marina a reencarnação da liderança popular representada pelo presidente que partia.
A movimentação de Dilma para evitar sangria de votos em direção à candidata da utopia se mostra mais clara do que a estratégia com a qual pretende enfrentar os postulantes do choque de gestão.
Nesse campo há dois, um mais candidato do que o outro, Aécio Neves e Eduardo Campos. Juntos ou separados têm mais carisma que José Serra mas, a exemplo deste, são bons candidatos em busca de um discurso.
O pronunciamento com que Aécio se contrapôs, no Senado, às celebrações petistas, pode ser um diagnóstico pertinente da conjuntura mas ainda está longe de se transformar num discurso político.
Quantos votos Aécio vai ganhar com o sucateamento da indústria, a crise da federação e a constatação de que o PT faz as privatizações que um dia criticou no PSDB?
Sim, os indicadores sociais e econômicos que bombaram na última década petista podem não se repetir nos próximos dez anos se o país não voltar a crescer.
Aécio tenta denunciar o que estaria por vir mas esbarra na economia de pleno emprego. O governador de Pernambuco tem encontrado o mesmo freio para não dar sua candidatura por consumada.
Ambos investem suas fichas nas bases partidárias e empresariais da candidatura Dilma. A inflação de emendas às medidas provisórias do setor elétrico e dos portos são a demonstração de como a base aliada busca ser sócia da tentativa da presidente em reaver o investimento.
É dos excluídos desse consórcio que podem surgir os parceiros do PSB e do PSDB em 2014. Por enquanto, não há sobras. Dirigentes de oito partidos, entre os quais o de Eduardo Campos, estavam na pajelança petista.
No meio empresarial, o PT já identificou claros acenos à oposição. O presidente do PT, Rui Falcão, inconformado com a infidelidade de setores empresariais que avalia serem amplamente beneficiados pelo governo, foi claro sobre os propósitos do partido na relação com o empresariado: "Temos que identificar quem está do nosso lado e quem não está" (Valor, 13/02/2013).
A cartilha preparada pelo PT para os 10 anos no poder mostra que é nos ganhos do presente que Dilma embala sua promessa de futuro. Contra adversários que planejam se contrapor com um discurso de economia sob ameaça, a dona da bola adota um figurino menos tecnocrata e se prepara para sua primeira campanha solo.
Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras.
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(*) ''LADY IN RED''. Chris De Burgh
"I've never seen you looking so gorgeous as you did tonight
I've never seen you shine so bright you were amazing
I've never seen so many people want to be there by your side..."
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ELEIÇÕES 2014: PROGRAMAS SOCIAIS E/OU PROMESSAS (ANTECIPADAS) DE CAMPANHA?
Cesta básica ou Bolsa Família?
Autor(es): Marcelo Côrtes Neri |
Valor Econômico - 22/02/2013 |
Num país como o Brasil onde há rede de proteção social com a capilaridade e a operacionalidade do Bolsa Família, cabe discutir sobre a melhor forma de promover a segurança alimentar. Se é via expansão do programa, ou se é via desoneração da cesta básica. Por exemplo, durante a alta internacional dos preços dos alimentos de 2007, o governo federal optou por reajustar os benefícios do Bolsa Família. Apesar da macroeconomia brasileira se beneficiar da alta dos produtos alimentares, os pobres, aqui como em toda parte, sofrem mais com a inflação dos alimentos.
Encontramos condições boas no caso brasileiro recente para realizar avaliação de impacto comparado do efeito-desoneração vis a vis ao efeito-Bolsa Família. Mudanças de políticas públicas dos dois tipos ocorridas nos últimos anos podem ser usadas como quase-experimentos. Desculpem os não iniciados na culinária estatística, mas falo de uma análise de diferenças em diferenças controlada.
A criação e expansão do Bolsa Família a partir de 2003 permite comparar os impactos nas famílias elegíveis e nas não elegíveis da injeção de renda gerada pelo programa. Já as experiências locais de redução do ICMS em algumas unidades da federação que permitem comparar os impactos entre localidades contempladas e as não contempladas pela desoneração estadual.
Entre o alimento e a boca, existem diversos percalços e possibilidades de políticas públicas
Há ainda a disponibilidade de dados adequados para antes e depois das mudanças supracitadas. Falo especificamente da Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) implementadas pelo IBGE em 2002-03 e em 2008-09. Além da magnitude dos gastos em uma vasta gama de bens e serviços, a POF especifica a natureza dessas despesas (monetária e não monetária) e as quantidades consumidas de cada alimento. As duas POFs contemplam uma miríade de perguntas subjetivas relativas a adequação da alimentação, segundo os próprios entrevistados. Finalmente, as POFs ainda mensuraram o peso e altura dos adultos, relevante na "epidemia de obesidade" dos tempos atuais.
Efeito-Desoneração. O custo da alimentação no domicílio caiu 3,05% mais nas áreas desoneradas pelas vias do ICMS, puxada pela queda das despesas monetárias em alimentação de 5,18%, ao passo que as despesas não monetárias ficaram estáveis. O custo mínimo percebido para atender as despesas de alimentação também caiu 5,74% mais nas áreas desoneradas, ou seja o repasse foi percebido pelos consumidores.
No que tange à percepção de facilidade de atender quantitativamente as necessidades alimentares básicas, notamos que as chances de ter quantidade de alimentos sempre suficientes sobe 28,5% mais nas áreas desoneradas. Cabe notar que apesar desse aumento na segurança alimentar percebida, não captamos efeitos nos Índices de Massa Corporal de homens ou de mulheres após a desoneração.
Efeito-Bolsa Família. No que tange às despesas alimentares, notamos uma queda 4,34% maior para os elegíveis ao benefício básico do Bolsa Família. Uma diferença importante do efeito-Bolsa Família vis-à-vis ao da desoneração sobre o montante de despesas alimentares se dá por meio da queda adicional de 23,69% da despesa não monetária, enquanto as despesas monetárias se mantém.
O Bolsa Família aumenta em 7,6% as despesas mínimas de alimentos percebidas. Cabe notar que o impacto do Bolsa Família nas dificuldades para a família chegar até o fim do mês só é significativo na diminuição daquelas que apresentam alguma dificuldade para chegar até o fim do mês com a respectiva renda, e não em aumentar aqueles que o fazem com muita facilidade.
No quesito referente a quantidade de alimentos, aumentam 17,4% as chances de que os alimentos as vezes não são suficientes contra aquela que normalmente não é suficiente. Ao passo que usando a mesma base de comparação, a situação que a quantidade é sempre suficiente não é afetada. Isto sugere que o Bolsa Família é focado nas necessidades alimentares dos mais pobres.
Outra diferença na comparação dos instrumentos é que o Bolsa Família gera aumento de 16,54% da massa corporal entre seus beneficiários adultos potenciais ao passo que o efeito-desoneração não. Nos homens o aumento é de 1,21% e nas mulheres o ganho é de 1,94%.
Em suma, se queremos políticas de promoção da segurança alimentar, entre o garfo e a boca, podem existir diversos percalços e possibilidades. O efeito-desoneração reduz as despesas monetárias gastas e as percebidas, enquanto o efeito-Bolsa Família reduz as despesas não monetárias de alimentos. Os efeitos da desoneração são percebidos de forma mais abrangente sobre a população enquanto o Bolsa Família reduz a percepção de insegurança alimentar somente entre os pobres. Talvez por isso o programa apresente maior capacidade de aumentar a massa corporal de seus beneficiários, efeito não observado nas experiências de desoneração.
Cada política produz efeitos sobre diferentes variáveis e grupos de pessoas, o que sugere complementaridade de instrumentos. O menu de políticas escolhido pelo Brasil nas sucessivas expansões do Bolsa Família sob a égide do Brasil Sem Miséria e no recente anuncio da desoneração de impostos federais incidentes sobre a cesta básica é uma receita mista.
Marcelo Côrtes Neri é presidente do Ipea e professor da EPGE/FGV. Autor de "A Nova Classe Média" (Editora Saraiva), "Microcrédito: o Mistério Nordestino e o Grameen Brasileiro" (FGV) e "Cobertura Previdenciária: Diagnósticos e Propostas" (MPS). Escreve mensalmente. marcelo.neri@ipea.gov.br
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COMPETITIVIDADE BRASILEIRA: "QUO VADIS ?"
Pacote de R$ 27 bilhões para financiar inovação aguarda aprovação de Dilma
Autor(es): Por Claudia Safatle e Sérgio Leo | De Brasília |
Valor Econômico - 22/02/2013 |
Está pronto sobre a mesa da presidente Dilma Rousseff a proposta de um programa de R$ 27,5 bilhões para financiamentos à inovação em setores estratégicos da economia. Na segunda-feira, a presidente deverá ter uma reunião com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, para uma discussão final sobre o assunto.
Desse montante, R$ 20 bilhões representam, de fato, dinheiro novo para encorpar a capacidade de financiamento do BNDES e da Financiadora de Projetos (Finep) a projetos de inovação nas áreas de petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde e tecnologia da informação e comunicação. Os R$ 7,5 bilhões restantes já foram alocados, explicaram fontes do governo.
A maior parte dos recursos novos virá do PSI, o Programa de Sustentação do Investimento, pelo qual o BNDES financia aquisição e máquinas e equipamentos. O PSI, que inclui os financiamentos da Finep destinados a inovação, foi prorrogado para até dezembro de 2013, e o Congresso analisa a Medida Provisória 594, que amplia em R$ 85 bilhões o limite dos financiamentos do programa, até agora de R$ 227 bilhões.
Do pacote, cerca de R$ 3 bilhões serão recursos a fundo perdido para projetos empresariais de desenvolvimento de patentes em universidades, e há, também, créditos subsidiados para outras etapas do desenvolvimento tecnológico.
Recentemente, o BNDES reduziu os juros do PSI e criou um subprograma, o PSI Projetos Transformadores, para financiar com taxa de 5% ao ano e prazo de até 144 meses principalmente a fabricação de bens não produzidos no Brasil, capazes de criar capacidade tecnológica e produtiva em setores de engenharia e de alta intensidade em conhecimento. Também unificou as linhas de financiamento à inovação com taxa de juros de 4% ao ano e carência de 48 meses.
O governo avalia que o sistema de gerenciamento desses recursos não é eficiente e é pouco usado pelas empresas. Com o novo programa, pretende integrar em um só projeto os instrumentos de crédito (do BNDES e Finep), subvenções, cooperação e participação acionária das instituições oficiais em empreendimentos inovadores.
No pacote que será submetido à aprovação da presidente constam seis editais com regras específicas para os setores prioritários citados. O modelo foi testado em dois programas-pilotos lançados em 2011. Neles o BNDES e a Finep atuaram coordenados no financiamento de projetos associados a centros de pesquisa para o setor sucroalcooleiro, e o Inova-Petro, para o setor de petróleo.
Os investidores em projetos inovadores poderão apresentar suas propostas ao BNDES ou à Finep e receber recursos a fundo perdido dos programas de incentivo, subvenção oficial para investimentos em cooperação com universidades e centros de pesquisa, financiamento para equipamentos destinados às atividades produtivas e até receber participação acionária das instituições financeiras oficiais, dependendo da análise técnica.
Essas são iniciativas do governo para incentivar o aumento da produtividade na indústria, que evoluiu muito aquém do aumento real de salários, num descasamento insustentável para a competitividade da economia brasileira.
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ELEIÇÕES 2014: ''AQUELLOS OJOS VERDES''
![]() | 22/02/2013 |
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Após Dilma e Aécio, a vez de Campos
Um dia após o discurso de Aécio Neves (PSDB-MG) com críticas ao PT e da festa em que Lula lançou Dilma à reeleição, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), criticou a "eleitorização" (sic) da política. Ele, no entanto, foi saudado por prefeitos que foram a Recife receber R$ 612 milhões do estado aos gritos de "presidente"
Eduardo entra em campo
Governador pede fim das "velhas rinhas" e é aclamado por prefeitos aos gritos de "presidente";
Letícia Lins
Recado.
Campos: "Ninguém tem capacidade de dizer como vai ser a polarização em 2014. Ninguém se engane";
campanha antecipada
Gravatá, PE
Um dia depois da antecipação do debate eleitoral - quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atacou a gestão petista -, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à sucessão presidencial em 2014, pediu ontem que não se "eleitorize" (sic) tanto a política brasileira e sugeriu que não se mantenham as "velhas rinhas", numa referência ao antagonismo PT x PSDB, que em nada contribuiriam para o futuro do povo brasileiro.
Ele fez os comentários durante entrevista ao fim de cerimônia com 184 prefeitos pernambucanos, no seminário "Juntos por Pernambuco", no município de Gravatá, a 80 quilômetros da capital. E, apesar de seu discurso, acabou também em ritmo de pré-candidato: foi interrompido seis vezes por aplausos e aclamado aos gritos de "presidente", além de anunciar um pacote de bondades de R$ 612 milhões para as prefeituras.
Na quarta-feira, quando os petistas festejavam em São Paulo uma década no governo federal, Aécio Neves discursou em Brasília acusando o PT de ter paralisado o país, e os governos Lula e Dilma de terem acabado com a "herança bendita" deixada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eduardo Campos não quis comentar a polêmica entre petistas e tucanos, mas criticou a antecipação da campanha.
- Acho que este é um ano complexo para o Brasil. Tudo que o país não precisa é estar montando palanque, manter essa velha rinha, discutindo o passado, coisas que não dialogam com a pauta do povo - afirmou. - A população está preocupada. O Brasil não cresceu no ano passado como se esperava, a gente tem que ajudar a presidente Dilma, ajudar a levar o país ao seu reencontro com o crescimento, que gera felicidade, oportunidade. Não é preciso "eleitorizar" tanto a política brasileira assim. Sinceramente, não vejo como ajudar o Brasil começando uma campanha eleitoral agora - completou.
No entanto, em seu discurso, Campos mostrou conquistas de sua gestão e prometeu avançar mais do que o país, em áreas estratégicas, como educação e saúde:
- Vamos colocar Pernambuco na melhor situação no que diz respeito à redução da mortalidade infantil no Nordeste e no Brasil. E estamos nos preparando para na próxima década darmos aos pernambucanos a melhor educação pública do país - prometeu. O governador apresentou, ainda, os resultados do Pacto pela Vida, programa do governo para a redução da violência que diminuiu o índice de homicídios em 24% no estado e em 48% em Recife, no período de cinco anos.
- É o único estado que acusa essa redução no Nordeste - vangloriou-se.
Em seguida, Campos anunciou o pacote de R$ 612 milhões para beneficiar os municípios de Pernambuco, dos quais R$ 228 milhões virão da criação de um Fundo de Desenvolvimento Municipal, que deverá beneficiar, inclusive, as prefeituras com pendências financeiras ou jurídicas e que não teriam acesso a novos recursos públicos. O dinheiro será a fundo perdido.
- São recursos que conseguimos cortando a despesa ruim, o custeio, que nos proporcionou uma economia de R$ 400 milhões, que nos ajudará a fazer investimentos para enfrentar a crise - afirmou. - Quantos aos R$ 278 milhões, serão transferidos aos municípios, sem burocracia, sem papelada, mas com controle da qualidade dos gastos - acrescentou.
No encontro, o governador voltou a reclamar do modelo tributário que penaliza estados e municípios, e lembrou que, para driblar as distorções, Pernambuco conta com legislação estadual que permite acesso a maiores cotas do Fundo de Participação dos Municípios por parte de cidades pequenas, principalmente no agreste e no sertão.
Apesar de ter sido chamado de presidente várias vezes durante o evento, ele preferiu desconversar em matéria de sucessão presidencial, embora esteja planejando visitar até dezembro todos os estados brasileiros.
- Sinceramente, este é um ano para cuidar do trabalho, da pauta da sociedade. A pauta real do povo é esta aqui. E acho que ninguém tem essa capacidade de dizer como vai ser em 2014 ou definir como vai ser a polarização, se vai ser assim ou assado. Ninguém se engane - advertiu.
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QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Um dossiê de 300 páginas, elaborado a pedido do Papa Bento XVI por três cardeais na esteira do escândalo VatiLeaks, acabou se transformando no argumento definitivo para a renúncia, segundo publicou o jornal italiano "La Repubblica". O relatório, entregue a ele dia 17 de dezembro, contém capítulos sobre corrupção, promiscuidade, mapeamento de uma rede de prostituição homossexual dentro do Vaticano e desvio de dinheiro. “Este documento será entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera teria reagido Bento XVI. O porta-voz do Vaticano não confirmou nem desmentiu o conteúdo. (Págs. 1 e 31)
Sem noção. Christiane Magarinos é presa após tentativa da suborno e desacato a policiais. (Págs. 1 e 18)
Encontros Estadão
A blogueira cubana e colunista do Estado, Yoani Sánchez, afirmou ontem que o governo brasileiro “se omite” em relação à situação dos direitos individuais em seu país. E cobrou posicionamento “mais enérgico” do Brasil. “Acho que faltou dureza ao tratar a questão dos direitos humanos na ilha. Houve omissão no caso do Brasil”, disse. Ela falou durante evento com a presença de cerca de 200 pessoas no Grupo Estado. Yoani manteve suas críticas ao regime dos irmãos Castro, mas reconheceu que as reformas socioeconômicas promovidas desde o fim de 2010 pelo presidente Raúl “estão na direção correta”. A dissidente classificou os protestos que vem enfrentando desde que chegou ao País de “fanatismo”. (Págs. 1 e Internacional A14 e A15)
Ato cancela sessão de autógrafos
Uma manifestação levou ao cancelamento da sessão de autógrafos de Yoani Sánchez à noite. O bate-papo com blogueiros terminou antes do previsto. (Págs. 1 e A15)
Na sede do Grupo Estado
‘Mudança da lei imigratória (que permitiu sua saída de Cuba) também é insuficiente'
Manifestações
“Quando se ultrapassa o limite da liberdade de expressão, na direção da violência, não é democracia, mas fanatismo.”
Ideologias
“Não acredito que em Cuba haja socialismo. E a ilha nunca chegou ao comunismo. O que existe é capitalismo de Estado.”
Reformas
“Quando o governo vê que não pode impedir algo, legaliza isso; (as reformas) são positivas, mas não suficientes.”
45% foi o quanto cresceu a oferta de crédito na Caixa Econômica Federal.
Há entendimento de que governos sempre podem arrancar do câmbio as pretensões da política da hora. Os governos não têm toda essa força. (Págs. 1 e Economia B2)
A tolerância zero mudou o comportamento do público esportivo em vários países da Europa. O Brasil segue no Terceiro Mundo. (Págs. 1 e Esportes E3)
Dilma faria muito melhor se, em vez de recitar frases de efeito, se dedicasse a governar bem. (Págs. 1 e A3)
No entanto, especialistas afirmam que é cedo para extrapolar esse comportamento para todo o primeiro trimestre, já que o aumento da atividade nas fábricas seguiu concentrado no setor automobilístico e o IPI totalmente reduzido para carros, em vigor até dezembro, pode ter dado um último alento às vendas e à produção do mês passado. Há, ainda, a percepção de que esse repique da indústria pode ser reflexo de recomposição de estoques e, portanto, não deve durar. (Págs. 1 e A3)
A base vive um momento híbrido. Militares que ajudaram a construir a estação agora a desmontam. São 800 toneladas de sucata. Contêineres estão em terra para formar a base provisória e abrigarão pesquisadores e militares enquanto o Brasil reconstrói as instalações. O projeto deve ser escolhido no mês que vem a partir de um concurso da Marinha e do Instituto de Arquitetos do Brasil. A nova sede deve custar R$ 100 milhões. (Págs. 1 e Eu e Fim de semana)
Uma das razões da dificuldade para se desfazer de parte de seus negócios internacionais pode ser o modelo escolhido para a venda nos Estados Unidos. Contratado pela Petrobras, o Morgan Stanley avaliou os ativos americanos em US$ 10 bilhões. A Petrobras reuniu suas participações acionárias em uma só empresa, cujas parcelas foram colocadas à venda, mas com o controle permanecendo em mãos brasileiras. Os potenciais compradores estranharam o modelo, inusual. (Págs. 1 e B9)
A estimativa inicial era concluir a obra até 2010, ainda no governo Lula. Agora, o governo já admite reservadamente que um trecho ficará pronto em 2015 e a ligação entre Salgueiro (PE) e Pecém (CE) somente em 2016. (Págs. 1 e B1)
Segundo o presidente da empresa, Antônio Carlos Sepúlveda, a conclusão dos investimentos levaria cerca de quatro anos e não haveria tempo para amortizá-los até 2022. (Págs. 1 e B10)
Governo conta com queda importante dos alimentos, com variação média de 10% nos últimos anos, para domar a inflação. (Págs. 1 e A2)
Zhang Monan
Dependência em relação aos investimentos não permitirá que a China tenha prosperidade e crescimento estável. (Págs. 1 e A13)