PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, abril 06, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] AA. ALCÓOLICOS ANÔNIMOS

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Homenagem aos chargistas brasileiros;
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PF/MENSALÃO/PT [In;] O RATEIO

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PF torna o mensalão indesmentível


Autor(es): agencia o globo :
O Globo - 06/04/2011

Ao ser denunciado, em 2005, por um de seus beneficiários, o petebista fluminense Roberto Jefferson, o mensalão explodiu sem dar chances a petistas e ao governo Lula de desmenti-lo de forma convincente. O escândalo cresceu a ponto de, no final daquele ano, o próprio presidente declarar que havia sido traído. Era o reconhecimento de que estrelas do partido e autoridades bem situadas no governo haviam participado, de alguma forma, de um esquema de corrupção política. Veio, então, a CPI dos Correios, em que surgiram provas e mais evidências do esquema de lavagem de dinheiro montado pelo PT e o lobista mineiro Marcos Valério, para azeitar a bancada governista no Congresso e financiar campanhas de aliados. Naquela comissão houve a confissão do marqueteiro da campanha de 2002, Duda Mendonça, de que recebera pelos serviços prestados em dinheiro ilegal, no exterior. No dia, petistas choraram no Congresso. Alguns abandonaram a legenda.

Parecia o fundo do poço, quando petistas teriam arquitetado trocar o compromisso da não tentativa de reeleição de Lula pela permanência dele no cargo até o fim do mandato. O desfecho deste capítulo do escândalo ocorreu com o encaminhamento ao Supremo, pelo Ministério Público Federal, do pedido de denúncia da "organização criminosa" do mensalão, à frente da qual estava, segundo o MP, o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, àquela altura já cassado pela Câmara dos Deputados, assim como o denunciante Roberto Jefferson.

Denúncia aceita, o tempo passou, os ventos na economia passaram a soprar a favor de Lula e PT. Vitorioso em 2006, o presidente mudou o discurso do final de 2005. O mensalão virou uma "farsa", engendrada, segundo a militância, pela "mídia golpista" - tese fantasiosa lapidada por alguns intelectuais orgânicos. Lançou-se, inclusive, campanha para anistiar Dirceu na Câmara.

Mas a Polícia Federal, a pedido do ministro relator do processo no STF, Joaquim Barbosa, fez investigações do caso, cujas conclusões foram reveladas pela revista "Época". Não só o esquema do valerioduto foi confirmado, como acabaram as dúvidas sobre um ponto relevante: foi, sim, desviado dinheiro público do Banco do Brasil, por meio da Visanet, empresa de cartões de crédito na qual o BB tinha participação. Entre as novidades encontradas pela PF - numa atuação à altura de um organismo de Estado, como deve ser, e não do governo de turno - está o elo entre pessoa do círculo de amizades do ex-presidente Lula, o segurança Freud Godoy, e o valerioduto. Ele recebeu do esquema R$98 mil, por serviços de segurança prestados a Lula na campanha de 2002 e na fase de transição para a posse. Fechou-se mais um circuito entre a cúpula lulopetista e o esquema.

Pelas 332 páginas do relatório da PF desfilam, entre muitos outros, o atual ministro Fernando Pimental - ajudado na campanha de 2004 em BH -, o indefectível senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o empresário Daniel Dantas. Aparece até o tucano Pimenta da Veiga, remunerado por serviços advocatícios. A investigação não será anexada ao processo, pois reabriria todos os prazos, para satisfação dos mensaleiros. Mas pode justificar novas denúncias. E deve tornar menos factível a previsão de Delúbio Soares, mensaleiro, tesoureiro petista na época da operação de lavanderia financeira, de que tudo acabaria como uma "piada de salão". Espera-se que não.

GOVERNO DILMA/MILITARES [In:] AMNÉSIA GENERALIZADA (sem trocadilho)

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Comandante Dilma

Dilma fala a militares: Brasil corrigiu caminhos


Autor(es): agencia o globo :
O Globo - 06/04/2011

Presidente é condecorada e diz que, com Forças Armadas no papel constitucional, país consolidou democracia

Luiza Damé



BRASÍLIA. Na sua primeira cerimônia oficial com militares, ontem no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse, sutil e diplomaticamente, que as Forças Armadas têm de cumprir o seu papel constitucional e que, desta forma, o Brasil "corrigiu seus próprios caminhos" e consolidou a democracia. A presidente comandou a solenidade de promoção de oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, mas não tocou em assuntos polêmicos como os direitos humanos e a criação da Comissão da Verdade para apurar violações durante a ditadura militar.

- É com orgulho que constato a evolução democrática da sociedade brasileira. Um país que conta, como o Brasil, com Forças Armadas caracterizadas pelo estrito apego às suas obrigações constitucionais é um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou um elevado nível de maturidade institucional. Nossas Forças Armadas compartilham plenamente dos valores da justiça, da democracia, da paz e da igualdade de oportunidades que lastreiam os objetivos internos e externos do Brasil. Contribuem para consolidar nosso país como um estado de direito por excelência - discursou Dilma para uma plateia de cerca de cem pessoas.

Dilma é a primeira mulher a receber insígnia da Defesa

A presidente participou da solenidade juntamente com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o vice Michel Temer, e os comandantes das Forças Armadas. Também estava presente o ex-deputado José Genoino, atualmente assessor da Defesa. Um pouco antes, em uma cerimônia reservada, a presidente recebeu a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa. Pela primeira vez, uma mulher foi condecorada com essa medalha. Dilma também recebeu a Ordem do Mérito Militar, do Exército; a Ordem do Mérito Naval, da Marinha; e a Ordem do Mérito Aeronáutico, da Força Aérea Brasileira. Ao assumir a Presidência, Dilma automaticamente recebeu a Grã-Cruz, o mais elevado grau das condecorações.

Durante a promoção dos oficiais, ela agradeceu a homenagem das Forças Armadas e elogiou o trabalho de Jobim, dos comandantes do Exército, Enzo Peri, da Marinha, Moura Neto, e da Aeronáutica, Juniti Saito, além do chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, José Carlos de Nardi. Disse que Jobim tem "eficiente atuação" e que o governo conta com o "valioso apoio" dos comandantes.

Dilma disse que as Forças Armadas "detêm os legítimos meios de defesa nacional, dos poderes constitucionais e das fronteiras". A presidente reconheceu que a carreira militar tem privações, mas destacou aquelas que considera as principais características dos integrantes das Forças Armadas - patriotismo, estoicismo, abnegação, disciplina e hierarquia. Também destacou o trabalho social dos militares Brasil afora.

- Estamos construindo uma nação mais fraterna e mais igualitária, que jamais prescindirá da importante contribuição das Forças Armadas.

Dilma: defesa nacional não é elemento menor

Em um gesto de agrado aos militares, a presidente disse ainda que os investimentos nas Forças Armadas não podem ser considerados menores nem desviados para atender aos programas sociais. No início do ano, Dilma adiou a decisão sobre a compra dos novos caças para a Força Aérea Brasileira, um dos principais investimentos na área de defesa:

- Em um país ainda socialmente desigual como o Brasil, poderia parecer tentadora a noção de que a modernização e o dimensionamento das Forças Armadas constituiriam esforço ocioso, prejudicial ao investimento em outros setores prioritários. Isso é um grande engano. O certo é que a defesa não pode ser considerada elemento menor da agenda nacional.

No fim da cerimônia, Dilma evitou entrevista aos jornalistas. Perguntada, de longe, pelos repórteres sobre os arquivos da ditadura, ela respondeu:

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GOVERNO DILMA [In:] CÓDIGO FLORESTAL. UMA LUTA ARMADA (com moto-serras).

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Luta pela terra divide a Esplanada

Freio da base governista


Autor(es): Ivan Iunes e Josie Jeronimo
Correio Braziliense - 06/04/2011

Mais de 24 mil trabalhadores do campo fizeram manifestação em Brasília pela aprovação do novo Código Florestal, em tramitação na Câmara. O relatório final do projeto, que coloca em confronto ruralistas e ambientalistas, ganhou apoio das bancadas do DEM e do PSDB, mas partidos ligados ao governo conseguiram mais tempo para votar a proposta.

Enquanto ruralistas levam 24 mil à Esplanada pela aprovação das novas regras ambientais, governo decide brecar a tramitação

A votação do novo Código Florestal, marcada inicialmente para o fim do mês na Câmara, vai demorar pelo menos algumas semanas a mais. Ao passo em que ruralistas e ambientalistas se digladiam em uma guerra de lobbies no Congresso, o governo federal decidiu entrar nas negociações para encontrar uma proposta de consenso. Ontem, ruralistas reuniram cerca de 24 mil pessoas no gramado da Esplanada dos Ministérios, que viajaram em mais 500 ônibus, e conseguiram os apoios de PSDB e DEM. Do outro lado da mesa, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, passou o dia em articulações para adiar a análise da matéria pelo plenário e chegou a acenar com a prorrogação do prazo para a entrada em vigor do decreto de crimes ambientais. Conseguiu apoio da maior bancada da Casa, o PT.

A titular do Meio Ambiente disse concordar com a hipótese de o decreto só entrar em vigor em dezembro — no molde atual, ele valeria a partir de 11 de junho. Em contrapartida, pediu mais tempo ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para que diferentes setores do governo, ambientalistas e ruralistas consigam construir uma proposta menos desafinada do que a apresentada pelo relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A entrada em vigor do decreto de crimes ambientais em junho lançaria à ilegalidade boa parte dos produtores, que não cumpriram os limites impostos para preservação das propriedades. Insatisfeita com as negociações do deputado com a oposição, o PT decidiu brecar a votação do Código Florestal a toque de caixa. O partido apresentará texto alternativo na próxima semana.

De acordo com Izabella, o momento é de diálogo e o consenso está próximo, mas não seria prudente uma votação ainda esta semana, como queriam os ruralistas. “Temos que ter todas as condições para votar um bom texto. E a condição necessária eventualmente pode envolver prazo maior para amadurecer”, pediu. Para evitar maiores arranhões na base, o governo estuda até enviar um substitutivo ao Congresso, produzido por consenso entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, tratará do tema em reunião durante esta semana, com Izabella e o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

Entre os ruralistas, a estratégia de esticar a corda para forçar a votação do Código até o fim do mês inclui um lobby pesado capitaneado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mas não produziu os efeitos desejados. Em vez de forçar a votação, o movimento forçou a entrada do governo nas negociações e atrasou o processo. Por isso, a estratégia de mobilizações na Esplanada deve se repetir. Ontem, a presidente da entidade, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e outras autoridades, como o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e o deputado federal Alberto Lupion (PP-PR), assumiram o comando do movimento pró-ruralista. “Quem não votar (a favor do relatório de Aldo Rebelo) será considerado traidor”, resumiu Puccinelli. “Quem nos trair, afrouxar e ser covarde, vamos dar o troco. Vamos mostrar quem são os inimigos do agronegócio”, ameaçou Lupion.

Pressa
Diferentemente da Câmara, o Senado conseguiu reunir as comissões de Agricultura e Meio Ambiente para discutir o código. Mas os ruralistas da Casa também usam a pressa como argumento para emplacar a votação do texto. “A movimentação dos produtores é para chamar a atenção. Quando o decreto perder a validade, o Ministério Público vai atuar e autuar todo mundo, vai colocar todo o setor produtivo na clandestinidade”, afirmou o senador Blairo Maggi (PR-MT). Na manifestação na Esplanada, os ruralistas reclamaram que o atual código coloca 90% dos produtores na ilegalidade. Além dos ruralistas, o relatório de Rebelo ganhou o apoio de dois partidos. Deputados de PSDB e DEM anunciaram que vão reforçar as mudanças sugeridas pelo parlamentar do PCdoB.

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CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO [In:] ... A RASGAR A TOGA

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PROVA DE FOGO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO

PROMOTORES NO BANCO DOS RÉUS


Autor(es): Lilian Tahan
Correio Braziliense - 06/04/2011

Brasília será palco hoje de um julgamento inédito. Pela primeira vez, o Conselho Nacional do Ministério Público se reúne para decidir o destino de um ex-procurador-geral de Justiça. No banco dos réus, além de Leonardo Bandarra — o homem que até pouco tempo atrás ocupava o mais alto cargo da hierarquia do MP no Distrito Federal —, estará a promotora Deborah Guerner. Ambos são acusados de envolvimento no maior escândalo de corrupção da história de Brasília e podem ser punidos com a pena máxima prevista nos estatutos do CNMP: o pedido de abertura de processo na Justiça para que sejam expulsos do serviço público. Até lá, eles ficariam sem receber salário.

Integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público analisam hoje as denúncias contra Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, acusados de corrupção. Será a primeira vez que o órgão colegiado julgará a conduta de um ex-procurador de Justiça

Acusados de corrupção, extorsão e formação de quadrilha, o ex-procurador-geral de Justiça Leonardo Bandarra e a promotora Deborah Guerner serão julgados hoje por atitudes diametralmente opostas das esperadas de integrantes do Ministério Público. Catorze conselheiros vão se reunir, a partir das 9h, para avaliar a conduta dos colegas, que são investigados por suposto envolvimento com a Caixa de Pandora.

O relatório final sobre o processo administrativo disciplinar contra os dois promotores conclui que eles cometeram crimes e ato de improbidade durante exercício dos cargos. A tendência é que recebam algum tipo de castigo. Esta é a primeira vez que se julgará a conduta de um ex-procurador de Justiça no país.

Se o teor do documento elaborado pela comissão processante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) for confirmado por maioria, então Bandarra e Deborah serão punidos com penas previstas na Lei Complementar número 75 de 1993, que vão da advertência à demissão e cassação de aposentadoria, podendo haver censura e suspensão por até 90 dias. Se foram considerados culpados pelo pleno do CNMP, é possível que o Conselho determine ao Ministério Público abertura de ação judicial contra Bandarra e Deborah para a perda do cargo, já que como promotores eles têm o benefício do cargo vitalício e só podem perdê-lo após decisão da Justiça transitada em julgado, ou seja, depois que se esgotam todas as alternativas de recursos.

O processo interno movido contra Bandarra e Deborah deve ter um desfecho hoje, depois de 10 meses desde que foi aberto, em 7 de junho do ano passado. Sob a relatoria de Luiz Moreira, o caso dos dois promotores é um dos 95 itens da pauta do CNMP desta quarta-feira. Mas o assunto é tratado como um marco no Conselho Nacional do Ministério Público. Trata-se do caso mais grave já avaliado por essa corte presidida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, desde que foi criada, em 2004. “É um caso emblemático, que tem um simbolismo muito forte. Não se deve arranhar jamais a ética e a dignidade das instituições. Imagina uma sociedade que não acredita no Ministério Público? Seja para um lado ou para o outro, será um divisor de águas na percepção daquelas pessoas que não acreditaram que o colegiado poderia ser um órgão de fiscalização”, considerou o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.

Detalhadas em 124 páginas que compõem o relatório final da comissão processante, as investigações sobre a conduta de Bandarra e Deborah sinalizam tentativa de extorsão de R$ 2 milhões ao ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), venda de informações sigilosas e uso de meio ilícito para retirar da internet uma mensagem ofensiva (veja quadro). Contra Bandarra ainda pesa indício de interferência no trabalho de um colega, o promotor Mauro Faria de Lima, a pedido de Arruda, para evitar uma ação penal contra o então comandante-geral da Polícia Militar do DF, Antônio Cerqueira.

Sigilo
O relatório final que será julgado hoje foi construído com base em depoimentos de Durval Barbosa, do ex-governador José Roberto Arruda, além de vários promotores chamados a falar sobre o caso. A quebra de sigilo telefônico de Bandarra e de Deborah, indicando que os dois mantiveram rotina de conversas, às vezes na madrugada, também é um dos elementos da peça produzida pela comissão processante.

Os vídeos achados na casa de Deborah com imagens de Bandarra entrando e saindo no imóvel de capacete, assim como as cenas em que o marido da promotora, Jorge Guerner, aparece escondendo dinheiro e bolando um plano para supostamente despistar policiais também ajudaram a comissão a concluir pela culpabilidade dos promotores. Para que se livrem da expulsão a bem do serviço público, a tese de defesa de Bandarra e Deborah terá de ser mais consistente do que as evidências apuradas desde que veio a público o escândalo da Caixa de Pandora.

Colaboraram Luísa Medeiros e Juliana Boechat

ELEIÇÕES [In;] ''HOJE QUEM PAGA SOU EU..." *

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Imposto que você paga vai bancar eleição

Financiamento de campanha na conta do eleitor


Autor(es): Josie Jeronimo
Correio Braziliense - 06/04/2011

Não bastassem todas as mordomias de que usufruem hoje, senadores da Comissão de Reforma Política decidiram pôr mais uma conta nas costas da sociedade: o custo das campanhas políticas. Eles querem que a fatura seja bancada pelos impostos pagos pelos brasileiros.

Por 12 votos a 5, comissão de reforma política acolhe proposta que determina o fim das doações de empresas e de pessoas físicas nas corridas eleitorais. Se o texto passar no plenário, candidaturas serão bancadas com recursos públicos

Um dos temas mais espinhosos da lista de mudanças na organização do processo eleitoral que o Congresso analisa foi aprovado ontem e estará no texto final do relatório da Comissão de Reforma Política, que será submetido ao plenário do Senado ainda nesse semestre. Por 12 votos a 5, os senadores que compõem a comissão acataram a proposta de alterar o sistema de financiamento das campanhas eleitorais. No lugar do atual modelo, em que o candidato capta recursos por doações de empresas e pessoas físicas, as campanhas seriam bancadas com recursos dos impostos cobrados pela União e divididos de forma igualitária entre todos os candidatos ao mesmo cargo.

O assunto controverso provocou debate acalorado. Os defensores da proposta argumentaram que o financiamento público exclusivo promoveria a inserção de candidatos que não conseguem alcançar cargos eletivos, pois são engolidos pelo poder econômico. Os contrários à ideia alegaram que o contribuinte não pode ser obrigado a custear a divulgação das informações eleitorais e que o governo usaria o orçamento para pagar despesas com publicidade e carreatas em vez de aplicar em saúde e educação. “Eu, cidadão brasileiro contribuinte, não quero que uma fração do imposto que pago financie a campanha de um candidato que não desejo ver eleito. Não vejo por que usar dinheiro dos impostos para financiar candidaturas”, afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG); Francisco Dornelles (PP-RJ), presidente da comissão, Roberto Requião (PMDB-PR); e Fernando Collor (PTB-AL) também votaram contra o financiamento público. Aécio condicionou a aplicação de recursos da União para bancar campanhas à existência do modelo de voto em lista fechada. “Acredito que a proposta do financiamento público exclusivo só tem condições de ser discutida se nós tivermos o voto em lista fechada. Fora isso, estaríamos desorganizando, expondo ainda mais o nosso sistema.”

Custo
Da bancada dos pró-financiamento público, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), argumentou que a União já reserva recursos para agremiações políticas, por meio do fundo partidário, que consumirá R$ 150 milhões só este ano, e que a mudança poderia reduzir o lobby das empreiteiras sobre os eleitos. “Sai mais barato para o Estado o financiamento público. Se alguém tiver o cuidado de olhar a relação de quem são os financiadores de campanha no Brasil, verá que são empreiteiras, prestadores de serviços, bancos, exatamente as empresas que, de alguma forma, guardam alguma relação de interesse com o público. Quem financia o faz porque, de alguma forma, tem interesse em se aproximar daquele que foi eleito”, pontuou Costa.

Apesar de destacarem que o financiamento público exclusivo ampliaria a transparência da utilização de recursos na campanha, os apoiadores foram unânimes ao dizer que a proposta não acaba com a prática do caixa dois. “O financiamento público tem vantagens, porque, em tese, vai igualar aqueles que participam da disputa eleitoral. Não concordo que teria o benefício de acabar com o caixa dois”, resumiu o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Na reunião de ontem, os parlamentares também apreciaram proposta do senador Itamar Franco (PPS-MG), que defendeu a criação do voto avulso para prefeitos e vereadores. O ex-presidente alegou que nos municípios do interior a política partidária perde espaço para forma de organização personalista. A proposta de Itamar, no entanto, foi derrotada na comissão.

"O financiamento público tem vantagens porque, em tese, vai igualar aqueles que participam da disputa eleitoral”

Pedro Taques, senador (PDT-MT)

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(*) Hoje Quem Paga Sou Eu.
Nelson Gonçalves. Composição : Herivelton Martins e David Nasser.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

06 de abril de 2011

O Globo

Manchete: Construção de Belo Monte provoca crise internacional
OEA pede suspensão do projeto e Dilma manda Itamaraty reagir a altura

A resistência à construção da hidrelétrica de Belo Monte, maior obra do PAC, no Pará, cruzou fronteiras. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), pediu oficialmente ao governo brasileiro a suspensão do processo de licenciamento da usina, abrindo uma crise internacional. Irritada, a presidente Dilma Rousseff determinou ao Itamaraty que redigisse uma nota "à altura". No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores chamou de "precipitadas e injustificáveis" as recomendações da Comissão. A OEA quer ainda que as comunidades indígenas tenham acesso aos relatórios de impacto social e ambiental.

Sob novo comando, a Vale tem agora boas chances de investir em Belo Monte. (Págs. 1, 19, 22 e Míriam Leitão)

Comandante Dilma

Na primeira cerimônia com militares, a presidente Dilma comandou a promoção de oficiais e afirmou: "Um país que conta com Forças Armadas caracterizadas pelo estrito apego às obrigações constitucionais é um país que corrigiu caminhos." Dilma evitou temas polêmicos, como os arquivos da ditadura, e recebeu a Ordem do Mérito da Defesa, jamais dada a uma mulher. (Págs. 1, 9, Elio Gaspari e Zuenir Ventura)

Foto legenda: Condecorada, Dilma sorri; um general encobre Temer, investigado pelo STF: presidente disse que país corrigiu caminhos e consolidou a democracia

Foto legenda: A 'marcha da UDR' pelo PCdoB

Num sinal dos tempos, ruralistas que já foram ligados à velha UDR marcham na Esplanada em defesa do projeto de um líder do Partido Comunista do Brasil, Aldo Rebelo, alterando o Código Florestal. (Págs. 1, 3 e Ilimar Franco)

Ajuste ainda não chegou aos gastos sigilosos

Os gastos sigilosos com cartão corporativo da Presidência cresceram 62% em janeiro e fevereiro. O governo alega que os "eventos de encerramento" da gestão Lula, em dezembro, puxaram essa alta. (Págs. 1 e 4)

Exército vai deixar o Alemão com dez UPPs

O Exército planeja deixar os complexos do Alemão e da Penha em setembro, um mês antes do prazo acordado entre o estado e o Ministério da Defesa. No lugar dos militares, surgirão dez Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Este será o maior conjunto de UPPs já instalado pela Secretaria de Segurança, com o emprego de 2.200 PMs. (Págs. 1 e 12)

Vale: mercado reage bem a novo comando

A indicação de Murilo Ferreira para a presidência da Vale agradou ao mercado. Para analistas, ele é técnico, mas tem bom trânsito com o governo. Desde o último dia 31, desligou-se de sua empresa, na expectativa de assumir a nova função. (Págs. 1, 22 e 23)

Obama: sem acordo sobre cortes, EUA podem parar (Págs. 1 e 29)

Enquanto isso, Temer...
Em inquérito que tramita no STF, o vice-presidente Michel Temer é suspeito de receber propina de uma empresa com interesses no Porto de Santos. Na época, o porto era administrado por um indicado de Temer. O vice nega qualquer envolvimento. (Págs. 1 e 10)

STJ invalida grampo com base em denúncia anônima (Págs. 1 e 10)

Contra 'saidinhas', celulares são proibidos em agências bancárias (Págs. 1 e 13)

Apesar de cessar-fogo, presidente da Costa do Marfim se nega a sair (Págs. 1 e 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Justiça anula provas da PF em inquérito sobre empreiteira
Superior Tribunal de Justiça desqualifica grampos telefônicos da Operação castelo de Areia

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou todas as provas obtidas a partir das escutas telefônicas da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investigou denúncias de corrupção em obras públicas.

A decisão compromete a investigação de executivos da construtora Camargo Corrêa acusados de crimes financeiros, pagamentos de propinas e fraudes em licitações. A empreiteira sempre negou as irregularidades. (Págs. 1 e Poder A4 e A6)

Foto legenda: Segura, peão

Em palco montado na Esplanada dos Ministérios, ruralistas tocam berrantes em ato pela aprovação da revisão do Código Florestal; segundo a PM, 10 mil pessoas participaram das manifestações em Brasília. (Págs. 1 e Ciência C11)

De cada 4 tribunais, 3 terão de mudar horário

Quase 75% dos tribunais estaduais do país desrespeitam resolução do Conselho Nacional de Justiça que determina atender o público de segunda a sexta, das 9h às 18h. Só em 7 dos 27 existentes o cidadão é recebido no horário comercial.

Para representantes dos tribunais de Justiça e da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), a resolução é inconstitucional porque caberia aos Estados definir os horários de funcionamento. É possível um recurso no STF. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

EUA dão 'delação premiada' para desertores líbios

Os EUA e a Europa ofereceram "delação premiada" a colaboradores de Muammar Gaddafi. O Tesouro americano suspendeu sanções contra Moussa Koussa, ex-chanceler líbio. A oferta pode ser estendida para outras pessoas. (Págs. 1 e Mundo A15)

Radiação atinge peixes perto de usina no Japão

O Japão informou que peixes pescados em Ibaraki, a 80 km de Fukushima, apresentaram índices de iodo radioativo acima do limite legal. O bombeamento de água radioativa ajudou a contaminar a água perto da usina. (Págs. 1 e Mundo A14)

Análise: Orquestras não são instituições de filantropia

Uma orquestra, como a Sinfônica Brasileira, precisa dar plano de carreira e aposentadoria suplementar. Mas ela não é uma instituição filantrópica. (Págs. 1 e Ilustrada E1)

Análise: Sérgio Vale - BC europeu tem pela frente uma escolha difícil

O BC europeu enfrenta uma "escolha de Sofia": combater a inflação ou manter estímulos ao fraco crescimento. (Págs. 1 e Mundo A16)

Editoriais

Leia "Código agroflorestal", que cobra um novo texto da lei ambiental, e "O decurso do mensalão", sobre a ação no Supremo Tribunal Federal. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: FMI admite controle de capital, mas só em último caso
Pela primeira vez, Fundo endossa, com ressalvas, que emergentes imponham barreiras a investimentos

Pela primeira vez em seus quase 70 anos de história, o Fundo Monetário Internacional admitiu a adoção de controles de entrada de capital estrangeiro, em um documento divulgado ontem. Mas o teto recomenda a adoção de outras medidas antes de se levantar barreiras a entrada de capitais e defende cautela na adoção dos controles. As barreiras seriam o último recurso a ser usado por países emergentes. O representante brasileiro no FMI, Paulo Nogueira Batista, reagiu com irritação às recomendações, em um momento em que o Brasil enfrenta grande pressão no câmbio. “O FMI não tem conhecimento acumulado sobre o assunto", disse Nogueira. "O Brasil fará o que for preciso para conter o fluxo de dólares." Para o Fundo, porém, o principal instrumento usado pelo Brasil para frear o ingresso de capitais estrangeiros - o aumento do IOF que incide sobre investimentos de renda fixa não trouxe o resultado esperado pelo governo. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Foto legenda: Desafio na Costa do Marfim

Guerrilheiros leais ao presidente eleito da Costa do Marfim. Alassane Ouattara, se preparam para o "ataque final" às forças do presidente de facto, Laurent Gbagbo. Diplomatas da ONU e da França disseram que Gbagbo negocia a rendição - o que ele negou, em tom desafiador. (Págs. 1 e Internacional A9)

Presidente diz que País 'corrigiu caminhos' após o regime militar

Militares atenderam a pedido do cerimonial e a presidente Dilma Rousseff não recebeu continências em solenidade de promoção de oficiais das Forças Armadas. Em frase endereçada aos generais, Dilma fez referência ao regime militar e disse que o País “corrigiu seus próprios caminhos". (Págs. 1 e Nacional A8)

Dilma cede a prefeito e deve rever corte

A presidente Dilma Rousseff já cogita ceder ao lobby dos prefeitos, preocupados com a eleição, e prorrogar a validade de obras e serviços contratados por convênios feitos na gestão de Lula. Para fazer valer o ajuste fiscal anunciado em fevereiro, o governo anunciara a intenção de cancelar parte das despesas contratadas pela administração anterior e deixadas sem pagamento. (Págs. 1 e Nacional A4)

Japão: A gueixa que vence tsunamis

Tsuyako Ito, a última gueixa de Kamaishi, sobreviveu ao quarto tsunami em seus 84 anos de vida. No primeiro deles, em 1933, sua mãe a levou nas costas para um local seguro. Desta vez, ela iria se apresentar num restaurante quando a onda gigante chegou. Um admirador a carregou, nas costas, para um ponto mais elevado. (Págs. 1 e Internacional A12)

OEA pede suspensão da obra de Belo Monte (Págs. 1 e Economia B8)

STJ anula provas da PF e esvazia Operação Castelo de Areia
O Superior Tribunal de Justiça esvaziou a Operação Castelo de Areia, deflagrada em 2009 pela Polícia Federal sobre esquema que envolveria executivos da Camargo Corrêa. O STJ julgou ilegais as provas obtidas pela PF - só valerá o que não se originou de denúncia anônima, ou seja, quase nada. (Págs. 1 e Nacional A7)

Passageiro é obrigado a descer antes no Metrô (Págs. 1 e Cidades C1)

Rolf Kuntz
A nova cartilha do FMI

Diante do crescente fluxo de recursos, num mercado saturado de dinheiro, o FMI se viu obrigado a orientar seus membros. Mas falta consenso. (Págs. 1 e Economia B8)

Notas & Informações

O presidente da Vale presidirá?

Murilo Ferreira terá de cuidar do crescimento da empresa e agradar ao governo. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: ANP assume o etanol e açúcar pode ser taxado
A presidente Dilma Rousseff determinou aos seus principais ministros, em reunião no fim da tarde de segunda-feira, a
"transferência compulsória" do controle e da fiscalização sobre a cadeia produtiva do etanol à Agência Nacional do Petróleo (ANP). O produto passará a ser tratado como combustível estratégico e não mais como um mero derivado da produção agrícola.

O governo sabe que tem pouco controle sobre níveis de estoques em mãos privadas e das estatísticas de oferta e demanda internas. A determinação de Dilma à ANP inclui maior controle sobre a quantidade produzida e o fluxo de comercialização das usinas. "Agastada" com a forte alta de preços nas bombas e as ameaças de desabastecimento, a presidente encomendou a quatro auxiliares estudos para reduzir
"substancialmente" a mistura de etanol à gasolina, que hoje varia de 20% a 25%. (Pág. 1)

Municípios pressionam Belo Monte

Além das pressões contrárias de ambientalistas e agora da Organização dos Estados Americanos (OEA), o consórcio Norte Energia, encarregado da construção da hidrelétrica de Belo Monte, enfrenta também a pressão dos 11 municípios do Pará que serão direta ou indiretamente afetados pelas obras da usina. Há um descontentamento generalizado entre as prefeituras, que cobram a execução de compromissos assumidos durante a elaboração do projeto - o pacote de compensações para os 11 municípios é estimado em R$ 3 bilhões. O governo do Pará, por sua vez, acaba de concluir um plano de segurança pública para a construção da usina, cuja conclusão foi precipitada pelas revoltas no canteiro de obras de Jirau (RO). O investimento em infraestrutura e equipamentos pedido pelo governo paraense é calculado em R$ 250 milhões. (Págs. 1 e B1)

FMI restringe os controles de capital

Com a oposição do Brasil e de outros emergentes, a diretoria do FMI aprovou um novo arcabouço para suas recomendações sobre controles de capitais. A nova orientação diz que, antes de barrar os fluxos de divisas, os países devem adotar um conjunto de políticas macroeconômicas, como permitir a valorização do câmbio, acumular reservas e baixar os juros, quando possível.

Falando em "caráter pessoal", o diretor do FMI para o Brasil e outros sete países da América Latina e Caribe, Paulo Nogueira Batista Jr., considerou o novo arcabouço um retrocesso. "Os controles de capitais são o último passo, no fim de uma longa lista, mas se uma economia estiver lidando com um fluxo de capitais de natureza temporária, os controles muitas vezes devem ser o primeiro remédio", disse. (Págs. 1, C1 e C8)

Foto legenda: Expansão à vista

A ida do grupo Ultra ao Novo Mercado prepara o terreno da empresa para mais crescimento e abre uma porta de saída para os herdeiros controladores. "Vamos poder visar alvos de maior dimensão", diz Paulo Cunha, acionista e presidente do conselho da Ultrapar. (Págs. 1 e D7)

No ensino médio, Rio só supera Piauí

Nos últimos cinco anos, o desempenho das escolas estaduais do Rio de Janeiro no principal indicador de qualidade da educação do país ficou quase estagnado, variando de 2,6 para 2,8, abaixo da meta de 2,9. A nota vermelha no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio coloca o segundo Estado mais rico do Brasil entre os piores, à frente apenas do Piauí, cujo verba para a área é de R$ 1,2 bilhão, um terço da do Rio. A repartição de recursos do Fundeb mostra que o investimento anual por estudante do ensino médio fluminense, de R$ 2.061, é maior que a média do gasto dos Estados nordestinos (R$ 1.697).

A explicação para o péssimo resultado no Rio não é dinheiro, é política. Contínuas interrupções dos projetos educacionais são, para especialistas, uma das maiores razões para o desempenho. Nos últimos 40 anos, cada governador mudou, em média, três vezes o comando da educação. Gaudêncio Frigotto, professor da Faculdade de Educação da UERJ, afirma que, a partir dos anos 70, a educação "começou a ser loteada, com a entrega de diretorias regionais de ensino a políticos". (Págs. 1 e A14)

Contax passa a atuar fora do país, com a compra da Allus

A empresa de atendimento a clientes Contax firmou acordo para comprar a argentina Allus, uma das principais do setor na América Latina. O negócio será fechado por no mínimo R$ 307 milhões, mas pode chegar a R$ 332 milhões, dependendo do cumprimento de metas nos próximos dois anos. A aquisição - a maior já feita pela Contax - é o primeiro passo para sua internacionalização.

O negócio tem outra implicação importante. A compra da Allus e a iminente fusão com a Dedic, empresa de "contact center" da Portugal Telecom, vão transformar a Contax em uma das três maiores companhias do setor de atendimento no mundo, ao lado da francesa Teleperformance e da espanhola Atento, da Telefónica. "Pesquisamos algumas empresas e encontramos uma joia. Nossas competências são muito parecidas", afirmou ao Valor o presidente da Contax, Michel Sarkis. (Págs. 1 e B4)

Na Vale, um mineiro sem estrelismos

Mineiro de Uberaba, com pai médico e mãe dentista, Murilo Ferreira, o novo diretor-presidente da Vale, conhece a empresa a fundo. Ele passou 11 anos na companhia em várias áreas - alumínio, não ferrosos, siderurgia, energia, novos negócios, fusões e aquisições - e liderou a equipe que fechou o maior negócio na internacionalização da Vale, a aquisição da canadense Inco por US$ 18 bilhões.

Pessoas próximas do sucessor de Agnelli, que terá seu nome submetido ao novo conselho da Vale, a ser escolhido pela assembleia geral em 19 de abril, o descrevem como um homem tranquilo, que gosta de trabalhar em equipe. Ele, enfatizam, não quer ser estrela, mas trabalhar com um conjunto de estrelas, do executivo ao maquinista.(Págs. 1, D1, D6 e B11)

Na Reckitt, uma carreira global sem bilhete de volta

A anglo-holandesa Reckitt Benckiser começou a implementar no Brasil, no ano passado, o modelo de expatriação que já segue mundialmente: a carreira internacional nunca termina e o profissional não volta a seu país de origem. A empresa tem 25 mil funcionários, possui escritórios em 60 países e seus principais executivos têm histórico de carreira global. No Brasil, são 24 profissionais de 13 nacionalidades, enquanto 35 brasileiros estão no exterior ocupando desde cargos operacionais até alta direção. O próprio CEO da empresa no Brasil, Frederic Morlie, é um franco-belga que já atuou em oito países.

Há quem não se adapte, mas o retorno ao país de origem não é fácil. Quando o profissional se muda, é demitido de onde estava e recontratado no destino. Sua vaga anterior é preenchida, muitas vezes, por outro colaborador também com carreira global. (Págs. 1 e D12)

Governo japonês já avalia a adoção de racionamento de energia (Págs. 1 e A11)

Mercado internacional de fusões e aquisições volta a se aquecer (Págs. 1 e B11)

Motorola foca área de segurança

Depois de desmembrar sua divisão de telefonia celular e transformá-la em uma empresa independente, a Motorola Solutions se concentra no mercado de redes de comunicações para segurança pública nos Estados Unidos e no Oriente Médio. (Págs. 1 e B2)

Hooters testa novo modelo no país

A rede americana de lanchonetes Hooters vai testar um modelo de negócios inédito no Brasil. Em vez de franqueados, terá sócios-proprietários, que terão uma retirada fixa de R$ 5 mil por mês, mais 10% do lucro do negócio. (Págs. 1 e B4)

SC Gás amplia distribuição

A Companhia de Gás de Santa Catarina (SC Gás) inicia um plano de investimentos de R$ 241 milhões até 2015. A expansão da rede atual terá como ênfase a região serrana do Estado e o atendimento a novas cidades no segmento residencial. (Págs. 1 e B9)

Seguro rural bloqueado

Desde setembro do ano passado, quando deixou de pagar os subsídios ao seguro rural devido a um contingenciamento de verbas, o governo federal acumulou uma dívida de R$ 162,7 milhões com seguradoras e resseguradoras. (Págs. 1 e B14)

Carne suína para a China

Em viagem preparatória à visita da presidente Dilma Rousseff, a presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, embarcou para a China, onde vai discutir a abertura do mercado local à carne suína brasileira. As exportações poderiam chegar a 200 mil toneladas em três ou quatro anos. (Págs. 1 e B14)

Osmar Dias no BB

O ministro Guido Mantega anuncia hoje, às 15h, a nomeação do ex-senador Osmar Dias (PDT) como vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil. Dias foi derrotado ao governo do Paraná, mas ajudou na eleição da presidente Dilma Rousseff. (Pág. 1)

Ideias

David Kupfer

Há espaço para recompor alguma competitividade da indústria taxando, por exemplo, a exportação de commodities. (Págs. 1 e Al3)

Ideias

Martin Wolf

Os países emergentes decidiram se proteger com um vasto acúmulo de créditos contra os emissores de moedas de reserva. (Págs. 1 e A13)

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