PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, maio 04, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] POBRES DE MARRÉ DECÍ ...

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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... BRINCANDO NOS CAMPOS DE PITÁGORAS *

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... a partir do ''LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR'', de Millôr Fernandes.

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Como é sabido, na Numerologia de Pitágoras se atribuí números de 1 a 9 ao conjunto de letras do alfabeto.

Assim, seguindo a máxima de que ''enquanto se descansa carrega pedra...", aproveitei as horas aula de hoje**, ''enquanto'' aplicava a 1a. avaliação bimestral de Microeconomia para rascunhar essa Nota. Nota? Ops !

Obviamente que o tema não poderia deixar de ser OBAMA vs. OSAMA.

Mediante o ''cálculo'' da Numerologia cujo resultado da soma é reduzido a um número, para OBAMA tem-se o número 5 (cinco) e para OSAMA, 4 (QUATRO). Assim, somando-se 4 + 5, tem-se 9 (NOVE).

Na continuidade do ''livre pensar'' e calcular; tomamos o ano de 2011 e o somamos reduzindo a um número; obtivemos 4. OSAMA é QUATRO (4).

N´outra lógica SOMAMOS 2011 + 9 = 2020, que ''somados'' novamente para reduzí-lo a um número, obtivemos 4 (QUATRO).

Igualmente somamos 11/9/2001 onde obtivemos 5. OBAMA é CINCO (5).

Finalmente, lembramos que o mês de setembro é NOVE (9) que é a soma de OBAMA + OSAMA.

THE END .

(kkkkkkkkkkkkkkkkkkk).

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(*) Parafraseando ''Brincando nos campos do Senhor" (filme, 1991).

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(**) "Eu vivo sempre no mundo da lua, porque sou um cientista, o meu papo é futurista, é lunático, ..." (Lindo Balão Azul ; Guilherme Arantes).

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MUNDO/TERRORISMO/BIN LADEN [In:] ''EX ANTE; EX POST''

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Depois de Bin Laden

O Estado de S. Paulo - 04/05/2011


Na semana passada, o coordenador de contraterrorismo do Departamento de Estado americano, Daniel Benjamin, fez uma conferência sobre a Al-Qaeda. O seu texto continha 4 mil palavras. Nenhuma delas era Osama. A ausência clamorosa do nome antecipou o que especialistas em todo o mundo passaram a dizer em uníssono desde o anúncio da morte de Bin Laden. O fundador, mentor e inconfundível fisionomia do movimento terrorista islâmico - que matou muito mais muçulmanos do que fiéis de qualquer outra religião - há anos perdera os meios de comandar efetivamente as ações de seus seguidores. Já ao seu lugar-tenente, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, faltariam autoridade e experiência.

A organização, por sua vez, como já se sabia de longa data, havia se fragmentado em unidades com alto grau de autonomia - "franquias", na expressão corrente - espalhadas pelo Norte da África, Península Arábica, notadamente no Iêmen, e na Somália, na margem ocidental do Golfo de Aden, sob a liderança de Osamas regionais. Os mais conhecidos são Nasser al-Wuhayshi, o ex-secretário de Bin Laden que fugiu do Afeganistão e integrou os jihadistas da Arábia Saudita e Iêmen, e o seu aliado Anwar al-Awlaki, o clérigo radical nascido nos Estados Unidos e acusado de ser um importante recrutador de quadros suicidas (entre eles o nigeriano que, no Natal de 2009, tentou explodir o avião em que viajava de Amsterdã para Detroit).

A dispersão da Al-Qaeda é um complicador para os serviços de segurança. "É cada vez mais difícil saber dos planos dos militantes dessas células menores", reconheceu uma autoridade do setor citada pelo Wall Street Journal. A dificuldade imediata é estimar de onde poderá vir a tentativa de vingança pela morte de Bin Laden que Washington dá como certa. Especula-se que, graças às ligações da matriz terrorista com setores do governo paquistanês - o que o domicílio de Osama numa militarizada cidade do país, a uma centena de quilômetros da capital Islamabad, deixou escancarado -, talvez ela disponha de meios inacessíveis às filiais independentes na África e na Arábia para provocar uma tragédia em um país do Ocidente.

Em maio passado, aliás, por pouco um paquistanês naturalizado americano, que se converteu ao fundamentalismo e foi treinado na sua terra natal, não conseguiu explodir um carro-bomba em plena Times Square. Como no caso do nigeriano, a tragédia só não se consumou por falha do perpetrador, não por ter sido ele impedido, demonstrando pela enésima vez que é humanamente impossível "erradicar" o terrorismo, na bazófia do então presidente George Bush ao declarar guerra ao terror em seguida ao 11 de Setembro. O que se procura, em qualquer parte do mundo, é reduzir ao mínimo as possibilidades de ocorrência de atentados, mediante ações coordenadas de inteligência, vigilância em torno de alvos prováveis - e transformações sociais nos países vulneráveis à pregação homicida.

Ainda que os jihadistas consigam dar o seu troco, ou que um culto a Bin Laden revigore o ânimo dos fanáticos, continuará sendo um erro monumental adotar o conceito de "guerra" no combate ao extremismo islâmico. A esta altura, a invasão do Iraque - para a qual esse foi um dos pretextos - já deveria ter ensinado algo a figuras como a secretária de Estado Hillary Clinton, que voltou a usar a infausta expressão ao falar do fim de Osama. E, se o Iraque não bastasse, há o atoleiro de 10 anos em que imergiram os aliados ocidentais no Afeganistão, seguindo a miragem de construir ali um Estado funcional que acabe com a ameaça (local) do Taleban. Enquanto isso, no vizinho Paquistão, a Al-Qaeda matou 30 mil civis e 5 mil soldados e policiais.

Não foi a guerra ao terror que reduziu as simpatias por Bin Laden no país de 46% em 2003 a 18% no ano passado. Ou de 56% a 13% na Jordânia, no mesmo período. Ou de 19% para 1% no Líbano. E tampouco foi a guerra ao terror que apartou por completo da Al-Qaeda e congêneres os movimentos pela democracia que transfiguram o mundo árabe. A política americana para a região não pode se pautar pelo contraterrorismo.

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BRASIL [In:] ESSE É O ''TAL'' DO ABRIL VERMELHO...

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Um mês cinzento para a ética na política

Valor Econômico - 04/05/2011

Para o leitor atento, certamente não passou despercebido que a mudança de governo em Brasília em nada contribuiu para o aperfeiçoamento dos bons costumes na política nacional. Pelo menos três episódios sucessivos saltam aos olhos e têm muito mais em comum do que parece à primeira vista, apesar da diferença dos atores envolvidos.

Começando pelo fim, o PT reabilitou com honra, no fim de semana, o ex-tesoureiro de campanha do partido, Delúbio Soares. Difícil medir a indignação da sociedade, aparentemente resignada ou sentindo-se impotente para reagir à sucessão de escândalos que gradativamente mina a base moral da política brasileira, em todos os três níveis do poder federal.

Afinal, o que mudou entre 2005, quando o PT julgou que havia razões mais que suficientes para expulsar Delúbio do partido, inclusive com alguma dose de humilhação, e 2011, quando Delúbio ainda responde pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha em processo no Supremo Tribunal Federal (STF)?

Como ex-tesoureiro do partido nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o companheiro Delúbio atravessou esses anos todos fazendo questão de lembrar aos camaradas petistas que é um profundo conhecedor das entranhas partidárias. E, no entanto, cumprira obsequioso silêncio tanto na campanha da reeleição de Lula, em 2006, quanto na eleição de Dilma, em 2010.

Para voltar, Delúbio fez chantagem. Ele voltou, no entanto dificilmente recuperará o prestígio de que dispunha quando passava o chapéu entre o empresariado, mas é perturbador que o PT, um partido que na oposição ajudou muito a melhorar a ética na política, cada vez mais se pareça com as siglas do passado, que combatia com fervor religioso.

À exceção de José Dirceu, é bom lembrar, o partido absolveu todos os outros camaradas relacionados no escândalo do mensalão, o suposto esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo. A senha para o mau comportamento, a bem da verdade, partiu do próprio Lula.

Quem não se lembra das palavras do presidente, em Paris: "O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil sistematicamente. Eu acho que as pessoas não pensaram direito no que estavam fazendo, porque o PT tem na ética uma das suas marcas mais extraordinárias, e não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção". Literalmente. Com a decisão tomada no fim de semana, o PT deu razão ao ex-presidente da República.

Mas a reentronização de Delúbio no universo petista não foi o único episódio a deixar um pouco mais cinzento o mês de abril, quando se fala de moral e ética na política. O autoritarismo do senador Roberto Requião (PMDB-PR) ao avançar sobre um repórter que lhe tomara declarações gravadas é apenas reflexo da conduta desregrada que há anos tomou conta do Senado e atingiu o clímax na semana passada com a indicação dos novos integrantes do Conselho de Ética da Casa.

Não importam os argumentos dos partidos, segundo os quais, há falta de disposição dos senadores em geral para compor o Conselho de Ética. Fossem um pouco maiores as preocupações com os bons exemplos, os partidos certamente encontrariam nomes que não passaram como réus pelo conselho, caso de Renan Calheiros (PMDB-AL), que recorria a uma empreiteira a fim de pagar contas pessoais. O que dizer do novo presidente do conselho, João Alberto Souza (PMDB-MA), também ele autor de decretos secretos que tantos aborrecimentos causaram a seu amigo José Sarney, então presidente da Casa, em 2009.

Um pouco antes, o mau exemplo coubera ao senador Aécio Neves (MG), o nome mais forte hoje do PSDB para uma disputa presidencial. Aécio foi pilhado dirigindo sem carteira - sua habilitação estava vencida -, algo a que qualquer mortal está sujeito, e se recusou a fazer o teste do bafômetro, direito que a lei lhe assegura.

O mau exemplo de Aécio foi sua primeira versão do incidente à imprensa, em nota contaminada pelo subterfúgio. Esperava-se mais em termos éticos e morais com a mudança de governo, torcida que esvaneceu já com a manutenção do convite a Pedro Novais (MA), o deputado que pregava suas contas num motel de São Luís no cofre da Câmara, para o Ministério do Turismo.

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GOVERNO DILMA/INFLAÇÃO [In:] A QUEM INTERESSA O RETORNO ?

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INFLAÇÃO E MÃO DE OBRA PREOCUPAM EXECUTIVOS

INFLAÇÃO VOLTA À AGENDA DAS EMPRESAS



Valor Econômico - 04/05/2011

Dois focos de pressão sobre os custos das companhias preocupam os principais dirigentes de empresas do país, conforme manifestaram ontem durante a cerimônia de entrega do prêmio Executivo de Valor. Para eles, as maiores dificuldades enfrentadas hoje por seus grupos são os aumentos das matérias-primas e a falta de mão de obra qualificada. Em alguns já é clara a desaceleração da atividade, mas de qualquer maneira o Brasil deverá crescer cerca de 4% este ano.

O presidente da Whirlpool, José Drummond Jr., disse que o aumento das matérias-primas vem sendo equacionado, por meio de negociações com os fornecedores e repasse de preços ao consumidor, realizado neste mês. Para o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr., a inflação ainda não preocupa a ponto de prejudicar a indústria de energia. Segundo ele, o problema mais grave é a falta de mão de obra qualificada.


A inflação voltou à agenda dos executivos, que intensificaram as negociações com os fornecedores de insumos, matérias-primas e serviços em uma tentativa de minimizar o repasse do aumento de custos para o preço final, segundo relato, ao Valor, dos dirigentes de grandes empresas brasileiras presentes à cerimônia de entrega do prêmio Executivo de Valor, ontem em São Paulo. Os repasses, contudo, estão sendo feitos.

As pressões de custos aumentaram, segundo os empresários, justamente no momento em que alguns setores começam a sentir os primeiros sinais de desaceleração do nível de atividade. Eles ainda são tímidos, mas já apareceram tanto no setor financeiro, como para os fabricantes de bens de consumo duráveis, embora ainda estejam fora do cenário da indústria de alimentos ou de bens semiduráveis. Enquanto voltam a lidar com a inflação, a falta de mão de obra qualificada é outro item de preocupação, até porque a necessidade de manter os atuais funcionários tem exigido a concessão de maiores aumentos salariais.

Para conter a pressão inflacionária e não aumentar os preços dos ingressos, a rede Cinemark intensificou as negociações com seus fornecedores, diz seu presidente, Marcelo Bertini. "Por enquanto estamos sendo bem-sucedidos nessa estratégia. Mas não sei mais quanto tempo conseguimos segurar." As negociações salariais em alguns Estados, diz, causaram aumentos mais altos que os previstos inicialmente, o que resultou no aumento dos ingressos. "O problema é que eles estão superando o aumento da produtividade", diz.

Problema para alguns setores, a queda do dólar tem sido um alento para a Positivo Informática. Como a maioria dos componentes usados pela companhia para montar seus computadores é cotado em dólar, o real valorizado acaba compensando a pressão inflacionária que surge com o aumento nos preços das commodities, explica Hélio Rotenberg, presidente da empresa. Com relação ao custo da mão-de-obra, ele diz que a empresa vem tomando medidas para aumentar a produtividade de seus funcionários e também tem se movimentado para garantir que não faltem profissionais preparados.

Na Ambev, as pressões inflacionárias das commodities estão tendo um impacto significativo nos negócios porque os custos estão sendo afetados por insumos como malte, açúcar, alumínio e importação de latas, diz o presidente João Castro Neves. "Isso já nos levou a reajustar nossos preços, percentual que repassamos sempre em linha com a inflação. Mesmo assim, temos conseguido bons resultados por nos mantermos focados em produtividade e inovação, além de um controle rigoroso de gastos", afirma Castro Neves.

O segmento de bebidas já sentiu a retração na demanda. "Desde o fim do ano passado o nosso setor vem apresentando sinais de desaquecimento causados por uma desaceleração no aumento de renda disponível, aumento de preços, além da influência do clima", diz.

André Esteves, presidente do banco BTG Pactual, também já sentiu alguma desaceleração no ritmo das atividades no primeiro trimestre deste ano. "Já deu para perceber que o PIB [Produto Interno Bruto] deste ano não repetirá os 7,5% de 2010. Ficará dentro dos 4%", diz.

Nas operações da varejista Lojas Renner, o impacto veio principalmente do preço do algodão. Segundo o presidente da companhia, José Galló, a alta chega a 160% desde o início do ano passado e trouxe um aumento de custos para a rede de 10% a 12%. "Mas temos conseguido repassar esses reajustes para os preços dos produtos", afirma Galló. Para reduzir custos, a empresa também usou mais materiais sintéticos. Na Hering, o aumento do preço do algodão e da pressão inflacionária levou a empresa a reajustar os preços em média 10% no primeiro trimestre. Fábio Hering, presidente da empresa, acredita que a estratégia do governo de usar a importação como plataforma de controle da inflação pode desestimular o avanço da indústria nacional.

A Renner, informa Galló, ainda não registrou queda de demanda, mesmo com o aumento da taxa básica de juros, ao contrário do que a Whirlpool já percebe. José Drummond Júnior, presidente da empresa, explica que ela já vive um momento de desaceleração. "Continuamos em um ritmo positivo: estamos crescendo menos, mas sobre uma base alta."

Na empresa, a solução encontrada para o aumento dos preços de matérias-primas foi a negociação com os fornecedores e o repasse de preços ao consumidor, realizado este mês. "Essas medidas recompuseram os preços, fazendo frente aos impactos que já aconteceram", informou Drummond. Ele ressaltou ainda que a alta dos salários já vem sendo sentida pela Whirlpool nos últimos três anos.

A inflação ainda não afetou os negócios das operadoras de serviços CPFL e Nextel. O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr., diz que o custo que mais preocupa o setor hoje é o da mão de obra mais qualificada. Ele afirma, no entanto, que a empresa está conseguindo treinar os profissionais que necessita. "Não colocamos um eletricista na rua sem dar dois a três meses de capacitação." Sérgio Chaia, presidente da Nextel, concorda. Para ele, o maior desafio hoje é trazer mais pessoas qualificadas para a empresa. A Nextel contratou no ano passado cerca de mil funcionários e planeja contratar o mesmo este ano. "Enfrentamos o apagão da mão de obra, e nossa preocupação é remunerar bem nossos funcionário. Não é o custo que nos preocupa e sim a oferta de profissionais", diz ele.

A alternativa apresentada pelo presidente da Azul, Pedro Janot, para conter os efeitos da escalada do petróleo e da inflação das commodities no setor aéreo é investir em produtividade, tecnologia e revisão de processos. "Temos de continuar a ganhar dinheiro", diz.

Desaceleração não é a palavra do cotidiano das empresas ligadas ao agronegócio. No setor sucroalcooleiro, que ainda vive um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de seus dois principais derivados - etanol e açúcar - os preços têm subido devido ao fato de a demanda crescer em um ritmo mais acelerado que a oferta, diz José Carlos Grubisich, presidente da ETH. Já a gigante JBS encara a valorização de sua matéria-prima (boi gordo) como um fator que reflete diretamente no maior faturamento da empresa. "Nosso custo fixo diminui uma vez que o preço médio do produto que vendemos aumenta. No mercado de commodities não é possível não repassar os preços", diz Joesley Batista, presidente do conselho da JBS.

Para driblar as pressões inflacionárias e reduzir os custos na compra de matérias-primas a Natura adotou um programa de atualização da plataforma de fornecedores, em que está renegociando os contratos e ampliando a base de oferta. "Estamos buscando novos fornecedores, que serão selecionados a partir de indicadores socioambientais", diz Alessandro Carlucci, presidente da empresa.

Como toda a indústria, as pressões inflacionárias provenientes das matérias-primas e do aumento dos salários têm influenciado os negócios da Suzano e da WEG. Para a Suzano, os custos que mais pesam são os do petróleo (atrapalham a logística) e dos insumos químicos, como a soda cáustica.

Harry Schmelzer Jr., presidente da WEG, por sua vez, tenta diversificar seus investimentos, para se ajustar ao aumento nos custos das matérias-primas e da contratação de pessoal. "Estamos investindo no Brasil, mas também estamos colocando mais velocidade para aumentar nossos investimentos produtivos no México, Índia e China. Nós precisamos ter um hedge natural das nossas operações internacionais", explica.

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GOVERNO DILMA/POBREZA [In:] OS MISERÁVEIS

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DILMA QUER TIRAR 16 MILHÕES DA MISÉRIA


PLANO DE DILMA PARA ERRADICAR POBREZA TEM 16 MILHÕES DE BRASILEIROS COMO ALVO


Autor(es): Marta Salomon,
O Estado de S. Paulo - 04/05/2011

Antes de anunciar ações do ‘Brasil sem Miséria’, principal promessa de campanha, governo define que vai beneficiar os 8,5% da população que têm renda mensal de até R$ 70 por pessoa da família


BRASÍLIA - Entre as diferentes formas de contabilizar a extrema pobreza no País, o governo federal optou por definir como alvo do plano "Brasil sem Miséria", a ser detalhado nas próximas semanas, os que têm renda mensal de até R$ 70 por pessoa da família. Nessa condição, contam-se atualmente 16,3 milhões de brasileiros, ou 8,5% da população, segundo cálculos preliminares feitos com base no recém-lançado censo de 2010.

Uma das principais promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff foi erradicar a pobreza extrema ao longo dos quatro anos de mandato. Parte dos brasileiros beneficiados com o plano de erradicação da miséria já está incluída no Bolsa Família. O governo federal, no entanto, não divulgou qual o volume populacional que receberá os dois benefícios. Esse dado só deverá ser divulgado em outubro.

Sobre a meta, a secretária extraordinária de Erradicação da Pobreza, Ana Fonseca, disse: "Sim, nós faremos sim, nós vamos tirar as pessoas da extrema pobreza". Ao seu lado, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Nunes, chamou a atenção para um detalhe técnico: "É uma impossibilidade estatística chegarmos a um valor zero de miseráveis no País".

Água, luz, esgoto. A extrema pobreza não se limita à insuficiência de renda. Perfil apresentado pelo presidente do IBGE mostra que os miseráveis brasileiros têm menos acesso à energia elétrica, ao abastecimento de água, ao esgotamento sanitário e a banheiro em suas casas, que representam 7% dos domicílios.

Os miseráveis ocupam pouco mais de 4 milhões de domicílios no País. A extrema pobreza está mais concentrada nas cidades (53,3%)do que no campo (46,7%). Entre as regiões do País, a incidência da pobreza extrema é maior no Nordeste. Moram ali 9,6 milhões (59%) dos miseráveis. A região Sudeste é a segunda em volume de pessoas em extrema pobreza (17%).

Analfabetos. Os dados mais contundentes dizem respeito ao nível de analfabetismo. O índice de analfabetismo absoluto, daqueles com mais de 15 anos que não sabem ler nem escrever um bilhete simples, é de 9,6%. Entre os extremamente pobres, o índice chega a 22% nas cidades e a 30,3% nas zonas rurais.

O analfabetismo atinge também os jovens nessa faixa de renda. Nas cidades, 5,2% dos jovens entre 15 e 17 anos são analfabetos. Na zona rural, o problema atinge 7,2% dos jovens nessa faixa etária.

A ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social), responsável pela coordenação do plano "Brasil sem Miséria", disse que, com as medidas a serem anunciadas pessoalmente por Dilma Rousseff ainda em maio, será possível erradicar a pobreza extrema não apenas na dimensão da renda. "É um plano ambicioso e com ações complexas."

O plano inclui expansão dos serviços públicos e inclusão produtiva, além da busca aos mais excluídos. "Não estamos falando de um contingente residual da população, mas de quase um entre dez brasileiros", comentou Márcio Pochman, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A renda máxima usada para definir a extrema pobreza coincide com o valor usado para o acesso ao Bolsa Família, que paga entre R$ 32 e R$ 242 ao mês. O governo reajustará anualmente o valor da linha da extrema pobreza.

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TRT/LUIZ ESTEVÃO [In:] SALDO SUPERAVITÁRIO ...

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ESCÂNDALO DO TRT: LUIZ ESTEVÃO PODE SAIR NO LUCRO


VAI SAIR BARATO



Autor(es): » Paulo Silva Pinto e Ivan Iunes
Correio Braziliense - 04/05/2011


Dono de fortuna que avalia em R$ 20 bilhões, ex-senador se propõe a pagar dinheiro desviado de obra caso tenha bens desbloqueados.

Nove anos depois, Luiz Estevão quer pagar a dívida pelos desvios na obra do TRT-SP. A ideia é desembolsar R$ 465 milhões em prestações mensais de R$ 2 milhões, equivalente ao que o senador cassado lucraria por dia com o desbloqueio dos bens. Para a União, porém, o valor atualizado é R$ 1,1 bi


O empresário Luiz Estevão de Oliveira Neto perdeu o mandato de senador, foi condenado a 31 anos de prisão e a ressarcir o erário em R$ 169.491.951,15 desviados da obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo. Ele nega o interesse em qualquer mandato eletivo, embora siga filiado ao PMDB. Da ação penal, na qual cabem recursos, não fala. Mas quando o assunto é a dívida, dispõe-se a conversar.

Estevão declarou formalmente à Advocacia-Geral da União (AGU) o desejo de quitar a fatura. Segundo ele, a quantia atualizada é R$ 464.814.726,83 — de acordo com a AGU nunca um valor tão alto foi ressarcido à União. “Hoje chegamos à convicção de que é mais barato, mais conveniente encerrar a discussão”, diz Estevão em entrevista ao Correio, sentado em uma cadeira de couro no escritório de um de seus advogados, Marcelo Bessa, que se espalha por uma casa na Península dos Ministros, a QL 12 do Lago Sul.

Pagar, para Estevão, não significa reconhecer a culpa. “Não tenho nenhuma relação com a obra do TRT.” O Ministério Público discorda, elencando provas de que a Incal, construtora do prédio, agia em nome do Grupo OK, de Luiz Estevão, na obra. Mas então por que pagar? “Não quero ficar mais 10 anos nessa briga.” Com todas as possibilidades de recursos judiciais, a discussão, iniciada há uma década, vai consumir outra. O problema é que há discordância de valores.

Luiz Estevão usa em suas contas a Selic não capitalizada, que reajusta dívidas com a União. Mas a AGU tem outra conta, na qual a dívida é corrigida pela inflação mais juros, que variam conforme a data, resultando em R$ 1,1 bilhão. O advogado Marcelo Bessa afirma, porém, que será fácil derrubar esse fator de correção. “Há jurisprudência demonstrando que é errado usá-lo”, diz.

O incentivo para Estevão buscar um acordo sobre os valores é grande. Há 1.255 imóveis do Grupo OK em Brasília bloqueados pela Justiça, como garantia do pagamento da dívida, a maior parte desde o ano 2000 — isso inclui um terço do shopping Iguatemi, no Lago Norte. A inflação acumulada pelo IPCA é de 120%. Mas os imóveis residenciais do Plano Piloto ficaram aproximadamente 600% mais caros no período (o cálculo do Correio considera um conjunto de imóveis anunciado na época e outros semelhantes anunciados recentemente).

O ex-senador afirma que tudo o que tem hoje vale R$ 20 bilhões, ou US$ 12 bilhões, sem detalhar de quanto é a participação dos imóveis e dos outros negócios, que incluem fazendas de soja, concessionária de veículos e outras empresas. Tal valor faz dele o terceiro homem mais rico do Brasil, perdendo apenas para os empresários Eike Batista e Jorge Paulo Lemann (veja quadro abaixo).

Estevão pretende multiplicar rapidamente esse patrimônio. Com a construção de edifícios residenciais e a venda de apartamentos, ele afirma que é possível lucrar R$ 800 milhões por ano nos próximos seis anos, o que vai resultar em R$ 4,8 bilhões no período. É muito mais do que o rendimento atual do Grupo OK, em cerca de R$ 120 milhões. Pelas regras do bloqueio judicial em vigor, ele pode alugar os imóveis que já possuía, ou mesmo construir novos imóveis em seus terrenos e locá-los, o que dá menos lucro, porém, do que a construção para venda.

Além de render menos, o aluguel traz outro problema: uma parte cada vez maior do que entra é também bloqueada pela Justiça. Atualmente, dos R$ 120 milhões, 25% viram depósitos judiciais. O estoque de depósitos acumulados desde 2000 é de R$ 80 milhões. Abatendo-se isso da dívida calculada por Luiz Estevão, chega-se em R$ 384 milhões.


Essa dívida pode ser suavizada em 180 prestações, de acordo com a Lei nº 12.249, de 2010, na qual Luiz Estevão quer se enquadrar. A AGU nega que seja possível. Se for, a prestação inicial seria de pouco mais de R$ 2 milhões. Isso coincide com o valor que Luiz Estevão poderia ganhar diariamente caso seus imóveis fossem desbloqueados. Ou seja: ele vai embolsar a cada dia o que terá de pagar por mês à União. Para o ex-senador, é uma questão de justiça. “A lei não pode ser feita para o Luiz Estevão nem vedada ao Luiz Estevão”, diz o ex-senador.

Troca por imóveis
Uma alternativa ao parcelamento é entregar alguns de seus imóveis, algo que a AGU pode aceitar. Os imóveis estão em avaliação. Entre os bens penhorados a pedido da AGU estão 10 prédios alugados à União e ao Governo do Distrito Federal. Os edifícios foram construídos pelo Grupo OK em terrenos próprios, mas os responsáveis pelas locações são as empresas Inovar, Data e LCC, todas registradas em nome de filhos ou pessoas ligadas ao empresário.

A AGU acusa Estevão de tentar driblar a proibição imposta a ele de contratar com a administração federal por meio das firmas — ele nega estar proibido de firmar contratos com a União. Desde 2008, a Inovar e a LCC receberam R$ 53,8 milhões da União por aluguéis de prédios na parte central de Brasília. A Data ainda aluga um edifício ao GDF por R$ 350 mil mensais.


Cassado e condenado

O Grupo OK, de Luiz Estevão de Oliveira Neto, é acusado pelo Ministério Público de ser sócio da construtora Incal, que desviou R$ 169,5 milhões da obra do fórum trabalhista de São Paulo na década de 1990. De acordo com as investigações, R$ 34,2 milhões foram transferidos entre 1992 e 1999 da Incal para o Grupo OK, que havia concorrido à licitação para a obra, ficando em segundo lugar. A Incal faliu e a conta é cobrada judicialmente do Grupo OK.

As acusações resultaram em uma ação penal e uma ação civil pública, ambas na Justiça Federal em São Paulo. Na área cível, há também uma ação de execução em Brasília que tem origem em condenação do Tribunal de Contas da União (TCU), usando como valor base os mesmos R$ 169,5 milhões que constam na ação civil pública.

Na área penal, Luiz Estevão foi condenado a 31 anos de prisão pela Justiça Federal em São Paulo pelos crimes de peculato, estelionato, corrupção ativa, uso de documento falso e formação de quadrilha. No ano passado, o empresário pediu anulação da sentença ao Superior Tribunal de Justiça, que decidiu, porém, por sua manutenção. Ainda cabem recursos da decisão ao próprio STJ e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As ligações entre o Grupo OK e a construtora Incal foram reveladas na CPI do Judiciário em 1999. Em junho de 2000, Luiz Estevão teve cassado o mandato de senador por 52 votos. Votaram em sua defesa 18 senadores e 10 se abstiveram.

TCU terá que avalizar

A tentativa do ex-senador Luiz Estevão de pagar a União com direito a abatimento de dívida e parcelamento em 180 vezes encontra forte resistência da AGU. A decisão sobre o pedido do empresário repousa sobre a mesa do conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU) Ubiratan Aguiar, mas já recebeu parecer contrário da promotoria do órgão e protestos declarados da AGU. O órgão entende que o parcelamento da dívida nos moldes pleiteados por Estevão não se destina a débitos decorrentes de desvio de dinheiro público.

O pedido de parcelamento da dívida foi formulado por Estevão e entregue à AGU no final do ano passado. O advogado-geral da União, Luiz Adams, recebeu o ex-senador por três vezes e decidiu pedir um parecer do TCU sobre o caso. O procurador do Ministério Público no tribunal, Marinus Marsico, pediu que o relator negue a proposta. “Reduzir dois terços da dívida em uma canetada seria destruir o trabalho de uma década feito pela AGU para recuperar esse dinheiro. Será catastrófico para a administração pública e poderia se transformar em um modelo a ser seguido por todo mundo que fraudou o erário”, reclama Marsico.

De acordo o procurador, o grau de recuperação atingido pela AGU nos últimos anos é superior a 100%, o que significa dizer que o órgão tem conseguido reaver os débitos atuais, mais os pendentes de anos passados. A AGU admite que está avaliando os imóveis locados por Luiz Estevão à União para abatimento da dívida, calculada pelo órgão em R$ 1,1 bilhão. “Quando o débito é transferido para a Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, o retorno não chega a 3%. O espírito do Refis não é o de perdoar ou refinanciar condenados por desvios de recursos públicos”, diz Marinus.

O próprio procurador do TCU admite que o valor de R$ 1,1 bilhão calculado para a dívida de Estevão tem índices de correção muito acima dos praticados pelo mercado. Uma diminuição do valor do débito, no entanto, deveria ser discutida com a AGU, sem o parcelamento ou cálculo proposto pelo empresário. (II e PSP)

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

04 de maio de 2011

O Globo

Até EUA pressionam Obama a mostrar Bin Laden morto
Casa Branca muda versão e diz que terrorista estava desarmado; Paquistão nega ter autorizado ação

Dois dias depois de assassinar Osama bin Laden, numa operação militar no Paquistão, e se livrar do corpo no Mar Arábico, o governo dos EUA se viu ontem sob crescente pressão para divulgar fotos do cadáver. Parlamentares e parentes de vítimas dos atentados do 11 de Setembro pediram que a Casa Branca libere as imagens para por fim às controvérsias. A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navy Pillay, cobrou mais detalhes sobre a operação, ressaltando em comunicado que "todos os atos contra o terrorismo devem respeitar o direito internacional".

O governo americano disse estar estudando se vai divulgar as fotos, que alegou serem "horrendas" e "potencialmente incendiarias", pois mostrariam Bin Laden desfigurado. Ontem, o Paquistão negou ter dado permissão para a ação militar americana. Especialistas ouvidos pelo GLOBO discutiram os pontos polêmicos da Operação Geronimo, como a invasão do território paquistanês, a morte do terrorista desarmado - lato admitido ontem pela Casa Branca e que configuraria uma execução - e o lançamento do corpo ao mar. (Págs. 1, 32 a 37, Zuenir Ventura e editorial "Hora de apoio firme á democracia árabe")

O perigo morava ao lado

Os vizinhos da mansão-fortaleza de Bin Laden em Abbottabad tinham curiosidade sobre os reclusos moradores do casarão, mas não imaginavam que ali dentro se escondia o terrorista mais procurado do mundo. Os supostos proprietários justificavam os muros altos e o arame farpado alegando ter muitos inimigos. E às crianças das redondezas não era permitido entrar para pegar bolas que caiam no quintal. Em vez disso, eram ressarcidas em dinheiro. (Págs. 1 e 34)

Foto legenda: Moradores e jornalistas observam a mansão-fortaleza de Bin Laden em Abbottabad: vizinhos tinham mais curiosidade do que suspeitas sobre reclusos ocupantes

Elio Gaspari
Jogando-se o corpo de Bin Laden no mar, queimou-se o arquivo. (Págs. 1 e 6)

Miseráveis somam 16,2 milhões no país

Governo estabelece como critério de extrema pobreza renda per capita de até R$ 70 mensais

O Ministério do Desenvolvimento Social informou que o Brasil tem 16,2 milhões de miseráveis (8,5% da população). São pessoas obrigadas a sobreviver com renda familiar per capita de até R$ 70 por mês. O número de miseráveis, obtido a partir da versão preliminar do Censo de 2010, surpreendeu por ser bem maior que o estimado até hoje, com base na Pnad: 10 milhões de pessoas (5% da população). Com isso, ficará ainda mais difícil para a presidente Dilma Rousseff cumprir a promessa de erradicar a pobreza extrema em quatro anos. Ela lançará o Plano Brasil sem Miséria. (Págs. 1 e 3)

Dirceu ameaçou ser candidato a presidir o PT

Para barrar o plano da presidente Dilma de eleger Humberto Costa presidente do PT, o deputado cassado José Dirceu ameaçou se candidatar. (Págs. 1 e 12)

Em 2012, a inflação deve continuar alta

Com pressões de salário mínimo e alta de produtos básicos, o mercado aposta que a inflação deve ficar entre 5% e 5,5%. (Págs. 1, 23 e Miriam Leitão)

Começa em 48h resgate de corpos do 447

Pode começar nas próximas 48 horas, segundo o "Le Monde", o resgate dos corpos de passageiros do voo 447. A segunda caixa-preta já foi resgatada. (Págs. 1 e 22)

Piscinão para aclimatação de atletas

A prefeitura sugeriu ao Comitê Rio 2016 o Piscinão de Ramos como uma das instalações a servir para a aclimatação ou treinamento de atletas. (Págs. 1 e 14)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Bin Laden não estava armado ao ser morto
EUA mudam versã0o, e ONU quer saber se a ação desrespeitou direito internacional

O governo dos EUA mudou sua versão sobre a morte de Osama bin Laden, mentor do 11 de Setembro, dizendo que ele estava desarmado na ação no Paquistão e que não usou mulheres como escudo humano.

Os primeiros relates diziam que o terrorista havia sido baleado depois de atirar contra agentes norte-americanos. Sem dar detalhes, a Casa Branca reafirmou, porém, que Bin Laden "ofereceu resistência". (Págs. 1 e Mundo A12 a A16)

Dúvidas do caso:

A ordem era tentar prender ou matar Bin Laden?
Como ele "resistiu" à ação?
Qual foi o papel do Paquistão?
A casa ficava a 4km de academia militar: em 5 anos, nunca foi investigada? (pág. 1)

Elio Gaspari

Assassinato longe de caverna afegã foi pior para americanos. (Págs. 1 e Poder A8)

Marcelo Ninio

Para especialistas, 'primavera árabe' tem trilha própria. (Págs. 1 e Mundo A16)

Foto legenda: Em Abbottabad, paquistaneses observam a casa em que Osama bin Laden vivia e foi morto por tropa de elite dos EUA.

HC quadruplica serviços para os planos privados

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, símbolo do serviço de saúde gratuito e universal, vai quadruplicar os atendimentos prestados a convênios; 12% deles serão realizados para planos privados, relata Laura Capriglione.

Segundo a superintendência do HC, o dinheiro dos planos será usado para financiar melhorias no atendimento gratuito do HC. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Governo define como miséria renda mensal inferior a R$ 70

O Planalto definiu como alvo do plano de erradicação da pobreza extrema os 16,2 milhões de brasileiros com renda de até R$ 70 ao mês. A maioria, está concentrada no Norte/Nordeste.

É considerado extremamente pobre quem não tem renda para consumir 2.500 calorias diárias. Quanto menor o valor definido, menor será o percentual de miseráveis na população. (Págs. 1 e Poder A4)

Ampliação em Cumbica vai começar antes da licitação

A Infraero vai começar as obras do terceiro terminal de Cumbica, em Guarulhos (SP), até o fim do ano, antes da licitação que passará a administração do aeroporto para o setor privado.

A medida visa evitar atrasos na obra, considerada essencial para atender o crescimento da demanda até a Copa de 2014. (Págs. 1 e Mercado B3)

País terá centro público para avaliar cigarros

O Brasil terá, em dois anos, o primeiro laboratório público para a análise química de cigarros da América Latina. Só há cinco do tipo no mundo. O objetivo será checar se as informações fornecidas pelos fabricantes são verídicas. (Págs. 1 e Saúde C12)

Portugal fecha acordo para ter ajuda de € 78 bi

Portugal fechou acordo com a União Europeia e o FMI para receber socorro financeiro no valor de € 78 bilhões (R$183 bilhões).

O acordo será submetido aos partidos da oposição até 16 de maio. (Págs. 1 e Mundo A20)

Mantimentos para terrorista incluíam muita Coca e Pepsi (Pág. 1 e Mundo, A14)

Tropa especial de ação já atuou em golpes de Estado (Pág. 1 e Mundo, A14)

Franceses podem iniciar hoje resgate de corpos do voo 447 (Págs. 1 e Cotidiano C4)

Editoriais
Leia "Combustíveis voláteis", que pede planejamento na oferta desses produtos; e "Avanços com o ProUni", sobre aprimoramento do programa. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma quer tirar 16 milhões da miséria
Promessa de campanha, plano do governo fixa linha de pobreza em R$ 70 por pessoa da família; detalhes ainda serão definidos

O governo Dilma definiu como alvo do plano "Brasil sem Miséria", que pretende erradicar a pobreza extrema no País, os que tem renda mensal de até R$ 70 por pessoa da família. Nessa condição, contam-se hoje 16,3 milhões de brasileiros, ou 8,5% da população, segundo cálculos preliminares feitos com base no recém-lançado Censo de 2010. A pobreza extrema não se limita a insuficiência de renda. Perfil apresentado pelo IBGE mostra que os miseráveis brasileiros, em 7% do total de domicílios, tem menos acesso a energia elétrica, água e condições sanitárias. Entre os extremamente pobres, o índice de analfabetismo chega a 22% nas cidades e a 30,3% nas zonas rurais. Com base nessas informações, o governo vai estabeleceras medidas contra a miséria, que serão anunciadas neste mês pela presidente Dilma Rousseff. Discutido em sigilo, o plano deve reciclar programas já existentes, como o água para todos. (Págs. 1 e Nacional A4)

Antonio Barbosa
Carroceiro

"Quando vejo meus filhos querendo as coisas que não posso dar, sinto que e por falta de capacidade minha". (Pág. 1)

Porcentual de pobres cai mais de 50%

O porcentual de pobres no Brasil caiu 50,64% entre dezembro de 2002 e dezembro de 2010, durante a administração Lula, mostra pesquisa divulgada ontem por Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas. A desigualdade, segundo o pesquisador, atingiu o “piso histórico" desde que começou a ser calculada, na década de 60. (Págs. 1 e Nacional A6)

Bin Laden não estava armado, admite Casa Branca

O governo americano retificou parte nas informações que deu sobre o ataque que resultou na morte do terrorista Osama bin Laden no Paquistão, domingo. Ele não estava armado, embora, na versão da Casa Branca, tenha “resistido". Uma de suas mulheres, presente no cômodo, teria avançado sobre um soldado americano e tomado um tiro no joelho. Não foi mencionado o uso de escudos humanos. Segundo o governo, não houve ordem para a execução do terrorista. (Págs. 1 e Internacional Al2 a Al9)

Paquistão é cobrado

EUA, Grã-Bretanha e França cobraram explicações do Paquistão sobre o fato de que Osama bin Laden vivia num grande centro urbano do país nos últimos anos. (Págs. 1 e Internacional A16)

Foto legenda: Suvenires. Garotos paquistaneses recolhem destroços de helicóptero americano diante da casa de Bin Laden

Filhos de Lula não devolvem passaportes

O Itamaraty informou que os passaportes diplomáticos concedidos a quatro filhos e três netas do ex-presidente Lula nos últimos dias de governo do petista não foram devolvidos. O Ministério Público Federal deverá recorrer à Justiça para tentar obrigá-los a devolver os documentos. Há cerca de um mês, procuradores analisaram o caso e concluíram que a concessão dos passaportes, que garantem tratamento privilegiado, foi irregular. (Págs. 1 e Nacional A7)

TCU considera altos os lucros de estradas

Relatório do Tribunal de Contas da União defende a revisão dos contratos de rodovias privatizadas do País nos anos 90. A rentabilidade está entre 17% e 24% acima da inflação. (Págs. 1 e Economia B1)

Resgatada segunda caixa-preta do 447

Aparelho tem os registros das duas últimas horas de diálogos da tripulação, além de ruídos e alarmes do voo Rio-Paris. Resgate de corpos ainda está indefinido. (Págs. 1 e Cidades C5)

Registro de genéricos na Anvisa cresce 73% (Págs. 1 e Vida A21)

Código Florestal: governo pressiona
Na véspera da votação do Código Florestal, o Planalto pediu ao relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) mudanças no texto. Um dos temas é a recomposição de matas nativas. (Págs. 1 e Vida A22)

Dora Kramer

Desafinados

O PSDB segue refém do autoengano, acreditando que não é necessário correr riscos, pois a sorte lhe será madrinha e vai se encarregar dos fatos. (Págs. 1 e Nacional A6)

Celso Ming

Distorções na gasolina

Guido Mantega admitiu que o governo poderá derrubar a Cide. Nem mesmo para que ela funcione como tributo regulatório há regras claras. (Págs. 1 e Economia B2)

Notas & Informações

A inflação não espera

Falar em combater a inflação com cuidado para não matar a galinha de ovos de ouro é contrassenso. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Inflação e mão de obra preocupam executivos
Dois focos de pressão sobre os custos das companhias preocupam os principais dirigentes de empresas do país, conforme manifestaram ontem durante a cerimônia de entrega do prêmio Executivo de Valor. Para eles, as maiores dificuldades enfrentadas hoje por seus grupos são os aumentos das matérias-primas e a falta de mão de obra qualificada. Em alguns já é clara a desaceleração da atividade, mas de qualquer maneira o Brasil deverá crescer cerca de 4% este ano.

O presidente da Whirlpool, José Drummond Jr., disse que o aumento das matérias-primas vem sendo equacionado, por meio de negociações com os fornecedores e repasse de preços ao consumidor, realizado neste mês. Para o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr., a inflação ainda não preocupa a ponto de prejudicar a indústria de energia. Segundo ele, o problema mais grave é a falta de mão de obra qualificada. (Págs. 1 e A14)

Dólar 'ótimo' é de R$ 2,90, diz estudo

O dólar deveria valer hoje algo como R$ 2,90 para atingir a taxa "ótima" real de longo prazo, aquela que induz a alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia e leva ao desenvolvimento econômico, segundo estudo dos economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense, Carmen Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá. Uma das conclusões é que “a moeda brasileira ficou persistentemente sobrevalorizada por quase todo o período compreendido entre 1999 e 2010. Outra é que a taxa 'ótima' real de longo prazo foi atingida em 2004. Ontem, o dólar fechou a R$1 ,589.

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou ontem de lado as críticas à valorização do câmbio. Ao garantir que o governo Dilma não permitirá uma sobrevalorização excessiva do real, disse que se comparado a uma cesta de moedas, houve uma valorização de 35% do real. "Não é uma valorização tão excepcional, tendo em vista que os fundamentos da economia brasileira estão hoje muito mais sólidos".
"Em relação ao dólar, o real está menos valorizado do que em 1997 e 1998". (Págs. 1, A2 e C2)

Banco grande cresce no consignado

Os grandes bancos de varejo estão avançando em um segmento de mercado em que as instituições de pequeno e médio portes se destacavam até recentemente. Itaú, Bradesco e Santander cresceram acima da média na concessão de empréstimos consignados - as operações com desconto em folha de pagamento. A partir da maior exigência de capital determinada pelo governo em dezembro, os bancos menores, especializados nesse tipo de crédito, ficaram sem fôlego para ampliar a oferta.

Enquanto as estatísticas de crédito do Banco Central apontaram crescimento das operações de consignado de 3,3% no primeiro trimestre e de 23,6% em 12 meses, os balanços dos grandes bancos mostram ritmo mais acelerado. O Bradesco avançou 7,4% no trimestre e 40,3% na comparação anual, para R$ 16,1 bilhões, movimento impulsionado, em boa medida, pela compra de carteiras. O Santander teve expansão de 34,6%, para R$ 14,3 bilhões (pelo padrão contábil internacional), enquanto o Itaú Unibanco avançou 8,2% entre janeiro e março e 28,2% em 12 meses, para R$ 6,9 bilhões, apenas com operações próprias. (Págs. 1 e C1)

Morte de Bin Laden pode 'afugentar' republicanos

A morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, tende a fortalecer politicamente o presidente Barack Obama e a desencorajar alguns dos quadros mais tradicionais do Partido Republicano a desafiá-lo nas eleições do próximo ano. Mas, ao menos no momento, são pequenas as chances de nomes que correm por fora na disputa, como o empresário Donald Trump e a 'tea party' Sarah Palin, ocuparem o vácuo deixado pela oposição.

Ainda falta cerca de um ano e meio para as eleições, mas Obama é considerado naturalmente favorito, porque está no poder num momento em que os americanos estão mais inclinados a votar pela continuidade, agora que a economia dá alguns poucos sinais de recuperação. Em tese, a morte de Bin Laden torna Obama um oponente mais forte, desestimulando os republicanos a concorrer e abrindo mais espaço para quem corre por fora. (Págs. 1 e A11)

Foto legenda: Nova competidora

Primeira mulher a dirigir uma grande indústria do setor no Brasil, Andrea Alvares, presidente da divisão de bebidas da PepsiCo, aposta que há oportunidades de mercado para aumentar a participação dos produtos da empresa e ampliar as categorias em que atua. (Págs. 1 e B4)

Abertura de capital passa a ser opção da Intermédica

O médico e empresário Paulo Barbanti, fundador da Intermédica, deixou o comando da empresa, terceira maior operadora de planos de saúde em número de beneficiários, com quase 4 milhões de pessoas e faturamento de R$ 1,9 bilhão, criada em 1968. O posto foi entregue a Glauco Abdala, um dos sócios da consultoria Galeazzi. Barbanti assumiu a presidência do conselho de administração.

A intenção por trás da mudança é a reestruturação da Intermédica, para uma possível abertura de capital em 2013. Essa era uma opção que Barbanti não levava em consideração, mas mudou de ideia diante da possibilidade de garantir a continuidade da companhia, já que seus filhos querem ser apenas acionistas. Na nova fase de profissionalização, a operadora vai investir aproximadamente R$ 240 milhões para a construção e ampliação de hospitais e centros médicos. (Págs. 1 e B1)

Vale começa a reciclar os pneus usados na mineração

A reciclagem de pneus para caminhões de mineração, que podem ter quatro metros e meio de diâmetro e pesar até quatro toneladas, representa um desafio para as empresas do setor. Com um estoque de 6 mil pneus usados, dos quais 3 mil em Carajás, no Pará, a Vale testa uma nova tecnologia capaz de resolver esse passivo ambiental gerado nas últimas décadas.

O método consiste em cortar os pneus em peças de um metro de comprimento com uma tesoura hidráulica acoplada a uma escavadeira. Em Carajás, o equipamento já cortou 600 pneus usados. As projeções da Vale são de que em 2011 e 2012 a empresa descarte mais 4 mil pneus em suas minas no país. A empresa tem planos de começar a operar, a partir de setembro, uma segunda tesoura hidráulica em Minas Gerais. Cada equipamento custa cerca de R$ 1,5 milhão. (Págs. 1 e B10)

Desigualdade aumenta nos países ricos (Págs. 1 e A10)


Portugal fecha pacote de ajuda com FMI e União Europeia, diz Jose Sócrates (Págs. 1 e C3)


Hytera chega de olho na Copa

Com a experiência adquirida durante as Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a chinesa Hytera, fabricante de equipamentos de radiocomunicação, desembarca no Brasil de olho nos negócios que serão gerados pela Copa e pela Olimpíada de 2016. (Págs. 1 e B2)

Sata consegue mais tempo

A sata, que já foi a maior prestadora de serviços aeroportuários do país, conseguiu reverter no Tribunal de Justiça do Rio, ao menos por enquanto, a decretação de falência da companhia. (Págs. 1 e B6)

Paccar terá fábrica no país

A fabricante americana de caminhões Paccar vai destinar US$ 200 milhões para sua primeira fábrica no Brasil. Paraná, São Paulo, Minas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul disputam o investimento. (Págs. 1 e B11)

Usina São João busca sócio

O grupo USJ (Usina São João) negocia a venda de 49% de suas duas usinas em Goiás, uma delas em construção. Nova Fronteira (São Martinho e Petrobras), Cargill e Raízen (Cosan e Shell) disputam o negócio. (Págs. 1 e B15)

Defensivo genérico perde espaço

Capitalizados, os agricultores brasileiros investiram mais em tecnologia, o que fez as vendas de defensivos protegidos por patente representar 58% das vendas do segmento no ano passado, tomando espaço dos defensivos genéricos. (Págs. 1 e B16)

Brasil atrai estudante estrangeiro

Cresce a procura de MBAs no Brasil por executivos e estudantes estrangeiros interessados em conhecer a "cultura de negócios" no país. O percentual de estrangeiros classificados pelo GMAT para o país aumentou de 8,3% em 2006 para 20% em 2010. (Págs. 1 e D10)

Limites à liberdade religiosa

Questão ainda não pacificada nas instâncias inferiores da Justiça brasileira, o direito a não realizar concursos públicos, estudar ou trabalhar em dias considerados sagrados por algumas religiões chega ao Supremo Tribunal Federal. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Cristiano Romero

O Banco Central mudou seu diagnóstico do cenário econômico e também o receituário para enfrentar a alta da inflação. (Págs. 1 e A2)

Ideias

David Kupfer

O governo brasileiro precisa agir para evitar a consolidação de uma relação de dependência econômica em relação à China. (Págs. 1 e Al3)

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