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quinta-feira, setembro 20, 2012
MEU PINTINHO AMARELINHO...
Produção de carne de frango vai encolher no país em 2012
Autor(es): Por Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre |
Valor Econômico - 20/09/2012 |
A crise enfrentada pela avicultura brasileira devido à escassez de oferta de grãos, à disparada nos preços de milho e soja e à falta de crédito para produtores e indústrias deverá provocar em 2012 a primeira queda da produção do segmento pelo menos desde 2000. Segundo o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o volume deverá ficar 1 milhão de toneladas abaixo das 13,1 milhões de toneladas de carne de frango produzidas em 2011. As exportações também deverão cair, 10%, na primeira retração desde 2006, acrescentou o dirigente, que fez palestra ontem na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul).
Ressaltando que não prega restrições às exportações de milho, Turra disse que o país poderá ter de estabelecer alguma "regulação" sobre os embarques do grão - que compõe dois terços da ração usada na alimentação das aves - para "manter a indústria funcionando e preservar empregos", numa referência às mais de 5,7 mil demissões registradas no segmento nos últimos quatro meses. Segundo ele, a desoneração da folha de pagamentos estendida para o ramo na semana passada "ajuda", mas a "sobrevivência" dos frigoríficos depende de ração e crédito.
Provocada pela quebra da safra americana, a corrida de importadores pelo milho brasileiro deve reduzir os estoques de passagem no país a 4,4 milhões de toneladas no início de 2013, um nível "perigoso" em comparação com as 14,2 milhões de toneladas do começo de 2012, disse Turra. Por conta disto, o Ministério da Agricultura e a Conab já começaram a "monitorar" os embarques de milho e também de soja, explicou.
Segundo o presidente da Ubabef, o sinal vermelho acendeu em agosto, quando as vendas externas de milho cresceram 81,1% sobre o mesmo mês de 2011, para quase 2,8 milhões de toneladas. Depois disso, as exportações já atingiram 1,5 milhão de toneladas nas duas primeiras semanas de setembro e deverão manter uma média mensal de 3,8 milhões no quarto trimestre, prevê o dirigente.
Com a demanda externa aquecida, Turra reforçou o pedido para que o governo amplie os leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para levar o milho do Centro-Oeste até a região Sul, que foi mais atingida pela estiagem na última safra e onde se concentra a maior parte da indústria avícola brasileira. "Se não houver agilidade o destino deste milho será o porto".
Outra reivindicação do segmento é pela liberação de crédito para capital de giro para pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades para financiar a aquisição de insumos, além da extensão, para os criadores integrados, da prorrogação dos empréstimos concedidos aos não integrados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo Turra, a exclusão dos produtores vinculados às indústrias, que representam 90% do segmento no país, foi um "equívoco" e deve ser corrigido.
Conforme o presidente da Ubabef, sem apoio oficial o milho que custa R$ 18 a saca no Centro-Oeste chega ao Sul entre R$ 32 e R$ 34, o que representa uma alta de 44% desde o início do ano. No caso do farelo de soja, os preços passaram de R$ 600 para quase R$ 1,4 mil a tonelada no período. Segundo ele, pelo menos 18 empresas da área no país estão "em situação de dificuldade", incluindo a paranaense Diplomata, que já pediu recuperação judicial.
Além disto, segundo Turra, com os custos em alta os preços da carne de frango no mercado interno já subiram 25% desde janeiro e deverão ser elevados em mais 10% a 15% até o fim do ano. O mesmo vale para o preço médio dos produtos exportados, que foi de US$ 1,9 mil a tonelada em agosto, mas deve chegar à faixa dos US$ 2,2 mil em dezembro, influenciado pela redução da oferta dos Estados Unidos, o maior concorrente do Brasil no mercado externo.
Com isso, apesar da queda projetada de 10% no volume das exportações brasileiras neste ano em comparação com as 3,9 milhões de toneladas de 2011, a retração nas receitas deverá ser de 7% ante os US$ 8,2 bilhões de 2011. De janeiro a agosto, o volume cresceu 0,94%, para 2,6 milhões de toneladas. Se o recuo das vendas físicas ao exterior se confirmar no acumulado do ano, será a primeira queda desde 2006, quando o surto de gripe aviária reduziu o consumo mundial do produto.
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... E COMO TEM PREÇO (juros) !!!
Brasil tem o cartão mais caro do mundo
Cartão no topo dos juros |
O Globo - 20/09/2012 |
Taxa média do cartão de crédito no Brasil é de 238% ao ano, a maior entre nove países
Lucianne Carneiro
Rio e São Paulo Apesar da queda dos juros básicos da economia - que estão no seu menor patamar histórico - os brasileiros ainda pagam a maior taxa média no cartão de crédito. Levantamento em nove países - Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela, México, EUA e Reino Unido, além do Brasil - mostrou que o país cobra 238,30% ao ano. O número é mais de quatro vezes o registrado pelo Peru, o segundo colocado, com taxa de 55%, muito próxima aos 54,24% do Chile.
A Argentina é o quarto país com a maior taxa, de 50%, seguido por México (33,8%), Venezuela (33%) e Colômbia (29,23%). Nos EUA e no Reino Unido, a taxa é muito inferior, de 16,89% e 18,7%, respectivamente. O estudo incluiu dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), da Proteste e dos sites Index Credit Cards e Money Facts, dos EUA e Reino Unido, respectivamente.
- É um absurdo a diferença de taxa de juros. Não tem justificativa, nem mesmo a inadimplência - diz a economista da Proteste Hessia Costella.
Inadimplência e juros: círculo vicioso
Nem a redução da taxa básica de juros da economia teve impacto nos juros médios do cartão de crédito, que se mantêm inalterados em 238,30% anuais desde fevereiro de 2010.
- Existe um círculo vicioso. A inadimplência é alta porque os juros são elevados. E os juros elevados acabam aumentando a inadimplência. Se os juros fossem menores, a inadimplência cairia - diz o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.
- A taxa de 238,30% ao ano é elevadíssima, para não dizer absurda ou irreal - afirma, por sua vez, o educador financeiro Mauro Calil.
Segundo o Banco Central (BC), a inadimplência no cartão de crédito chegava a 28,10% em julho ( atrasos com mais de 90 dias), contra média de 7,9% no crédito para a pessoa física. O volume movimentado no rotativo em julho, diz o BC, foi de R$ 37 bilhões. Para Hessia, quem entra no rotativo dificilmente sai porque as taxas são muito altas.
Uma dívida no cartão de crédito, diz Oliveira, leva seis meses e meio para dobrar de valor, a uma taxa média de 10,69% por mês (238,30% por ano). Os números são mais expressivos quando se olha além da média. Segundo a Anefac, a taxa varia entre 26,82% e 628,76% ao ano, ou 2% a 18% ao mês.
- O cartão de crédito é o principal meio de pagamento quando se trata de inadimplência - afirma Mauro Calil.
Além do juro alto, o tema desperta polêmica devido a algumas características específicas do mercado brasileiro de cartões. Aqui, todos têm a função de crédito rotativo. Quando o consumidor opta por pagar o valor mínimo da fatura, já faz uso desse financiamento, e inicia seu processo de refinanciamento. Lá fora, o rotativo não é disponível em todas as opções do mercado.
Empresas: rotativo representa só 2%
O parcelamento sem juros - praticamente uma exclusividade brasileira - também pesa sobre os custos do setor, segundo seus representantes. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) diz que 50% do faturamento dos cartões no Brasil vêm do parcelamento sem juros.
Outra diferença é a data em que o juro começa a incidir sobre as compras. No Brasil, isso só ocorre quando a pessoa atrasa o pagamento ou opta por pagar o valor mínimo. Ou seja, quem está com a fatura em dia pode ter até 40 dias de financiamento sem custo.
- Lá fora, não existe operação sem juros. O pagamento do juro ocorre a partir do dia seguinte ao da compra, enquanto aqui se cobra o juro apenas a partir do dia de vencimento da fatura. Além disso, temos o parcelado sem juros. Tudo isso tem custo - defende o vice-presidente comercial da Mastercard Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro.
Segundo a Abecs, no exterior o saldo do rotativo representa 80% das compras. No Brasil, 70% do saldo a receber não têm juros e o rotativo representa menos de 2% do volume total.
Atendente de uma padaria da Vila Olímpia, em São Paulo, Vital Abreu Neto diz, orgulhoso, que nunca se endividou no cartão de crédito e revela o segredo: nunca pagar o valor mínimo.
- Se você paga o mínimo, a dívida dobra - diz ele.
Mastercard e Visa, as principais bandeiras globais, argumentam que são os emissores dos cartões (bancos, redes varejistas e outros) que definem as taxas de juros. Isso explica, segundo elas, o fato de que a mesma bandeira ter taxas de juros díspares em diferentes países. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) diz que a Abecs é a entidade indicada para tratar do assunto.
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NA CEVA
Barbosa deixa Dirceu para mais tarde
Petistas julgados perto das eleições |
Autor(es): HELENA MADER ANA MARIA CAMPOS DIEGO ABREU |
Correio Braziliense - 20/09/2012 |
Os petistas acusados de formar o núcleo político do esquema do mensalão — Dirceu (apontado como chefe da quadrilha), Delúbio e Genoino — só devem ser julgados às vésperas do 1º turno das eleições municipais. Ontem, foi a vez de o delator do escândalo que abalou o governo Lula, Roberto Jefferson, sentir o rigor do ministro Joaquim Barbosa: foi considerado culpado do crime de corrupção passiva. Relator do processo no STF, Barbosa também pediu a condenação do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Supremo muda o cronograma e analisará denúncia contra o núcleo político do PT após a conclusão da votação sobre os réus que respondem por corrupção passiva
O núcleo político petista na denúncia do mensalão, integrado pelo ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro nacional Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino, será julgado às vésperas do primeiro turno das eleições municipais. O veredicto — contrário ou favorável aos petistas —poderá afetar o resultado das urnas. O cronograma foi anunciado ontem pelo relator, Joaquim Barbosa, ao comunicar que o crime de corrupção ativa do capítulo em debate será tratado após a conclusão sobre os réus que respondem por corrupção passiva.
Dessa forma, haverá uma nova divisão do julgamento depois da polêmica sobre o fatiamento da denúncia. Nesse caso, no entanto, houve consenso. A partir de hoje, o revisor, Ricardo Lewandowski, deve começar a apresentar seu voto sobre os acusados de vender apoio político ao PT, entre os quais os políticos do PP, PL (hoje PR), PTB e PMDB. Depois da rodada de votação entre os demais ministros, Barbosa começará a tratar das acusações contra Dirceu, Delúbio e Genoino. O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (PTB) também será julgado nesta parte. A depender do ritmo, a decisão poderá sair na quinta-feira anterior às eleições.
No ataque
Na iminência de ser julgado pelo Supremo pelo crime de corrupção ativa, Dirceu quebrou o silêncio que manteve nos últimos meses e partiu para o ataque, de olho nas disputas eleitorais. Ontem, o principal réu do mensalão publicou dois textos em seu blog contra representantes da oposição, com ataques duros contra o deputado federal ACM Neto, candidato à prefeitura de Salvador, e José Serra, que concorre em São Paulo. Dirceu citou o chamado mensalão do DEM, descoberto a partir da Operação Caixa de Pandora.
Em seu blog, que o ex-ministro denomina como "um espaço para a discussão do Brasil", Dirceu raríssimas vezes se manifesta sobre a Ação Penal 470. Acusado pela Procuradoria Geral da República de ser o chefe da quadrilha do mensalão, ele disse que ACM Neto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e José Serra parecem "não ter senso de ridículo" e acham "que o povo tem memória curta".
"O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu tradicional aliado, ACM Neto (DEM-BA), decididamente não levam em consideração aquele ditado de que "macaco não olha para a cauda"", bradou Dirceu em seu texto.
Ele afirma que FHC tem "uma carga de escândalos em seus dois governos" e, portanto, não poderia "posar de arauto da moralidade pública." Segundo o ex-ministro, réu do mensalão, o PSDB é "campeão de ficha suja". Para o ex-ministro, a lista de escândalos nos quais o ex-presidente tucano se envolveu é maior "do que qualquer prontuário policial".
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NERVOS DE AÇO *
RELATOR CONDENA TAMBÉM O DELATOR
BARBOSA: JEFFERSON VENDEU APOIO |
Autor(es): Carolina Brígido |
O Globo - 20/09/2012 |
Relator vota pela condenação de delator do mensalão e mais cinco réus de PTB e PL (atual PR)
BRASÍLIA O relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, condenou ontem dirigentes do PL (atual PR) e do PTB por terem vendido apoio ao governo Lula entre 2003 e 2004, entre eles, o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Para o ministro, ficou provado que o réu, que alega em sua defesa ter denunciado o esquema, recebeu R$ 4 milhões em espécie do valerioduto. Barbosa acrescentou que o PL não vendeu apenas os votos da bancada em disputas importantes para o governo. Os líderes do partido teriam usado o dinheiro repassado pelo PT para atrair deputados de outras legendas. Segundo dados da CPI dos Correios citados pelo relator, 23 deputados migraram para o PL à época dos pagamentos.
- Roberto Jefferson, que era o líder do PTB na Câmara, sabia da existência do que chamou de mesada. Mais ainda, sabia que José Carlos Martinez, presidente do seu partido, vinha recebendo recursos em espécie nesse mesmo esquema. Quando Roberto Jefferson passou a ser beneficiário de recursos do PT, tinha consciência de que esses pagamentos eram feitos em troca da consolidação da base do governo na Câmara dos Deputados - disse o ministro.
O relator afirmou que o PTB foi dos primeiros a aderir ao mensalão, por meio de Martinez, morto em 2003.
- Embora em 2002 o PTB tenha apoiado o candidato do PPS nas eleições presidenciais, senhor Ciro Gomes, concorrente do candidato do PT, o presidente do PTB (Martinez) foi em 2003 um dos primeiros beneficiários de pagamentos periódicos de dinheiro em espécie envidado pelo PT - afirmou.
DIRCEU FICA PARA AS PRÓXIMAS SEMANAS
Ontem, Barbosa condenou seis réus. Inicialmente, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), líder do PL na época do escândalo; o ex-deputado Bispo Rodrigues (RJ), então vice-líder; e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas. Valdemar e Lamas também foram condenados por formação de quadrilha. Depois, foram considerados culpados por corrupção passiva Jefferson, o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) e o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri. Hoje, o relator continuará seu voto. Falará sobre a acusação de lavagem de dinheiro atribuída aos integrantes do PTB. E também sobre a participação do ex-deputado José Borba (ex-PMDB-PR).
Também ontem, Barbosa votou pela absolvição do assessor parlamentar Antônio Lamas, irmão de Jacinto, por recomendação do Ministério Público Federal. Segundo o ministro, Antônio fez apenas um saque para o partido, e não havia prova de que ele sabia do esquema. Barbosa encerrará seu voto hoje, e os demais ministros começarão a votar sobre esse capítulo. Ficou para a próxima semana a análise das acusações contra os dez acusados de corrupção ativa, incluindo o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Em seu voto, o relator explicou que os pagamentos ao PTB começaram em 2003, a pedido de Martinez. Segundo o ministro, eram liberados R$ 150 mil por mês em troca do apoio da bancada. Barbosa afirmou que o esquema continuou na gestão de Jefferson, embora os repasses tenham se tornado menos periódicos. Segundo o Ministério Público, o PTB teria recebido, ao todo, R$ 5,6 milhões do valerioduto.
- O acusado recebeu nada mais, nada menos que a quantia de R$ 4 milhões do PT. E, como ele próprio alega, houve distribuição desse dinheiro a pessoa cujo nome recusou-se a revelar. Ora, pagamento nesse montante em espécie para um presidente de partido político com notável poder de influenciar os votos de sua bancada equivale, sem dúvida, à prática corrupta. Ou seja, o réu se valeu da função para solicitar recursos, oferecendo como troca ao PT a fidelidade e o apoio do seu partido a decisões e projetos do governo na Câmara dos Deputados - declarou.
Para Barbosa, Palmieri e Queiroz ajudaram Jefferson a receber os recursos do PT. Em relação ao PL, o relator disse que há provas de que houve migração para o partido na mesma época dos repasses do PT:
- Todos esses números reforçam a conclusão de que o dinheiro recebido por Valdemar Costa Neto e Bispo Rodrigues atraiu correligionários para o partido, cujos líderes, em troca, permitiram o apoio majoritário às proposições de interesse do governo em todas as fases de tramitação no Congresso Nacional.
Segundo o processo, Valdemar teria recebido R$ 10,8 milhões do PT e Rodrigues, R$ 400 mil. O dinheiro teria sido sacado em agência do Banco Rural por Jacinto. Valdemar ainda teria recebido, por meio da empresa Guaranhuns, em operação triangulada com a SMP&B e o Rural, para ocultar a origem do dinheiro.
Barbosa foi duro em relação a Valdemar. Disse que o parlamentar teve sua atuação totalmente influenciada pelos pagamentos, além de ter mudado sua versão dos fatos várias vezes:
- O exercício do mandato foi fundamentalmente influenciado pelos recursos assim recebidos.
------------- (*) "Em Nervos de Aço, livro que acaba de lançar, o ex-deputado federal Roberto Jefferson diz que contou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o PT e o PTB tinham acertado partilhar R$ 3 milhões arrecadados de empresas prestadoras de serviço à estatal Furnas Centrais Elétricas. [....] Jefferson diz que o acordo fora firmado com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Diante da surpresa que diz ter causado, Lula desconhecia o acordo, suspeita Jefferson, à época deputado federal pelo PTB. O diálogo com o presidente, na presença de Dirceu e do ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guias (PTB), é a principal novidade das 375 páginas de Nervos de Aço (editora Topbooks; R$ 39,90). http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/roberto-jefferson-diz-que-estopim-foi-furnas ---- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Roberto Jefferson, que denunciou o esquema, é condenado por corrupção passiva, assim como outros cinco réus que pertenciam à cúpula dos dois partidos; faltam ainda os votos dos demais nove ministros do Supremo
O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, votou ontem pela condenação de mais seis réus, incluindo o delator do esquema, o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Barbosa disse haver provas de que dirigentes petebistas e do antigo PL (atual PR) venderam apoio ao governo Lula, em 2003 e 2004. Jefferson foi condenado por corrupção passiva. O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do partido, receberam o maior número de condenações: corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. (Págs. 1, 3, 4 e Merval Pereira)
Fotolegenda: Alta e condenação. Nove quilos mais magro, Jefferson deixa hospital onde estava internado no Rio desde a semana passada.
O consumidor brasileiro que opta por pagar o valor mínimo da fatura e financia a dívida no cartão de crédito paga, em média, 238,3% de juros ao ano. A taxa é a mais alta do mundo e é quase cinco vezes maior do que a do segundo colocado, o Peru, com 55%. Além disso, esses juros permanecem inalterados desde 2010, apesar de a taxa básica ter caído ao menor nível histórico. Os juros ficam muito distantes do que pagam consumidores de EUA e Reino Unido, entre 16% e 18% ao ano, informa Lucianne Carneiro. Segundo as operadoras, um dos fatores que oneram a taxa é o serviço de parcelamento sem juros. (Págs. 1 e 23)
O candidato tucano José Serra se deslocou do petista Fernando Haddad e agora está isolado no segundo lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, aponta pesquisa Datafolha.
Serra oscilou um ponto para cima (tem 21% das intenções de voto), e Haddad, dois para baixo (19%).
Celso Russomano (PRB) variou três pontos para cima, mantendo-se na liderança com 35% dos votos. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Após ser atacado pelo PSDB, que associa a réus do mensalão, Haddad teve aumento de sua rejeição, de 19% para 23% - a de Serra é de 44%.
Russomano lidera em 6 das 8 grandes regiões de SP e chega a 46% dos votos no extremo da zona leste. Nas simulações de segundo turno, ele vence tanto Serra (57% a 37%) como Haddad (55% a 30%). (Págs. 1 e Poder A4 e A8)
Análise
Haddad corre risco de ser 1º petista a não ir ao segundo turno, escreve Fernando Rodrigues. (Págs. 1 e A8)
Jefferson, que teve o mandato cassado em 2005 pela Câmara, nega ter participado do esquema e afirma que o dinheiro se devia a acordo eleitoral com o PT.
O relator também votou pela condenação do deputado Valdemar Costa Neto (PR) por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Seu partido a época, o PL, recebeu R$ 11 milhões, de acordo com o ministro.
Barbosa pediu que a análise do crime de corrupção ativa contra os réus do PT seja adiada, que deve ocorrer na semana que antecede as eleições. (Págs. 1 e Poder A14)
Marcelo Coelho
Só faltou o ministro Barbosa dizer que Valdemar enfiou mesmo o dinheiro no bolso. (Págs. 1 e A14)
No segundo dia de leitura de seu voto que envolve parlamentares que receberam dinheiro do mensalão, o relator do processo, Joaquim Barbosa, condenou o delator do esquema, Roberto Jefferson, presidente do PTB, pelo crime de corrupção passiva. O ministro também entendeu que o PL (atual PR), do ex-vice-presidente José Alencar, foi beneficiário do valerioduto. Barbosa condenou o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), ex-presidente do PL, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Hoje, Barbosa vai concluir a análise sobre o PTB e votar sobre a conduta de José Borba (PMDB). O relator disse que Romeu Queiroz e José Carlos Martinez (falecido em outubro de 2003) receberam do PT mais de R$ 5 milhões para compra de apoio político do PTB. (Págs. 1 e Nacional A4)
‘Corrupção não se aplica a mim'
Após receber alta do Hospital Samaritano, onde ficou internado por uma semana, Roberto Jefferson negou acusações. “Não aluguei minha bancada no mensalão." (Págs. 1 e A4)
Os assessores do candidato procuram não dar importância a seus comentários sobre Irã e Estado palestino. Assim tentam encobrir a gafe. (Págs. 1 e Visão Global A22)
Parlamentares petistas tratam o Supremo como uma facção partidária apenas porque seus interesses e expectativas estão sendo contrariados. (Págs. 1 e Nacional A6)
Na discussão sobre o “racismo” na obra de Monteiro Lobato, o essencial é que não se prive nenhuma criança brasileira de ler o autor. (Págs. 1 e Caderno 2, D12)
Para avançar nos compromissos comerciais, Dilma terá de renegar parte da estratégia inicial. (Págs. 1 e A3)
Há um grupo técnico discutindo esse tema e uma alternativa seria a construção de um índice setorial para determinar os reajustes das tarifas. Mas a proposta que se mostra mais adiantada, no momento, é a de esquadrinhar a estrutura de custos das usinas e escolher índices distintos para fazer os reajustes. Num exemplo hipotético, o custo da mão de obra teria um sistema de correção por algum índice ligado à variação dos salários; o do cobre, ao preço internacional do metal, e assim por diante. (Págs. 1 e A3)
Para ganhar esse direito, o consórcio vencedor terá de pagar ao poder público no mínimo R$ 265 milhões para anunciar em abrigos e R$ 174 milhões para levar propaganda aos relógios. Esses valores, que somam R$ 439 milhões, referem-se apenas à outorga a ser paga ao governo municipal. O consórcio vencedor será o que oferecer o maior valor na proposta comercial. Além disso, as empresas terão de investir R$ 550 milhões para substituir os atuais 6,5 mil abrigos de ônibus e 12 mil totens indicativos de paradas de ônibus nos próximos seis anos. Serão também trocados 300 relógios e instalados mais 700, um investimento de R$ 150 milhões. (Págs. 1 e B5)
A enorme quantidade de emendas pode mudar a essência das regras anunciadas pelo governo para renovar as concessões com vencimento entre 2015 e 2017. A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica pede a ampliação do prazo - de 30 para 90 dias após a publicação da MP - para a manifestação formal de interesse das empresas na renovação dos contratos. (Págs. 1 e A10)
A hidrelétrica e a movimentação da economia deveriam ser a redenção para seus 13,4 mil habitantes, mas a cidade acabou por entrar em um grande atoleiro político, com nuances que lembram os grandes escândalos do país. (Págs. 1 e A9)
Sendo otimista, o BCE continuará refinanciando os Tesouros e inundando a Europa de liquidez, até que, em alguns anos, esse excesso acelere a inflação no norte da Europa, o que corrigirá os desequilíbrios de competitividade no euro. Enquanto isso, os políticos completam a construção do euro. Caso as sociedades do norte não aceitem um ajuste inflacionário, não haverá como continuar a união monetária. Tenho dificuldade de traçar cenários com a dissolução do euro. Deixo essa empreitada aos mais corajosos que participam desta série. (Págs. 1 e A20)
Desaceleração da economia já deve ter custado R$ 34 bilhões à arrecadação federal (excluída a Previdência) até agosto. (Págs. 1 e A2)
Maria Clara R. M. do Prado
Além de não ajudar na retomada, política do Fed tem sérias implicações nos mercados, em especial no de moedas. (Págs. 1 e A19)