PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, junho 20, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ''... E São PAULO/ É COISA NOSSA/ E São PAULO/ É COISA NOSSA!; ... MAS QUE VAI-VAI/ MAS QUE VAI-VEM'' *















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(*) Tema de abertura do programa Silvio Santos, anos 70.
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''PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES..." *

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ACORDO FINAL POSTERGA AS DECISÕES PARA 2015


DOCUMENTO FINAL APENAS CRIA AGENDA PARA PRÓXIMOS ANOS
Autor(es): Por Daniela Chiaretti | Do Rio
Valor Econômico - 20/06/2012
 

A Rio+20 só não é um fracasso porque a expectativa em torno dos resultados da conferência sempre foram muito baixos. O Brasil conseguiu o que queria com o documento-base, que agora será apresentado aos chefes de Estado: evitar o retrocesso em pontos já acertados na Rio92, há 20 anos. O maior avanço, no entanto, se resume à criação de uma agenda para os próximos três anos. Mais uma vez, o sistema multilateral foi salvo. Mas a distância entre o que os governos avançaram em seu acordo de ontem, no Riocentro, e o que a ciência tem constantemente indicado que se faça, continua imensa.
O texto-base "O Futuro que Queremos" dificilmente será reaberto nos próximos dias. Tem 283 parágrafos em 49 páginas. Não entrará para a história e nem é especial. Se tem algum mérito é o de abrir alguns processos importantes - que só no futuro se saberá se funcionaram --, como aumentar a consciência sobre esse debate no Brasil e incentivar a postura sustentável dos negócios. A governança institucional do desenvolvimento sustentável e do ambiente, no sistema das Nações Unidas, também avançou.

A ministra do Ambiente, Izabella Teixeira, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante entrevista
O Brasil conseguiu o que queria com o documento-base da Rio+20 que agora será levado a chefes de Estado: evitar o retrocesso em pontos já acertados na Rio92, há 20 anos. O maior avanço, no entanto, se resume à criação de uma agenda para os próximos três anos. Mais uma vez, o sistema multilateral foi salvo. Mas a distância entre o que os governos avançaram em seu acordo de ontem, no Riocentro, e o que a ciência tem constantemente indicado que precisa ser feito continua imensa. A Rio+20 só não é um fracasso porque a expectativa em torno dos resultados da conferência sempre foi muito baixa.
O texto-base de "O Futuro que Queremos" dificilmente será reaberto nos próximos dias. Tem 283 parágrafos em 49 páginas. Não passará para a história e nem é especial. Se tem algum mérito é o de abrir alguns processos importantes - que só no futuro se saberá se funcionaram -, aumentar a consciência desse debate no Brasil e incentivar a postura sustentável dos negócios. A governança institucional do desenvolvimento sustentável e do ambiente, no sistema das Nações Unidas, também avançou.
Depois de aceitar o texto apresentado em plenária pelo ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota - o que levou 30 segundos, sem nenhuma objeção dos delegados de 193 países -, os negociadores começaram a elogiar o trabalho da diplomacia brasileira e a fazer seus comentários. O delegado dos Estados Unidos disse que o resultado era "balanceado", que estavam desapontados por não haver menção aos "direitos de reprodução" - ideia que tinha o apoio europeu mas forte objeção do Vaticano -, e satisfeitos que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estejam lá. Cuba disse que o resultado não era "tão negativo" e que o Princípio das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas foi preservado, mas que o texto não era bom no capítulo do dinheiro - uma impressão compartilhada pelos países em desenvolvimento.
"Chegamos aqui com 30% do texto acordado e hoje temos um texto 100% acordado por 193 países", disse Patriota ao término da plenária. "Foi uma vitória do multilateralismo." Sem dúvida. Só que o Brasil ficou sempre na defensiva e, na prática, a Rio+20 apenas cria grupos de trabalho para que planejem o desenvolvimento sustentável nos próximos dois anos. Decisões concretas, com metas e objetivos, não saíram do Riocentro.
Em oceanos o Brasil teve sua maior derrota. A proposta defendida pelo Brasil e pela Europa, entre outros países, era que a Rio+20 abrisse um processo para a criação de um mecanismo legal que protegesse os oceanos em áreas de alto mar e também regulamentasse a exploração da biodiversidade em regiões fora das jurisdições nacionais. A proposta, no entanto, enfrentou resistência dos EUA, Canadá, Japão, Rússia e Venezuela.
Tentava-se proteger dois terços do planeta que estão sem cuidados e avançar em um debate que já acontece há seis anos. "O alto-mar não pertence a nenhum país e pertence a todos", disse Matthew Gianni, co-fundador da Deep See Conservation Coalition. Depois da Rio+20, o alto-mar continuará desprotegido. "Perdemos uma oportunidade histórica no Rio", concluiu. Alguma decisão nessa área, se acontecer, foi postergada para até setembro de 2016.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram reconhecidos como uma necessidade. Uma comissão formada por representantes dos países irá definir algo, se tudo der certo, até 2014. Não se sabe em que áreas - não se sabe se em oceanos, água, energia, cidades. Isso ficou para depois. "Mas é uma ideia muito nova, que existe há apenas um ano e tem que amadurecer", destacou o chefe dos negociadores brasileiros, embaixador André Corrêa do Lago.
No capítulo de recursos, voltou-se a se falar no compromisso de os países ricos de dedicarem 0,7% de seu Produto Interno Bruto à ajuda internacional. Essa proposta já existe desde 1992, mas nunca foi completamente cumprida. O comissário europeu Janez Potocnik disse que a Europa tem destinado 0,4% de seu PIB. Em entrevista, ele lembrou que esses recursos representavam US$ 53 bilhões em 1992 e dez vezes mais - US$ 547 bilhões - em 2010. No período, o mundo em desenvolvimento tinha uma fatia de 8% do PIB mundial, que em 2010 saltou para 35%. "Mas isso não é bem distribuído, por isso nos preocupamos em que esses recursos cheguem aos países mais pobres do mundo", explicou. Dinheiro novo, evidentemente, não há.
Na madrugada de terça, Potocnik havia demonstrado seu descontentamento com a falta de ambição do rumo das negociações e a pressa do Brasil em fechar o texto antes da chegada dos chefes de Estado. "Não é o tempo que nos move. Achamos que o conteúdo é que é importante", disse. "O ministro Patriota teve uma reunião com os europeus, que estavam pegando muito duro", conta uma fonte. "Para eles é fundamental voltar aos seus países dizendo que a União Europeia buscou maior ambição na Rio+20. Nós entendemos."
A definição de economia verde teve que ser ajustada para satisfazer União Europeia e Estados Unidos, de um lado, e tirar os temores de países em desenvolvimento. Os Estados Unidos exigiram cuidado com todos os termos que envolvem transferência de tecnologia. A China queria a manutenção, no texto, dos Princípios das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas, que existe há 20 anos, é um conceito implantado nas negociações de clima e garante que os países ricos têm que fazer mais, dar mais dinheiro e se esforçar mais que os outros.
A governança institucional foi vista como um avanço pelos delegados, mesmo se o Pnuma, o braço ambiental da ONU, que é apenas um programa há 40 anos, não tenha se tornado uma agência, como queriam europeus e africanos. Mas seu poder de fogo, influência e autonomia foi ampliado. Também se criou um Fórum de alto nível sobre desenvolvimento sustentável, nas Nações Unidas, para tentar coordenar estas políticas e decisões. Outro ponto importante do documento foi reconhecer, no segundo parágrafo, que a erradicação da pobreza é o grande desafio global que o mundo enfrenta hoje.
A reação das ONGs, que já haviam sinalizado que o texto da Rio+20 não tinha nenhuma - ou pouca - ambição, veio dura. Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace International disse que "o futuro que queremos ficou um pouco mais longe hoje". E avaliou: "A Rio+20 virou um fracasso épico. Falhou na equidade social, falhou na ecologia e falhou na economia." Para Carlos Rittl, coordenador do WWF na Rio+20, ""O Futuro que Queremos" não foi definido claramente e fica no processo que, esperamos, siga acontecendo."
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(*) Geraldo Vandré.
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IMAGENS NO TEMPO

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19/06/2012
 às 15:15 \ Política & Cia

Lula com Maluf – e a galeria de fotos em má companhia ficou completa. Bem…. Será?

Já comentei suficientemente, em outro post, o significado da histórica visita de Lula ao político que o PT considerou, a vida toda, Belzebu em pessoa — o deputado Paulo Maluf, a quem o ex-presidente e todo um séquito petista foram agradecer o apoio ao candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad.
Hoje, acho conveniente rememorar, com este acréscimo e mais um (a última foto), uma galeria de fotos em que a divindade do lulalato, às vezes por distração, outras por obrigação do cargo e em várias outras denotando evidente prazer, foi clicado ao lado de pessoas de quem, nos velhos tempos do Lula e do PT fora do poder, não chegaria nem perto, nem amarrado.
A foto com Maluf, símbolo de tudo o que o PT sempre afirmou combater na vida pública, completa a galeria.
Completa a galeria… Será? Não sei, não. É sempre possível que Lula, uma hora dessas, abrace afetuosamente um Bolsonaro da vida.
Aguardem, porque a galeria vai crescer.

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O aperto de mãos antes inimaginável, e agora histórico: Lula com o Demônio em pessoa, ambos felizes e sorridentes -- e Haddad no meio (Foto: Folhapress)
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Lula é abraçado pelo presidente da Gaviões da Fiel (o terceiro, da esquerda para a direita), Antônio Alan Souza Silva (o Donizete), que tinha contra si prisão preventiva decretada pela Justiça. Também na foto, à esquerda, Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, e o deputado estadual e presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva (Foto: Cesar Ogata)
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Lula, de chapéu, brinca com bola de futebol americano e posa ao do ator pornô Alexandre Frota, em foto em que aparece um atleta da equipe de futebol americano do Corinthians e o ex-lateral Vladimir (Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula)
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Rivais na eleição de 1989, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o presidente Lula se abraçam em evento em Alagoas (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)
Rivais ferozes na eleição de 1989 -- Collor trouxe de forma ignóbil, e mentirosa, a vida pessoal de Lula ao horário eleitoral --, o hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) e o então presidente Lula se abraçam em evento em Alagoas (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)
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Ricardo Teixeira ao lado de Lula, em 2006 (Foto: Ricardo Stuckert)
Lula com o cartola que, de tão assediado por acusações, se auto-imolou da entidade que comandou como bem entendeu por 23 anos e se mandou para os Estados Unidos: Ricardo Teixeira, então presidente da CBF (Foto: Ricardo Stuckert)
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Lula sorridente ao lado do também sorridente governador do DF, José Roberto Arruda, posteriormente à foto cassado por corrupção (Foto: veja.abril.com.br)
Lula sorridente ao lado do também sorridente governador do DF, José Roberto Arruda, posteriormente à foto cassado por corrupção (Foto: veja.abril.com.br)
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Lula gostaria que o “amigo” Renan Calheiros saísse ileso da tormenta que o enredou (Foto: Antônio Cruz / ABr)
Lula com o senador Renan Calheiros, que renunciou à presidência do Senado em 2007 para não ser cassado. Na ocasião, o presidente disse torcer para que o "amigo" saísse ileso da tormenta que o enredou (Foto: Antônio Cruz / ABr)
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Lula com o senador e ex-presidente José Sarney, seu firme aliado, e a quem o antigo Lula criticou e combateu durante a maior parte de sua vida política (Foto: Folhapress)
Lula com o senador e ex-presidente José Sarney, seu firme aliado, e a quem o antigo Lula criticou e combateu durante a maior parte de sua vida política (Foto: Folhapress)
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Lula e o tirano que governa o Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que quer destruir o Estado de Israel e defende a tese de que o Holocausto dos judeus na II Guerra Mundial é uma invenção. Lula foi visitar em Teerã este pária internacional e, depois, recebeu-o em Brasília com todas as honras (Foto: AFP)
Lula e o tirano que governa o Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que quer destruir o Estado de Israel e defende a tese de que o Holocausto dos judeus na II Guerra Mundial é uma invenção. Lula foi visitar em Teerã este pária internacional e, depois, recebeu-o em Brasília com todas as honras (Foto: AFP)
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Lula cumprimenta com efusão ao deposto e assassinado ditador Muamar Kadafi, da Líbia. Na foto, outra companhia significativa: o presidente Evo Morales, que mandou o Exército da Bolívia ocupar instalações da Petrobras e obteve a "compreensão" do então presidente brasileiro (Foto: AFP)
Lula cumprimenta com efusão o deposto e assassinado ditador Muamar Kadafi, da Líbia. Na foto, outra companhia significativa: o presidente Evo Morales, que mandou o Exército da Bolívia ocupar instalações da Petrobras e obteve a "compreensão" do então presidente brasileiro (Foto: AFP)
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Lula com um amigão: o ditador bufão da Venezuela, Hugo Chávez (Foto: David Fernandez / Agência EFE))
Lula com um amigão: o ditador bufão da Venezuela, Hugo Chávez (Foto: Ed Ferreira / AE)
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Lula e Evo Morales, com colar de coca, na Bolívia (Foto: Reprodução / VEJA.com)
Lula e Evo Morales, com colar de coca, na Bolívia (Foto: VEJA.com)
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Lula, em Cuba, com os irmãos ditadores Castro, e o ministro que sempre quis controlar a imprensa, Franklin Martins (Foto: Dedoc)
Lula, em Cuba, com os irmãos ditadores Castro, e o ministro que sempre quis controlar a imprensa, Franklin Martins (Foto: Dedoc)
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Lula e um campeão da moralidade pública: Jader Barbalho, que renunciou ao mandato de senador para não ser cassado por corrupção e já sentiu nos pulsos o aço das algemas da Polícia Federal (Foto: Dedoc / Editora Abril)
Lula e um campeão da moralidade pública: Jader Barbalho, que renunciou ao mandato de senador para não ser cassado por corrupção e já sentiu nos pulsos o aço das algemas da Polícia Federal (Foto: Dedoc / Editora Abril)
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Lula e o multimilionário "bispo" da Igreja Universal, Edir Macedo
Lula e o multimilionário "bispo" da Igreja Universal, Edir Macedo
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Tendo Aloizio Mercadante entre os dois, Lula com outro baluarte da moralidade pública, senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Tendo Aloizio Mercadante entre os dois, Lula com outro baluarte da moralidade pública, senador Romero Jucá (PMDB-RR)

Lula com Severino Cavalcanti, que renunciou à presidência da Câmara e ao mandato de deputado, em 2005, para não ser cassado por corrupção

O TEMPO E O VENTO

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21/05/2003 - 19h21

Veja a íntegra do discurso de Lula em 1987



FERNANDO RODRIGUES

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Leia a íntegra do discurso do então deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva em 6 de setembro de 1987, em Aracaju. Na ocasião, Lula se posicionou contra o limite mínimo de idade para aposentadoria (48 anos para mulheres e 53 anos para homens).

O material, que também tem críticas ao então presidente da República José Sarney e à TV Globo, foi entregue ao jornalista Fernando Rodrigues da Folha de S. Paulo pelo deputado João Fontes (SE) e provocou mais uma crise entre o governo e os radicais do PT.

Íntegra conforme fita de vídeo distribuída pelo deputado federal João Fontes (PT-SE), em 20.maio.2003. O texto está transcrição "ipsis verbis" do que foi dito, não tendo sido processadas correções de nenhuma ordem. 

"Companheiros, companheiros e companheiras de Sergipe. companheiros e companheiras de Aracaju: eu penso que vocês têm consciência de que nós estamos aqui nessa praça com um objetivo comum a vários partidos políticos desse país; eu penso que é importante a gente saber de que existe diferenças entre os partidos políticos que estão nesse palanque, e eu penso que é importante a gente aprender a entender de uma vez por todas de que cada briga que a gente faz em praça pública, a burguesia deita e rola às custas da burrice da esquerda desse país.

Eu acho que vai ter momento em que a gente vai debater entre nós mesmos, na hora em que a gente tiver que escolher cada partido o seu candidato, na hora que a gente tiver na rua, cada partido com seu candidato pedindo voto, a gente vai divergir. Mas hoje existe uma coisa sagrada para um conjunto de partidos políticos e para um conjunto de deputados. Eu queria que vocês prestassem atenção porque a coisa é mais séria do que cada um de vocês pode imaginar e a televisão nem sempre conta a verdade pra população; aliás, na maioria das vezes o povo não sabe da verdade.

Vejam vocês, vejam vocês: o povo brasileiro, a dona de casa o adolescente, o aposentado, o chefe de família, ele hoje está desacreditado em tudo, ele não acredita mais em nada: e por que que ele não acredita mais em nada? É porque muitas mentiras foram contadas para cada um desses 40 milhões de brasileiros, e na medida em que foi se acumulando um processo de mentiras, o povo chega em 1987 desesperançado, desacreditado e sem esperança em nada e ninguém.

E por que esse povo está sem acreditar? Porque, em primeiro lugar, mentiram pro povo quando disseram que a tal Aliança Democrática da Nova República ia dar certo; mentiram pro povo naquela campanha extraordinária das Diretas, quando o povo aqui de Aracaju veio pra rua dez vezes mais gente do que tem hoje, e depois meia dúzia de pessoas ao invés de se manterem firmes pra conquistar as diretas, preferiram nas caladas da noite trair esses 40 milhões de brasileiros e fazer com que as diretas fosse desacreditadas.

Traíram o povo brasileiro no primeiro Plano Cruzado, traíram o povo brasileiro no segundo Plano Cruzado, traíram o povo brasileiro no plano Bresser Pereira, e agora o povo está mais desacreditado ainda porque alguns vieram na rua prometer que a Constituinte iria resolver todos os problemas da população e hoje a gente percebe que a Constituinte também não vai resolver.

E porque que não vai resolver? Não vai resolver porque nós somos apenas cem ou cento e poucos deputados comprometidos com a luta desse povo e tem quatrocentos e cinqüenta representantes do poder econômico e que não estão a fim de fazer com que a Constituição garanta direitos ao nosso povo: e qual é os direitos que o nosso povo quer? O que o nosso povo está reivindicando de mais?

Nós hoje somos um país que temos um milhão e quatrocentos mil trabalhadores que perdem um pedaço da mão dentro das fábricas todo ano; nós hoje somos um país que morre um trabalhador a cada quarenta minutos por acidente de trabalho; nós hoje somos um país de dois milhões e meio de meninas de 10 a 15 anos de idade que são obrigadas a se prostituírem pra continuarem sobrevivendo em função da miséria causada pela política econômica; nós hoje somos um país de 13 milhões de brasileiros com problemas de doenças mentais; nós hoje somos um país com 13 milhões e meio de pessoas comendo menas comida, com menos de 1.400 calorias diárias, quando o mínimo necessário é 2.600.

Nós hoje somos um país aonde o Nordeste clama, como clamava há 50 anos, por indústria, por emprego, por reforma agrária, e não tem emprego, não tem indústria, não tem reforma agrária porque não tem vergonha na cara daqueles que governam esse país nos últimos 20 anos; nós hoje somos um país com praticamente 20 milhões de crianças abandonadas; nós somos um país com 16 milhões de analfabetos; nós somos um país aonde a história é contada pela Rede Globo de Televisão porque o senhor Roberto Marinho não faz outra coisa a não ser mentir para o povo.

Nós hoje somos um país aonde as nossas crianças não têm o direito de brincar como crianças, aonde as nossas crianças e a grande maioria das crianças da classe trabalhadora passam a semana em semana pedindo um doce pro pai e o dinheiro do pai não dá pra comprar esse doce; pedindo um guaraná pro pai e o dinheiro do pai não dá pra comprar um guaraná, porque nesse país miserável a classe trabalhadora ganha 2.200 cruzados por mês, e 2.200 cruzados por mês, 2.200 cruzados por mês não dá pra nenhum cidadão sobreviver.

Seria muito importante, e eu diria por demais importante pra classe trabalhadora, que ao invés do Sarney dar 250 cruzados em abono para a classe trabalhadora, pede pra mulher dele ir pro supermercado fazer surpresa, ele iria perceber que não dá pra comprar pra essa classe trabalhadora comer.
Nós somos um país aonde a grande maioria da classe trabalhadora brasileira que trabalha 30 anos, ao se aposentar pensando que vai descansar os últimos dias da sua vida com a sua mulher, ele percebe que a aposentadoria corrói e come mais de 50% do seu salário e ele é obrigado ou a arrumar um outro emprego ou a vender bilhete de loteria ou fazer bico na rua.

Um país que tem tudo, mas falta vergonha na cara das autoridades para poder administrar essa riqueza imperecível do nosso povo; nós somos um país aonde quem manda aqui, apesar de Tiradentes ter morrido pela nossa independência, a nossa independência ainda não chegou aqui porque ficou na conta dos banqueiros internacionais; porque um país que deve 110 bilhões de dólares não tem independência e nós sabemos que o governo brasileiro não tem alternativa, ele vai ter que escolher: ou ele enche o rabo dos banqueiros de dinheiro do nosso sangue, do nosso suor, e se ele fizer essa opção ele vai levar a classe trabalhadora a continuar passando fome, porque o dinheiro que ele tá pagando de juros aos credores internacionais daria pra construir 3 milhões e meio de casas populares; daria pra construir hospitais, daria pra construir ruas, daria pra construir escolas, daria pra matar a fome da maioria das nossas crianças que hoje mendingam na rua.

E a Nova República é pior do que a velha, porque antigamente na Velha República era o militar que vinha na televisão e falava, e hoje o militar não precisa mais falar porque o Sarney fala pelos militares ou os militares falam pelo Sarney. Nós sabemos que antigamente -os mais jovens não conhecem-, mas antigamente se dizia que o Ademar de Barros era ladrão, que o Maluf era ladrão; pois bem: Ademar de Barros e Maluf poderiam ser ladrão, mas eles são trombadinhas perto do grande ladrão que é o governante da nova República, perto dos assaltos que se faz.
E vocês, companheiros e companheiras, companheiras professoras e companheiros professores, companheiros trabalhadores e companheiras trabalhadoras, eles estão querendo pregar uma peça na gente, na Constituinte. Há 3 anos atrás os professores brasileiros fizeram uma luta memorável e conseguiram aposentadoria aos 25 anos de trabalho.

Hoje, no projeto de Constituição feito pelo Bernardo Cabral, ele está colocando a aposentadoria da mulher aos 30 anos de trabalho e ela só pode se aposentar quando tiver 48 anos de idade; a aposentadoria do homem, que hoje é de 30 anos com 80%, aos 35 com 100%, sem limite de idade, eles estão querendo impor um limite de idade; o trabalhador só vai se aposentar com 35 anos se tiver 53 anos de idade.

Ora, por que que eles querem fazer isso? Eles querem fazer isso porque sabem que a média de idade do povo brasileiro é uma média de idade muito baixa, possivelmente no Sul do país chega a 62 anos e no Nordeste possivelmente não chega a 55 anos; e eles querem criar o limite de idade para que a classe trabalhadora morra antes de se aposentar, e nós não poderemos permitir isso.
É por isso, companheirada, que nós estamos aqui pra reivindicar as eleições diretas para Presidente da República.

Nós não queremos as eleições diretas para trocar um homem por outro homem; não queremos eleições diretas para tirar o sicrano e botar beltrano; nós queremos eleições diretas pra tirar um segmento social e colocar outro segmento social; nós queremos as eleições diretas para tirar a burguesia e colocar a classe trabalhadora pra governar esse país; colocar a classe trabalhadora para poder mandar nesse país e pra determinar os direitos desse pais.

Mas quando a gente chega e vai verificar por que que o governo não tá fazendo nenhum benefício pro nosso povo? O governo com a maior cara de pau vai pra televisão e diz que não tem dinheiro; e não é verdade, dinheiro eles têm, porque agora mesmo o ministro da Previdência Social pegou 1 bilhão de cruzados e ao invés de aplicar no salário dos aposentados, comprou 328 apartamentos para 328 marajás em Brasilia.

O presidente da República ao invés de fazer açude, ao invés de fazer cacimba, ao invés de fazer poço artesiano ou fazer irrigação no Nordeste, vai gastar 2 bilhões e meio de dólares pra construir uma ferrovia, Norte-Sul, ligando a casa dele, no Maranhão, à casa dele. em Brasília.
É por isso, meus companheiros de Aracaju e meus companheiros de Sergipe, eu sou daqueles que sonham com outro país; eu sou daqueles que acham que o Brasil é extraordinário; eu sou daqueles que acham que o Brasil tem riqueza; o Brasil tem uma classe trabalhadora extraordinária; o Brasil é feito de uma sociedade da mais extraordinária formação política e da mais extraordinária índole. Entretanto, nós não temos Governo.

O Sarney, ora diz que manda..., mas não manda, quem manda é os milico; o Ulisses Guimarães ora diz que manda..., mas não manda, quem manda é os milico. E na briga do Sarney com Ulisses, quem manda mais ou quem manda menos, a classe trabalhadora se ferra e é a classe trabalhadora que paga o pato dessa incompreensão deles.
Eu acredito num país, eu acredito num país aonde as nossas donas de casas possam viver decentemente com seus maridos; num pais aonde as crianças tenham escola, num país que tenha creche, num país aonde as crianças possam brincar, possam correr, possam empinar papagaio, jogar bolinha de gude, aonde as crianças possam ser crianças.

Eu acredito num outro tipo de país, mas para que a gente tenha um outro tipo de país é preciso que a gente tenha um outro tipo de governo porque esse que tá lá não é governo, esse que tá lá, na verdade, é um impostor porque não chegou à Presidência da República pelo voto direto do povo; chegou à Presidência da República assaltando o poder.

É por isso, companheirada, que eu queria terminar dizendo pra vocês uma coisa muito importante; eu queria terminar dizendo pra vocês uma coisa que eu digo quase em todos os comícios: os militares desse país e o poder econômico desse país podem matar duas, duas ou três rosas, mas não conseguirão deter a chegada da primavera.
Muito obrigado, companheiros, e até a conquista das eleições diretas, se Deus quiser."

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IMAGENS E PALAVRAS

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Aperto de mão entre os dois gerou polêmica
Foto: Agência O Globo / Eliária Andrade / 18.06.2012

Aperto de mão entre os dois gerou polêmicaAGÊNCIA O GLOBO / ELIÁRIA ANDRADE / 18.06.2012


DE ADVERSÁRIOS A ALIADOS »Frases do passado revelam antagonismo entre Lula e Maluf

Publicação: 19/06/2012 15:46 Atualização:
A polêmica foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apertando a mão do deputado Paulo Maluf, para selar o apoio do PP ao candidato Fernando Haddad, não representa a história da relação política entre os dois.

Maluf e Lula já trocaram muitas farpas, incluindo acusações e ofensas, não só em anos eleitorais como também em momentos históricos da política (como nas Diretas Já) e nas polêmicas registradas em seus pleitos.

Confira algumas declarações polêmicas:

- "Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general".
Luís Inácio Lula da Silva, durante a eleição presidencial de 1984.

- "Faz 15 anos que Lula não está no torno, que não conta como vive, quem paga seu salário".
Paulo Maluf, quando era prefeito de São Paulo, em 1993.

"O problema do Brasil não está no deputado Paulo Maluf, mas sim nos milhares de 'malufs'".
Luís Inácio Lula da Silva, em 1986

- "Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo".
Paulo Maluf, quando era candidato a presidente em 1993.

- "A impressão que se tem é que Cristo criou a terra, e Maluf fez São Paulo".
Luiz Inácio Lula da Silva, em 1996, sobre as propagandas das obras feitas pelo Maluf em SP.

- "Perto do Lula e do Fernando Henrique Cardoso, eu me considero comunista".
Paulo Maluf, em crítica ao governo federal, em 2007.

- "O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente da República. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente".
Luis Inácio Lula da Silva , no Comício das Diretas Já, na Praça da Sé, em 1984.

- "Declaração infeliz do presidente. Ele não está a par do problema, e se ele quiser realmente começar a prender os culpados comece por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão, e a maioria é do partido dele, do PT".
Paulo Maluf, em 2005, sobre as declarações de Lula a respeito de sua prisão.

- "Se o Maluf é pescador, ele sabe que pegar lambarizinho é muito mais fácil que pegar peixe graúdo".
Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, em 2003, ao falar sobre o combate ao crime organizado em São Paulo.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


20 de junho de 2012
O Globo

Manchete: Até Vaticano consegue esvaziar o documento final da Rio+20
Texto é aprovado após madrugada tensa de negociações no Riocentro

Um documento muito mais fraco do que se poderia esperar. Essa foi a conclusão do texto aprovado ontem, numa plenária quase relâmpago no Riocentro, após uma madrugada tensa em que os europeus ameaçaram deixar a mesa de negociações. A conclusão foi um relatório sem ambições e que muitos ambientalistas e observadores da sociedade civil chegam a batizar de “Rio menos 20”, numa alusão à Rio-92, que apresentou avanços bem significativos. Até o Vaticano, um mero observador nas discussões da ONU, vetou o texto sobre o direito reprodutivo das mulheres. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

Mary Robinson

Ex-comissária de Direitos Humanos da ONU questiona “como podem celibatários saber sobre a saúde das mulheres?” (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

Richard Lindzen

O movimento ambiental é imoral e extrapola quando recorre à alegação de que a Terra está em perigo.
(Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

José Manuel Durão Barroso

Presidente da Comissão Européia diz que sustentabilidade é condição para o desenvolvimento. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

Ban Ki-Moon

Secretário-geral da ONU defende a construção de um movimento global para conduzir uma transformação. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Míriam Leitão
O Brasil recolheu os vetos, avançou para o passado e só confirmou a Rio-92. (Págs. 1 e Economia, 22)
E no G-20, o "Inexorável da Silveira"
Na cúpula do G-20, Dilma disse que, para superar a crise europeia, os países serão forçados a agir devido ao que batizou de “Inexorável da Silveira”. Plano da UE prevê usar até € 750 bi para comprar títulos de Espanha e Itália. (Págs. 1 e Economia, 21 a 23)
Erundina sai, mas PSB e PT seguem com Maluf e Lula
A deputada Luiza Erundina (PSB) formalizou a decisão de não ser mais vice de Fernando Haddad (PT) na campanha para a prefeitura de São Paulo. Segundo dirigentes petistas e socialistas, ela sabia, quando indicada, que o PT costurava apoio com o PP de Paulo Maluf, mas decidiu abandonar a chapa após a divulgação da fotografia de Haddad ao lado de Lula e do ex-prefeito. O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, liberou o PT para a escolha do novo vice, mas afirmou que indicaria, se solicitado, outro nome de seu partido. (Págs. 1, 3, Zuenir Ventura, Roberto DaMatta e editorial “Nada a estranhar em PT+Maluf’)
Merval Pereira

Na obsessão pela vitória em SP, Lula não está mais evitando riscos de contaminação, como a aliança com o malufismo. (Págs. 1 e 4)
"Morte" de Mubarak opõe governo e oposição
O ex-ditador Hosni Mubarak voltou a assombrar o Egito após a divulgação de versões contraditórias de que estaria clinicamente morto. Os rumores aumentaram a incerteza sobre a eleição, reivindicada tanto pelo ex-premier de Mubarak quanto pela Irmandade Muçulmana. (Págs. 1 e 28)
Justiça, enfim, abre processo contra aloprados
Quase seis anos depois do escândalo dos aloprados, nove envolvidos viraram réus e vão responder por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Nas eleições de 2006, eles foram flagrados com mais de R$ 1 milhão para comprar um dossiê. (Págs. 1 e 9)
TCU divulga lista de 7 mil inelegíveis
O Tribunal de Contas da União apresentou a lista dos 6.917 agentes e gestores públicos que tiveram contas rejeitadas — o número subiu 41% em relação a 2010. Quem estiver nessa situação fica impedido de disputar eleição em outubro. (Págs. 1 e 4)
Caso Cachoeira: juiz se diz ameaçado
O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que cuidava do processo contra Cachoeira, disse que se afastou do caso por ter sido ameaçado. O CNJ investigará a denúncia. (Págs. 1 e 9)
Contran troca multa por advertência
A partir de 2013, quem cometer infração leve e média no trânsito, e não for reincidente, poderá ser advertido por escrito, sem multa ou perda de pontos, segundo resolução do Contran publicada no Diário Oficial. (Págs. 1 e 12)
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Folha de S. Paulo

Manchete: PT perde Erundina e gera crise após se aliar a Maluf
Socialista abandona vice de Haddad em protesto contra aliança com o ex-prefeito

Um dia após o encontro que selou o apoio de Paulo Maluf (PP) ao PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada Luiza Erundina (PSB), em protesto, deixou o posto de vice na chapa de Fernando Haddad.

Ela disse que não aceitava pedir votos com Maluf. (Págs. 1 e Poder)

Nove ‘aloprados’ são denunciados por dossiê de 2006 contra tucanos. (Págs. 1 e A9)
Rio+20: Crise posterga as principais decisões da conferência
O documento final aprovado da Rio+20 avança pouco na agenda de desenvolvimento sustentável e joga para o futuro todas as decisões difíceis. Os países ricos encontraram na crise a justificativa para não se comprometerem com o fundo de dinheiro novo e adicional proposto pelas nações em desenvolvimento. (Págs. 1 e Cotidiano C8)
Júlia Sweig: Rio+20 e G20 são grandes demais para ter êxito
A dificuldade de resultado no G20 e na Rio+20 sugere a frase: grande demais para ter êxito. Os avanços serão feitos em encontros menores, onde menos poderá resultar em mais do que os fóruns globais conseguem realizar. (Págs. 1 e Mundo A14)
Mundo vive a crise do "Inexorável da Silveira", diz Dilma
A presidente Dilma invocou o Sobrenatural de Almeida, personagem de Nelson Rodrigues, para dizer que não é possível escapar da crise, que classificou de “Inexorável da Silveira”. A cúpula do G20 definiu que ações de estímulo às economias terão prioridade sobre o ajuste fiscal. (Págs. 1 e Mundo A14)
No Egito, morte de Mubarak é anunciada e depois negada
A morte clínica do ex-ditador Hosni Mubarak foi divulgada pela agência de notícias estatal do Egito e mais tarde negada pelo próprio governo. Os rumores aumentaram as incertezas no país, que aguarda o resultado das eleições. Em protesto contra atos que ampliam o poder da junta militar e enfraquecem o próximo presidente, islamitas lotaram a praça Tahrir. (Págs. 1 e Mundo A12)
Fundador do WikiLeakspede asilo político ao Equador
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, solicitou asilo político ao Equador e se refugiou na embaixada do país em Londres. Ele permanecerá sob proteção da diplomacia do país até que o governo avalie o pedido.

A Suprema Corte britânica rejeitou o recurso de Assange e ordenou que ele seja deportado à Suécia para responder por acusações de abuso sexual. (Págs. 1 e Mundo A13)
Bens de ex-diretor de SP poderão ser bloqueados
O Ministério Público entrou com ação na Justiça paulista pedindo o bloqueio imediato dos bens do ex-diretor da Prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab, suspeito de enriquecimento ilícito. Em sete anos, Aref adquiriu 106 imóveis.

O pedido se baseia na desproporção entre patrimônio e renda de Aref e inclui depoimento de pessoas que dizem que ele cobrava propina. A Promotoria também investigará cinco shoppings e o vereador Aurélio Miguel (PR). (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Editoriais
Leia “G20 pressiona Europa”, acerca de cobrança sobre a zona do euro para combater crise, e “Dificuldades em rede”, sobre os problemas do Facebook. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Foto de Lula com Maluf faz Erundina desistir de ser vice
Ex-prefeita se rebelou em razão da exposição pública de uma aliança que ela chamou de ‘constrangedora’

A deputada Luiza Erundina (PSB) desistiu de ser vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo. Ela se rebelou depois que o ex-presidente Lula apareceu com o deputado Paulo Maluf para selar com o PP uma aliança que ela chamou de “constrangedora”. Em reunião com a cúpula do PSB, Erundina teria dito que o problema não era a coligação em si, mas a “forma” como ela foi conduzida, referindo-se à exposição pública. “Ela disse que não se calaria, que não retiraria nenhuma das afirmações que fez”, disse o presidente do PSB, Eduardo Campos. O PT avalia que a exposição de Haddad na TV e uma rápida escolha do novo vice vão abrandar a crise na campanha. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)

Antonio Donato
Coordenador da campanha de Haddad

“Quem quer mudar o Brasil se preocupa com o conteúdo, e não com a forma. Se ela (Erundina) mudou de ideia, continuaremos na nossa toada”

Convite ao PC do B

Com a desistência de Erundina, o PT deve convidar o PC do B para nomear o vice na chapa de Haddad. O PSB, por sua vez, informou que vai se manter na coligação com os petistas em São Paulo. (Págs. 1 e Nacional A4)
Brasil festeja acordo na Rio+20, mas sofre críticas
Três dias antes da conclusão oficial da Rio+20, o Brasil apresentou ontem o documento que deverá ser aprovado pelos chefes de Estado na plenária final de sexta-feira. O texto foi avaliado como pouco ambicioso por ONGs e até por algumas das delegações. Mas a diplomacia brasileira qualificou de “estupendo” o resultado. O documento final foi redigido na madrugada de ontem, após dura rodada de negociações, em que o Brasil foi criticado por forçar o fechamento do texto. “Fizemos o que foi possível”, disse Onu Eluwa, da delegação da Nigéria. (Págs. 1 e Planeta H3)

Análise

Celso Lafer
O papel do País

O Brasil é uma potência na área ambiental. Nenhum grande item pode ser equacionado sem sua participação. (Págs. 1 e H6)

Paulo Sotero
O mundo de Clarice

Um mundo novo a ser imaginado e inventado é o que tratarão os líderes reunidos a partir de hoje no Rio. (Págs. 1 e H5)
Petrobrás quer combustível 15% mais caro
O Plano de Negócios da Petrobrás recomenda reajuste de 15% na remuneração que recebe por seus combustíveis. O Estado apurou que esse foi o porcentual que a empresa apresentou como necessário para financiar o plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões até 2016. (Págs. 1 e Economia B1)
Código Penal: Desafio aos tabus
A proposta do novo Código Penal, concluída ontem, abordou vários tabus, disse Gilson Dipp, um dos juristas que elaboraram o texto a ser avaliado no Senado. Conheça as principais alterações. (Págs. 1 e Cidades C4)
Julian Assange foge e pede asilo ao Equador (Págs. 1 e Internacional A15)

Dora Kramer
Desafio ao Estado

Acumulam-se sinais de que o bando de Cachoeira pode ser bem-sucedido nas investidas para obstruir a ação da Justiça e celebrar a impunidade no final. (Págs. 1 e Nacional A6)
Celso Ming
Reconhecimento tardio

O governo reconhece equívocos da política de combustíveis: o de administrar preços à custa da Petrobras e o de solapar a capacidade de investimento. (Págs. 1 e Economia B2)
Roberto DaMatta
Retornos & mudanças

O negócio deste Brasilzinho dos políticos de hoje é grana. Uma boa fachada ideológica mal disfarça a boa vida como alvo dos que chegam ao poder. (Págs. 1 e Caderno 2, D12)
Notas & Informações
A vingança maligna de Maluf

Ele soube esperar a ocasião de mostrar a Lula quem era o "bobo alegre da corte”. (Págs. 1 e A3)
Fotolegenda: Egito mergulha em crise e rumores
Dezenas de milhares de manifestantes convocados pela Irmandade Muçulmana se reúnem na Praça Tahrir para protestar contra os militares que governam o Egito; a tensão cresceu em meio a rumores de que o ex-ditador Hosni Mubarak havia morrido. (Págs. 1 e Internacional A12)
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Correio Braziliense

Manchete: Delegado é preso no DF e delegada, afastada
João Kleiber Ésper e Martha Vargas estiveram à frente de alguns dos mais famosos casos da cidade. Hoje, longe dos holofotes, eles respondem por erros cometidos na Polícia Civil. Ex-diretor da Divisão de Repressão a Sequestros, que apurou o desaparecimento e assassinato da estudante Isabela Tainara, João Kleiber está na cadeia acusado de atrapalhar o andamento de denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Já Martha foi afastada do trabalho suspeita de cometer cinco crimes durante os trabalhos de investigação do triplo assassinato na 113 Sul. (Págs. 1, 24 e 25)
CNJ apura ameaça de morte a juiz que prendeu Cachoeira (Págs. 1 e 6)

Direitos Humanos: O mistério sobre os torturadores de Dilma
No depoimento em que revelou os horrores vividos nos porões da ditadura em Juiz de Fora (MG), Dilma apontou nomes usados por seus torturadores, possíveis agentes do Dops: Dr. Medeiros, também identificado como Lara, e Joaquim. "Esse dr. Medeiros ocupava lugar central", contou. Joaquim, avaliou ela, se tratava de um agente de segundo nível. Quem assina o inquérito policial militar (IPM) de Dilma é o general Octávio Aguiar de Medeiros.Um dos militares mais proeminentes do regime, Medeiros morreu em 2005, aos 82 anos. Mas pessoas que atuaram em organizações políticas da época acreditam se tratar de coincidência, pois esse pessoal geralmente usava nomes falsos. Há também a hipótese de se tratar de Lara Rezende, um dos agentes que torturaram Ângelo Pezzuti, principal dirigente do grupo armado Colina. (Págs. 1, 2 e 3)
Eleições: Maluf? Para Erundina, a hora é de sair
A deputada federal do PSB desistiu de ser a vice de Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo. A gota d’água foi o encontro entre Lula e Paulo Maluf para selar o apoio do PP à chapa liderada pelo petista. (Págs. 1 e 7)
Justiça aceita denúncia contra nove "Aloprados" (Págs. 1 e 4)

Superfaturamento nas diárias do Senado na Rio+20 (Págs. 1 e 11)

Canhedo lidera o ranking da dívida trabalhista no país (Págs. 1 e 15)

Egito: Convulsão nas ruas e dúvidas sobre Mubarak
A morte do ex-presidente é anunciada por agências de notícias, mas negada pelo governo. Os egípcios tomaram o centro do Cairo exigindo a saída da Junta Militar. (Págs. 1 e 18)
Investimentos fazem o PIB do Ceará crescer (Págs. 1 e Suplemento Especial)

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Valor Econômico

Manchete: Acordo final posterga as decisões para 2015
A Rio+20 só não ê um fracasso porque a expectativa em torno dos resultados da conferência sempre foram muito baixos. O Brasil conseguiu o que queria com o documento-base, que agora será apresentado aos chefes de Estado: evitar o retrocesso em pontos já acertados na Rio92, há 20 anos. O maior avanço, no entanto, se resume à criação de uma agenda para os próximos três anos. Mais uma vez, o sistema multilateral foi salvo. Mas a distância entre o que os governos avançaram em seu acordo de ontem, no Riocentro, e o que a ciência tem constantemente indicado que se faça, continua imensa.

O texto-base “O Futuro que Queremos” dificilmente será reaberto nos próximos dias. Tem 283 parágrafos em 49 páginas. Não entrará para a história e nem é especial. Se tem algum mérito é o de abrir alguns processos importantes — que só no futuro se saberá se funcionaram —, como aumentar a consciência sobre esse debate no Brasil e incentivar a postura sustentável dos negócios. A governança institucional do desenvolvimento sustentável e do ambiente, no sistema das Nações Unidas, também avançou. (Págs. 1 e A10 a A12)
Baixa meta para emissões de transportes
Apesar das dezenas de bilhões de reais que serão investidos em logística e mobilidade urbana nos próximos anos, o Brasil conseguirá uma redução bastante modesta em suas emissões de gases-estufa até 2020 no setor de transportes, segundo metas que deverão ser incorporadas à Política Nacional sobre Mudanças Climáticas. Os compromissos têm caráter voluntário, mas são uma referência nas negociações internacionais sobre o aquecimento global. O rápido aumento da frota de automóveis e o crescimento das cargas transportadas limitarão os ganhos ambientais, conforme o plano setorial de transporte. O documento, que ficará em consulta pública até agosto, estipula a meta de reduzir em 2% as emissões de gases de efeito estufa projetadas para 2020. (Págs. 1 e A12)
Inadimplência volta a crescer em maio
A inadimplência do consumidor voltou a subir com força. Dois indicadores mostram que o atraso de pagamentos atingiu nível recorde em maio, enquanto a demanda por crédito voltou a crescer, principalmente entre as camadas de menor renda. Segundo levantamento da Serasa Experian, o índice de inadimplência saltou 6,2% entre abril e maio, atingindo o maior nível da série iniciada em janeiro de 1999. No período, a demanda por crédito cresceu 14%.

Cartão de crédito e cheque especial são as principais causas de dívidas não pagas, segundo consumidores ouvidos pela Boa Vista Serviços — 39,8% dizem estar inadimplentes no primeiro e 32,3%, no segundo. O descontrole orçamentário é considerado o segundo maior motivo da inadimplência entre as famílias brasileiras, ficando atrás somente do desemprego. (Págs. 1 e A3)
Demanda de exportador por ACC dispara
Com dependência elevada de recursos externos, as empresas brasileiras já encontram caminhos para driblar as restrições impostas pelo governo à entrada de moeda estrangeira por meio de empréstimos. A saída foi ampliar a busca pela modalidade mais tradicional de financiamento à exportação, o adiantamento e contrato de câmbio (ACC), única linha livre da alíquota de 6% do IOF.

Houve uma verdadeira corrida, o que levou o estoque de ACCs a um crescimento de 20% no ano, até abril, segundo dados do Banco Central, chegando a R$ 46 bilhões. “Sentimos um forte aumento da demanda”, afirma o diretor de um banco europeu. “Antes, tínhamos limites disponíveis que não eram utilizados”. (Págs. 1 e C1)
Fotolegenda: De volta à Tahir
Os egípcios lotaram a praça Tahir, no Cairo, para protestar contra decreto que amplia os poderes da junta militar que comanda o país. O ex-ditador Hosni Mubarak respira por aparelhos. (Págs. 1 e A13)
Erundina desiste e põe em crise aliança PT-PSB
Em apenas quatro dias, a aliança entre PT e PSB para a eleição à Prefeitura de São Paulo saiu da celebração para o anticlímax, com a desistência da deputada federal Luíza Erundina (PSB) de ser a vice do pré-candidato petista, Fernando Haddad. Em reunião com a cúpula nacional do seu partido, ontem à tarde, em Brasília, Erundina comunicou sua decisão “irredutível” de deixar a chapa — mas não a campanha — depois que seu adversário histórico, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), aderiu à candidatura Haddad, com direito a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua casa.

A confusão expõe mais uma vez as dificuldades de relacionamento entre PSB e PT nestas eleições. Sem querer se comprometer a indicar novo nome, o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a escolha agora cabe exclusivamente ao PT e a Haddad. Petistas já trabalham com a possibilidade de usar a vaga de vice para convencer outras siglas, como o PCdoB e o PTB, a aderir à coligação. (Págs. 1 e A5)
BBI deslancha no mercado de capitais
O banco de investimento Bradesco BBI demorou mais que os concorrentes para atuar no mercado de capitais — só foi criado em 2007, quando o Itaú BBA e o então Pactuai já disputavam espaço com os grandes bancos estrangeiros. Mas o atraso já foi compensado. O BBI fechou 2011 em um inédito terceiro lugar na lista dos bancos mais atuantes nas ofertas de ações. Até agora, tem conseguido repetir a dose nas operações que saíram neste ano, segundo ranking da Dealogic.

“Somos um banco de relacionamento, não de uma só transação”, diz Sérgio Clemente, principal executivo da instituição. O contato com 22 mil companhias clientes do Bradesco é um dos grandes trunfos para novos negócios. (Págs. 1 e C16)
Petroleiras estatais de China e Índia se unem para atuar em terceiros países (Págs. 1 e B10)

Paralisação na Receita
Ao menos uma empresa, fabricante de autopeças, já recorreu â Justiça para liberar componentes importados retidos no porto do Rio, devido ao movimento dos auditores fiscais, em operação-padrão desde segunda-feira por reajuste salarial. (Págs. 1, A2 e E1)
Câmbio puxa exportação de máquinas
Elevação do câmbio dá novo impulso às exportações de bens de capital, que entre janeiro e abril cresceram 18,5% sobre o mesmo período do ano passado. Os preços subiram, em média, 4,7%. (Págs. 1 e A4)
Venda de carros sobe com IPI menor
Venda de veículos reage à redução do IPI e cresce 20,7% na primeira quinzena de junho em relação ao mesmo período do ano passado — 18,5% sobre os 15 primeiros dias de maio. Pesados também esboçam reação. (Págs. 1 e B11)
Bom Futuro defende a liderança
Maior produtor de grãos do país, o grupo mato-grossense Bom Futuro, do empresário Eraí Maggi Scheffer, planeja aumentar a área plantada com soja e, principalmente, milho safrinha no ciclo 2012/13, que começa em julho. (Págs. 1 e B16)
Crise se agrava na Espanha
Rendimento dos títulos espanhóis de dez anos no mercado secundário supera os 7% e faz crescer o temor quanto â necessidade de socorro financeiro integral ao país, que poderia custar cerca de € 500 bilhões. (Págs. 1 e C3)
Bancos desagradam clientes
Pesquisa internacional da consultoria francesa Capgemini mostra que os brasileiros estão entre os mais insatisfeitos com os serviços bancários: 55% dos entrevistados pretendem mudar de banco. (Págs. 1 e C16)
Ideias
Rosângela Bittar

Lula abusa do prestígio, cinde o PT com intervenções e está longe de conseguir as condições para reunificá-lo. (Págs. 1 e A6)

Martin Wolf

A crise da região do euro provavelmente vai ser uma longa novela — caso não acabe em tragédia. (Págs. 1 e A15)
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