PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

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terça-feira, março 03, 2009

NELSON RODRIGUES

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"Consciência social de brasileiro é medo da polícia"

Arnaldo Jabor
O Globo - 03/03/2009

Nelson Rodrigues previu a onda atual de neocanalhas

Uma das obsessões de Nelson Rodrigues era o canalha. Ele dizia: "Ninguém sai na rua e bate no peito berrando: "Eu sou um canalha"". O maior dos pulhas se achava um santo de vitral. Mas isso mudou muito.

Hoje, o canalha se orgulha de sê-lo. Veste-se de canalha, bigode e gravata de canalha, cabelo pintado, carantonhas ferozes. Antes, o canalha se ocultava pelos cantos, escondido da própria sombra. Hoje, os sem-vergonhas ostentam orgulho pelo que chamam de "realismo político" ou necessidade de alianças. Roubar são ossos do ofício. A pornopolítica tomou conta de tudo, e Nelson é que tem fama de pornográfico - logo quem... um moralista que corava diante de um palavrão. Mas, hoje, Nelson, revisto como estilo e como visão de mundo, traz uma lição política.

Filho do jornalismo policial com o fundo talento de Dostoievski caboclo, Nelson mostrava como um escritor deveria se posicionar diante do texto neste país. Uma vez ele me disse ao telefone que o "problema da literatura nacional era que nenhum escritor sabia bater escanteio". Ensolarada imagem esportiva para definir muito literato folgado.

Formado nas delegacias sórdidas, vendo cadáveres de negros plásticos e ornamentais, metido no cotidiano marrom do jornal do pai, Nelson flagrou verdades imortais que estavam ali, no meio da rua, na nossa cara, e que ninguém via.

Uma vez ele me disse: "Se Deus perguntar para mim se eu fiz alguma coisa que preste na vida para entrar no céu, eu responderei a Deus: "Sim, Senhor, eu inventei o óbvio!""

Sua literatura nos ensina o óbvio e isso é profundo numa literatura eivada de ambiciosos engajamentos "corretos" ou cheia de intenções formais desesperançadas que transformam o cinismo debochado numa visão de mundo.

Como criar (querem uns), sem denunciar o "mal latino", a miséria, como o chatola García Márquez, ou como criar (querem outros) sem babar o ovo de Joyce, Kafka ou Beckett?

Ele foi o primeiro a sacar o futuro dos marxistas de galinheiro do passado que hoje lutam por boquinhas e roubam no mensalão.

Até hoje, muita gente não entendeu que sua grandeza está justamente na sincronia com os detritos do cotidiano. A faxina que Nelson fez na prosa é semelhante à que João Cabral fez na poesia. Nelson baniu as metáforas a pontapés "como ratazanas grávidas" e criou o que podemos chamar de antimetáforas feitas de banalidades condensadas. Suas comparações sempre nos remetem a um "mais concreto" que denota comicamente a impotência da literatura. Shakespeare tinha isso, Cervantes também. Suas frases famosas nunca aspiravam ao sublime. Exemplos: "O torcedor rubro-negro sangra como um César apunhalado", "A mulher dava gargalhadas de bruxa de disco infantil", "Seu ódio era tanto que ele dava arrancos de cachorro atropelado", "Seu peito se encheu de um ar heroico como anúncio de fortificante", "A bola seguia Didi com a fidelidade de uma cadelinha ao seu dono", "O juiz correu como um cavalinho de carrossel", "A virtude é bonita, mas exala um tédio homicida. Não acredito em honestidade sem acidez, sem dieta e sem úlcera", "O sujeito vive roendo a própria solidão como uma rapadura".

Às vezes, ele dá lições de arte e literatura: "Enquanto o Fluminense foi perfeito, não fez gol nenhum. E vem a grande verdade: a obra-prima no futebol e na arte tem de ser imperfeita. A partir do momento em que o Fluminense deixou de ser tão elitista, tão Flaubert, os gols começaram a jorrar aos borbotões".

Gilberto Freyre sacou sua "superficialidade profunda", assim como André Maurois entendeu que a genialidade de Proust era "a épica das irrelevâncias...". E isso é muito saudável, num país onde ninguém escreve um bilhete sem buscar a eternidade.

Em meio a esta crise, dominados pela mídia, sem projeto político claro, "somos uns Narcisos às avessas que cuspimos na própria imagem", "vivemos amarrados no pé da mesa bebendo água numa cuia de queijo Palmira", "hoje o brasileiro é inibido até para chupar um Chicabon". E uma das razões para estarmos "mergulhados em negra e cava depressão" é a visão épica, generalista, ideológica ou ambiciosa demais nos projetos e programas e utopias para o Brasil. Se bem que ele mesmo dizia: "Sou de um patriotismo inatual e agressivo, digno de um granadeiro bigodudo".

A lição política de Nelson é de que talvez as coisas sejam muito mais simples. Não adianta nem nos "atolarmos em brutais euforias" nem vivermos com "complexo de vira-latas", atravessando a "aridez de três desertos".

O Brasil não se salvará com planos messiânicos ou ideias gerais de "epopeias de Cecil B. de Mille", sejam elas epopeias operárias ou epopeias neoliberais. O "óbvio ululante" é limpar a casa e cuidar do detalhe, do enxugamento do Estado, "chupando a carótida dos chefes das estatais como tangerinas" quando se mostrarem obviamente ladrões ou favorecendo correligionários, como vemos todo dia.

Salvar o Brasil é óbvio, tão simples e puro como a prosa do NR - é só pensar no presente e não sonhar com um futuro impossível. O PMDB, por exemplo, é um partido que extirpou o canalha e instituiu o pragmatismo dos delitos permitidos, de modo a nos anestesiar com a impossibilidade de solução ou de punições. A extraordinária entrevista de Jarbas Vasconcelos, fundamental para o país, teve até o sabor de algo arcaico, nostálgico dos parlamentos do Império. Seus colegas velhacos até riram da "inatualidade" de seu gesto - que coisa "antiga", denunciar ladrões...

O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-lata e protestar, como fez agora com sucesso na tentativa de assalto à mão armada do PMDB ao fundo Real Grandeza de Furnas.

Não conseguiram. Porque, como Nelson dizia: "Consciência social de brasileiro é medo da polícia." E, agora sabemos, da opinião pública também.

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http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/3/3/consciencia-social-de-brasileiro-e-medo-da-policia
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CARLOS LUPI [In:] "FRIENDSHIPS" II

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Lupi reintegra fiscais acusados de corrupção
Fiscais do trabalho afastados por suspeita de corrupção voltam à ativa


Autor(es): Cássia Almeida
O Globo - 03/03/2009


Portaria baixada na Quarta-Feira de Cinzas pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, recolocou na ativa 38 auditores afastados em 2006 por suspeita de corrupção. Na época, vários deles tiveram suas casas revistadas e foram presos pela Polícia Federal. O ministério não explicou por que decidiu reintegrá-los.

Portaria do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, publicada na Quarta-Feira de Cinzas, trouxe de volta às repartições da Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro 38 auditores fiscais que foram afastados em abril de 2006, por suspeita de corrupção. Na época, 43 auditores, uma ex-fiscal e 12 agentes administrativos foram presos, e suas casas revistadas, na operação que reuniu Ministério Público Federal e Polícia Federal, intitulada Paralelo 251, em referência ao endereço da delegacia na Avenida Presidente Antonio Carlos, no Centro do Rio.

Segundo a portaria, o ministro aceitou requerimento dos presidentes das comissões de processos administrativos disciplinares, montadas para investigar as dezenas de servidores presos. Procurado, o Ministério do Trabalho informou que só poderá falar sobre o assunto hoje.

Segundo fontes próximas à superintendência, os servidores estão apenas no trabalho interno. Ainda não estão fiscalizando as empresas. Faltariam as carteiras que permitem que eles façam as inspeções. Mas seria questão de tempo para eles voltarem às ruas. Decisão judicial da 4ª Vara Federal, de maio de 2006, aceitou parcialmente o pedido do Ministério Público para mantê-los fora do serviço. Pela decisão, os servidores ficaram proibidos apenas de "terem acesso a qualquer resquício de prova das fraudes apontadas na denúncia, estejam os mesmos em meio físico ou digital". A mesma decisão permitiu que os fiscais exercessem funções "não vinculadas à apuração dos fatos articulados na inicial (denúncia) ou de fiscalização externa". Ou seja, está liberado o trabalho de inspeção.

A portaria faz menção a essas restrições, ao afirmar que o trabalho ficará restrito ao que o juiz determinou há quase três anos.

RECEITA FEDERAL/TSE: URNAS & CUMBUCAS

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Receita e TSE rastreiam 18 mil doações ilegais de campanha
TSE detecta 18 mil doadores ilegais nas eleições de 2006


Autor(es): ALAN GRIPP
Folha de S. Paulo - 03/03/2009


Investigações inétida do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Receita Federal descobriu que 18,3 mil empresas e pessoas fisicas fizeram doações de campanha ilegais de 2006. Os doadores irregulares são 13,3% do total, com R$ 328 milhões em contribuições.

Investigação inédita do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Receita Federal descobriu que 18,3 mil empresas e pessoas físicas fizeram doações de campanha ilegais aos candidatos a deputado, senador, governador e presidente da República nas eleições de 2006.

É a primeira vez que o Fisco analisa o conjunto de contribuições de uma eleição, a pedido da Justiça Eleitoral. O resultado surpreendeu os dois órgãos: os doadores flagrados cometendo irregularidades representam 13,3% do total. Esses financiadores doaram R$ 328 milhões aos candidatos. No entanto, dentro desse valor, pode haver repasses que estão de acordo com a lei.
A Receita flagrou empresas que, apesar de doarem grandes quantias, estavam desativadas ou declararam ter obtido lucro zero no ano anterior (2005). Entre as pessoas físicas, há contribuintes que se declararam isentos do pagamento de Imposto de Renda mas fizeram doações que desmentem essa situação. Outros nem sequer entregaram a declaração.
Guardada a sete chaves até agora, a investigação resultará nos próximos meses em milhares de ações de cobrança judicial de valores movimentados indevidamente. Serão chamadas para prestar explicações 13,7 mil pessoas físicas e 4.600 empresas, segundo resultado da apuração obtido pela Folha.
Além da cobrança do imposto sonegado, a Lei Eleitoral prevê multa de cinco a dez vezes o valor doado ilegalmente. O Ministério Público também pode apurar eventuais práticas de crime. As revelações reforçam a suspeita de que, em alguns casos, doações possam ter servido como um meio de "esquentar" dinheiro obtido de forma ilícita.
Entre os doadores implicados, há candidatos que fizeram doações irregulares às próprias campanhas. Os nomes, porém, são mantidos sob sigilo, sob o argumento de que dados fiscais dos contribuintes devem permanecer em segredo. Há quem discorde. "Eu entendo que tudo o que diz respeito a eleição não pode ter sigilo. As doações são públicas", diz o ex-ministro do TSE Fernando Neves.

Sob suspeita
A cooperação entre o TSE e a Receita teve início em 2005, quando o ex-presidente do tribunal Carlos Veloso propôs um convênio com o Fisco. "O resultado é surpreendente. Tenho certeza de que, daqui para frente, o assunto [doações] será tratado com mais seriedade por doadores e candidatos."
Num primeiro momento, o foco da apuração são os doadores, e não as campanhas. A Justiça Eleitoral entende que os candidatos não podem ser responsabilizados pelo desrespeito à lei cometido pelos financiadores, salvo em casos especiais, como os dos candidatos que fizeram doações a si mesmo. "Essas campanhas estão sob suspeita", diz Veloso.
Nos próximos dias, o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, enviará ofícios aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) solicitando abertura de procedimentos individuais. Esses processos correrão nos Estados onde os doadores citados têm domicílio fiscal.
Depois de serem citados, os financiadores farão suas defesas. Os processos podem ser revertidos, por exemplo, nos casos em que os contribuintes apresentaram declarações retificadoras de IR. Mas se os argumentos não convencerem os juízes, eles serão processados com base na Lei Eleitoral.
Além dos doadores que fizeram repasses incompatíveis com seus rendimentos, a Receita encontrou diversos casos de financiadores que ultrapassaram os limites impostos pela lei. Pessoas jurídicas podem doar, no máximo, 2% da receita bruta do ano anterior. Já as pessoas físicas estão limitadas a doar 10% dos rendimentos do ano anterior

SENADO/PF: "FRIENDSHIPS"

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Os amigos prediletos de Agaciel no Senado
Protegidos de Agaciel Maia


Autor(es): Marcelo Rocha
Correio Braziliense - 03/03/2009

Dida Sampaio/AE
José Sarney (PMDB-AP) pediu ontem ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre o caso da mansão de Agaciel
A rede de intrigas que tomou conta do Senado bateu às portas da Polícia Legislativa. Feudo do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, a área foi denunciada à Advocacia-Geral do Senado por supostamente manter em seus quadros servidores de outros departamentos, transferidos sem a realização de concurso público e qualificação necessária para atuar como policiais legislativos.

A Polícia Legislativa é responsável pela segurança do presidente, demais parlamentares, funcionários e dependências do Senado. Tem o poder de abrir inquéritos e conduzir investigações criminais. Dentre as atribuições legais, pode realizar revistas, buscas e apreensão, além de atividades de inteligência. Fechou 2008 com 318 funcionários, cerca de 77% dos postos previstos no plano de carreira.

Uma das supostas nomeações irregulares foi formalmente denunciada em novembro do ano passado. É o que descreve ofício enviado à direção da Polícia Legislativa e à Advocacia-Geral. De acordo com o documento, o auxiliar legislativo Dácio Rogério Rodrigues de Freitas, funcionário da gráfica, estaria desempenhando atribuições exclusivas de policial legislativo sem ter os requisitos para tal.

O Correio localizou no boletim administrativo de pessoal do Senado o ato, de 2005, que nomeou Dácio Freitas para trabalhar na Polícia Legislativa. O papel leva a assinatura de Agaciel Maia. Questionado ontem, o diretor-geral alegou que o servidor atua apenas em atividades administrativas.

Foi também essa a explicação dada por Pedro Ricardo de Araújo Carvalho, diretor da Polícia Legislativa. “Eles nos auxiliam, mas não fazem trabalho de polícia, não têm armamento”, garante Carvalho. Não é o que sustenta a denúncia enviada à Advocacia-Geral. O documento alega que o funcionário estaria portando “identificação policial, armamento, distintivo e botom”.

De acordo com a Resolução nº 59, de 2002, que dispõe sobre a Polícia Legislativa, a atividade deve ser exercida exclusivamente por “analistas legislativos da área de Polícia e Segurança e por técnicos legislativos da área de Polícia Legislativa”. Dácio não se enquadraria. O advogado-geral do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, confirmou que trabalha num parecer sobre o caso.

Não é a primeira polêmica envolvendo a Polícia Legislativa. Em 2006, no rastro da Operação Mão-de-Obra, que desvendou esquema de fraudes em licitações do Senado, um funcionário do setor denunciou ter presenciado movimentação suspeita no andar onde trabalha Agaciel nos dias que antecederam a ação da Polícia Federal. Agentes vasculharam a sala do diretor, um dos investigados. Segundo o policial, documentos teriam sido retirados do gabinete. Agaciel nega envolvimento.

Surge, agora, mais um caso em que Agaciel terá de se defender: as suspeitas em torno de sua evolução patrimonial. Ele teria escondido da Receita Federal ser o dono da casa onde mora no Lago Sul, avaliada entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu ontem ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre o caso (leia mais na página 3). O senador Arthur Virgílio (PSDB-PR) classificou como “escapismo” o envio do assunto ao tribunal.

PERFIL
Influente e poderoso

Aos 51 anos, Agaciel Maia é o servidor mais influente do Senado Federal, considerado mais poderoso que alguns senadores. Nascido no interior do Rio Grande do Norte, Agaciel entrou há 32 anos na Casa como datilógrafo e, em pouco tempo, cresceu internamente. Nos anos 1980, assumiu a diretoria da gráfica do Senado e, em 1995, chegou à diretoria-geral pela mãos do então presidente, José Sarney (PMDB-AP).

Economista, Agaciel conhece os meandros do gabinete de cada senador. Assim como passa pela sua mão cada contrato assinado. É também o responsável pelo orçamento bilionário do Senado. Sua mulher, Sânzia Maia, também trabalha na Casa. No ano passado, perdeu o cargo de diretora da Secretaria de Estágios após decisão judicial contra o nepotismo. Mas continua como servidora efetiva.

O inferno astral de Agaciel começou em 2006 durante a Operação Mão-de-Obra, da Polícia Federal, que desmontou em 26 de julho daquele ano uma quadrilha ligada a fraudes em terceirizações na Casa. A Justiça expediu um mandado de busca e apreensão na sala de Agaciel. Setores da PF, porém, avisaram com antecedência o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a ação policial. Renan pediu que Agaciel recebesse os policiais.

O reinado do diretor-geral ficou ameaçado durante as eleições para a Presidência do Senado. Candidato ao cargo, o petista Tião Viana (AC) deu sinais de que pretendia trocá-lo. Venceu Sarney e Agaciel voltou a se fortalecer. Ao assumir o comando da Casa, o senador foi indagado sobre a permanência do diretor-geral. A resposta foi a de que ele seria mantido. Na última sexta-feira, Agaciel entregou a Sarney certidões negativas do TCU, da Receita Federal e da Justiça. Documentos que foram mostrados ontem aos jornalistas. O servidor alega que não tem qualquer condenação. Em cima disso, o novo presidente do Senado defende o subordinado. Por enquanto, Agaciel ainda é o todo-poderoso

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

03 de março de 2009

O Globo

Manchete: Lula ataca MST por mortes; Tarso diz que foi só 'arrojo'
'Movimento tinha arsenal e estava pronto para confronto', diz delegado

Nove dias após líderes do MST matarem a tiros quatro seguranças de fazendas em Pernambuco, o presidente Lula disse ontem considerar "inaceitável a desculpa de legítima defesa para matar quatro pessoas" e cobrou a punição dos culpados. Dois líderes do MST estão presos e foram indiciados pelo crime - um por homicídio qualificado e outro por coautoria - e mais quatro envolvidos estão foragidos. Apesar dos assassinatos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizou a violência no campo. "A reforma agrária vem sendo feita de maneira ordenada, dentro da Constituição, e não vejo nenhum índice de aumento de violência. O que ocorre é a mobilização de movimentos sociais, em determinadas circunstâncias de uma maneira mais arrojada", disse. O delegado Luciano Soares, de São Joaquim do Monte (PE), disse que um dos sem-terra indiciados abastecia com armas os integrantes do MST. "Pelo que dizem as testemunhas, o MST tinha um arsenal e estava pronto para o confronto." (págs. 1, 3 a 5, Luiz Garcia e editorial "Má interpretação")

Lupi reintegra fiscais acusados de corrupção
Portaria baixada na Quarta-Feira de Cinzas pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, recolocou na ativa 38 auditores afastados em 2006 por suspeita de corrupção. Na época, vários deles tiveram suas casas revistadas e foram presos pela Polícia Federal. O ministério não explicou por que decidiu reintegrá-los. (págs. 1 e 25)

Sarney: fraude não é motivo para afastar
Pelo menos cinco partidos pedirão hoje ao comando do Senado o afastamento do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, que omitiu uma mansão em Brasília de R$ 5 milhões. O presidente do Senado, José Sarney, pediu apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU), mas manteve Agaciel no cargo. (págs. 1 e 8)


Alvo agora é fundo de pensão de ferroviários
Sete sindicatos ferroviários protestam amanhã no Rio contra mudanças na Refer, o fundo de pensão do setor. A mudança foi pedida pelo ministro Alfredo Nascimento, do PR. O senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, disse que a tentativa de criar a CPI dos Fundos é chantagem do partido contra o Planalto. (págs. 1 e 13)


Presidente da Guiné-Bissau e morto a tiros
Ao tentar fugir de militares que queriam prendê-lo por causa do assassinato do chefe das Forças Armadas, o presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, foi morto a tiros. (págs. 1 e 28)

Bolsa de NY atinge menor nível em 12 anos
Más notícias no setor financeiro derrubaram as bolsas mundo afora. O índice Dow Jones, de Nova York, caiu 4,24%, ficando, abaixo dos 7 mil pontos, o menor nível desde abril de 1997. Na Bovespa, a baixa foi de 5,09% e o dólar subiu 3,03%. A seguradora AIG, a maior dos EUA, anunciou ontem o maior prejuízo da História americana (US$ 61,7 bi), e o lucro do HSBC encolheu 62%. (págs. 1 e 21)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Seguradora dos EUA tem perda recorde
Prejuízo de US$ 61,7 bi da AIG no 4º trimestre de 2008 eleva temor dos mercados e faz Bolsa desabarem

A seguradora norte americana AIG, a maior do mundo, teve prejuízo de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre de 2008, o maior registrado por uma empresa do pais –no ano, a perda alcançou US$ 99,289 bilhões. Já estatizada, a AIG recebeu aporte de US$150 bilhões do governo, o equivalente a 1% do PIB dos Estados Unidos. Aliado ao pouco efeito dos pacotes de ajuda governamental e á noticia de que o banco britânico HSBC quer levantar US$ 17,7 bilhões vendendo ações, o prejuízo derrubou os mercados. Entre os investidores, cresceu o temor quanto á debilidade do sistema financeiro e a uma eventual nacionalização dos bancos americanos. A Bolsa de Nova York fechou abaixo de 7.000 pontos pela primeira desde de maio de 1997. No Brasil, o dólar subiu 3,04% e fechou cotado a R$ 2,442. A Casa Branca anunciou uma ajuda suplementar de US$ 30 bilhões á AIG. Segundo disse um porta-voz, o governo Obama está disposto “a considerar a possibilidade de que mais dinheiro seja necessário. (Págs.1 Dinheiro)

Lula afirma que argumento do MST para nortes é “inaceitável”
O presidente Lula classificou de “inaceitável” o argumento do MST de legitima defesa para o assassinato de quatro segurança de fazendas em Pernambuco. Dois sem-terra fora indiciados. Lula disse que criticas feitas pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes, sobre verbas ao MST eram de “cidadão”. O Supremo, porém, confirmou o caráter oficial da declaração. (Págs.1 e A6)

Receita e TSE rastreiam 18 mil doações ilegais de campanha
Investigações inétida do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Receita Federal descobriu que 18,3 mil empresas e pessoas fisicas fizeram doações de campanha ilegais de 2006. Os doadores irregulares são 13,3% do total, com R$ 328 milhões em contribuições. (Págs.1 e A4)

Sarney (PMDB-AP) retira do Supremo Tribunal Federal ação que criaria 7.343 cargos de vereador no pais. (Págs.1 e A13

Balança comercial volta a ter superávit no Mês passado
O saldo chegou a US$ 1,7 bilhão após um déficit de R$ 524 milhões em janeiro. As importações caíram 30,9% em relação a fevereiro de 2008 (Págs.1 e B5)

Venda de carros em fevereiro é maior que a do ano passado
Com IPI reduzido e melhores condições de crédito, a venda de carros no mês passado superou o número registrado em fevereiro de 2008. A alta, de 0,15%, é a primeira desde setembro passado, quando a crise global começou a se agravar. Em relação a janeiro, houve acréscimo de 0,85%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores –que se preocupa agora com o fim do IPI reduzido, no dia 31. (Págs.1 e B6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Perdas bancárias provocam onda de baixa nos mercados
AIG tem prejuízo de US$ 61,7 bi e recebe novo socorro; lucro do HSBC cai 70%

O mercado global sofreu ontem nova queda acentuada com a divulgação do prejuízo de US$ 61,7 bilhões da seguradora americana AIG, no quarto trimestre de 2008, e do lucro 70% menor do HSBC. O banco britânico teve desempenho razoável nos países emergentes - a participação latino-americana no lucro do grupo cresceu de 9% em 2007 para 21% em 2008 -, mas foi prejudicado pela perda de US$ 15,528 bilhões nos EUA no ano passado. No caso da AIG, o resultado, provocado pela atividade seguradora de instrumentos financeiros relacionados a créditos hipotecários de alto risco, é o pior da história - foram US$ 650 milhões por dia.

O governo americano decidiu injetar mais US$ 30 bilhões na empresa, elevando o resgate oficial a US$ 150 bilhões. A Casa Branca disse que a ajuda é "crucial" para evitar que a AIG se torne uma ameaça ao sistema financeiro. O governo americano já controla 80% da empresa. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 4,24% e fechou na menor pontuação desde abril de 1997. A Bovespa recuou 5,1%, e o dólar subiu mais de 3%, fechando cotado a R$ 2,443. Em Londres, a queda foi de 5,33%, o menor nível desde março de 2003. (págs. 1, B1 e B3)

Hospital terá de monitorar paciente contra micobactéria
A Anvisa ordenou que hospitais e clínicas que fazem videocirurgias, cirurgias abdominais e pélvicas, plásticas de mama e lipoaspirações acompanhem os pacientes por três meses. O objetivo é saber se desenvolveram infecção por micobactérias de crescimento rápido após a cirurgia. Hoje o Brasil acumula 2.128 casos desse tipo. A multa por descumprimento pode chegar a R$ 1,5 milhão.(págs. 1 e A18)

Projeto em SP acelera recursos contra o Fisco
O governo paulista começa hoje uma ofensiva no Legislativo para aprovar um projeto de lei que altera as regras de funcionamento do Tribunal de Impostos e Taxas. O objetivo é acelerar o trâmite de recursos de contribuintes autuados e assim reforçar a receita estadual. Hoje, a espera média é de 1 ano e 8 meses. Há 18 mil processos em andamento no tribunal. (págs. 1 e A4)

SP fará oito penitenciárias especiais para mulheres
O governo estadual construirá oito penitenciárias especialmente projetadas para mulheres - de um total de 49 prisões que devem ser erguidas até 2010. Os presídios femininos terão creches, berçários e área de amamentação. Os encontros das presas com as famílias ocorrerão sempre fora das celas, em área com playground, para que as crianças não vejam as mães atrás das grades. (págs. 1 e C1)

Artigo - Gordon Brown, premiê britânico
Precisamos de um 'new deal' global

É hora de os líderes de cada país trabalharem juntos. Temos de moldar o século 21 como o primeiro de uma sociedade verdadeiramente global. (págs. 1 e B4)

Notas e Informações - Novos sustos no mercado
Com demissões e perdas de bilhões dominando o noticiário, os sinais de reativação da economia mundial continuam fora do radar. O pior é que havia a esperança de se iniciar 2009 com a crise contida. (págs. 1 e A3)

Cuba muda ministério e afasta 'ala jovem'
O presidente cubano, Raúl Castro, anunciou a maior reestruturação ministerial dos últimos anos na ilha. Mais de dez altos funcionários foram trocados, entre eles o presidente do Conselho de Ministros, Carlos Lage, e o chanceler Felipe Roque, ambos ligados a Fidel Castro. Lage, 57, um dos mentores das reformas econômicas, foi substituído por um general próximo a Raúl. Roque, 43, era o mais jovem do alto escalão. (págs. 1 e A14)

Foto legenda - Hillary no Egito: US$ 5,2 bi para os palestinos
Hillary, secretária de Estado dos EUA, fala com o chanceler saudita durante reunião sobre Gaza: impulso ao governo do Fatah. (págs. 1 e A16)

Direto da Fonte - Grampo mais difícil
Portabilidade pode ajudar "grampeados", informa Sonia Racy. (págs. 1 e D2)

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Jornal do Brasil

Manchete: Perigo na faixa reversível
Alterações no trânsito provocam morte de motociclista no Joá e acidente no Humaitá

Em apenas um dia, dois acidentes em faixas reversíveis pelo Rio. No mais grave deles, um motorista bateu em três motos, causou a morte e interrompeu o trânsito no Elevado do Joá, gerando engarrafamentos na Barra e na Zona Sul. Segundo quem usa a via todos os dias, a batida poderia ter sido evitada com "sinalização mais eficaz". Mas a prefeitura se defende: a culpa é do motorista, porque há "cones e agentes de trânsito" no Joá. Embora a faixa reversível seja uma alternativa para desafogar o trânsito, a solução definitiva requer ações mais complexas e investimentos maiores, como a ampliação do metrô ou a construção de corredores de ônibus. (págs. 1 e A2 a A4)

Lula não aceita explicação do MST
O presidente Lula afirmou que o Movimento dos Sem Terra deve pagar pelas irregularidades cometidas durante a onda de invasões no país. "É inaceitável a desculpa de legítima defesa para matar quatro pessoas", declarou Lula, referindo-se ao confronto entre os sem-terra e seguranças particulares em Pernambuco, que terminou com a morte dos seguranças. (págs. 1 e A7)

Bovespa cai, mas balança comercial se recupera
Em dia de forte queda da Bovespa, dois indicadores mostram sinais de recuperação da economia. Após registrar déficit em janeiro, a balança comercial terminou fevereiro com saldo positivo de US$ 1,7 bilhão. Já o consumo de energia cresceu 4,9%, explicado pela reativação industrial. A América Latina está mais forte para enfrentar a crise, diz o FMI. (págs. 1, A18 e A19)

Araguaia: OEA condena o Brasil
O Brasil, na definição de relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), violou oito artigos da Convenção Americana, que garante aos parentes de 70 ativistas do PCdoB o direito de saber a verdade sobre a Guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975. (págs. 1 e A6)

US$ 4,4 bi para reconstruir Gaza
Doadores internacionais prometeram US$ 4,48 bilhões para a reconstrução da Faixa de Gaza, arrasada depois da ofensiva de Israel. A condição é que o dinheiro não chegue às mãos do Hamas, que governa o território. O Brasil deve enviar US$ 10 milhões. (págs. 1 e A20)


Sociedade Aberta - Leonardo Senna
O poder da inovação para exportar. (págs. 1 e A18)

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Correio Braziliense

Manchete: Crise bilionária arrasa mercados
A economia global entrou na fase dos megaprejuízos. Nas últimas semanas, pelo menos 30 multinacionais anunciaram perdas que, somadas, chegaram a US$ 383 bilhões em 2008. Ontem foi a vez de a AIG, a maior seguradora dos Estados Unidos, expor a sua debilidade financeira. Divulgou um rombo histórico no ano passado, mesmo após receber um socorro de US$ 150 bilhões do governo. O Tesouro norte-americano vai injetar US$ 30 bilhões para salvar a companhia sufocada pela crise. Segundo especialistas, as dificuldades das instituições financeiras atingem diretamente a renda e o crédito, dois componentes fundamentais para manter a atividade econômica. A onda de pessimismo varreu os mercados pelo mundo: a Bolsa de Nova York sofreu uma queda de 4,24% e atingiu o menor nível dos últimos 11 anos. A Bovespa também seguiu a tendência de baixa e encerrou o dia com um recuo de 5,1%. O dólar, por sua vez, retomou o movimento de alta e está cotado a R$ 2,44. (págs. 1 e 14)

Para Lula, sem-terra têm de ser punidos
Versão do MST de que assassinato dos quatro seguranças em Pernambuco ocorreu em legítima defesa é rechaçada por Lula. Argumento “é inaceitável”, reagiu o presidente.(págs. 1 e 11)

Os amigos prediletos de Agaciel no Senado
O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, é acusado de nomear servidores transferidos para a Polícia Legislativa sem a realização de concurso nem a qualificação necessária para a função. Maia diz que só sai em 2011.(págs. 1, 2 e 3)

Só cacique
Na PF há 1.761 chefes para 1.688 escrivães. (págs. 1 e 16)

Imposto de Renda - acerte suas contas
Receita começa a receber as declarações de 25 milhões de brasileiros. Primeiro dia foi de lentidão e dificuldade no envio. (págs. 1 e 17)

290 vagas na educação
Edital de seleção que preencherá em todo o país cargos de níveis médio e superior deve ser divulgado até setembro. (págs. 1 e 16)

Sequestro relâmpago aumenta 30% no DF
Em quatro dias, oito brasilienses foram levados em seus carros por bandidos: na Asa Norte, Cruzeiro, Lago Sul, Guará e Pier 21. Para a polícia, é um crime “de oportunidade”. (págs. 1 e 51)

Presidente da Guiné-Bissau é assassinado
Vieira-Nino morreu a tiros poucas horas depois de um atentado que vitimou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. País é um dos mais instáveis da África. (págs. 1 e 22)

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Valor Econômico

Manchete: Crise ameaça futuro do setor do etanol nos EUA
O consumo de combustíveis está caindo nos EUA porque as pessoas estão usando seus automóveis com menos frequência para economizar. Isso reduziu a demanda pelo etanol, que as refinarias americanas usam principalmente como aditivo na composição da gasolina. A capacidade instalada nas usinas do país é hoje mais do que suficiente para atender as necessidades das refinarias.

A desaceleração da economia mundial também causou uma queda acentuada nos preços do petróleo no mercado internacional, tomando a gasolina mais barata que o etanol nos EUA e reduzindo o interesse das refinarias pelo combustível alternativo. As refinarias têm adquirido apenas o mínimo de álcool necessário para cumprir exigências da legislação.

Os preços do etanol no mercado americano caíram 46% desde o pico alcançado em meados do ano passado, de acordo com o economista John Urbanchuk, consultor da indústria. O milho usado como matéria-prima para fazer etanol nos EUA também ficou mais barato.

As dificuldades da indústria dos EUA sugerem que o Brasil continuará enfrentando barreiras se quiser exportar volumes maiores de álcool para o cobiçado mercado americano. As tarifas que protegem o setor nos EUA encarecem o etanol brasileiro. O Brasil vendeu mais de 2 bilhões de litros de etanol para os EUA em 2006. No ano passado, os americanos consumiram ,muito mais etanol, mas o Brasil exportou para os EUA apenas 1,7 bilhão de litros. (págs. 1 e B10)

Novo tributo vai bancar revitalização dos centros
O governo vai propor ao Congresso uma emenda constitucional autorizando os municípios a criar uma nova contribuição, a Care, com finalidade específica de custear programas de revitalização de áreas urbanas centrais degradadas. Em busca de apoio político e de sugestões, antes de ser encaminhada ao Legislativo a proposta será apresentada e discutida amanhã pelo Ministério das Cidades com prefeitos de capitais e de cidades de regiões metropolitanas.

Embora implique aumento da carga tributária, a nova contribuição dificilmente terá oposição do setor privado, até porque foi ideia da Associação Comercial do Rio. Pela proposta, as prefeituras só poderiam instituir o tributo mediante pedido dos próprios contribuintes que vão pagá-lo, isto é, os donos de imóveis não residenciais interessados em bancar a revitalização de determinada área. Segundo Maria Silvia Marques, vice-presidente da Associação Comercial do Rio, as empresas preferem pagar mais um tributo a ver seu patrimônio imobiliário se desvalorizar e a clientela escassear por causa das limitações do poder público em manter serviços como segurança e limpeza em níveis adequados. (págs. 1 e A3)

SPB passou no teste da crise financeira
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) passou pelo seu primeiro grande teste nesta crise financeira mundial. Na avaliação do Banco Central, o sistema, criado em abril de 2002, funcionou bem e as salvaguardas, como a execução de garantias, cumpriram seu papel de evitar que uma eventual inadimplência disseminasse pânico no mercado financeiro. Uma fonte do BC relata que,durante os piores dias da crise, algumas câmaras tiveram que executar garantias de participantes que não honraram os pagamentos previstos. As checagens feitas pelo BC mostraram que esses participantes ficaram inadimplentes por falhas operacionais e não porque não tinham dinheiro para pagar o que deviam. Essas falhas operacionais incluíram desde a interrupção de comunicações até problemas com terceiros, como um banco correspondente no exterior que não fez os créditos previstos. (págs. 1, C1 e C2)

Foto legenda - Preço mantido
Os contratos futuros de petróleo, gasolina e diesel apontam alta e por isso a Petrobras não cogita reduzir agora os preços dos combustíveis, diz José Gabrielli, presidente da Petrobras. (págs. 1 e A7)

Modelo de estádio multiuso e lucrativo chega ao Brasil
Aproveitando a oportunidade da Copa do Mundo no Brasil em 2014, o Amsterdam Arena quer trazer para os campos brasileiros o conceito de estádio multiuso, do qual um dos exemplos é a casa do Ajax Football Club, na Holanda, que além de partidas de futebol abriga concertos e outros espetáculos esportivos e culturais. O estádio recebe 2 milhões de visitantes por ano e lucra € 2 milhões.

"Passamos da fase de estudos para entrar no negócio dos estádios no Brasil", diz João Gilberto Vaz, sócio do Arena no país. Um dos serviços que a empresa quer oferecer é o gerenciamento de estádios. No dia 27, apresentará ao governo do Distrito Federal um plano para a reforma do Estádio Mané Garrincha. (págs. 1 e B4)

Importações em queda
A balança comercial voltou a registrar superávit em fevereiro. O saldo do comércio exterior foi positivo em US$1,767 bilhão. As importações diminuíram 11,5% em relação à janeiro e 31% na comparação com fevereiro de 2008. (págs. 1 e A6)

Crise global
O porto de Rotterdã, um dos maiores do mundo e maior porta de entrada de produtos brasileiros na Europa, espera uma retração de pelo menos 5% na movimentação de cargas em 2009. Alguns terminais de contêineres já registram queda de 10% ante o início de 2008. (págs. 1 e B6)

IPI menor puxa vendas
O mercado de veículos foi melhor em fevereiro que em janeiro, mesmo com menos dias úteis. O avanço foi de 0,98%. O resultado é reflexo da antecipação de compras por conta do fim do IPI menor, que vale só até o fim do mês. (págs. 1 e B7)

Mercados têm novo dia de fortes baixas
O índice Dow Jones caiu ontem abaixo dos 7 mil pontos pela primeira vez em 12 anos, enquanto investidores ao redor do mundo pareciam perder as esperanças e se preparar para uma recessão prolongada. Os investidores americanos embarcaram num movimento mundial de vendas que começou na Ásia e afetou todos os setores, do financeiro ao de bens duráveis e de tecnologia. O Dow Jones caiu 4,2%, para 6.763,29, o menor fechamento desde abril de 1997 - já perdeu quase um quarto do valor este ano e mais da metade desde outubro. O Ibovespa recuou 5,1%. O dólar avançou 3,03% ante o real, para R$ 2,3320. (págs. 1, C2, C6 e D2)

Duke retoma projeto de termelétrica e avalia três usinas hidrelétricas em parceria com a Cemig, diz Mickey Peters (págs. 1 e Bl)


Ideias
Luiz G. Belluzzo: sem intervenção forte do governo, recessão será longa. (págs. 1 e Al3)

Obama critica Doha e cobra emergentes
O governo Obama sinalizou ontem uma postura rígida na Rodada Doha e cobrou concessões dos emergentes, evidenciando a dificuldade para uma rápida conclusão do acordo global para liberalização do comércio. Em seu primeiro pronunciamento sobre Doha, o novo governo retoma a retórica de Bush, considerando o esboço em negociação contrário aos interesses do exportador americano. Havia grande expectativa sobre o primeiro posicionamento de Obama nesta área, que veio no relatório sobre política comercial que a Casa Branca envia todo mês de março ao Congresso. Em Genebra, negociadores americanos procuraram países parceiros para avisar que se tratava de uma "formalidade". As reações foram díspares. (págs. 1 e A10)

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