PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, abril 03, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] DEM; DEMOCRACIA

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BRASIL/POBREZA [In:] PARA QUEM TEM "OLHOS DE VER E OUVIDOS DE OUVIR"

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02/04/2012 - 07h00

Problema social no Brasil é de atacado, não de varejo, diz Viviane Senna

DE SÃO PAULO


Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no programa "É Notícia" (Rede TV!), a empresária Viviane Senna, irmã do piloto Ayrton Senna, morto em 1994, afirmou que a lógica do trabalho social no Brasil não pode seguir os mesmos modelos da Europa e dos Estados Unidos.

"Não adianta você ir para a área social com uma visão de varejo. Porque o problema não é de varejo, é de atacado. Não é uma pequena parte [da população] que está descoberta, é a maior parte", disse Viviane, que preside o Instituto Ayrton Senna.

Ela também afirmou que espera que seu filho, Bruno Senna, que é piloto da Fórmula 1, tenha tempo para desenvolver sua carreira. "As pessoas não lembram que um piloto como o [Jenson] Button levou dez anos para chegar a ganhar um campeonato." Veja trechos acima.

O programa vai ao ar de domingo para segunda, às 0h30.

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BRASIL/INDÚSTRIA [In:] O QUE HÁ ''in veritá" NISSO TUDO ???


Os desafios da (re)industrialização



Autor(es): Luiz Gonzaga Belluzzo
Valor Econômico - 03/04/2012

Nos anos 80 do século passado, sob a inspiração de Ronald Reagan e Margaret Thatcher, as políticas industriais e de fomento coordenadas pelo Estado foram lançadas no rol dos pecados sem remissão. No Brasil, o desenvolvimentismo foi alvejado por maldições e imprecações.

A desorganização financeira e fiscal que se seguiu à crise da dívida externa forneceu combustível para alastrar as chamas da purificação mercadista. O apelo à liberalização geral e irrestrita explicitava o fim do consenso em torno do objetivo comum do desenvolvimento fundado na industrialização. Entre as camadas dominantes, o dissenso neoliberal incluía o desconforto com o reconhecimento dos direitos sociais e econômicos consagrado na Constituição Cidadã de 1988. A dificuldade de se reconstituir, em novas bases, um objetivo compartilhado foi agravada pelo enfraquecimento da capacidade coordenadora de um Estado financeiramente prostrado diante da crise fiscal e monetária e dos programas impostos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois da bem-sucedida estabilização de 1994, os "reformistas liberais" brasileiros apoiaram sua estratégia em cinco pontos: 1) a estabilidade de preços criou condições para o cálculo econômico de longo prazo, estimulando o investimento privado; 2) a abertura comercial imporia disciplina competitiva aos produtores domésticos, forçando-os a realizar ganhos substanciais de produtividade; 3) as privatizações e o investimento estrangeiro removeriam os gargalos de oferta na indústria e na infraestrutura, reduzindo custos e melhorando a eficiência; 4) a liberalização cambial, associada à previsibilidade quanto à evolução da taxa real de câmbio, atrairia "poupança externa" em escala suficiente para complementar o esforço de investimento doméstico e para financiar o déficit em conta corrente; 5) o gotejamento da renda promovida pela acumulação de riqueza na camadas superiores - auxiliada pela ação das políticas sociais "focalizadas" - seria a forma mais eficiente de reduzir a desigualdade e eliminar a pobreza.

Estratégia tem que estimular a ousadia dos empresários, centralizar o capital e elevar o gasto estatal

Na verdade, a privatização desarticulou um dos mecanismos mais importantes de governança e de coordenação estratégica da economia brasileira. O setor produtivo estatal - num país periférico e de industrialização tardia - funcionava como um provedor de externalidades positivas para o setor privado: 1) O investimento público era o componente "autônomo" da demanda efetiva (sobretudo nas áreas de energia e transportes) e corria à frente da demanda corrente; 2) as empresas do governo ofereciam insumos generalizados em condições e preços adequados; e, 3) começavam a se constituir - ainda de forma incipiente - em centros de inovação tecnológica.

Os celebrados efeitos da privatização sobre a eficiência da economia não se concretizaram. Senão vejamos: 1) a indexação das tarifas e preços das empresas privatizadas produziu um aumento expressivo dos custos dos insumos de uso generalizado e; 2) o investimento em infraestrutura passou a correr atrás da demanda, gerando pontos de estrangulamento; 3) as grandes empresas "exportaram" os seus departamentos de P&D e os escritórios de engenharia reduziram dramaticamente seus quadros; 4) e iniciativas importantes, como o Centro de Pesquisas da Telebrás, foram praticamente desativadas.

No debate em curso sobre a situação da indústria brasileira, há quem proclame o "mito da desindustrialização". Mal sabem que a encrenca vai além dos problemas criados pelas importações predatórias, danosas à produção corrente e à ocupação da capacidade já instalada. A dilaceração das cadeias produtivas pelo "real forte" e a estagnação dos investimentos só serão reparadas com o aumento dos gastos na formação da nova capacidade, sobretudo, nos setores novos e intensivos em tecnologia. Isto vai demandar, sim, o exercício do "animal spirits" dos dirigentes empresariais, a centralização do capital, agora disperso em empresas sem a escala requerida para participar do atual estágio da concorrência global e a elevação do gasto autônomo do Estado.

O salto de escala e tecnológico das indústrias brasileiras não vai ocorrer sem políticas adequadas que estimulem o mercado de capitais. A experiência histórica demonstra que isso exige a constituição de bancos universais de grande porte, rigorosamente regulados e supervisionados, capazes de desenvolver instrumentos financeiros destinados para o crédito de longo prazo.

O esperado efeito "acelerador" decorrente desse arranjo vai dinamizar os setores já existentes, cuja "proteção" não deve ser concedida sem contrapartidas de desempenho nas exportações, na inovação tecnológica e na substituição de importações. A economia mundial está diante de capacidade de oferta excedente em quase todos os setores e isso vai tornar ainda mais acirrada a conquista de mercados.

Sobre a utilização dos recursos decorrentes da exploração do pré-sal: a avalanche de moeda estrangeira que certamente advirá da exportação de petróleo ameaça tornar incontrolável o vício nativo cevado nas delícias tão sedutoras quanto e viciosas do câmbio valorizado. O ideal para o país detentor de uma riqueza natural abundante é constituir um fundo soberano e aplicar no exterior os recursos gerados pelas exportações, utilizando no âmbito doméstico tão somente os recursos gerados nas vendas internas e os rendimentos obtidos das aplicações no exterior. Esses fundos são genuinamente "fundos de poupança", poupança de longuíssimo prazo.

Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda é professor titular do Instituto de Economia da Unicamp e escreve mensalmente às terças-feiras. Em 2001, foi incluído entre os 100 maiores economistas heterodoxos do século XX no Biographical Dictionary of Dissenting Economists.

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GOVERNO DILMA/ENERGIA NUCLEAR [In:] A QUEM INTERESSA ???


Governo propõe nova estatal nuclear


Autor(es): Fernando Exman | De Brasília
Valor Econômico - 03/04/2012

Sem alarde, o governo Dilma Rousseff deu início, na semana passada, aos procedimentos legais para criar uma nova estatal. A empresa será responsável pelos projetos relacionados ao programa nuclear brasileiro, à construção e manutenção de submarinos da Marinha e ao fomento da indústria nuclear nacional. Batizada de Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), a empresa poderá captar recursos no mercado doméstico e internacional e adquirir participações minoritárias de empresas privadas ou empreendimentos ligados ao seu objeto social.

O projeto de lei que autoriza o Executivo a criar a Amazul foi enviado pelo governo ao Congresso na semana passada. A nova estatal, que surgirá a partir da cisão da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), terá sede em São Paulo e poderá contar com cerca de 2 mil funcionários. Seu nome é uma referência à fronteira marítima brasileira, onde, por exemplo, o Brasil explora o petróleo do pré-sal. De acordo com a estratégia nacional de defesa, a área deve ser protegida pelos submarinos da Marinha - entre eles os de propulsão nuclear. A Amazul ficará subordinada ao Comando da Marinha.

"A criação da Amazul é essencial. Ela possibilita a contratação de cientistas, pesquisadores e engenheiros", frisou uma autoridade do governo.

Há ainda uma questão de segurança, argumenta o governo: a criação da Amazul limitará o acesso a informações estratégicas e acabará com o compartilhamento de locais de trabalho entre o pessoal ligado a questões nucleares e desenvolvimento de submarinos e as outras áreas de atuação da Emgepron.

A estatal Empresa Gerencial de Projetos Navais foi criada em 1982 para promover a indústria naval brasileira. Inicialmente, seu pessoal era basicamente dedicado ao programa nuclear da Marinha. No entanto, com o decorrer do tempo, a empresa passou a incorporar mais empregados para desempenhar outros serviços demandados pela Força. Hoje, além do setor nuclear, a Emgepron atua na modernização dos equipamentos e embarcações da marinha, no desenvolvimento de sistemas navais e de guerra eletrônica, na produção de munições e na realizações de estudos sobre o mar.

As discussões sobre a Amazul tiveram início em meados de 2008, quando o governo criou o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. Coordenado pela Casa Civil e formado por representantes dos ministérios da Defesa, Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Desenvolvimento, Planejamento, Fazenda, Relações Exteriores e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o comitê recebeu a missão de fixar diretrizes e metas para o projeto nuclear e monitorar sua execução. Na avaliação do colegiado, a criação da Amazul solucionaria os problemas relativos aos recursos humanos do setor.

"A criação de uma empresa que possa proporcionar aos seus empregados condições semelhantes àquelas existentes no mercado de trabalho foi a alternativa encontrada para a manutenção do pessoal existente e a contratação de novos especialistas, o que nos permitirá preservar o conhecimento já alcançado", destacaram na exposição de motivos enviada à presidente Dilma Rousseff para fundamentar o projeto de lei que cria a Amazul os ministros da Defesa, Celso Amorim, do Planejamento, Miriam Belchior, e da Fazenda, Guido Mantega.

"Temos vivenciado, nos últimos anos, a redução da força de trabalho por demissão voluntária (na busca de melhores condições salariais), às vezes para o próprio governo (carreira de ciência e tecnologia). Vale acrescentar que as mesmas dificuldades encontradas para a manutenção de especialistas é sentida também para o recrutamento de novos profissionais", acrescentaram os ministros no documento.

O capital social inicial da Amazul será o correspondente ao patrimônio obtido com a cisão da Emgepron, valor não revelado por Ministério da Defesa, Marinha e Emgepron. A nova empresa pública também terá como fontes de recursos dotações orçamentárias, recursos do Fundo Naval, receitas decorrentes da exploração de direitos autorais e intelectuais, recursos provenientes de suas atividades, convênios e contratos, rendimentos obtidos de suas participações em outras empresas, operações de crédito, rendas patrimoniais e doações.

Segundo a proposta enviada pelo Executivo ao Congresso, a Amazul também promoverá o desenvolvimento da indústria militar naval nacional e poderá fomentar a implantação de novas empresas no setor nuclear, prestar assistência técnica a elas e dar apoio financeiro a pesquisas na área. Além de viabilizar o projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro e nacionalizar o desenvolvimento em escala industrial do ciclo de combustível nuclear e da tecnologia de construção de reatores, o governo acredita ainda que a Amazul poderá impulsionar a inovação na cadeia produtiva do segmento e reduzir a dependência nacional de produtos e equipamentos nucleares usados na medicina.

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ENERGIA ELÉTRICA [In:] ESCASSA E CARA


ENERGIA NO MERCADO LIVRE TEM MAIOR PREÇO DESDE 2010


PREÇO DA ENERGIA DISPARA COM CHUVAS FRACAS
Autor(es): Daniel Rittner | De Brasília
Valor Econômico - 03/04/2012

Os preços da energia elétrica no mercado à vista ("spot") subiram nesta semana para R$ 187,82 por megawatt-hora, o valor mais alto em 17 meses. Após a redução das chuvas a partir de meados de fevereiro, as precipitações em março ficaram abaixo da média histórica em todos os subsistemas da rede. A disparada de preços - aumento de 236% nos subsistemas Sudeste, Centro-Oeste e Sul desde a terceira semana de fevereiro - causou alvoroço no mercado à vista (no qual grandes consumidores vendem seus excedentes ou compram sobras de outras empresas), que já estava acostumado com uma longa temporada de valores baixos.

Grandes indústrias e varejistas (como shopping centers e hipermercados) que são consumidores livres - têm demanda superior a 3 MW e podem escolher seus fornecedores de energia - estão pagando mais caro em contratos de médio prazo. O presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Paulo Pedrosa, diz que empresas de maior porte não devem ser muito afetadas, porque deixam só uma parcela mínima de suas necessidades - entre 5% a 10% do consumo total - exposta ao mercado à vista.

Os preços da energia elétrica no mercado "spot" subiram nesta semana para R$ 187,82 por megawatt-hora, o valor mais alto em 17 meses, após o fim do fenômeno climático La Niña e a diminuição das chuvas a partir de meados de fevereiro. As águas de março também ficaram abaixo da média histórica - o registro das últimas oito décadas - em todos os subsistemas da rede: 64% no Sudeste/Centro-Oeste, 58% no Sul, 55% no Norte e 44% no Nordeste. Esse volume se refere não à divisão geográfica dessas regiões, mas às chuvas que caíram nas "áreas de armazenamento" das usinas hidrelétricas (reservatórios e cabeceiras de rios).

A disparada de preços causou rebuliço no mercado de energia à vista, no qual grandes consumidores vendem seus excedentes ou compram sobras de outras empresas, que já estava acostumado com uma longa temporada de valores baixos. Em todo o período de estiagem no ano passado, por exemplo, o megawatt-hora se manteve abaixo de R$ 50.

Analistas são unânimes em apontar que o preço tem reagido de forma excessiva e desproporcional ao baixo volume de chuvas, ignorando o fato de que os reservatórios das grandes hidrelétricas estão muito acima do nível mínimo de segurança, sem nenhum risco de racionamento.

Os preços no mercado "spot", contudo, já subiram 236%, nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, desde a terceira semana de fevereiro. No subsistema Nordeste, onde o megawatt-hora partiu de um ponto mais comportado, o valor atual de R$ 174,02 por megawatt-hora representa um aumento acumulado de 1.326%.

A alta repentina de preços agitou o mercado. Grandes indústrias e varejistas (como shopping centers e hipermercados) que são consumidores livres - têm demanda superior a 3 MW e podem escolher com liberdade seus fornecedores de energia - estão pagando mais caro em contratos de eletricidade no médio prazo.

O preço de liquidação de diferenças (PLD), uma espécie de encontro de contas entre quem tem energia sobrando e quem precisa completar suas necessidades de abastecimento, não é apenas a referência do mercado "spot". Ele também acaba guiando esses contratos de prazo mais extenso.

"Em dezembro de 2011, fechavam-se contratos para todo o ano de 2012 por R$ 80 a R$ 90 o megawatt-hora", afirma Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia, uma das principais comercializadoras do país. "Hoje estamos fechando contratos de seis meses, para o segundo semestre, entre R$ 130 e R$ 140", compara.

Além disso, segundo ele, houve um freio no interesse das empresas para a negociação de novos contratos, enquanto elas aguardam um panorama mais claro. "Quando há mudanças muito bruscas de preço, o mercado adota uma postura mais cautelosa e há uma diminuição no volume de negócios", diz Toledo.

O presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, diz que empresas de maior porte não devem ser muito afetadas pelo aumento recente de preços porque deixam apenas uma parcela mínima de suas necessidades - entre 5% a 10% do consumo total - com exposição ao mercado à vista. "Elas tendem a manter contratos de longo prazo. Quanto maior a indústria, menor o apetite à exposição a riscos no fornecimento de energia elétrica", diz o executivo.

No entanto, Pedrosa avalia que "pode ocorrer" e "até positivo" - para o funcionamento do mercado - que algumas indústrias reduzam a produção para vender excedentes de energia. Há situações, como no fim de 2007 e no início de 2008, em que algumas indústrias eletrointensivas diminuíram o ritmo de suas fábricas para gerar receita colocando sobras de eletricidade no mercado "spot". Naquela ocasião, em meio a temores de um novo racionamento, o megawatt-hora alcançou um valor recorde de R$ 569.

Ninguém ainda se arrisca a dizer se isso pode ocorrer novamente, mas são grandes as apostas de que o PLD não baixe muito antes da volta do período chuvoso. "A variação das últimas semanas contaminou os preços do ano inteiro", opina Paulo Toledo.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, explica por que as chuvas mudaram subitamente de intensidade. Com um arsenal de relatórios meteorológicos, ele diz que "vinha chovendo bem e onde interessava", até meados de fevereiro. "Mas houve uma mudança abrupta: a temperatura começou a aquecer no Pacífico Equatorial, na altura da costa do Peru, e a esfriar no Atlântico Sul", comenta Chipp.

Nos relatórios do ONS, o panorama do clima não é positivo para abril, quando as chuvas devem superar a média histórica apenas na região Norte, com 102%. Nos demais subsistemas, as precipitações vão ficar abaixo do normal: 75% no Sudeste/Centro-Oeste, 73% no Nordeste e 56% no Sul.

A perspectiva só se torna mais favorável, segundo Chipp, a partir do fim de maio ou do início de junho. Com isso, os preços da energia devem baixar em seguida. "A tendência é que, em meados do ano, caracterize-se o fenômeno El Niño", afirma. Isso significa que a região Sul pode enfrentar um inverno mais seco, mas que tanto o Sudeste quanto o Nordeste teriam um segundo semestre com chuvas mais fartas.

Chipp recomenda a busca de um modelo de preços que reflita "maior equilíbrio entre nível dos reservatórios e afluência [volume de chuvas]", mas ressalta que essa "não é uma solução simples e nem de imediato". "Não se deve criar a expectativa de uma mudança rápida nos modelos."

Parte dos especialistas alerta, no entanto, que o sistema elétrico ficará progressivamente mais dependente da intensidade das chuvas. Os modelos usados nos cálculos de preços já refletem parcialmente isso, inclusive, porque projetam cenários por cinco anos à frente. "O problema é que o Brasil começou a construir hidrelétricas sem grandes reservatórios", observa Walter Fróes, presidente da comercializadora CMU. As megausinas do rio Madeira (Santo Antônio e Jirau), além de Belo Monte, têm capacidade reduzida de armazenamento para inundar menos área. "Hoje, por questões socioambientais, a preferência tem sido por usinas a fio d"água", lembra o executivo.

O próprio Hermes Chipp, na condição de operador do sistema, sugere mais investimentos em termelétricas como forma de complementar a energia de fonte hídrica. Ele vê espaço, por exemplo, para mais 1.500 MW de térmicas a carvão na região Sul.

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BRASIL/INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO [In:] ''PROPENSÃO MARGINAL A INVESTIR = ZERO'' *

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Educação, pilar da economia


Autor(es): Sergio Amad Costa
O Estado de S. Paulo - 03/04/2012

Sabe-se que, para o Brasil ser realmente competitivo, é preciso que se façam as reformas estruturais. Mas, se o País realizá-las e não investir pesadamente na educação, elas se tornarão, a médio e a longo prazos, meros paliativos na tentativa de fazer uma nação desenvolvida. Na condição em que se encontram os nossos recursos humanos, o País não consegue crescer a taxas superiores a 4,5% do PIB, em termos constantes. Temos hoje uma baixíssima produtividade por causa da escassez de trabalhadores qualificados em praticamente todos os setores da economia.

Foco, como exemplo, o caso da nossa engenharia, pois nenhum país cresce desprovido dela. O Brasil forma em média 40 mil engenheiros por ano, enquanto a Coreia do Sul, mais de 80 mil ao ano, tendo menos da metade da nossa população. Quanto aos países emergentes, a China forma 650 mil engenheiros/ano; a Índia, 220 mil; e a Rússia, 190 mil.

O fato é que, pela quantidade de vagas oferecidas nas universidades públicas e privadas brasileiras, poderiam se formar aqui quase o dobro dos engenheiros que se graduam por ano. Mas isso não ocorre porque, além de as vagas para alguns desses cursos não serem preenchidas, há um elevado nível de evasão nas escolas de engenharia, girando em torno de 54%, considerando as universidades públicas e privadas. E há, também, o problema da retenção. O curso de engenharia tem cinco anos de duração, mas, em média, o aluno leva seis anos para se formar.

O esforço para solucionar o problema não deve ser realizado com a criação de mais e mais escolas de engenharia. Tal esforço deve ser para um segundo momento. O foco, agora, deveria estar centrado em preencher adequadamente as vagas existentes desses cursos e reduzir o elevado índice de evasão e retenção dos estudantes. Para isso são necessárias políticas públicas voltadas para uma reforma profunda, com investimentos de recursos maciços, nos ensinos fundamental e médio.

Esses níveis de educação, em geral, não estimulam adequadamente o ensino das ciências exatas, dificultando a assimilação de conhecimentos futuros para a engenharia, fundamentais na Física, na Matemática e na Química. O resultado é a falta de base para acompanhar a faculdade de engenharia. Esse é o principal motivo que gera tanto a evasão quanto a retenção.

Além disso, não são muitos os jovens que procuram ingressar nas escolas de engenharia, pois nos níveis fundamental e médio, com raras exceções, não se ensinam as matérias de exatas de forma a estimular os estudantes a seguirem carreira na área de tecnologia. As vocações para os campos da engenharia não são despertadas, como deveriam ser, mediante novas técnicas de ensino, com didáticas apropriadas a um mundo pós-moderno.

As vocações vão sendo formadas, mediante as condições que se apresentam para os estudantes, durante seu processo de amadurecimento intelectual. E é isso que precisa ser levado em conta, e com uma visão de longo prazo. Fazer trabalhos e projetos com as crianças e os adolescentes para que eles gostem de Física, Química e Matemática.

Pouco adianta criar mais escolas de engenharia, mais vagas, se o País não conta com uma quantidade realmente expressiva de jovens interessados nelas. Ou se tiver ingressantes nos cursos que não conseguem aprender as disciplinas porque não tiveram base para isso nos cursos fundamental e médio. Continuarão, nesse caso, a ter vagas não preenchidas, elevados níveis de evasão e uma média alta de retenção.

Há quem defenda, numa visão imediatista, a criação de cursos de engenharia de curta duração, visando a ofertar mais profissionais da área para o mercado de trabalho. Ora, elevaríamos o número de engenheiros no Brasil, porém com o risco de serem construídas "pontes que caem".

Para o País crescer e um dia ser realmente desenvolvido, seria preciso que as estratégias voltadas para a educação fossem de longo prazo. Aí, sim, teríamos uma engenharia que, em vez de minguar, proliferaria no Brasil.

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(*) A lembrar Keynes.

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SENADO [In:] 14o. E 15o. SALÁRIOS (Vergonha !!!)


Projeto que extingue o 14° e o 15° salários está pronto para ir à votação no Senado


Senado pronto para votar fim de regalia
Autor(es): » JOÃO VALADARES
Correio Braziliense - 03/04/2012

Relator na Mesa Diretora conclui parecer sobre o fim dos salários extras e matéria está prestes a ir ao plenário

Uma semana depois de ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o projeto que prevê o fim dos 14º e 15º salários para deputados federais e senadores recebeu relatório favorável na Comissão da Mesa Diretora e pode ir a plenário para votação a qualquer momento.

Na manhã de hoje, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), relator da matéria, protocola o parecer. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa do parlamentar. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora informou que, se o relatório for apreciado na próxima reunião da comissão, ainda sem data marcada, o projeto deve seguir para votação no mesmo dia.

Há rumores, nos bastidores da Casa, de que o presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), teria pedido celeridade na tramitação da proposta de autoria da então senadora e atual chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. "O desgaste do Senado está muito grande por causa das denúncias contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O clima aqui é o pior possível. A ordem é colocar o projeto para votação de maneira rápida e, ao menos, tentar imprimir uma marca de austeridade com o provável corte da benesse no plenário. O relatório na Mesa Diretora já está concluído", salientou, reservadamente, um senador que integra a CAE.

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode derrubar os extras antes mesmo da votação no plenário. O ministro do STF Carlos Ayres Britto decidiu encaminhar a decisão para o pleno da corte. Solicitou o posicionamento da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) movida pela Associação dos Servidores do Ministério Público Federal (ASMPF). O prazo para apreciação é de dez dias. Ainda não há data para o julgamento. Ontem, no STF, não houve nenhum andamento.

O delegado regional da Receita no Distrito Federal, Joel Miyazaki, comunicou, na manhã de ontem, que não havia recebido nenhuma resposta do Senado Federal em relação à não tributação dos rendimentos adicionais. Ele voltou a declarar que espera o movimento espontâneo dos parlamentares para regularizar a situação. Até o momento, apenas um parlamentar procurou o Fisco pessoalmente e assegurou que iria pagar o que estava devendo. Neste caso, a multa cai de 75% para 20% do valor total dos atrasados com juros. A cobrança alcança os rendimentos recebidos há até cinco anos.

Regularização
"Ao contrário do Senado, a Câmara Legislativa já apresentou a resposta. Estamos analisando tudo para tomarmos as providências cabíveis. Continuamos esperando que os senadores se regularizem de forma espontânea", explicou o delegado. O prazo dado pelo Fisco acaba hoje. "Mesmo assim, vamos aguardar mais um pouco. Acreditamos que os políticos vão regularizar a situação." O nome do senador que procurou a Receita para quitar o débito continua mantido em sigilo.

O projeto que determina a abolição dos extras estava engavetado no Senado havia mais de um ano. Só começou a andar justamente após denúncias de que os senadores, além de receberem as remuneração adicionais, não descontavam o Imposto de Renda.

A proposta, aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos por unanimidade, prevê que os deputados e senadores recebam apenas duas ajudas de custo durante todo o mandato, uma no início e outra no fim. Hoje, os dois salários extras são pagos anualmente. Nos oito anos de mandato, o custo com o pagamento dos extras no Senado é de R$ 34,6 milhões. A Câmara dos Deputados gasta, em quatro anos, R$ 109,6 milhões. Uma conta aproximada feita pelo Correio aponta que, considerando o período retroativo de alcance da cobrança devida, os parlamentares devolveriam juntos aproximadamente R$ 10,8 milhões.

Calote na Receita

Por ano, cada senador deixa de pagar ao Fisco R$ 12,9 mil. No fim do mandato, o parlamentar embolsa R$ 103.584. Nas unidades da Federação, desde 1995, o Leão já conseguiu reaver R$ 135,8 milhões de deputados estaduais de oito assembleias legislativas e conselheiros de tribunais de contas que, assim como os senadores, receberam remunerações extras sem pagar o IR.

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HOSPITAIS E CORRUPÇÃO [In:] ''LIXO HOSPITALAR''


O paraíso dos corruptos


Autor(es): agência o globo:Gil Castello Branco
O Globo - 03/04/2012

Parodiando, às avessas, Milton Nascimento — na canção "Nos bailes da vida" — dizem que o corrupto vai onde o dinheiro está. Assim, os encontros de funcionários públicos desonestos com comerciantes venais, infelizmente, não são raros. As imagens e os diálogos mostrados no "Fantástico" chocam, mas não compõem um enredo inédito. Ao contrário, o filme é reprisado nos quatro cantos do Pais e a Viúva morre no final.

O governo federal é o maior comprador do Brasil. No ano passado gastou aproximadamente R$ 12,5 bilhões adquirindo materiais de consumo e R$ 33,2 bilhões contratando serviços de terceiros. Como a "bola da vez" são os hospitais, só com material farmacológico, hospitalar e laboratorial foram pagos quase R$ 5 bilhões em 2011. Mas compra-se de tudo. Das lanchas-patrulha, que pescaram doações eleitorais em Santa Catarina, ao Ford Edge, fabricado no México, que serve à Presidência da República. Nos carrinhos de compras dos órgãos públicos não é impossível encontrar chicletes, essência para sauna, obras de arte e até cachaça. O megamercado interessa a muitos. Do contraventor ao senador.

Na contratação de serviços de terceiros não é diferente. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário gastam, por ano, cerca de R$ 375 milhões com vigilância e R$ 486 milhões com limpeza, apenas para dar alguns exemplos de alvos da moda. Se incluirmos a aquisição de equipamentos, o mercado brasileiro é tão interessante que provoca alvoroço até no exterior, como acontece na compra dos aviões caças para a Força Aérea Brasileira.

As irregularidades ocorrem em todas as formas e fases das licitações.

Nas dispensas indevidas, nas emergências planejadas, nos concursos e concorrências armados e dirigidos, e até nos pregões presenciais e eletrônicos que também não são imunes às fraudes. Vale tudo para que sejam geradas "gorduras" distribuídas na forma de propinas entre as partes. Nesses casos não há anjos. Há corruptos públicos e privados, nos dois lados do balcão.

A Lei que regula as compras e contratações (Lei 8.666/93) tem 19 anos, 121 artigos e muitos remendos.

Cria inúmeras formalidades e enorme burocracia, mas não evita as fraudes cometidas pelos mal intencionados.

Parte do problema, portanto, é melhorar a legislação.

A farra da moda são as adesões às atas de registros de preços, também chamadas de "caronas". A brecha legal permite ao fornecedor vencer licitação em uma repartição pública e posteriormente vender o mesmo produto, durante um ano, a vários outros órgãos. A tese do "onde passa um boi, passa uma boiada", tem falhas. O "registro vencedor" e a perspectiva de vendas futuras valem ouro e geram negociatas. Além disso, como o preço varia conforme a quantidade, é óbvio que a economia de escala beneficia so famente o comerciante. Uma boa ideia seria limitar o valor da carona até, no máximo, o dobro do valor da licitação original. Outra sugestão saneadora seria acabar com os pregões presenciais — que não têm qualquer vantagem sobre os eletrônicos — e dão margem às combinações prévias.

Pior que a legislação, porém, é a gestão.

Mesmo comprando há vários anos, o governo não possui sistema nacional de registro de preços confiável, com valores justos para cada item licitado. Se tivesse, qualquer preço estranho, fora do intervalo padrão, seria detectado. A área de Gestão, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com frequentes alterações de chefias e estrutura administrativa, ainda não conseguiu normatizar e gerir com eficiência os negócios governamentais.

O exemplo de que as inovações são possíveis vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Ao comprar ônibus, bicicletas, vestuário, tablets, mesas e carteiras, entre outros itens, para 54 milhões de alunos o FNDE passou a adotar sistemática moderna. Definiu tecnicamente — em parcerias com o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) e universidades — o que precisava adquirir, contratou pesquisas de mercado, realizou audiências públicas com fa bricantes e fornecedores e criou comitês de compras. Dessa forma, tem adquirido em pregões eletrônicos produtos padronizados, com qualidade atestada, por preços, em média, 20% inferiores aos oferecidos na praça.

O fato é que urgem mudanças na legislação, no planejamento e na gestão das bilionárias compras e contratações da administração pública federal, das estaduais e das municipais. O que assistimos na televisão é apenas o véu da cachoeira desse submundo.

GIL CASTELLO BRANCO é economista, fundador e coordenador da organização não governamental Contas Abertas.

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SENADO [In:] DEM, DEMóstenes, DEMissão !!!

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DEM ABRIRÁ PROCESSO PARA EXPULSAR DEMÓSTENES

DEM QUER DEMÓSTENES FORA DO PARTIDO POR COMETER "REITERADOS DESVIOS DA ÉTICA"
O Estado de S. Paulo - 03/04/2012

RICARDO BRITTO, JOÃO DOMINGOS / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O DEM abre hoje processo de expulsão contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), flagrado em conversas telefônicas defendendo interesses de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que comanda uma rede de jogos ilegais no País, por "reiterados desvios da ética". "O senador está em xeque. A classe política está em xeque, mas quem mais está em xeque é o DEM, que é um partido que não aceita desvios", disse ontem o senador José Agripino Maia (RN), presidente e líder da legenda no Senado.

A decisão foi tomada em reunião ontem à noite na casa de Agripino, que contou com a presença do líder na Câmara, ACM Neto (BA), do deputado Ronaldo Caiado (GO) e do vice-governador de Goiás, José Eliton. Diante desse cenário, Demóstenes avalia se apresenta hoje pedido de desfiliação da sigla.

Desde a manhã de ontem, os caciques movimentavam-se para ter uma conversa "definitiva" com o senador até a noite. Ficou acertado que Demóstenes contaria sua versão a Agripino, ao líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), e ao presidente da sigla em Goiás, deputado Ronaldo Caiado.

"Nós precisamos ter esta conversa, que precisa ser definitiva", afirmou Agripino ao Estado, no início da tarde. A cúpula do DEM havia dado a Demóstenes um ultimato até hoje para se explicar. Mas, diante das novas denúncias, a cúpula quis antecipar o encontro. Demóstenes não apareceu e Agripino sentenciou: "O DEM não quer mais esperar".

Demóstenes passou o dia em casa, reunido com advogados e com Caiado, que tem feito o meio de campo entre ele e a cúpula da legenda. O advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que o parlamentar não se reuniu ontem à noite com a cúpula do partido porque não tinha analisado ainda os autos do processo.

Há, ainda, a expectativa em torno de uma renúncia ao mandato. O que pesa para Demóstenes adiar a decisão é o foro privilegiado a parlamentares. Como senador, ele só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Ética. Em outra frente, cinco senadores pediram pressa à Casa para convocar o Conselho de Ética. Na semana passada, foi acertado que o colegiado só se reuniria na próxima terça-feira para eleger o novo presidente. Mas as novas denúncias fizeram com que os parlamentares cobrassem um encontro nesta semana.

"Este julgamento é inevitável. A instituição é mais importante do que as pessoas. Nós somos transitórios", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). O tucano disse que vai procurar o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para tentar acelerar a eleição no conselho.

A presidência do Conselho de Ética está vaga desde setembro, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) deixou a Casa para ocupar um cargo no governo de Roseana Sarney. O presidente interino, Jayme Campos (MT), correligionário de Demóstenes, declarou-se impedido para conduzir o processo. Cabe ao PMDB indicar o próximo presidente.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


03 de abril de 2012

O Globo


Manchete: DEM abrirá processo para expulsar 'senador do bicho'

Para líder do PTB, 'não interessa se dinheiro de Cachoeira é legal ou ilegal'

Sem saída depois da revelação do envolvimento de Demóstenes Torres (GO) com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o DEM abre hoje processo para expulsar o senador, pois avalia que não há mais condições para que ele continue na legenda. No Senado, aumentou a pressão para que o Conselho de Ética acelere a investigação por quebra de decoro que poderá resultar na cassação de Demóstenes. Preso, Cachoeira mantém prestígio com outros políticos de Goiás. "Não sei se ele ganhou dinheiro em jogo, se era negócio legal ou ilegal. Não me interessa", minimiza o líder do PTB, Jovair Arantes. O presidente da Câmara, Marco Maia, defendeu investigação da Casa sobre os parlamentares envolvidos com Cachoeira. (Págs. 1, 3 a 5, Merval Pereira, 4 e Gil Castello Branco, 6)

Fotolegenda: Enquanto isso, na Hungria ...

O presidente da Hungria, Pal Schmitt, renunciou ao cargo após denúncias de plágio em sua tese de doutorado. (Págs. 1 e 27)

Fotolegenda: Nos EUA, mais um massacre em universidade

Um atirador abriu fogo numa universidade privada fundada por coreanos em Oakland, na Califórnia, matando sete pessoas e ferindo pelo menos três. Um suspeito, de origem asiática, foi preso a oito quilômetros do local. (Págs. 1 e 25)

Pacote pode superar os R$ 30 bilhões

Para incentivar as empresas e turbinar o PIB do país, o pacote que o governo anuncia hoje pode superar R$ 30 bilhões. As medidas incluem desoneração da folha de pagamento e crédito do BNDES. (Págs. 1 e 19)

Construtora Gafisa perde R$ 1 bilhão

Quinta maior construtora residencial do país em receita, a Gafisa registrou prejuízo de R$ 1,093 bilhão no ano passado. No setor aéreo, a Gol demitiu 86 pilotos e copilotos, e 45 comissários. (Págs. 1, 21 e 23)

Tragédia: operários derrubaram colunas

Em depoimento à polícia, operários que faziam obras no Edilício Liberdade, que desabou em janeiro sobre dois outros, matando 17 pessoas, revelaram ter derrubado colunas e paredes de concreto armado no 9º andar - o que pode ter levado ao colapso da estrutura. Um dos operários disse que "uma coluna resistente foi derrubada e serrados seus ferros do teto e da base". (Págs. 1 e 12)

Preso o último da quadrilha de Jorgina

Treze anos depois de sua condenação, foi preso no Rio o ex-procurador do INSS Raimundo Linhares de Araújo, agora com 82 anos. Ele é o último integrante da quadrilha que, comandada por Jorgina de Freitas, deu um golpe de R$ 500 milhões na Previdência Social. (Págs. 1 e 9)

Turismo para Brasil cai 10% entre espanhóis

A Confederação Espanhola de Agências de Viagens diz que o anúncio de medidas mais restritivas para entrada de espanhóis no Brasil - resultado da política de reciprocidade adotada desde ontem pelo governo - levou a uma queda na venda de pacotes turísticos. (Págs. 1 e 10)

Desemprego afeta metade dos jovens

A taxa de desemprego na Espanha foi de 23,6% em fevereiro, a maior da zona do euro, enquanto entre os jovens atingiu 50,5%. O índice nos 17 países do bloco, que já tem 17,1 milhões de desempregados, chegou a 10,8%, o maior desde a adoção da moeda única europeia, em 1999. (Págs. 1 e 20)

Realengo, um ano depois

Um ano após o massacre que vitimou 12 crianças, os alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, retomaram a rotina com menos brincadeiras e alegria, e lutando contra pesadelos que ainda os atormentam. Um pai deixou o emprego para ajudar a filha a superar o trauma: ele a acompanha até a escola todos os dias de manhã e não vai embora enquanto ela estuda. (Págs. 1 e 18)

Novos estudos revelam segredos do Atlântico Sul, fonte de alimento, lazer e petróleo dos brasileiros (Págs. 1 e Planeta Terra)


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Folha de S. Paulo


Manchete: Taxa de roubos do Estado de SP ultrapassa a do Rio

Em 2011, Estado registrou 755 casos por 100 mil habitantes; no Rio, foram 660

Pela primeira vez desde 2006, o Estado de São Paulo superou o do Rio nos índices de roubos. Em 2011, São Paulo registrou 755 casos por 100 mil habitantes. No Rio, foram 660, relatam Afonso Benites e Josmar Jozino.

Enquanto em São Paulo esse tipo de crime aumentou em 2011, no Rio houve redução. Nos EUA, há 533, roubos por 100 mil habitantes.(Págs. 1 e Cotidiano C1)

Fotolegenda: Volta para casa

Militares e policiais que estavam em poder das Farc desembarcam em Villavicencio, na Colômbia, acompanhados de médicos, após serem libertados; a guerrilha entregou os dez últimos reféns políticos a uma missão humanitária, mas, segundo ativistas, restam 405 presos civis. (Págs. 1 e Mundo A14)

PF afirma que Cachoeira pagou propina no Incra

Escuta da Polícia Federal revela que o grupo de Carlinhos Cachoeira, preso sob acusação de corrupção, pagou propina no Incra para regularizar uma fazenda perto de Brasília. Segundo a PF, foram pagos R$ 200 mil para liberação do registro.

Gravação mostra que Cachoeira comprou a área, em situação irregular, por valor abaixo do de mercado. Relatório da PF cita o superintendente do Incra no DF, Marco Aurélio da Rocha, que diz não ter se reunido com as pessoas citadas. (Págs. 1 e Poder A4)

Cúpula do DEM decide expulsar Demóstenes

O DEM abrirá processo para expulsar o senador Demóstenes Torres por desvio de conduta em sua relação com Carlinhos Cachoeira. Ele tem uma semana para apresentar defesa. Sua saída é dada como certa. (Págs. 1 e Poder A5)

Matarazzo deixa Cultura; diretor da Pinacoteca assume

Diretor da Pinacoteca de São Paulo desde 2002, Marcelo Araújo será o novo secretário estadual da Cultura. Ele substituirá Andrea Matarazzo, que tenta se viabilizar como vice de José Serra na eleição municipal. (Págs. 1 e Poder A11)

Governo quer tarifa igual para celular de outra operadora

A Anatel estuda vetar que operadoras de telefonia celular cobrem preços diferentes em ligações feitas dentro e fora de suas redes. Hoje elas oferecem preço reduzido nas chamadas para telefones da mesma empresa.

A agência diz que o cliente fica preso ao desconto, e o veto estimularia a concorrência. A ideia é acabar primeiro com a taxa de interconexão, entre celular de operadoras diferentes. (Págs. 1 e Mercado B1)

Distribuição de sacolinhas em supermercados de SP acaba hoje (Págs. 1 e Mercado B3)


Entra em vigor novo sistema de ponto eletrônico

Um sistema de ponto eletrônico que imprime comprovante de entrada, saída e de intervalos do trabalhador entrou em vigor ontem.

Empresas com mais de dez empregados e que já usam ponto eletrônico terão de instalar o equipamento. As que têm controle manual (escrito) ou mecânico (cartão) não mudam. (Págs. 1 e Mercado B5)

Ex-aluno abre fogo e mata 7 em escola cristã na Califórnia

Um ex-aluno armado matou sete pessoas e feriu outras três em uma escola coreana de estudos cristãos na Califórnia, nos EUA. Um suspeito foi detido, mas não teve o seu nome divulgado.

Segundo uma testemunha, o atirador estava em uma aula de enfermagem quando abriu fogo. (Págs. 1 e Mundo A15)

Clovis Rossi: Delírio coletivo das Malvinas pôs fim à ditadura

Eu era correspondente em Buenos Aires quando forças argentinas invadiram as Malvinas, há 30 anos. Os argentinos estavam embriagados de um patriotismo equivocado. A ditadura começou a acabar nas Malvinas, após dois meses e meio em que o país enlouqueceu. (Págs. 1 e Mundo A17)

José Simão

Demóstenes levou um banho de água fria, de cachoeira. (Págs. 1 e Ilustrada E5)

Editoriais

Leia "Proteção sobre rodas", acerca de medidas para o setor automotivo; e "A dependência de Cuba", a respeito de reformas na economia da ilha. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: DEM abrirá processo para expulsar Demóstenes

Senador não dá explicações cobradas por líderes do partido e é acusado de 'reiterados desvios da ética'

O DEM abre hoje processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (GO), acusado de "reiterados desvios da ética". Ele foi flagrado em conversas telefônicas defendendo interesses de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar rede de jogo do bicho. "O senador está em xeque. A classe política está em xeque, mas quem mais está em xeque é o DEM, que é um partido que não aceita desvios", disse Agripino Maia (RN), presidente e líder da legenda no Senado. Demóstenes era esperado pelos dirigentes do partido em reunião para dar explicações sabre nova denuncias, mas não compareceu. Ele ficou o dia em casa, reunido com advogados e com o deputado Ronaldo Caiado (GO) que tem feito o meio campo frente, cinco senadores pediram pressa à Casa para convocar o Conselho de Ética. "Este julgamento é inevitável. A instituição é mais importante do que as pessoas", afirmou o líder do PSDB. (Págs. 1 e Nacional A4)

Deputados podem ser investigados

A Frente Parlamentar de Combate à Corrupção pedirá que a Câmara investigue Jovair Arantes (PTB), Carlos Alberto Leréia (PSDB) e Sandes Jr. (PP), de Goiás, e Stepan Nercessian (PPS-RJ), suspeitos de ligação com Carlinhos Cachoeira. (Págs. 1 e Nacional A4)

Investigação sobre Mantega é suspensa pelo Supremo

O Supremo Tribunal Federal suspendeu ontem investigação aberta pelo Ministério Público Federal para apurar se o ministro Guido Mantega (Fazenda) praticou ato de improbidade administrativa por omissão em relação a suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda. O presidente da instituição, Luiz Felipe Denucci, foi demitido em janeiro. O ministro do STF Luiz Fux determinou que a apuração fique a cargo do procurador-geral, Roberto Gurgel. (Págs. 1 e Nacional A5)

Governo lança mais medidas de incentivo à indústria

O governo anuncia hoje um pacote de medidas para estimular a indústria, que enfrenta crise de competitividade em razão da forte concorrência internacional e do câmbio. As ações estão focadas na queda do custo dos empréstimos, sobretudo do BNDES, e na redução de tributos para alguns dos setores mais atingidos pela crise. As vendas de carros caíram no primeiro trimestre e o setor pede incentivos à produção e crédito ao consumidor. (Págs. 1 e Economia B1 e B4)

Fotolegenda: Malvinas, 30 anos

Cristina Kirchner em cerimônia do aniversário da Guerra das Malvinas; a presidente argentina quer 'diálogo' com Londres. (Págs. 1 e Internacional A11)

Brasil temia ataque inglês à Argentina e advertiu EUA

Documentos secretos mostram que o Brasil advertiu os EUA que não aceitaria que tropas britânicas atacassem a região continental da Argentina durante a Guerra das Malvinas, informa Marcelo de Moraes. "Que a Inglaterra não chegue a esse ponto, pois seria muito delicado", disse o então presidente João Figueiredo ao secretário de Estado americano, Alexander Haig, sugerindo que o Brasil poderia se alinhar militarmente a Argentina. (Págs. 1 e Internacional A10)

Trecho do documento

"Se ocorrer o pior, a solidariedade americana certamente eclodirá. Que a Inglaterra não chegue a esse ponto, pois seria muito delicado"
(Figueiredo, sobre a hipótese de invasão da Argentina pela Inglaterra)

"Não se pode controlar a que a Inglaterra vai fazer"
(Resposta de Alexander Holg)

Câmara de SP suspende supersalário de servidor (Págs. 1 e Cidades C1)


Hoje é o último dia das sacolinhas de plástico (Págs. 1 e Vida A16)




Irritado, professor mata por causa de barulho (Págs. 1 e Cidades C3)


Atirador mata 7 em universidade americana

Um homem não identificado abriu fogo em uma universidade cristã de Oakland, no Estado da Califórnia, matando ao menos sete pessoas. O atirador - que, segundo testemunhas, estudou na universidade - foi preso. Há um mês, três estudantes de uma escola em Ohio foram assassinados a tiros. (Págs. 1 e Internacional A13)

Henry Kissinger

Nova política de intervenção

As preocupações humanitárias não extinguem a necessidade de relacionar o interesse nacional a um conceito de ordem mundial. (Págs. 1 e Visão Global A12)

Ilan Goldfajn

Novas metas fiscais

A política fiscal do País pode ser vista como vencedora, mas precisa evoluir. As despesas têm crescido em torno de 13%. É uma taxa muito elevada. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

O drama europeu

Os países condenados a ajustes duros terão enorme dificuldade para arrumar suas contas. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Medo a caminho da escola em Brasília

Apesar de o Batalhão de Policiamento Escolar desconhecer a situação, os relatos se multiplicam: é cada vez maior o número de estudantes atacados por bandidos, que agem em bandos, à luz do dia, nas proximidades de escolas particulares do Plano Piloto. Só na semana passada, houve pelo menos quatro assaltos. "Só podemos tomar providências após ter conhecimento das ocorrências", alega o comandante do BPE, Eduardo Leite Sousa. (Págs. 1, 21 e 22)

DEM abre processo hoje para expulsar Demóstenes

O partido deu sete dias para o senador goiano se defender das acusações de envolvimento com o empresário e contraventor Carlinhos Cachoeira. Na cúpula do DEM, a expulsão de Demóstenes Torres é tida como certa. "Dificilmente não será tomada essa decisão", diz José Agripino Maia, presidente do Democratas e líder da sigla no Senado. Mulher de Cachoeira conta que o suplente de Demóstenes também é ligado ao bicheiro. (Págs. 1, 2 e 3)

Projeto que extingue o 14° e o 15° salários está pronto para ir à votação no Senado (Págs. 1 e 6)




Brasil ameaça, Madri negocia

Itamaraty diz que a Espanha já admite rever as exigências para a entrada de turistas. Espanhóis que chegaram ao território brasileiro tiveram mais dificuldade para entrar. (Págs. 1 e 17)

Dia de pacote para indústria

O governo anuncia medidas de incentivos fiscais, redução de encargos e oferta de crédito. Especialistas, no entanto, não acreditam na diminuição dos custos de produção no país. (Págs. 1 e 9)

Fotolegenda: Guerrilha - Voo para a paz na Colômbia

Mediadora das negociações com as Farc, a senadora Piedad Córdoba chora ao embarcar no helicóptero brasileiro usado no resgate dos reféns. A libertação de 10 militares facilitará o diálogo no país. (Págs. 1 e 16)

A tragédia se repete nos EUA: atirador mata sete pessoas em universidade cristã (Págs. 1 e 17)


Banho de sangue em março: 88 assassinatos

Foram em média quase três mortes violentas por dia no Distrito Federal no mês passado. Só no último fim de semana, 14 pessoas perderam a vida em menos de 48 horas. A maioria dos crimes estava ligado ao tráfico de drogas. (Págs. 1 e 23)

Biblioteca Nacional está jogada às traças (Págs. 1 e 29)


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Valor Econômico


Manchete: Energia no mercado livre tem maior preço desde 2010

Os preços da energia elétrica no mercado à vista ("spot") subiram nesta semana para R$ 187,82 por megawatt-hora, o valor mais alto em 17 meses. Após a redução das chuvas a partir de meados de fevereiro, as precipitações em março ficaram abaixo da média histórica em todos os subsistemas da rede. A disparada de preços - aumento de 236% nos subsistemas Sudeste, Centro-Oeste e Sul desde a terceira semana de fevereiro - causou alvoroço no mercado à vista (no qual grandes consumidores vendem seus excedentes ou compram sobras de outras empresas), que já estava acostumado com uma longa temporada de valores baixos.

Grandes indústrias e varejistas (como shopping centers e hipermercados) que são consumidores livres - têm demanda superior a 3 MW e podem escolher seus fornecedores de energia - estão pagando mais caro em contratos de médio prazo. O presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Paulo Pedrosa, diz que empresas de maior porte não devem ser muito afetadas, porque deixam só uma parcela mínima de suas necessidades - entre 5% a 10% do consumo total - exposta ao mercado à vista. (Págs. 1, A5 e B9)

Fotolegenda: Avanços no pré-sal

A Statoil, empresa norueguesa, investe US$ 3 bilhões ao ano na exploração de petróleo e gás nos mais de 20 países onde opera. Com o pré-sal, o Brasil se tornou uma prioridade, diz o vice-presidente de exploração da companhia, Tim Dodson. A Statoil já produz petróleo no país. (Págs. 1 e B11)

Cencosud perto de comprar a varejista DMA

As negociações para a venda da DMA Distribuidora, dona da rede de supermercados Epa, para o grupo chileno Cencosud avançaram nas últimas semanas. Maior empresa de supermercados de Minas Gerais, a DMA teve faturamento de R$ 2 bilhões no ano passado. De acordo com uma fonte ligada ao Cencosud, as partes já chegaram a um consenso em relação ao valor final, que seria de R$ 1,3 bilhão, incluída a dívida da empresa.

Desde o ano passado, existiam informações a respeito do interesse do Cencosud e do Walmart pela empresa mineira, mas os americanos nunca chegaram a avaliar a compra do negócio. O único interessado neste momento é o Cencosud, que, se finalizar a aquisição, deve consolidar a posição de líder do setor no mercado de Minas. No ranking nacional, o Cencosud é o quarto colocado. (Págs. 1 e B3)

Economia sustentável divide OCDE e emergentes

A divergência entre dar prioridade ao crescimento econômico ou à proteção ambiental marcou a reunião ministerial da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na semana passada, e ilustrou um confronto entre países desenvolvidos e emergentes que deverá persistir na conferência Rio+20, em junho, no Brasil.

A OCDE reuniu ministros de meio ambiente para definir a mensagem a levar ao Rio e convidou alguns países emergentes - Brasil, China, Indonésia, Rússia, África do Sul e Colômbia - para a discussão. No fim, os emergentes não endossaram a declaração ministerial, com exceção da Rússia. (Págs. 1 e A13)

Cade avalia oferta da Camargo

A oferta pública de aquisição de ações da Cimpor pela Camargo Corrêa preocupa o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deve impor restrições ao negócio se ele for concretizado. O relator do processo, conselheiro Alessandro Octaviani, convocou a Camargo para uma reunião nesta semana para ter esclarecimentos sobre a operação. O objetivo do encontro será o de avaliar os riscos para a competição no setor de cimento, caso a Camargo realmente fique com a cimenteira portuguesa.

O Cade entende que esse é um setor problemático. Em novembro, o órgão proibiu a Camargo e a Votorantim de indicar administradores para a Cimpor. "Esse é um mercado que preocupa muito as autoridades de defesa da concorrência", disse Octaviani. De acordo com ele, o setor de cimento é "repleto de grandes preocupações, não somente pela elevada concentração mas também pela ampla investigação de cartel feita pela Secretaria de Direito Econômico". (Págs. 1 e B11)

Oi tem prejuízo em compra de fatia da Portugal Telecom

A compra de parcela do capital da Portugal Telecom (PT) revelou-se um mau negócio para a Oi. A companhia telefônica brasileira perdeu mais da metade do que aplicou, no ano passado, na aquisição de 7,4% das ações da PT. Na ocasião, o negócio custou R$ 1,2 bilhão. Por causa da crise financeira na Europa, o principal índice da bolsa de valores de Lisboa (BVLX) caiu 20,4% em 2011, enquanto as ações da Portugal Telecom recuaram 43,4%.

A Oi registrou baixa de R$ 668 milhões no investimento que fez na PT, de acordo com dados do balanço anual. O plano era comprar até 10% do capital da Portugal Telecom, como parte do acordo que resultou na entrada da empresa portuguesa no bloco de controle da Oi - para ficar ao lado dos sócios brasileiros Andrade Gutierrez, La Fonte e fundos de pensão. (Págs. 1 e B1)

O lado verde dos eletrônicos

Netbooks movidos a energia solar, relógios que funcionam à base de água, televisores que conseguem economizar 70% da energia ajustando-se automaticamente à iluminação da sala. Esses são exemplos reais de como a indústria de eletrônicos está se adaptando à era do consumo verde.

Para o consumidor, poupar energia tornou-se um atrativo quase tão importante como outras características que sempre pesaram na decisão de compra, como o design e o desempenho de computadores e smartphones. (Págs. 1 e D8)

Desemprego ameaça a Primavera Árabe (Págs. 1 e A16)


Governo prepara nova estatal

O governo prepara a criação de uma empresa estatal, batizada Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), para cuidar de projetos relacionados ao programa nuclear e à construção de submarinos. (Págs. 1 e A4)

Cisco vai investir R$ 1 bi

A Cisco vai investir R$ 1 bilhão no Brasil até 2015. Os recursos serão destinados à criação de um centro de inovação no Rio, a construção de uma fábrica em São Paulo, criação de um fundo de "venture capital" e acordos de propriedade intelectual, diz Rodrigo Abreu. (Págs. 1 e B2)

Demissões na Gol

A Gol demitiu ontem 131 tripulantes (pilotos e comissários), após não ter obtido a adesão desejada aos programas de licença não remunerada e demissão voluntária. No ano, já são quase 300 dispensas. (Págs. 1 e B3)

Cooxupé tem receita recorde

A valorização do café no ano passado fez a Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do mundo, com sede em Guaxupé (MG), registrar faturamento recorde de R$ 3 bilhões em 2011. Também se tornou a maior exportadora brasileira do produto. (Págs. 1 e B14)

Bancos europeus pagam o BCE

Alguns dos maiores bancos da Europa, como o UniCredit (Itália), BNP Paribas e Société Générale (França) e La Caixa (Espanha) preparam-se para devolver parte dos empréstimos contraídos no Banco Central Europeu (BCE). (Págs. 1 e C12)

AIG volta a mirar setor imobiliário

O grupo segurador AIG, resgatado pelo governo dos Estados Unidos depois de apostas desastrosas no mercado hipotecário em 2008, avalia formas de voltar a ampliar suas atividades no setor, comprando créditos residenciais. (Págs. 1 e C14)

Ideias

Delfim Netto

No presidencialismo que construímos, reformas estruturais dependem da cooptação de uma maioria segura no Congresso. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Raymundo Costa

Pauta da indústria no Congresso avança ainda neste mês com aprovação do Código florestal e fim da 'guerra dos portos'. (Págs. 1 e A6)

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