PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, maio 11, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] NA COPA E NO COPO...

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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CUTRALE [In:] O MELHOR DO CAPITALISMO...

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Cutrale expõe os desafios para defender seu reinado

Autor(es): Fernando Lopes, de São Paulo
Valor Econômico - 11/05/2010

O convite para uma conversa pessoal foi feito por telefone em 29 de março, e no dia seguinte já estava tudo certo. Aos 69 anos, Carlos Viacava aceitava o desafio de José Luiz Cutrale e tornava-se diretor corporativo da maior empresa produtora e exportadora de suco de laranja do mundo. Mais que isso: transformava-se no porta-voz de uma companhia conhecida pela eficiência no que faz, mas também por ser pouco transparente, avessa a entrevistas, alvo de investigações antitruste e líder em um produto cuja demanda internacional derrapou nesta década.

Pouco mais de um mês depois, ainda se adaptando a uma rotina que envolve questões geridas no escritório da Cutrale na capital de São Paulo, na sede em Araraquara, nas cerca de 40 fazendas próprias no Estado e no Triângulo Mineiro e nas representações mantidas nos principais mercados no exterior, Viacava expõe as diretrizes da gigante com tranquilidade. Secretário-geral do Ministério da Fazenda e diretor da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no turbulento início da década de 80, crepúsculo do regime militar, o executivo fala em mudanças.

Entre suas missões estão a melhoria das relações com os fornecedores independentes de laranja, a maior integração da cadeia, o aprofundamento das discussões sobre o futuro da citricultura, o estímulo ao incremento das vendas de suco no mercado doméstico e a abertura de novas fronteiras para o produto, tendo em vista as dificuldades dos últimos anos nos destinos tradicionais.

Em 2009, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações da Cutrale, que representam a maior parte de seu faturamento, renderam US$ 676,3 milhões, 22,1% menos que em 2008. No total, os embarques brasileiros, dominados por Cutrale, Citrosuco, Louis Dreyfus e Citrovita, recuaram 18,6%, para US$ 1,838 bilhões, incluindo suco congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês), não congelado (NFC) e subprodutos.

Como os preços internacionais do suco dispararam em 2009 em razão de problemas na oferta e de alguma recuperação da demanda em mercados maduros como o americano e o europeu, Viacava projeta aumento das receitas nacional e da empresa com exportações de suco em 2010. Se dependesse apenas da oferta de laranja em São Paulo, que reúne o maior parque citrícola do planeta, os preços do suco seguiriam firmes. A Cutrale estima que a produção da fruta no Estado e no Triângulo Mineiro deverá alcançar 286 milhões de caixas de 40,8 quilos na recém-iniciada safra 2010/11, quase 11% menos que em 2009/10. Desse montante, a empresa prevê que 251 milhões de caixas serão processadas pelas indústrias de suco, uma redução de 13% na mesma comparação.

O problema é que a Flórida, cujo parque perde só para o paulista, deverá produzir mais em 2010/11, e ainda é preciso mais informações sobre a produção americana para saber se o saldo será positivo ou negativo para os preços no exterior. Ontem, na bolsa de Nova York, os contratos futuros de segunda posição de entrega do suco fecharam a US$ 1,3805 por libra-peso, altas de 1,51% no dia e de 52% em 12 meses.

Apesar da variação positiva no último ano-móvel, as cotações ainda dependem mais de restrições na oferta do que do aumento da demanda para se manterem atraentes a produtores e exportadores. Com o aumento da concorrência de bebidas como sucos prontos, refrescos e refrigerantes, entre outros, o suco de laranja integral, mais caro, vem perdendo espaço. O aumento das exportações de NFC amenizou o problema nos últimos anos, mas também elevou os custos com logística. Por não ser congelado e concentrado, o produto ocupa seis vezes mais espaço em caminhões e navios.

Viacava conhece os meandros do segmento. No campo, ele é mais conhecido pela atuação na pecuária, mas começou a produzir laranja em Paulínia, região de Campinas, em 1986 - e desde então é fornecedor da Cutrale. "Conheço a família e o setor desde os tempos da Cacex, quando o governo tinha instrumentos para interceder no mercado, inclusive nas relações entre indústrias e citricultores". De lá para cá, reconhece, houve muitos avanços no comércio exterior brasileiro, mas as relações na cadeia produtiva pioraram.

ELEIÇÕES 2O1O [In:] ... EM DEFESA DO CURRAL... (II)

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BC não é a Santa Sé e erra, diz Serra

BC não é a Santa Sé e erra, diz Serra


Autor(es): Análise: Fernando Dantas -
O Estado de S.Paulo
O Estado de S. Paulo - 11/05/2010

Ao falar sobre autonomia da autoridade monetária, o pré-candidato José Serra (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN que o Banco Central "não é a Santa Sé". Para Dilma Rousseff (PT), a relação do governo com o BC tem de ser de "serenidade".



A ambiguidade parece ser a marca registrada das posições dos pré-candidatos em relação ao Banco Central.


O BC, na verdade, ocupa uma posição curiosa no imaginário dos políticos e da maior parte da população. Por um lado, trata-se de um grupo de tecnocratas sisudos, dominado pelo mercado financeiro, e responsável direto pelas altíssimas taxas de juros nacionais. Obcecado com a inflação, o BC mostra-se frio e distante em relação ao drama do desemprego, e não pode ver crescimento sem pisar no freio.

Por outro lado, o BC é responsável por manter a inflação em níveis civilizados há mais de uma década, garantindo o espetacular aumento recente do poder de compra dos mais pobres. Além disso, seria preciso muita má-fé para negar o prestígio e a confiança internacional trazidos pela atuação do BC brasileiro.

Diante dessa dicotomia, os candidatos dedicam-se, em graus variados, a um curioso exercício de morde e assopra quando o tema é o BC.

Serra, como era de se esperar, é o que mais morde. É claro, como ele diz, que o BC erra, mas uma "autonomia dentro de certos parâmetros", que inclua se deixar influenciar pela "proximidade" com o Executivo não é, definitivamente, autonomia operacional de verdade. Nesta, o BC persegue, sem se submeter à opinião de ninguém, metas de inflação definidas pelo governo.

Dilma, por sua vez, definiu como "importantíssima" a autonomia do BC no governo Lula, mas, em entrevista a Isto É, disse que, até o final do governo dela, "nós" (Executivo e BC) terão condições de olhar simultaneamente a inflação e o emprego. A implicação parece ser a de que hoje o BC sacrifica o emprego no altar do combate à inflação, e que algo será feito em relação a isto. Embora Dilma, taticamente, tenha optado por assoprar no momento, nota-se que os dentes estão lá, preparados para a eventual mordida.

Marina defendeu enfaticamente a independência "não-institucional" do BC. Ora, se é tão bom assim, por que não a fazer por lei? É que 0políticos e sociedade ainda mantêm em relação ao BC uma mistura de suspeição e respeito.


É JORNALISTA DO ESTADO
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ... EM DEFESA DO CURRAL...

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Dilma e Marina defendem BC

Dilma e Marina rebatem críticas de tucano ao BC


Autor(es): Agência O Globo/
O Globo - 11/05/2010

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) reagiram às críticas de Serra e defenderam a autonomia do BC. Para Dilma, o órgão acertou ao liberar o crédito. Para Marina, o BC reduziu o impacto da crise no país.


"Não é terrorismo acharmos que quem representa a continuidade somos nós", diz a petista

RIO e SÃO PAULO. A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu de imediato as críticas ao Banco Central (BC), feitas ontem de manhã por seu adversário, o précandidato presidencial do PSDB, José Serra. E, em seguida, refutou a afirmação de Serra de que a campanha dela se baseia em terrorismo eleitoral, por sugerir que quem votar nele estaria apoiando alguém que quer levar o país a um retrocesso.

Dilma afirmou que o BC teve vários acertos nos últimos anos, em especial na condução da política monetária durante a crise internacional: Não vou deixar de reconhecer a quantidade de acertos que o BC teve no enfrentamento da crise. Na forma como liberou o crédito, inclusive quanto do financiamento de nossos exportadores, quando o mercado internacional de crédito teve aquele imenso choque disse ela, em entrevista no Rio.

Perguntada sobre o fato de Serra ter dito que ela e o PT fazem terrorismo eleitoral, rebateu: A continuidade do presidente Lula nós defendemos. Eu encaro. Integrei o governo, coordenei os programas do governo.

Participei de cada uma das suas etapas. Participei diretamente de todos os projetos. Parte de cada um deles é meu trabalho.

Então, não tem terrorismo nenhum em acharmos que quem representa melhor a continuidade somos nós. Essa é uma questão que tem de ser colocada à população, mostrando quem representa melhor a continuidade do governo Lula.

Para Marina, inflação não é boa para ninguém A pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva, rebateu a posição de Serra sobre o BC, dizendo que a autonomia da instituição foi um dos motivos pelos quais o Brasil não foi muito atingido pela crise internacional no ano passado, diferentemente de outros países.

Serra disse que o BC também erra e não é a Santa Sé.

A experiência brasileira mostra que foi acertada a autonomia do Banco Central. É uma autonomia não institucionalizada.

E a não institucionalização é boa para evitar o que ocorreu recentemente na Argentina. Foram exatamente esses instrumentos de política econômica, como o superávit primário, o câmbio flutuante e as metas de controle de inflação, que fizeram a gente sobreviver durante a crise. A inflação não é boa para ninguém, principalmente para os mais pobres disse a presidenciável.

Já para o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, Serra só disse que o presidente da República tem o direito de fazer sentir sua posição caso o órgão cometa algum equívoco porque é candidato.

Candidato pode dizer tudo.

(Serra) Disse que vai acabar com o Mercosul e depois mudou a opinião afirmou o petista, depois de participar de um debate com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), na sede do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do PT disse que a declaração do tucano é apenas discurso: Duvido que ele faria isso (manifestar descontentamento com decisões do BC caso seja eleito), mas a gente não vai ter como comprovar porque ele não vai ganhar a a eleição.

Perguntado sobre a declaração de Serra de que o Banco Central deveria ter baixado os juros durante a crise econômica, Dutra colocou em dúvida a política monetária em um eventual governo do PSDB: Será que ele, se for o presidente da República, vai forçar então a decisão de juros para baixo ou para cima de forma artificial?

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GOVERNO LULA 'BY' LULA [In:] ''MUDEI, MUDAMOS...; ERREI..." (*)

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Lula fecha o cofre para servidor

Nada de aumento


Autor(es): # Igor Silveira
Correio Braziliense - 11/05/2010



Lula perde a paciência e avisa que será duro com grevistas e suas reivindicações

Irritado com grevistas no governo, presidente avisa a ministros que reajustes estão vetados em 2010



Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 28/4/10


      O presidente lamentou a greve, mas foi firme quanto ao desdobramento dela”
      Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente

A paciência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os servidores públicos em greve parece ter chegado ao fim. No início da noite de ontem, o presidente convocou ministros e dirigentes de autarquias e empresas públicas que aderiram à paralisação para cobrar explicações sobre o motivo de tantas reivindicações. O chefe de Estado também estaria irritado com a notícia de que alguns funcionários de alto escalão desses órgãos estariam incentivando as ações e mandou um recado claro para as autoridades presentes no encontro: em 2010, não há qualquer previsão de reajuste salarial.

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, reportou a situação ao presidente Lula e, depois da reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, afirmou, em entrevista coletiva, que o governo federal está questionando a legalidade das paralisações — a greve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por exemplo, foi considerada ilegal pela Justiça (leia mais sobre esse assunto na página 17). Além disso, os gestores de cada área estão autorizados a controlar a frequência dos servidores e, em caso de falta, descontar os dias não trabalhados.

“O presidente Lula foi bem direto e avisou a ministros e dirigentes que não se envolvessem ou assumissem as reivindicações dos servidores porque os membros do governo não são sindicalistas. Todos foram orientados a serem sinceros com os trabalhadores porque não seremos irresponsáveis nessa reta final de gestão por dois motivos muito simples: não temos orçamento para isso e, em julho próximo, precisamos pagar os reajustes votados anteriormente”, explicou o ministro.

Paulo Bernardo revelou, ainda, que o presidente da República criticou duramente a postura de alguns integrantes do governo que, aproveitando o período eleitoral, costumam apoiar greves dentro do próprio órgão onde trabalham. “Esse tipo de iniciativa nos deixa em situação complicada, além de não resolver os problemas dos servidores”, completou Bernardo.

Área ambiental
Quando questionado sobre que área em greve preocupava mais o presidente Lula, o ministro Paulo Bernardo lembrou a paralisação do Ibama, em greve desde 12 de abril. “Já descontamos sete dias no mês passado e, se for necessário, vamos continuar descontando em maio”, lembrou. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista publicada recentemente no Correio, destacou que o órgão ambiental precisa se modernizar e, antes de discutir ajustes salariais com os analistas do Instituto, precisa planejar a restruturação da carreira na entidade.

O discurso da chefe da pasta se manteve depois da reunião de ontem. “O presidente lamentou a greve, mas foi firme quanto ao desdobramento dela. Eu estou autorizada a discutir a restruturação da carreira dos analistas ambientais, mas ele deixou bem claro que não haverá aumento nos salários, até porque a categoria teve ganhos nos últimos tempos”, ponderou a ministra.

Versão Digital da Notícia:
Lula fecha o cofre para servidor.jpg



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ELEIÇÕES 2O1O [In:] PSDB e PT; PROMESSAS DE CAMPANHA...

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PSDB e PT prometem 'ficha limpa'

Política externa e Previdência são maiores diferenças


Autor(es): O Estado de S.Paulo
O Estado de S. Paulo - 11/05/2010

No primeiro debate promovido pelo Estado em torno da eleição, os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra, e do PT, José Eduardo Dutra, se comprometeram a impedir que políticos com "ficha suja" se candidatem por seus partidos. "Aplicamos o "ficha-limpa" desde a fundação do partido", disse Dutra. Hoje, porém, entre políticos tucanos, 34% têm pendência judicial; entre petistas, são 27%. Guerra acusou o governo de fisiologismo, e Dutra sugeriu que os tucanos não foram "republicanos" na aprovação da reeleição.


Os temas política externa e reforma previdenciária colocaram em lados opostos os presidentes do PSDB e do PT no debate de ontem, promovido pelo Estado. Sérgio Guerra e José Eduardo Dutra também mostraram posições convergentes, como nos elogios à política social do governo.

O tucano criticou o governo por não ter feito uma reforma na Previdência. Já o petista disse que as iniciativas nesse sentido acabam provocando a aposentadoria precoce dos que temem ser atingidos. Ele defendeu "ajustes pontuais" e ressaltou que não está nos planos do PT propor uma reforma no setor caso Dilma Rousseff vença as eleições.

Para o tucano, o Brasil comete "desvios de conduta" ao não condenar o desrespeito aos direitos humanos em países como Cuba e Irã. Guerra também criticou a proximidade entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez.

O petista respondeu que, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, não houve condenação a violações de direitos humanos em Cuba, embora elas já existissem. Para Dutra, os resultados da política externa se mostram na redução da concentração das exportações para os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão.

Previdência

Dutra: Toda vez que se fala em reforma da Previdência, há uma corrida às aposentadorias que faz com que o problema se agrave. Isso acaba gerando problemas maiores do que se você se propuser a fazer algumas correções pontuais. Por isso, não está no nosso programa a proposição de uma reforma previdenciária.

Guerra: O que o Dutra está dizendo é que o governo da ex-ministra Dilma não vai fazer reforma previdenciária, nem reforma tributária, nem política, porque todas elas implicam em contrariedade a setores afetados. As reformas têm de ser construídas por lideranças fortes, que tenham o respaldo do País e que produzam entendimento amplo no Congresso. Não podemos é continuar a governar com medidas provisórias.

O tripé da economia

Dutra: O senador Sérgio Guerra disse, em entrevista à Veja, que vai mudar o câmbio e os juros. Eu queria saber em que direção. Temos dito que vamos manter o câmbio flutuante.

Guerra: Querem saber o que vamos fazer com os juros, se vamos manter esse tripé? Claro que vamos, nós é que inventamos isso. Criamos essa política econômica que está aí e nos orgulhamos dela. Mas é evidente que queremos juros menores, câmbio melhor para os exportadores, fazer uma política fiscal mais responsável.

Política externa

Dutra: Em primeiro lugar, quero registrar que o Serra falou que ia acabar com o Mercosul, depois disse que não era bem assim. Muitas vezes, tem se criticado nossa política externa citando o exemplo de Cuba, do Irã, quando, na verdade, a tradição da política externa implementada pelo presidente Lula sempre foi a de não ingerência nas questões internas dos países. O governo anterior nunca fez nenhuma declaração a respeito de violação de direitos humanos em Cuba, embora saibamos que também havia naquela ocasião. O efeito principal da política externa é na economia, nas relações comerciais entre os diversos países. Dizia-se que, se a gente não embarcasse na Alca, seria uma tragédia para o Brasil. Hoje, a Alca já foi sepultada. E qual é o resultado de nossa política externa? Até 2002, 60% das exportações brasileiras eram para a União Europeia, Estados Unidos e Japão. Hoje, Estados Unidos, União Europeia e Japão representam menos de 40%. Tivemos uma diversificação e isso propiciou um desempenho melhor durante a crise.

Guerra: Política externa é de Estado e não de governo. E, do ponto de vista desses compromissos, há certos desvios de conduta. Os direitos humanos de esquerda são respeitados, os de direita são desconsiderados. O governo atual vai a Cuba e não vê o desrespeito integral aos direitos humanos. Ao contrário. O presidente compara uma pessoa que está presa por crime de opinião com um marginal aqui de São Paulo. A nossa atitude com o Chávez, a Venezuela, eu entendo que há interesses comerciais, mas daí a uma relação tão sanguínea, tão próxima... E essa história do Irã está muito próxima de uma atitude de total isolamento do presidente. Lá em Honduras, o Brasil exagerou. Colocaram o Zelaya na embaixada e depois não sabiam como levá-lo para casa. O mundo todo ficou de um lado e nós, de outro. Por fim, o livre-comércio no Mercosul não está garantido. É evidente que o Mercosul precisa de uma ampla reforma.

Aparelhamento do Estado

Guerra: Anos atrás, eu estava em Pernambuco e soube de um cara do PT, que nos combatia nas ruas, que foi chamado pelo Serra para ser diretor no Ministério da Saúde. Depois, um outro. Minha reação foi achar que era demais, que o governo seria petista. Conversando com amigos de lá, soube que eram duas pessoas extremamente qualificadas. É assim que trabalhamos, sem preconceito. O Estado não é para ser dividido entre o seu partido. Quem estranha isso é quem tem a cultura do aparelhamento do Estado.

Dutra:. Não há essa história de aparelhamento. Um tipo de expressão usado recorrentemente na imprensa é a tal da república sindical. Diziam que os sindicalistas haviam tomado conta da Petrobrás. Mas, dos 5 mil cargos de chefia e gerência, 29 tinham uma origem sindical. A diferença é que, antes, quem tivesse ocupado um cargo no sindicato não seria nem considerado.

Continuidade

Guerra: Nós montamos um projeto que criou as condições reais para que o Brasil se estruturasse e se desenvolvesse, o Plano Real. Até o Plano Real, ora os governos avançavam, ora recuavam diante de um quadro que só tinha uma solução: o equilíbrio fiscal, a construção de uma moeda que pudesse suportar o desenvolvimento do País. O reconhecimento dos méritos do governo atual deve ser feito. Nos argumentos centrais que justificam esse reconhecimento está a continuação da política econômica.

Dutra: Nós conduzimos o Brasil não simplesmente tendo uma política econômica de continuidade. Não se pode confundir política fiscal e política monetária, em que efetivamente não se tem tanta margem para modificações, com política econômica. Dizia-se que Lula tinha sorte, porque não havia enfrentado em seu governo crises como a do México, da Rússia ou dos países asiáticos. Nós enfrentamos a maior crise desde 1929. Eu era senador em 1999, quando, na primeira crise cambial, o governo enviou para o Congresso o tal Pacote 51, uma série de medidas que seguiam o receituário ortodoxo do FMI de cortes de investimentos e aumento de impostos. No nosso governo, fizemos justamente o contrário: um processo de desoneração tributária em setores fundamentais da economia brasileira.

Embate

SÉRGIO GUERRA
PRESIDENTE DO PSDB
"Esse governo tem sucesso, em grande parte, por ter desenvolvido
a política econômica que nós fixamos, os programas sociais
que nós inventamos e por ter mantido a democracia que nós estimulamos"

JOSÉ EDUARDO DUTRA
PRESIDENTE DO PT
"Quando elegemos Lula, em 2002, dizia-se que ele não poderia ser presidente porque nunca havia administrado sequer um carrinho de pipoca. Hoje, o presidente mais aprovado do Brasil é nosso, é do PT, é o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva"


Pelo Twitter, militantes e políticos divulgam debate

O debate promovido ontem pelo Estado com os presidentes do PT e do PSDB teve grande repercussão nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, militantes e políticos de ambos os partidos divulgaram o evento em tempo real, como o deputado tucano Gustavo Fruet (PR). Em seu site, o PSDB destacou a atuação de Guerra. Os petistas do Mato Grosso do Sul também divulgaram o evento, retransmitindo as mensagens de Twitter postadas pelo estadão.com.br. A mesma atitude teve o vereador petista Idevaldo Claudino, de Três Lagoas (MS).

ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''MARINA, MORENA MARINA..." *

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Senadora leva o "marinês" à campanha

Senadora do PV fala o 'marinês' em campanha


Autor(es): BERNARDO MELLO FRANCO e
BRENO COSTA DA REPORTAGEM LOCAL
Folha de S. Paulo - 11/05/2010

Pré-candidata do PV surpreende eleitores ao introduzir termos como "desadaptação criativa" na corrida presidencial

Marina diz que expressões como "descarbonização" e "problemas multicêntricos" não foram criadas por ela e têm sentido num contexto



Depois de transformar a questão ambiental em tema obrigatório na campanha, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tenta promover uma pequena revolução no vocabulário eleitoral.
Em discursos e palestras pelo país, ela tem surpreendido ao recitar expressões estranhas ao dicionário político, como "problemas multicêntricos" e "desadaptação criativa".
A senadora jura não inventar nada, mas reconhece ter dado um sentido particular a alguns verbetes. Um de seus hits é "transversalidade", criado no tempo de ministra do Meio Ambiente e adotado pelos assessores mais próximos.
A "tradução", como em outros casos, parece mais complicada do que a própria palavra. "Esta era muito usada por mim e por minha equipe para mostrar que a gente precisa de um conhecimento que seja transversal, com uma interação que seja transdisciplinar", explica.
No ABC do "marinês", índios e ribeirinhos da Amazônia são sinônimo de "povos da floresta". Causas que todo político diz apoiar e que nunca saem do papel, como a reforma tributária, viram "consensos ocos". Ou, numa variação mais dramática, para reforçar a ideia de paralisia: "ocos e congelados".
Algumas expressões parecem pedir a tecla SAP para serem decifradas pelo eleitor. Um exemplo muito usado: "Precisamos construir uma aliança intergeracional com compromisso ético". Em linguagem corrente, significaria que ela quer atrair pessoas de todas as idades e honestas.
Ao justificar o fato de ter entrado na disputa a bordo de uma legenda pequena e isolada, ela costuma se dizer à frente de um "movimento transpartidário". Nesse caso, a tradução seria que sua candidatura não se limita aos filiados ao PV.

Origem acadêmica
Outro hábito dela é dizer que a realidade está "grávida de múltiplas respostas". Desta vez, o truque serve como desculpa para driblar perguntas difíceis. Algo como: "Não há respostas prontas para tudo".
Questionada pela Folha sobre a etimologia de seu vernáculo, que às vezes lembra o "do-in antropológico" do colega de partido e também ex-ministro Gilberto Gil, ela invocou raízes acadêmicas. "Essas palavras não foram criadas nem inventadas por mim", garantiu.
"Desadaptação criativa é uma expressão usada por um psicanalista argentino. Acho que tem tudo a ver com o contexto das transformações que o Brasil e o mundo precisam em relação a fazer novas perguntas para obter novas respostas."
O termo é citado sempre que Marina menciona a necessidade de mudança nos hábitos de consumo para evitar o esgotamento de recursos naturais.
"Se a gente não tivesse se desadaptado de usar as rodas apenas puxadas por bois ou cavalos, até hoje estaríamos andando de carroça", explica.
Ela gosta de dizer ainda que o mundo está diante de uma "inflexão civilizatória", ou seja, ficando mais civilizado.
As falas também reciclam termos da cartilha ambiental, como a "descarbonização" da economia. A tradução é simples: a senadora defende um modelo de produção que reduza a emissão de gases-estufa.
"Descarbonização é um termo utilizado no âmbito da convenção de mudanças climáticas", explica. "Mas aos poucos vai fazendo parte do repertório de grupos sociais, de vários segmentos da sociedade."
Marina diz já ter ouvido uma observação semelhante na rua sobre seu vocabulário: "Uma vez, um estudante brincou comigo, sugerindo que talvez fosse necessário fazer um glossário dessas expressões todas. Não seria de todo ruim".
Mas ressalva: "As pessoas, diferentemente do que se pensa, compreendem o que se diz dentro de um contexto. E eu procuro usar sempre as palavras dentro de um contexto".

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(*) Vinicius de Moraes.

CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] ''COPA'' DOS DEPUTADOS...

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EM CLIMA DE COPA, CÂMARA ESCALA SELEÇÃO DE GAZETEIROS

RECESSO PARA VER A COPA EM CASA


Autor(es): # Josie Jeronimo e Tiago Pariz
Correio Braziliense - 11/05/2010


O líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), está preocupado com o time de Dunga. Ele vai propor aos partidos que a Casa decrete recesso parlamentar a partir de 10 de junho, véspera do início do Mundial de futebol. Para garantir a folga durante os jogos na África do Sul, os deputados estão dispostos a antecipar a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Temos a Copa do Mundo. Ninguém vai fazer com que os deputados venham aqui”, justifica Vacarezza.



Deputados pretendem antecipar a votação de propostas importantes, como a LDO, para ganhar folga a partir de 10 de junho


Luiz Alves/Divulgação
Vaccarezza: “A partir do dia 10 não vai ter ninguém mais na Câmara, porque vai ter Copa”

Quando as seleções da África do Sul e do México entrarem em campo para o jogo inaugural da Copa do Mundo, em 11 de junho, a maioria dos trabalhadores não poderá acompanhar a partida. Afinal, será uma sexta-feira, às 11h. Mas os deputados federais devem ganhar folga a partir do dia 10 para conferir o principal torneio do futebol mundial. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou ontem que levará ao colégio de líderes a ideia de antecipar o recesso da Casa, que só teria início em 18 de julho, para a agenda de trabalhos legislativos não se chocarem com a Copa. “A partir do dia 10 não vai ter ninguém mais na Câmara, porque vai ter Copa”, aposta o líder.

Segundo Vaccarezza, a proposta é correr para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011 até a primeira semana de junho, para deixar os deputados livres até o primeiro turno das eleições, em 3 de outubro. “A partir de 10 de junho, ninguém vai fazer com que os deputados venham aqui votar. A proposta que eu vou fazer no colégio de líderes é que a gente vote a LDO até esta data. Votada a LDO, nós vamos funcionar com esforço concentrado”, explica Vaccarezza. Em 2006, quando a Copa foi disputada entre 9 de junho e 9 de julho, os deputados não anteciparam o recesso. As faltas eram comuns.

Os impasses entre governo e oposição durante discussão de projetos na Casa não se repetem quando o assunto é a folga antecipada. A oposição apoia a sugestão de Vaccarezza. O líder do PSDB, João Almeida (PSDB-BA), disse que a proposta de se votar a LDO até 10 de junho vem sendo discutida nos corredores da Câmara. “Estou de acordo. A LDO é fundamental para a elaboração do Orçamento, não é disputa eleitoral, temos que dar uma sequência à LDO e não mentir a realidade. As convenções se realizam entre 3 e 30 de junho e os deputados ou vão ser candidatos ou terão alguma função de agente público. Vai haver um acordo. Não dá para mentir, tem eleição”, disse. Os deputados não podem entrar de recesso se a LDO não for votada até 30 de junho.

Dispersão
Apesar da franqueza do líder do governo em atribuir o esvaziamento da Casa à Copa do Mundo, os deputados desconversam e usam o mote das convenções para justificar a dispersão. “Se o assunto (o recesso branco) for debatido e discutido, se for possível, concordo. Normalmente, em ano eleitoral existem as convenções partidárias. Se não há como votar depois, é razoável votar a LDO antes”, disse o líder do PPS, Fernando Coruja (SC).

O desgaste na imagem já abalada da Casa preocupa alguns parlamentares. O líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF), criticou a proposta e disse que a LDO deve ser votada com cautela e sem afobação, sob risco de aprovar um projeto incompleto. Ele também alfinetou a ideia de recesso branco durante as eleições. “Deve ser respeitado o prazo legal. A Câmara tem que votar normalmente no meio da semana. A LDO tem que ser analisada com toda a calma e só ser votada com condições. Não se pode antecipar o recesso branco”, disse o deputado do PSB.

Mesmo sem adotar a estratégia do recesso branco durante a Copa do Mundo, o Senado também vai parar parcialmente, se a Câmara parar. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirma que a “pausa” nos trabalhos antes da competição esportiva vai oficializar a paralisação do legislativo em função das campanhas eleitorais. “O governo quer entrar em campanha de qualquer jeito. Nas últimas semanas, o Congresso só tem se reunido duas vezes por semana, em meio período. Isso apenas efetiva o recesso que já ocorrer há muito tempo”.

GABINETE DE CIRCO É TODO EXONERADO
» A Câmara dos Deputados exonerou ontem à tarde os funcionários do gabinete do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Em 29 de abril, apresentando interesses particulares como justificativa, o parlamentar se licenciou do cargo. A administração da Casa considerou que, sem o deputado para ocupar o gabinete, não há razão para o pagamento de seus funcionários. A licença de 30 dias não dá direito de convocar suplente. Segundo a Constituição, os parlamentares têm direito a se licenciar por 120 dias no ano, sem receber remuneração. Como não há uma norma que regulamente a exoneração de funcionários em caso de licença parlamentar, Ciro pode, a qualquer momento, reverter a situação.
A LDO tem que ser analisada com toda a calma e ser votada com condições. Não se pode antecipar o recesso branco”
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), deputado federal



Eficácia de MPs em jogo

O recesso branco da Câmara pode colocar em risco a eficácia de pelo menos 11 medidas provisórias que ainda não foram analisadas e caducam na véspera ou durante a folga antecipada com que os parlamentares querem se presentear. Propostas sobre a doação de estoques de alimento para assistência humanitária internacional e a extinção do seguro habitacional estão ameaçadas e não poderão ser reeditas integralmente, caso os parlamentares não discutam o projeto até a data-limite.

De acordo com a secretaria-geral da Mesa Diretora da Câmara, 11 medidas provisórias estão com o prazo comprometido na Casa e outras quatro no Senado. O recesso branco é um artifício usado pelos parlamentares para se ausentarem do Congresso em ano eleitoral. Na prática, as Casas continuam funcionando, mas os líderes fazem acordo para não colocar nenhuma proposta deliberativa na pauta. Quando algum assunto precisar de deliberação urgente, os parlamentares convocam sessão extraordinária e fazem o chamado “esforço concentrado” para votar a proposição no dia alternativo de trabalho.

Descontos
O recesso branco não compromete o rendimento dos parlamentares. Durante o período, as faltas não são levadas em conta. Nenhum desconto é feito na remuneração dos deputados e os benefícios relacionados à verba de gabinete e à cota indenizatória também são pagos normalmente. (JJ)

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

11 de maio de 2010

O Globo

Manchete: Enfim, um candidato de oposição: Serra critica BC, Telebrás, Belo Monte, Mercosul...

Tucano diz que política de juros está errada e que PT aparelhou Estado

Após um mês de críticas e elogios ao governo Lula, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, adotou ontem discurso abertamente oposicionista. Em entrevista à rádio CBN, criticou o Banco Central e disse que o órgão errou quando não baixou os juros. Atacou a usina de Belo Monte, o Mercosul e a Telebrás. Disse que o PT aparelhou o Estado. Mas que Lula reduziu o clima de terrorismo ao afirmar que nada anormal acontecerá, independentemente do eleito. Depois, contemporizou e disse que é preciso diálogo entre o Planalto e o BC. E que não dá para ter bom humor às 8h, quando ocorreu a entrevista. (págs. 1, 3 e 4 e Merval Pereira)

Foto legenda: Serra ao chegar à Expo Center Norte: pré-candidato tucano é socorrido por assessores após uma parada brusca da escada rolante

Dilma e Marina defendem BC

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) reagiram às críticas de Serra e defenderam a autonomia do BC. Para Dilma, o órgão acertou ao liberar o crédito. Para Marina, o BC reduziu o impacto da crise no país. (págs. 1 e 4)

Mercados disparam com pacote à Europa

O anúncio do pacote de € 750 bi para socorrer países da Europa animou os mercados, após quatro dias de fortes quedas. Em Wall Street, o Dow Jones subiu 3,9%. Em Madri, a alta foi de 14,43%, a maior de sua história. A Bovespa teve alta de 4,11% e o dólar caiu 3,99%. (págs. 1, 17 a 20, Míriam Leitão e editorial "Para estancar a crise grega")

Procuradora avisa que segue foragida

A Justiça negou ontem, liminarmente, um habeas corpus à procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, acusada de torturar uma menina de 2 anos. Ela avisou que só se entregará quando o mérito da ação for julgado. (págs. 1 e 13)

Um Reino muito desunido

O cenário político britânico ficou ainda mais confuso ontem, quando o premier Gordon Brown anunciou sua renúncia à liderança trabalhista, abrindo negociações do partido com liberais-democratas. Ao mesmo tempo, estes eram seduzidos por conservadores a formarem coalizão. (págs. 1 e 23)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Obra de energia atrasa e expõe SP a miniapagões

Subestação não sai do papel por falta de licença ambiental do município

A demora na construção de uma subestação de energia elétrica coloca sob risco crescente de apagão 21 bairros de São Paulo - entre eles Moema (zona sul) e Morumbi (zona oeste) -, relata José Ernesto Credendio.

Cortes temporários de luz são frequentes e atingem até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Com a subestação, a meta é aliviar a sobrecarga de unidades próximas.

Em 2008, 2,5 milhões de pessoas ficaram sem energia devido a problemas na estação Bandeirantes, perto da marginal Pinheiros.

O contrato previa a obra pronta em 2010, mas a licença ainda está sob análise do conselho ambiental do município de São Paulo.

A Eletropaulo nega a ligação do atraso com as falhas. Para a CTEEP, responsável pela obra, a subestação vai minimizar riscos. (págs. 1, C1 e C3)

Pacote europeu anima as Bolsas; dólar cai 4%

Os mercados financeiros passaram da depressão à euforia depois que a União Europeia e os bancos centrais anunciaram o pacote de € 750 bilhões para conter o ataque especulativo que vinha desvalorizando o euro.

Na Espanha, um dos países sob ataque, a Bolsa subiu 14,43%, a maior alta em 18 anos. A Grécia, centro da crise, viu o juro exigido por seus papéis cair dois terços.

A euforia se refletiu no Brasil: a Bolsa de Valores de São Paulo avançou 4,11%, e o dólar recuou 3,99%, para fechar a R$ 1,777. (págs. 1 e B1)

Índex/Crise
Mercados ganham e a política perde, avalia Clóvis Rossi (págs. 1 e B4)

Verdadeiro teste está por vir, diz Wolfgang Münchau (págs. 1 e B4)

Para João Pereira Coutinho, Portugal é Grécia amanhã (págs. 1 e E10)

Foto legenda: Rotina macabra

Soldado na cidade de Basra, onde pelo menos 20 pessoas foram mortas por carro-bomba; em meio a incerteza política no Iraque, a série de ataques que atingiu as regiões norte, sul e oeste do país deixou ao menos 95 mortos no dia mais violento do ano (págs. 1 e A14)

Senadora do PV fala o 'marinês' em campanha

Expressões como "povos da floresta" - em vez de tribos indígenas - e "descarbonizar a economia" - produzir sem poluir - são frequentes no discurso da senadora Marina Silva (PV).

Segundo ela, no contexto adequado, as pessoas entendem o que é dito. (págs. 1 e A8)

Obama indica ex-professora à Suprema Corte

O presidente Barack Obama indicou Elena Kagan, 50, para substituir na Suprema Corte dos EUA o juiz John Paul Stevens, 90, que irá se aposentar. Kagan, que deu aulas a Obama em Harvard e nunca atuou como juíza, será a quarta mulher na história a assumir o cargo. (págs. 1 e A15)

Brown anuncia que vai deixar cargo de premiê

Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, anunciou que vai renunciar à liderança dos trabalhistas. Com isso, deixará o cargo de premiê, abrindo caminho a alianças. A substituição, porém, não é imediata; a escolha do novo líder pode demorar até setembro. (págs. 1 e A12)

Editoriais

Leia "Resposta europeia", sobre socorro financeiro; e "Ateus e religiosos", acerca de embate ideológico nos EUA. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Pacote contra crise na Europa provoca euforia nos mercados

Sinal de força fez bolsas europeias subirem até 14,44%; em SP, alta foi de 4,50%

A criação pela União Europeia de um fundo anticrise de até € 750 bilhões espalhou euforia, ontem, nos mercados financeiros. Depois de semanas de especulações sobre o estado de insolvência da Grécia e sobre a saúde financeira de Portugal e da Espanha, o recado de unidade e força transmitido por Bruxelas na madrugada de segunda-feira foi bem recebido pelos investidores. Houve alta acentuada nas bolsas de Madri (14,44%), Milão (11,28%), Lisboa (10,73%), Frankfurt (5,3%) e Paris (9,66%). Em São Paulo, o Ibovespa subiu 4,50%, o melhor resultado desde outubro de 2009. Além do pacote da UE, contribuiu para o bom desempenho a informação de que o Banco Central Europeu iniciará a recompra de títulos de dívida pública dos países do bloco - algo inédito nos dez anos do euro. Para o articulista Gilles Lapouge, porém, os especuladores já estão preparando novos ataques. (págs. 1 e Economia B1 e B3)

BC não é a Santa Sé e erra, diz Serra

Ao falar sobre autonomia da autoridade monetária, o pré-candidato José Serra (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN que o Banco Central "não é a Santa Sé". Para Dilma Rousseff (PT), a relação do governo com o BC tem de ser de "serenidade". (págs. 1 e Nacional A6)

José Serra
Pré-candidato do PSDB
"O BC trabalha direito, mas tem de ter um acompanhamento"

Debates Estadão: PSDB e PT prometem 'ficha limpa'

No primeiro debate promovido pelo Estado em torno da eleição, os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra, e do PT, José Eduardo Dutra, se comprometeram a impedir que políticos com "ficha suja" se candidatem por seus partidos. "Aplicamos o 'ficha-limpa' desde a fundação do partido", disse Dutra. Hoje, porém, entre políticos tucanos, 34% têm pendência judicial; entre petistas, são 27%. Guerra acusou o governo de fisiologismo, e Dutra sugeriu que os tucanos não foram
"republicanos" na aprovação da reeleição. (págs. 1 e Nacional A8 e A9)

Comissão da Presidência cobra Tuma Jr.

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, terá de dar explicações oficiais à Presidência sobre seu envolvimento com um dos líderes da máfia chinesa em São Paulo. Ontem, a Comissão de Ética Pública abriu investigação formal sobre o caso e estipulou um prazo de cinco dias para o secretário dar sua versão, por escrito. A comissão, ligada à Presidência, tem o poder de recomendar punições ao secretário, inclusive sua demissão. (págs. 1 e Nacional A4)

CNBB fará guia contra pedofilia

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil constituiu uma comissão para redigir um guia para o episcopado combater os abusos sexuais praticados por padres. (págs. 1 e Vida A20)

Brown anuncia que deixará o poder

O primeiro-ministro britânico disse ontem que renunciará em setembro. O objetivo é abrir espaço para governo de coalizão e evitar escolha de conservador. (págs. 1 e Internacional A12)

Ao menos 100 morrem em ataques no Iraque (págs. 1 e Internacional A15)

Franceses acham local de acidente do Airbus (págs. 1 e Cidades C3)

SP tem recorde de mortes por dengue (págs. 1 e Vida A24)

MEC muda regras para Sisu e ProUni (págs. 1 e Vida A21)

Dora Kramer: Prognóstico simplista

Ao dizer que não vê "possibilidade" de derrota do PT, Lula perde chance de assumir posição de certa equidistância analítica, que lhe cairia bem. (págs. 1 e Nacional A6)

Notas & Informações: A defesa do euro

Operações de socorro não servem como vacinas contra a irresponsabilidade fiscal. (págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Em clima de Copa, Câmara escala seleção de gazeteiros

O líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), está preocupado com o time de Dunga. Ele vai propor aos partidos que a Casa decrete recesso parlamentar a partir de 10 de junho, véspera do início do Mundial de futebol. Para garantir a folga durante os jogos na África do Sul, os deputados estão dispostos a antecipar a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Temos a Copa do Mundo. Ninguém vai fazer com que os deputados venham aqui”, justifica Vacarezza. (pág. 1 e 4)

Lula fecha o cofre para servidor

Irritado com grevistas no governo, presidente avisa a ministros que reajustes estão vetados em 2010 (pág. 1)

Foto legenda: Serra de olho no BC

Pré-candidato do PSDB à Presidência é atacado por rivais após defender a ingerência do governo em decisões do Banco Central. Dilma e Marina pregam a autonomia. (págs. 1 e 15)

Identificados os seis jovens

Exames de DNA mostram que os corpos encontrados em Luziânia são os rapazes desaparecidos e mortos por Ademar de Jesus. (págs. 1 e 27)

Violência sexual: Mãe perde a guarda de menina violentada

A criança de 10 anos que denunciou o padrasto por estupro permanecerá sob os cuidados do tio, em Taguatinga. Segundo a Justiça, a garota não retornará ao Paraguai, onde mora, até o fim do inquérito policial. (págs. 1 e 26)

Crise: Pacote do euro deixa mercados eufóricos

Após o anúncio de um megafundo de 750 bilhões de euros, as bolsas europeias tiveram altas expressivas, em particular na Espanha e em Portugal, países mais atingidos pela especulação financeira. A Bovespa fechou em 4,5% positivos. (págs. 1, 12 e 13)

Reforço na saúde pública

Governador Rogério Rosso anuncia a contratação de 592 médicos e a compra de material hospitalar. (págs. 1 e 32)

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Valor Econômico

Manchete: Megapacote europeu tem forte impacto no mercado

O megapacote de socorro financeiro de US$ 955 bilhões lançado pelos governos da zona do euro trouxe de volta fortes altas nos mercados acionários e de commodities. Ele interrompeu movimentos de instabilidade no mercado cambial brasileiro e do custo de captação para o governo e empresas do país.

Em apenas uma semana o real se desvalorizou em 6,5% e a oscilação cambial trouxe de volta a demanda por proteção (hedge) de receita dos exportadores. As companhias aproveitaram que o dólar para daqui a um ano ultrapassou os R$ 2 para vender moeda no mercado futuro. Os bancos mais atuantes perceberam volumes de negócios na quinta-feira duas a três vezes acima do normal. O movimento dos exportadores ajudou a derrubar o dólar, que depois da alta da semana passada registrou ontem a maior queda percentual diária desde o fim de 2008: 3,99%, a R$ 1,777 na venda. (págs. 1, C1, C2, C3, C8 e D2)

Dilma quer fontes de crédito além do BNDES

A ex-ministra e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que o Brasil não pode depender apenas do BNDES para financiar investimentos em infraestrutura. Ela participou ontem do seminário Brazil Infrastructure Summit, realizado no Rio pelo Valor e o "Financial Times". Em sua exposição, a ex-ministra afirmou que o setor privado é essencial para que todos os investimentos de infraestrutura projetados pelo país saiam do papel. "O país não pode se conformar com uma única fonte de financiamento". Um dos projetos citados por ela como críticos é o do financiamento do trem-bala, que tem custo muito alto e ainda exige esforços para fazer os investidores estrangeiros se interessarem por ele.

Dilma defendeu a atuação do Banco Central durante a crise financeira. Horas antes, o BC havia sido criticado pelo pré-candidato do PSDB, José Serra, para quem a autoridade monetária perdeu a oportunidade de reduzir a taxa básica de juros durante a crise financeira internacional. "O BC acertou na política monetária e no enfrentamento da crise", afirmou Dilma. Convidado a participar do seminário, Serra não compareceu. (págs. 1, A4, A5 e A8)

Prazo menor para a ação civil pública

Decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá fazer com que ações sobre danos ao erário, patrimônio histórico ou ambiente sejam consideradas prescritas. Decisão da 2ª Seção da Corte, que aparentemente atingiria apenas os bancos, definiu ser de cinco anos o prazo para que uma ação civil pública seja proposta. Até, agora esse período estava em aberto e a discussão era a de se ele seria de 10 ou até 20 anos.

Apesar de não ser vinculativa, por não se tratar de uma súmula, a tendência é que as demais instâncias do Judiciário adotem a mesma posição, por se tratar de uma decisão de seção do STJ, juntando duas turmas de magistrados. Para o Ministério Público, o impacto do precedente, que é técnico, teria grandes efeitos sobre o trabalho realizado atualmente. Há casos em que ações são abertas depois de até 10 anos de investigação. Já os advogado que têm clientes que respondem a inquéritos há mais de cinco anos - antes ainda do início de ações - comemoram o entendimento. (págs. 1 e E1)

Montadoras já estão em recuperação

Após viver uma das piores crises de sua história, a indústria automotiva mundial ruma agora para a recuperação. Nas últimas semanas, Ford, Honda, Daimler e Volkswagen anunciaram previsões de alta significativa no lucro deste ano. Várias outras, como a Nissan, GM e Toyota, devem apresentar previsões otimistas e melhora nos resultados. Por trás do crescimento estão o aumento das vendas e os cortes de custos feitos durante retração. Um exemplo: no primeiro trimestre, a Mercedes ganhou € 2.613 para cada veículo que produziu. Um ano antes, perdia € 5.389 com cada carro que saía da linha de montagem. (págs. 1 e B6)

EcoRodovias vai investir R$ 3 bilhões

A EcoRodovias, controlada pela empreiteira CR Almeida e pelo grupo italiano Impregilo, vai usar os R$ 874 milhões levantados no mercado de capitais para financiar seu plano de investimentos de R$ 3 bilhões até 2012. A empresa, terceiro maior grupo de concessões rodoviárias do país, pretende atingir a meta ambiciosa de dobrar sua receita, de R$ 1 bilhão em 2009, em apenas três anos.

Para isso, planeja diversificar os negócios. Dos investimentos, um terço será direcionado ao novo ramo do grupo, de serviços logísticos. Outro terço deve ser dedicado a novas concessões. Segundo seu presidente, Marcelino Rafart de Seras, a empresa tinha planos de abertura de capital há anos. Dos novos recursos, nada deve ser usado para abater dívidas. (págs. 1 e B1)

BNDES vai financiar exportação de máquinas agrícolas para África e América Latina (págs. 1 e A3)

Com caixa reforçado, Hypermercas vai às compras (págs. 1 e B1)

Reajuste da Previdência

O governo aposta em negociação com a base aliada no Senado, especialmente do PMDB, para derrubar reajuste de aposentados e fim do fator previdenciário. (págs. 1 e A6)

Competitividade chinesa

Aumento do superávit comercial e das exportações chinesas em abril devem reforçar pressões por valorização do yuan. (págs. 1 e A10)

Brown prepara sua saída

O primeiro-ministro Gordon Brown anuncia intenção de deixar a liderança Trabalhista e a chefia de governo, abrindo espaço para continuidade do partido no poder em aliança com os liberais democratas. (págs. 1 e A11)

Entraves ao investimento

Ex-secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa defende reformas microeconômicas para destravar investimentos em infraestrutura. (págs. 1 e A14)

Gávea na construção

A Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga, comprou 14,5% da área imobiliária do grupo Odebrecht. O valor da transação não foi divulgado. (págs. 1 e B8)

Demanda aquecida puxa preços

A Duratex, controlada pela Itaúsa, reajustou em 10% os preços dos painéis de madeira a partir deste mês. Em janeiro, o produto já havia subido 7%. (págs. 1 e B9)

Receita agrícola cresce menos

Recuo de quase 12% nos preços da soja e do milho deve reduzir a 1,14% o crescimento do valor bruto da produção agrícola brasileira em 2010, apesar da safra recorde. (págs. 1 e B11)

Ideias

Delfim Netto
Luta do sistema financeiro contra regulação mostra sua irresistível propensão a voltar ao lugar do crime. (págs. 1 e A2)

Ideias

Raymundo Costa
Ao dizer que pretende ter o PT e o PV no governo, Serra mostra-se incomodado com a fatalidade das alianças à direita. (págs. 1 e A6)
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RADIOBRAS.