PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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sábado, dezembro 29, 2012

EDITORIAL 2 [In:] ULTRAJE A RIGOR *

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28/12/2012 - 23h54

Com beijo nos pés da noiva, Cachoeira cumpre promessa de casamento



CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA



Livre da cadeia desde o dia 11 deste mês, o empresário Carlinhos Cachoeira, 49, encerrou o que chamou de "pior ano" de sua vida com uma festa nos jardins da mansão onde vive, em Goiânia. Cumprindo promessa registrada em interceptações telefônicas, ele casou na noite desta sexta-feira com Andressa Mendonça, 30.

Andre Borges/Folhapress
Cachoeira se casa com Andressa Mendonça em Goiânia
Cachoeira se casa com Andressa Mendonça em Goiânia
Na cerimônia, Cachoeira beijou os pés da mulher, adornados por um sapato da grife Christian Louboutin. Depois, repetiu o gesto diante de fotógrafos à porta do condomínio onde vive.

"Beijei os pés dela por tudo que ela fez por mim quando estive segregado", disse Cachoeira, rosa na lapela.

"Esse foi o pior ano de minha vida e o melhor por ter casado com ela", afirmou, explicando por que insistiu na realização da cerimônia ainda neste ano. "Você não ouviu os grampos [feitos pela Polícia Federal na operação que levou à sua prisão]? Prometi casar com ela este ano."

Durante o casamento, o noivo recusou-se a falar sobre munição que afirma ter contra o PT: "Nada de política. Hoje, só falo de casamento. De política, só com orientação dos meus advogados."

Danilo Bueno/O Hoje
Carlinhos Cachoeira beija os pés de Andressa Mendonça, após a cerimônia de casamento
Carlinhos Cachoeira beija os pés de Andressa Mendonça, após a cerimônia de casamento


Cachoeira explicou ainda porque optou por um grupo restrito de cerca de 35 convidados, a maioria de Anápolis: "Estou me afastando dos políticos."

Num sofá de sua ampla sala de estar, ao lado do piano, ele descreveu um pouco de sua rotina. Disposto a recuperar o peso perdido na cadeia, onde ficou por cerca de nove meses durante este ano, caminha todo dia pela manhã e come enroladinho de queijo com Coca-cola na sequência. Até agora, ganhou 30% da massa perdida. "Aquele spa ali é duro", brinca, copo de uísque na mão.

Andressa diz ter tremido dentro do vestido de renda, modelo curto, da estilista Letícia Bronstein. Questionada sobre a ausência de parlamentares, ela foi na linha do marido: "Nada de político."

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(*) Nos perdoe a ''banda'' pela terminologia, mas é a maneira que nos sentimos... ULTRAJADOS!
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EDITORIAL [In:] A REPÚBLICA (não a imaginada por Platão)



Feliz ano-novo



Autor(es): Frei Betto(*)
Correio Braziliense - 28/12/2012

Escritor, é autor de A arte de semear estrelas (Rocco), entre outros livros.
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Por que desejar feliz ano-novo se há tanta infelicidade à nossa volta? Será feliz o próximo ano para afegãos e palestinos, e os soldados norte-americanos sob ordens de um governo imperialista que qualifica de "justas" guerras de ocupações genocidas?
Serão felizes as crianças africanas reduzidas a esqueletos de olhos perplexos pela tortura da fome? Seremos todos felizes conscientes dos fracassos de Copenhague, que salvam a lucratividade e comprometem a sustentabilidade?
O que é felicidade? Aristóteles assinalou: é o bem maior a que todos almejamos. E meu confrade Tomás de Aquino alertou: mesmo ao praticarmos o mal. De Hitler a madre Teresa de Calcutá, todos buscam, em tudo que fazem, a própria felicidade.
A diferença reside na equação egoísmo/altruísmo. Hitler pensava em suas hediondas ambições de poder. Madre Teresa, na felicidade daqueles que Frantz Fanon denominou "condenados da Terra".
A felicidade, o bem mais ambicionado, não figura nas ofertas do mercado. Não se pode comprá-la, há que conquistá-la. A publicidade empenha-se em nos convencer de que ela resulta da soma dos prazeres. Para Roland Barthes, o prazer é "a grande aventura do desejo".
Estimulado pela propaganda, nosso desejo exila-se nos objetos de consumo. Vestir esta grife, possuir aquele carro, morar neste condomínio de luxo — reza a publicidade — nos fará felizes.
Desejar feliz ano-novo é esperar que o outro seja feliz. E desejar que também faça os outros felizes? O pecuarista que não banca assistência médico-hospitalar para seus peões e gasta fortunas com veterinários de seu rebanho espera que o próximo tenha também um feliz ano-novo?
Na contramão do consumismo, Jung dava razão a São João da Cruz: o desejo busca sim a felicidade, "a vida em plenitude" manifestada por Jesus, mas ela não se encontra nos bens finitos ofertados pelo mercado. Como enfatizava o professor Milton Santos, acha-se nos bens infinitos.
A arte da verdadeira felicidade consiste em canalizar o desejo para dentro de si e, a partir da subjetividade impregnada de valores, imprimir sentido à existência. Assim, consegue-se ser feliz mesmo quando há sofrimento.
Trata-se de uma aventura espiritual. Ser capaz de garimpar as várias camadas que encobrem o nosso ego.
Porém, ao mergulhar nas obscuras sendas da vida interior, guiados pela fé e/ou pela meditação, tropeçamos nas próprias emoções, em especial naquelas que traem a nossa razão: somos ofensivos com quem amamos; rudes com quem nos trata com delicadeza; egoístas com quem é generoso; prepotentes com quem nos acolhe em solícita gratuidade.
Se logramos mergulhar mais fundo, além da razão egótica e dos sentimentos possessivos, então nos aproximamos da fonte da felicidade escondida atrás do ego. Ao percorrer as veredas abissais que nos conduzem a ela, os momentos de alegria se consubstanciam em estado de espírito. Como no amor.
Feliz ano-novo é, portanto, um voto de emulação espiritual. Claro, muitas outras conquistas podem nos dar prazer e alegre sensação de vitória. Mas não são o suficiente para nos fazer felizes. Melhor seria um mundo sem miséria, desigualdade, degradação ambiental, políticos corruptos!
Essa infeliz realidade que nos circunda, e da qual somos responsáveis por opção ou omissão, constitui um gritante apelo para nos engajarmos na busca de "outros mundos possíveis". Contudo, ainda não será o feliz ano-novo.
O ano será novo se, em nós e à nossa volta, superarmos o velho. E velho é tudo aquilo que já não contribui para tornar a felicidade um direito de todos. À luz de um novo marco civilizatório há que superar o modelo desenvolvimentista-consumista e introduzir, no lugar do PIB, a FIB (Felicidade Interna Bruta), fundada na economia solidária e sustentável.
Se o novo se faz advento em nossa vida espiritual, então com certeza teremos, sem milagres ou mágicas, um feliz ano-novo, ainda que o mundo prossiga conflitivo; a crueldade travestida de doces princípios; e o ódio disfarçado de discurso amoroso.
A diferença é que estaremos conscientes de que, para se ter um feliz ano-novo, é preciso abraçar um processo ressurrecional: engravidar-se de si mesmo, virar-se pelo avesso e deixar o pessimismo para dias melhores.
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(*)  Assessor especial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2004. Coordenador de mobilização social do Programa Fome Zero.
Assessor de vários governos socialistas, em especial o de Cuba, nas relação Igreja Católica-Estado.

Fonte: pt.wikipedia.org

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