PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, junho 25, 2012

XÔ ! ESTRESSE [In:] AMNÉSIA ''AD HOC''


''ESTO NON ECZISTE'' !

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Mensalão e respeito ao Judiciário



Autor(es): Carlos Alberto Di Franco
O Estado de S. Paulo - 25/06/2012
 

A partir de 1.º de agosto, o ex-presidente do PT, ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa. Será um julgamento histórico, pois, talvez pela primeira vez, poderosos prestarão contas de seus atos à Justiça. Trata-se de uma mudança cultural da maior importância. O recado, independentemente do resultado do julgamento, é claro: ninguém está acima da lei.
José Dirceu, no entanto, manifesta surpreendente dificuldade de transitar nos espaços normais das sociedades democráticas. Alega inocência e se diz vítima da mídia. Falando, recentemente, aos cerca de mil estudantes presentes ao 16.º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista, ligada ao PC do B, no Rio de Janeiro, Dirceu afirmou que o julgamento que o aguarda será a "batalha final". Posando de vítima de um sistema opressor, Dirceu convoca suas milícias. "Essa batalha deve ser travada nas ruas também", conclamou, "senão a gente só vai ouvir uma voz pedindo a condenação, mesmo sem provas." Refere-se à mídia. Daí a obsessão com o chamado "controle social" dos meios de comunicação. Imprensa livre e independente não serve.
A conclamação de Dirceu é também uma rebelião contra as normas vigentes na democracia. Esconde, no fundo, um grave questionamento ao próprio Poder Judiciário. Para Dirceu, o STF, não obstante a solidez da denúncia do procurador-geral da República, só tem um caminho: absolvê-lo. Na hipótese de uma condenação, possibilidade que o atormenta, o caminho não é o respeito ao Judiciário, mas o grito das ruas. O Brasil, no entanto, amadureceu muito. Collor conclamou a população contra a sua destituição. A resposta da sociedade foi pedir o seu impeachment. Agora, diante do mais clamoroso caso de corrupção da República, a reação da cidadania será um vigoroso respaldo à decisão do STF, seja qual for.
O Brasil, felizmente, tem uma imprensa de qualidade e um Judiciário que funciona. As tentativas de desqualificação do mensalão não previram a consistência das instituições do País. O então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, nomeado para o cargo pelo ex-presidente Lula, apontou Dirceu como "chefe da quadrilha" ou da "sofisticada organização criminosa" que produziu o mensalão, a compra sistemática de apoio de deputados federais ao governo Lula.
A denúncia ao STF foi aceita por unanimidade. No ano passado, o atual procurador-geral, Roberto Gurgel, reconduzido ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, ratificou o pedido de condenação de Dirceu e de 35 outros réus. Fracassou, portanto, a tentativa de desqualificação do mensalão. O primeiro sinal do empenho de desmonte do mensalão foi dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao deixar o governo, ele disse que sua principal missão, a partir de janeiro de 2011, seria mostrar que o mensalão "é uma farsa". A "farsa" a que se referia Lula derrubou ministros do seu governo, destituiu dezenas de diretores de estatais e mandou para o espaço a cúpula do seu partido. Recentemente, o ex-presidente cometeu um grave equívoco: a constrangedora e extemporânea reunião com o ministro Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Não pegou nada bem.
Está nas mãos do Supremo assumir o papel histórico de defesa da democracia e dos valores republicanos. A sociedade tem o direito de confiar nos ministros do STF. Eles saberão honrar suas togas e suas biografias. Os brasileiros esperam que os ministros respondam à indignação da sociedade.
O esforço investigativo da imprensa está contribuindo para restabelecer o equilíbrio nas relações sociais. Para o jornalismo verdadeiramente ético e independente não há distinções e imunidades. Os holofotes da mídia têm projetado fachos de luz em zonas turvas do poder. Incomoda? É claro. E deve ser assim. Jornalismo chapa-branca não contribui com a democracia. "Jornalismo", disse George Orwell, "é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é relações públicas." É preciso que exista certa tensão entre imprensa e governos. No entanto, a memória do cidadão não é das mais fortes. E a vertiginosa sucessão de delitos acaba sendo importante aliada do esquecimento. Não basta denunciar. É preciso focar e perseverar num autêntico jornalismo de denúncia que, por óbvio, não se confunde com o denuncismo.
Não podemos mais tolerar que o Brasil seja um país que discrimina os seus cidadãos. Pobre vai para a cadeia. Poderoso não só não é punido, mas invoca presunção de inocência, submerge estrategicamente, cai no esquecimento e volta para roubar mais. A CPI do Cachoeira está aí para confirmar a radical separação entre os anseios de limpeza da sociedade e a resistência delinquente do mundo político. Ao rejeitar a convocação do empresário Fernando Cavendish, antigo dono da Delta, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Luiz Antonio Pagot, os parlamentares deixaram claro que a CPI é tudo, menos investigativa. Por isso, insisto, o julgamento do mensalão é tão importante e simbólico. Os ministros do STF, vitalícios e inamovíveis, não estão algemados por interesses obscuros e subalternos. Podem julgar com independência. É o que o Brasil espera. A ausência de punição é a mola da criminalidade.
Chegou a hora de a sociedade civil mostrar sua cara e sua força. O Brasil pode sair deste pântano para um patamar civilizado. Mas, para que isso aconteça, com a urgência que se impõe, é preciso que os culpados sejam punidos. O Supremo, com a independência que lhe compete, pode escrever uma bela página na história da nossa democracia.
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''THE DREAM IS OVER'' (II)



Opções de Lula



Autor(es): Rubem Azevedo Lima
Correio Braziliense - 25/06/2012
 

O ex-presidente Lula, com Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, candidato a governador de São Paulo, a tiracolo, pediu e obteve, terça-feira última, apoio de Paulo Maluf para eleger seu pupilo a esse pleito. Os três pareceram alegres, na primeira página dos jornais.
Ficha moralmente suja, Maluf, eleito deputado federal naquele estado, foi acusado e condenado nos EUA por lavar dinheiro. Assim, se ele viajar para fora do Brasil, será preso imediatamente. Lula não se importa com essa condenação. O que ele quer são os votos de Maluf, nos quais o ex-presidente ainda acredita, em S.Paulo.
No último pleito, o palhaço de circo Tiririca, em voto de protesto do povo paulistano contra os malfeitos do Poder Legislativo, foi o mais votado no país para deputado federal, com 1,3 milhão de votos, ou seja, mais do que o dobro do meio milhão de Maluf.
Segundo a Folha de S.Paulo, o prestígio eleitoral de Lula está em queda nesse estado. Além disso, contra esse projeto, somam-se a reação negativa da aliança com Maluf; a renúncia da ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, à vice-governança de Haddad e a indiferença da senadora petista Marta Suplicy, vetada por Lula para esse pleito.
Para agravar ainda mais tal situação, a Cia. das Letras lançou, do jornalista e escritor Leonel Leonêncio, o livro Mata!, valendo-se dos arquivos secretos da ditadura, sobre os combates do major Sebastião Curió aos guerrilheiros do Araguaia. Pois Lula promoveu Curió a general de brigada do Exército, por atos de heroísmo. Tal episódio estava esquecido e volta agora à lembrança dos brasileiros.
Foram mortos, entre os guerrilheiros, segundo Vitória Grabois, seu pai, ex-deputado Maurício Grabois, líder do movimento; seu irmão André e seu marido, Gilberto Olímpio. O ato de Lula, uma leniência imperdoável para as maiores figuras do PT, foi aplaudido pelo Exército. Em inferno zodiacal, neste mês de junho, Lula, por desgraça, não tem vidente como Sana Khan, que leu, nas mãos de Vargas, derrotado nas urnas em 1930, a vitória num golpe de estado. Sua ditadura durou 15 anos. A opção de Lula é governar mais oito anos. Mas, como todos os sonhos, esse também, segundo o poeta, é só mais um sonho.
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A PARTE QUE ME CABE NESSE LATIFÚNDIO... *



Brasiguaios pedem que Dilma apoie novo líder



Autor(es): Por Fabio Murakawa | De São Paulo
Valor Econômico - 25/06/2012
 

Os "brasiguaios" - agricultores brasileiros que vivem no Paraguai - comemoraram a deposição de Fernando Lugo, apoiam o novo governo, mas estão preocupados com a reação de Brasília, principalmente no caso de se confirmar a já cogitada suspensão do país vizinho do Mercosul.
Ontem, cerca de 200 agricultores estiveram no consulado do Brasil em Ciudad del Este e entregaram um documento ao cônsul-geral, embaixador Flavio Bonzanini, manifestando apoio ao presidente Federico Franco.
"Solicitamos que o governo do Brasil reconheça o novo governo paraguaio e restabeleça a fraterna relação que sempre existiu entre Brasil e Paraguai. Essa decisão é sumamente necessária para dar tranquilidade ao povo paraguaio e a esta grande comunidade brasileira", diz o documento, que Bonzanini se comprometeu a encaminhar hoje ao Itamaraty.
Marilene Sguarizi, que representa a comunidade brasileira no Paraguai, disse ao Valor que "é unânime o apoio dos imigrantes brasileiros ao novo governo". E que interlocutores de Bonzanini já entraram em contato para manifestar o desejo de Franco de se reunir com lideranças brasiguaias, o que deve ocorrer nesta semana.
Lugo era tido pelos brasiguaios como alguém que levou instabilidade ao campo, incentivando ou fazendo vistas grossas à invasões e aumentando a instabilidade jurídica. Nos últimos meses, a tensão com grupos camponeses locais - conhecidos como "carpeiros" - se acirrou, com uma onda de invasões às terras de brasiguaios.
Produtores ouvidos pelo Valor dizem que a primeira reação da comunidade foi de "alívio" e "felicidade", com a notícia da queda do ex-presidente, e de "esperança" com relação ao novo governo. "O povo [brasiguaios] está um pouco aliviado. A tensão no campo era grande. Não se sabia o que iria acontecer", afirmou Jair Graeff, que planta 1.500 hectares de soja em Mbaracayu, a 65 km da fronteira com o Brasil.
Graeff, que está no Paraguai desde 1987, é um dos muitos brasileiros - responsáveis por 70% da produção de soja do país - que tiveram o título de suas propriedades contestado nos últimos anos. Segundo ele, somente em Mbaracayu, 30 famílias passam pelo mesmo problema. A disputa, contra a empresa Benita S.A. - que se diz a verdadeira dona das terras - está na Suprema Corte paraguaia.
"Acho que uma suspensão do Paraguai do Mercosul seria um gol contra do Brasil. Há mais de 300 mil brasileiros produzindo no Paraguai, e eles seriam os maiores prejudicados", disse ele. "Grande parte da nossa produção é escoada pelo Brasil e pela Argentina. Os insumos, como fertilizantes e outras matérias-primas, também vêm de lá", disse Graeff, que espera um diálogo entre os dois governos.
"Espero que a presidente Dilma Rousseff possa interagir com o governo paraguaio. Os dois têm que se sentar à mesa e ver qual é a melhor saída", disse Graeff. "Acredito que o novo governo consiga demonstrar para os países vizinhos que o que aconteceu foi para o bem do Paraguai."
Para Abel Simões Filho, filho de um brasiguaio e que trabalha como engenheiro agrônomo no Paraguai, a queda de Fernando Lugo foi uma boa notícia para o setor. "Se você perguntar, 99,9% dos brasiguaios eram contra o Lugo. Sempre houve disputa pelas terras, mas os governos anteriores sempre apoiava os imigrantes", disse.
Para ele, a deposição do presidente trouxe aos produtores "uma sensação de felicidade, mas também de insegurança, pois ninguém sabe o que vai acontecer".
"Estamos na expectativa de ver como o governo brasileiro vai se posicionar. E sobre como esse novo governo vai agir com relação aos brasiguaios", afirmou.
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(*) FUNERAL DE UM LAVRADOR. Chico Buarque.
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''THE DREAM IS OVER'' or ''THE GAME IS OVER''?



Lugo critica novo governo



Valor Econômico - 25/06/2012
 

O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo fez duras críticas ontem ao governo formado após a sua dissolução na sexta-feira. Ele rechaçou o pedido do sucessor, Federico Franco, de ajudá-lo a dirimir as pressões sofridas pelo país na região, dizendo que essa era uma obrigação de Lugo "no papel de cidadão paraguaio e ex-presidente". "Nós apoiamos qualquer iniciativa pacífica para restaurar a ordem institucional interrompida pelo Parlamento", disse Lugo. "Este é um governo falso, e não se pode colaborar com um governo que não tem legitimidade", afirmou.

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RIO +20. SEM ''ECO''


Sem ações, conferência delineou agenda




Autor(es): Por Francisco Goes, Daniela Chiaretti, Fernando Exman, Guilherme Serodio e Rodrigo Polito | Do Rio
Valor Econômico - 25/06/2012
 

A expectativa de que a Rio+20 pudesse transformar conceitos adotados na Rio92 em ações concretas para o desenvolvimento sustentável não se confirmou - a cúpula este ano foi bem mais fluida que a de 20 anos atrás. Se a Rio92 pôs a questão ambiental no mapa, fechando duas convenções e amarrando uma terceira, a Rio+20 sinaliza apenas com uma agenda. Essa é a grande diferença entre as duas megaconferências: enquanto a anterior amarrou os países em compromissos obrigatórios, a Rio+20 é um exercício global voluntário.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva faz esta análise e diz que a Rio+20 "sepultou um processo". Ela lembra que, há 20 anos, só os EUA não queriam que as questões ambientais fossem resolvidas pelo multilateralismo. Mas agora, compromissos voluntários foram a tônica do evento. Na Rio92 foram assinadas as convenções do Clima e da Biodiversidade, dois marcos da dimensão ambiental contemporânea, e chegou-se ao embrião da Convenção da Desertificação. A Rio+20 tem apenas o documento político "O Futuro que Queremos", sem força legal.
O cenário atual é mais complexo e com mais atores participando do processo do que há 20 anos. O secretário-executivo da Rio92 era o canadense Maurice Strong, o da Rio+20 foi o diplomata chinês Sha Zukang, um indicador da mudança geopolítica no mundo. O que persiste é o debate norte-sul de quem vai pagar a conta do desenvolvimento sustentável e como irá se transferir tecnologia dos países desenvolvidos para os demais.
"A aritmética da negociação não funciona mais da mesma forma. É um mundo muito difícil. O que emerge da Rio+20 é um padrão diferente de liderança", disse Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Steiner avaliou que o documento adotado mediante resolução pelos chefes de Estado e de governo, e que agora será incorporado às legislações das Nações Unidas, é um texto que tem muito a contribuir para o desenvolvimento sustentável: "O documento é rico em ações, em iniciativas e em programas."
A Rio+20 também incorporou elementos novos, que não estavam presentes no debate há 20 anos, como participação efetiva da sociedade civil organizada e da comunidade de negócios. Também marcou a existência de um espírito voluntário nas ações de governos, empresas e instituições em relação ao desenvolvimento sustentável.
Falou-se em mobilizar mais de US$ 513 bilhões durante a Rio+20 em compromissos voluntários para o desenvolvimento sustentável, incluindo áreas como energia, transporte, economia verde, redução de desastres, desertificação, água, florestas e agricultura.
Um ganho incontestável da Rio+20 foi a participação da sociedade civil. Pelo Riocentro passaram 45.381 pessoas. Na Rio92, haviam sido 17 mil, segundo Nikhil Chandavarkar, diretor de comunicações da ONU para a Rio+20. Na era da comunicação digital e das relações virtuais, a página em português da Rio+20 recebeu mais de um milhão de acessos só na última semana. No twitter teve um bilhão de acessos.
No Riocentro, na zona oeste do Rio, que hospedou novamente o encontro das Nações Unidas, os Estados Unidos tiveram participação tímida atuando forte nos bastidores para travar algumas questões. Os emergentes pressionaram por resultados e pela posição que proteja seu crescimento. O Brasil, na condição de anfitrião, buscou o acordo possível.
O negociador-chefe do Brasil no encontro, embaixador André Correa do Lago, considera que a Rio+20 foi uma conferência de ação porque criou processos. "Mas, mais do que isso, estabeleceu os instrumentos para poder atuar de maneira decisiva nessa questão da mudança dos padrões sustentáveis de produção e de consumo não só com um plano de dez anos, mas com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS], que vão orientar o mundo, as economias, de maneira objetiva", afirma.
"Creio que o documento da Rio+20 é muito marcante porque diz que a maior prioridade do mundo é a erradicação da pobreza e, a segunda, é a mudança dos padrões de produção e de consumo. Isso é uma mensagem fortíssima porque está dita em um contexto de que a erradicação da pobreza é possível", disse.
Ele lembrou que em 1992 havia uma visão muito mais modesta do que poderiam fazer os países em desenvolvimento. "Havia a percepção de que os países desenvolvidos tinham encontrado uma fórmula certa e tínhamos que buscar uma maneira para que os outros pudessem fazer da mesma forma." Hoje, segundo ele, a situação é completamente diferente.
"A fórmula dos países desenvolvidos mostrou ser muito desafiada pelas circunstâncias recentes e, por outro lado, os países em desenvolvimento mostraram soluções muito impressionantes nas áreas de erradicação da pobreza, ambiental e econômica", prosseguiu. "Acho que a Rio+20 é uma conferência contemporânea."
A partir de agora fica a expectativa de como vai ser a implementação de mais de uma dezena de medidas que foram adotadas no documento pelos 193 países da ONU. A reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, a partir de setembro, vai discutir esses pontos. No tema financiamento do desenvolvimento sustentável, por exemplo, deve se produzir um relatório sobre os fluxos de recursos disponíveis que deve ser concluído até 2014.
Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda e presidente honrária da Oxfam, disse que a "Rio+20 se realizou em uma época mais crítica, os problemas são muito mais urgentes. Ela registrou, porém, que a falta de liderança política é preocupante. "Mas o que me dá esperança é que a sociedade civil, os sindicatos, grupos de mulheres e de jovens, mesmo a comunidade de negócios, entendem a urgência do problema."
Outro ponto de implementação a ser discutido na Assembleia Geral a ONU são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A partir de setembro, deve se definir uma comissão com 30 representantes que terá um ano para entregar à assembleia geral das Nações Unidas um informe com opções de ODS. "Os ODS tiveram um parto muito difícil na Rio+20 e não sabemos se é um bebê querido, não sabemos se a comunidade internacional de fato o irá acolher", comparou Antonio Hill, porta-voz da Oxfam na conferência.
A Anistia Internacional considera a Rio+20 um passo atrás quanto aos direitos humanos. "Perdemos todos e todas", avalia o diretor da Anistia no Brasil, Ítalo Roque. "Em busca de conseguir um documento final, os direitos humanos e os direitos reprodutivos das mulheres foram colocados na mesa como moeda de negociação", diz.
A postura pouco ousada do Brasil também é criticada. "O maior protagonismo do país no cenário global também requer que ele esteja disposto a ir além do mínimo denominador comum", diz Roque.
Mas para autoridades do Palácio do Planalto foi uma "vitória da diplomacia brasileira" o acordo fechado antes do início da reunião de cúpula da conferência. O governo acreditava que, se a costura final do texto ficasse para a última etapa da Rio+20, seria grande o risco do impasse prevalecer. Para a presidente Dilma Rousseff, fracasso seria não ter um texto aprovado por consenso pelos países.
Para o ministro do meio ambiente da Alemanha, Peter Altmaier, a Rio92 foi mais objetiva e tinhas questões mais concretas do que a Rio+20. Na conferência de 2012, ele admitiu avanços, mas se disse decepcionado e frustrado com algumas expectativas que não se concretizaram, como a elevação do Pnuma para o patamar de agência da ONU.
"Meu desapontamento mais importante é que a sociedade esperava um a ação concreta. Em 1992, a principal questão foi a proteção das florestas. Em 2002, foi a questão energética e o crescimento econômico. Em 2012, não temos uma questão concreta", disse Altmaier.
"O Brasil acredita que problemas ambientais são resolvidos localmente. E questões sociais e econômicas, globalmente", resume um negociador europeu que compara a Rio+20 à Rio92. "Neste sentido, nada mudou. Em 1992, o Brasil fez forte oposição à incluir as florestas nas convenções."

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


25 de junho de 2012
O Globo

Manchete: Paraguai será suspenso do Mercosul até eleições
Medida é defendida por Dilma e pode atrasar investimentos no país

Numa reação inédita, os líderes dos países sul-americanos decidiram suspender o Paraguai do Mercosul e da Unasul como punição pelo impeachment do presidente Fernando Lugo, condenado como “quebra da normalidade democrática”. A medida, defendida pela presidente Dilma Rousseff, pode atrasar investimentos no país e será oficializada na cúpula do Mercosul em Mendoza, na Argentina, no fim de semana, valendo até as eleições no Paraguai, em abril de 2013. A Venezuela já suspendeu o fornecimento de petróleo. Ontem, Lugo disse ter sido vítima de um golpe parlamentar e afirmou só ter acatado a destituição para evitar um banho de sangue. (Págs. 1 e 25)
Enquanto isso, na Argentina...
A presidente Cristina Kirchner vive um “inferno astral”, com nova onda de greves e protestos. Há três dias 400 trabalhadores ocupam a jazida que produz 15% do petróleo do país. O sindicato dos caminhoneiros marcou greve geral. (Págs. 1 e 19)
Fotolegenda: Rio menos 20
Casas sobre pilotis resistem nas margens do Rio Preto, na Região Serrana, uma das mais castigadas pela tragédia do ano passado. Famílias continuam a viver sob risco. (Págs. 1, 10 e 11)
Número de visitantes 50% maior que o previsto
O Rio recebeu 110 mil visitantes para a Rio+20, 50% a mais do que o previsto, informou ontem o prefeito Eduardo Paes, para quem a cidade passou no teste. Segundo ele, o trânsito, que era uma grande preocupação, fluiu bem. O tempo médio de deslocamento das comitivas ficou 25% do esperado. (Págs. 1 e 24)
Jacarés eram usados para torturar presos
Comissão da Verdade vai convocar coronel que detalhou rotina da Casa da Morte no Rio

Cinco jacarés e uma jiboia, capturados na Região Amazônica na Guerrilha do Araguaia, foram usados nos anos 70 para torturar presos políticos no Pelotão de Investigações Criminais do Exército, na Tijuca. O tenente-coronel reformado Paulo Malhães, conhecido nos porões da ditadura como “doutor Pablo”, contou ao GLOBO que os animais eram seus. O coordenador da Comissão da Verdade, Gilson Dipp, pretende ouvir Malhães, que atuou na Casa da Morte, centro de torturas em Petrópolis. (Págs. 1 e 3)
Aspásia é lançada no Rio; Serra e Chalita, em SP
O PV oficializou ontem a candidatura de Aspásia Camargo para prefeita do Rio. Ela disse que uma de suas metas é a regularização fundiária das favelas. Em São Paulo, os tucanos lançaram José Serra, que criticou o petista Fernando Haddad. O PMDB lançou Gabriel Chalita. (Págs. 1, 5 e 9)
Islamista vence eleição no Egito
Num resultado histórico, o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursí, foi declarado vencedor do pleito presidencial, tornando-se o primeiro islamista eleito chefe de Estado num país árabe, Ele derrotou o candidato dos militares, ligado ao regime de Hosni Mubarak. (Págs. 1 e 26)
Turquia acusa Síria de abater caça em área internacional (Págs. 1 e 26)

Bancos facilitam renegociação de dívida atrasada
Os altos e resistentes índices de inadimplência no estão fazendo com que bancos, varejistas e operadoras de cartão ofereçam condições melhores para os clientes quitarem dívidas em atraso. O parcelamento pulou de três para 12 e até 24 meses. Multas e taxas têm sido zeradas. Na Suíça, representantes dos bancos centrais alertaram para o alto endividamento no país. (Págs. 1, 17 e 18)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Islamita moderado vence no Egito
Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, é eleito com 51,7% dos votos e afirma que será ‘presidente de todos’

Um ano e meio após a deposição do ex-ditador Hosni Mubarak, o Egito será o primeiro país árabe a ter um chefe de Estado islamita democraticamente eleito.

Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, venceu com 51,7% dos votos, derrotando no segundo turno o general da reserva Ahmed Shafiq, último premiê de Mubarak. No primeiro pronunciamento, Mursi adotou tom conciliatório, prometendo ser “presidente de todos os egípcios”. (Págs. 1 e Mundo A9)

Análise: Reações positivas sugerem acordo internacional

As rápidas boas-vindas, inclusive de Israel, à vitória da Irmandade Muçulmana indicam que foi fechado um acordo internacional que envolveu os EUA. (Págs. 1 e Mundo A10)
Salem H. Nasser é coordenador de centro de direito da Fundação Getulio Vargas
Paraguai vai ser suspenso da Unasul e do Mercosul
O Brasil e os demais países sul-americanos decidiram suspender o Paraguai do Mercosul e da Unasul até as eleições presidenciais previstas para abril de 2013.

É uma resposta ao impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo. Os vizinhos também querem desencorajar processos similares na região. (Págs. 1 e Mundo A11)
Serra oficializa candidatura com ataque a Haddad
José Serra (PSDB) oficializou sua candidatura em SP com ataques a Fernando Haddad (PT). “Não estou aqui para experimentar, brincar de governar”, disse, rebatendo Haddad, que prega ser o novo. Gabriel Chalita (PMDB) se lançou com críticas aos adversários. (Págs. 1 e Poder A6)
Presidente do STF cobra pressa na ação do mensalão (Págs. 1 e Poder A4)

Entrevista da 2ª: Gilberto Gil
Houve certo desânimo por parte do MinC

O ex-ministro da Cultura Gilberto Gil faz 70 anos amanhã e fala de convicções políticas, MPB e drogas. Sobre a ministra Ana de Hollanda, diz que “houve um certo desânimo administrativo por parte do ministério”. (Págs. 1 e A12)
Editoriais
Leia “Nem lá, nem cá”, acerca de avanços e fragilidades ambientais, e “A voz de Getulio Vargas”, sobre projeto de lei que flexibiliza “A Voz do Brasil”. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Mercosul afasta Paraguai de reunião de cúpula e vê ruptura
Bloco expressa enérgica condenação’ ao impeachment de Lugo, que denunciou ‘golpe’; Franco defende medida

O Mercosul suspendeu o Paraguai da cúpula prevista para esta semana em Mendoza, na Argentina. A decisão foi tomada por consenso dos nove integrantes e observadores do bloco regional em razão da “ruptura da ordem democrática”, segundo nota divulgada pela chancelaria argentina. A decisão veio no momento em que o novo presidente, Federico Franco, e o deposto, Fernando Lugo, falavam que participariam da reunião. Ontem, na primeira entrevista após a saída, Lugo qualificou de “golpe” seu afastamento e disse haver acatado a decisão do Legislativo para evitar um “banho de sangue”. O Itamaraty informou que todos os acordos comerciais estão mantidos. (Págs. 1 e Internacional A11)
Protesto contra os vizinhos
Manchete do jornal La Nación fala em uma “nova Tríplice Aliança”, de Brasil, Argentina e Uruguai, contra o Paraguai. (Págs. 1 e Internacional A15)
Fotolegenda: Islâmicos chegam ao poder no Egito
Fogos sobre a Praça Tahrir celebram a confirmação da vitória de Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, nas primeiras eleições presidenciais livres do Egito. Foi um triunfo do grupo religioso na luta pelo poder com a junta militar que governa o país desde 2011. (Págs. 1 e Internacional A17)
Serra sai da convenção sem definir vice
O ex-governador José Serra foi lançado ontem candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo em meio a pressão de seu partido para que a indicação do cargo de vice-prefeito fique com os próprios tucanos, e não com o PSD do prefeito Gilberto Kassab. Em discurso, Serra defendeu a gestão Kassab, destacou parceria com o governador Geraldo Alckmin e atacou o governo do PT, da senadora Marta Suplicy (2001-2004). Após missa na Praça da Sé, o PMDB também oficializou Gabriel Chalita como candidato “da fé e do respeito”. (Págs. 1 e Política A4 e A6)
Fórum criado na Rio+20 vigiará compromissos (Págs. 1 e Planeta A18)

Queda de juros afasta investidor da renda fixa (Págs. 1 e Economia B6)

Ele agora é o dono
Jean-Charles Naouri, diretor-presidente do Grupo Casino, o novo controlador do Pão de Açúcar, diz que abriga com Abilio Diniz ficou para trás, assegura a manutenção do presidente da rede e nega qualquer negociação em curso com a família Klein. (Págs. 1 e Negócios)
BC dos BCs alerta para alto endividamento do Brasil
Após anos de rasgados elogios, o informe anual do BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais fez duras críticas à economia brasileira. O relatório avalia que o caminho escolhido pelo País pode levar a economia global a nova crise financeira, informa Jamil Chade. O BIS levanta a hipótese de que o endividamento já está em “nível perigoso” e precisa mudar com urgência. (Págs. 1 e Economia B1)
Carlos A. Sardenberg
Maconheiro de carteirinha

Legalizar a maconha não é uma boa ideia. Mas pode levar a uma situação menos ruim que a atual. Os traficantes perderiam o mercado. (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações
O afastamento de Lugo

A maneira como se deu o afastamento de Fernando Lugo deixou evidente seu isolamento. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Paraguai é punido após “ruptura democrática”
Em resposta ao impeachment relâmpago de Fernando Lugo, os governos do Brasil,da Argentina e do Uruguai anunciaram a suspensão do Paraguai nas próximas reuniões do Mercosul (Mercado Comum do Sul). A punição vale até as eleições do país, marcadas para abril de 2013, e aumenta o isolamento do presidente Federico Franco. Na quarta-feira, líderes decidem se vetam a participação dos paraguaios também na Unasul (União de Nações Sul-Americanas). Em Assunção, Lugo chamou o rito sumário de “golpe parlamentar”. (Págs. 1, 14 e 15)
Ministra de Dilma viveu horror da tortura
Titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci sofreu nos porões os mesmos flagelos enfrentados pela presidente da República. Em depoimento preservado pelo Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais, ela relatou sessões de espancamento, choques e ameaça psicológica. (Págs. 1 e 2)
Caso Cachoeira: Senado discute hoje destino de Demóstenes
Os membros do Conselho de Ética da Casa votarão hoje o relatório que poderá selar o destino político do senador goiano, acusado de ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Parecer favorável à cassação passará pela CCJ antes de chegar ao plenário. (Págs. 1 e 6)
A batalha para domar as letras
O analfabetismo é uma barreira enfrentada por 85 mil brasilienses, a maioria deles com mais de 60 anos. O aposentado Joaquim Ricardo é um dos que alimenta o sonho de ler e escrever. (Págs. 1 e 21)
Administração: Agências de mãos atadas
Os órgãos reguladores se veem impotentes no que deveria ser a prerrogativa deles: fiscalizar. Além disso, eles carecem de recursos próprios e enfrentam o desconhecimento da população. (Págs. 1 e 10)
Egito: Irmandade Muçulmana vence eleição
O islamita Mohamed Morsy se consagra presidente no primeiro pleito livre do país.Milhares de egípcios comemoraram na Praça Tahir o resultado, que afasta o temor de que seguidores de Hosni Mubarak chegassem ao poder. Mas a instabilidade política continua. (Págs. 1 e 15)
O desafio da justiça com a evolução social (Págs. 1 e Direito & Justiça, Capa)

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Valor Econômico

Manchete: Casino recusa ideia de "fatiar" Pão de Açúcar
O grupo francês Casino, que desde sexta-feira assumiu o controle do Pão de Açúcar, não tem a menor intenção de perder fatias da companhia número um do varejo brasileiro. Jean-Charles Naouri, o executivo que comanda o Casino, disse ao Valor em Paris que isso "destruiria, em poucas semanas ou poucos meses, a liderança conquistada ao longo dos últimos 15 anos". "Destruir tudo isso num passe de mágica seria uma pena", concluiu. Esteve na mesa de negociações a separação do negócio de varejo de alimentos (GPA Alimentar) da operação do Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio). Abilio Diniz ficaria com a Via Varejo.
Naouri e Abilio têm uma reunião marcada hoje, no escritório do Casino, em Paris, e devem tentar tratar das bases de um novo acordo entre os acionistas. Abilio indicará a possibilidade de sair do grupo com o Via Varejo. Mas Naouri não só pretende manter o GPA íntegro, sem vender partes dele ao ex-controlador, como não vê motivos para dispensar Abilio da cláusula de não concorrência à qual está amarrado por contrato, no caso de sua saída. O executivo francês disse que esse é um dos pontos confidenciais em discussão e que a resposta será dada diretamente a Abilio. "O que orienta nossa reflexão é o interesse social do GPA. Será que é do interesse de um pequeno acionista que o senhor Diniz possa ter sua cláusula de não-concorrência dispensada? Estas decisões não são movidas por sentimentos de capricho ou emoção". (Págs. 1, B4 e B5)
Paraguai será suspenso do Mercosul
Os governos dos países sul-americanos, reunidos na União das Nações da América do Sul (Unasul) e no bloco do Mercosul suspenderão, nesta semana, a participação do Paraguai em suas atividades, segundo espera o governo brasileiro. A decisão é uma resposta ao que a maioria dos países classificou de "ruptura da ordem democrática" com a deposição do presidente Fernando Lugo, e visa pressionar por eleições o mais cedo possível.

A suspensão é temporária, não equivale à expulsão do país. Pelas regras do Mercosul, a medida sujeita o Paraguai a sanções que podem variar do bloqueio terrestre ao corte de financiamentos. A presidente Dilma Rousseff decidiu deixar indefinidas as sanções, propositadamente, à espera da reação paraguaia. O Brasil descartou fechar a fronteira ou o comércio em Foz do Iguaçu. (Págs. 1 e A13)
Fotolegenda: Planos ousados
Após voltar à bolsa, a Vigor tem planos ousados de captar R$ 200 milhões por ano para investir. "Somos geradores de caixa com dívida quase zero", disse o presidente Gilberto Xandó. (Págs. 1 e B16)
Pacote deve reduzir a TJLP para até 5%
O novo pacote de estímulos aos investimentos, que o governo deve lançar nos próximos dias, deverá reduzir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Essa taxa, que é cobrada nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está em 6% ao ano desde junho de 2009 e, segundo o Valor apurou, tende a ser cortada para 5,5% ou mesmo 5% ao ano.

No pacote haverá um forte estímulo às compras governamentais, por meio da regulamentação das margens de preferência para produtos nacionais nas compras para a área de saúde e da ampliação da lista de itens para aquisição do Ministério da Educação. O governo espera gastar mais de R$ 60 bilhões neste ano em compras públicas, ante R$ 51,7 bilhões em 2011, segundo dados do Ministério do Planejamento. (Págs. 1 e A4)
BIS vê risco de crédito no Brasil
O Banco Internacional de Compensações (BIS), banco dos bancos centrais, aponta riscos na expansão sem precedentes do crédito no Brasil, China e outros emergentes, como o boom imobiliário e o endividamento crescente de famílias e empresas. No Brasil, Argentina e Turquia o crédito cresceu mais rápido que o PIB, superando a tendência de longo prazo ("gap de crédito"). O Brasil entrou na zona de risco, com "gap" de 13,52 pontos percentuais. A proporção do PIB que famílias e empresas do Brasil gastam com pagamento de dívidas é a maior desde fins dos anos 1990. (Págs. 1 e C14)
Perda de espaço revolta PT na Câmara
O grupo majoritário da bancada do PT na Câmara dos Deputados quer assumir o comando do partido nas eleições internas de 2013 com o objetivo pressionar o Palácio do Planalto a ampliar a participação do partido nos espaços e nas decisões do governo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um de seus principais alvos. Havia a expectativa de que a saída de Ricardo Flores levasse a Previ de volta à esfera de influência petista, o que não ocorreu. Credita-se a essa insatisfação, por exemplo, as recentes denúncias contra o BNB. O ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, vê crescer sua cotação como o ministro capaz de destravar o governo, que esse grupo considera paralisado. (Págs. 1 e A6)
PRI já comemora volta ao poder no México
A uma semana das eleições, Enrique Peña Nieto comemorou ontem sua vitória na disputa pela Presidência do México. Era um comício para fechar a campanha do principal partido da oposição na capital, mas as 120 mil pessoas que lotaram o campo de futebol e as arquibancadas do Estádio Azteca já celebravam a volta ao poder, depois de doze anos, do Partido Revolucionário Institucional (PRI).

Pouco confiáveis, as pesquisas começaram a coincidir nos últimos dias e ontem atribuíam a Peña Nieto entre 40% e 45% dos votos. Seus maiores rivais, Andrés Manuel López Obrador (25% a 30%), candidato do Partido da Revolução Democrática (PRD) e a governista Josefina Vázquez Mota (23% a 27%), do Partido da Ação Nacional, dizem que esses dados são manipulados e desmentidos por pesquisas próprias, que nunca mostraram. (Págs. 1 e A12)
Empresas que dispensam os chefes
Assim como muitas empresas de tecnologia, a Valve, fabricante de videogames de Bellevue, no Estado de Washington, oferece a seus funcionários um café de alta qualidade, massagens de graça e serviço de lavanderia. Mas há uma coisa que ela não tem: chefes.

As empresas vêm achatando sua hierarquia nos últimos anos, eliminando camadas gerenciais intermediárias que podem criar gargalos e diminuir a produtividade. O punhado delas que levou a ideia um passo adiante, dispensando inteiramente os chefes, diz que a abordagem ajuda a motivar os empregados e torná-los mais flexíveis - mesmo que isso signifique que algumas tarefas, como tomada de decisões e contratações, possam demorar mais. (Págs. 1 e D3)
Irmandade Muçulmana vence a eleição para presidente no Egito (Págs. 1 e A12)

Estados Unidos tentam reduzir à metade valor da retaliação do Brasil no caso do algodão (Págs. 1 e A2)

Investimentos ligados à energia devem somar R$ 1 tri até 2020 (Págs. 1 e Valor Setorial)

Cai exportação para o Mercosul
Medidas protecionistas na Argentina reduzem as exportações brasileiras para o Mercosul em 10,3%, de janeiro a maio. Outros países da América do Sul, como Venezuela e Colômbia, ganham importância. (Págs. 1 e A3)
Importações crescem menos
O crescimento das importações, em volume, desacelerou neste ano. De janeiro a maio, o aumento nos desembarques foi de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o crescimento havia sido de 14,2%. (Págs. 1 e A3)
Seguros
Ascensão das classes C e D impulsiona o segmento de seguros massificados, que ganha importância na estratégia das seguradoras. Na Lojas Marisa, em parceria com Itaú Seguros e Assurant, a participação dos seguros na receita financeira já é de 15%, diz Arquimedes Salles. (Págs. 1 e Caderno Especial)
Parceria internacional
A Ecom, maior comercializadora independente de energia do Brasil, fez acordo com a britânica Energy Quote para a gestão dos contratos de energia das empresas atendidas pela Quote com subsidiárias no país. (Págs. 1 e B11)
Mercosul reduz plantio de trigo
A área de plantio de trigo nos países do Mercosul deverá somar 7,2 milhões de hectares na safra 2012/13, uma queda de 7% em relação ao ciclo anterior. A retração é liderada por Argentina e Brasil. (Págs. 1 e B15)
Oportunidades na bolsa
Levantamento do Valor Data com ações que possuem ao menos 70% de presença em bolsa mostra que, das 20 que mais subiram no ano até 21 de junho, só quatro fazem parte do Ibovespa. (Págs. 1, D1 e D2)
Grafistas veem luz no fim do túnel
Se o Ibovespa cair, os investidores ainda poderão comemorar, desde que não abaixo dos 52.500 pontos. Quando ocorre o recuo de um ativo, mas não até a mínima de referência, pode ser sinal de reversão de tendência, segundo a análise gráfica. (Págs. 1 e D2)
Leitura reduz prisão
Medida do governo federal estabelece a redução de quatro dias na pena de prisão de condenados em presídios federais a cada livro lido pelo detento, que terá de apresentar resenha da obra ao juiz. Advogados questionam a iniciativa, feita por portaria. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Edward Amadeo

Estimular a economia por meio do crédito é estratégia arriscada que pode exacerbar descompasso entre oferta e demanda. (Págs. 1 e A14)

Jairo Saddi

Risco da proteção contra o superendividamento é acabar com o acesso ao crédito a quem mais precisa dele. (Págs. 1 e A15)
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