PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, abril 18, 2007

HAPPY-HOUR: "RATOS E URUBUS LARGUEM..."







[Chargistas: Frank,Humberto,Amorim,Sponholz].

VISITA DO PAPA: UM OLHO NO BRASIL, OUTRO NA CHINA

Bento XVI completa dois anos de Pontificado atento a Brasil e China.

CIDADE DO VATICANO - O Pontificado de Bento XVI completará na quinta-feira seu segundo ano, e o Papa comemorará a data com as atenções voltadas para a viagem de maio ao Brasil - que concentra metade dos católicos do mundo - e preparando a carta que será enviada aos católicos chineses. Dois anos se passaram desde 19 de abril de 2005, quando às 17h50 (12h50 em Brasília) a fumaça branca que saía pela chaminé da Capela Sistina anunciou ao mundo que havia um sucessor de João Paulo II, o cardeal alemão Josep Ratzinger. Ratzinger completou há dois dias 80 anos. Fisicamente está bem, mostra-se contente, afetuoso e próximo. O terceiro ano de Pontificado se anuncia com grandes desafios, como a melhoria das relações com as igrejas ortodoxas, com o mundo islâmico e com a China, onde os católicos são perseguidos pelo regime comunista. Um dos objetivos do Pontificado, como disse na primeira missa que oficiou como Papa, é promover a unidade dos cristãos, um caminho que não se apresenta como fácil, devido às fortes diferenças que separam a Santa Sé e o Patriarcado Ortodoxo de Moscou, que continua acusando Roma de proselitismo. Embora nos últimos meses as duas igrejas tenham realizado reuniões, um encontro entre Bento XVI e o poderoso patriarca Alexei II não parece próximo e menor ainda é a possibilidade de uma viagem do Papa a Moscou, um sonho que João Paulo II não pôde cumprir. As relações com o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla são fluentes e prova disso foi a visita de Bento XVI a Istambul, em novembro, uma viagem que também serviu para recompor as relações com o mundo islâmico após o polêmico discurso feito em setembro, em Regensburg (Alemanha). No discurso, o Papa comentou o diálogo entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo e um erudito persa, no qual o líder dizia que 'Maomé não tinha trazido nada inovador exceto a ordem de espalhar a fé mediante a espada', o que gerou revolta no mundo muçulmano. Os gestos realizados durante a viagem, entre eles as manifestações favoráveis à entrada da Turquia na União Européia e a reza durante alguns minutos no Mihrab da Mesquita Azul de Istambul, o lugar voltado para Meca, devolveram aparentemente a tranqüilidade. Mas uma tranqüilidade aparente, pois recentemente o imame de Al-Azhar (Egito), o xeque Mohammed Sayyed Tantawi, considerado uma das autoridades máximas sunitas, cancelou a visita que faria em 22 de março ao Vaticano, devido, segundo fontes religiosas, à pressão dos setores mais intransigentes do Islã, que continuam sem 'perdoar'. Por isso, o restabelecimento das boas relações será um dos objetivos do terceiro ano de Pontificado. Também é aguardada a carta que o Papa anunciou que escreveria aos católicos chineses, após a cúpula realizada no final de janeiro com os bispos do país e na qual o Vaticano manifestou a vontade de prosseguir 'o caminho de um diálogo respeitoso e construtivo' com as autoridades para 'superar as incompreensões do passado'. Os católicos na China, entre 13 e 15 milhões de pessoas, estão divididos entre a Igreja Patriótica, controlada pelo Partido Comunista, e os católicos fiéis ao Vaticano, que são perseguidos e presos. O país é um dos poucos que não têm relações com o Vaticano. O Governo exige o rompimento das relações diplomáticas com Taiwan e o fim da 'interferência' da Santa Sé nos assuntos internos. Bento XVI considera a Ásia - onde os cristãos são minoria, com exceção das Filipinas - como um das regiões do mundo para a nova evangelização. O olhar também está voltado para a América Latina, onde vive metade dos 1,3 bilhão de católicos do mundo. O avanço das religiões evangélicas na região e a secularização preocupam o Vaticano. Bento XVI permanecerá de 9 a 14 de maio no Brasil e inaugurará a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe (Celam), quando dará respaldo à Igreja do continente que João Paulo II chamou 'da esperança'. Também se espera um documento sobre a missa tridentina, celebrada em latim, restringida pelo Concílio Vaticano II, que pode significar a volta à Igreja Católica dos 'lefrebvianos', seguidores do arcebispo cismático Marcel Lefebvre. A missa em latim nunca foi oficialmente suspensa, mas caiu em desuso após o Vaticano II, que introduziu a atual. Até agora, para oficiá-la, deveriam ser recolhidas assinaturas e pedir a permissão ao bispo da diocese, que podia rejeitar o pedido. O 'Motu Proprio' (documento) de Bento XVI permitirá celebrá-la de maneira quase automática se forem pedidas por um certo número de pessoas, como ocorre com outros ritos, como o bizantino, o moçárabe ou o sírio-antioquiano. Este ano Bento XVI escreveu um livro sobre Jesus, com o objetivo de recuperar a identidade cristã; viajou para Espanha e Polônia e nomeou um novo 'primeiro-ministro', o cardeal Tarcisio Bertone, um novo passo na renovação da Cúria; mudanças que, segundo os observadores vaticanos, ocorrem de forma mais lenta do que se esperava do Papa. Agência EFE, JB Online.

CARTEL EM CERVEJARIAS HOLANDESAS: "HIC!"

Cervejarias são multadas por formação de cartel.

Três cervejarias holandesas foram multadas em 273,7 milhões de euros (US$ 372 milhões) pela Comissão Européia nesta quarta-feira (18) por fixarem preços em seu mercado doméstico. A Heineken foi a mais penalizada. A InBev, formada em 2004 pela união da belga Interbrew e da brasileira AmBev, não recebeu multa por ter fornecido o que a Comissão chamou de "informação decisiva" sobre o cartel. A chefe antitruste da União Européia, Neelie Kroes, prometeu ampliar as multas para cartéis no futuro, após ter imposto o pagamento de 219 milhões de euros à Heineken, na sétima maior multa aplicada pela Comissão por violação de regras concorrenciais no bloco de países. Cartel teria sido formado entre 1996 e 1999. As evidências "mostraram que Heineken, InBev, Grolsch e Bavaria formaram um cartel ilegal na Holanda", afirmou a Comissão. "Os principais executivos dessas companhias sabiam muito bem que o procedimento era ilegal, mas seguiram adiante e tentaram encobrir as provas", disse Kroes. O cartel era para a venda de cerveja em hotéis, restaurantes, cafeterias e supermercados. A cervejaria Grolsch foi multada em 31,7 milhões de euros e a holandesa Bavaria - que não está relacionada à empresa de mesmo nome na Colômbia controlada pela SABMiller - terá que pagar 22,9 milhões de euros. A Comissão Européia disse que as evidências de formação de cartel de cerveja entre 1996 e 1999 incluem notas escritas à mão e provas de datas e locais em que encontros foram realizados. A Grolsch e a Bavaria informaram que vão recorrer da decisão. A Heineken disse ter ficado surpresa com a decisão e afirmou que a multa é excessiva e injustificada, e que também pretende apelar. g1.com Reuters.

OPERAÇÃO HURRICANE: "COSA NOSTRA" É PINTAINHO PERTO DA "MÁFIA DO JUDICIÁRIO et al." (*)

Dossiê mostra ligação do Judiciário com máfia dos jogos. Escutas da PF obtidas pelo Estado revelam negociações entre intermediários de bicheiros e irmão de ministro do STJ para obter sentenças favoráveis à máfia.

Ao longo de suas 2.878 páginas distribuídas em 12 volumes recheados de grampos, relatórios e documentos apreendidos, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal descrevem uma organização criminosa claramente associada ao Judiciário e dedicada a pagar propinas em troca de decisões judiciais favoráveis aos interesses de proprietários de locadoras de máquinas de videopôquer, caça-níqueis e casas de bingo. No último dia 13 de abril, a Operação Hurricane (Furacão) prendeu 25 pessoas, entre juízes, policiais, advogados e bicheiros. O relato da investigação, obtido pelo Estado, mostra que a PF conseguiu mapear uma rede de negociações entre intermediários dos bicheiros e bingueiros e o advogado Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, além de outros expoentes do Poder Judiciário. Conforme os grampos telefônicos, Virgílio chegou a pedir R$ 1 milhão - depois reduzido para R$ 600 mil - para obter de seu irmão ministro uma decisão favorável à empresa Betec Games, dona de caça-níqueis apreendidos por decisão judicial no Rio. No inquérito, a PF aponta que Virgílio Medina, preso pela PF, atuou “com o único propósito de fazer a intermediação e negociação da decisão a ser proferida por seu irmão”. O ministro Medina concedeu decisão favorável à empresa. Por conta dos indícios de envolvimento de Paulo Medina no caso, o inquérito passou a ser conduzido no STF, encarregado de investigar ministros de tribunais superiores. Outro braço no Judiciário apontado na articulação com a quadrilha envolve o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, José Eduardo Carreira Alvim, também preso na operação. Alvim concedeu liminares favoráveis às empresas de bingo. A PF afirma que o próprio magistrado, “ciente da teratologia (monstruosidade) dessas decisões”, cita, nos grampos, que, “se o recurso for para Paulo Medina”, no STJ, “terá êxito, caso contrário, não”. A PF obteve os detalhes da operação que teria acertado o pagamento de R$ 1 milhão ao advogado Virgílio Medina porque instalou, com autorização do Supremo Tribunal Federal, escutas ambientais no escritório do advogado e do desembargador Carreira Alvim. Nas investigações, a PF identificou ainda uma conexão eleitoral. Um policial civil - Marcos Bretas - teria sido encarregado por bingueiros e bicheiros de centralizar a negociação de recursos para financiar candidaturas (aparentemente de deputados) às eleições de 2006. O fio da meada foi a abertura de uma investigação, conforme ofício do procurador-geral da República, Antônio de Souza, encaminhada ao STF em 2006, pela inteligência da PF, para “apurar crimes praticados por uma organização criminosa, composta por proprietários de locadoras de máquinas de videopôquer, caça-níqueis e casas de bingo, intermediários e servidores, dedicada à exploração de jogos de azar, intermediação ilegal de componentes eletrônicos e prática de crimes contra a administração pública”. A PF identificou, em grampos autorizados, que a organização - representada pela empresa Betec Games - tinha interesse na liberação de caça-níqueis apreendidos por liminar da Justiça Federal em Niterói. “Há indícios de que decisões exaradas (registradas) pelo desembargador federal Carreira Alvim foram obtidas através de acordos prévios entre os lobistas-advogados Sérgio Luzio Araújo e Silvério Nery Cabral Júnior (genro de Carreira Alvim), com provável motivação venal” do desembargador. A decisão de Carreira Alvim que beneficiava a Betec foi cassada pela primeira Turma do TRF do Rio em junho de 2006. A organização criminosa, então, entrou com a reclamação 2.211/2006, distribuída ao ministro Paulo Medina. A quadrilha passou então a se movimentar para obter os serviços do escritório do irmão do ministro, Virgílio Medina. Com os grampos, a PF identificou os contatos do advogado Sérgio Luzio com o irmão de Medina. Primeiro, acertou-se a cobrança de R$ 1 milhão para a atuação de Virgílio. O valor caiu até chegar a R$ 600 mil, divididos em 20% na entrada e 80% no sucesso, após a decisão do ministro Medina. Sônia Filgueiras, O Estadão.
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(*) Cosa Nostra (Coisa nossa em português) é o nome pelo qual é conhecida a Máfia siciliana. Nos Estados Unidos, Cosa Nostra é como os membros da máfia ítalo-americana se referem às suas organizações ou negócios criminosos. Tambem é como é conhecida máfia na região da Sicilia-Itália, pois naquele país ela é conhecida por outros nomes. Os mafiosos passam a também desenvolver outras atividades ilícitas como contrabandos de cigarros e extorsão à comerciantes e residentes de determinadores setores das cidades em que a máfia se encontra presente para obtenção de dinheiro mediante o uso da violência. Neste sentido, as extensas e lucrativas atividades mafiosas começam a chamar a atenção das autoridades de justiça e também da opinião pública. Os integrantes da máfia começam a ser perseguidos. E é neste momento que se da início a construção de uma relação de cooperação entre mafiosos e autoridades públicas (políticos, juízes, policiais, etc.) com o objetivo da preservação da ilegalidade. Juízes passam a fazer julgamentos parciais. Policiais mostram-se ineficientes. Políticos solicitam aos juízes e aos policiais que não processem ou prendam determinada pessoa. Mafiosos começam a colaborar com campanhas políticas. Cria-se, portanto, o que o Salvatore Lupo não definiu, a Máfia-Estado, onde os mafiosos consolidam a sua interferência, ou até a captura dos agentes públicos, os quais passam a representar no interior do Estado os interesses mafiosos. (Wikipedia.org - português).

PENÁPOLIS: SANEAMENTO BÁSICO (nem tudo está perdido...)

A pequena Penápolis vira exemplo. Cidade do interior de São Paulo aprimorou aexecução de programas de saneamento e ganhou o prêmio faixa Bronze.

A cidade de Penápolis, no interior de São Paulo, está ilhada, no bom sentido, do surto de dengue que acomete a maioria das cidades vizinhas. A justificativa pode estar nas boas práticas da área de saneamento que fizeram a autarquia municipal, Departamento de Água e Esgoto de Penápolis (Daep), receber a faixa Bronze do Prêmio Nacional da Gestão Pública (PQGF). A autarquia oferece 100% de água tratada para os 60 mil habitantes e devolve 100% do esgoto tratado às vias fluviais, além de realizar ações de prevenção às doenças endêmicas. O diretor presidente do Daep, Lourival Rodrigues dos Santos, diz que receber importante premiação é um reconhecimento ao trabalho que é desenvolvido há anos. “Nos inscrevemos em 2005, quando fizemos as adequações para melhorar o sistema de gestão e agora fomos contemplados”, diz ele. Segundo o diretor, em gestões passadas, o Daep promoveu ações para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Em Penápolis, a água é captada, tratada e distribuída para toda a população, além de cuidar de 100% da coleta de resíduos sólidos. O Daep é responsável pela varrição de toda a cidade e também faz a coleta seletiva de 100% do lixo. A autarquia municipal formou uma cooperativa de recicladores e essa iniciativa garantiu mais alguns prêmios para a empresa, como o recente título cidade cidadã conferido pela Câmara dos Deputados.Mas qual é o segredo? O diretor-presidente da empresa responde que o segredo é a gestão participativa da população. E, no orçamento participativo, o conselho deliberativo da empresa é representado pelos usuários, sempre em busca da qualidade. Essa preocupação pela qualidade, que já é uma cultura dentro da empresa, garantiu que todos os departamentos da empresa recebessem a certificação ISO 9000 da Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo (USP). Lourival Rodrigues conta que a empresa ainda oferece para a população a lavagem das caixas d´água. “Em todos os imóveis, é feita assepsia, porque nós tratamos a água e entregamos para a população. Mas, se o reservatório estiver contaminado, o produto final é comprometido e todo o sistema de gestão é afetado. Nesses sistemas não pode haver falhas’, diz ele. Outro serviço disponível para a população é o controle de vetores, ou seja, equipes de servidores fazem a desratização e desbaratização. No aterro sanitário da cidade, que tem a certificação 9.7 da Cetesb, o próximo passo será a instalação de uma usina de resíduos de construção. Na usina de reciclagem de lixo, uma cooperativa de recicladores foi criada e cumpre. O papel social de acesso à cidadania para pessoas que foram tiradas das ruas e agora trabalham de forma cooperada. O prefeito da cidade, João Luís dos Santos, destaca que a gestão pública pode dar resultados fazendo bom uso dos instrumentos disponíveis. A cidade integra o Consórcio Ribeirão Lageado, já dentro da nova lei de Consórcios Públicos Municipais, que reúne três municípios com propósitos comuns de preservação das áreas de mananciais, recuperando as matas ciliares, as microbacias - tudo para melhorar a qualidade de vida da população. Com os investimentos recebidos de diversas fontes e canalizados para boas práticas de gestão na área sanitária, Penápolis nota a redução dos gastos com saúde e melhorias consideráveis em indicadores como a mortalidade infantil e doenças provocadas pela falta de saneamento básico. Na água oferecida é acrescentado flúor e o índice de cárie entre a população caiu drasticamente. Mais uma economia para a cidade. Por essa engrenagem que surpreende, Penápolis é uma cidade daquele Brasil que funciona, que atrai especialistas de diversos lugares para aprender, como disse o vice-presidente da República, José Alencar, ao premiar a empresa. Ele ainda comentou que o prêmio é resultado da aplicação dos servidores e citou a funcionária Vera Lúcia Nogueira, que tem 29 anos de casa. O Daep é um ano mais velho. O Estadão.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Situação é tranqüila no morro da Mineira na manhã desta quarta-feira. Policiais do Batalhão de Operações Especiais ocupam o local por tempo indeterminado.Confronto na terça-feira (17) causou 13 mortos. g1.com
Incor: ACM apresenta insuficiência cardíaca. Senador está internado desde terça-feira (17) na UTI do Incor em São Paulo. ACM mantém alimentação e comunicação 'preservadas'. g1.com SP.
Em greve, PF faz operação-padrão e suspende serviços. Sindicato acredita que greve tenha adesão total; passaportes não estão sendo emitidos e passageiros enfrentam filas nos embarques de aeroportos do País. O Estadão.
Luciano Coutinho será o novo presidente do BNDES, diz fonte. Luciano Coutinho é o nome sugerido pelo próprio presidente Lula e, com a escolha, se for confirmada, encerra a disputa entre Miguel Jorge e o ministro da Fazenda. Renata Veríssimo, O Estadão.
Quatorze feridos na colisão do catamarã no cais da Praça XV. A Barcas S/A informou que o catamarã social Gávea I, que bateu contra a plataforma de desembarque no cais da Praça XV, no Centro do Rio, deixou 14 pessoas feridas. Segundo nota da concessionária, os ferimentos são leves e as vítimas estão sendo atendidas pelo Corpo de Bombeiros no próprio local. A embarcação apresentou um problema na chegada à estação por volta de 12h10. A concessionária irá apurar as causas do acidente. g1.com RJ.
ABRIL VERVELHO. Sem-terra permanecem em 15 pedágios no PR. Sete praças foram desocupadas nesta quarta-feira. Motoristas passam sem pagar nos locais que permanecem ocupados. g1.com SP.
Vacas transgênicas argentinas produzirão leite com insulina. O projeto quer baratear os custos da produção em até 30%, além de transformar o país, que tem tem 1,5 milhão de diabéticos, em exportador do remédio. BUENOS AIRES - Os bovinos poderão se tornar uma alternativa na luta contra o diabetes. Isso graças a um projeto argentino pioneiro, em que vacas clonadas e transgênicas serão capazes de produzir em seu leite um precursor da insulina humana. Efe, O Estadão.
PF encontra dossiê que liga mais 5 desembargadores com máfia de jogos. A PF apreendeu dossiês, fotos, vídeos e documentos na casa do ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim. Ele foi preso na sexta-feira passada com mais 24 pessoas pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês) --que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia de jogos. Andreza Matais. Folha Online.
Cabral diz que Rio não será palco de guerras. RIO - O governador Sérgio Cabral voltou a elogiar a atuação da polícia e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, durante a guerra entre traficantes no Morro da Mineira, na manhã desta terça-feira, no Catumbi, Zona Norte. Marcello Gazzaneo, Agência JB.
LUTA NO CAMPO. Expansão de etanol e celulose ameaça reforma agrária no RJ. Governos federal e estadual têm planos para aumentar a produção de cana e eucalipto no Norte/Noroeste fluminense. Após ocupar fazendas e bloquear rodovias, MST avisa que 'latifúndio se reorganiza' e prepara resistência. Maurício Thuswohl – Carta Maior
A terceira geração da web. Na nova internet, os computadores poderão compreender o significado de textos e imagens para adivinhar o que você quer. Guilherme Ravache, Época online.

SEGUNDO ESCALÃO: É POUCO "QUEIJO"... (O PODER EMANA DO POVO...)

PMDB entrega lista para cargos em estatais e segundo escalão. Como o PT temia, parceiro de coalizão de governo avançou sobre cargos de petistas.

O PMDB deve entregar nesta quarta-feira, 18, ao ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, a relação dos quase 30 nomes de candidatos a cargos em estatais e no segundo escalão. Como o PT temia, o parceiro de coalizão de governo avançou sobre os cargos de petistas. Indicou o ex-deputado estadual Elias Fernandes (RN) para o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), hoje dirigido por Eudoro Santana, do PT do Ceará. Quem banca Fernandes é o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O Dnocs tem R$ 135 milhões para investir neste ano. Outro ataque a cargos de petistas deve ocorrer no Ibama. Depois de se convencer de que a presidência da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) ficará mesmo com Danilo Forte, indicado pela bancada do PMDB na Câmara, o deputado Jader Barbalho (PA) está buscando um novo lugar para o ex-deputado José Priante (PA), seu sobrinho. Falava-se nesta tarde que Priante, com vaga garantida em algum lugar do governo federal por causa dos serviços prestados à eleição da petista Ana Júlia Carepa para o governo do Pará, poderá ocupar a presidência do Ibama. Para isso, terá de apear o petista Marcus Barros da presidência do órgão. Mesmo com os seguidos recados de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, tenderia a rejeitar as indicações do ex-vice-governador Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas e do ex-deputado Moreira Franco para a presidência da BR Distribuidora ou para a Diretoria de Exploração da Petrobras, o PMDB decidiu bancar os nomes dos dois. Quando Dilma receber das mãos de Mares Guia a lista do PMDB, vai encontrar lá os dois peemedebistas do Rio de Janeiro, goste deles ou não. BR Distribuidora, Diretoria de Explorações da Petrobras e Furnas dispõem de quase R$ 12 bilhões para investir em 2007. "Se conseguirmos fechar a lista, vamos entregá-la amanhã (quarta) ao ministro Mares Guia", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). Ele é um dos que estão cuidando de depurar a lista de candidatos aos cargos das estatais e do segundo escalão, que no início tinha mais de duzentos nomes. Trabalha em conjunto com a líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (MA) e com o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Como um nômade, o ex-senador Maguito Vilela (GO), viu seu nome vagar por todos os lados nos últimos dias. Nesta terça, finalmente, o PMDB encontrou lugar para ele: a diretoria que cuida de projetos agropecuários do Banco do Brasil. Mas, como a cautela não faz mal para ninguém, vai dizer aos ministros Mares Guia e Dilma que, no caso de não dar certo a diretoria do BB, Maguito poderá tocar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A direção do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que tem maioria do PR, deverá abrigar um nome do PMDB, o do ex-governador de Mato Grosso do Sul Marcelo Miranda, bancado pelo governador André Puccinelli. O ex-presidente José Sarney (AP) tem a garantia de que assegurará a presidência da Eletrobrás para o PMDB. Indicou o nome de Carlos Nascimento, seu apadrinhado, que hoje comanda a Eletronorte. Com a saída de Nascimento, o nome mais cotado para ocupar a presidência da Eletronorte é o do ex-senador Luiz Otávio (PA), indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). Nesse festival de nomes de candidatos a algum cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se livrou da ex-deputada Ann Pontes (PA), para quem o deputado Jader Barbalho lutava por uma colocação. Como a governadora petista Ana Júlia Carepa chamou Ann Pontes para a presidência da Paratur (Empresa Paraense de Turismo), com essa Dilma Rousseff e Mares Guia não terão mais que se preocupar. O ex-senador Sérgio Machado (CE) deverá continuar à frente da presidência da Transpetro. Renan Calheiros conseguiu convencer o presidente Lula a não tirá-lo de lá, apesar das pressões nesse sentido feitas pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Este não perdoa Machado porque atuou intensamente em favor da candidatura de Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a presidência da Câmara. Para a Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste - instituição que cuida do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, com mais de R$ 2 bilhões anuais - a bancada do PMDB de Mato Grosso indicou o nome de Antonio Parente. Já a Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura deverá ficar com o ex-deputado Silas Brasileiro, indicado pela bancada de Minas Gerais. O PT manterá o comando da Embrapa. O próprio presidente Lula disse ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que pretende manter Silvio Crestana à frente da Embrapa. Para preencher o cargo de presidente da Eletrosul o PMDB indicou o nome do ex-deputado e ex-governador de Santa Catarina Paulo Afonso. O PT não gostou. Uma força-tarefa do partido, com a líder Ideli Salvati (SC) à frente, tenta melar a nomeação. O petistas defendem a volta do ex-presidente Milton Mendes ou então uma outra solução que poderia incluir o ex-secretário da Pesca José Fritsch ou o ex-deputado Jorge Boeira (SC). Por fim, o PMDB decidiu ainda pedir uma diretoria da Caixa Econômica Federal para o ex-senador e ex-ministro Amir Lando (RO). João Domingos, O Estadão.

CHÁVEZ & LULA: TROCANDO DE POSIÇÕES NA "CASA"

Lula e Chávez divergem sobre a criação do Banco do Sul. Eles assinaram declaração conjunta defendendo a produção de biocombustíveis.

PORLAMAR, Venezuela - Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez, defenderam a produção de biocombustíveis na América do Sul na terça-feira, 17, mas se mostraram de lados diferentes sobre a criação do Banco do Sul. Os dois chefes de Estado - junto com autoridades dos 12 países da América do Sul - assinaram uma declaração conjunta durante a 1ª Cúpula Energética Sul-americana “expressando seu reconhecimento do potencial dos biocombustíveis para diversificar a matriz sul-americana”. “Neste sentido, conjugarão esforços para trocar experiências na região, com o objetivo de chegar à eficiência máxima no emprego destas fontes, de forma que promova o desenvolvimento social, tecnológico, agrícola e produtivo”, afirma a Declaração de Margarita, como é chamado o texto assinado na ilha caribenha Isla de Margarita. Lula negou qualquer mal-estar com Chávez sobre as críticas recentes do venezuelano ao uso de alimentos para produção de combustível.
Durante a elaboração do texto, o Brasil manteve uma posição diferente da Venezuela e da Bolívia na questão do etanol, informaram fontes da Presidência brasileira. Bolívia e Venezuela queriam incluir na declaração um item que defendesse a compatibilidade da produção de biocombustíveis com as preocupações de produção agrícola e preservação do meio ambiente. Segundo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o texto foi trocado para incluir todas as formas de combustível, não apenas o etanol. “Os países querem assinalar a importância de assegurar a compatibilidade entre a produção de todas as fontes de energia, a produção agrícola, a preservação do meio ambiente e a promoção e defesa das condições sociais e trabalhistas dignas, assegurando o papel da América do Sul como região produtora eficiente de energia.”
Após a Cúpula, Lula ressaltou que a produção de etanol não pode substituir a produção de alimentos, uma das críticas que Chávez fizera ao projeto de biocombustíveis. “Obviamente que não existe nenhuma possibilidade da competição entre a produção de alimento e a produção de biocombustível. Ou seja, ninguém vai deixar de plantar feijão, ninguém vai deixar de plantar arroz para plantar biocombustível”, disse Lula à imprensa. “O problema do alimento no mundo não é a falta de produção de alimento, é a falta de renda para as pessoas comprarem alimento.”
Chávez demonstrou interesse nos biocombustíveis e defendeu que todas as refinarias de petróleo do continente tenham em suas plantas uma usina para produção de etanol, que seria usado como aditivo à gasolina, em substituição ao chumbo. “Isto implica em milhões de hectares de (plantações de) cana ou de mamona para oxigenar o combustível”, disse Chávez. Ele disse que mesmo nas refinarias venezuelanas, já estão sendo construídas plantas de etanol. O venezuelano disse que o projeto brasileiro “não tem nada a ver com a loucura americana de substituir gasolina por biocombustíveis” e anunciou que a Venezuela vai retomar a compra do etanol brasileiro.
Lula disse que a criação do Banco do Sul - uma espécie de resposta sul-americana ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, proposta por Chávez e pelo presidente argentino, Néstor Kirchner - não foi discutida pelos presidentes na Cúpula, mas afirmou que o Brasil quer participar da concepção do projeto desde o começo. “É preciso definir antes de qualquer coisa o que é o Banco do Sul, para que ele serve. Ele é um banco com a mesma finalidade do FMI, do Banco Mundial, do BNDES? Primeiro precisamos definir para que queremos o banco, para depois saber se compensa entrar ou não”, disse Lula. Chávez disse que os países sul-americanos vão continuar discutindo o assunto, mas que “não se trata de relançar o programa”. Em Washington, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dito no sábado, 14, que era preciso “rasgar” o projeto atual e começar novamente. Outra proposta de Chávez - a criação de uma espécie de Opep dos produtores de gás natural - também não foi discutida pelos presidentes da Cúpula, segundo Lula.
Durante a 1ª Cúpula Energética Sul-Americana, os presidentes concordaram com o projeto de Chávez de mudar o nome da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa) para União de Nações Sul-americanas (Unasur, na sigla em espanhol). Também decidiram criar uma secretaria permanente na capital equatoriana, Quito, já que a entidade - lançada há mais de dois anos - ainda não tinha uma sede definida. Na manhã da terça-feira, o presidente Lula teve um encontro reservado com o presidente boliviano Evo Morales. Lula saiu da reunião irritado com Morales, mas fontes do governo não souberam dizer o motivo da irritação. BBC Brasil

OPERAÇÃO HURRICANE: CAIXA 2 PARA O LEGISLATIVO/2006

Máfia ‘comandou esquema’ de caixa dois eleitoral. Marina Maggessi (PPS-RJ) é citada como beneficiária.

As investigações que resultaram na “Operação Furacão”, deflagrada na última sexta-feira (13), revelaram que a infiltração da máfia do jogo carioca não se limita ao Judiciário, ao Ministério Público e à polícia. Chega também ao Legislativo. O inquérito da Polícia Federal, ao qual o blog teve acesso parcial na noite desta terça-feira (17), informa que parte do dinheiro sujo do jogo irrigou o caixa dois da campanha de 2006. A PF atribuiu a Ailton Guimarães Jorge, conhecido no mundo da contravenção como capitão Guimarães, o comando do “esquema de contribuição para campanha.” Além de barão do jogo, Guimarães é presidente da Liga da Escola de Samba do Rio de Janeiro. O inquérito menciona como suposta beneficiária do caixa dois do jogo a deputada federal Marina Maggessi (PPS-RJ). Não há na parte do processo folheada pelo repórter nenhuma menção a cifras. Há, porém, a transcrição de um diálogo telefônico captado em agosto de 2006 por meio de escuta telefônica. De um lado, estava o agente da Polícia Civil do Rio Marcos Antonio dos Santos Bretas, conhecido na corporação como Marcão. Do outro, encontrava-se outro policial civil, identificado pela PF como Fernando “Salsicha”. Segundo as conclusões expostas pela PF no inquérito, Marcão agiu como preposto da máfia do jogo. Salsicha seria o intermediário da então candidata Marina Maggessi, ela própria inspetora licenciada da polícia civil carioca. A certa altura da conversa, bisbilhotada pela PF com autorização judicial, Marcão informa: “Está entregue.” E Salsicha: “Tu é bom mesmo!” . Ao reproduzir o diálogo, a PF dá a entender que a deputada do PPS acompanhava Salsicha no instante em que ele falava ao telefone. “Nesse momento”, diz um trecho da papelada do inquérito policial, “Marina Maggessi, que está ao lado de Fernando, manda esse mandar um beijo para Marcão.” O blog tentou ouvir Marina Maggessi na noite desta terça. Não conseguiu. Localizou, porém, uma assessora do gabinete mantido pela deputada na Câmara. Ela comprometeu-se a intermediar o contato com a parlamentar. O repórter forneceu o telefone. Mas nem a deputada nem a auxiliar dela telefonaram de volta. A PF anota no processo que a máfia do jogo injetou recursos nas campanhas de “outros candidatos a cargos políticos nas eleições de 2006”, sempre sob os auspícios do Capitão Guimarães. Na parte do inquérito que foi consultada pelo blog, porém, não há menção a nenhum outro nome. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

CHÁVEZ & ÁLCOOL (ETANOL): A "CHAVE" DA "CASA"?

Chávez dá sinal de concordância com etanol em reunião. O presidente venezuelano propôs na cúpula que o plano de integração energética inclua a construção de usinas de etanol ao lado das refinarias de petróleo.

ISLA MARGARITA, Venezuela - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou nesta terça-feira, 17, na abertura da reunião de cúpula sul-americana, que seu país vai retomar a importações de etanol do Brasil,interrompidas desde outubro do ano passado. O álcool na Venezuela é utilizado na mistura com a gasolina em proporções de 10% por litro. Em um sinal de que não vai se manter contrário à expansão da produção de biocombustíveis, Chávez propôs ainda que na América do Sul o plano de integração energética inclua a construção de usinas de etanol ao lado das refinarias de petróleo, como meio de facilitar a mistura dos dois combustíveis. "Isso significará o cultivo de milhões de hectares de cana e de palma africana, para oxigenar a gasolina", disse. Essa proposta consta do anteprojeto de um tratado energético que seria firmado no futuro entre os países sul-americanos. Durante a reunião de cúpula, Chávez se antecipou e entregou a cada um dos participantes uma cartilha com proposta detalhada. Para cada um dos tópicos que levantou - petróleo, gás, energia alternativa e economia de energia - apresentou um modelo focado na capacidade produtiva e exportadora da Venezuela. Na área de gás, Chávez destacou a exploração do gás do projeto Delta-Caribe, no Norte da Venezuela, que é uma das maiores reservas de gás do mundo e praticamente inexplorada. Esse gás, que seria levado a centros industriais, fariam dois caminhos: a produção de gás natural e liquefeito para exportação e três gasodutos: o Gasoduto do Sul, para o qual sugeriu um traçado adicional que cortaria o Brasil de norte a sul; o Gasoduto Transoceânico, que cortaria horizontalmente do pacífico ao atlântico e o Gasoduto Transandino que começaria com um trecho entre a Venezuela e a Colômbia mas que depois poderia alcançar a América Central. Chávez também defendeu que a América do Sul amplie o consumo do gás em veículos. Calculou que se a Venezuela, hoje, substituísse a gasolina pelo gás, economizaria US$ 10 bilhões. Na área de petróleo, Chávez destacou que a Venezuela reservou um bloco nas jazidas do Rio Orinoco com reserva estimada de 10,5 bilhões de barris somente para empresas da América do Sul. "Queremos colocar o petróleo à disposição da América do Sul. Chávez também, propôs que os bônus pagos por empresas estrangeiras para explorar petróleo nessa região, estimados em US$ 5 bilhões, sejam destinados à formação de um fundo de financiamento de projetos para o setor. Ele lembrou que não só as companhias sul-americanas mas de outros países que atuam nessa região têm de pagar os bônus e ressaltou: "as americanas estão aí também como Chevron entre outras. Nós não vamos tirá-las daí", disse. "Nós propusemos que a Unasur (sigla que deu para a União Sul-americana) comece a trabalhar no que possa ser um tratado energético capaz de ativar decisões técnicas e financeiras para criar um sistema de produção distribuição e conhecimento de energia na região", afirmou. Ao término de sua exposição, Chávez deu oportunidade para os demais se manifestarem. Mas a atitude foi acompanhada de um silêncio constrangedor. "Dizia um professor meu que quando todo mundo fica em silêncio ou entendeu ou não entendeu nada", afirmou Chávez bem-humorado. O silêncio só foi rompido pelo presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, que pediu explicações a Chávez sobre a experiência em Isla Margarita de economia de energia a partir da troca das lâmpadas. Depois de dois anos, Chávez finalmente conseguiu mudar o nome da Comunidade Sul-Americana de Nações para União Sul-Americana. Nas duas últimas reuniões de cúpula Chávez várias vezes debochou da sigla "Casa", sugerida pelo ministro Celso Amorim. "Casa não quer dizer nada, afirmou Chávez em dezembro, durante a reunião da cúpula da comunidade em Cochabamba na Bolívia. Desta vez Chávez conseguiu o consenso dos outros países da América do Sul, inclusive do Brasil, para a mudança do nome e para a concentração de sua atuação na área energética e, finalmente, para o início de um processo de institucionalização desse mecanismo, orientado para integração dos países da região. A União Sul-Americana deverá contar com um conselho dirigido por um secretário executivo e ter a sede no Equador. Durante sua exposição na abertura da reunião de cúpula da comunidade, Chávez sugeriu para a secretaria executiva o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Ele acabou surpreendendo o próprio Pinheiro Guimarães e todos os outros chefes de Estado presentes ao encontro. "Eu continuo a ser apenas o secretário geral das Relações Exteriores", afirmou Pinheiro Guimarães à Agência Estado. "Ninguém falou antes em Samuel. Soubemos isso por meio de Chávez", afirmou uma autoridade argentina. Denise Chrispim Marin, O Estadão, 17.