PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, outubro 17, 2013

... E O VENTO LEVOU *

17/10/2013
PSB ainda mantém cargos estratégicos no governo federal


Apesar da saída de ministros, integrantes do partido de Eduardo Campos que ocupam segundo escalão permanecem na máquina

João Domingos Fábio Fabrini / Brasília


Quase um mês depois de romper com o governo Dilma Rousseff e anunciar a devolução dos cargos de confiança, o PSB ainda mantém postos estratégicos na administração federal, com alto potencial eleitoral e responsáveis pela gestão de milhões de reais.

Entre eles está o presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, indicado para o posto pelo presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

A Chesf tem R$ 4 bilhões em obras contratadas e é um dos objetos de desejo dos partidos que se mantiveram fieis à presidente. Nos últimos sete dias ele fez duas viagens a Brasília para participar de cerimônias envolvendo a Chesf, uma delas sobre os 65 anos de criação da estatal. A assessoria dele informou que nenhuma carta de demissão foi entregue ao governo. Sua intenção é ficará frente da estatal até ser notificado de que deve sair.

Ocupante de cargos nos conselhos de administração do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Roberto Amaral informou que já pediu para sair dos dois postos. Aguarda a definição do governo, que deverá ser publicada no Diário Oficial Marcelo Dourado, presidente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), mostrou ao Estado carta do dia 1°, na qual ele pede demissão.Ele foi indicado para o cargo pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dos principais articuladores políticos de Campos. "Tenho minhas convicções partidárias. Estou fora. Mas não posso simplesmente trancar a porta, pois não tenho para quem entregar as chaves." A superintendência é responsável por ações de desenvolvimento e erradicação da miséria no Centro-Oeste. Em 2013, o orçamento autorizado é de R$ 230,7 milhões.

Indicado por Campos, o coronel Humberto Vianna, secretário Nacional de Defesa Civil, disse que já pediu demissão. Ele manifestou esperança de que o Diário Oficial de hoje traga sua exoneração. A secretaria é responsável pelos programas de prevenção e socorro de vítimas de enchentes. Só pelo Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres, o órgão pagou R$ 942 milhões este ano.

Jenner Guimarães do Rego, secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração, afirmou por intermédio de sua assessoria que é funcionário de carreira do Banco do Nordeste e que não é filiado a nenhum partido. Portanto, vai ficar no governo. Ele foi indicado por Campos.

Comanda a área responsável pelos fundos de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que têm R$ 85 bilhões de saldo aplicado em carteira 
O diretor de Bacias Hidrográficas da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), José Augusto Nunes, chegou ao governo pelas mãos do governador do Piauí, Wilson Martins, que é do PSB. Sua assessoria informou que ele não entregou nenhuma carta de demissão e que está viajando a trabalho. Emanuel Lima, superintendente da Codevasf em Juazeiro (BA), indicado pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), não foi encontrado. A superintendência é responsável por uma área com 27 municípios e mais de 1 milhão de habitantes.A cargo dela, está o terceiro maior projeto de irrigação em fase de implantação no País Só deixaram mesmo de fato suas funções os ex-ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração) e Leonidas Cristino (Portos), e seus secretários executivos.

A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto informou que não há previsão para a saída de nenhum dos ex-aliados.

PRESOS AO POSTO
Integração Nacional
- Humberto Vianna, secretário nacional de Defesa Civil do ministério, ex-secretário executivo da
Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco
- Jenner Guimarães do Rego, Secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, ex-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco

Codevasf
- José Augusto Nunes, diretor técnico, indicado pelo governador Wilson Martins (PSB-PI)
- Emanuel Lima, superintendente em Juazeiro, indicado pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA)

Sudeco
Marcelo Dourado, presidente, indicado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

BNDES/Itaipu
Roberto Amaral, integrante do Conselho de Administração

Chesf
João Bosco de Oliveira, presidente


adicionada no sistema em: 17/10/2013 01:35

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(*) Estórias do folclore caipirês paulista:

Contava-nos meu avô que um certo pai pediu ao filho que fosse até a casa do vizinho e lhe pedisse emprestado o serrote (vai-vem). 


(...) O vizinho disse que não emprestava "mais" e justificou: "-- Diga ao seu pai que, se o vai-vem fosse e viesse, o vai-vem ia, mas como eu sei que o vai-vem vai e não vem, o vai-vem não vai".

.'.
Moral da história: Pague o último ceitil de tua dívida (São Mateus 5, 26).
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SAUDADES DA CASERNA

17/10/2013
Arminio diz que Dilma repete modelo de Geisel


O ex-presidente do BC Arminio Fraga disse ao Broadcast que o governo repete modelo de Ernesto Geisel, com foco nas estatais e economia fechada. Ele vê "certa tensão no ar" causada pelo modelo de flexibilização da política econômica que vem sendo seguido desde o segundo mandato de Lula. O índice de atividade econômica do BC (IBC-Br) subiu 0,08% em agosto.


Entrevista: Arminio Fraga, sócio da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central

Governo repete modelo de Geisel, diz Arminio

Para o ex-ministro, uma economia fechada e com foco nas estatais não é a fórmula para o sucesso a longo prazo

Fernando Dantas

Arminio Fraga, sócio fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central, vê uma "certa tensão no ar" causada pelo modelo de flexibilização da política econômica que vem sendo seguido desde o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Arminio, o governo deu recentemente sinais tímidos de reversão pardal desse modelo, especialmente na política do Banco Central, mas que ainda estão longe de apontar para um caminho mais seguro para a economia brasileira. Em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado ele lembra que ajustes geralmente não ocorrem em anos de eleição, mas o próprio temor do custo eleitoral da inflação, por parte do governo, "alinha os incentivos políticos e econômicos".

Em contato constante com o presidenciável tucano Aécio Neves, Arminio não descarta participar do governo, embora ressalve que esse é um assunto a ser tratado com o candidato, e não com ele, O ex-presidente do BC também manifestou simpatia pelas ideias da dupla Eduardo Campos e Marina Silva.

Arminio acha que o adiamento do "tapering" (a redução graduai do programa de compra de títulos de longo prazo pelo Federal Reserve, o banco americano) foi uma "postergação do encontro com a realidade", e alerta que a expectativa sobre a normalização da política monetária é de que "não ocorra de forma totalmente suave". Ele lembra que o Brasil, com i déficit em conta corrente, alta inflação e questionamentos sobre a condução fiscal, está par-j ticularmente vulnerável,

* A situação brasileira ficou mais tranquila com a decisão do Fed demão começar o "tapering" em setembro?
Isso só vai adiar o momento em que a política monetária americana e em vários outros países vai voltar à normalidade. São anos de juro zero, com os bancos centrais comprando títulos e, de certa maneira, avançando num território muito desconhecido, de políticas não convencionais. Esse ambiente de alta liquidez, os bancos centrais com essa posição muito assimétrica, sempre com viés de injetar liquidez, o quanto for necessário - tudo isso vai ficar para trás. A expectativa é de que isso não ocorra de forma totalmente suave, e essa expectativa continua. Houve uma postergação desse encontro com a realidade.

* Por que o Fed adiou o "tapering"?
Foi motivado pelos próprios dados, a inflação americana continua muito baixa. Nos últimos três anos, o Fed projetou um crescimento do PIB mais alto do que acabou acontecendo. Eles estão de fato querendo sair dessa política de juro zero com muito cuidado. Mas não significa que não vão, em algum momento, mudar.
* Mas a conjuntura brasileira parece melhor do que em meados do ano?
Aqui no Brasil, a sensação de frustração com crescimento baixo e inflação alta é grande, e também não desapareceu. Há alguns sinais aqui e ali, mas nada que represente uma mudança mais radical na direção de um crescimento mais alto e de uma inflação mais baixa.

* Como o sr. avalia a atuação recente do Banco Central?
O Banco Central vem cumprindo o seu papel de apertar a política monetária, após um período longo de inflação acima da meta. Não só acima da meta, como também uma inflação que vem se beneficiando" de controles de preços, como os combustíveis e as tarifas de transporte urbano - e também de subsídios. A inflação subjacente deve ter andado por um tempo acima de 7%. É bom que o Banco Central tenha vol; tado para as suas raízes, de:. pois de um período difícil para a instituição.
* O sr. acha que esse retorno do BC a uma posição mais ortodoxa indica uma mudança mais geral da orientação da política econômica?
Ao longo desses meses, até antes das manifestações, o governo anunciou que voltaria a leiloar aeroportos e áreas de petróleo. E reconheceu também que precisava revisar os termos das concessões rodoviárias e ferroviárias, contribuiu para a aprovação de unia nova Lei dos Portos, e assim por diante. Então o governo sinalizou mudança de posição nessas áreas. Mas são sinais ainda preliminares, e há muitos desafios, tanto de formulação quanto de execução. Eu não diria que foram sinais fortes. E vem misturado com muito do modelo que já vem desde o segundo mandato do presidente Lula. Já são vários anos desse modelo.

* Quais os problemas desse modelo?
O governo continua, até prova do contrário, com uma postura geral muito fechada, antiquada. Repetindo muita coisa que a gente já viveu, principalmente nos anos 70, no governo GeiseL Um modelo com foco nas estatais, e com a economia bastante fechada. Não levo fé nesse governo como fórmula para o nosso sucesso a longo prazo. Ao contrário, acho que, se não for modificado, vai nos dar dor de cabeça.

* O sr. poderia dar exemplos concretos de como esse modelo se aplica hoje no Brasil?
Há uma ênfase muito grande no papel dos bancos públicos, E também muita ênfase na Petrobrás - curiosamente, no mesmo momento em que a Petrobrás tem de assumir uma responsabilidade muito grande no setor, asfixiou o seu caixa. O crescimento do crédito, tanto público quanto privado, traz problemas, aqui, na China, nos Estados Unidos. Pode dar alguma ressaca mais na frente. Eu não discrimino entre público e privado, o setor privado também fez as maiores loucuras e bobagens em termos de crédito nos últimos anos. Qualquer movimento de crescimento de crédito muito acelerado tem de ser encarado com bastante receio. É o caso aqui.

* Como o sr. vê a posição externa do Brasil?
Caminhamos para um déficit em conta corrente de quase 4% do PIB num momento em que o financiamento pode ficar mais escasso. É um quadro ainda bastante delicado. O Bernanke (Ben Bernanke, presidente do Fed) tirou o time do campo em setembro, mas os fatos mais adiante vão exigir a normalização da política monetária americana. Nesse momento, os países que dependem mais de financiamento, que têm déficit em conta corrente e inflação alta, vão sentir. A gente está exatamente nessa situação, e, inclusive, com nossa situação fiscal sendo questionada.

* Qual a sua opinião sobre a política fiscal hoje?
Acredito que a meta de superávit primário deveria ser superior a 2% do PIB. O Brasil tem uma dívida bruta de 60% do PIB, até mais, dependendo do critério que se usa. Nossa dívida é alta, nosso juro real é alto, nossa dívida de longo prazo paga um juro real de 5,8%, as NTN-B de prazo mais longo. É muito alto. Temos de ter um modelo macro que crie condições para que essa taxa de juros possa cair, de forma sustentável. Não é um ato de voluntarismo que vai gerar isso. É uma sequência de resultados, reforçados por defesas instituI cionais, que vai nos levar a um juro real normal, de 2%, 3% ao ano de longo prazo.

* Recentemente, Nelson Barbosas ex-secretário executivo da Fazenda, sugeriu um intervalo de meta de superávit primário. O que o sr. acha da proposta?
Há muitos anos defendo que se mantenha um superávit primário relativamente elevado para padrões globais, talvez algo em torno de 3% do PIB, mas que haja algum espaço para acomodar o ciclo, não tanto do lado da despesa - embora isso também possa ser usado em momentos mais extremos, até deva—, mas sim pelo lado da receita, os chamados estabilizadores automáticos. Então, você fez uma projeção bem feita para ter um primário de 3% do PIB com a economia crescendo 3%. Se ela crescer 5%, seu primário vai ser maior, e você não gasta de maneira pró-cíclica. E o mesmo, claro, ocorre na outra direção. Mas acho que o governo deveria ter uma meta, um número fixo, com flexibiiidade para ficar acima ou abaixo de acordo com a realidade do ciclo econômico.

* E a proposta de reduzir o custo da dívida dos Estados?
É bastante controversa num momento como este. Na minha leitura, pode ser uma chance perdida de se reformar para valer o ICMS. Isso seria uma ficha de barganha muito boa, que dá uma ceita margem para acomodar perdas e pressões e viabilizar a reforma. Temos de deixar de ter uma enciclopédia de IGMvS por Estado para ter um livrinho para o País todo.

* O sr. acha que o Brasil pode enfrentar turbulências à frente? 2014 é um ano eleitoral...
Há uma certa tensão no ar. O spread da dívida aumentou. Há um receio de que esse processo continue se não houver uma reversão nessa trajetória de flexibilização da política macro. Isso, historicamente, não só no Brasil, mas em toda a parte, não tende a ocorrer em ano de eleição. A reversão dessa flexibilização pode ficar prejudicada por um ano de eleição. Por outro lado, é claro que o governo entende que, se for chegando perto da data das eleições, e a inflação estiver incomodando, ele vai pagar um preço. Nesse sentido, os incentivos políticos estão alinhados com os econômicos. Quer dizer, não é um terreno muito ra-cil para populismo. Outro aspecto é que, curiosamente, e ao contrário de 2002, ha uma expectativa de que, se a oposição ganhar, a política econômica melhore.

Por falar nisso, o sr. tem estreitos contatos com o candidato tucano, Aécio Neves.
Tenho conversado bastante com o Aécio. Não vejo o meu papel como de campanha, mas se puder ajudar, eu pretendo fazê-lo.

* As ideias dele convergem com as que o sr. expos nesta entrevista?
Acho que sim, mas não tenho procuração para falar pelo Aécio. Mais do que essas ideias, ele tem experiência de governo extraordinária em Minas, de acreditar em boa gestão, em meritocracia, na eficiência do Estado. Isso é fundamental, porque mostra que não só faz pane da maneira como ele pensa, mas é a maneira como agiu.

* O sr. cogitaria uma participação no governo caso Aécio ganhasse?
Não está na hora de se ter esse tipo de discussão. Eu já participei duas vezes de governo, não posso descartar, de jeito nenhum. Mas é um tema que tem de ser discutido com o Aécio, não comigo.

* O que o sr. acha da união da candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva?
Estou começando a acompanhar mais de perto as declarações do governador Eduardo Campos. Ele tem o crédito de ter feito um bom governo em Pernambuco, embora eu não conheca os detalhes. O caso da Marina é interessante. Está se assessorando com economistas como Eduardo Gianetti e André Lara Resende, o que, a meu ver, dá um sinal muito positivo.


adicionada no sistema em: 17/10/2013 03:49

UM TIRO NO [TRI] PÉ

17/10/2013
Dilma e seu tripé de fantasia


Contra todos os fatos e evidências bem conhecidos no Brasil e no exterior, a presidente Dilma Rousseff negou haver abandonado o tripé da estabilidade econômica - as metas de inflação, a busca do equilíbrio das contas públicas e o regime de câmbio flutuante. 


Talvez a declaração, embora obviamente falsa, tenha sido feita de boa-fé, por desconhecimento do sentido próprio das palavras e dos fatos.


Segundo a presidente, a inflação tem ficado na meta e está sob controle, assim como as contas públicas. Só pessoas extremamente desinformadas poderiam levar a sério esse discurso.

A presidente abusa das palavras -talvez por inocência, convém admitir - ao falar sobre a inflação sob controle e "dentro da meta". A meta é obviamente 4,5% e é esse o conceito usado pelo Banco Central (BC). A margem de dois pontos para mais ou para menos é apenas um espaço de tolerância, para ser usado em circunstâncias excepcionais. A inflação nunca esteve na meta, na gestão da presidente Dilma Rousseff, e ficará longe desse ponto ainda por uns dois anos segundo projeções dás autoridades monetárias.
Classificar como "sob controle" uma inflação anual na faixa de 5,8% a 6% ou é um sinal de absoluta desinformação ou configura uma tentativa bisonha de enfeitar um cenário muito feio. Não é fácil de escolher uma das duas possíveis explicações.

A defesa da política fiscal é igualmente inepta e chega a ser quase cômica. Os resultados fiscais, muito magros e cada vez piores, só têm sido alcançados com a participação crescente de dividendos pagos por estatais e com o recurso a truques contábeis conhecidos no Brasil e no exterior. Neste ano, prêmios pagos por empresas interessadas na exploração do pré-sal devem fortalecer o caixa do governo. Há meses a equipe econômica vem listando essa receita em suas projeções, numa demonstração de quase desespero diante da piora constante das contas públicas.

Além disso, mesmo os pífios resultados fiscais só têm sido apresentados, nos relatórios do governo, graças à famigerada contabilidade criativa, conhecida e tratada como tema de piada dentro e fora do País. Talvez a presidente seja pouco informada sobre esses detalhes. Ou talvez considere os comentários sobre o assunto meras demonstrações de ma vontade e de pessimismo "adversativo". Expressões como essa indicam 1 formas peculiares de perceber e de avaliar o mundo.

A dívida bruta do setor público é também um claro indicador de uma política fiscal perigosa. Pelos cálculos do Fundo Monetário Internacional, a dívida pública brasileira está na faixa de 68% do Produto Interno Bruto (PIB), quase o dobro da média dos emergentes, em torno de 35%. Pelas contas oficiais brasileiras, a proporção é da ordem de 58% do PIB. Por qualquer critério, a situação é menos segura que a dos países da mesma categoria econômica.

Somados os principais componentes do quadro, o Brasil apresenta inflação mais alta, endividamento público maior e crescimento econômico menor que aqueles apresentados por muitos países emergentes e em desenvolvimento.

Mas o Brasil será em 2013 um dos poucos países com crescimento maior que o do ano anterior, disse ontem o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. Com essa contribuição, o discurso oficial fica ainda mais engraçado. O secretário parece haver esquecido de um detalhe: no ano passado o PIB brasileiro cresceu 0,9%, depois de ter aumentado apenas 2,7% em 2011.

A presidente mencionou também as reservas internacionais, superiores a US$ 270 bilhões. Esqueceu de citar a deterioração das contas externas, com o saldo comercial próximo de zero e o déficit em conta corrente a caminho de US$ 75 bilhões - efeitos de um acúmulo de erros econômicos e diplomáticos.

Na terça-feira, a presidente declarou-se pouco interessada em eleições e dedicada só a governar. Mas suas atividades na terça e na quarta-feira, incluída a entrega de casas populares sem luz e sem água, são explicáveis só como esforços eleitoreiros. Em campanha constante, ela converteu o marketing político em plano de governo.

adicionada no sistema em: 17/10/2013 01:07

OS DOCES BÁRBAROS (outrora, nome de quarteto)

17/10/2013
Para Gilberto Carvalho, 2014 não está definido


Principal interlocutor do Palácio do Planalto com movimentos sociais, para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o cenário eleitoral para 2014 ainda não está claramente definido.

"Não se sabe nem ainda com precisão quem serão os candidatos, por enquanto para nós o que convém é a recomendação de pé no chio, respeito, de humildade, de respeito a todos os adversários e muita seriedade, lembrando que temos ainda um ano e três meses de governo, muita coisa para realizar", disse Carvalho. O ministro também afirmou que qualquer projeção eleitoral nesse momento é "absolutamente precoce" e que é preciso esperar agora a definição dos candidatos e dos programas de governo.

Para Carvalho, a aliança da ex-ministra Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSG), mostra a "fecundidade" do projeto de governo do PT "O fato de termos dois ex-ministros disputando as eleições só mostra a fecundidade desse projeto, só mostra o quanto, de fato, o governo Lula trouxe para o País uma capacidade de trabalho e de construção de projetos diferenciados", disse o ministro, após participar de um seminário em Brasília. / Rafael Moraes Moura

adicionada no sistema em: 17/10/2013 01:23

O PIO DO PÁSSARO

17/10/2013
Aécio diz que tem "melhores condições' de derrotar PT


PSDB tenta retomar liderança da oposição e não quer dividir palanque com Campos e Marina nos Estados.
Pré-candidato à Presidência da República e no comando do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) reuniu ontem a bancada do partido na Câmara para construir um discurso que coloque os tucanos como real alternativa ao PT nas eleições de 2014. Pressionado pelo cenário eleitoral que desenha uma disputa pela vaga no segundo turno com a chapa de Eduardo Campos e Marina Silva, Aécio disse não concordar que governadores e candidatos tucanos façam campanha para os adversários em eventuais palanques duplos. Para ele, as circunstâncias regionais não devem contaminar o objetivo nacional de encerrar o ciclo do PT. Em um almoço com 44 dos 46 deputados federais tucanos, Aécio disse que o PSDB precisa explorar suas experiências no governo federal, nos Estados e nas prefeituras e apresentar propostas de um novo modelo de política econômica que gere mais crescimento

Aécio entra em cena e veta palanques duplos que podem dar força a Campos

Eduardo Bresciani / Brasília


Pressionado pelo cenário da sucessão presidencial que desenha uma disputa pelo segundo colocado com chances de enfrentar a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB, reuniu ontem a bancada do partido na Câmara e afirmou não concordar que governadores e candidatos tucanos façam campanha para o governador Eduardo Campos (PSB) em eventuais palanques duplos.

O tucano discutiu com correligionários uma estratégia de discurso que apresente o PSDB como a real alternativa ao PT nas eleições de 2014, tentando neutralizar o espaço ocupado pela aliança entre Eduardo Campos e a ex-ministra Marina Silva nas últimas semanas.

Na semana em que o nome de Campos ganhou superexposição por conta da filiação de Marina ao PSB e o apoio da ex-ministra à eventual candidatura do pernambucano, Aécio estava em Nova York. O tucano fez uma palestra a convite do Banco Pactuai e também estava em lua de mel Ao lado de Marina, Campos viu seu nome crescer quase 10 pontos porcentuais 11a pesquisa Datafolha. O pernambucano alcançou 15% das intenções de votos; Aécio tem 21%.

O encontro reservado de ontem, um almoço de mais de duas horas, reuniu 44 dos 46 deputados federais tucanos. Aécio disse que para o PSDB aparecer como alternativa ao PT é preciso apresentar propostas de um novo modelo de política econômica que gere mais crescimento. Além disso, os tucanos teriam de citar mais as experiências que tiveram no governo federal, Estados e prefeituras. "O PSDB é quem reúne as melhores condições, os melhores quadros e a ousadia para dar um rumo novo ao Brasil", afirmou.

Segundo relatos dos parlamentares, Aécio observou que o cenário eleitoral caminha para uma disputa em dois turnos que é preciso ter regras claras nos palanques duplos em negociação com o PSB para que governadores e candidatos tucanos não façam campanha para Campos. "Essa questão precisa ser colocada com maior clareza. Os acordos vão seguir a lógica regional, mas os candidatos do PSDB apoiarão a candidatura nacional do PSDB", disse o mineiro, conforme relatos.

"Coisa de corno". Aécio foi claro: disse que não gostaria de ver um governador do partido num comício de Campos. Na visão dele, somente políticos do PSB receberiam o governador de Pernambuco. O tema gerou debate e um deputado paulista provocou gargalhadas ao explicitar a traição típica deste tipo de acordo: "Palanque duplo é coisa de como". Entre as possibilidades de chapas conjuntas estão os dois maiores colégios eleitorais do País, São Paulo e Minas.

Apesar do duelo com Campos, Aécio quer evitar ataques direitos ao governador de Pernambuco. Instado por,deputados a atacar o discurso do "novo" da aliança Campos-Marina, recomendou serenidade, lembrando que precisará de apoio em eventual segundo turno.

"O relevante nesta pesquisa (Datafolha) é que mais de-60% da população não quer votar 11a atual presidente. Estou convencido de que o candidato que for para o segundo turno vencerá as eleições (...) Quem tem as maiores condições é o PSDB", disse Aécio a jornalistas, após a reunião. Também em entrevista, ele observou que as críticas de Marina e Eduardo à política econômica do PT são nas mesmas feitas pelos tucanos, que defendem o legado de FHC. 
/ colaboraram Rafael Moraes Moura e Ricardo Della coletta


A alternativa sou eu

O PSDB é quem reúne as melhores condições, os melhores quadros e a ousadia para dar um ramo novo ao Brasil"
Aécio Neves, senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB


adicionada no sistema em: 17/10/2013 03:47