PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

segunda-feira, agosto 16, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] VACAS PROFANAS...

...

















Homenagem aos chargistas brasileiros.
---
---

DR. DRÁUZIO VARELA [In:] FITOTERÁPICOS (ou Ervas medicinais).

...
Ervas medicinais: os conselhos de Drauzio Varella

O médico fala sobre sua nova série no Fantástico,
'É bom pra quê?', que estreia no dia 29


CRISTIANE SEGATTO
 Reprodução

CRISTIANE SEGATTO
Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo

>

Quantas vezes na vida você ouviu a expressão “se não fizer bem, mal também não faz”? Nós, brasileiros, gostamos de pensar que tudo o que é natural é necessariamente benéfico. Temos medo dos efeitos colaterais dos remédios, mas não nos preocupamos em saber se chazinhos ou cápsulas naturais causam reações indesejáveis. A resposta é sim. A natureza tem venenos poderosos.

No ano passado, escrevi uma coluna sobre os riscos da interação entre ervas muito populares e medicamentos convencionais. Uma lista de várias combinações perigosas você encontra neste link. Volto ao tema hoje com uma ótima novidade. O médico Drauzio Varella estreia no dia 29 mais uma de suas excelentes séries no Fantástico, da TV Globo. Ela vai se chamar É bom pra quê? Em quatro domingos, Drauzio vai apresentar uma ampla investigação sobre ervas e fitoterápicos. A equipe viajou para nove Estados e levantou as evidências científicas relacionadas às ervas mais usadas no Brasil. As revelações vão surpreender muita gente. E, certamente, provocar controvérsia.

Depois desse mergulho no mundo obscuro dos fitoterápicos, Drauzio concluiu que os brasileiros estão sendo enganados. Nesta semana, ele me contou em primeira mão o que descobriu. Com vocês, a visão e os conselhos de Drauzio:

Divulgação
DRAUZIO VARELLA
"Antes de oferecer essas ervas aos pacientes, é preciso avaliar a ação delas com rigor científico"
ÉPOCAErvas medicinais servem pra quê?
Drauzio Varella – Mais da metade dos medicamentos são derivados dos produtos naturais. A morfina e a aspirina são alguns exemplos. Ervas e chás são usados desde sempre. Galeno desenvolveu no século II uma poção que tinha mais de 70 ervas. Até carne de cobra tinha nessa poção. Era usada tudo o que você pode imaginar. Essa poção foi usada até o século XIX na Europa. Foram acrescentando outras coisas. Chegou a ter mais de cem plantas misturadas. Era uma panaceia. À medida que a química analítica foi se desenvolvendo, especialmente na Alemanha, eles começaram a procurar nessas plantas quais eram os princípios ativos. Da papoula, os alemães isolaram a morfina. De outra planta, isolaram a aspirina. Foi assim que a farmacologia se desenvolveu. Mas a tradição de usar chás sempre existiu. Todos nós temos na família um chá predileto. Uma coisa é dar um chá de camomila para criança. Isso é feito há séculos e a gente sabe que não faz mal nenhum. Ou chá de erva cidreira para acalmar, para dormir etc. Outra coisa é usar chás para tratar de doenças. Essa é uma medicina extremamente popular, mas é um problema.

ÉPOCAO Ministério da Saúde elegeu oito plantas às quais se atribui alguma atividade e passou a distribuí-las no SUS. São elas: alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, guaco, isoflavona da soja e unha de gato. Isso é ruim?
Drauzio – Que tipo de medicina o governo cria com uma medida como essa? Ele institui duas medicinas: a do rico e a do pobre. As pessoas que têm acesso ao atendimento de saúde vão a médicos e compram remédios em farmácia. O que o governo fez foi criar uma medicina para pobres baseada em plantas que não têm atividade demonstrada cientificamente. Quando dizem que determinada planta tem atividade isso significa que em tubo de ensaio ela demonstrou ter determinada ação. Mas isso não basta. Para ter ação comprovada em seres humanos, falta muita coisa.

ÉPOCAO que você pretende mostrar com essa série?
Drauzio – Nosso objetivo é mostrar que esses fitoterápicos têm de ser estudados. Têm de ser submetidos ao mesmo escrutínio ao qual os remédios comuns são submetidos. Essas coisas são jogadas para o público sem passar por estudo nenhum. Hoje vemos órgãos públicos distribuindo esses chás e fazendo o que chamam de Farmácias Vivas. Estivemos em várias delas. Em Belém, Imperatriz (no Maranhão) e em Goiânia. Essas Farmácias Vivas não são nada mais do que hortas. As plantas são cultivadas ali e distribuídas para a população sem o menor critério. Muitas vezes são indicadas por pessoas que não entendem nada de medicina. Outras vezes, são prescritas por médicos. Quem não prefere tomar um chá desses em vez de um comprimido ou injeção? Essas Farmácias Vivas estão no país inteiro. São estimuladas pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais.

ÉPOCAOs riscos e os benefícios dessas oito plantas eleitas pelo Ministério da Saúde não foram suficientemente determinados?
Drauzio – Eles dizem que os riscos e os benefícios foram avaliados pelo uso tradicional. É para dar risada. A Anvisa dá uma relação dessas plantas e coloca qual é a alegação terapêutica. Apresentar a alegação terapêutica significa afirmar o seguinte “dizem que serve para tal coisa, mas ninguém comprovou”. É uma situação muito séria. Primeiro porque ninguém sabe de que forma essas plantas podem interagir com os remédios que a pessoa está tomando. Ninguém sabe o que pode acontecer. Outro problema grave é que as pessoas abandonam o tratamento convencional e ficam apenas com as ervas.

ÉPOCAA Organização Mundial da Saúde de certa forma incentiva o uso desses produtos naturais porque a maioria da população mundial não tem acesso à medicina. Nesse contexto, as ervas não têm um papel importante?
Drauzio – Acho que esse é o cerne da discussão. É um absurdo dizer “olha, já que vocês não têm acesso à medicina se contentem tomando chazinho”. Isso é enganar a população. É dar a impressão de que as pessoas estão sendo tratadas quando na verdade não estão. Antes de oferecer essas ervas aos pacientes, é preciso avaliar a ação delas com rigor científico. Por exemplo: como saber se um determinado chá traz algum benefício contra a gastrite? É preciso separar dois grupos de pacientes. Um deles toma uma droga conhecida, como o omeprazol. O outro toma omeprazol e mais um chá que vem num sachê junto com uma bula que explique direitinho quantos minutos aquilo tem de ficar na água etc. Aí é comparar os resultados obtidos nos dois grupos. Não existe estudo assim. E ninguém está disposto a fazer. Os defensores dessa chamada medicina natural querem que o mundo aceite que é desse jeito e acabou. Sem nenhum estudo e sem passar por todo processo de avaliação científica que os medicamentos passam para poder ter a ação demonstrada.

ÉPOCAO Ministério da Saúde errou ao adotar essa política?
Drauzio – Essa medida está totalmente errada. Isso não deveria ter sido feito de jeito nenhum. O que está por trás disso é uma questão política. Imagine se eu fosse o prefeito de uma pequena cidade do interior. Quanto custa um posto de saúde, médico, enfermagem, paramédicos etc? Custa caro. É muito mais barato fazer uma horta e mandar o médico receitar aquilo. E ainda inauguro o negócio com o nome de Farmácia Viva. Imagine só que nome mais inadequado. Fazer uma coisa dessa não custa quase nada. E os políticos adoram inaugurar essas hortas. Há centenas delas no Brasil.

ÉPOCAQue realidade vocês encontraram durante a apuração das reportagens?
Drauzio – Descobrimos muitas histórias. Em Belém, estivemos na sede da Embrapa. Encontramos lá um engenheiro agrônomo que dá consultas. Você diz que está tossindo, com febre e ele te dá um xarope de guaco. Isso é feito dentro de um órgão público, oficial. O paciente que vai lá é tratado por um engenheiro agrônomo. Isso é aceito como se fosse uma coisa normal. Há uma ideologia por trás disso. É a ideologia de que as coisas naturais são melhores, de que os remédios fazem mal para a saúde, de que a tradição é melhor que a ciência. É uma coisa do século passado. A população de baixa renda está nas mãos de pessoas como esse engenheiro agrônomo. Ele faz isso de boa fé. Não faz para ganhar dinheiro. Ele acredita no que faz. Mas estamos numa área em que as crenças individuais não têm a menor importância.

ÉPOCAVocê vai criticar hábitos arraigados na cultura brasileira. Está preparado para enfrentar as críticas?
Drauzio – Todas as séries que fizemos no Fantástico foram séries que, de um modo geral, agradavam às pessoas. Falar sobre obesidade e hipertensão são coisas úteis. Todo mundo fica de acordo. Essa nova série vai ser diferente. Ela vai me criar problema. Em geral, quem usa esse tipo de medicina (se é que podemos chamar isso de medicina) são pessoas ignorantes, crédulas e que acreditam em qualquer besteira que digam a elas. O que me desconcerta é ver pessoas muito cultas que também usam essas coisas.Tenho amigos que usam. Recomendam suco de berinjela para baixar o colesterol e outras bobagens. Toda hora ouvimos falar isso. Tenho um amigo que é seguramente a pessoa mais culta que eu conheço. Tem uma cultura absurda, mas acredita em todas essas idiotices. Às vezes as pessoas têm uma cultura gigantesca em outras áreas, mas em farmacologia são completamente ignorantes. Tão ignorantes quanto o coitado que não pôde aprender a ler e a escrever e credulamente vai atrás dessas coisas.

ÉPOCAAlém dos chazinhos, existem produtos fitoterápicos registrados pela Anvisa e vendidos nas farmácias. Esses também não são submetidos a estudos para comprovar eficácia e riscos?
Drauzio – Eles são registrados na Anvisa como complemento alimentar. Ou seja: não passam pelo mesmo crivo de um medicamento. Se eu tivesse autoridade para isso, mandaria recolher do mercado todos os fitoterápicos cuja eficácia não tenha sido demonstrada cientificamente.

ÉPOCAImagino que muita gente vai dizer que você está defendendo os grandes laboratórios. Como vai responder a essa crítica?
Drauzio – Não tenho a menor dúvida de que esse tipo de comentário vai surgir. Minha resposta é simples. Não estamos fazendo defesa de nenhum medicamento. Não estamos beneficiando nenhum laboratório. Essa é uma questão filosófica. Enquanto a medicina era baseada em chazinhos, as pessoas viviam apenas 30 ou 40 anos. As pessoas falam tanto da medicina chinesa, não é? Elas justificam a eficácia da medicina chinesa dizendo que é milenar. Mas no início do século XIX os chineses (que contavam com essa medicina há muito tempo) morriam, em média, aos 30 anos. Quem provocou esse salto na qualidade e na duração da vida foi a medicina moderna: as vacinações, os antibióticos, o controle da pressão arterial, do diabetes etc. Na verdade, esse é um argumento ideológico recorrente. Dizem que é preciso dar chazinhos porque as multinacionais fazem remédios caros, que envenenam as pessoas etc. Criam uma teoria da conspiração. Todo mundo sabe que teoria da conspiração é uma coisa que pega.

ÉPOCAVocê sofreu esse tipo de crítica nas séries anteriores?
Drauzio – Há alguns anos fizemos uma série no Fantástico sobre gravidez. Era um pré-natal pela televisão. Tínhamos cinco pacientes de perfis diferentes. Duas das cinco nulheres foram para cesariana (uma hipertensa e uma paciente de 43 anos com pré-eclâmpsia). Se eu estivesse no lugar da obstetra provavelmente eu também teria feito cesariana naquela paciente. Apareceu uma associação de parto normal dizendo que eu estava em conluio com a TV Globo e as grandes maternidades para induzir as mulheres a fazer cesariana. Foi uma coisa louca. Imagine o que pode acontecer agora, com esse assunto das ervas que é muito mais popular e atinge muito mais gente.

ÉPOCAÉ possível conciliar o tratamento convencional com algum fitoterápico? Quando o paciente pergunta se pode fazer o tratamento e continuar tomando uns chazinhos ou umas cápsulas o que você responde?
Drauzio – A resposta certa é: eu não sei. Não sabemos se existem interações. Documentar interação entre medicamentos tradicionais (com dose fixa e tudo) já é difícil. Imagine um chá desses que tem dezenas ou centenas de substâncias. Como você pode garantir que não existe nenhum antagonismo? Esse é o primeiro ponto. Digo para os pacientes não perderem tempo com essas coisas. O segundo ponto é que a medicina não pode ser feita com drogas que temos que provar que fazem mal. Temos provar que fazem bem. Se não isso não tem fim. Não chegamos a lugar nenhum. É errado dizer que o fitoterápico, pelo menos, vai fazer bem psicologicamente, que vai produzir um efeito placebo etc. Isso é enganar as pessoas. É o mesmo que dizer: vou te dar uma coisa que não serve para nada, mas como você é boba vai achar que serve e vai ficar feliz.

ÉPOCAO que mais o surpreendeu durante a preparação da série?
Drauzio – Fiquei surpreso ao ver que o uso das ervas é feito sem nenhum controle e ainda é referendado por órgãos públicos, ligados ao Ministério da Saúde ou à Embrapa. Fiquei ainda mais surpreso com o discurso que existe por trás dessas coisas. Dizem que o uso das ervas tem fundamento científico. O fundamento científico é nenhum. Muitas vezes esse fundamento científico é uma tese de mestrado que alguém fez na faculdade de farmácia e que demonstrou que em determinada cultura de células ou em determinado animal uma fração daquele extrato tem alguma ação. Isso é apresentado como prova inequívoca da eficácia do extrato ou do chá. É um absurdo.

ÉPOCAO que ouviu dos doentes?
Drauzio – Essa é a parte mais triste. Muitas pessoas param de se tratar porque acreditam nessas coisas. Encontrei uma senhora em Goiânia que descobriu um tumor de mama quando ele tinha 1,5 cm. Ficou tomando chás e fazendo tratamento com argila e quando foi operada o tumor já tinha dez centímetros. E ainda disseram para ela: “ainda bem que a senhora tomou as ervas, isso fez o tumor crescer devagar. Se não tivesse tomado, o tumor teria crescido mais depressa”.

ÉPOCAPor que tanta gente é atraída para essas práticas?
Drauzio – A verdade é que, de uma forma geral, esse pessoal tem um atendimento muito precário no SUS. O médico nem olha na cara do paciente, dá a receita e manda-o embora. Nos lugares que oferecem tratamentos alternativos o acolhimento é outro. Muitas vezes quem receita as ervas são freiras em paróquias espalhadas pelo Brasil. Quem atende esses pacientes conversa, passa mais tempo com o doente. Esse lado acolhedor é o que mais atrai as pessoas. O doente vai ao médico e ele nem olha na cara. O outro, conversa.

ÉPOCAMuitas vezes esse outro explica o que o médico não teve paciência de explicar, não é mesmo?
Drauzio – Dá uma explicação estapafúrdia, mas aquilo adquire uma lógica para quem sofre. Em alguns lugares do SUS que tratam com fitoterápicos, a consulta dura 40 minutos. É um grande diferencial. É algo muito atrativo. Mas é um mundo totalmente absurdo. A preparação dos chás é muito variável. Por quanto tempo as folhas foram fervidas? O chá ficou na geladeira? Isso tudo altera a concentração da substância presente ali. Na Farmácia Viva lá de Belém tem uma plantinha chamada insulina. Usam para diabetes. Chega lá a pobre ignorante e dizem para ela não tomar a insulina que o médico receitou. Mandam tomar a plantinha.Tem outra plantinha chamada Novalgina.

ÉPOCAComprovar o benefício de uma planta exige muita pesquisa. É um longo processo que separa a crendice da ciência. Como se chega a esse tipo de comprovação?
Drauzio – Na série, vamos mostrar qual é o processo certo para se chegar a isso. Visitamos um centro de pesquisa muito bem equipado na Universidade Federal do Ceará e também fomos a Porto Alegre. Contamos ainda como anda o projeto que desenvolvemos na Amazônia há 15 anos. É preciso coletar a planta, moê-la, preparar o extrato, testá-lo em tubo de ensaio. No nosso projeto no Rio Negro conseguimos 2,2 mil extratos. Metade foi testada contra células malignas. Cento e noventa demonstrou alguma atividade. Vinte apresentou bastante atividade. Separamos oito extratos para estudar profundamente. É um processo muito lento. O extrato é um chá. É preciso fazer exames de cromatografia e ressonância magnética para separar as frações. É o que estamos fazendo agora.

ÉPOCAE depois?
Drauzio – Aí temos que testar cada fração para ver qual delas é a responsável pela atividade. Essa fração é que vai em frente. Vai ser testada em animais, depois em humanos etc. É tudo muito complexo. Não cabe às autoridades responsáveis pela saúde adotar métodos de tratamento que não têm eficácia demonstrada. As autoridades não podem criar uma medicina para rico e outra para pobre baseada em tratamentos baratinhos e sem ação. Vamos tentar mostrar como funciona o método científico. Como se prova que uma coisa é boa para a saúde ou não. Não podemos aceitar que as pessoas continuem sendo enganadas.

E você? Usa ervas e fitoterápicos? Concorda com Drauzio? Discorda? Queremos ouvir a sua experiência e a sua opinião.

  Divulgação
EM AÇÃO
O trabalho de Drauzio Varella também já foi mostrado no cinema. Na foto, cena de Histórias do Rio Negro, de Luciano Cury (2007)

(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)

Revista ÉPOCA.

------------

ROSEANA SARNEY [In:] ''É MENTIRA TERTA???"

...

Roseana lavou dinheiro, indicam papéis


Governadora teria simulado empréstimo de R$ 4,5 milhões no Banco Santos para resgatar US$ 1,5 milhão na Suíça; ela diz descohecer o caso


14 de agosto de 2010 | 18h 00
Leandro Colon / BRASÍLIA -
O Estado de S.Paulo

...

Documentos que estão nos arquivos do Banco Santos indicam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior.

Veja também:

link Negócio envolveu aliado de José Sarney

Os papéis obtidos pelo Estado – incluindo um relatório confidencial do banco – dão detalhes da operação, montada legalmente no Brasil, com um prazo de seis anos. Os relatórios mostram, no entanto, que o empréstimo foi pago por meio de um banco suíço cinco dias depois da liberação dos recursos no Brasil.

O dinheiro foi, segundo os documentos, investido na compra de participações acionárias em dois shoppings, um em São Luís e outro no Rio de Janeiro. O Banco Santos teria servido apenas como ponte para Roseana e Murad usarem os dólares depositados lá fora. É o que o mercado financeiro batiza de operação "back to back".

O acordo ocorreu em julho de 2004 entre a governadora, seu marido e Edemar Cid Ferreira, até então dono do Banco Santos, que quebrou quatro meses depois e passa por intervenção judicial até hoje. Afastado do banco, Edemar é íntimo da família Sarney. Foi padrinho de casamento de Roseana e Murad. Os documentos, obtidos pela reportagem com ex-diretores do Banco Santos, reforçam os indícios que a família Sarney sempre negou: que tem contas não declaradas no exterior.

Arquivo.

De posse dos documentos, o Estado procurou em São Paulo o administrador judicial do Banco Santos, Vânio Aguiar, para se certificar de que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária. Ele confirmou a veracidade dos documentos. "Eu não sabia da existência deles. Mandei levantar e confirmo a existência desses documentos que você me mostrou nos arquivos do banco", disse Aguiar ao Estado. "Foram encontrados na área de operações estruturadas."

Os papéis mostram que coube à então secretária de Edemar, Vera Lucia Rodrigues da Silva, informar o patrão do pagamento lá no exterior. "Dr. Edemar. A Esther/UBS confirmou hoje o crédito de 1.499.975,00, aguarda instruções. Vera Lucia", diz mensagem eletrônica enviada por ela às 11h56 do dia 3 de agosto de 2004.

A secretária Vera Lúcia refere-se a Esther Kanzig, diretora do banco suíço UBS em Zurique que, segundo ex-diretores do Banco Santos ouvidos pelo Estado, representava os suíços nas relações com Edemar Cid Ferreira. Edemar responde à secretária às 12h47 e mostra que essa era uma prática rotineira do banco: "Vera, proceder da mesma maneira que da vez anterior com a distribuição entre administradores qualificados. Grato, ECF." O Banco Santos não tinha autorização para atuar no exterior e, segundo as investigações sobre sua falência, Edemar usava offshores laranjas para receber recursos fora do Brasil.

Liberação imediata.

A operação com a família Sarney começou no dia 29 de julho de 2004, quando Roseana e Murad assinaram o contrato de empréstimo de número 14.375-3, no valor de R$ 4,5 milhões, em nome da Bel-Sul Administração e Participações Ltda. Na época, a governadora detinha 77,9% da Bel-Sul e seu marido, 22,1%. O dinheiro foi liberado naquele mesmo dia e investido nos dois shoppings, no Rio e em São Luís.

De acordo com o contrato, a empresa deveria pagar ao Banco Santos em cinco parcelas até 27 de dezembro de 2010. Cinco dias depois da concessão do empréstimo, em 3 de agosto de 2004, a Bel-Sul, mostram os documentos, liberou US$ 1,5 milhão para Edemar Cid Ferreira por meio de uma conta no UBS.

O Estado teve acesso a um memorando interno, sob o timbre de "confidencial", elaborado um dia depois pelo departamento jurídico, que, conforme confirmou o administrador judicial, está nos arquivos do Banco Santos. O documento, apenas para consumo interno, foi endereçado a Edemar, Rodrigo Cid (filho) e Ricardo Ferreira (sobrinho).

Segundo o relatório, "em contrapartida à concessão do crédito no Brasil, a Bel-Sul efetuou o pré-pagamento ao grupo, no exterior, do montante equivalente ao crédito recebido". "No dia 3 de agosto foi confirmado o recebimento do montante equivalente no exterior", relata o documento. "Restando pendente apenas uma diferença de aproximadamente US$ 22.000 (vinte e dois mil dólares) a ser paga para o grupo, confirme liquidação a ser discutida entre ECF e Jorge Murad", diz o memorando, que tem o nome de R. Ferreira no protocolo e a rubrica de "Carol", com data de 5 de agosto de 2004. Carol era uma assessora jurídica do Banco Santos.

Acordo.

O mesmo documento cita as parcelas que deveriam ser pagas no Brasil, mas faz uma ressalva: "O cronograma acima deverá ser observado pelo grupo na devolução à Bel-Sul, no Brasil, dos montantes lá indicados." Ou seja, indica que havia um acordo para Roseana e Murad quitarem o empréstimo, de forma que não criassem suspeitas no Banco Central, mas receberem de volta, de alguma maneira, os recursos de Edemar.

O Banco Santos, porém, quebrou meses depois e a Bel-Sul, sob o olhar do Banco Central, teve de cumprir sua parte – quitou o empréstimo no dia 26 de fevereiro deste ano por meio de Transferência Eletrônica Disponível (TED). Não se sabe, porém, se Edemar, afastado do banco, devolveu dinheiro à família Sarney.

‘Essa história é fantasiosa’, diz advogado

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, informaram ao Estado, por meio de advogado, que desconhecem a operação financeira no exterior. Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa os dois, o empréstimo foi regular no Brasil.

"Eles desconhecem a existência desses documentos sobre recursos no exterior. Esse é um problema que o banco tem de explicar. O empréstimo foi regular e quitado. Essa história é fantasiosa", disse Almeida Castro.

---------------

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

16 de agosto de 2010

--------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Ano eleitoral triplica as concessões de rádio

Ministério afirma que o aumento decorre de criação de grupo de trabalho

O governo Lula quase triplicou as concessões de rádio quando se compara 2010 com o ano anterior. Foram 183 autorizações neste ano ante 86 no ano passado, informa Breno Costa.

Entre 2006 e 2008, o número de concessões foi ainda menor: 62 A maioria dos beneficiados neste ano (57%) são políticos ou entidades religiosas, segundo levantamento da Folha.

Das 183 concessões deste ano, 74 foram assinadas a partir de 26 de julho, já com a campanha eleitoral oficialmente em andamento. A maioria dos casos aguardava aprovação havia anos.

O Ministério das Comunicações diz que o aumento não tem relação com eleições, mas com a criação em 2008 de um grupo de trabalho para dar vazão a cerca de 2.500 processos. (Págs. 1 e A4)

57% rejeitam verba pública em estádios da Copa

O uso de dinheiro público na construção e na reforma de estádios para a Copa de 2014, no Brasil, é desaprovado por 57% da população.

O Datafolha, que ouviu 10.856 pessoas em 382 municípios, registra 37% de brasileiros que aprovam essa destinação para os recursos dos impostos - 7% não souberam responder.

O custo para as obras de 11 arenas do Mundial é estimado em R$ 5,1 bilhões. O BNDES, banco estatal, tem R$ 4.8 bilhões para financiar esses projetos. (Págs. 1 e D2)

Juca Kfouri
Opinião sobre governo na Copa parece definitiva (Págs. 1 e D3)

Queda de Serra nas capitais impulsiona a virada de Dilma

José Serra, candidato do PSDB à Presidência, caiu nas principais capitais, o que ajuda a explicar a virada de Dilma Rousseff (PT).

No Datafolha, Serra perdeu nove pontos em Belo Horizonte e oito em Salvador. Em São Paulo, onde ganhou um ponto, viu Dilma crescer três e empatar tecnicamente a disputa. (Págs. 1 e A6)

Gustavo Cerbasi: Pesquisar preços vale mais que dar bola à taxa Selic (Págs. 1 e B10)


Editoriais

Leia "Um bom sinal", sobre a queda na taxa de desmatamento da Amazônia; e "Trilho e asfalto", acerca do gasto com transporte em São Paulo. (Págs. 1 e A2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Agências reguladoras perdem R$ 37 bi e cedem espaço a estatais

Desprestigiados, sem verba nem pessoal adequado, órgãos enfrentam dificuldades para fiscalizar serviços públicos

Questionadas pelo presidente Lula desde a posse, as agências reguladoras tiveram cortes inéditos no orçamento em 2009. O governo reteve 85,7% das receitas do setor, segundo levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base. Desde 1998, cerca de R$ 37 bilhões deixaram de entrar no caixa desses órgãos. Sem verbas e funcionários, eles enfrentam dificuldades para fiscalizar serviços públicos, como ocorreu este mês, quando a Agência Nacional de Aviação Civil não conseguiu evitar o colapso causado pela Gol. Também têm perdido espaço para novas estatais, como a Telebrás e a PetroSal. "Esse tipo de medida enfraquece e reduz o poder de decisão das agências", afirma Carlos Ari Sundfeld, professor da Fundação Getúlio Vargas. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Balcão
Até o fim do ano, o Planalto vai indicar dirigentes de 7 agências reguladoras. Cargos viraram moeda de troca política. (Págs. 1 e Economia B3)

Roseana só regularizou acordo perto da intervenção

Documentos mostram que o empréstimo de R$ 4,5 milhões concedido pelo Banco Santos à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, só foi regularizado às vésperas da quebra da instituição, em 2004. O Estado revelou ontem indícios de que o empréstimo foi simulado para Roseana movimentar dólares depositados no exterior. (Págs. 1 e Nacional A4)

Reação
Para Roseana Sarney, denúncia de lavagem de dinheiro tem caráter eleitoral. Aliada de Roseana, Dilma Rousseff evita comentar caso. (Págs. 1 e Nacional A4)

Famílias vão dividir controle da Latam, diz executivo

O presidente da holding que reúne os investimentos do grupo TAM, Marco Antonio Bologna, reafirmou que brasileiros e chilenos controlarão em igualdade de condições a Latam - empresa aérea resultante da união da TAM com a LAN. O pano de fundo da discussão é a legislação brasileira, que permite que estrangeiros detenham até 20% de companhias aéreas. (Págs. 1 e Economia B11)

Calamidade no Paquistão choca Ban-Ki-Moon (Págs. 1 e Internacional A11)

Perícia criminal vai receber R$ 100 milhões (Págs. 1 e Cidades C3)

Redes sociais ajudam a melhorar serviço público (Págs. 1 e Cidades C1)

Lula pede que militantes usem mais a internet (Págs. 1 e Nacional A8)

José Goldemberg: Conferência em Cancún

A proteção de florestas beneficia o País. A "teoria" do deputado Aldo Rebelo, de que conter a destruição interessa só aos EUA, é esdrúxula. (Págs. 1 e Nacional A2)

Notas & Informações: Recaída na economia mundial

A recuperação global será lenta. O cenário à frente é de anos de alto desemprego. (Págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manhete: Fusão cria megaempresa de engenharia ambiental

A Estre Ambiental e a Haztec Soluções Integradas anunciam hoje sua fusão e a criação da maior empresa de engenharia ambiental do país, com faturamento superior a R$ 1 bilhão. A nova companhia ultrapassa a Foz do Brasil, empresa do grupo Odebrecht, que estima faturar neste ano R$ 780 milhões, e ganha força para explorar um mercado que deve deslanchar vigorosamente a partir de agora, com a lei de tratamento dos resíduos sólidos e a pressão crescente contra a degradação do ambiente.

A nova empresa conta em sua composição acionária com fundos de investimento - como InfraBrasil, AG Angra e BBI Multimercado do Bradesco - e já nasce como candidata a ser listada em bolsa. Wilson Quintella Filho, dono de 84% da Estre, será o maior acionista e também o principal executivo da companhia. Ele iniciou o negócio da Estre em 1999, depois de ter quebrado com a soja, como gosta de contar. Sem dinheiro, foi buscar parceria com Gisele Moraes, sobrinha de Olacyr de Moraes. Em onze anos, ele foi adquirindo participações de Gisele, que no início do negócio tinha 80% das ações e hoje tem apenas 16%. (Págs. 1 e B6)

BTG Pactual adquire a Coomex

O BTG Pactual comprou 100% da maior comercializadora independente de energia do país, a Coomex, por cerca de R$ 100 milhões. José Carlos Amorim e Cláudio Monteiro da Costa, egressos do mercado financeiro e sócios da Coomex, que fatura R$ 700 milhões por ano, vão se manter no negócio como executivos. O objetivo principal da nova Coomex é competir com as grandes do setor, ligadas a grupos de energia, como CPFL Energia e Tractebel. A operação marca a volta dos bancos ao mercado de comercialização de energia, abandonado desde o racionamento em 2001. O BTG Pactual tem um pé no setor por meio do fundo de private equity Brasil Energia. (Págs. 1 e B8)

Amaro e Cueto dividem o comando da Latam

As famílias Amaro e Cueto controlarão a nova Latam Airlines com quase 38% do capital. A nova empresa terá apenas ações com direito a voto. Desse total, os chilenos serão donos de 24% e a família brasileira, 13,5%, informou ao Valor o presidente e CEO da holding TAM S.A., Marco Antonio Bologna. Os percentuais acionários não foram divulgados na sexta-feira, quando a operação de criação da Latam foi anunciada.

Apesar da diferença do volume de ações vinculadas ao acordo de acionistas, que é de longo prazo, o documento assinado pelas duas famílias prevê controle compartilhado da Latam, resultante da absorção da TAM pela LAN. O acordo de acionistas prevê que as duas famílias terão pesos iguais (50% cada uma) e voto único no conselho de administração.

Foto legenda: Bologna, da TAM: criação de uma força sul-americana para enfrentar concorrência internacional

Serra agora aposta tudo na TV

Às vésperas do início do horário eleitoral gratuito, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, joga na TV todas as suas fichas para reverter o favoritismo de sua adversária, a petista Dilma Rousseff. A expectativa de que a campanha tucana poderia ter chegado a este momento da disputa em condições mais favoráveis foi frustrada por uma sucessão de erros.

Serra centralizou as articulações políticas de sua campanha, que chega ao horário eleitoral sem um comitê ou coordenadores. Ninguém fala em nome do candidato ou da campanha. Serra fez as escolhas, mesmo quando o partido gostaria que outras opções fossem consideradas, casos, por exemplo, da assessoria de imprensa e do publicitário.

A negociação dos palanques regionais foi concentrada em Serra. O candidato lhes deu menos importância que o PT, que chegou a retirar da disputa correligionários considerados favoritos aos governos estaduais em nome da campanha nacional. A montagem do palanque do Rio de Janeiro retirou da engenharia financeira da campanha o candidato a vice-governador, Márcio Fortes, um dos tucanos mais experientes em arrecadação eleitoral. A prestação de contas da campanha tucana indica a menor arrecadação entre os principais candidatos, mas tudo indica que há um descompasso na contabilização dos recursos.

A escolha do candidato a vice foi outro fator de desgaste. Quando o ex-governador mineiro Aécio Neves deixou de ser opção, as alternativas a que o PSDB atribuía ganho eleitoral frustraram-se. A escolha do deputado Índio da Costa (DEM) não apaziguou a tumultuada relação com o DEM. (Págs. 1 e A7)

Oi se financia com recurso da poupança

A Oi usou 263 imóveis seus para captar R$ 1,6 bilhão a custos mais baixos. Os prédios foram transferidos a empresas controladas, a quem a Oi pagará aluguel. Os bancos Itaú e Safra compraram os contratos de aluguel de 12 anos - transformados em valores mobiliários - com dinheiro da poupança. O lastro imobiliário permite reduzir o custo de captação da Oi. Ao mesmo tempo, os bancos cumprem a meta de aplicação da poupança em crédito imobiliário. (Págs. 1 e C1)

Para o presidente do Google, personalização sinaliza o futuro da tecnologia (Págs. 1 e B10)


Petróleo e ações passam a oscilar com forte sincronia (Págs. 1 e A11)


Pré-sal exclui árbitro externo

O governo federal decidiu excluir a possibilidade de arbitragem internacional em eventuais disputas que venham a ocorrer na exploração do pré-sal. O recurso é muito comum no setor de petróleo. (Págs. 1 e A3)

Avanço das importações

A indústria de importação brasileira encerrou os primeiros meses do ano com déficit de US$ 19,03 bilhões em sua balança comercial, frente aos US$1,1 bilhões verificados no mesmo período de 2009. (Págs. 1 e A3)

Cidades sustentáveis

Cálculos do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) indicam que o custo da poluição lançada no ar da cidade de São Paulo com internações hospitalares, afastamentos do trabalho e mortes chega a US$ 1 bilhão por ano, diz Paulo Saldiva. (Págs. 1 e Caderno especial)

Saneamento básico

O uso dos recursos do PAC destinados ao setor privado para a área de saneamento está muito abaixo do previsto. Dos R$ 7,2 bilhões disponíveis para o período 2007/10, só R$ 3,5 bilhões foram contratados. (Págs. 1 e A4)

Cartel do gás industrial

A Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça recomendou ao Cade pena máxima de R$ 1 bilhão para as grandes empresas de gases industriais, acusadas de formação de cartel. (Págs. 1 e B1)

Bertin reforça apostas na cana

O projeto de açúcar e álcool do grupo Bertin vai receber R$ 800 milhões nos próximos quatro anos para ampliação da capacidade industrial agrícola e de cogeração de energia a partir do bagaço da cana. (Págs. 1 e B12)

Fundos imobiliários

A pouco mais de quatro meses do fim do ano, as ofertas de fundos imobiliários já bateram o recorde registrado em 2009, somando R$ 3,534 bilhões. A expectativa é encerrar 2010 com R$ 7 bilhões. (Págs. 1 e D1)

Vagas de TI

Um dos principais polos de tecnologia da informação no Brasil, Florianópolis enfrenta déficit de mão de obra no setor. Estima-se que há 3 mil vagas disponíveis. (Págs. 1 e D8)

Justiça barra ICMS sobre subsídio

A CPFL Sul Paulista obteve a primeira liminar na Justiça paulista para suspender a cobrança de ICMS sobre a subvenção concedida pelo governo federal nas tarifas dos consumidores de baixa renda. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Antonio Corrêa de Lacerda

Operações do BNDES não têm subsídios nem ônus para as contas públicas, já que a receita gerada supera os custos. (Págs. 1 e A12)

Ideias

Luiz Carlos Mendonça de Barros

A parte do Tesouro ao BNDES cria um mecanismo de subsídio direto ao setor privado e público, sem discussão ampla. (Págs. 1 e A13)
------------------------