A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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terça-feira, julho 03, 2012
''SAINDO PELO LADRÃO'' *
Salário de encanador da Casa é de R$ 11 mil
''ÊTA AMOR! CARA-DE-PAU!'' *
02/07/2012 - 17h50 - Atualizado em 02/07/2012 - 17h50
Em discurso, Demóstenes pede perdão pelos erros
Ao apelar para um discurso emocional, mas sem se emocionar, Demóstenes afirmou que decidiu falar em plenário para provar a inocência dele diante do "incrível repertório de ofensas" dirigidas a ele
AGÊNCIA ESTADO

QUEM DEVE, NÃO TREME [?]
Mundo de segredos
Autor(es): Gil Castello Branco |
O Globo - 03/07/2012 |
O filósofo Charles de Montesquieu costumava dizer: "Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte." Como o escritor francês não se referiu especificamente ao Brasil, pode-se supor que em muitos lugares, há mais de dois séculos, as leis nem sempre "pegam".
A legislação da moda é a chamada Lei de Acesso à Informação. Na teoria, basta um pedido de qualquer interessado para que os órgãos públicos informem, no máximo em trinta dias, tudo o que não estiver relacionado à segurança do Estado, ao segredo de Justiça ou à privacidade do cidadão. O que não puder ser divulgado deverá ser tachado de reservado, secreto ou ultrassecreto. Tudo muito simples, tal como acontece há tempos em mais de noventa países. Na prática, porém, o acesso à informação ainda é uma odisseia.
No primeiro dia de vigência da lei, o Contas Abertas - entidade privada que fomenta a transparência governamental - enviou cem pedidos a diversos órgãos das administrações públicas federal, estaduais e municipais, incluindo as empresas estatais. A conclusão é que dezenas de respostas foram evasivas com desculpas esfarrapadas.
Apesar do prazo de seis meses transcorrido entre a assinatura da lei e a sua vigência efetiva - justamente para que os órgãos se preparassem -, a Câmara dos Deputados não conseguiu disponibilizar as notas fiscais das despesas efetuadas em janeiro deste ano pelos deputados federais, com a "Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar". Em princípio, alegou que a informação já se encontrava no portal, o que não era verdade. Ali apareciam, apenas, os nomes dos estabelecimentos e os valores pagos, mas não os documentos fiscais. Após a renovação do pedido, surgiu a promessa de que o primeiro lote de notas fiscais digitalizadas estará disponível a partir de 23 de julho. Quem viver verá. A curiosidade será descobrir por que os parlamentares gastam tanto com "consultorias", quando a Casa já disponibiliza ampla infraestrutura de pessoal e de serviços.
A Petrobras, por sua vez, negou ao Contas Abertas o fornecimento de um conjunto sistematizado de informações econômico-financeiras, o chamado Programa de Dispêndios Globais, alegando que a divulgação iria "comprometer a competitividade, a governança corporativa e/ou os interesses dos acionistas minoritários". Curiosamente, todas as demais estatais consultadas, como Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Eletrobras, Casa da Moeda, Infraero e Correios, forneceram os dados sem qualquer objeção. O próprio Ministério do Planejamento enviou à ONG as informações que a estatal negou, comprovando que o próprio governo ainda não se entende quanto ao que deve ou não ser aberto à população.
Em relação à divulgação da remuneração dos funcionários públicos, a polêmica permanece. A maioria dos estados e das capitais estaduais sequer respondeu à indagação sobre quanto ganham os seus burocratas. Em Brasília, no mesmo dia em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou os ganhos dos seus servidores, a Justiça do Distrito Federal mandou tirar da internet os contracheques de 190 mil empregados do governo local. O que os sindicatos ainda não perceberam é que, ao defenderem a suposta privacidade individual, estão contribuindo para manter ocultos os ganhos astronômicos de alguns privilegiados e as distorções entre as remunerações existentes nos três poderes. A simples divulgação desses dados será o início da correção desses absurdos. Afinal, um ascensorista do Senado não deveria ganhar mais do que um professor ou um médico.
Por fim, o Supremo Tribunal Federal (STF) não forneceu, no prazo de 30 dias, informações sobre as viagens internacionais dos seus ministros, detalhando nomes, destinos, diárias pagas e justificativas. Alegou a Corte que a Lei de Acesso à Informação será objeto de regulamentação pela "Comissão de Regimento". Desta forma, se o próprio STF não está cumprindo os prazos da lei, quem o fará? O poeta italiano Dante Alighieri já dizia: "As leis existem, mas quem as aplica?"
Apesar da boa intenção de alguns órgãos governamentais, notadamente da Controladoria-Geral da União, vai demorar para que todos entendam que o Estado é somente o guardião da informação pública. Assim, teremos que continuar lutando para que o acesso seja a regra e o sigilo, a exceção. Tal como dizia Montesquieu, o país deve ser valorizado pelas leis que pratica e não pelas que são editadas e ficam restritas às prateleiras dos advogados.
GIL CASTELLO BRANCO é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas
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MERCOSUL: ''QUAL O TEU NEGÓCIO? O NOME DO TEU SÓCIO?...'' '*
Golpe contra o Mercosul
O Estado de S. Paulo - 03/07/2012 |
Em mais uma decisão desastrada e vergonhosa para a diplomacia brasileira, a presidente Dilma Rousseff apoiou a suspensão do Paraguai e a admissão da Venezuela como sócia do Mercosul. Seguiu a orientação de sua colega argentina, Cristina Kirchner, de credenciais democráticas abaixo de duvidosas, e sujeitou o destino do bloco regional aos objetivos políticos do caudilho Hugo Chávez. Como se quisesse dar razão a todos os críticos da escandalosa manobra encenada em Mendoza, o chefão venezuelano vociferou: "Não tenho dúvidas de que por trás daquele grupo de senadores do Paraguai está a mão do império, tentando impedir a conformação de uma verdadeira potência na América do Sul". Ele se referia ao último obstáculo à sua participação com direito de voto na cúpula dirigente do Mercosul. Não se sabe se a presidente brasileira corou ou sentiu pelo menos um leve arrependimento ao ler esse palavrório. Seus conselheiros diplomáticos e estrategistas internacionais devem ter exultado, ao receber a aprovação por mais esse ato de submissão ao grande movimento redentor da América do Sul, o kirchnerbolivarianismo.
Além de representar mais uma grave ameaça ao Mercosul, já enfraquecido por suas divisões, pelo protecionismo interno e por sua incapacidade de integração competitiva na economia global, a decisão a favor do ingresso da Venezuela é muito discutível do ponto de vista legal. Suspenso da participação nas reuniões e nas deliberações do bloco, o Paraguai se mantém, no entanto, como sócio. Quando for readmitido, depois da eleição presidencial de abril de 2013, a oposição de seus senadores ao ingresso da Venezuela terá perdido efeito? Especialistas contestam essa possibilidade ou, no mínimo, têm dúvidas relevantes sobre o assunto. Esse grupo inclui o chanceler uruguaio, Luiz Almagro.
Surge, portanto, um contraste dos mais interessantes: não há como negar a legalidade do impeachment do presidente Fernando Lugo (nem o governo brasileiro usou a palavra "golpe"), mas há uma boa base para contestar a punição imposta ao Paraguai. Em outras palavras, há bons argumentos para qualificar como golpe a manobra usada para possibilitar a admissão de Hugo Chávez como membro pleno da mesa diretora do Mercosul. Quem, nessa história, merece de fato ser chamado de golpista? Até agora, os presidentes e diplomatas envolvidos na condenação do Paraguai foram incapazes de sustentar sua decisão em um claro fundamento jurídico. Há uma diferença considerável entre apontar a rapidez do processo de impeachment do presidente Lugo e provar a violação de uma norma constitucional.
Enquanto a presidente Dilma Rousseff e seu colega uruguaio José Mujica seguiam a orientação da presidente Cristina Kirchner e atendiam aos desejos do chefão Chávez, empresários discutiam o futuro do comércio regional numa reunião paralela, em Mendoza. "A Argentina será responsável pelo fim do Mercosul", disse no encontro o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, embaixador Rubens Barbosa.
Ele se referia ao protecionismo argentino. A criação de barreiras aumentou a partir de 2008, quando a crise internacional se agravou, e intensificou-se nos últimos seis meses, quando Buenos Aires abrigou a presidência temporária do bloco. A multiplicação de barreiras, como lembrou o embaixador Rubens Barbosa e confirmam os empresários dos dois lados, prejudica tanto a indústria brasileira quanto a argentina. Incapaz de reagir a esses abusos, o governo brasileiro assume a posição de cúmplice na devastação comercial e institucional do bloco.
Não houve punição econômica ao Paraguai, graças a um surto de quase lucidez do governo brasileiro. Mas terão os paraguaios interesse em ficar no Mercosul? As normas da união aduaneira impedem os sócios de negociar isoladamente acordos de livre comércio. Petismo e kirchnerismo têm sido os principais obstáculos a negociações com parceiros de peso como os Estados Unidos e a União Europeia. Talvez os paraguaios descubram, em seu absurdo isolamento, uma inspiração a mais para mandar às favas essa união aduaneira fracassada e buscar negociações relevantes para seu país.
----------- (*) Cazuza. --- |
LEGISLATIVO MUNICIPAL.
PAÍS TERÁ MAIS 5.070 NOVOS VEREADORES NESTA ELEIÇÃO
MAIS CINCO MIL VEREADORES |
Autor(es): agência o globo:Diana Fernandes |
O Globo - 03/07/2012 |
Câmaras aumentam número de vagas a serem preenchidas este ano; gastos crescerão
Nas eleições de outubro, as câmaras municipais de todo país deverão ganhar um novo contingente de 5.070 vereadores que vão ocupar as vagas criadas a partir da aprovação da Emenda constitucional 58, em 2008. O país terá, então, um total de 56.818 vereadores, em relação aos 51.748 eleitos há quatro anos, um aumento de quase 10%. No levantamento anterior, feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado em maio, registrou-se a criação de 3.672 vagas. O prazo para aumentar as vagas acabou em 30 de junho. Ou seja, em pouco mais de um mês, foi contabilizada a criação de mais 1.398 vagas.
A emenda impôs restrições financeiras às câmaras para evitar acréscimo de despesas diretamente com os novos vereadores. Porém, é certo que as vagas criadas ampliarão o custo do legislativo local, o que pesará nas contas das prefeituras. Além do aumento do número de vereadores, as câmaras municipais devem aprovar, até o final de setembro, reajustes dos subsídios dos vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais.
É esta nova despesa que assusta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que defende os interesses políticos e financeiros das prefeituras. O reajuste nos salários de vereadores é aprovado a cada quatro anos, antes das eleições; em alguns casos o prazo de aprovação da lei municipal é antes da posse.
No Estado do Rio,
o maior aumento
Ziulkoski disse que é impossível calcular hoje o impacto desses salários nas contas das prefeituras, a partir de 2013, mas salienta que esse será o grande problema, porque o parâmetro para os reajustes é o novo salário dos deputados federais.
- É lógico que criar cinco mil vagas de vereadores aumenta o custo. Não sabemos ainda em quanto, mas o vereador é a parte menor do problema. O grande impacto financeiro para os municípios serão os novos salários municipais - disse Ziulkoski, explicando que o subsídio do vereador equivale a 75% dos subsídio do deputado estadual, que, por sua vez, recebe o equivalente a 60% do vencimento de um deputado federal (hoje em R$ 26, 6 mil.
- Este sim será um impacto de bilhões de reais nas contas das prefeituras, porque implica também em reajustar salários dos prefeitos, vices e secretários municipais - afirma.
Para calcular o número de vereadores nas eleições deste ano, foram usados os dados sobre a população divulgados pelo IBGE em julho de 2011: onde cresceu a população aumentou o número de vereadores.
Pelas contas da CNM, com base nos dados do IBGE, dos 5.563 municípios brasileiros, 2.153 poderiam aumentar o número de vereadores por meio de alteração em suas leis orgânicas. Desses, 2.125 responderam a questionários da CNM e 1.535 (72%) confirmaram que aumentariam suas cadeiras no legislativo local; 590 informaram que manteriam o mesmo número.
Com base nos dados populacionais do IBGE, os municípios do Estado do Rio são os que mais poderiam aumentar o número total de vereadores. Todos os municípios fluminenses poderiam eleger 1.362 vereadores este ano (em 2008 foram 999) - um aumento de 34,5%. Dos 92 municípios do estado, 72 poderiam, segundo a lei, mudar a composição de suas câmaras.
Na pesquisa feita do CNM com 62 desses 72 municípios, 42 informaram que aumentaram o número de vereadores, e 20, que não. Nesse universo, os vereadores passam de 659 (eleitos em 2008) para 817 este ano.
As cidades fluminenses que mais aumentaram o número de vereadores foram Nova Friburgo e Teresópolis, de 12 para 21. Campos aumentou de 17 para 25.
Pelo resultado do IBGE, segundo a CNM, os municípios com mudanças populacionais poderiam criar este ano até 8.036 cadeiras, o que elevaria o número final para 59.764. Os dados informados pelos municípios indicam 5.070 novas vagas.
Poucos municípios - dado ainda não tabulado pela CNM - aprovaram leis reduzindo o número de vereadores. É o caso de Ribeirão Preto (SP). Lá, uma emenda reduz de 27 para 22 as cadeiras a partir de 2013. A Câmara de Agudos (SP) reduziu de 13 para 9 o número de vereadores. Em Minas, o legislativo de Divinópolis diminuiu de 19 para 17. No Paraná,os vereadores de Paiçandu tentaram aumentar as vagas de 9 para 13, mas, pressionados pela opinião pública, recuaram.
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OLHO MÁGICO
MP E POLÍCIA VÃO INVESTIGAR FRAUDE NA CÂMARA DE SP
CÂMARA ADULTERA PROVA APÓS DENÚNCIA DO "ESTADO"; MP E POLÍCIA VÃO INVESTIGAR |
Autor(es): ADRIANA FERRAZ , DIEGO ZANCHETTA |
O Estado de S. Paulo - 03/07/2012 |
Após revelar que vereadores burlaram painel, "Estado" flagra troca de aparelho que marca presença
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual abriram ontem investigação para apurar fraudes no painel eletrônico da Câmara de São Paulo, reveladas pelo Estado. Serão investigados os crimes de peculato, falsidade ideológica e improbidade administrativa. Isso porque informações falsas teriam sido inseridas no painel eletrônico em nome dos vereadores. Além disso, como as faltas não eram descontadas, eles podem ter recebido ilegalmente. Se comprovadas, as irregularidades podem resultar em cassação de mandato. A Câmara também vai apurar informações de que parlamentares ausentes do plenário marcam presença em terminal instalado ao lado do elevador. Ontem, funcionários da Casa adulteraram provas da irregularidade, trocando de posição o terminal usado para assinalar nomes de vereadores fantasmas. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), admitiu falhas no sistema.
Aparelho usado por assessor para marcar presença de vereadores apareceu em outro lugar; promotores apuram improbidade e peculato
Um dia após o Estado revelar que vereadores estão fraudando o painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo para garantir presença e voto em plenário, a reportagem flagrou ontem adulteração nas provas. O terminal usado por servidores da Mesa Diretora para assinalar nomes de parlamentares fantasmas foi trocado de posição, como antecipou o estadão.com.br. A máquina, que ficava escondida em uma gaveta, passou para a mesa e, em seu lugar, foi colocado outro equipamento, que não permite votação.
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual abriram investigação para apurar as fraudes cometidas por pelo menos 17 dos 55 vereadores nas últimas três semanas. Três tipos de crimes serão investigados: falsidade ideológica, improbidade administrativa e peculato (desvio de bens por funcionários públicos). Se comprovadas, as irregularidades podem render desde cassação dos mandatos dos parlamentares envolvidos até prisão.
A adulteração das provas foi flagrada pela reportagem às 15h de ontem, quando o presidente da Casa, José Police Neto (PSD), apresentava o plenário a jornalistas e fotógrafos e afirmava que o sistema não permitia fraude em votações.
Diferentemente do que confirmam imagens e fotos produzidas pelo Estado, o terminal usado pelo assessor José Luiz dos Santos, o Zé Careca, apontado como o líder do esquema, estava visível. Em seu lugar, havia um terminal biométrico, para registro da impressão digital dos parlamentares.
A troca de aparelhos ficou clara durante a explicação de Police Neto, mas o vereador chegou a justificar a alteração como resultado de uma manutenção. "Toda primeira segunda-feira do mês é feita a manutenção dos equipamentos, pode ter sido isso", argumentou. Minutos depois, visivelmente constrangido, o presidente admitiu a possível troca.
Em nota enviada ontem à noite, a Presidência da Câmara confirmou que "foi trocada a posição do terminal de controle de presença na mesa do operador de controle mestre do sistema". A função é ocupada por Zé Careca. A nota ainda informou que Police Neto determinou à Coordenadoria do Centro de Tecnologia de Informação a abertura imediata de processo para apurar a responsabilidade na troca.
Presente no plenário ontem à tarde, o diretor de Tecnologia da Câmara, Eduardo Myashiro, disse que não sabia explicar o motivo da troca dos equipamentos.
Investigação. A reportagem constatou, durante as últimas 20 sessões plenárias, que parlamentares ausentes marcam suas presenças em um terminal instalado ao lado do elevador de uso exclusivo deles, ou mesmo por funcionários da Mesa Diretora. Em outro caso, vereadores assinalam suas presenças para formação de quórum e vão embora. Ou ainda se utilizam do regimento para evitar o desconto de R$ 465 no holerite - isso porque é possível fazer a marcação ao longo de quatro horas, mesmo após o término das sessões.
A polícia apura os crimes de falsidade ideológica e peculato. As informações falsas teriam sido inseridas no painel em nome dos vereadores. Além disso, como as faltas não eram descontadas, vereadores podem ter recebido ilegalmente. "O departamento abriu inquérito", afirmou o delegado Dejar Gomes Neto, diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania. A investigação ficará sob a responsabilidade da Divisão de Crimes Funcionais, pois os supostos autores de fraude são funcionários públicos ou políticos ocupando cargos legislativos.
Para a Promotoria do Patrimônio Público e Social, a fraude pode configurar improbidade administrativa, além de peculato. O inquérito instaurado ainda vai apurar se atos legislativos, incluindo aprovação de leis, devem ser anulados. "Existem regras para as votações simbólicas, com quórum definido. O parlamentar não pode marcar seu nome e ir embora", disse o promotor de Justiça Marcelo Daneluzzi. Segundo o regimento da Câmara, mesmo para votações simbólicas é preciso ter 28 vereadores em plenário.
Responsável por investigar atos sob suspeição no Legislativo desde janeiro de 2011, o vereador Marco Aurélio Cunha (PSD) avaliou ontem ser "desnecessária" abertura de procedimento para apurar fraude em votações e presenças da Casa. "Vou acompanhar as investigações abertas pela Presidência. E vamos defender o fim do painel de presença atrás do plenário e o fim das presenças por senha. Isso dará mais transparência ao processo."
/COLABOROU MARCELO GODOY
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''TRANSPARÊNCIA'' É PARA OS FRACOS !
Transparência: Estatais se recusam a divulgar salários
Estatais à prova de transparência |
Autor(es): LEANDRO KLEBER |
Correio Braziliense - 03/07/2012 |
Parte das empresas com capital público aproveita brecha na legislação para não divulgar os salários dos servidores. Desculpa é de que a medida atrapalharia a competitividade
As estatais consideradas estratégicas pelo governo e que competem nos mercados financeiro e de energia decidiram não publicar os salários de seus diretores e funcionários na internet. Como a regulamentação da Lei de Acesso à Informação obriga apenas as empresas públicas que não atuam sob concorrência a divulgarem as remunerações de servidores, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e Eletrobras adotaram a brecha e optaram por não publicar os dados. Nada referente a salários, auxílios, ajudas de custo e jetons será divulgado na internet, ao contrário do que já faz o Executivo com os contracheques individuais de 569 mil pessoas no Portal da Transparência.
Um universo de mais de R$ 34 bilhões e, pelo menos, 260 mil funcionários não estarão dentro das regras de transparência adotadas pela maior parte do funcionalismo. Economistas criticam o que chamam de "caixa-preta" do orçamento público, mas há também quem defenda a não publicação dos contracheques. As empresas com participação de 100% das ações nas mãos da União — ou perto disso —, como os Correios e a Infraero, prometem divulgar a relação dos seus trabalhadores com os respectivos salários até o fim deste mês.
Inicialmente, a Lei de Acesso à Informação, de novembro de 2011, determinava que as empresas públicas teriam de garantir o acesso a informações de interesse particular ou coletivo. Porém, o decreto de regulamentação da exigência, publicado em maio deste ano, trouxe a novidade de que a divulgação de informações dessas empresas, em regime de concorrência, estará submetida às normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), "a fim de assegurar sua competitividade, governança corporativa e, quando houver, os interesses de acionistas minoritários". Além disso, as estatais ainda ganharam outro reforço técnico. Portaria publicada pelo Ministério do Planejamento garantiu que as empresas públicas que atuam em regime de concorrência, de fato, não são obrigadas a disponibilizar as informações.
Para o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da ONG Contas Abertas, as estatais são um capítulo à parte na Lei de Acesso à Informação. "É uma batalha. Elas não estão acostumadas com transparência.
Sempre foram no Brasil essa enorme caixa-preta e estão resistindo à lei e saindo de fininho", afirma. O economista diz que o fato de atuarem no mercado competitivo não pode ser usado como justificativa, pois as informações, segundo ele, não têm nada a ver com caráter competitivo. "O governo tem a maior parte do capital dessas empresas. As informações são banais. As estatais se escondem atrás dessa bandeira da competitividade", acredita.
Recursos públicos
A opinião é compartilhada pelo economista Roberto Piscitelli, professor da Universidade de Brasília. Segundo ele, os valores pagos pelas empresas a seus funcionários "passam pelos cofres públicos". "A maioria do capital não é do Estado, do conjunto dos cidadãos? Então por que BNDES e Petrobras, por exemplo, que se mantêm à custa de recursos públicos, não podem divulgar? Se é para valer, todo mundo tem que colocar sua cara a tapa", afirma.
Mas há quem defenda a não publicação dos salários na internet. O ex-superintendente da área de relações com empresas da CVM Fábio Fonseca garante que a divulgação do salário de uma empresa de capital aberto não muda a decisão de um investidor na hora de aplicar o seu dinheiro. "Isso não agrega nada ao mercado. A informação de mercado de companhia aberta é a que leva o investidor a investir, a vender ou a fazer nenhum dos dois. As empresas privadas também não fazem isso. O dado de que um engenheiro da Petrobras ganha R$ 25 mil trabalhando numa refinaria não agrega nada", diz. Ele lembra que os gastos dos conselhos das estatais são publicados anualmente e que, com eles, é possível saber quanto cada conselheiro ganha.
Quantidade de empregados:
Prometem divulgar: Correios — 121 mil Infraero — 14 mil
Não vão divulgar:
Banco do Brasil — 119 mil Caixa Econômica Federal — 88 mil Petrobras — 59 mil Eletrobras — 1,4 mil |
''JANELAS'' DE VIDRO... (Só Carolina não viu)
Os danos causados durante o sobrevoo de caças da FAB ocorreram quando uma das aeronaves atingiu a velocidade de 1,1 mil km/h, segundo a Aeronáutica. A velocidade não rompeu a barreira do som, mas a quantidade de massa de ar deslocada foi suficiente para romper as vidraças, explicou o órgão.
Turistas tiram fotos enquanto funcionários fazem a limpeza do prédio do STF |
Ao todo, 65 vidros foram quebradas, o que equivale a 320 m². As novas janelas serão do mesmo modelo das que quebraram. O Supremo Tribunal Federal (STF) não considerou necessário instalar blindex depois do episódio da troca da bandeira.
O valor do prejuízo calculado pelos técnicos do STF no acidente é de aproximadamente R$ 35 mil.
Os aviões faziam demonstrações com voos rasantes durante a troca da Bandeira Nacional e provocaram uma onda de choque nos vidros do STF, que fica ao lado do pavilhão na Praça dos Três Poderes.
... ALGO NO AR ALÉM DOS AVIÕES DE CARREIRA
Plano (do) piloto

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Apesar da crise que reduziu o crescimento econômico, o Brasil elegerá em outubro 5.070 vereadores a mais que em 2008. Ao todo, serão eleitos 56.818, quase 10% mais que os 51.748 de quatro anos atrás. Os dados são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que está assustada com o aumento de despesas. Há um mês, quando a CNM divulgou seu levantamento anterior, já havia 3.672 novas cadeiras nas câmaras municipais. Ou seja, em 30 dias foram contabilizadas mais 1.398. No Estado do Rio, as cidades que mais aumentaram o número de vereadores (de 12 para 21) foram Nova Friburgo e Teresópolis, justamente as mais afetadas pelas chuvas de 2011. Agora, as câmaras ainda vão aprovar reajustes em subsídios de vereadores, prefeitos e secretários. (Págs. 1 e 3)
Contra milícia, Rio pede Exército na campanha. (Págs. 1 e 3)
PSB é cada vez mais independente do PT. (Págs. 1, 4 e Merval Pereira)
O governo deu o sinal verde para que a Petrobras acelere as negociações com grupos estrangeiros para garantir os investimentos em refinarias. Entre eles, estão os chineses da Sinopec, que já atua na exploração de petróleo e gás no país.
No último plano estratégico da empresa, até 2016, a Petrobras diminuiu o volume de recursos direcionado ao refino, e o Brasil depende hoje da importação de gasolina para fazer frente ao crescimento da frota de carros. (Págs. 1 e 17)
O título de Patrimônio Mundial, concedido ao Rio pela Unesco, contou com a colaboração de belezas do outro lado da Ponte. Na lista dos locais descritos como aqueles que compõem as eleitas “paisagens cariocas entre a montanha e o mar” estão 5 fortes de Niterói, na entrada da Baía. Até os pingüins comemoraram a vitória: só ontem, 22 foram resgatados pelos bombeiros na Praia da Barra e dois na Zona Sul. Já no costão da Avenida Niemeyer passeava um bando de golfinhos. (Págs. 1, 13 e 15)
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, disse que o ingresso da Venezuela no Mercosul só ocorreu por causa da intervenção da presidente Dilma Rousseff.
Almagro afirmou que seu país era contrário à integração da Venezuela ao bloco. (Págs. 1 e Mundo A10)
Citam ainda o risco de Osama bin Laden atacar o país. Os relatórios contradizem a posição oficial do Brasil, que negava ter indícios da atuação terrorista. (Págs. 1 e Poder A8)
Demóstenes declarou que não beneficiou Cachoeira, não recebeu recursos nem mentiu ao dizer que ignorava seus negócios. (Págs. 1 e Poder A6)
O prefeito disse que não sugeriu “troca de favores”. A Delta afirmou que os contratos são legais. (Págs. 1 e Poder A7)
O veículo era escoltado por PMs. Houve tiroteio. A sobrinha de Sartori foi usada como escudo humano. A irmã e a filha ficaram dentro do carro enquanto um dos ladrões tentava fugir com o veículo. Um homem foi preso no hospital de Heliópolis. Cinco fugiram. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual abriram ontem investigação para apurar fraudes no painel eletrônico da Câmara de São Paulo, reveladas pelo Estado. Serão investigados os crimes de peculato, falsidade ideológica e improbidade administrativa. Isso porque informações falsas teriam sido inseridas no painel eletrônico em nome dos vereadores. Além disso, como as faltas não eram descontadas, eles podem ter recebido ilegalmente. Se comprovadas, as irregularidades podem resultar em cassação de mandato. A Câmara também vai apurar informações de que parlamentares ausentes do plenário marcam presença em terminal instalado ao lado do elevador. Ontem, funcionários da Casa adulteraram provas da irregularidade, trocando de posição o terminal usado para assinalar nomes de vereadores fantasmas. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), admitiu falhas no sistema. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)
Encanador ganha R$ 11 mil
Dados divulgados no site da Câmara de São Paulo mostram que um encanador tem salário de R$ 11 mil e um chaveiro recebe R$ 10,9 mil por mês. (Págs. 1 e Cidades C3)
Ainda não há no Brasil sinais de crise no financiamento geral nem com o segmento do crédito imobiliário parecida com a que acontece nos EUA. (Págs. 1 e Economia B2)
O descuido com a altitude dos caças deixa no ar um sentido figurado: há uma forma de tirar o sossego de quem tem telhado de vidro em Brasília. (Págs. 1 e Cidades C6)
A admissão da Venezuela é mais uma decisão vergonhosa para a diplomacia brasileira. (Págs. 1 e A3)
O valor do acréscimo equivale a quase 50% do que será gasto com o pagamento do funcionalismo federal neste ano, de R$ 187,6 bilhões. Diversas categorias de servidores ameaçam fazer uma greve geral para obter o aumento pretendido. Alguns funcionários já estão parados, como é o caso dos professores universitários, e outros fazem "operação padrão", como os auditores da Receita Federal e do Trabalho, entre outros. (Págs. 1 e A3)
A iniciativa ganhou força com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de alterar o rito de tramitação das medidas provisórias. Antes, a grande maioria dos debates sobre as MPs se dava apenas nos plenários da Câmara e do Senado. Agora, elas terão de passar pelo crivo de comissões especiais mistas antes de seguir para os plenários. (Págs. 1 e A5)
Esses números - os primeiros que trazem uma radiografia completa das grandes companhias em 2011, porque incluem empresas de capital aberto e fechado - fazem parte da 12ª edição do anuário "Valor 1000", que circulará em agosto, quando serão conhecidas as empresas com melhor desempenho em 25 setores da economia, sendo uma delas eleita a campeã do ano. (Págs. 1 e A16)
Pressionado pela presidente Dilma Rousseff e tendo como meta atrair 7,2 milhões de visitantes ao Brasil em 2015, o Ministério do Turismo abriu várias negociações para agilizar a formação de um pacote de medidas. "O Banco Central realiza um pente-fino para entender melhor os gastos dos brasileiros no exterior", disse ao Valor o ministro Gastão Vieira. Só nos primeiros cinco meses do ano, o déficit nas contas externas produzido por gastos de turistas no exterior somou US$ 6 bilhões. (Págs. 1 e A2)
Lançado candidato à revelia do comando petista no Estado, o atual prefeito, João da Costa (PT), começou e terminou mal seu mandato. O PT não ia mantê-lo no cargo e, com ajuda do governador e da Frente Popular - amontoado de legendas que Campos lidera -, seria simples colocar outro petista na prefeitura. João mobilizou militantes e venceu a prévia do partido, até o diretório nacional impor o senador Humberto Costa como candidato do PT. Campos viu na briga petista a chance de estender seu domínio à capital e lançou candidato próprio. Ao repelir o PT, a Frente Popular incorporou o PMDB, que até pouco tempo era a maior força de oposição a Campos no Estado. (Págs. 1 e A10)
Até a posse, no dia 1º de dezembro, Peña terá de convencer também os quase dois terços dos mexicanos que não votaram nele de que sua postura no cargo não será apenas a de um rapaz simpático, atlético e folgazão, mas a de um político preparado para vestir a cara de um novo PRI. Nessa fase de transição, terá de fazer o que nunca fez o seu partido: negociar com o Congresso, pois sua maioria não será absoluta nas duas Casas. (Págs. 1 e A13)
O governo está tomando medidas corretas para enfrentar o cenário ameaçador de um agravamento da crise europeia. (Págs. 1 e A2)
Luiz Gonzaga Belluzzo
As análises dos economistas, mesmo as de boa-fé, estão carregadas de valorações incompatíveis com o objeto investigado. (Págs. 1 e A15)