PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, novembro 20, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] A PAGAR, ''APAGAR'' e APAGÃO

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TRAGICOMÉDIA

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O lado bom da tragédia



ARNALDO JABOR - O Estado de S.Paulo

Às vezes, sonho com um supercrash do capitalismo. Maior do que o atual. Em dias de ódio e tédio com o mundo fora dos eixos, desejo o mal: "Que quebre tudo logo, vamos recomeçar do zero!" Sonho, às vezes, como um bolchevista louco ou um homem-bomba querendo a morte dos cães infiéis - que somos nós. Um 'supercrash' seria bom. Dar-nos-ia uma consciência mais humilde de limites. Em meu delírio, chego a desejar que alguma catástrofe aconteça, para nos despertar desta suja esperança, desta sórdida alegria obrigatória que nos impingem.
O crash traria uma nova era; terrível ou não, alguma verdade surgiria… Como chamá-la? A pós-pós-modernidade? O pós-apocalipse? A "desglobalização"? A única coisa que não será "pós" é a burguesia, claro. Não há "pós-burguesia".
O supercrash seria bom para fracassados, pois estão desculpados, mas seria ruim para catastrofistas - que ficariam sem anátemas e protestos nos bares. Uma crise é boa para o contato com o absurdo. Nesse sentido, uma crise radical seria 'filosófica', porque o mal ficaria banalizado e o bem, um luxo ridículo, um hobby.
Ficaríamos mais espiritualizados com uma supercrise. Num primeiro momento, o horror, bolsas caindo, grana sumindo. Depois, a paz do inevitável, a calma da desgraça assumida - vejam o rosto pacífico dos famintos do Sudão. A fome traz uma paz desesperançada. Uma super-recessão muito maior que em 29 pode mostrar que a voracidade consumista não é a única maneira de viver. Seríamos mais magros e mais frugais; ficaríamos mais elegantes com um crash. 'Crash chic'.
Um supercrash apaga o sorriso dos colunáveis nas revistas. Um crash fecha a Caras e provoca uma onda de suicídios de milionários e instilaria humildade nas almas yuppies. Acabariam suspensórios floridos e gravatas de pintinhas. Das salas ricas, sumiriam elefantes de prata, lustres de cristal e tapetes de zebra.
Voltariam os hippies, as drogas lisérgicas, o artesanato de couro, a poesia, a arte, a lenta reflexão, "slow life". Toda crise é uma renascença. Haveria uma estética do crash. O crash criaria escolas filosóficas: o 'pirronismo' absoluto, um neoniilismo pragmático e a escatologia escatológica: "a merda está no fim da história", uma espécie de Hegel de marcha à ré.
Os intelectuais encheriam a cara nos bares, cheios de esperançoso pessimismo. Os bondosos de carteirinha, os cafetões da miséria, santos oportunistas, ficariam todos em pânico: "Se não houver um mal claro, como seremos bons?"
O mundo se 'balcanizaria' em ilhas culturais e psicológicas; o mundo se espalharia em esponjas, em vazios, em avessos, em 'buracos brancos' que se alargam enquanto o tecido da sociedade se esgarça. Não seriam 'células de resistência', mas 'buracos de desistência'.
Os filmes americanos ficarão felizes e haverá musicais para nos alegrar, como no tempo do crash de 29 . Fred Astaire vai dançar com Ginger Rogers de novo. O crash acaba com os filmes de grande produção. O crash vai nos livrar dos grandes shows de rock, das milionárias bandas revoltadas, dos best-sellers de autoajuda (pois não haverá salvação possível), das supercervejarias, dos canecões. Diminuiria muito nossa ansiedade patológica e teríamos a depressão, que é muito melhor porque, ao menos, descansamos caídos na cama.
Com a nova guerra fria entre russos e americanos e, talvez, uma guerra quente no Oriente Médio, teríamos a restauração da beleza da morte e não mais sua banalização pelos videogames letais. Uma 'supercrise' traria um novo sabor de verdade a esta ópera-bufa que vivemos. Acaba o pastelão e começa a tragédia real. O crash será um 'thrill' para nossas vidas. A paz é chata; parece filme iraniano. A guerra é que é legal, como um filme de ação. O crash também revitalizaria o inútil, a importância do nada, a ausência de urgências, uma saudável tristeza vil. Acabaria com a folga arrogante do capitalismo financeiro, com seus imensos casinos do Mal.
Um crash pode nos dar o frisson de sermos vítimas, a luz negra excitante da paixão. Pode acabar com este bom senso insuportável que nos rege. Acabarão os países emergentes, pois todos seremos reemergentes. Sem consumo, haverá um grande estímulo para o sexo... já que não teremos nada a fazer. O crash vai parir 'babycrashers'. E também vai justificar broxadas: "minha filha... desculpe... é o crash..." O crash vai acabar com o grande movimento em aeroportos e diminuirá sensivelmente o número de barrigudos falando alto em celulares. O crash fecha Miami. Vão acabar palavras como 'globalização', livre mercado, competitividade, desregulamentação, qualidade total, inovação. Como se diz hoje, o mundo terá um "downsizing".
O crash pode vir a ser retrô, delicioso - voltaremos aos anos 50, de onde nunca saímos, na verdade. Ficaríamos livres da euforia gratuita e teríamos um sadio desalento. Acabaria o vício do passadismo rancoroso, com a desistência da esperança regressista, acabaria a nostalgia de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia. Acabaria um sonho de futuro. Só teríamos o presente incessante.
O crash vai ser bom para o Brasil conhecer o caos. Há anos que falamos nele sem saboreá-lo, se bem que não temos competência nem para o caos, que é mais 'anglo-saxônico'. Teremos o pântano, o brejo (para a onde a vaca vai), coisa mais 'nossa', mais 'saudades do matão' com sapos coaxando. O pântano é mais Brasil. O único problema do crash é que ele pode revitalizar os fascismos. E isso, naturalmente, poderá causar uma guerra total, na qual morreremos todos, derretidos, adubando o solo para novas espécies. Mas, já que o espetáculo da história humana foi esse vexame milenar em busca de poder e de esperanças vãs, também isso pode ser bom. O crash seria bom para acabar conosco, esta raça daninha que atrapalhou o livre curso da natureza. Logo, não se preocupe.

MENSALÃO: O DIVISOR DE ÁGUAS


Condenações do STF foram um avanço



Autor(es): Raymundo Costa
Valor Econômico - 20/11/2012
 

O julgamento do mensalão certamente não vai acabar com a corrupção no país, mas é o ponto alto de um processo de combate às malfeitorias, como gosta de dizer a presidente Dilma Rousseff, que teve início com a redemocratização do país.
Dizer que foi um julgamento político não desqualifica as sentenças proferidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. As leis são resultado da mediação política da vida em sociedade. Danoso seria um julgamento partidário.
A presidente Dilma tem razão quando diz que ninguém neste mundo de Deus está acima "de erros e das paixões humanas". Declaração feita na Espanha talvez para acalmar o ânimo militante. A dor do mensalão era uma dor que o PT precisava sentir. Pena que não esteja sendo corretamente interpretada pelo partido.
Mensalão é marco no combate à impunidade no país
Nesse período de 27 anos de democracia, o mais longo já vivido pelo país, a intolerância com a impunidade ganhou corpo à medida que se formou uma oposição forte no Congresso (tendo o PT como protagonista importante), a sociedade civil se organizou e a liberdade de imprensa foi consolidada.
O impeachment de Fernando Collor foi a primeira reação organizada, nesse período, da insatisfação civil com a corrupção e a impunidade. Na sequência, a CPI dos Anões do Orçamento investigou 18 deputados e senadores. Ao final, seis foram cassados, oito renunciaram e outros quatro foram absolvidos.
Pode ser que num caso ou outro os erros e as paixões humanas tenham prevalecido. Fernando Collor e Ibsen Pinheiro foram punidos no Congresso e absolvidos no Judiciário.
Apesar do corporativismo imemorável, mais difícil é identificar, neste período, o momento em que a Câmara perdeu a vergonha e passou a fazer às claras o que antes tratava na penumbra. O paroxismo dessa situação é a CPI do Cachoeira, um acordão feito à luz do dia.
Se há avanços, há também retrocessos. É o que mostra a CPI do Cachoeira, o exemplo mais flagrante da esterilização das comissões de inquérito do Congresso e de como elas podem ser manipuladas por eventuais maiorias para emparedar a minoria.
O penúltimo capítulo da desmoralização das CPIs deve ser encenado hoje com a divulgação do relatório da "investigação" feita sobre as relações do contraventor com agentes públicos.
O requerimento para a criação da comissão bateu recorde de assinaturas de deputados e senadores, mas nunca interessou a ninguém a não ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT e aos mensaleiros em particular.
Sob o objetivo de investigar o contraventor Cachoeira, na prática a CPI tentou constranger o procurador-geral da República e disputar o noticiário com o julgamento do mensalão. Não conseguiu nenhuma das duas coisas. Concretamente, o ex-senador Demóstenes Torres perdeu o mandato e seus amigos tucanos de Goiás ficaram emparedados politicamente. Mas para isso não precisava de CPI. O inquérito da PF já contava tudo.
Pior ainda: a CPI empacou quando surgiram as pegadas da construtora Delta em programas do governo federal e fortes indícios de perigosas relações da empresa com governantes de todos os partidos. Alguns deles amigos do rei, como Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, ou integrantes do PT, como Agnelo Queiróz (DF).
Outra CPI que poderia ir longe mas acabou em soma zero foi a da Evasão de Divisas, mais conhecida como CPI do Banestado. Era presidida por um tucano, tinha um vice do antigo PFL e relator dom PT. Não havia risco de dar certo.
Restou um projeto do deputado José Mentor (PT-SP) para anistiar e permitir a repatriação de recursos ilegalmente remetidos ao exterior.
Nesse jogo de avanços e retrocessos, alguns banqueiros engravatados passaram pelo xilindró. Salvatore Cacciola, do banco Marka, por crimes contra o sistema financeiro, e Daniel Dantas, numa ação tão desastrada da PF que não teve como ser sustentada pela Justiça. Agora, pelo andar da carruagem, pode chegar a vez da "simples bailarina" do Rural, banco que já estrelou outros escândalos.
Por outro lado, também deu em nada a CPI dos Cartões Corporativos. Apenas serviu para encorpar a folha corrida que levou à demissão da ex-ministra Erenice Guerra, sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil da Presidência.
Nesses 27 anos também um desembargador (Nicolau dos Santos Neto) foi obrigado a dormir na cadeia, um senador algemado a caminho da prisão (Jader Barbalho), sem falar de outro ex-senador, Luiz Estevão (PMDB), cúmplice de Nicolau no desvio de verbas para a construção do TRT de São Paulo.
Em 2010, o então governador de Brasília, José Roberto Arruda entregou-se à polícia, depois de ter sua prisão preventiva decretada pelo Superior Tribunal de Justiça. Ficou preso por um bom período, quando a aposta em seu staff era que ele logo seria beneficiado por um habeas corpus, como era a prática dos costumes políticos.
Já ali o Supremo enviava o sinal de que alguma coisa estava mudando. Parece não ter sido ouvido pelos réus do mensalão e seus advogados, sempre transmitindo a impressão de que não havia provas suficientes para condenar a clientela.
Nunca é demais lembrar do antes inatingível Paulo Maluf (PP-SP), cujas práticas levaram a população a criar o verbo "malufar", foi condenado pela Justiça da Ilha de Jersey a devolver US$ 22 milhões para a Prefeitura de São Paulo. Maluf, hoje aliado do PT, também andou dormindo na cadeia.
Bem ou mal, o país tem avançado no combate à corrupção. O julgamento do mensalão é um marco. Certamente não significa o fim da corrupção, mas estabelece um perímetro no qual as outras instâncias do Judiciário poderão atuar no combate à impunidade. O medo da cana - especial ou não - é o melhor remédio. Pena que o Congresso se rendeu ao corporativismo, como demonstrou especialmente a Câmara dos Deputados ao absolver os réus do mensalão que o STF achou por bem condenar. O avanço da corrupção se dá nas brechas da impunidade.
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Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília. Escreve às terças-feiras

BNDES ... na coleira



BNDES vira sócio de Eike e banca fábrica de chip

Governo vira sócio e banca fábrica de semicondutores de Eike Batista


Autor(es): MÔNICA CIARELLI
O Estado de S. Paulo - 20/11/2012
 

Após seis meses de adiamento, o projeto do governo de construção de fábrica de semicondutores foi anunciado oficialmente ontem e terá mais da metade do investimento - de R$ 1 bilhão - vinda do BNDES. A Six Semicondutores, empresa do grupo Eike Batista, receberá R$ 245 milhões do banco para garantir uma fatia de 33% na sociedade, além de financiamento de R$ 267 milhões
BNDES será responsável por mais da metade do investimento de R$ 1 bilhão da Six Semicondutores, que será erguida em Minas Gerais

Depois de mais seis meses de adiamentos, o projeto do governo de construção de uma fábrica de semicondutores no País foi anunciado ontem oficialmente. A Six Semicondutores, a mais nova empresa do grupo de Eike Batista, saiu do papel com uma forte ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por mais da metade do investimento de R$ 1 bilhão.
Além de entrar com R$ 245 milhões para garantir uma fatia de 33% na sociedade, o banco ainda aprovou financiamento de R$ 267 milhões para a nova fábrica, que será construída no município de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outro empurrão do governo veio na forma de financiamento da estatal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que liberou à Six uma linha de empréstimo de R$ 202 milhões.
A nova fábrica, que tem previsão de começar a produzir em 2014, tem como sócios, além do BNDES e de Eike Batista (que também terá 33%), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a americana IBM e a Matec Investimentos e Tecnologia Infinita, do ex-presidente da Volkswagen do Brasil Wolfgang Sauer.
O projeto vinha sendo tratado com discrição pelos sócios porque a presidente Dilma Rousseff tinha planos de anunciar pessoalmente o investimento. Mas problemas de agenda acabaram deixando a presidente fora do evento, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Política industrial. O interesse do Planalto pela produção de semicondutores ficou claro no lançamento da política industrial, no início do ano, quando o setor foi classificado como estratégico para o desenvolvimento econômico do País. Na época, o governo chegou a calcular que a falta de unidades de semicondutores gerava um déficit comercial de cerca de US$ 6 bilhões por ano ao Brasil.
"O projeto coloca o Brasil no seleto grupo de países com alta tecnologia em semicondutores e significa um salto qualitativo histórico para o desenvolvimento da indústria nacional, com ampliação de sua competitividade e diminuição da dependência tecnológica do País", destacou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, no evento.
A iniciativa, no entanto, é polêmica. O economista Claudio Frischtak, que trabalhou no Banco Mundial e hoje é sócio da Inter B Consultoria, criticou os gastos da União na nova fábrica. Ele lembra que o governo já tem uma fábrica estatal de chips no Rio Grande do Sul, a Ceitec. "Quem garante que não será mais um desperdício de dinheiro?", disse. Segundo ele, o Brasil está duas a três décadas atrasado nesse segmento e a fábrica gaúcha, criada em 2008, ainda não conseguiu trazer nenhum avanço para o País.
Já o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Silvio Sales, se mostra mais favorável à decisão do Planalto de dar um pontapé, via BNDES, para tentar desenvolver o setor. "Estamos atrasados nessa área. Era preciso um empurrão do Estado. Isso se justifica", afirmou Sales, ao lembrar que esse é um segmento que gera receitas de maior valor agregado.

ARQUIVE-SE ! (... simples assim)


20/11/2012 - 04h00-FOLHA

Justiça livra Lula de ação que pedia R$ 9,5 mi de volta


FLÁVIO FERREIRA
MATHEUS LEITÃO
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA


A Justiça do Distrito Federal livrou ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Amir Lando de uma ação de improbidade administrativa que pedia a devolução de R$ 9,5 milhões aos cofres públicos.

O juiz Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, extinguiu a ação proposta pelo Ministério Público Federal em janeiro de 2011 por entender que houve erro técnico.

Segundo ele, o Ministério Público só poderia ter processado Lula durante o mandato --e por meio de outra ação, a de crime de responsabilidade. Para o magistrado, o MPF poderia ter usado ações civis comuns para ressarcimento dos danos, mas não a de improbidade administrativa, que pode acarretar na suspensão dos direitos políticos.

A Procuradoria da República no Distrito Federal acusava Lula e o ex-ministro de uso da máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, envolvido no esquema do mensalão, pelo envio de 10,6 milhões de cartas a segurados do INSS de outubro a dezembro de 2004.

Segundo a procuradoria, cartas assinadas por Lula e Lando informavam sobre consignados com taxas de juros reduzidas. À época, o BMG era o único banco privado que oferecia esse empréstimo, dizia a acusação.

O BMG vendeu em 2004 parte da carteira de crédito consignado à Caixa Econômica Federal por R$ 1 bilhão.

No caso do mensalão, o BMG foi acusado de abastecer o valerioduto com mais de R$ 30 milhões. A Procuradoria-Geral da República, responsável pelo processo do mensalão, preferiu desmembrar as acusações sobre a atuação do BMG no escândalo, e essa parte foi para a Justiça Federal de Minas Gerais.

Lula, em viagem, Lando e o BMG não foram encontrados para comentar a decisão.
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BODE À MODA


20/11/2012 - 05h20

Dirceu ganha "almoço de solidariedade" de petistas em Salvador


NELSON BARROS NETO-FOLHA
DE SALVADOR


Uma semana após ser condenado a dez anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu ontem um "ato de solidariedade" de petistas da Bahia, em Salvador.

O almoço aconteceu na casa do deputado federal Josias Gomes (PT), que figurou na lista dos sacadores de dinheiro na boca do caixa do Banco Rural na época do escândalo, mas foi absolvido após processo de cassação na Câmara e não virou réu no julgamento do Supremo.


O prato principal foi uma "paella", "em homenagem ao discurso da presidente Dilma [Rousseff] na Espanha", disse Gomes à Folha. As dezenas de convidados ainda comeram uma costela de bode.

No almoço, segundo relato de alguns dos presentes, Dirceu prometeu ir "até o fim" para recorrer da pena do STF e rotulou o julgamento como "político". O ex-ministro da Casa Civil passou o feriado da Proclamação da República em Busca Vida, uma praia na Grande Salvador.

Ele ficou em um condomínio fechado, emprestado por Manuel Martinez, empresário do setor imobiliário local.

Ainda ontem, o ex-ministro viajaria a Brasília.

Segundo o anfitrião do almoço, a posse de Joaquim Barbosa --o relator do processo do mensalão-- na presidência do STF, nesta semana, acabou ignorada. "Por incrível que pareça, não tratamos disso. Foi mais um relato do quadro, na visão dele [Dirceu]", disse Josias Gomes.

Também presente, o presidente do PT baiano, Jonas Paulo, afirmou ter sido "algo muito forte e representativo".

"Mexeu com ele, mexeu comigo", acrescentou Paulo.
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PT e PSDB [In:] DISPUTA INGLÓRIA


20/11/2012 - 06h00/FOLHA

PT e PSDB disputam paternidade de ação contra Maluf no exterior


O secretário de Negócios Jurídicos da gestão Marta Suplicy (2001-2004), Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, disse ontem que a estratégia para o processo que determinou a repatriação de US$ 22 milhões desviados pelo ex-prefeito Paulo Maluf foi traçada na gestão da petista.


Ferreira reagiu à declaração de seu sucessor, Luiz Antonio Guimarães Marrey, titular da pasta em 2005 e 2006, quando José Serra (PSDB) ocupou a Prefeitura de São Paulo.

Ele havia dito à Folha que a administração do tucano "tomou as providências" para obter o bloqueio do dinheiro na ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico.

"A estratégia foi toda determinada no período da Marta", afirmou Ferreira, que comandou a seleção do escritório contratado para defender a prefeitura no processo contra Maluf.

O ex-prefeito hoje é aliado do PT no plano municipal e do PSDB no governo estadual.

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HADDAD [In:] ''-- QUE´QUE ISSO CUMPANHÊRO? -- A 'PRAXIS' ''


Cotada para Educação é ré em processo que apura suposto desvio
Escolhida por Haddad para chefiar a pasta na capital, Cleuza Repulho é investigada por esquema no ABC
Fraude teria ocorrido quando Cleuza era secretária na Prefeitura de Santo André; ela nega a acusação
DE SÃO PAULO-FOLHA
Escolhida pelo prefeito eleito Fernando Haddad (PT)para ocupar a Secretaria da Educação, Cleuza Repulho é ré em um processo que investiga um esquema de desvio de R$ 49 milhões na Prefeitura de Santo André.

Cleuza ainda não foi confirmada como parte da futura gestão porque Haddad quer antes conversar com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). Atualmente, ela comanda a pasta no município da Grande São Paulo.
Os supostos desvios ocorreram entre 2005 e 2008, quando ela era a titular da Educação em Santo André.
O ex-prefeito da cidade João Avamileno (PT) também é réu no processo. Os dois negam irregularidades.
Em ocasiões anteriores, Cleuza afirmou que as denúncias eram decorrentes de disputas políticas.
De acordo com o Ministério Público, que apresentou ação de improbidade administrativa no ano passado, a Secretaria da Educação repassava verbas para uma ONG que não comprovou a realização dos serviços.
O Instituto Castanheira foi contratado para atendimento de adolescentes e qualificação de professores.
A primeira presidente da ONG era vizinha de Cleuza, e um idealizador do instituto era ex-namorado dela.
Em sua gestão como secretária em São Bernardo, outro contrato com uma ONG (a Paradigma) também passou a ser investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. A apuração é se pessoas próximas a ela se beneficiariam do contrato de cerca de R$ 3 milhões.
Cleuza enfrenta ainda uma campanha do sindicato dos servidores públicos de São Bernardo que pede sua saída do cargo. A mobilização tem até camisetas com a frase "Fora Cleuza".
O sindicato reclama de uma proposta da secretaria, ainda não formalizada, de realizar concursos públicos apenas para professores, excluindo outras funções como coordenador e orientador pedagógico e diretor de escola.
MELHORIAS
Apesar dos protestos de parte dos servidores, a qualidade da educação municipal de São Bernardo melhorou na gestão de Cleuza, levando em conta o Ideb (índice federal que avalia o conhecimento dos alunos e a aprovação).
Entre 2009 e 2011, a nota subiu de 5,6 para 5,8, quase batendo a meta esperada para 2013. A nota de São Paulo, por exemplo, foi de 4,8 em 2011.
Com pós pelo Mackenzie, Repulho também foi consultora da Unesco e trabalhou com Haddad no Ministério da Educação.

BRASIL e PCC [In:] A PAZ BEM DISTANTE



Enquanto isso, na guerra brasileira...

Em 72 horas, SP tem média de oito homicídios por dia


O Globo - 20/11/2012
 
SÃO PAULO e rio São Paulo teve, nas 72 horas deste fim de semana, 24 homicídios contabilizados pelo GLOBO na Região Metropolitana. São oito homicídios por dia, mesma média de setembro deste ano, segundo a Secretaria de Segurança Pública. No mesmo mês do ano passado, a média diária era de 5,7. O fim de semana de São Paulo foi mais violento na comparação com o Rio. Mesmo na relação proporcional com a população, a Grande São Paulo se mostrou mais violenta do que a capital carioca.
Com 20 milhões de moradores, a Grande São Paulo apresentou nessas 72 horas relação de 1,2 homicídio para 1 milhão de habitantes. No Rio, onde o número de homicídios foi de 12 neste final de semana, essa relação seria de 1 por 1 milhão. Salvador, nesta comparação, no entanto, é a mais violenta entre as três capitais: foram 25 homicídios, quase o mesmo número de São Paulo, para uma população bem menor na Região Metropolitana (3,67 milhões), uma relação de 6,8 assassinatos para um milhão de habitantes.
Essas índices, no entanto, não são oficiais, e se referem a um período de apenas 72 horas de homicídios registrados na Região Metropolitana dessas capitais. A comparação oficial de regiões leva em conta um período maior.
Ainda assim, o levantamento mostra o grau de violência das capitais brasileiras. Em Nova York, no fim de semana de 26 a 28 de outubro, foi registrado um único assassinato para uma população de 8,2 milhões de habitantes, em uma relação de 0,1 homicídio para um milhão de habitantes. Até 11 de novembro, a cidade havia registrado 356 homicídios, número dez vezes menor que o total de assassinatos registrados em São Paulo (3.536) e no Rio (3.028) neste ano, até setembro.
Uma análise dos homicídios em São Paulo nas últimas horas mostra as características da violência que vem assustando a cidade. Só na sexta-feira foram nove assassinatos; no domingo, outros 13 crimes (além de outros dois no sábado). No fim da noite de sexta, cinco jovens foram mortos em uma chacina em Cidade Ademar, Zona Sul da capital paulista. Outras três pessoas ficaram feridas.
O domingo viu outras duas chacinas. Uma aconteceu em Taboão da Serra, quando seis jovens foram atingidos por disparos e três morreram. Outro ataque contra um grupo de pessoas ocorreu em uma comunidade conhecida como Favela da Minhoca, na Zona Sul de SP. Um homem e uma mulher morreram.
- São crimes com caraterísticas de execução, que envolvem grupos ou só uma pessoa. Mas são execuções planejadas, não crimes do calor do momento - diz Guaracy Mingardi, ex-subsecretário nacional de Segurança Pública.
As execuções desse tipo na cidade se tornaram uma constante há pelo menos dois meses. Para Guaraci, trata-se de um confronto "noturno" que ocorre principalmente nos bairros periféricos e tem relação com a principal facção criminosa que atua em São Paulo.
- Está havendo enfrentamento do crime organizado com o Estado. E o Estado tem duas alternativas. Ou se omite ou enfrenta. Não digo que esse enfrentamento precisa ser violento, mas é preciso enfrentar - explica Júlio Jacobo Waiselfisz, sociólogo e autor do Mapa da Violência.
A realidade vivida por São Paulo guarda semelhanças com a do Rio, onde a ação de bandos ligados ao tráfico de drogas ainda é responsável pela maioria dos assassinatos no Rio e na Região Metropolitana. A análise dos 12 homicídios registrados nestas regiões no período de 72 horas, entre a sexta-feira e o último domingo, indica que em dez casos teria havido participação de traficantes nas mortes. Um dos exemplos mais emblemáticos é o de Rafaela Ferreira de Azevedo, de 15 anos, atingida às 2h de sábado por um tiro no tórax em meio a um confronto entre traficantes rivais na favela do Muquiço, em Guadalupe, na Zona Oeste.
A maior parte dos assassinatos no Rio foi em comunidades não pacificadas, com exceção do caso de João Carlos da Silva, de 32 anos, morto a tiros no início da madrugada de sábado na Avenida Leopoldo Bulhões, em Manguinhos, ocupada por foças de segurança em outubro passado.
Apesar de viverem momentos diferentes - São Paulo vive uma escalada de violência, o Rio registrou menos mortes em 2012 em relação a 2011 -, as duas cidades estão inseridas dentro do mesmo contexto nacional de violência.
- São Paulo vive uma crise, sem dúvida. Mas os números mostram que a violência é um problema nacional. Olhe Alagoas (estado mais violento do Brasil). Os números não justificam essa percepção de que São Paulo é o lugar mais violento - disse Júlio Jacobo. ( Colaborou Biaggio Talento, da Agência A Tarde )
BLOQUEIO AO CAMINHO DE ARMAS E DROGAS
-SÃO PAULO- As rodovias que ligam a Região Oeste de São Paulo ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul, principais rotas usadas por facções criminosas para transportar drogas e armas vindas da Bolívia e do Paraguai, passaram a ser monitoradas ontem pelos setores de inteligência tanto da Polícia Federal quanto da Polícia Militar, numa ação conjunta do Ministério da Justiça, com o governo estadual. Os bloqueios foram feitos em pontos usados por criminosos para o tráfico e contrabando, atividades que alimentam financeiramente a facção responsável pela onda de violência. A maior parte dos bloqueios foi promovida na Região Oeste, como no trecho da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), próximo ao município de Ourinhos (SP), na fronteira com o Paraná; e no trecho da Rodovia Marechal Rondon (SP-300) próximo a Andradina, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. A ponte rodoferroviária do Rio Paraná, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, também foi alvo da operação. Em 2008, a PF fez a apreensão de 735 quilos de cocaína na ponte, conteúdo que seria entregue a facções criminosas. Por motivos "estratégicos", o governo não divulgou o saldo de prisões e apreensões do primeiro dia de ação.

ISRAEL e HAMAS [in:] A PAZ BEM PRÓXIMA



APÓS A MORTE DE CIVIS - SOB PRESSÃO, ISRAEL E HAMAS JÁ NEGOCIAM CESSAR-FOGO

A UM PASSO DO ACORDO


O Globo - 20/11/2012
 
Com o aumento de mortes de civis, Israel e Hamas discutem termos de cessar-fogo
Desespero. Uma mulher palestina corre com os filhos em busca de abrigo na Cidade de Gaza: mortes de civis em bombardeios israelenses crescem e levam pânico à população
Socorro. Palestinos removem um homem ferido no ataque contra o edifício Shorouk, sede da imprensa em Gaza
CAIRO, JERUSALÉM e CIDADE DE GAZA 
Uma série de negociações teria resultado num acordo sobre 90% dos pontos necessários para a declaração de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islâmico Hamas na Faixa de Gaza. E sob pressão internacional para evitar uma operação militar por terra no território palestino, o Gabinete de segurança de Israel convocou uma reunião que se arrastou madrugada de hoje adentro para discutir os detalhes finais do texto, elaborado no Cairo sob a mediação de Egito, Turquia e Qatar. À rede de TV al-Arabiya, fontes diplomáticas disseram que a trégua seria implementada em duas fases. Na primeira, os dois lados suspenderiam os ataques durante um ou dois dias. E em debate estaria o fim dos assassinatos seletivos e, ainda, a suspensão do bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza desde 2007 - uma das maiores exigências do Hamas.
Sobre os esforços diplomáticos pesou o aumento das mortes de civis palestinos. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, o número total de vítimas do confronto chegou a 107 - entre eles, 26 crianças, dez mulheres e 12 idosos. Pelo menos 36 são militantes reconhecidos. E a contagem de feridos também não para de crescer: 860 pessoas, sendo 260 crianças.
Os termos do acordo em discussão não foram confirmados em nenhum dos lados da fronteira. Fontes diplomáticas, porém, asseguram que um dos entraves é a exigência de garantias egípcias e internacionais pelos dois lados.
Apesar da retórica desafiadora comum entre as lideranças israelenses e palestinas, os números do embate davam indícios da disposição mútua de cessar as hostilidades. O número de agressões caiu ontem: 130 foguetes foram lançados de Gaza contra Israel (em comparação a 156 registrados no domingo) e o Exército atacou 80 alvos em Gaza (contra centenas de bombardeios na véspera).
O líder político do Hamas, Khaled Meshal, defendeu o cessar-fogo. Mas provocou:
- Quem começou isso que pare. Se eles quisessem lançar uma ofensiva terrestre, já teriam feito isso. Israel está usando a ameaça de invasão para ditar as regras e nos forçar ao silêncio. Desafio Israel a entrar na Faixa de Gaza.
O governo israelense preferiu ignorar e adotar um discurso mais contido.
- Se houver calma no Sul do país e não houver foguetes e mísseis lançados contra nossos cidadãos ou ataques terroristas planejados contra nós na Faixa de Gaza, não vamos atacar - afirmou o vice-primeiro-ministro Moshe Yaalon, do conservador partido Likud.
prédio dA IMPRENSA É BOMBARDEADO de novo
Segundo pesquisa do jornal "Haaretz", apesar de 84% dos israelenses aprovarem os bombardeios contra o Hamas, apenas 30% são favoráveis a uma operação terrestre, e outros 19% defendem que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu trabalhe para assegurar o cessar-fogo rapidamente. Fontes egípcias, palestinas e israelenses falavam ontem com uma ponta de otimismo.
- Estamos muito perto de chegar a um documento para cessar as agressões. Falta apenas um pouco mais de flexibilidade do lado israelense - disse no Cairo o primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil.
Nas ruas de Gaza, porém, o pesar contrastava com qualquer perspectiva de paz. Milhares participaram do funeral da família al-Dalu, que perdeu nove integrantes - de quatro gerações - num bombardeio israelense contra o bairro de Nasser, na Cidade de Gaza. As quatro crianças vítimas do ataque tiveram seus corpos cobertos com bandeiras palestinas e do Hamas.
- Mataram uma família que era segura e feliz. Por motivo nenhum, Israel cometeu um massacre, um crime horrível - lamentou Hatem al-Dalu, um parente.
Sob os gritos de "Deus é o maior!", a multidão foi guiada por integrantes do primeiro escalão do grupo, como o porta-voz Sami Abu-Zuhri.
- Isto aconteceu porque falhamos no combate ao inimigo, porque falhamos em defender o nosso povo. Vamos vingar a morte destes mártires - declarou ele à TV al-Aqsa.
Mais tarde, outro bombardeio causou ultraje: Israel alvejou o edifício Shorouk, conhecido por abrigar os escritórios da imprensa palestina e internacional, pelo segundo dia consecutivo. Dois cinegrafistas ficaram feridos. Israel alega que no local estavam quatro altos integrantes da Jihad Islâmica. Um morreu e três foram feridos.
À espera do anúncio de um acordo, a pressão ganha reforços dos dois lados da fronteira. O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, vai à Gaza, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chega a Israel e à Cisjordânia.

BRASIL e STF ''EM FESTA''. A FESTA DA MORALIDADE



Festa no Supremo: Celebridades na posse de Joaquim

Festa para Barbosa


Autor(es): DIEGO ABREU ANNA BEATRIZ LISBÔA
Correio Braziliense - 20/11/2012
 

Artistas como Djavan, Taís Araújo, Regina Casé, Lázaro Ramos e Milton Gonçalves estão na lista de convidados para a solenidade em que o ministro Joaquim Barbosa assumirá a presidência do STF, na quinta-feira. São esperadas mais de 2,5 mil pessoas na cerimônia.

Novo presidente do STF assume o cargo em um momento no qual a Corte ganhou destaque por condenar políticos corruptos. Lista da cerimônia chega a 2,5 mil convidados, entre autoridades e celebridades

Na quinta-feira, Brasília será palco da posse de Joaquim Barbosa, que se tornará o primeiro ministro negro a presidir o Supremo Tribunal Federal (STF). Além de toda a tradição e do protocolo que envolvem a solenidade, haverá uma extensa lista de convidados, que inclui, além de representantes e chefes dos demais poderes, celebridades como os atores Milton Gonçalves, Regina Casé, Taís Araújo e Lázaro Ramos, o cantor Djavan e o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet. Também haverá amigos de infância e até antigos chefes de Barbosa, caso de Mário César Pinheiro Maia, ex-controlador de produção da Gráfica do Senado. O ministro assumirá o posto de chefe do Poder Judiciário em meio à popularidade alcançada pela forma implacável como conduz o julgamento do mensalão, do qual é relator.
À medida que a posse se aproxima, novos nomes chegam ao cerimonial do Supremo para que sejam incluídos na lista de convidados. Confirmaram presença mais de 100 amigos estrangeiros, que o ministro fez questão de convidar. Haverá delegações de alemães, franceses, britânicos, norte-americanos e africanos. Também estão confirmados a presidente Dilma Rousseff, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).
Marcada para a tarde de quinta-feira, a solenidade no plenário do STF será seguida por um coquetel, em uma casa de festas no Setor de Clubes Sul. A comemoração, com música ao vivo e um refinado bufê, que inclui vinho e uísque, está orçada em pelo menos R$ 120 mil, podendo chegar à cifra de R$ 150 mil. Os custos vão ser divididos por três entidades representantes da magistratura: as associações dos Magistrados Brasileiros (AMB), dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e dos Magistrados do Trabalho (Anamatra). A organização pediu a Joaquim uma relação das músicas de preferência dele para que possam ser executadas na cerimônia.
Cerca de 2,5 mil pessoas foram convidadas, e a expectativa do cerimonial do STF é de que mais de mil estejam presentes à cerimônia no Supremo, às 15h, e à recepção, marcada para as 20h. Só para autoridades, foram enviados mais de 900 convites, conforme é praxe em posses no Supremo. Diferentemente de solenidades anteriores, que ocorreram às 16h, esta começará uma hora antes, em função de cuidados com a saúde de Joaquim Barbosa, que sofre de um problema crônico no quadril. Como ele não consegue ficar muito tempo em pé, uma novidade foi preparada para o novo presidente: ele receberá os cumprimentos somente à noite — o ministro pretende descansar no intervalo de até duas horas entre a posse e o coquetel.
No Supremo, Joaquim será saudado apenas pelas principais autoridades, como Dilma e os governadores presentes, e por colegas ministros e familiares. Ele escolheu Luiz Fux para fazer o discurso em nome do STF, conforme o critério segundo o qual os presidentes que tomam posse são livres para indicar o colega responsável pelo pronunciamento. A admiração que Barbosa conquistou perante a sociedade gerou uma certa apreensão ao cerimonial do STF, que promete fazer um rígido controle da entrada de convidados.
Ponta-esquerda
Um rapaz dedicado aos estudos e um ponta-esquerda que não levava desaforo para casa no futebol. É dessa forma que Mário César Pinheiro Maia, 62 anos, se lembra do ministro Joaquim Barbosa. O aposentado foi controlador de produção da Gráfica do Senado e chefe de Barbosa em um de seus primeiro empregos, como digitador, e é um dos convidados para a solenidade de posse do ministro.
Maia lembra que Barbosa — ou Quincas, como era conhecido entre os colegas — começou a trabalhar na gráfica em 1973, quando tinha 19 anos, e saiu da lá dois anos depois, quando passou em um concurso para o Itamaraty. "Joaquim fazia parte de um grupo de cinco digitadores que eram os melhores da equipe. Eles concorriam para ver quem batia mais e sem erros", recorda Maia.
Barbosa cursava direito na Universidade de Brasília (UnB) durante o dia e trabalhava na gráfica das 18h às 4h. Maia ressalta que muitas vezes o ministro ia direto do trabalho para a universidade e chegava a dormir na câmara escura das máquinas de fotocomposição. Nascido em Paracatu (MG), Barbosa morava na casa de um tio no Gama, à época. "Além da produção diária, se não houvesse nada urgente, ele aproveitava o tempo para estudar."
A dedicação aos estudos não impedia o ministro de participar do campeonato interno de futebol da gráfica nos fins de semana. Centroavante e técnico da equipe, Maia conta que, em campo, Barbosa mostrava o temperamento forte que ainda caracteriza sua atuação no STF. As discussões em campo lhe renderam o apelido de Berro. "Eu brigava para ele soltar a bola. Ele gostava de driblar, tipo o Neymar."
Orgulhoso, Maia conta que gravou todas as sessões do mensalão para assistir ao ex-companheiro de trabalho. "O que vemos no Supremo é o mesmo Joaquim que entrou na gráfica. Ele já tinha isso de expor e defender os pontos de vista dele", ressalta. Apesar da fama de intempestivo, Maia acredita que Barbosa surpreenderá como presidente do STF. "O Joaquim tem a posição firme, mas isso não significa que ele não seja aberto ao diálogo."
Colaborou Juliana Braga
Programação
Veja o roteiro da posse de  Joaquim Barbosa, marcada para as 15h de quinta-feira:
» Foto oficial
» Receptivo da presidente Dilma Rousseff
» Entrada dos ministros para a abertura da sessão solene de posse, que será presidida pelo ministro decano do STF, Celso de Mello
» Joaquim Barbosa presta o compromisso de posse e troca de cadeira com Celso de Mello
» Já como presidente, Joaquim dá posse a Ricardo Lewandowski no cargo de vice-presidente do STF
» Pronunciamentos do ministro do STF Luiz Fux; do procurador-geral da República, Roberto Gurgel; e do presidente da OAB, Ophir Cavalcante
» Joaquim Barbosa receberá os cumprimentos da presidente Dilma Rousseff, dos ministros do STF e de familiares no Salão Branco no STF
» Ao contrário do ocorrido em posses anteriores, Joaquim Barbosa será cumprimentado pelos demais convidados em recepção organizada por entidades da magistratura, marcada para as 20h, em uma casa de festas no Setor de Clubes Sul.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

20 de novembro de 2012

O Globo

Manchete: Após a morte de civis - Sob pressão, Israel e Hamas já negociam cessar-fogo
Em seis dias, conflito matou 107 palestinos, dos quais 26 crianças, e 3 israelenses

Segundo fontes diplomáticas, 90% dos pontos do acordo para suspender bombardeios e lançamento de foguetes já teriam sido acertados por ambas as partes; o fim do bloqueio também estaria na pauta de discussões

Israel e o Hamas alinhavavam ontem no Egito um acordo para um cessar- fogo no conflito que já matou 107 palestinos — dos quais 26 são crianças e 10, mulheres — e três israelenses. Fontes diplomáticas dizem que 90% dos pontos já foram negociados. A TV al-Arabiya informou que os dois lados suspenderiam os ataques durante um ou dois dias. O fim do bloqueio a Gaza também estaria na pauta de discussão. Após o bombardeio de domingo, que matou 9 pessoas de uma família, o número de agressões de ambos os lados caiu ontem. (Págs. 1, 22 a 24 e editorial “Nova realidade aumenta incerteza”)

Entrevista Giora Eiland

General israelense considera acordo possível e que é hora de Israel aliviar o cerco a Gaza. (
Págs. 1 e 24)

Gaza acentua divisão em Jerusalém

O conflito em Gaza ressalta as divisões entre judeus e palestinos em Jerusalém, atingida pela primeira vez em 42 anos por um foguete, informa Fernando Eichenberg, enviado especial ao Oriente Médio. Relatos de moradores misturam medo e ódio. (Págs. 1 e 23)
Colômbia a caminho da paz
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram ontem seu primeiro cessar-fogo em 13 anos, na abertura de mais uma rodada de negociações de paz, em Havana. A medida, com duração de hoje até 20 de janeiro, não terá reciprocidade por parte do governo. (Págs. 1 e 2)
Enquanto isso, na guerra brasileira...
Em 72 horas, da meia-noite de sexta-feira à meia-noite de domingo, O GLOBO contabilizou 24 homicídios na Região Metropolitana de São Paulo. Foram 8 por dia. Com 20 milhões de moradores, a Grande São Paulo teve 1,2 homicídio para 1 milhão de habitantes. No Rio, a relação foi de um homicídio; em Salvador, de 6,8; e em Nova York, de 0,1. (Págs. 1 e 6)
CPI do Cachoeira: Inidônea, Delta ainda é 2ª em verba
Declarada inidônea pela CGU em meio às investigações do caso Cachoeira, em junho, a Delta é a segunda empreiteira que mais recebe repasses do governo federal. Até outubro, a empresa recebeu R$ 341,8 milhões. Ano passado, a Delta faturou com a União R$ 862,4 milhões. (Págs. 1 e 3)
Notícias da Bolsa: Eletrobras tem maior queda em 15 anos
O temor do investidor de não receber dividendos devido às novas regras do governo fez as ações da Eletrobras caírem 15,4%, maior recuo em 15 anos. A estatal já perdeu R$ 7,9 bi na Bolsa. (Págs. 1, 17 e Míriam Leitão)
Crise europeia: Rei da Espanha faz apelo a Dilma
O rei espanhol Juan Carlos pediu à presidente Dilma que facilite a entrada temporária de profissionais espanhóis qualificados e incentive empresas a investirem na Espanha. (Págs. 1 e 18)
Pressão na Argentina: Cerco à mídia é condenado
"Estamos vivendo o pior momento do jornalismo argentino desde a ditadura", desabafou ontem o editor-chefe do jornal "Clarín" ao condenar a nova Lei dos Meios. (Págs. 1 e 19)
Movida a energia solar
Manaus ganha maior usina da América Latina. Mas a capital solar continua sendo Belo Horizonte, onde as tarifas são as mais altas do país. (Págs.1 e Revista Amanhã)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Atraso em obras é ‘regra do jogo’, diz ministra do PAC
Miriam Belchior, do Planejamento, minimizou adiamentos de prazo; desembolso do governo em projetos caiu em 2012

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que atraso em obras “é regra do jogo”, ao apresentar o balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), pelo qual é responsável. Entre 2010 e 2012, o PAC cumpriu 40% dos gastos programados até 2014.

Grandes obras do programa têm mais de dois anos de atraso. Refinarias da Petro-bras em Pernambuco (64% de execução) e no Rio (41%) tinham previsão de conclusão em 2010. Segundo a ministra, é preciso considerar o período previsto de obra para mensurar o atraso.

O desembolso para projetos financiados pela União caiu de 54,6% nos dez primeiros meses de 2011 para 41,9%, no período equivalente de 2012, mesmo com a manobra contábil de passar a considerar investimentos os subsídios do Minha Casa, Minha Vida. (Págs. 1 e Mercado B1 e B3)
Líderes pressionam por um cessar-fogo em Gaza
Em busca de uma trégua entre Israel e o Hamas, o secretário-geral da ONU se reúne hoje no Cairo com o presidente do Egito e o líder da Liga Árabe. Depois falará com Binyamin Netanyahu, premiê de Israel, e Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Nacional Palestina.

Ontem, nove dos principais ministros israelenses discutiram as propostas de cessar-fogo feitas pelo Egito.

Os ataques já deixaram ao menos cem palestinos e três israelenses mortos. (Págs. 1 e Mundo A16)

Opinião

O Hamas não deixa outra escolha ao povo de Israel, escreve o vice-chanceler Danny Ayalon. (Págs. 1 e A18)
Advogados de réu do caso Bruno deixam julgamento
O primeiro dia do julgamento do caso do goleiro Bruno foi marcado por racha entre advogados de defesa.

O impasse culminou com o abandono dos defensores do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos principais acusados de matar Eliza Samudio, ex-namorada de Bruno. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Marta Suplicy: Olhe em volta; há quantos negros no seu trabalho, na escola do seu filho?
Olhe em volta. Quantos colegas negros há no seu escritório? Na escola dos seus filhos, no restaurante a que você vai? Daqui a algumas gerações não necessitaremos mais de cotas. Entretanto, toda ação para agilizar essa ascensão ainda é necessária.

Hoje, Dia da Consciência Negra, o Ministério da Cultura lança editais para criadores, produtores e artistas que se declarem negros. (Págs. 1 e Opinião A3)
Agência Moody’s rebaixa a nota da dívida da França (Págs. 1 e Mundo A20)

Fotolegenda: Beijo da paz
Obama cumprimenta a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz, em Mianmar, onde foi recebido com festa e reiterou apoio a reformas democráticas. (Págs. 1 e Mundo A20)
Grande SP tem noite violenta com 13 mortos e dez feridos
A Grande São Paulo teve 13 assassinatos e dez pessoas feridas a tiros entre o final da tarde de domingo e a madrugada de ontem. É mais que o dobro da média diária de seis mortes. Desde o início da escalada de crimes, em 24 de outubro, 247 pessoas morreram na região.

Em Taboão da Serra, três jovens foram mortos numa chacina. (Págs. 1 e Cotidiano C3)
Escolhida por Haddad é ré em processo de desvio
Escolhida pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a Secretaria de Educação, Cleuza Repulho é ré em processo sobre desvios de R$ 49 milhões em Santo André entre 2005 e 2008, quando chefiava a pasta. Ela diz que as denúncias vêm de disputas políticas na cidade. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Ação da Eletrobras cai 15% e tem o menor valor em dez anos (Págs. 1 e Mercado B8)

Editoriais
Leia “Gaza, de novo”, sobre confronto entre Israel e Hamas, e “Doações obscuras”, acerca de falta de transparência no financiamento de campanhas. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Aumenta pressão por cessar-fogo em Gaza
Vítimas do conflito já passam de cem; Ramez Harb, um dos líderes da Jihad Islâmica, morreu em bombardeio

Um dos líderes da facção Jihad Islâmica, Ramez Harb, que seria o responsável pelos mísseis disparados contra Tel-Aviv e Jerusalém, foi morto ontem durante bombardeios. Prédios que abrigam escritórios da mídia foram novamente atingidos por aviões israelenses em território palestino. Enquanto isso, cresce a pressão internacional por cessar-fogo na região. Segundo analistas, a trégua está “muito próxima”. O primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil, disse que há “sinais positivos” nas conversas, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chegou ao Egito para reforçar as negociações. Em entrevista a Roberto Simon, enviado especial a Ashdod, o ministro da Informação de Israel, Yuli Edelstein, disse que só haverá trégua quando o sul do país estiver fora da mira dos foguetes palestinos “não por meses, mas por anos”. Passa de cem o total de mortos no conflito que dura uma semana. (Págs. 1 e Internacional A9 e A12)

Sistema integrado evita vítimas na fronteira

Militares, policiais, funcionários municipais e voluntários participam do sistema, que tem sirenes para antecipar ataques palestinos e escudos que detêm foguetes. Moradores têm até 45 segundos para entrar em abrigos. (Págs. 1 e A12)
Fotolegenda: Dilma sugere mais poder ao BCE
Em visita a Madri, onde se encontrou com o rei Juan Carlos, a presidente Dilma Rousseff pediu que os países da zona do euro unam seu sistema bancário e permitam que o Banco Central Europeu tenha mais poderes para defender a moeda. Ela criticou a política de austeridade. (Págs. 1 e Economia B9)
BNDES vira sócio de Eike e banca fábrica de chip
Após seis meses de adiamento, o projeto do governo de construção de fábrica de semicondutores foi anunciado oficialmente ontem e terá mais da metade do investimento - de R$ 1 bilhão - vinda do BNDES. A Six Semicondutores, empresa do grupo Eike Batista, receberá R$ 245 milhões do banco para garantir uma fatia de 33% na sociedade, além de financiamento de R$ 267 milhões. (Págs. 1 e Economia B1)
Ação da Eletrobrás despenca
Ações preferenciais da Eletrobrás caíram 15,43% ontem e tiveram a menor cotação desde agosto de 2005. (Págs. 1 e B4)
Bloqueio contra armas e drogas ainda não começou
Previsto para começar ontem, o bloqueio de estradas para evitar a entrada de armas e drogas em São Paulo, parceria entre os governos federal e estadual, ainda não começou. Segundo a Secretaria da Segurança, as operações não tiveram início por uma questão estratégica. Pelo menos 12 pessoas foram assassinadas na madrugada. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)
Mudança no júri de Bruno
No 1º dia de julgamento do goleiro Bruno pela morte da ex-amante Eliza Samudio houve o desmembramento do processo. (Págs. 1 e Cidades C4)
Relator quer indiciamento de Perillo na CPI do Cachoeira
Relatório da CPI do Cachoeira deve ser apresentado amanhã com pedido de indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo, do prefeito de Palmas, Raul Filho, e do deputado Carlos Alberto Lereia. Perillo obteve decisão do STF que impediria o indiciamento, segundo advogados. A CPI deve poupar a Delta Construções, cujos diretores eram ligados ao esquema. (Págs. 1 e Nacional A4)

Marco Aurélio Mello
Ministro do STF
"Ele (Perillo) pode ser mencionado no relatório final se houver indício de crime" 
Farc anunciam trégua até o dia 20 de janeiro (Págs. 1 e Internacional A16)

Dora Kramer
Inversão de valor

A teoria de que o Brasil é uma terra sem lei foi para o espaço. Depois do julgamento do mensalão pelo STF, o melhor é andar nos trilhos. (Págs. 1 e Nacional A6)
Condoleezza Rice
Um conflito que se amplia

Os governos autoritários do Oriente Médio perderam força. O perigo é que os Estados artificiais da região acabem por se desintegrar. (Págs. 1 e Internacional A14)
Notas & Informações
Ayres Britto fará falta

Presidente do STF teve papel decisivo para garantir que julgamento do mensalão fosse adiante. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: 209 Norte,16h15 - Imagine quando vier um temporal!
Bastou uma hora e meia de chuva forte para que parte de Brasília enfrentasse o caos. Os transtornos foram maiores na Asa Norte, com prédios alagados, trechos da W3 e várias tesourinhas intransitáveis, além de dezenas de carros embaixo d’água. O trânsito deu um nó. Bombeiros tiveram de socorrer motoristas, passageiros e pessoas presas em elevadores. (Págs. 1, 21, 22 e Correiobraziliense.com.br)
Reajuste salarial: Servidores voltam a pressionar
Categorias que ficaram de fora do aumento de 15,8%, concedido ao funcionalismo, os auditores da Receita e os policiais federais querem a reabertura das negociações com o Executivo. Eles pedem mudanças na LDO ainda este ano para garantir melhorias na remuneração. (Págs. 1 e 10)
Festa no Supremo: Celebridades na posse de Joaquim
Artistas como Djavan, Taís Araújo, Regina Casé, Lázaro Ramos e Milton Gonçalves estão na lista de convidados para a solenidade em que o ministro Joaquim Barbosa assumirá a presidência do STF, na quinta-feira. São esperadas mais de 2,5 mil pessoas na cerimônia. (Págs. 1, 2 e 3)
Gaza: Trégua complicada
Os bombardeios causaram ontem a morte de 34 pessoas e deixaram centenas de feridos. Os palestinos dizem que o cessar-fogo depende de Israel. Sob pressão internacional, as duas partes negociam. (Págs. 1, 16, 17 e Visão do Correio, 14)
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Valor Econômico

Manchete: Dilma defende governo pragmático
A presidente Dilma Rousseff disse ontem que “todo governo tem de ser pragmático”. Em entrevista ao Valor, observou que um governo não pode achar que tem um receituário e que vai segui-lo a qualquer custo. “Estamos buscando um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado. Nós estávamos com um câmbio supervalorizado, ninguém duvida disso, seja pela relação juro/câmbio, seja por efeito da política [americana] de ‘quantitative easing’, que despejou em nossa cabeça mais de US$ 9 trilhões”. Dilma disse que “os Estados Unidos têm uma imensa capacidade de ser pragmáticos”.

Depois de almoçar com o rei da Espanha, Juan Carlos I, e de um encontro com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, Dilma participou ontem do seminário “Brasil no caminho do desenvolvimento”, organizado pelo Valor e pelo jornal “El País”, em Madri. (Págs. 1, A3 e caderno especial "Investimentos no Brasil")
Telefónica põe em São Paulo o comando na AL
O presidente de Telefónica Latinoamerica, Santiago Femández Valbuena, prepara as malas para se mudar para São Paulo no mês que vem e dirigir da capital paulista a nova “Telefónica America”, envolvendo todos os negócios do grupo na região. Com a reorganização estratégica, o grupo passa a ter três sedes operacionais globais: Madri, para a Europa e serviços empresariais do grupo; Londres, para a Telefónica Digital; e São Paulo, para a América Latina.

Ao Valor, Valbuena disse que, como os mercados já cresceram na América Latina, “a ideia é ficar mais perto dos clientes, em especial os do mercado corporativo”, principalmente no Brasil. (Págs. 1 e B3)
Galán revela acordo de Previ com Iberdrola
A Iberdrola fechou acordo com o fundo de pensão Previ e o Banco do Brasil, seus sócios na Neoenergia, disse ao Valor o presidente da companhia de energia espanhola, Ignacio Galán. Pelo acordo, segundo o executivo, a Iberdrola terá a gestão da distribuidora brasileira, na qual detém 39% do capital social. Mas as decisões estratégicas só poderão ser tomadas pela maioria do capital da empresa. De acordo com Galán, “basta uma linha" no acordo de acionistas e tudo estará resolvido. A legislação mudou na Espanha: a partir de 2014, para consolidar a Neoenergia em seu balanço a Iberdrola terá de provar que tem a gestão da empresa. (Págs. 1 e B1)
Governo decide derrubar projeto para setor aéreo
O Palácio do Planalto decidiu atuar para derrubar o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) que atualiza o Código Brasileiro de Aeronáutica. O texto está pronto para ser votado nesta semana na Câmara dos Deputados. Um dos principais pontos que desagradaram ao governo foi a possibilidade de aumento do teto de participação do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais, de 20% para até 49%. A visão geral que o governo tem do texto é de que ele está excessivamente influenciado pelo lobby das empresas do setor. Abi-Ackel diz que o projeto é “moderno” e que “preserva o capital nacional”. (Págs. 1 e A8)

SuperCade divide poder com agências
A nova lei antitruste brasileira deu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) amplo poder de avaliar os processos de fusão e aquisição, mas o SuperCade não é tão poderoso em relação a setores regulados, como o de telecomunicações. As agências reguladoras têm de dar aval a processos de concentração, sendo necessárias duas aprovações para um negócio ir adiante. Para evitar que a dupla instância de aprovação gere problemas, o Cade programou acordos com as agências para troca de informações e acesso à base de dados dos setores regulados. A abrangência dos acordos deve ser ampliada para facilitar processos de julgamento e evitar decisões antagônicas. Uma primeira reunião deve acontecer hoje com a Anatel. (Págs. 1 e A2)

Investimentos caem nos EUA diante do abismo fiscal (Págs. 1 e B9)

Wall Street encara mais um ano de cortes nos bônus a executivos (Págs. 1 e C12)

Odebrecht busca parceiros logísticos
A Odebrecht TransPort, braço de logística do grupo, negocia a entrada de investidores nacionais e internacionais no capital da empresa, que tem hoje como sócios a própria Odebrecht (70%) e o FI-FGTS. (Págs. 1 e B1)
Caixa fecha com Corinthians
A Caixa Econômica Federal anuncia hoje contrato de patrocínio para estampar sua marca na camisa do Corinthians até o fim de 2014, por cerca de R$ 35 milhões. O banco divulgou ontem lucro líquido de R$ 1,35 bilhão nos últimos 12 meses. (Págs. 1, B5 e C1)
Mudança de estratégia
Com os preços dos ativos farmacêuticos em alta no Brasil, multinacionais do setor mudam a estratégia de aquisições e passam a comprar marcas e registros de produtos já estabelecidos no mercado para entrar ou expandir seus negócios no país. (Págs. 1 e B7)
Quebra no trigo
O Brasil deverá aumentar suas importações de trigo nesta safra, que termina em julho de 2013. Redução da área plantada no Paraná e problemas climáticos no Estado e no Rio Grande do Sul deverão elevar o total a 6,6 milhões de toneladas. (Págs. 1 e B12)
Devolução de previdência privada
Superior Tribunal de Justiça define regras para devolução de contribuições a planos de previdência privada, entre elas a inclusão de expurgos inflacionários e atualização monetária pelo IPC. (Págs. 1 e E1)
Ampla defesa da prolixidade
Sob o argumento de cerceamento do direito de defesa, advogados recorrem ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para tentar impedir que os tribunais imponham limites ao número de páginas que compõem as peças apresentadas. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Raymundo Costa

Dizer que o mensalão teve julgamento político não desqualifica as sentenças do STF. Danoso seria um julgamento partidário. (Págs. 1 e A6)

Edvaldo Santana

Não tem racionalidade econômica a simples obrigação de licitar a concessão ao final do seu prazo. (Págs. 1 e A10)
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