PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, novembro 22, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] OS 50 TONS DO VERMELHO

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MENSALÃO/PT [In:] ENGASGA GATO


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Gurgel diz que pedido para indiciá-lo é 'retaliação' à denúncia do mensalão

Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu o indiciamento do procurador-geral

22 de novembro de 2012 | 13h 36



Debora Bergamasco, da Agência Estado
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da tarde desta quinta-feira, 22, que considera "retaliação" o pedido de indiciamento de seu nome no relatório final da CPI do Cachoeira. Ele avalia que essa solicitação é uma resposta de petistas à sua atuação frente às denúncias do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. "Caso se concretize (o indiciamento), eu considero, sim, isso uma retaliação", afirmou Gurgel.

Veja também:

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, propõe em seu parecer que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Cunha traz o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Durante os trabalhos da comissão, Gurgel informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo o procurador-geral, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. A leitura do parecer de Cunha estava prevista para esta quinta, mas foi adiada para a próxima semana, e deve ocorrer na quarta-feira, 28. 

''BRAS-ilha" [In:] AS ÉGUAS DE CALÍGULA...



Senado sacramenta mamata



O Estado de S. Paulo - 22/11/2012
 

Brasília é o hábitat natural da elite da classe política, re­presentada pelos nobres parlamenta­res federais. Vivem ali muitos desses ilustres representantes do povo - pelo jeito, a maioria - numa espécie de mundo da fantasia que construíram para seu deleite, apartado da realidade cotidiana e fre­quentemente conflitante com o sen­so comum. Vivem indiferentes ao fa­to de, do outro lado da Praça dos Três Poderes, o Judiciário dar inequí­vocas demonstrações de que o País está perdendo - se já não perdeu - a paciência com o comportamento ominoso e ultrajante dos maus homens públicos que se julgam no direito de inventar uma nova "ética" no trato da coisa pública. E cometem, sem o menor pudor, nova e escandalosa afronta à probidade, jogando a conta do abuso no colo do contribuinte.
O leitor atento certamente se dará conta de que já leu o texto acima. E verdade. Foi o que escrevemos neste espaço há menos de dois meses, no dia 30 de setembro, sob o título En­quanto isso, no Senado..., quando a Mesa Diretora da Casa, à frente o no­tório José Sarney, anunciou a inten­ção de pagar ela mesma - ou seja, transferindo o prejuízo para o contri­buinte - o calote de R$ 11 milhões aplicado pelos senadores no Impos­to de Renda (IR). Na terça-feira pas­sada os caloteiros sacramentaram a mamata. Confirmaram a escandalo­sa notícia de setembro.
É inacreditável, para dizer o míni­mo, a insensibilidade com que os 84 senadores jogam um balde de água fria no entusiasmo e no sentimento de alívio com que o cidadão brasilei­ro comemora uma decisão histórica do Poder Judiciário que parece sinali­zar o fim da ancestral impunidade dos poderosos. 
Impecável e impassi­velmente envergando seus colari­nhos brancos, os 84 senadores, alguns por habitual esperteza, outros por covarde omissão, não precisaram mais do que um minuto, 60 segun­dos, para se calarem, olharem para o outro lado, fingirem que nada estava acontecendo e permitirem a ratifica­ção do abominável Ato n.° 14 da Co­missão Diretora da Casa. Dispõe a medida, em seu artigo 1.°: "O Senado ; Federal, na condição de responsável tributário, procederá ao pagamento : do Imposto de Renda incidente sobre os valores percebidos pelos senadores a título de ajuda de custo, referentes aos exercícios financeiros anterio­res à edição do presente Ato, respeita­da a prescrição qüinqüenal".
Chama a atenção a maneira, diga­mos, sutil, como o texto do Projeto de Resolução ora aprovado expõe a matéria. Não há nenhuma referência explícita, direta, ao fato de que o Se­nado vai pagar o IR que deveria ter saído do bolso dos senadores. A refe­rência é indireta, ao Ato n.° 14, de se­tembro último, que decidiu pelo paga­mento e que "regula o entendimento sobre a natureza jurídica da parcela prevista no art. 3.° do Decreto Legisla­tivo n.° 7, de 1995". Foi esse decreto que criou os salários extras extintos em setembro.
Para lançar o prejuízo na conta da viúva, a Mesa do Senado recorre a uma série de argumentos, inclusive uma decisão da Segunda Turma do STJ, prolatada em fevereiro do ano passado, que dá apoio à tese de que os chamados 14.° e 15.° salários que até recentemente eram pagos aos par­lamentares (sobre os quais não foi re­colhido IR) têm caráter indenizatório e por este motivo sobre eles não inci­de Imposto de Renda. A matéria tal­vez seja discutível do ponto de vista legal Mas isso não elide a responsabi­lidade eminentemente política do Se­nado Federal, a quem a Constituição atribui funções legiferantes e fiscalizadoras. E ter responsabilidade políti­ca significa, entre outras coisas, dar o bom exemplo.
Não é, portanto, sensato, nem jus­to, e muito menos democrático - pa­ra não falar em decente -, que aque­les sobre cujos ombros recai a respon­sabilidade de legislar o façam em be­nefício próprio, especialmente quan­do se trata do pagamento de impos­tos. E justo num país cuja máquina arrecadadora é implacável com os cidadãos comuns e tem uma das mais pesadas cargas tributárias do planeta. A manifestação dessa ignominiosa es­perteza - a de legislar em causa pró­pria para transferir para o contribuin­te o ônus da sonegação fiscal -, esse cínico dar de ombros à probidade por parte de quem deveria zelar por ela, isso é tudo o que a cidadania precisa para se desencantar de vez com as ins­tituições republicanas.
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CPI DO CACHOEIRA [In:] AS ÁGUAS IAM ROLAR...



A farsa da comissão


Dora Kramer - Dora Kramer
Autor(es): Dora Kramer


O Estado de S. Paulo - 22/11/2012
 

As conclusões da CPI do Cachoeira elaboradas sob a ótica da tropa governista, representada por um relator designado pelo PT, acabaram saindo bem pior que a encomenda.
Isso devido ao afã de atender à sanha de vingança contra os desafetos do PT em geral e do ex-presidente Lula em particular: a imprensa e o Ministério Público, considerados responsáveis pelo escândalo do mensalão ter se transformado em processo e resultado na condenação da antiga cúpula do partido.
Enquanto a expectativa era a de que o relatório fosse apenas uma peça de ficção montada para proteger a construtora Delta e seus contratantes governamentais, tratava-se de patrocínio à impunidade.
Passaram ao terreno do espetáculo burlesco com o pedido de indiciamento de um grupo de jornalistas e a solicitação ao Ministério Público para abertura de investigação sobre a conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Para fazer-se de isento, o relator Odair Cunha pediu ao MP que indicie também o empresário Fernando Cavendish, da Delta.
Mera mise-en-scène, porque nada disso irá em frente: foi a própria comissão que resolveu deixar de fora de seu foco o procurador, o empresário e o jornalista Policarpo Júnior, da Veja. Os outros agora incluídos nem haviam sido citados.
O comando da CPI recorre à encenação barata também quando manda todos os documentos aos procuradores e alega com isso ter feito o que deveria. Ora, a obrigação da comissão de inquérito seria justamente aprofundar as investigações já feitas pela polícia e pela procuradoria. Seu papel não era o de devolver as informações à origem.
Nada mais falso que os ares de dever cumprido e a pose de magistrados imparciais, avalistas da observância das formalidades do regimento, exibidos ontem pelo comando da CPI: os petistas Odair Cunha e Paulo Teixeira e o pemedebista Vital do Rego.
Nada mais dissimulado que a postura circunspecta de parlamentares governistas na defesa do relatório ainda não lido, mas cujos pontos principais já divulgados revelam inconsistências, incongruências e nenhuma preocupação com a solidez investigativa.
Investigar nunca foi mesmo objetivo. Quando pareceu que a CPI chegaria a algum lugar por meio da quebra de sigilos que apontavam para a Delta como uma espécie de lavanderia do esquema do bicheiro Carlos Cachoeira, os generais deram ordem para a soldadesca bater em retirada. E foi assim que quem não pôde desmontar "a farsa do mensalão" tratou de montar a farsa de comissão.
Bem dosado
Não têm base real queixas de que o Supremo Tribunal Federal tenha "pesado a mão" nessa fase agora de definição das penas.
Observadas com atenção as sentenças aplicadas, nota-se que a pena base (aquela estipulada como patamar sobre o qual incidirão, ou não, agravantes ou atenuantes) imputada a cada réu na média até agora tem ficado mais próxima do mínimo que do máximo previsto em lei.
Exceção feita quando o intuito foi claramente o de fugir da prescrição, como no caso de formação de quadrilha, cuja pena mínima é de um ano e a máxima de três.
Marcos Valério, por exemplo, foi condenado a 3, 4 e 7 anos em diferentes casos de corrupção ativa, crime para o qual é prevista prisão de até 12 anos.
O que faz as penas resultarem elevadas é a quantidade de vezes e a multiplicidade de crimes cometidos.
Liturgia do cargo
Na sessão que ontem conduziu como presidente interino do Supremo, Joaquim Barbosa comportou-se de modo mais contido. Sem ironias e despido dos maneirismos de promotor. Sinal de adaptação ao peso da cadeira que hoje assume oficialmente.

ISRAEL/HAMAS [In:] ACORDO DE PAZ



Cessar-fogo em Gaza



Valor Econômico - 22/11/2012
 


Com a mediação de Egito e Estados Unidos, Israel e o Hamas chegaram ontem a um acordo para um cessar-fogo. A trégua aconteceu depois de oito dias de conflito que deixaram um saldo de mais de 160 mortos na Faixa de Gaza e 5 em Israel, segundo autoridades de cada lado. O premiê Benyamin Netanyahu, de Israel, não descartou a possibilidade de novas ações militares. "Isso ainda pode ser necessário, mas neste momento a coisa certa é aproveitar esta oportunidade", afirmou. Israel exige o fim de ataques de foguetes contra seu território, motivo declarado da atual ofensiva militar. Khaled Mashaal, o líder do Hamas, milícia e partido islâmico que governa Gaza, definiu o acordo como uma "vitória para todos os palestinos". Horas antes de o cessar-fogo ser declarado, uma bomba destruiu um ônibus perto de Tel Aviv (foto), não muito longe do quartel-general das Forças Armadas israelenses. Não houve mortos, mas 27 passageiros ficaram feridos.

PCC/SP [In:] TROCA DE COMANDO



GOVERNO DE SP TROCA CÚPULA DA SEGURANÇA; HOMICÍDIOS DOBRAM

MUDANÇA NA SEGURANÇA: NOVO SECRETÁRIO PROMETE APRIMORAR COMBATE AO CRIME


Autor(es): BRUNO PAES MANSO, MARCELO GODOY
O Estado de S. Paulo - 22/11/2012

Ex-procurador-geral de Justiça, Fernando Grella assume pasta e diz que vai enfrentar a onda de violência "dentro da lei"; mortes chegam a 150 casos em outubro
O ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira vai substituir a partir de hoje Antonio Ferreira Pinto na Secretaria da Segurança de São Paulo com discurso de enfrentamento "dentro da lei" à atual guerra não declarada entre polícia e PCC. O novo secretário afirmou que vai "fazer aprimoramentos" na atual política de segurança. "Vou abrir a pasta à sociedade. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério", disse ao Estado. Com a mudança, o governo antecipou a divulgação dos dados de violência. Os casos de homicídios aumentaram 92% na capital ante outubro de 2011, passando de 78 para 150. No ano já são 1.157 assassinatos na cidade, mais do que em 2011 inteiro. "Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando", disse o governador Geraldo Alckmin.
O novo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou ontem que não vai ceder um milímetro no combate ao crime organizado. "Haverá enfrentamento dentro da lei e do respeito aos preceitos constitucionais", disse ao Estado, acrescentando que "não vai haver ruptura" em relação à atual política de segurança. "Vamos fazer aprimoramentos."
Ex-procurador-geral de Justiça, Grella assume no lugar do também procurador Antonio Ferreira Pinto, demitido na segunda-feira, em meio à guerra não declarada entre Polícia Militar e Primeiro Comando da Capital (PCC) que já matou 93 policiais e fez os homicídios subirem 92,3% na capital (de 78 casos para 150) em outubro, em comparação a 2011 - o governo antecipou em quatro dias a divulgação dos números de violência no Estado para evitar desgaste do novo secretário.
A queda de Ferreira Pinto começou a se desenhar quando o PCC decidiu matar policiais militares para vingar a morte de seus integrantes em ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). As execuções começaram em junho. Há dois meses, o governador Geraldo Alckmin procurava um nome para substituir o homem que chefiava a pasta da Segurança desde 2009. Um de seus secretários, Saulo Abreu (Transportes) chegou a se reunir com policiais em busca de uma alternativa a Ferreira Pinto.
A presença constante da violência em São Paulo nos jornais deu ao governador a certeza de que deveria mudar. "Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada nesse trabalho", afirmou Alckmin. Na quinta-feira passada, ele convidou Grella, que lhe pediu tempo para avaliar.
O ex-procurador-geral avaliou o quanto o cargo mudaria sua vida e respondeu a Alckmin na segunda-feira. No mesmo dia, o governador chamou Ferreira Pinto para dizer que precisava do cargo. Ferreira sentiu o impacto. Tinha confiança de que não sairia. Ficou acertado que pediria demissão ontem - Alckmin anunciou a mudança às 11 horas.
Desafio
Grella toma posse hoje. Ele vai se reunir com as chefias das Polícias Civil e Militar e ouvir Ferreira Pinto. "Vou me inteirar dos dados. O desafio será enorme. A segurança pública é complexa. Vou abrir a pasta à sociedade, ouvir todos os segmentos. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério." De fato, na noite de anteontem, mais dez pessoas foram mortas na Grande São Paulo - sete com indícios de execução e duas em supostos tiroteios com a PM. A sucessão de fatos ameaça não dar trégua ao novo chefe da segurança. / COLABOROU JULIANA DEODORO

STF [In:] ... A GENTE VAI LEVANDO... *



BRASIL DÁ HOJE MAIS UM PASSO À FRENTE

A ASCENSÃO DE BARBOSA


Autor(es): DIEGO ABREU
Correio Braziliense - 22/11/2012

Ao ser empossado às 15h na presidência do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa se tornará o primeiro negro a chefiar o Poder Judiciário, um dos três pilares da República. Assim como a eleição de um operário e de uma ex-presa política para presidente do Brasil, a ascensão de Joaquim — filho de uma faxineira e de um pedreiro — era, até pouco tempo atrás, um fato impensável na história brasileira. Última nação independente da América a abolir a escravidão, o país ainda é, 124 anos depois, marcado por contradições, preconceitos e desigualdades sociais extremas. Dentro desse contexto, Barbosa chega ao topo da carreira orgulhoso por haver triunfado pelos próprios méritos e celebrado como herói nacional por relatar a ação penal que pôs fim à impunidade de políticos corruptos no país. No total, 2,5 mil pessoas — entre artistas, ativistas e autoridades públicas —foram convidadas para a posse.

Primeiro ministro negro a presidir o STF será empossado hoje, em cerimônia para cerca de 2,5 mil convidados. Graças ao julgamento da Ação Penal 470, Corte reforçou o prestígio perante a população

Um dos protagonistas do julgamento da Ação Penal 470, que resultou na condenação de 25 envolvidos com o escândalo do mensalão, Joaquim Barbosa chega hoje ao cargo máximo do Poder Judiciário brasileiro. A posse do primeiro presidente negro da história do Supremo Tribunal Federal (STF) está marcada para as 15h e vai ser prestigiada pelas mais altas autoridades do país e por dezenas de artistas e ativistas que confirmaram presença na solenidade.
Joaquim Barbosa, 58 anos, chega ao cargo de presidente do Supremo diante da popularidade que conquistou na condição de relator do processo do mensalão. Sua fama de implacável contra os corruptos logo se propagou e colaborou para levar a Suprema Corte aos holofotes. Barbosa assume o posto embalado pelo maior julgamento da história do órgão, que aproximou o STF dos cidadãos e transformou o tribunal no plenário mais conhecido dos brasileiros — desde agosto, a população passou a sintonizar com mais frequência a TV Justiça para acompanhar o passo a passo do mensalão.
O novo presidente do Supremo é filho de mãe faxineira e pai que foi pedreiro e caminhoneiro. Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu (MG). Sempre estudou em escola pública, inclusive em Brasília, onde concluiu o segundo grau no Colégio Elefante Branco. Formou-se em direito na Universidade de Brasília (UnB), instituição na qual fez mestrado em direito de Estado. Com origem no Ministério Público, o magistrado chegou ao Supremo em junho de 2003, após ser nomeado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nove anos depois de ingressar no STF, Barbosa conduziu em plenário a condenação do principal ministro do primeiro mandato de Lula, o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, que foi quem o apresentou ao ex-presidente da República (leia mais na página 4). Relator do processo, Barbosa endossou a tese da Procuradoria Geral da República ao declarar que o PT montou um esquema de compra de apoio parlamentar ao governo Lula.
Embalado pelo julgamento do mensalão, que ontem chegou à 47ª sessão, Joaquim Barbosa iniciará a gestão à frente do STF acumulando nas próximas sessões as importantes funções de comandante da Corte e de relator do processo.
ElogiosNa avaliação do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, o julgamento deu uma visibilidade nunca antes experimentada pelo STF. "O Supremo recebeu um destaque perante as pessoas comuns. É um impacto extraordinário e uma visibilidade que antes não havia. O que eu mais ouço nas ruas são elogios ao STF e, em particular, ao ministro Joaquim Barbosa", destaca Nelson Calandra.
O jurista pondera, porém, que Barbosa precisará assumir uma postura de comandante e evitar embates, como os travados ao longo do julgamento com o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, que toma posse hoje na função de vice-presidente da Corte. "A cadeira do presidente vai exigir dele uma série de atitudes no sentido de evitar confrontos. O ministro Joaquim vai ter que agir de modo policiado, uma vez que a função é de coordenação."
Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, não há dúvida de que o Supremo se tornou muito mais popular diante do julgamento do mensalão, não somente pela atuação de Barbosa. "Acredito que não se possa endeusar a conduta dele nem mesmo minimizar de quem quer que seja. É uma Corte colegiada. A postura dele não pode ser individualizada", afirma. Segundo Cavalcante, as expectativas são otimistas em relação à gestão que se inicia hoje. "O ministro Joaquim tem mostrado compromisso com as causas públicas e esperamos que haja sempre o respeito mútuo com as entidades que compõem o sistema de Justiça."
"O Supremo recebeu um destaque perante as pessoas comuns. É um impacto extraordinário e uma visibilidade que antes não havia. O que eu mais ouço nas ruas são elogios ao STF e, em particular, ao ministro Joaquim Barbosa"
Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.
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(*) VAI LEVANDO (Chico Buarque).
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
...
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando".
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MST/SEM TERRA-DF [In:] NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PEDRA...


Protesto do MST bloqueia estradas

MST fecha três rodovias
Autor(es): MARIANA LABOISSIÈRE e AMANDDA SOUZA
Correio Braziliense - 22/11/2012
 

Os sem-terra fecharam ontem o acesso a Brasília pelas BRs 020, 040 e 080 para cobrar agilidade do GDF na reforma agrária.

Os manifestantes, oriundos de três acampamentos, atearam fogo a pneus para bloquear as BRs 020, 040 e 080. Segundo eles, a ação ocorreu porque o GDF teria rompido as negociações sobre a reforma agrária no DF

Três rodovias que cortam o Distrito Federal foram bloqueadas na manhã de ontem por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): as BRs 020, 040 e 080. Os manifestantes usaram pneus como barricada e atearam fogo neles. A ação, coordenada, envolveu, principalmente, pessoas de três acampamentos: 8 de março, em Planaltina; Canaã, em Brazlândia; e 22 de agosto, localizado próximo ao Catetinho. A confusão teve início por volta das 10h, quando os veículos foram impedidos de seguir caminho, provocando engarrafamento de 5km em cada rodovia. O trânsito foi desviado pela Polícia Militar e, à tarde, as pistas foram liberadas. O MST justifica a ação sob o argumento de que o Governo do Distrito Federal (GDF) rompeu as negociações sobre o avanço da reforma agrária no território. O Executivo nega as informações.

Em nota, a Secretaria de Estado de Governo repudiou o ato do MST e o classificou como radical. Além disso, assinalou, em um dos trechos do documento, que os trabalhadores que lutam por espaço no campo “terão uma política de reforma agrária para atendê-los”. Neste ano, foi criado um Fórum Distrital de Política de Reforma Agrária, coordenado pela pasta. O propósito do espaço é servir de ponte para conversa entre os dois lados, algo analisado com desconfiança por parte dos integrantes do movimento. O coordenador estadual do MST no DF e no Entorno, Josenilton Rodrigues da Silva, acredita que o espaço tenha sido fundado para engessar o movimento. “Eles querem nos enganar para que fiquemos quietos, mas queremos que a reforma agrária continue na pauta e no cenário do DF”, pontuou. 

Outra reivindicação dos manifestantes refere-se à Ação de Reintegração de Posse da Fazenda Gama, onde localiza-se o acampamento 22 de agosto, próximo ao Catetinho. Os manifestantes posicionam-se contrários à determinação da Justiça para que o terreno seja desocupado e volte para as mãos da Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap). O prazo para saída do local se encerra em 1º de dezembro (Entenda o caso). Na área, de aproximadamente 4 mil hectares, estão acampadas cerca de 1,2 mil famílias. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 600 pessoas participaram da manifestação na BR-040 e outras 250, na 020. Na BR-080, aproximadamente 50 manifestantes estavam na ação, de acordo com a Polícia Militar.

Paus e pedras


O empresário Rodrigo Nascimento, 29 anos, foi um dos que passava pela rodovia, próximo ao Catetinho, no momento da manifestação. Segundo ele, o carro que dirigia, um jipe, era o primeiro da fila. Ele tentava seguir para Valparaíso, quando ocorreu o bloqueio. “Perguntei a um policial como podia chegar lá e ele me informou que teria de voltar e ir pelo Gama. Foi quando resolvi subir no canteiro central com o carro e dar meia volta. Tentei chegar ao retorno, mas nunca vi tanta gente correndo. Os sem-terra bloquearam a passagem também”, contou. “Decidi, então, subir novamente no canteiro. Cinco pessoas cercaram o meu carro, querendo me impedir, mas arranquei mesmo assim. Eles bateram várias vezes na lataria, mas consegui sair”, completou. Segundo o empresário, alguns manifestantes estavam com pedaços de paus e pedras nas mãos.
O também empresário Reinaldo Fernandes, 32 anos, não teve a mesma sorte. Ele seguia de Planaltina para o Plano Piloto, quando encontrou a pista interditada na BR-020. Na tentativa de voltar para casa, acabou se acidentando. “Tentei voltar, mas os manifestantes pensaram que eu ia furar o bloqueio e correram atrás do meu carro. Não vi o outro veículo, acelerei de- mais e acabei batendo”, contou. O para-choque e o radiador ficaram danificados após o acidente. “O pior de tudo é saber que a PM poderia ajudar e não deu qualquer auxílio”, lamentou. Os profissionais da corporação informaram à reportagem que não prestaram socorro porque não estavam no local para fazer a segurança do trânsito.

Desbloqueio

No início da tarde, as vias começaram a ser liberadas. Às 13h30, a BR-080 já estava com o trânsito normalizado. Dez minutos depois, a barricada da BR-040, no sentido Valparaíso-Brasília, foi retirada. O sentido oposto só foi aberto para fluxo de veículos após a chegada de 45 policiais do Batalhão de Choque da PM, que tentaram negociar a retirada dos pneus com os manifestantes, o que aconteceu apenas por volta das 14h20. Às 15h, a BR-020 também foi desocupada pelos integrantes do MST. No local, eles fecharam quatro pontos de acesso ao trevo São Gabriel, no Km 33.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

22 de novembro de 2012

O Globo

Manchete: Na CPI do Cachoeira... Relator poupa aliado, e ataca jornalista e procurador-geral
Petista responsabiliza Marconi Perillo (PSDB), mas livra Agnelo Queiroz (PT)

Odair Cunha (MG) pediu indiciamento de 34 pessoas, entre elas Fernando Cavendish, ex-dono da Delta

Num movimento interpretado pela oposição como resposta do PT ao mensalão, o petista Odair Cunha (MG) sugeriu em seu relatório que o Conselho Nacional do Ministério Público avalie a atuação do procurador-geral Roberto Gurgel no caso Carlinhos Cachoeira. Ele também incluiu entre os 34 indiciados o chefe da sucursal da "Veja" em Brasília, Policarpo Júnior, e propôs responsabilizar 12 autoridades, entre elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foi poupado. O Ministério Público pediu novamente a prisão de Cachoeira. Ontem, uma comissão da Câmara reduziu poderes do MP. (Págs. 1, 3, 4, 11 e Merval Pereira)
Israel e Hamas aceitam trégua
Ataques se estendem até último minuto. Ambos os lados cantam vitória após 8 dias de conflito que matou 160 palestinos e 5 israelenses

Após uma madrugada de bombardeios em Gaza e um atentado a bomba num ônibus em Tel Aviv, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo mediado pelo Egito, seguido de negociações para o fim do cerco a Gaza. A trégua ocorreu após oito dias de conflito que deixou 160 palestinos e cinco israelenses mortos. Ambos os lados se disseram vitoriosos. Em Gaza, os estrondos deram vez a disparos para o ar e buzinaço, relata Fernando Eichenberg. O premier Netanyahu disse que o objetivo é alcançar um cessar-fogo prolongado. Já o líder do Hamas disse que "a aventura de Israel fracassou”. (Págs. 1 e 36 a 39)
Começa a era Joaquim
Ministro será hoje o primeiro negro a assumir a presidência do STF; ontem, Corte estabeleceu mais penas do mensalão

O ministro Joaquim Barbosa, um dos oito filhos de um pedreiro que deixou Minas Gerais na década de 70 para tentar a sorte em Brasília, assume hoje a presidência da mais alta Corte do país. Ontem, em sessão já presidida interinamente por ele, foram estabelecidas penas de mais seis réus, entre eles o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que cumprirá pena de 12 anos e sete meses por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (Págs. 1 e 6 a 10)
Eletrobras perde metade do valor
Após dois meses das novas regras do governo, as ações da Eletrobras despencaram ontem 20%, maior queda desde 1990. Valor já caiu 58% (R$ 8,9 bi). Para Nelson Hubner, diretor da Aneel, isso não incomoda o governo. (Págs. 1 e 32)
Troca de comando: Violência em SP derruba secretário
O secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, não resistiu à onda de violência no estado e será substituído pelo ex-procurador-geral Fernando Grella Vieira. Ontem, o governo divulgou que o número de homicídios aumentou 92% entre outubro do ano passado e o mesmo mês deste ano. (Págs. 1 e 12)
Caso Bruno: Defesa consegue adiar julgamento
Em nova manobra, a defesa do ex-goleiro Bruno conseguiu desmembrar o processo e adiar o julgamento para o ano que vem. A juíza atendeu ao pedido do novo advogado do réu, que disse precisar de tempo para conhecer o caso. (Págs. 1 e 22)
TCU: dinheiro para BNDES fere a lei fiscal (Págs. 1 e 29)

Calor inevitável
Relatório da ONU diz que já é impossível evitar que a temperatura média da Terra aumente em pelo menos 2 graus Celsius. Cortes de emissão de C02 até 2020 são insuficientes. (Págs. 1 e Ciência)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Homicídios dobram em SP; cai secretário da Segurança
Capital paulista teve 150 casos em outubro; ex-procurador Fernando Grella substitui Ferreira Pinto

Um mês após o agravamento da onda de violência em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) demitiu o secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto, e nomeou para o cargo Fernando Grella Vieira, ex-procurador-geral de Justiça.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que dados oficiais revelam que o total de casos de homicídios dolosos (intencionais) em outubro (150) quase dobrou em relação ao mesmo mês do ano passado (78) na capital.

A queda de Ferreira Pinto é atribuída à alta nas mortes, aos ataques pelo crime organizado, à dificuldade de diálogo com o governo federal, à perda de controle de setores da Polícia Militar e ao desgaste com a Civil.

Alckmin disse reconhecer “as dificuldades” por que passa o Estado. A Grande SP teve outra noite violenta, com 12 mortos. (Págs. 1 e Cotidiano)

Fotolegenda: O governador Geraldo Alckmin ao anunciar o novo secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, que assume hoje.
Câmara aprova ampliação de direitos de domésticas
Os deputados federais aprovaram, por 359 votos a 2, a proposta de emenda à Constituição que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos.

Ainda será necessária a votação em segundo turno na Câmara, antes de o texto ser enviado ao Senado.

O projeto, que abrange motoristas e babás, entre outros, dará direitos como adicional noturno, horas extras e limite de jornada.

Para empregadores, o custo mais alto levará a demissões. Analistas creem que as profissões se tornarão mais atrativas. (Págs. 1 e Mercado B1)
Vale Cultura de R$ 50 é aprovado por deputados
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que cria o Vale Cultura, benefício de R$ 50 por mês para gastos como cinema, shows e livros. Poderão receber o benefício trabalhadores com renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 3.110).

O texto, que vai a votação no Senado, exclui servidores e aposentados. (Págs. 1 e Poder A13)
Supremo condena ex-diretor do BB a 12 anos e 7 meses
Na 47ª sessão do mensalão, a primeira presidida por Joaquim Barbosa, o STF condenou Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Barbosa, o primeiro presidente negro do Supremo, assume oficialmente o Cargo hoje. (Págs. 1 e Poder A4)
Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo após 153 mortes
Após oito dias de hostilidades, que deixaram mortos cinco israelenses e 148 palestinos, Israel e o Hamas firmaram um cessar-fogo.

Pelo acordo, intermediado pelo Egito e pelos EUA, as partes suspenderão as hostilidades. Israel se comprometeu a aliviar o bloqueio à faixa de Gaza.

Horas antes da trégua, uma bomba explodiu em um ônibus em Tel Aviv, ferindo 28 pessoas. (Págs. 1 e Mundo A14)
Clóvis Rossi
Israel vê que não pode viver ao lado do inferno sem sentir as chamas. (Págs. 1 e Mundo A20)
União vai gastar R$ 396 mil em fórum pró-Palestina (Págs. 1 e Mundo A16)

China limita gastos em casas e carros de executivo de estatal
O governo chinês limitará gastos de altos executivos de bancos estatais em casas e carros. Será proibido ainda usar dinheiro público para fazer “altas despesas” em “entretenimento”.

Recentemente, líderes do Partido Comunista advertiram contra a corrupção crescente no país. (Págs. 1 e Mundo A21)
Julgamento do goleiro Bruno é adiado para março de 2013 (Págs. 1 e Cotidiano C10)

Editoriais
Leia "Pacificação paulista”, acerca de troca de secretário da Segurança Pública, e “CPI da insensatez”, a respeito de relatório do petista Odair Cunha. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo de SP troca cúpula da Segurança; homicídios dobram
Ex-procurador-geral de Justiça, Fernando Grella assume pasta e diz que vai enfrentar a onda de violência ‘dentro da lei’; mortes chegam a 150 casos em outubro

O ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira vai substituir a partir de hoje Antonio Ferreira Pinto na Secretaria da Segurança de São Paulo com discurso de enfrentamento “dentro da lei” à atual guerra não declarada entre polícia e PCC. O novo secretário afirmou que vai “fazer aprimoramentos” na atual política de segurança. “Vou abrir a pasta à sociedade. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério”, disse ao Estado. Com a mudança, o governo antecipou a divulgação dos dados de violência. Os casos de homicídios aumentaram 92% na capital ante outubro de 2011, passando de 78 para 150. No ano já são 1.157 assassinatos na cidade, mais do que em 2011 inteiro. “Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando”, disse o governador Geraldo Alckmin. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3 a C5)

Comando das polícias deve ser trocado

O novo titular da pasta da Segurança deve anunciar mudanças nas cúpulas das Polícias Civil e Militar. A principal deve ser a saída do delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro de Lima. "O secretário (Grella Vieira) vai avaliar essas questões. Ele terá total liberdade", afirmou o governador Geraldo Alckmin. (Págs. 1 e C3)
Israel e Hamas fazem trégua em dia violento
Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo ontem, mas a situação continua instável na região, informa Roberto Simon. Militantes palestinos explodiram uma bomba em um ônibus no centro de Tel-Aviv, deixando 28 feridos. Trata-se do primeiro ataque do tipo em 6 anos. Minutos após o anúncio da trégua, foguetes explodiram em Israel. Os dois lados vão discutir formas de abrandar o bloqueio a Gaza. (Págs. 1 e Internacional A16 a A19)
Dilma quer acordo para MP do setor elétrico
A presidente Dilma Rousseff costura acordo com lideranças do Congresso para garantir a aprovação da MP que fixa regras para a renovação das concessões do setor elétrico. Ela deixou claro que tem pressa na aprovação da medida. (Págs. 1 e Economia B4)
Supremo condena ex-diretor do BB a 12 anos
O STF condenou, ontem, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato a 12 anos e sete meses de prisão por desvio de recursos públicos no esquema do mensalão. Às vésperas de assumir a presidência do tribunal, o ministro Joaquim Barbosa comandou, com tranquilidade, a sessão do julgamento. (Págs. 1 e Nacional A10)
Júri do goleiro Bruno é adiado para março (Págs. 1 e Cidades C6)

Dólar vai a R$ 2,09, maior valor em três anos e meio (Págs. 1 e Economia B3)

Câmara amplia direitos de empregado doméstico (Págs. 1 e Economia B10)

Após greve, governo argentino ataca rivais (Págs. 1 e Internacional A20)

Texto de relator de CPI desagrada até a aliados
O deputado Odair Cunha (PT-MG) concluiu relatório sobre a CPI do Cachoeira com 46 pedidos de indiciamento. Estão na lista o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), além de cinco jornalistas. Também foi pedida investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Mesmo os partidos aliados consideraram “vingança” do PT a inclusão de Gurgel no relatório. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)

Marconi Perillo
Governador de Goiás

“O relator tem um único objetivo: me prejudicar politicamente, porque lá atrás eu fiz denúncia relativa ao mensalão”
Dora Kramer
A farsa da comissão

Quem não pôde desmontar a “farsa do mensalão” tratou de montar a farsa da comissão no caso da CPI do bicheiro Carlos Cachoeira. (Págs. 1 e Nacional A6)
Demétrio Magnoli
A segurança e a força

Intoxicados pela eficácia aparente das ações militares, os israelenses debilitam as fundações de segurança de seu próprio Estado. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Senado sacramenta mamata

Senadores não pagam impostos e jogam a conta do abuso no colo do contribuinte. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Brasil dá hoje mais um passo à frente
Ao ser empossado às 15h na presidência do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa se tornará o primeiro negro a chefiar o Poder Judiciário, um dos três pilares da República. Assim como a eleição de um operário e de uma ex-presa política para presidente do Brasil, a ascensão de Joaquim — filho de uma faxineira e de um pedreiro — era, até pouco tempo atrás, um fato impensável na história brasileira. Última nação independente da América a abolir a escravidão, o país ainda é, 124 anos depois, marcado por contradições, preconceitos e desigualdades sociais extremas. Dentro desse contexto, Barbosa chega ao topo da carreira orgulhoso por haver triunfado pelos próprios méritos e celebrado como herói nacional por relatar a ação penal que pôs fim à impunidade de políticos corruptos no país. No total, 2,5 mil pessoas — entre artistas, ativistas e autoridades públicas —foram convidadas para a posse. (Págs. 1, 2, 3, 4 e 6)
Salário mínimo será de R$ 674,95 em 2013
Congresso eleva em R$ 4 o valor previsto pelo governo no Orçamento.Projeto que dá mais direitos às domésticas avança na Câmara. (Págs. 1, 13 e 16)
Gaza: Um frágil cessar-fogo
Israelenses e palestinos acertaram a trégua ontem, mediados pelo Egito e pelos EUA. A paz quase foi inviabilizada por um ataque terrorista que deixou 28 feridos num ônibus em Tel Aviv. Dez minutos antes do acordo, Israel ainda bombardeava o Hamas. (Págs. 1 e 22)
Fraude: Concurso elimina candidatos suspeitos
Seis concorrentes às vagas de analista tributário da Receita, quatro deles parentes de um servidor do Ministério da Fazenda, são acusados de violar o sigilo das provas. A seleção, no entanto, não será anulada. (Págs. 1 e 14)
Protesto do MST bloqueia estradas
Os sem-terra fecharam ontem o acesso a Brasília pelas BRs 020, 040 e 080 para cobrar agilidade do GDF na reforma agrária. (Págs. 1 e 28)
Confusão faz a FIFA suspender venda de ingresso (Págs. 1 e Super Esportes, 6 e 7)

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Valor Econômico

Manchete: Exportadoras têm R$ 10 bi em créditos fiscais retidos
Doze das quinze maiores exportadoras brasileiras de capital aberto tinham créditos a recuperar de PIS e Cofins que somavam R$ 10 bilhões em setembro. Esse valor é 7,5% maior que o contabilizado em seus balanços no fim do ano passado. Isso significa que, nos nove primeiros meses do ano, esse conjunto de empresas teve mais créditos de PIS e Cofins do que débitos de tributos federais compensáveis. Parte do valor pode dar origem a créditos acumulados.

Esses números espelham um problema comum entre os exportadores, que não conseguem reaver de forma rápida os impostos recolhidos sobre insumos utilizados na produção de itens exportados (isentos de tributação). O crédito de PIS e Cofins é considerado acumulado quando não é usado para pagar tributos federais até três meses após a apuração. Depois desse prazo, a empresa pede o ressarcimento dos valores à Receita Federal. A devolução mais rápida do crédito acumulado de PIS e Cofins é um pleito antigo das empresas e voltou à pauta com a reforma que o governo federal promete fazer nas duas contribuições. (Págs. 1 e A3)
Quinta queda trimestral dos investimentos
Os estímulos concedidos ao investimento pelo governo não foram suficientes para reanimar os empresários. Segundo cálculos de economistas, o consumo aparente de bens de capital voltou a recuar no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores, com ajustes sazonais. Para eles, é um indício forte de que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu pelo quinto trimestre consecutivo. Essa reação destoa da ocorrida após a crise de 2008, quando a queda dos investimentos foi mais intensa, mas recuou por apenas dois trimestres. As incertezas sobre a recuperação da atividade que travam os investimentos devem se dissipar ao longo dos próximos meses e a trajetória de queda deve se reverter, ainda que de forma moderada, a partir do último trimestre do ano. (Págs. 1 e A6)
Fotolegenda: Papel de fornecedor
Para a Bombardier, não há dúvida de que o trem-bala São Paulo-Rio é um bom negócio, mas a empresa resiste à ideia de liderar um grupo na disputa pelo empreendimento. "Isso é função das companhias de operação ferroviária, instituições financeiras e fundos de pensão", diz André Guyvarch. (Págs. 1 e B9)
Gerdau pede olhar político nas concessões
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República, afirmou ontem que a possibilidade de extensão do prazo para adesão das empresas ao plano de renovação antecipada das concessões no setor elétrico, que expira dia 4 de dezembro, depende de "uma condução política que tem que ser analisada".

Gerdau disse que, "tecnicamente, a alternativa do governo está correta, mas o processo político não se esgota só pela tecnicidade". Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff está "absolutamente certa" ao determinar a antecipação, mas é "evidente que, como é uma medida muito forte, existem conflitos de interesse".

As ações da Eletrobras voltaram a cair fortemente ontem. Os papéis preferenciais recuaram 20,08%, com baixa de 51,5% no mês. (Págs. 1, B10 e C2)
Dias difíceis para o setor aeroespacial
O mercado aeronáutico sentiu o baque da crise econômica nos Estados Unidos e Europa e os fornecedores da Embraer no Brasil foram atingidos em cheio. Eles tiveram queda de encomendas da ordem de 20% a 30% e a disputa por novos contratos está cada vez mais acirrada pela entrada de novos competidores.

A dependência das encomendas da Embraer, que vem reduzindo o volume de compra de peças no Brasil, e a falta de capacidade financeira para investir em novos projetos e tecnologias são apontadas como as principais causas para a situação crítica que ameaça a cadeia aeronáutica brasileira, formada por cerca de 120 empresas. (Págs. 1 e B6)
Grupos de ensino do país estão entre os maiores do mundo
A brasileira Kroton e a chinesa New Oriental disputam palmo a palmo a liderança entre as maiores empresas de educação listadas em bolsa no mundo, segundo ranking elaborado pelo Valor Data com dados da Economática.

Na quarta-feira, o valor de mercado da New Oriental era de US$ 3,025 bilhões e o da Kroton, US$ 2,904 bilhões. Mas essa posição vem se alterando a cada fechamento de pregão. Há cerca de dez dias, a liderança era da brasileira. (Págs. 1 e B1)
Sobrevivência do Protocolo de Kyoto em jogo
Delegados de mais de 190 países se reúnem em Doha, no Qatar, a partir de segunda-feira, para resolver um problema inadiável: definir o destino do polêmico Protocolo de Kyoto. A primeira fase do acordo internacional sobre corte nas emissões de gases-estufa termina neste ano. Se não for renovada, será a última. E há dificuldades para isso. EUA, Canadá e Japão estão fora do segundo período de compromissos e os europeus podem não querer arcar sozinhos com o peso da urgente agenda ambiental. (Págs. 1 e A17)
Mineradoras buscam máquinas de segunda mão que estão paradas nos EUA (Págs. 1 e B18)

Startups brasileiras já atraem profissionais estrangeiros, como Cohler (Págs. 1 e D4)

Incertezas freiam projetos
Câmara aprova em primeiro turno proposta de emenda à Constituição que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, entre eles FGTS e seguro-desemprego. (Págs. 1 e A12)
Dissensão congela Consecitrus
Divergências históricas entre produtores de laranja e indústrias de suco e recentes desentendimentos entre as entidades que representam os próprios citricultores levam o Cade a paralisar o processo de criação do Consecitrus. (Págs. 1 e B17)
Fundos cambiais voltam ao radar
Recente valorização do dólar já reverte a tendência de resgate líquido nos fundos cambiais, que também apresentaram os maiores ganhos no mês, até o dia 16, com rentabilidade média de 2,16%. (Págs. 1 e D2)
Primeiro o lazer, depois o dever
Pesquisa mostra que parcela dos consumidores brasileiros que pretende destinar ao lazer os recursos que sobrarem após as despesas essenciais subiu de 35% para 41% do segundo para o terceiro trimestre. Quitação de dívidas é a opção de 38%. (Págs. 1 e D3)
TST reforça sigilo bancário
Justiça condena banco a indenizar funcionária que teve sigilo bancário quebrado pela própria instituição financeira durante auditoria interna que apurava desvio de recursos. A indenização é cabível mesmo que os dados não sejam divulgados. (Págs. 1 e E1)
Conciliação prejudicada
A paralisação de juízes federais e trabalhistas, nos dias 7 e 8 deste mês, teve impacto sobre os resultados da VII Semana Nacional de Conciliação. Na Justiça do Trabalho, por exemplo, o número de audiências caiu mais de 50% em relação ao mutirão de 2011. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Ribamar Oliveira

Redução do superávit primário do setor público, incluídos Estados e municípios, deve superar R$ 40 bilhões. (Págs. 1 e A2)

Mansueto Almeida

Dados das contas públicas levantam dúvidas sobre a capacidade de o governo elevar investimentos e reduzir tributos. (Págs. 1 e A19)
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