A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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quinta-feira, novembro 22, 2012
MENSALÃO/PT [In:] ENGASGA GATO
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Gurgel diz que pedido para indiciá-lo é 'retaliação' à denúncia do mensalão
Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu o indiciamento do procurador-geral
''BRAS-ilha" [In:] AS ÉGUAS DE CALÍGULA...
Senado sacramenta mamata
O Estado de S. Paulo - 22/11/2012 |
Brasília é o hábitat natural da elite da classe política, representada pelos nobres parlamentares federais. Vivem ali muitos desses ilustres representantes do povo - pelo jeito, a maioria - numa espécie de mundo da fantasia que construíram para seu deleite, apartado da realidade cotidiana e frequentemente conflitante com o senso comum. Vivem indiferentes ao fato de, do outro lado da Praça dos Três Poderes, o Judiciário dar inequívocas demonstrações de que o País está perdendo - se já não perdeu - a paciência com o comportamento ominoso e ultrajante dos maus homens públicos que se julgam no direito de inventar uma nova "ética" no trato da coisa pública. E cometem, sem o menor pudor, nova e escandalosa afronta à probidade, jogando a conta do abuso no colo do contribuinte.
O leitor atento certamente se dará conta de que já leu o texto acima. E verdade. Foi o que escrevemos neste espaço há menos de dois meses, no dia 30 de setembro, sob o título Enquanto isso, no Senado..., quando a Mesa Diretora da Casa, à frente o notório José Sarney, anunciou a intenção de pagar ela mesma - ou seja, transferindo o prejuízo para o contribuinte - o calote de R$ 11 milhões aplicado pelos senadores no Imposto de Renda (IR). Na terça-feira passada os caloteiros sacramentaram a mamata. Confirmaram a escandalosa notícia de setembro.
É inacreditável, para dizer o mínimo, a insensibilidade com que os 84 senadores jogam um balde de água fria no entusiasmo e no sentimento de alívio com que o cidadão brasileiro comemora uma decisão histórica do Poder Judiciário que parece sinalizar o fim da ancestral impunidade dos poderosos.
Impecável e impassivelmente envergando seus colarinhos brancos, os 84 senadores, alguns por habitual esperteza, outros por covarde omissão, não precisaram mais do que um minuto, 60 segundos, para se calarem, olharem para o outro lado, fingirem que nada estava acontecendo e permitirem a ratificação do abominável Ato n.° 14 da Comissão Diretora da Casa. Dispõe a medida, em seu artigo 1.°: "O Senado ; Federal, na condição de responsável tributário, procederá ao pagamento : do Imposto de Renda incidente sobre os valores percebidos pelos senadores a título de ajuda de custo, referentes aos exercícios financeiros anteriores à edição do presente Ato, respeitada a prescrição qüinqüenal".
Chama a atenção a maneira, digamos, sutil, como o texto do Projeto de Resolução ora aprovado expõe a matéria. Não há nenhuma referência explícita, direta, ao fato de que o Senado vai pagar o IR que deveria ter saído do bolso dos senadores. A referência é indireta, ao Ato n.° 14, de setembro último, que decidiu pelo pagamento e que "regula o entendimento sobre a natureza jurídica da parcela prevista no art. 3.° do Decreto Legislativo n.° 7, de 1995". Foi esse decreto que criou os salários extras extintos em setembro.
Para lançar o prejuízo na conta da viúva, a Mesa do Senado recorre a uma série de argumentos, inclusive uma decisão da Segunda Turma do STJ, prolatada em fevereiro do ano passado, que dá apoio à tese de que os chamados 14.° e 15.° salários que até recentemente eram pagos aos parlamentares (sobre os quais não foi recolhido IR) têm caráter indenizatório e por este motivo sobre eles não incide Imposto de Renda. A matéria talvez seja discutível do ponto de vista legal Mas isso não elide a responsabilidade eminentemente política do Senado Federal, a quem a Constituição atribui funções legiferantes e fiscalizadoras. E ter responsabilidade política significa, entre outras coisas, dar o bom exemplo.
Não é, portanto, sensato, nem justo, e muito menos democrático - para não falar em decente -, que aqueles sobre cujos ombros recai a responsabilidade de legislar o façam em benefício próprio, especialmente quando se trata do pagamento de impostos. E justo num país cuja máquina arrecadadora é implacável com os cidadãos comuns e tem uma das mais pesadas cargas tributárias do planeta. A manifestação dessa ignominiosa esperteza - a de legislar em causa própria para transferir para o contribuinte o ônus da sonegação fiscal -, esse cínico dar de ombros à probidade por parte de quem deveria zelar por ela, isso é tudo o que a cidadania precisa para se desencantar de vez com as instituições republicanas.
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CPI DO CACHOEIRA [In:] AS ÁGUAS IAM ROLAR...
A farsa da comissão
Dora Kramer - Dora Kramer |
Autor(es): Dora Kramer |
O Estado de S. Paulo - 22/11/2012 |
As conclusões da CPI do Cachoeira elaboradas sob a ótica da tropa governista, representada por um relator designado pelo PT, acabaram saindo bem pior que a encomenda.
Isso devido ao afã de atender à sanha de vingança contra os desafetos do PT em geral e do ex-presidente Lula em particular: a imprensa e o Ministério Público, considerados responsáveis pelo escândalo do mensalão ter se transformado em processo e resultado na condenação da antiga cúpula do partido.
Enquanto a expectativa era a de que o relatório fosse apenas uma peça de ficção montada para proteger a construtora Delta e seus contratantes governamentais, tratava-se de patrocínio à impunidade.
Passaram ao terreno do espetáculo burlesco com o pedido de indiciamento de um grupo de jornalistas e a solicitação ao Ministério Público para abertura de investigação sobre a conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Para fazer-se de isento, o relator Odair Cunha pediu ao MP que indicie também o empresário Fernando Cavendish, da Delta.
Mera mise-en-scène, porque nada disso irá em frente: foi a própria comissão que resolveu deixar de fora de seu foco o procurador, o empresário e o jornalista Policarpo Júnior, da Veja. Os outros agora incluídos nem haviam sido citados.
O comando da CPI recorre à encenação barata também quando manda todos os documentos aos procuradores e alega com isso ter feito o que deveria. Ora, a obrigação da comissão de inquérito seria justamente aprofundar as investigações já feitas pela polícia e pela procuradoria. Seu papel não era o de devolver as informações à origem.
Nada mais falso que os ares de dever cumprido e a pose de magistrados imparciais, avalistas da observância das formalidades do regimento, exibidos ontem pelo comando da CPI: os petistas Odair Cunha e Paulo Teixeira e o pemedebista Vital do Rego.
Nada mais dissimulado que a postura circunspecta de parlamentares governistas na defesa do relatório ainda não lido, mas cujos pontos principais já divulgados revelam inconsistências, incongruências e nenhuma preocupação com a solidez investigativa.
Investigar nunca foi mesmo objetivo. Quando pareceu que a CPI chegaria a algum lugar por meio da quebra de sigilos que apontavam para a Delta como uma espécie de lavanderia do esquema do bicheiro Carlos Cachoeira, os generais deram ordem para a soldadesca bater em retirada. E foi assim que quem não pôde desmontar "a farsa do mensalão" tratou de montar a farsa de comissão.
Bem dosado
Não têm base real queixas de que o Supremo Tribunal Federal tenha "pesado a mão" nessa fase agora de definição das penas.
Observadas com atenção as sentenças aplicadas, nota-se que a pena base (aquela estipulada como patamar sobre o qual incidirão, ou não, agravantes ou atenuantes) imputada a cada réu na média até agora tem ficado mais próxima do mínimo que do máximo previsto em lei.
Exceção feita quando o intuito foi claramente o de fugir da prescrição, como no caso de formação de quadrilha, cuja pena mínima é de um ano e a máxima de três.
Marcos Valério, por exemplo, foi condenado a 3, 4 e 7 anos em diferentes casos de corrupção ativa, crime para o qual é prevista prisão de até 12 anos.
O que faz as penas resultarem elevadas é a quantidade de vezes e a multiplicidade de crimes cometidos.
Liturgia do cargo
Na sessão que ontem conduziu como presidente interino do Supremo, Joaquim Barbosa comportou-se de modo mais contido. Sem ironias e despido dos maneirismos de promotor. Sinal de adaptação ao peso da cadeira que hoje assume oficialmente.
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ISRAEL/HAMAS [In:] ACORDO DE PAZ
Cessar-fogo em Gaza
Valor Econômico - 22/11/2012 |
Com a mediação de Egito e Estados Unidos, Israel e o Hamas chegaram ontem a um acordo para um cessar-fogo. A trégua aconteceu depois de oito dias de conflito que deixaram um saldo de mais de 160 mortos na Faixa de Gaza e 5 em Israel, segundo autoridades de cada lado. O premiê Benyamin Netanyahu, de Israel, não descartou a possibilidade de novas ações militares. "Isso ainda pode ser necessário, mas neste momento a coisa certa é aproveitar esta oportunidade", afirmou. Israel exige o fim de ataques de foguetes contra seu território, motivo declarado da atual ofensiva militar. Khaled Mashaal, o líder do Hamas, milícia e partido islâmico que governa Gaza, definiu o acordo como uma "vitória para todos os palestinos". Horas antes de o cessar-fogo ser declarado, uma bomba destruiu um ônibus perto de Tel Aviv (foto), não muito longe do quartel-general das Forças Armadas israelenses. Não houve mortos, mas 27 passageiros ficaram feridos.
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PCC/SP [In:] TROCA DE COMANDO
GOVERNO DE SP TROCA CÚPULA DA SEGURANÇA; HOMICÍDIOS DOBRAM
MUDANÇA NA SEGURANÇA: NOVO SECRETÁRIO PROMETE APRIMORAR COMBATE AO CRIME |
Autor(es): BRUNO PAES MANSO, MARCELO GODOY |
O Estado de S. Paulo - 22/11/2012 |
Ex-procurador-geral de Justiça, Fernando Grella assume pasta e diz que vai enfrentar a onda de violência "dentro da lei"; mortes chegam a 150 casos em outubro
O ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira vai substituir a partir de hoje Antonio Ferreira Pinto na Secretaria da Segurança de São Paulo com discurso de enfrentamento "dentro da lei" à atual guerra não declarada entre polícia e PCC. O novo secretário afirmou que vai "fazer aprimoramentos" na atual política de segurança. "Vou abrir a pasta à sociedade. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério", disse ao Estado. Com a mudança, o governo antecipou a divulgação dos dados de violência. Os casos de homicídios aumentaram 92% na capital ante outubro de 2011, passando de 78 para 150. No ano já são 1.157 assassinatos na cidade, mais do que em 2011 inteiro. "Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando", disse o governador Geraldo Alckmin.
O novo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou ontem que não vai ceder um milímetro no combate ao crime organizado. "Haverá enfrentamento dentro da lei e do respeito aos preceitos constitucionais", disse ao Estado, acrescentando que "não vai haver ruptura" em relação à atual política de segurança. "Vamos fazer aprimoramentos."
Ex-procurador-geral de Justiça, Grella assume no lugar do também procurador Antonio Ferreira Pinto, demitido na segunda-feira, em meio à guerra não declarada entre Polícia Militar e Primeiro Comando da Capital (PCC) que já matou 93 policiais e fez os homicídios subirem 92,3% na capital (de 78 casos para 150) em outubro, em comparação a 2011 - o governo antecipou em quatro dias a divulgação dos números de violência no Estado para evitar desgaste do novo secretário.
A queda de Ferreira Pinto começou a se desenhar quando o PCC decidiu matar policiais militares para vingar a morte de seus integrantes em ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). As execuções começaram em junho. Há dois meses, o governador Geraldo Alckmin procurava um nome para substituir o homem que chefiava a pasta da Segurança desde 2009. Um de seus secretários, Saulo Abreu (Transportes) chegou a se reunir com policiais em busca de uma alternativa a Ferreira Pinto.
A presença constante da violência em São Paulo nos jornais deu ao governador a certeza de que deveria mudar. "Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada nesse trabalho", afirmou Alckmin. Na quinta-feira passada, ele convidou Grella, que lhe pediu tempo para avaliar.
O ex-procurador-geral avaliou o quanto o cargo mudaria sua vida e respondeu a Alckmin na segunda-feira. No mesmo dia, o governador chamou Ferreira Pinto para dizer que precisava do cargo. Ferreira sentiu o impacto. Tinha confiança de que não sairia. Ficou acertado que pediria demissão ontem - Alckmin anunciou a mudança às 11 horas.
Desafio.
Grella toma posse hoje. Ele vai se reunir com as chefias das Polícias Civil e Militar e ouvir Ferreira Pinto. "Vou me inteirar dos dados. O desafio será enorme. A segurança pública é complexa. Vou abrir a pasta à sociedade, ouvir todos os segmentos. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério." De fato, na noite de anteontem, mais dez pessoas foram mortas na Grande São Paulo - sete com indícios de execução e duas em supostos tiroteios com a PM. A sucessão de fatos ameaça não dar trégua ao novo chefe da segurança. / COLABOROU JULIANA DEODORO
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STF [In:] ... A GENTE VAI LEVANDO... *
BRASIL DÁ HOJE MAIS UM PASSO À FRENTE
A ASCENSÃO DE BARBOSA |
Autor(es): DIEGO ABREU |
Correio Braziliense - 22/11/2012 |
Ao ser empossado às 15h na presidência do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa se tornará o primeiro negro a chefiar o Poder Judiciário, um dos três pilares da República. Assim como a eleição de um operário e de uma ex-presa política para presidente do Brasil, a ascensão de Joaquim — filho de uma faxineira e de um pedreiro — era, até pouco tempo atrás, um fato impensável na história brasileira. Última nação independente da América a abolir a escravidão, o país ainda é, 124 anos depois, marcado por contradições, preconceitos e desigualdades sociais extremas. Dentro desse contexto, Barbosa chega ao topo da carreira orgulhoso por haver triunfado pelos próprios méritos e celebrado como herói nacional por relatar a ação penal que pôs fim à impunidade de políticos corruptos no país. No total, 2,5 mil pessoas — entre artistas, ativistas e autoridades públicas —foram convidadas para a posse.
Primeiro ministro negro a presidir o STF será empossado hoje, em cerimônia para cerca de 2,5 mil convidados. Graças ao julgamento da Ação Penal 470, Corte reforçou o prestígio perante a população
Um dos protagonistas do julgamento da Ação Penal 470, que resultou na condenação de 25 envolvidos com o escândalo do mensalão, Joaquim Barbosa chega hoje ao cargo máximo do Poder Judiciário brasileiro. A posse do primeiro presidente negro da história do Supremo Tribunal Federal (STF) está marcada para as 15h e vai ser prestigiada pelas mais altas autoridades do país e por dezenas de artistas e ativistas que confirmaram presença na solenidade.
Joaquim Barbosa, 58 anos, chega ao cargo de presidente do Supremo diante da popularidade que conquistou na condição de relator do processo do mensalão. Sua fama de implacável contra os corruptos logo se propagou e colaborou para levar a Suprema Corte aos holofotes. Barbosa assume o posto embalado pelo maior julgamento da história do órgão, que aproximou o STF dos cidadãos e transformou o tribunal no plenário mais conhecido dos brasileiros — desde agosto, a população passou a sintonizar com mais frequência a TV Justiça para acompanhar o passo a passo do mensalão.
O novo presidente do Supremo é filho de mãe faxineira e pai que foi pedreiro e caminhoneiro. Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu (MG). Sempre estudou em escola pública, inclusive em Brasília, onde concluiu o segundo grau no Colégio Elefante Branco. Formou-se em direito na Universidade de Brasília (UnB), instituição na qual fez mestrado em direito de Estado. Com origem no Ministério Público, o magistrado chegou ao Supremo em junho de 2003, após ser nomeado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nove anos depois de ingressar no STF, Barbosa conduziu em plenário a condenação do principal ministro do primeiro mandato de Lula, o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, que foi quem o apresentou ao ex-presidente da República (leia mais na página 4). Relator do processo, Barbosa endossou a tese da Procuradoria Geral da República ao declarar que o PT montou um esquema de compra de apoio parlamentar ao governo Lula.
Embalado pelo julgamento do mensalão, que ontem chegou à 47ª sessão, Joaquim Barbosa iniciará a gestão à frente do STF acumulando nas próximas sessões as importantes funções de comandante da Corte e de relator do processo.
ElogiosNa avaliação do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, o julgamento deu uma visibilidade nunca antes experimentada pelo STF. "O Supremo recebeu um destaque perante as pessoas comuns. É um impacto extraordinário e uma visibilidade que antes não havia. O que eu mais ouço nas ruas são elogios ao STF e, em particular, ao ministro Joaquim Barbosa", destaca Nelson Calandra.
O jurista pondera, porém, que Barbosa precisará assumir uma postura de comandante e evitar embates, como os travados ao longo do julgamento com o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, que toma posse hoje na função de vice-presidente da Corte. "A cadeira do presidente vai exigir dele uma série de atitudes no sentido de evitar confrontos. O ministro Joaquim vai ter que agir de modo policiado, uma vez que a função é de coordenação."
Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, não há dúvida de que o Supremo se tornou muito mais popular diante do julgamento do mensalão, não somente pela atuação de Barbosa. "Acredito que não se possa endeusar a conduta dele nem mesmo minimizar de quem quer que seja. É uma Corte colegiada. A postura dele não pode ser individualizada", afirma. Segundo Cavalcante, as expectativas são otimistas em relação à gestão que se inicia hoje. "O ministro Joaquim tem mostrado compromisso com as causas públicas e esperamos que haja sempre o respeito mútuo com as entidades que compõem o sistema de Justiça."
"O Supremo recebeu um destaque perante as pessoas comuns. É um impacto extraordinário e uma visibilidade que antes não havia. O que eu mais ouço nas ruas são elogios ao STF e, em particular, ao ministro Joaquim Barbosa"
Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.
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(*) VAI LEVANDO (Chico Buarque).
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando A gente vai levando essa chama
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Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando".
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MST/SEM TERRA-DF [In:] NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PEDRA...
Protesto do MST bloqueia estradas
MST fecha três rodovias |
Autor(es): MARIANA LABOISSIÈRE e AMANDDA SOUZA |
Correio Braziliense - 22/11/2012 |
Os sem-terra fecharam ontem o acesso a Brasília pelas BRs 020, 040 e 080 para cobrar agilidade do GDF na reforma agrária.
Os manifestantes, oriundos de três acampamentos, atearam fogo a pneus para bloquear as BRs 020, 040 e 080. Segundo eles, a ação ocorreu porque o GDF teria rompido as negociações sobre a reforma agrária no DF
Três rodovias que cortam o Distrito Federal foram bloqueadas na manhã de ontem por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): as BRs 020, 040 e 080. Os manifestantes usaram pneus como barricada e atearam fogo neles. A ação, coordenada, envolveu, principalmente, pessoas de três acampamentos: 8 de março, em Planaltina; Canaã, em Brazlândia; e 22 de agosto, localizado próximo ao Catetinho. A confusão teve início por volta das 10h, quando os veículos foram impedidos de seguir caminho, provocando engarrafamento de 5km em cada rodovia. O trânsito foi desviado pela Polícia Militar e, à tarde, as pistas foram liberadas. O MST justifica a ação sob o argumento de que o Governo do Distrito Federal (GDF) rompeu as negociações sobre o avanço da reforma agrária no território. O Executivo nega as informações. Em nota, a Secretaria de Estado de Governo repudiou o ato do MST e o classificou como radical. Além disso, assinalou, em um dos trechos do documento, que os trabalhadores que lutam por espaço no campo “terão uma política de reforma agrária para atendê-los”. Neste ano, foi criado um Fórum Distrital de Política de Reforma Agrária, coordenado pela pasta. O propósito do espaço é servir de ponte para conversa entre os dois lados, algo analisado com desconfiança por parte dos integrantes do movimento. O coordenador estadual do MST no DF e no Entorno, Josenilton Rodrigues da Silva, acredita que o espaço tenha sido fundado para engessar o movimento. “Eles querem nos enganar para que fiquemos quietos, mas queremos que a reforma agrária continue na pauta e no cenário do DF”, pontuou. Outra reivindicação dos manifestantes refere-se à Ação de Reintegração de Posse da Fazenda Gama, onde localiza-se o acampamento 22 de agosto, próximo ao Catetinho. Os manifestantes posicionam-se contrários à determinação da Justiça para que o terreno seja desocupado e volte para as mãos da Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap). O prazo para saída do local se encerra em 1º de dezembro (Entenda o caso). Na área, de aproximadamente 4 mil hectares, estão acampadas cerca de 1,2 mil famílias. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 600 pessoas participaram da manifestação na BR-040 e outras 250, na 020. Na BR-080, aproximadamente 50 manifestantes estavam na ação, de acordo com a Polícia Militar. Paus e pedras O empresário Rodrigo Nascimento, 29 anos, foi um dos que passava pela rodovia, próximo ao Catetinho, no momento da manifestação. Segundo ele, o carro que dirigia, um jipe, era o primeiro da fila. Ele tentava seguir para Valparaíso, quando ocorreu o bloqueio. “Perguntei a um policial como podia chegar lá e ele me informou que teria de voltar e ir pelo Gama. Foi quando resolvi subir no canteiro central com o carro e dar meia volta. Tentei chegar ao retorno, mas nunca vi tanta gente correndo. Os sem-terra bloquearam a passagem também”, contou. “Decidi, então, subir novamente no canteiro. Cinco pessoas cercaram o meu carro, querendo me impedir, mas arranquei mesmo assim. Eles bateram várias vezes na lataria, mas consegui sair”, completou. Segundo o empresário, alguns manifestantes estavam com pedaços de paus e pedras nas mãos. O também empresário Reinaldo Fernandes, 32 anos, não teve a mesma sorte. Ele seguia de Planaltina para o Plano Piloto, quando encontrou a pista interditada na BR-020. Na tentativa de voltar para casa, acabou se acidentando. “Tentei voltar, mas os manifestantes pensaram que eu ia furar o bloqueio e correram atrás do meu carro. Não vi o outro veículo, acelerei de- mais e acabei batendo”, contou. O para-choque e o radiador ficaram danificados após o acidente. “O pior de tudo é saber que a PM poderia ajudar e não deu qualquer auxílio”, lamentou. Os profissionais da corporação informaram à reportagem que não prestaram socorro porque não estavam no local para fazer a segurança do trânsito. Desbloqueio No início da tarde, as vias começaram a ser liberadas. Às 13h30, a BR-080 já estava com o trânsito normalizado. Dez minutos depois, a barricada da BR-040, no sentido Valparaíso-Brasília, foi retirada. O sentido oposto só foi aberto para fluxo de veículos após a chegada de 45 policiais do Batalhão de Choque da PM, que tentaram negociar a retirada dos pneus com os manifestantes, o que aconteceu apenas por volta das 14h20. Às 15h, a BR-020 também foi desocupada pelos integrantes do MST. No local, eles fecharam quatro pontos de acesso ao trevo São Gabriel, no Km 33. |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Odair Cunha (MG) pediu indiciamento de 34 pessoas, entre elas Fernando Cavendish, ex-dono da Delta
Num movimento interpretado pela oposição como resposta do PT ao mensalão, o petista Odair Cunha (MG) sugeriu em seu relatório que o Conselho Nacional do Ministério Público avalie a atuação do procurador-geral Roberto Gurgel no caso Carlinhos Cachoeira. Ele também incluiu entre os 34 indiciados o chefe da sucursal da "Veja" em Brasília, Policarpo Júnior, e propôs responsabilizar 12 autoridades, entre elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foi poupado. O Ministério Público pediu novamente a prisão de Cachoeira. Ontem, uma comissão da Câmara reduziu poderes do MP. (Págs. 1, 3, 4, 11 e Merval Pereira)
Após uma madrugada de bombardeios em Gaza e um atentado a bomba num ônibus em Tel Aviv, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo mediado pelo Egito, seguido de negociações para o fim do cerco a Gaza. A trégua ocorreu após oito dias de conflito que deixou 160 palestinos e cinco israelenses mortos. Ambos os lados se disseram vitoriosos. Em Gaza, os estrondos deram vez a disparos para o ar e buzinaço, relata Fernando Eichenberg. O premier Netanyahu disse que o objetivo é alcançar um cessar-fogo prolongado. Já o líder do Hamas disse que "a aventura de Israel fracassou”. (Págs. 1 e 36 a 39)
O ministro Joaquim Barbosa, um dos oito filhos de um pedreiro que deixou Minas Gerais na década de 70 para tentar a sorte em Brasília, assume hoje a presidência da mais alta Corte do país. Ontem, em sessão já presidida interinamente por ele, foram estabelecidas penas de mais seis réus, entre eles o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que cumprirá pena de 12 anos e sete meses por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (Págs. 1 e 6 a 10)
Um mês após o agravamento da onda de violência em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) demitiu o secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto, e nomeou para o cargo Fernando Grella Vieira, ex-procurador-geral de Justiça.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que dados oficiais revelam que o total de casos de homicídios dolosos (intencionais) em outubro (150) quase dobrou em relação ao mesmo mês do ano passado (78) na capital.
A queda de Ferreira Pinto é atribuída à alta nas mortes, aos ataques pelo crime organizado, à dificuldade de diálogo com o governo federal, à perda de controle de setores da Polícia Militar e ao desgaste com a Civil.
Alckmin disse reconhecer “as dificuldades” por que passa o Estado. A Grande SP teve outra noite violenta, com 12 mortos. (Págs. 1 e Cotidiano)
Fotolegenda: O governador Geraldo Alckmin ao anunciar o novo secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, que assume hoje.
Ainda será necessária a votação em segundo turno na Câmara, antes de o texto ser enviado ao Senado.
O projeto, que abrange motoristas e babás, entre outros, dará direitos como adicional noturno, horas extras e limite de jornada.
Para empregadores, o custo mais alto levará a demissões. Analistas creem que as profissões se tornarão mais atrativas. (Págs. 1 e Mercado B1)
O texto, que vai a votação no Senado, exclui servidores e aposentados. (Págs. 1 e Poder A13)
Pelo acordo, intermediado pelo Egito e pelos EUA, as partes suspenderão as hostilidades. Israel se comprometeu a aliviar o bloqueio à faixa de Gaza.
Horas antes da trégua, uma bomba explodiu em um ônibus em Tel Aviv, ferindo 28 pessoas. (Págs. 1 e Mundo A14)
Recentemente, líderes do Partido Comunista advertiram contra a corrupção crescente no país. (Págs. 1 e Mundo A21)
O ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira vai substituir a partir de hoje Antonio Ferreira Pinto na Secretaria da Segurança de São Paulo com discurso de enfrentamento “dentro da lei” à atual guerra não declarada entre polícia e PCC. O novo secretário afirmou que vai “fazer aprimoramentos” na atual política de segurança. “Vou abrir a pasta à sociedade. Sei que o trabalho será duro e o momento é sério”, disse ao Estado. Com a mudança, o governo antecipou a divulgação dos dados de violência. Os casos de homicídios aumentaram 92% na capital ante outubro de 2011, passando de 78 para 150. No ano já são 1.157 assassinatos na cidade, mais do que em 2011 inteiro. “Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando”, disse o governador Geraldo Alckmin. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3 a C5)
Comando das polícias deve ser trocado
O novo titular da pasta da Segurança deve anunciar mudanças nas cúpulas das Polícias Civil e Militar. A principal deve ser a saída do delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro de Lima. "O secretário (Grella Vieira) vai avaliar essas questões. Ele terá total liberdade", afirmou o governador Geraldo Alckmin. (Págs. 1 e C3)
Marconi Perillo
Governador de Goiás
“O relator tem um único objetivo: me prejudicar politicamente, porque lá atrás eu fiz denúncia relativa ao mensalão”
Quem não pôde desmontar a “farsa do mensalão” tratou de montar a farsa da comissão no caso da CPI do bicheiro Carlos Cachoeira. (Págs. 1 e Nacional A6)
Intoxicados pela eficácia aparente das ações militares, os israelenses debilitam as fundações de segurança de seu próprio Estado. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Senadores não pagam impostos e jogam a conta do abuso no colo do contribuinte. (Págs. 1 e A3)
Esses números espelham um problema comum entre os exportadores, que não conseguem reaver de forma rápida os impostos recolhidos sobre insumos utilizados na produção de itens exportados (isentos de tributação). O crédito de PIS e Cofins é considerado acumulado quando não é usado para pagar tributos federais até três meses após a apuração. Depois desse prazo, a empresa pede o ressarcimento dos valores à Receita Federal. A devolução mais rápida do crédito acumulado de PIS e Cofins é um pleito antigo das empresas e voltou à pauta com a reforma que o governo federal promete fazer nas duas contribuições. (Págs. 1 e A3)
Gerdau disse que, "tecnicamente, a alternativa do governo está correta, mas o processo político não se esgota só pela tecnicidade". Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff está "absolutamente certa" ao determinar a antecipação, mas é "evidente que, como é uma medida muito forte, existem conflitos de interesse".
As ações da Eletrobras voltaram a cair fortemente ontem. Os papéis preferenciais recuaram 20,08%, com baixa de 51,5% no mês. (Págs. 1, B10 e C2)
A dependência das encomendas da Embraer, que vem reduzindo o volume de compra de peças no Brasil, e a falta de capacidade financeira para investir em novos projetos e tecnologias são apontadas como as principais causas para a situação crítica que ameaça a cadeia aeronáutica brasileira, formada por cerca de 120 empresas. (Págs. 1 e B6)
Na quarta-feira, o valor de mercado da New Oriental era de US$ 3,025 bilhões e o da Kroton, US$ 2,904 bilhões. Mas essa posição vem se alterando a cada fechamento de pregão. Há cerca de dez dias, a liderança era da brasileira. (Págs. 1 e B1)
Redução do superávit primário do setor público, incluídos Estados e municípios, deve superar R$ 40 bilhões. (Págs. 1 e A2)
Mansueto Almeida
Dados das contas públicas levantam dúvidas sobre a capacidade de o governo elevar investimentos e reduzir tributos. (Págs. 1 e A19)