PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, dezembro 18, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "GOOD TIMES"












[Chargistas: Novaes, Paixão, Amorim, Son, Lane, Pater].

GOVERNO LULA/BOLSA FAMÍLIA [In:] APENAS RETÓRICA?

Bolsa Família tem pouco impacto sobre saúde infantil, diz estudo

O Bolsa Família tem pouco impacto na saúde das crianças das famílias atendidas pelo programa, indica um estudo do Centro Internacional de Pobreza, instituição de pesquisa do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Segundo os autores do estudo, o programa eleva a demanda por serviços de educação e saúde porque exige que os pais mantenham os filhos na escola, cumpram o calendário de vacinação infantil e, no caso de mulheres grávidas, façam exames pré-natal. Por outro lado, essas necessidades nem sempre são atendidas porque, supõem os pesquisadores, nem todas as famílias têm acesso a uma boa estrutura de educação e saúde. "As nossas conclusões apontam que pelo lado da demanda, pode estar dando certo, mas o que pode não estar dando certo é a escassez de oferta e a falta da qualidade de serviço", afirma um dos autores, o economista Rafael Perez Ribas.
Por exemplo, uma porcentagem entre 70% e 80% das crianças de famílias inscritas no programa têm carteira de vacinação e, entre elas, nem todas estão com as vacinas em dia.
"Os dados nos levam a presumir que a cobertura de saúde para as famílias beneficiárias não é tão universal quanto se pensava." Ribas e outros dois pesquisadores do Centro Internacional de Pobreza, parceria do Pnud com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), analisaram dados de 2005 da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sage) do Ministério do Desenvolvimento Social. As comparações foram sempre feitas com famílias em situação de pobreza semelhante, mas excluídas do programa. Os números mostraram também que, embora o programa aumente a freqüência escolar, por exigir que as crianças das famílias beneficiárias freqüentem a escola, elas repetem mais de ano do que aquelas que estão fora do Bolsa Família.
Para Ribas, isso mostra que o grupo de crianças que antes deixava de estudar, por causa de dificuldades de aprendizado, agora está na escola, o que é positivo. Entretanto também expõe a falta de qualidade do ensino.
"Programas como o Bolsa Família não vêm para resolver o problema da qualidade da educação", afirma o economista. "O programa dá incentivo para a criança permanecer na escola e nisso cumpre a sua função. Mas é a qualidade do ensino que vai determinar a sua aprovação." "Falta uma integração de políticas entre os ministérios."
Os dados também indicam que o programa tem sido ineficaz no combate à desnutrição infantil na faixa dos 12 aos 35 meses de vida, a fase mais crítica do desenvolvimento da criança, em que o problema pode provocar conseqüências irreversíveis. "Nessa faixa, a diferença entre beneficiários e não beneficiários não existe", ressalta o pesquisador. "As orientações que deveriam ser dadas aos pais, de acompanhamento do peso, por exemplo, podem não estar sendo dadas." Para crianças até 12 meses, o efeito é positivo, ou seja, aquelas que são beneficiadas pelo programa estão menos sujeitas ao problema do que as que estão fora.
Ribas atribui o fenômeno a uma boa instrução das mães no período pré-natal e pós-parto, cuidado que, supõe, esteja sendo abandonado depois dos 12 meses da criança. Os economistas Fábio Veras Soares e Rafael Guerreiro Osório foram co-autores de Rafael Ribas no estudo, intitulado Avaliando o Impacto do Programa Bolsa Família: uma comparação com programas de transferência condicionada de renda de outros países. O Bolsa Família é comparado com os programas de transferência de renda do Chile (Chile Solidário) e do México (Oportunidades). Eles concluem, por exemplo, que o programa brasileiro é o menos eficaz dos três quando se analisa o impacto sobre os 10% mais pobres. "Destinam, respectivamente, 36% e 37% do total das transferências para esse grupo, contra 33% do Bolsa Família", diz o estudo. Segundo o trabalho, porém, o programa brasileiro tem o melhor desempenho quando é considerado o volume total de transferências.
Apesar das ressalvas, os pesquisadores concluem que o Bolsa Família está cumprindo os seus objetivos de transferir renda e diminuir a proporção de pobres no país e destacam que os três programas de transferência de renda tiveram "excelente desempenho" na seleção dos beneficiários. Eles também contestam críticas de que o Bolsa Família desestimula os beneficiários a trabalhar. Segundo o estudo, os adultos que eram atendidos pelo programa em 2005 tinham uma participação vezes 2,6 maior na força de trabalho em relação aos que estavam fora do programa.
da BBC Brasil, Folha Online. 18/12.

OPOSIÇÃO & SITUAÇÃO: QUALQUER SEMELHANÇA...


Apesar do barulho que ecoou no final de semana e foi repisado nesta segunda-feira (17), não passa pela cabeça das principais lideranças da oposição negar ao governo a DRU. Em privado, os mandachuvas do PSDB e do DEM dão de barato que o mecanismo de desvinculação das receitas da União será aprovado até quinta-feira (20). Criada sob FHC, a DRU permite ao governo dispor livremente de 20% de todas as verbas que a Constituição vincula a setores determinados. Coisa próxima de R$ 90 bilhões -usados, em parte, para pagar os juros da dívida pública e assegurar o superávit fiscal do governo. Nesta terça-feira (18), Romero Jucá (PMDB-RR) começa a procurar os líderes oposicionistas, para rogar-lhes que não levem adiante a ameaça de empurrar com a barriga a DRU, ainda pendente de um segundo turno de votação. Lero vai, lero vem, Jucá será atendido. Os líderes da oposição aproveitam a ocasião pra espicaçar o governo, lembrando ao Planalto que, no Senado, sua maioria é frágil. Mas, em privado, esses mesmos líderes compartilham da tese de que seria um erro privar Lula também da DRU. Acham que ofereceriam ao presidente o argumento que lhe falta para pespegar nos adversários o carimbo de irresponsáveis, alheios à necessidade de preservar o equilíbrio financeiro do Estado. Foi por essa razão, aliás, que a oposição concordou em apartar a DRU da CPMF. Enterrou-se a segunda. Mas preservou-se a primeira. Foi aprovada em primeiro turno com o conveniente auxílio de 15 votos oposicionistas.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1812.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

FIFA. O suntuoso Palácio da Ópera de Zurique foi fechado, ontem à noite, para uma festa brasileira. O protagonista Kaká encerrou seu ano perfeito com mais um prêmio, o de melhor jogador de 2007 em eleição da Fifa. E viu Marta triunfar entre as mulheres (veja na pág. 2), Buru - campeão mundial com a seleção no Rio - ser escolhido o número 1 do futebol de praia e Pelé ser homenageado pela entidade - e aplaudido de pé pelo público. A noite só não foi brasileira no clima. Os termômetros apontavam 2 graus negativos durante a cerimônia. Nada, no entanto, que afetasse a alegria dos premiados. Sobretudo de Kaká. O meia do Milan termina o ano como maior nome do futebol mundial, sem concorrentes. Foi escolhido o melhor pela revista France Football, pela World Soccer, pela Uefa e, ontem, pela Fifa. E ganhou a Copa dos Campeões da Europa e o Mundial de Clubes com atuação de respeito.

Eduardo Maluf e Jamil Chade. Estadão, 1812/.

Jade e Thiago Pereira: os melhores de 2007. A ginasta Jade Barbosa e o nadador Thiago Pereira são os grandes vencedores do prêmio Brasil Olímpico de 2007. Os dois foram eleitos pelos internautas brasileiros como os melhores atletas do ano de 2007. Jade (51,6% dos votos) e Thiago (56,5%) derrotaram, respectivamente, Fabiana Murer (9%) e Marta (39,4%), no feminino, e Tiago Camilo (14,6%) e Diego Hypolito (28,9%), no masculino. O prêmio foi entregue nesta segunda-feira, em cerimônia realizada no tradicional Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na qual foi lançada a logomarca da candidatura do Rio de Janeiro a sede das Olimpíadas de 2016.

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL225887-4271,00.html

Odepa confirma doping de Rebeca no Pan. Em comunicado emitido nesta segunda-feira na Cidade do México, a Odepa (Organização Desportiva Pan-americana) confirmou o doping da nadadora brasileira Rebeca Gusmão nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, além de outros três atletas: do halterofilista brasileiro Fabrício Mafra; do ciclista colombiano Libardo Niño e do jogador nicaragüense Pedro Wilder Rayo. Todos tiveram suas medalhas suspensas

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL225997-4271,00.html

Anatel leiloa hoje o serviço do celular da terceira geração. Uma nova tecnologia vem aí: 3G. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza nesta terça-feira (18) a licitação das faixas de freqüência destinadas aos celulares de terceira geração. Na prática, a inovação vai permitir que duas pessoas conversem e se vejam através de uma ligação telefônica. Parece ficção científica, mas é a próxima geração do celular. (...) A velocidade de conexão à internet é a principal vantagem da tecnologia 3G. Com ela, o celular irá acessar a rede com a mesma rapidez de um computador conectado à banda larga. E, com a velocidade maior, as operadoras vão poder oferecer novos serviços. “Espera-se que as taxas variem entre 256 k e 1 MB. É o suficiente para o usuário acessar uma série de aplicações de áudio, vídeo, conteúdo”, diz o analista Alex Zago.

Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 18/12.

Fidel sinaliza que pode deixar cargo e cita Niemeyer. O ditador de Cuba, Fidel Castro, sugeriu nesta segunda-feira que não tem apego ao poder e não pretende obstruir novas lideranças em Cuba, segundo uma carta divulgada nesta segunda-feira, em que ele cita o arquiteto Oscar Niemeyer. "Meu dever elementar não é apegar-me a cargos, ou muito menos obstruir a chegada de pessoas mais jovens [ao poder], e sim aportar experiências e idéias, cujo modesto valor procede da época excepcional que me coube viver", escreveu o ditador cubano em uma mensagem lida pelo apresentador do programa Mesa Redonda Informativa da TV Cuba.
Afastado do poder desde julho de 2006 devido a um problema de saúde, Fidel disse que concorda com o pensamento do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer de que "é preciso ser conseqüente até o final".
da France Presse, em Havana.1812.

GOVERNO LULA/IMPOSTOS: "VOCEIS PENSAM QUE NÓIS FUMOS EMBORA..." (*)

Governo quer reaver R$ 12 bi com três tributos

O pacote em estudo pela equipe econômica do governo para compensar o fim da CPMF traz um aumento das alíquotas de três tributos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), informa nesta terça-feira reportagem da Folha (conteúdo disponível para assinantes do UOL e do jornal). A receita gerada pelos reajustes está prevista em R$ 12 bilhões em 2008. A proposta --elaborada para cobrir o rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento da União com o fim da CPMF a partir de 2008-- será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã (19), no Planalto. Outras medidas em estudo projetam cortes de gastos em torno de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões. Desse total, cerca de R$ 6 bilhões viriam da economia com a folha de pagamento dos servidores. Lula deve começar a discutir ainda hoje essas idéias com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) no vôo de retorno de Montevidéu (Uruguai), onde os três participam de reunião do Mercosul.
No cálculo dos R$ 12 bilhões a serem obtidos com o aumento de alíquotas de IOF, IPI e CSLL já está descontada a parcela que a União tem de transferir a Estados e municípios.
Folha Online. 1812.
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(*) Adoniran Barbosa - "Ói Nóis Aqui Traveis". Geraldo Blota e Lourival Peixoto. "Voceis pensam que nóis fumos embora/Nóis enganemos voceis/Fingimos que fumos e vortemos /Ói nóis aqui traveis/Nóis tava indo/ Tava quase lá/E arresorvemo/Vortemos prá cá/E agora, nóis vai ficar fregueis/ Ói nóis aqui traveis".

MERCOSUL E/OU UNIÃO EUROPÉIA? NOVOS TEMPOS?

Negociação entre Mercosul e UE deve recomeçar em maio de 2008

Congeladas nos últimos dois anos, as negociações de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia (UE) devem voltar à mesa a partir de maio de 2008. Ontem, em um gesto destinado a enfatizar a "vontade política" do bloco europeu para a retomada das negociações, a Comissão Européia despejou 50 milhões (US$ 72,2 milhões) em projetos para o fortalecimento institucional do Mercosul. A iniciativa foi complementada com uma declaração conjunta sobre a cooperação entre os blocos até 2013, assinada pelo comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, o espanhol Joaquín Almunia, e o chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano. O impulso de Bruxelas em direção ao Mercosul acontece em um momento de estagnação das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de ceticismo em relação à possibilidade de conclusão desse acordo multilateral até o fim de 2008. Ocorre também logo depois do fracasso da tentativa européia de iniciar negociações sobre livre comércio com a África, na Cúpula de Lisboa, no último dia 9 - e em um ambiente livre do contrapeso de outra discussão importante do Mercosul na área comercial, como era a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), abortada em novembro de 2005. Em princípio, as áreas técnicas do Mercosul e da UE deverão se reunir em março para tratar do possível relançamento das negociações em maio, às margens da reunião ministerial América Latina-União Européia. A UE, no entanto, não deverá fazer nova proposta, segundo se informa em Bruxelas. Na declaração assinada ontem, oportunamente foi destacado o fato de a União Européia ser o maior sócio comercial do Mercosul, com um fluxo de US$ 86,7 bilhões em 2006 e superávit de US$ 52,0 bilhões para o bloco. "Queremos fazer disso uma realidade a partir de maio de 2008. Há dificuldades, como em toda negociação importante, mas com boa vontade podemos superá-las", disse Joaquín Almunia. "A chave do futuro pode estar em que europeus e sul-americanos nos entendamos econômica e politicamente para influir no mundo. A América do Sul é o continente da esperança, e só o que pode frustrá-la é a nossa incompetência", acrescentou o chanceler Gargano. A primeira dificuldade, entretanto, é a falta de confiança do Mercosul nos negociadores da UE. Apesar das reiteradas declarações em favor da retomada desse processo, o negociador-chefe europeu, o alemão Karl Falkenberg, teve seus métodos criticados pelos seus pares do Mercosul. Mas continuará no posto e deverá ser encarregado da tentativa de engrenar as discussões. Numa das discussões delicadas que levaram ao congelamento das negociações, em 2005, Falkenberg propusera a adoção de uma cota aparentemente maior para os embarques de carne bovina do Mercosul para a UE. No detalhamento, os negociadores do Mercosul perceberam que a bela proposta não passava de uma armadilha - quanto maior a exportação em um ano, menor a cota do Mercosul no ano seguinte.
Conflitos na OMC
A ausência de regras comuns no Mercosul sobre defesa comercial e sobre investimentos levou a Argentina a abrir uma controvérsia contra medidas antidumping aplicadas pelo Brasil sobre as resinas PET que fabrica A Organização Mundial do Comércio (OMC) contrariou a decisão do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, que determinara ao Brasil suspender as barreiras à importação de pneus usados do Uruguai. O Brasil propõe a criação de uma política comum no bloco sobre o tema. Passados 17 meses da assinatura do protocolo de adesão ao Mercosul, a Venezuela não terá direito a voto nas reuniões até os Congressos do Brasil e do Paraguai aprovarem o protocolo. O país não concluiu negociações de sua adequação às normas do bloco e da liberalização do comércio com Brasil e Argentina até 2014 Chávez não desistiu do projeto de reforma constitucional, mesmo após o referendo que o rejeitou. Isso levanta suspeita sobre a adequação do país à Cláusula Democrática do blocoHá dois anos, o Mercosul faz vista grossa ao conflito entre Argentina e Uruguai em torno da fábrica de celulose instalada no município uruguaio de Fray Bentos, sobre o Rio Uruguai, que divide os dois países. O caso está na Corte Internacional de Justiça de Haia. A mediação da Espanha não surtiu resultado e os piquetes continuam a bloquear a fronteira. Cristina acirrou a crise que seu antecessor e marido, Néstor Kirchner, arrastava. No discurso de posse, atacou Vázquez. A Argentina exige o desmantelamento da fábrica, alegando que sua construção viola o Tratado do Rio Uruguai.
A CRISE DE CADA UM
Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva. Derrotado no Senado, em sua tentativa de prorrogar a cobrança da Contribuição Social sobre a Movimentação Financeira (CPMF), terá de fazer um corte no Orçamento de 2008 para compensar a perda de R$ 40 bilhões.
Argentina
Cristina Kirchner. Empossada no último dia 10, a presidente já está às voltas com um escândalo de corrupção em sua campanha eleitoral, o caso da maleta, e com conflitos com lideranças sindicais.
Paraguai
Nicanor Duarte. Frutos Às vésperas da eleição presidencial (abril), amarga um fim de mandato sem nenhuma garantia de vir a fazer seu sucessor UruguaiTabaré Vázquez A coalizão de centro-esquerda que o apóia não o autoriza a negociar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Venezuela
Hugo Chávez. Derrotado no referendo sobre sua proposta de reforma constitucional, se vê diante da queda da produção de petróleo e da suspeita de ter financiado a campanha de Cristina Kirchner, no caso da maleta .
Chile
Michele Bachelet. Seu governo socialista mostra-se fragilizado pelas recorrentes revoltas estudantis e greves no setor de transportes.
Bolívia
Evo Morales. É personagem ausente nesta reunião de cúpula do Mercosul, por causa dos conflitos políticos internos, acentuados pelo processo de aprovação da nova Constituição e pelos movimentos separatistas em cinco Estados.
DECISÕES ESPERADAS
Acordos comerciais.
O acordo de livre comércio com Israel, que prevê a liberalização total das trocas bilaterais até o fim de 2017, será fechado hoje. A União Européia doou ontem 50 milhões ao Mercosul e reiterou "vontade política" de retomar negociações sobre o livre comércio, congeladas desde 2005.
Dupla tributação da TEC
Ficará para dezembro de 2008. Itens relevantes, como a formação do Código Aduaneiro do Mercosul e a maneira como se dará a partilha da tarifa de importação, continuam a gerar pesadas discussões.
Fundo para pequenas e médias empresas
Desde julho passado, o Mercosul tenta criar as regras para um fundo de apoio para esses setores empresariais. O tema ficará para 2008.
Focem
Criado no ano passado, o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul aprovou 16 projetos para a redução de assimetrias econômicas, que serão financiados por um caixa de US$ 125 milhões. Até agora, foram liberados apenas US$ 5 milhões, para dois projetos Integração de cadeias produtivas Será criado um grupo para tratar da integração da cadeia automotiva, de petróleo, de desenvolvimento de negócios à margem de estradas históricas e de discussão empresarial
Estadão, Denise Chrispim Marin, Ariel Palacios e Jamil Chade. 1812.

LULA/MORALES: OS NEGÓCIOS VÃO BEM, OBRIGADO!!!

Brasil vai investir US$ 1 bi na Bolívia


Com a promessa de investimentos de até US$ 1 bilhão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que Brasil e Bolívia iniciam "uma nova fase em suas relações", estremecidas com a nacionalização dos ativos da Petrobrás, em maio de 2006. Em cerimônia para assinar nove acordos de cooperação, Lula e o presidente da Bolívia, Evo Morales, trocaram afagos e se comprometeram a aprofundar a integração entre os dois países. Em seu discurso, o presidente brasileiro defendeu sua atuação após a tomada das unidades da Petrobrás. "Esses acordos respondem àqueles que pregavam o distanciamento, o congelamento das relações. Respondem àqueles que defenderam o enfrentamento. Nós respondemos com a cooperação", disse Lula. Para o presidente, o Brasil tem obrigação de ajudar a Bolívia, para "reduzir as assimetrias na região". "Vejam a União Européia: quantos bilhões de euros não foram gastos para ajudar Espanha, Portugal e Grécia a crescerem?" Os acordos no setor de petróleo foram fechados no último momento, com algumas reviravoltas nas reuniões realizadas durante o fim de semana. Depois de rejeitar a proposta brasileira, os bolivianos voltaram atrás, em reunião liderada por Lula. Estava em jogo o destino do gás produzido em novos projetos da Petrobrás. A estatal conseguiu incluir uma cláusula que lhe garante o direito de vender a maior parte da produção ao exterior, a preços mais atrativos, enquanto os bolivianos queriam priorizar o mercado interno, onde os preços são subsidiados. Embora o volume de recursos anunciados gire entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, a Petrobrás vai investir, no início, pouco menos de US$ 300 milhões: US$ 260 milhões na expansão dos campos de San Alberto e San Antonio e outros US$ 36 milhões na perfuração de um poço exploratório no bloco de Ingre. O restante dos recursos prometidos, porém, depende dos resultados da atividade exploratória, disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli. Petrobrás e a estatal local YPFB vão se unir ainda na busca por petróleo em três blocos pertencentes aos bolivianos, com a possibilidade de criação de uma empresa para desenvolver os projetos. Em tom mais ameno do que o adotado desde que assumiu, Evo Morales disse que nunca pensou em expulsar as companhias brasileiras. "Nós precisamos de vocês", afirmou, dirigindo-se a Gabrielli. "Mas queremos sócios, não patrões", repetiu.O presidente boliviano frisou que vai garantir a rentabilidade de novos investimentos no país. "Sabemos que qualquer investimento tem de ser retorno. Não só retorno, tem de ter direito ao lucro. Vamos garantir e respeitar qualquer empresa que queira atuar aqui."
Estadão, Nicola Pamplona. Foto capa edição. 1812.