PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, junho 12, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''-- ACORDA ALICE!'' *

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(*) Bordão personagem televisivo de Jô Soares.
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''-- CRISE? ONDE É QUE ESTÁ A CRISE?''


A república do benjamim



Autor(es): Roberto P. d'Araujo
Valor Econômico - 12/06/2013
 

Convido o leitor a uma "viagem" pelo setor elétrico brasileiro, mostrando que, mesmo nesse segmento onde o Brasil tem óbvias vantagens, dominam os nossos típicos improvisos e incoerências. Como personagem principal, o nosso benjamim, esse adaptador de tomadas que tem seu nome ligado a Benjamim Franklin, um dos pioneiros da eletricidade e que, certamente, nada tem a ver com o artefato. Seja o próprio ou como metáfora, o benjamim domina o nosso setor.
O Brasil fez uma rígida reforma nas suas tomadas exigindo um padrão "mais seguro", objetivo que não deve ser criticado. O erro foi a forma afobada da mudança, como se estivéssemos perante uma epidemia de choques elétricos. 
Adotamos conectores embutidos e até um terceiro pino para aterramento, que, por enquanto, vai gerar o "pino nada", pois a maioria das residências não tem a fiação necessária para essa função. 

Para o júbilo dos fabricantes e irritação dos consumidores, implantou-se um design incompatível com todos os modelos existentes, e, de repente, nos vimos obrigados a comprar adaptadores e benjamins para "darmos um jeito", o que nos deixa na mesma situação anterior.

Para que a vida útil se estenda e as usinas fiquem como novas, as concessionárias têm que manter investimentos
Nos postes de distribuição, são comuns os emaranhados de fios, mesmo em bairros de classe alta. Em ligações elétricas, como nos benjamins, qualquer contacto ou dimensionamento mal feito gera perdas por calor. 
Portanto, não se trata apenas de estética e segurança, pois alguns kWh"s ficam por ali. Nesses "novelos" pode haver o "gato", mas, como a energia roubada ou perdida é cobrada de quem paga a fatura, o assunto fica em segundo plano. No Brasil, fora os apagões, mais de 15% dos kWh"s ficam pelo caminho. Uma redução de perdas significaria mais eficiência, segurança e tarifas menores. Mas o recente desconto foi meramente contábil e nem aquele atabalhoado rigor que se viu nas tomadas se vê nos postes.
Nosso sistema de transmissão tem um papel integrador muito mais amplo que as redes de outros países, pois leva grandes quantidades de energia de uma região para outra, reorganizando o estoque dos reservatórios. Não há similar no mundo. Com essa função, imagina-se um sistema o mais homogêneo, compatível e monitorado possível, pois qualquer anomalia pode causar interrupções de grande porte. Mas, surpresa! A nossa rede tem múltiplos donos. Por exemplo, a subestação Colinas no Tocantins abriga nada mais nada menos do que linhas de seis diferentes empresas, com equipamentos, tecnologia e equipes desiguais! Vejam a semelhança da inconsistência de padrões, pois é como se fossem "benjamins" de alta tensão.
Enfim, chegamos às usinas. Para reduzir tarifas, abdicando de qualquer aumento de eficiência no mundo real, a opção das autoridades foi a de impor mágicos descontos, um festival de "benjamins" na contabilidade do setor. Se valesse o que está registrado, alguma redução seria possível, mas não no nível prometido. Tal qual o adaptador de tomadas, uma nova contabilidade "deu um jeito", resultando numa redução de 70% na receita da Eletrobras.
Já ultrapassamos a fase de lamentar a sequela na estatal, que definha sem cerimônia admitindo perda de R$ 1 milhão por hora. Trata-se de lembrar que, em qualquer país, o regime que garante a redução de tarifas via amortização é o de serviço pelo custo. Era o que valia no Brasil até 1995 e, se não tivesse proporcionado modicidade, a tarifa de então não seria a metade da atual em termos reais. Mas, seguindo a moda da década, ele foi banido pela lei 8987/95 que implantou o modelo de "mercado", onde o preço nada tem a ver com estágio de amortização. Ora, se o governo está assustado com o encarecimento, porque o manteve na sua "reforma" de 2004? Agora, como na troca das tomadas, numa súbita "meia volta, volver" perante um consumidor que entende cada vez menos o que ocorre, o "benjamim" contábil faz os dois regulamentos, de princípios distintos, repartirem o mesmo sistema, mais um ineditismo brasileiro.
Sob a filosofia do "benjamim metafórico", as empresas passam a ser meras "empreiteiras" de operação e manutenção (O&M), perdendo a iniciativa de investir, pois, qualquer despesa que não for classificada como tal terá que ser autorizada pela Aneel. Por outro lado, com um orçamento voltado para seu "umbigo", a usina também deixa de participar da vida da empresa, que, tendo uma inserção na sociedade, não se limita a gerar e transmitir energia. Figurativamente, é como se as usinas fossem "benjamins" nas empresas.
Usinas não são como tomadas e não precisam ser trocadas porque duram muito. Mas, para que a vida útil se estenda e ela fique como nova, as concessionárias têm que manter investimentos. Ora, se a amortização insuficiente faz o lucro extrapolar, ou se geram recursos para construir novas usinas ou a tarifa é reduzida. É assim em sistemas de matriz semelhante, onde antigas hidrelétricas são "velhas senhoras", mas não sofrem a "laqueadura" que a política adotada vai impor. As nossas "velhas senhoras" nunca vão gerar "novas meninas".
O que é grave nisso tudo é o modo adaptado e improvisado com que se fazem as políticas públicas no país. O benjamim é um ícone do nosso setor, pois tal e qual a mudança brusca das tomadas, quando os consumidores "se viram" com adaptadores, um artifício contábil também "dá um jeito" para nos convencer que o setor ficou mais eficiente e mais barato.
A eletricidade brasileira, além de cara, tem o suprimento arriscado. Como último sintoma de que a situação não é tranquila, além das térmicas à toda, as bandeiras tarifárias vêm insinuar que o consumidor é culpado pelo esvaziamento dos reservatórios.
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O ÓPIO DO POVO ("Por que parou? Parou por quê?)


Imagine na Copa...



Autor(es): Edson Luiz
Correio Braziliense - 12/06/2013

Às vésperas do primeiro jogo do Brasil na Copa das Confederações, que será realizado sábado, em Brasília, começamos a ver certa modificação na rotina da cidade. Acostumada à falta de grandes eventos na capital da República, a população parece ter mudado de ideia quanto aos investimentos aqui feitos para a competição, a primeira oficial da Fifa em território brasileiro, desde 1950, quando sediamos a Copa do Mundo e perdemos para o Uruguai, em pleno Maracanã. E tomara que isso não aconteça de novo.
Mas, voltando a Brasília, a cidade está bem diferente a poucos dias da estreia da Seleção de Felipe Scolari. Há um clima de expectativa no ar, a gente sente certa ansiedade e até o comércio parece estar mais movimentado, apesar de que teremos menos de 400 estrangeiros neste sábado, no Estádio Nacional Mané Garrincha. 
Mesmo assim, quem não comprou ingresso para assistir ao jogo deve estar arrependido, como eu. 
Se achávamos que seria mais uma atração sem graça, quebramos a cara. Realmente a primeira competição da Copa das Confederações está fazendo a diferença, assim como o primeiro jogo da Fifa, entre Santos e Flamengo.
Há tempos não víamos um clima tão diferente na capital federal. Seja onde for, o assunto é futebol, é Seleção Brasileira, é a estreia do país na competição. E, com o passar dos dias, a expectativa e a ansiedade vão aumentar cada vez mais, inclusive para o comércio, que já começa a vender produtos relacionados ao time canarinho. Os bares reservam televisores para quem não vai ao estádio, mas quer ver nossa Seleção. E nas repartições públicas, por exemplo, o que mais se espera é a chegada do fim de semana.
Muitas críticas foram feitas em relação aos investimentos milionários feitos para sediarmos alguns jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, mas parece, pelo clima da cidade, que muita gente quebrou a cara. Quem sai às ruas nota que há algo festivo no ar. Depois de passar por várias crises políticas, parece este ser o melhor momento da capital do país. E olhe que é apenas um jogo. Imagine na Copa...
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COPA/ELEIÇÕES 2014 [In:] UM ''DIA DOS (ETERNOS) NAMORADOS" ?


A um ano da Copa: País só tem seis estádios prontos



Em câmera lenta


O Globo - 12/06/2013
 
A contar de hoje, falta um ano para o início do Mundial de 2014. Mas, das obras prometidas país afora, só os seis estádios onde haverá jogos da Copa das Confederações estão prontos
Participaram: Carolina Oliveira Castro, Danielle Nogueira, Ezequiel Fagundes, Felipe Benjamin, Letícia Lins e Victor Costa
A um ano exato do início do Mundial no Brasil (a abertura será em 12 de junho de 2014), entre as obras prometidas país afora para a competição, as únicas já concluídas são os seis estádios onde haverá jogos da Copa das Confederações, evento considerado um ensaio geral para o grande evento do ano que vem. Das intervenções anunciadas para melhorar a mobilidade urbana e os aeroportos das 12 cidades-sede da Copa, nenhuma está pronta. A maioria teve prazos estendidos.
O Aeroporto Galeão-Tom Jobim, por exemplo, pode ser considerado um símbolo do atraso. Há dois meses, passageiros que precisam sair do Terminal 2 para conexões no Terminal 1, ou vice-versa, têm sido obrigados a contornar o aeroporto por fora, pois a passagem está bloqueada por tapumes. Apesar disso, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, que inspecionou as obras do aeroporto na manhã de ontem, diz que o Galeão, embora longe do ideal sonhado para 2014, "está preparado para a demanda da Copa das Confederações". Segundo ele, uma passagem alternativa será aberta pela Infraero para que os usuários não precisem mais sair do aeroporto ao passar de um terminal para o outro.
As obras do Setor A, o de acesso ao corredor entre os dois terminais, devem ser concluídas "até setembro", segundo a Infraero. As do B, até abril de 2014. As do C, só depois da Copa, em novembro de 2014. A diretoria da Anac já inspecionou os aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas), Confins (MG), Recife e Salvador. Hoje, as inspeções seguirão nos aeroportos das cidades onde haverá jogos da Copa das Confederações. Somadas, as obras nos aeroportos das cidades-sede vão custar mais de R$ 6,7 bilhões.
Confins é um dos que mais preocupam. Dados disponíveis no portal de obras da Copa mostram que o aeroporto mineiro corre risco até de não ficar pronto para o Mundial. De janeiro a abril, o terminal recebeu apenas 5,5% da verba prevista. Com R$ 217,7 milhões em recursos totais para 2013, a adequação do aeroporto, o quinto mais movimentado do país, é a principal obra da Infraero em termos financeiros. Porém, no primeiro quadrimestre, só R$ 11,9 milhões foram investidos.
Os problemas vão além dos aeroportos. Nem se fala mais no trem-bala Rio-São Paulo, por exemplo. O projeto dorme nas gavetas da burocracia de Brasília. No Rio, o chamado BRT Transbrasil não ficará pronto para a Copa. A licitação será aberta amanhã, e o prazo para conclusão será de 30 meses. Ou seja: só no primeiro semestre de 2016, dois anos depois da Copa e a poucos meses das Olimpíadas, o corredor expresso que ligará Deodoro ao Aeroporto Santos Dumont deverá estar pronto.
Ainda no Rio, os corredores Transcarioca (Barra-Galeão) e Transolímpico (Barra-Deodoro) precisam ficar prontos em dezembro. Pelo cronograma, a Linha 4 do metrô só será concluída em 2016. A desculpa oficial é a de que, no Rio, as intervenções para a Copa e para os Jogos de 2016 se misturam, e os prazos, também.
Belo Horizonte também pena com o atraso nas intervenções viárias para viabilizar o Transporte Rápido por Ônibus, o BRT. São três corredores. O mais adiantado tem 51% das obras concluídas. Apesar de vários atrasos, a prefeitura promete entregar a obra no fim do ano. Os primeiros testes, no entanto, serão feitos só no início de 2014. Em maio, uma estação do BRT teve de ser demolida por causa de um erro de cálculo.
Ainda em Belo Horizonte, as obras na Avenida Pedro II, umas principais da cidade, aparecem no portal da transparência com percentual de conclusão de 2%. A Via 710, que corta sete bairros, foi até retirada das obras da Copa por causa de adequações no projeto. Problemas nas desapropriações já levaram muitos casos à Justiça. Outro corredor importante, a Via 210, está com previsão de término até o fim do ano, apesar de faltarem 60% da obra. O sistema de gerenciamento eletrônico do trânsito está com 42% de percentual de conclusão. Com orçamento de R$ 234 milhões, o chamado Boulevard Arrudas, na região nordeste de Belo Horizonte, até foi liberado mês passado para circulação de veículos. Mas a obra é considerada inacabada no balanço oficial.
Em Manaus, onde nem o estádio está pronto (faltam mais de 30% das obras), a previsão é de problemas de mobilidade urbana durante a Copa. Um monotrilho que ligaria boa parte da cidade foi cancelado após irregularidades no edital e falhas nos projetos básicos. Isso numa cidade onde o transporte público já é ruim. Há a promessa de que o Aeroporto Brigadeiro Eduardo Gomes fique pronto até dezembro. Mas, por enquanto, é só uma promessa. A obra é orçada em R$ 394 milhões.
No Sul, há problemas nos projetos de mobilidade urbana em Porto Alegre. Muitas obras começaram tarde demais. A duplicação da Avenida Moab Caldas, orçada em R$ 156 milhões, considerada fundamental, só deve estar pronta em maio de 2014, às vésperas da Copa. A ampliação das pistas do Aeroporto Salgado Filho está em execução, com previsão de conclusão em dezembro, ao custo de R$ 228,3 milhões. Assim como a reforma dos terminais de passageiros, que ficaria pronta este mês, mas foi adiada para dezembro. Até lá, terá consumido R$ 345,8 milhões.
Corta para o Nordeste. Em Salvador, a ampliação do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, que vai custar R$ 45 milhões, deveria estar pronta este mês. Mas o prazo foi estendido para dezembro. Em Natal, obras importantes como a da Avenida Engenheiro Roberto Freire só ficarão prontas em maio de 2014. A conclusão do Aeroporto São Gonçalo do Amarante é prometida para novembro, ao custo de R$ 557 milhões.
Em Recife, a situação é pior. Se a Copa começasse hoje, o torcedor iria comer o pão que o diabo amassou para chegar à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a 22km da capital. Os acessos deixam a desejar. O metrô não dá conta, e o trânsito ficou congestionado nos dias de jogos-teste. A Estação Joana Bezerra, a principal para quem vai de metrô do Centro ou da Zona Sul (onde se concentra a imensa maioria dos hotéis), é, na verdade, um espanta-visitas: suja, com lixo nas calçadas, poluição sonora, escadas rolantes quebradas e sem banheiros.
A preparação de Pernambuco para o Mundial está custando mais de R$1,5 bilhão só em obras para melhorar a mobilidade. Desse total, R$ 700 milhões foram investidos em preparativos para a Copa das Confederações. Se não está bom agora, imagina na Copa.

... E DEPOIS DA COPA?


'A Copa vai gerar 3,6 milhões de empregos', afirma Aldo Rebelo


Autor(es): Almir Leite
O Estado de S. Paulo - 12/06/2013
 

Para ministro, maior dificuldade é convencer que o Brasil tem condições de realizar grandes eventos

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não se abala quando escuta alguém dizer que ainda há muito para o Brasil fazer até a Copa do Mundo. A um ano de a bola rolar, ele defende que todos os preparativos estão bem encaminhados, seja em relação aos estádios, ao entorno deles e mesmo aos aeroportos, considerados o calcanhar de aquiles do País. Aldo, ao Estado, diz que a maior dificuldade é convencer os eternos pessimistas e críticos contumazes de que o Brasil tem condições de realizar grandes eventos como o Mundial. E garante que a Copa das Confederações vai mostrar os ajustes que o País tem de fazer até 2014.

ESTADO – A um ano da Copa, qual o seu balanço em relação aos preparativos do Brasil?
ALDO REBELO – No sábado, teremos a abertura da Copa das Confederações, o teste definitivo da preparação do País para a Copa. Esse evento-teste para a Copa 2014 vai se realizar de acordo com o que o governo se comprometeu a fazer e de acordo com a expectativa da Fifa. O mesmo vai acontecer em relação à Copa. O Brasil estará pronto, com razoável antecedência, para sediar o maior evento esportivo do planeta.

ESTADO – Balanço divulgado recentemente pelo próprio governo dava conta de que apenas 25% das obras para a Copa estavam concluídas. Vai dar tempo de aprontar tudo?
ALDO REBELO – Temos obras relacionadas diretamente com a realização do torneio e obras que, mesmo sendo importantes, não têm reflexos diretos sobre os jogos, a recepção às delegações e aos turistas. Já temos seis estádios prontos e os outros seis serão inaugurados até dezembro deste ano. No entorno dos estádios, as obras, ou estão prontas, ou estão em fase avançada. A Fifa já certificou dezenas de centros de treinamento para serem usados pelas seleções. Nossos aeroportos estão em reforma e terão capacidade de atendimento dobrada em relação à expectativa de demanda durante a Copa. O sistema de telecomunicações terá as condições exigidas para o enorme volume de transmissão durante a Copa. Outras obras, tratadas como obras para a Copa, são coisas que estavam previstas e são necessárias não em função torneio, mas por causa das exigências do desenvolvimento do País. E o governo está fazendo o esforço máximo para que fiquem prontas.

ESTADO – Qual a principal dificuldade neste momento em termos de organização da Copa?
ALDO REBELO – Os mais pessimistas, ou os que criticam sempre, diriam que a nossa maior dificuldade é com o time que vai disputar a Copa. Lembro que até a seleção de 1970 viajou para o México meio desacreditada. Eu não penso assim, eu acho que temos condições de ganhar a Copa em 2014. Fora isso e fora a dificuldade de convencer alguns setores que o Brasil e os brasileiros têm capacidade de realizar grandes eventos, não vejo grandes obstáculos pela frente.

ESTADO – Qual o aspecto que o senhor considera mais positivo?
ALDO REBELO – O aspecto mais positivo da nossa preparação, não só para a Copa, mas para a Copa das Confederações e os Jogos Olímpicos de 2016, na minha opinião, é o reflexo que esses eventos terão no aprofundamento da promoção social que o Brasil vive nos últimos anos e no processo de desenvolvimento econômico. Um levantamento da empresa Ernest & Young indica que a preparação da Copa movimentará R$ 142,39 bilhões adicionais na economia nacional de 2010 a 2014, gerando 3,63 milhões de empregos e R$ 63,48 bilhões de renda para a população. Além disso, os trabalhadores estarão mais qualificados, a qualidade do trabalho das nossas empresas ficará mais conhecida no mundo todo, as oportunidades de negócios no Brasil serão expostas à bilhões de pessoas e nossa infraestrutura turística será ampliada.
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''É MISTER QUE VENHAM OS ESCÂNDALOS..." (S. Mateus; 18: 7)

12/06/2013
Mantega desdenha: "Onde está a crise?"


Em meio a uma onda de desconfiança que varreu os mercados,em que a Bolsa de Valores de São Paulo fechou abaixo dos 50 mil pontos pela primeira vez desde agosto de 2011, e o Banco Central (BC) interveio novamente ao longo do dia para conter a disparada do dólar, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou não mostrar preocupação.

Depois de uma longa reunião com a presidente Dilma Rousseff, que só fez aumentar o mau-humor dos investidores e do eleitorado em relação às incertezas na condução da política econômica, ele perguntou: "Que crise? Onde é que está crise?", ao ser indagado se o governo agiria para reverter o pessimismo em relação ao país.

Essas foram as poucas palavras que o número um da equipe econômica pronunciou na noite de ontem. Assessores da Presidência da República também fizeram questão de dizer que desconhecem qualquer crise no Brasil e que não há razão para alarmismo.

Mantega voltou para o Ministério da Fazenda às 20h, após a reunião de três horas e meia com a chefe do Executivo no Palácio da Alvorada. Os ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Aloizio Mercadante (Educação) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria) e o publicitário João Santana, um informal 40º ministro, também foram convocados para o encontro que começou as 16h30.

A presença de Santana estaria relacionada à gravação de um pronunciamento da presidente para a TV, que deve ir ao ar hoje, enaltecendo uma linha de financiamento para a compra de eletrodomésticos por participantes do programa Minha Casa, Minha Vida.

Especulações

A agitação no mercado girou em torno da mudança da agenda de Dilma na última hora, convocando Mantega no meio do dia. A presidente havia chegado na madrugada de ontem do exterior, onde participou do encerramento do Ano do Brasil em Portugal. As especulações foram várias: desde a possibilidade de um novo pacote de estímulo à economia, que ainda dá sinais dúbios de recuperação, até medidas para estimular a entrada de dólares no país, arrocho fiscal e mudanças ministeriais.

As atenções do mercado em relação ao governo fazem sentido. A popularidade de Dilma está caindo, devido à disparada da inflação. Depois de muito relutar, o Palácio do Planalto reconheceu que precisa agir rapidamente para estancar a sangria do apoio ao governo e garantir a reeleição de Dilma no primeiro turno em 2014.

O grande baque do governo veio com a ameaça da agência de classificação de risco Standard & Poor"s (S&P) de rebaixar o Brasil. A justificativa foi a de que a política econômica de Dilma minou a confiança do capital ao maquiar as contas públicas e ao não combater a inflação. (Colaborou Juliana Braga)