PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, agosto 24, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''CARA DE PALHAÇO, PINTA DE PALHAÇO..." (*)

...
\0/
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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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(*) Palhaçada. Miltinho (Composição: Haroldo Barbosa e Luiz Reis).


''Cara de palhaço
Pinta de palhaço

Roupa de palhaço
Foi este o meu amargo fim;
Cara de gaiato,
Pinta de gaiato,
Roupa de gaiato,
Foi o que eu arranjei pra mim.

Estavas roxa por um trouxa
Pra fazer cartaz,
Na tua lista de golpista
Tem um bobo a mais
Quando a chanchada deu em nada
Eu até gostei
E a fantasia foi aquela que esperei".

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''BRASIL, MOSTRA A TUA CARA..." (3)

...
Parece brincadeira, mas é verdade, vamos abrir os olhos...
Vamos ver alguns candidatos para a próxima eleição:

No Esporte:
Acelino Popó Freitas (PRB-BA)- O boxeador concorre a deputado estadual
Maguila (PTN-SP)- Ex-boxeador,quer ser deputado federal
Marcelinho Carioca (PSB-SP)- Ex-jogador, concorre a deputado federal
Romário (PSB-RJ)- Ex-jogador, busca uma vaga na Câmara Federal
Vampeta (PTB-SP) - Ex-jogador, concorre a deputado federal
Fabiano (PMDB-RS) - Ex-atacante do Inter, é candidato a deputado estadual
Danrlei (PTB-RS) - Ex-goleiro do Grêmio, concorre a deputado federal

Na Música:
Gaúcho da Fronteira
(PTB-RS) - Músico concorre a deputado estadual
Kiko (DEM-SP) - Membro do grupo KLB, concorre a deputado federal
Leandro (DEM-SP) - Integrante do KLB, concorre a deputado estadual
Netinho (PCdoB-SP) - Cantor do grupo Negritude, concorre a senador
Reginaldo Rossi (PDT-PE) - Cantor, concorre a deputado estadual
Renner (PP-GO) - Integrante da dupla Rick&Renner, concorre ao Senado
Sérgio Reis (PR-MG) - Cantor e ator, concorre a deputado federal
Tati Quebra-Barraco (PTC-RJ) - Funkeira, concorre a deputada federal

Na Televisão:

Ronaldo Esper (PTC-SP) - O estilista quer ser deputado federal
Pedro Manso (PRB-RJ) - Humorista, disputa na vaga na Assembleia Legislativa
Dedé Santana (PSC-PR) - Humorista, quer ser deputado estadual
Tiririca (PR-SP) - Humorista, disputa uma vaga na Câmara Federal
Batoré (PP-SP) - Humorista, quer uma vaga na Câmara Federal

No Pomar:

Mulher Melão (PHS-RJ) - Cristina Célia Antunes Batista concorre a deputada federal
Mulher Pera (PTN-SP) - Suellen Aline Mendes Silva quer ser deputada federal

Prestem atenção no Grau de Instrução da grande maioria, principalmente da mulher Pêra e Maguila.

O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa (censurei)!


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(Recebido de um colega de trabalho).
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''BRASIL, MOSTRA A TUA CARA..." (II)

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24/08/2010 - 03h00

'Não é piada, é a realidade', diz Tiririca sobre slogan de campanha



FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

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Francisco Everaldo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, 45, provoca risos e indignação desde que a campanha eleitoral começou na TV.

Com o slogan "Vote Tiririca, pior que tá, não fica", ele vai às urnas para tentar uma vaga como deputado federal pelo Estado de São Paulo.


É a grande aposta do PR no pleito, tanto que ganhou a legenda de mais fácil memorização: 2222.

Folha - Por que você decidiu se candidatar?

Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.

De quem veio o convite?

Do PR.

Como foi?

Por eu ser um cara popular, eles acreditaram muito, como eu também acredito, que tá certo, eu vou ser eleito.

Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?

Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.

Quais são as suas principais propostas?

Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.

Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?

De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.

O que você poderia fazer pelos nordestinos?

Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.

Quem financia a sua campanha?

Então... o partido entrou com essa ajuda aí... e eu achei legal.

Você tem ideia de quanto custa a campanha?

Cara, não tá sendo barata.

Mas você não tem ideia?

Não tenho ideia, não.

Na propaganda eleitoral você diz que não sabe o que faz um deputado. É verdade ou é piada?

Como é o Tiririca, é uma piada, né, cara? 'Também não sei, mas vote em mim que eu vou dizer'. Tipo assim. Eu fiz mais na piada, mais no coisa... porque é esse lance mesmo do Tiririca.

Mas o Francisco sabe o que faz um deputado?

Com certeza, bicho. Entrei nessa, estudei para esse lance, conversei muito com a minha mãe. Eu sei que elabora as leis e faz vários projetos acontecer, né?

O que você conhece sobre a atividade de deputado?

Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.

Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?

Não, nada.

Quem são os seus assessores?

Nós estamos com, com, com.... a Daniele.... Daniela. Ela faz parte da assessoria, junto com.... Maionese, né? Carla... É uma equipe grande pra caramba.

Mas quem te assessora na parte legislativa?

É pessoal do Manieri.

Quem é o Manieri?

É... A, a, a.... a Dani é que pode te explicar direitinho. Ela que trabalha com ele. Pode te explicar o que é.

Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?

Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.

Esse slogan é um deboche, uma piada?

Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.

Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?

Não, de maneira alguma.

Quem é o seu espelho na política?

Pra te falar a verdade, não tenho. Respeito muito o Lula pelo que ele fez pelo nosso país. Ele pegou o país arrasado e melhorou pra caramba.

Fora ele...

Quem ele indicar, eu acredito muito. Vai continuar o trabalho que ele deixou aí.

Então você vota na Dilma.

Com certeza. A gente vai apoiar a Dilma. Ele tá apoiando e a gente vai nessa.

Não teme ser tratado com deboche?

Não, cara. Não temo nada disso. Tô entrando de cabeça, de coração. Tô querendo fazer alguma coisa. Mesmo porque eu sou bem resolvido na minha profissão. Tenho um contrato de quatro anos com a Record. Tenho minha vida feita, graças a Deus. Tem gente que aceita, mas a rejeição é muito pouca.

Se for eleito, vai continuar na TV?

Com certeza, é o meu trabalho. Vou conciliar os dois empregos.

Em quem votou para deputado na última eleição?

Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.

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BRASIL/SEGURANÇA PÚBLICA [In:] ''MOSTRA A TUA CARA" (*)

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DADOS PESSOAIS SIGILOSOS SÃO VENDIDOS NA RUA EM SP


SIGILO VAZADO POR R$ 200


Autor(es): Agencia o Globo/Lino Rodrigues
O Globo - 24/08/2010

Repórter compra dois CDs com informações de Denatran e INSS por R$ 200.

Informações sigilosas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre proprietários de carros e dados bancários de aposentados e pensionistas do INSS são facilmente obtidos nas ruas do Centro de São Paulo em poucos minutos. O repórter do GLOBO Lino Rodrigues, sem se identificar, comprou dois CDs com dados desses dois órgãos públicos na Rua Santa Efigênia, na capital paulista, por R$ 200. A negociação com o "vendedor" durou menos de meia hora e, ao final, certo de que o "cliente" não era policial, o ambulante ainda ofereceu listagens do Itaú Unibanco. Os dois CDs serão entregues ao promotor José Mário Barbuto, que se comprometeu a abrir investigação no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, do Ministério Público de São Paulo. O Denatran e o Ministério da Previdência vão pedir investigação à Polícia Federal. O Itaú Unibanco não se pronunciou.

CDs com dados de aposentados e donos de carros são vendidos livremente em São Paulo

Enquanto o Ministério da Justiça começa a discutir uma legislação para regulamentar a proteção de dados pessoais no Brasil, informações sigilosas que deveriam estar protegidas nos computadores do Serpro, o serviço federal de processamento de dados, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do INSS estão sendo comercializadas livremente no centro de São Paulo. O repórter do GLOBO adquiriu por R$ 200 dois CDs com dados completos de aposentados da Previdência Social (CPF, número do benefício, endereço, telefone) e do Denatran contendo informações de milhares de proprietários de veículos em todo o país. O vendedor ofereceu ainda, pelo mesmo valor, os dados de correntistas das regiões Sul e Sudeste do banco Itaú Unibanco.

O diretor-presidente do Denatran, Alfredo Peres da Silva, disse que os funcionários do órgão não têm acesso à totalidade do banco de dados, mas apenas a determinadas informações de veículos e seus proprietários quando necessário para alguma investigação. Silva admitiu que recebeu recentemente denúncia de que uma listagem com dados de automóveis (ano 2008, modelo 2009) estava sendo vendida em São Paulo e Brasília. Ele confirmou a autenticidade das informações e disse ter encaminhado a correspondência ao departamento jurídico do Denatran, onde está sendo analisado.

Previdência Social vê risco de falsificação

O cadastro do Denatran possui mais de 60 milhões de dados sobre veículos e, de acordo com Silva, o órgão não tem nenhuma suspeita de como a listagem foi retirada do sistema.

A primeira coisa que fiz foi mandar o documento para o jurídico e abrir um processo administrativo para, depois, encaminhar à Polícia Federal, que tem competência para investigar.

Vazamento é crime afirmou Silva.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, também tem tentado resolver o problema, mas sem grandes resultados. Recentemente, os procuradores foram atrás de empresas que comercializam informações utilizadas em malas diretas, mas não conseguiram chegar à origem do vazamento. O promotor de Justiça José Mario Barbuto, um dos integrantes do Gaeco, disse que a investigação não pode se concentrar apenas nos vendedores de CDs.

Alguém está tendo acesso ao sistema. É esse cara que temos que pegar observou Barbuto.

Repórter do GLOBO ligou, aleatoriamente, para um dos pensionistas que constam na relação de beneficiários do INSS. A aposentada V. D., que trabalha como cabeleireira no bairro da Lapa, Zona Oeste paulistana, ficou surpresa ao saber que seus dados estão nas mãos de camelôs.

Pedindo para não ser identificada, ela disse não saber o que fazer, mas que estava assustada com a possibilidade de sofrer algum prejuízo.

O Ministério da Previdência, responsável pela guarda das informações de aposentados e pensionistas do INSS, informou que tomou as providências junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. Segundo a assessoria, com esses dados fraudadores têm falsificado documentos para abertura de contas bancárias para pedidos de empréstimos consignados.

Entre janeiro e setembro de 2009, pouco mais de mil aposentados tiveram seus dados pessoais usados indevidamente para que estelionatários conseguissem empréstimos utilizando as informações, compradas de vendedores ambulantes.

Procurados, Serpro e Itaú Unibanco não deram resposta ao pedido de entrevista.

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(*) BRASIL. Cazuza.

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ELEIÇÕES 2O1O/GOVERNO LULA [In:] ''NÚMEROS'' CONTROVERSOS...

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Liberdade para gastar com o PAC


Autor(es): Vinicius Sassine e Ulisses Campbell
Correio Braziliense - 24/08/2010

Ministro do Planejamento sinaliza que o governo federal deve excluir as obras em infraestrutura do cálculo do superavit primário.

Rafael Ohana/CB/D.A Press - 11/6/10
Bernardo disse que até R$ 15 bilhões deixariam de entrar no cálculo

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou ontem que o governo federal deve novamente excluir os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do cálculo do superavit primário, a diferença entre receitas e despesas do governo. Se isso ocorrer, a exemplo do que foi feito no ano passado, os gastos pelo PAC terão maior liberdade e, ainda, haverá maior facilidade para atingir a meta de 3,3% — calculada em cima do Produto Interno Bruto (PIB) —, a ser atingida. Em ano eleitoral, diante da perspectiva de vitória da candidata de Lula nas urnas em outubro, a maior liberdade de se gastar o dinheiro destinado pelo PAC passou a ser um desejo do governo federal.

A exclusão de recursos para infraestrutura do cálculo do superavit primário está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo o Ministério do Planejamento, esse mecanismo foi utilizado pela primeira vez em 2009, o que deve voltar a se repetir neste ano.

Paulo Bernardo disse ontem que entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões do PAC deixariam de entrar na base de cálculo utilizada para o superavit primário, como estuda o governo. A decisão será tomada em setembro. A sobra entre receitas e despesas é utilizada para pagamento de juros. Ao excluir os recursos do PAC desse cálculo, os investimentos em infraestrutura ganhariam mais flexibilidade.

Fiscalização
A medida fortalece o programa que é a vitrine da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, quando ela esteve à frente de dois ministérios na gestão do presidente Lula. Se for eleita em outubro, Dilma encontrará em janeiro de 2011 mais recursos para gastar pelo PAC, sem comprometimento com o superavit primário. “Haverá mais liberdade para investimento em obras de infraestrutura”, afirma o professor de Finanças Públicas da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira.

A possibilidade de os recursos do PAC não entrarem no cálculo do superavit primário foi informada pelo ministro Paulo Bernardo em evento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em São Paulo. No mesmo evento, o presidente Lula criticou o excesso de fiscalização nas obras do governo federal, em especial do PAC. Ele comparou as dificuldades enfrentadas pelo setor público às facilidades do setor privado. “Se vocês tivessem para fazer a fábrica de vocês, 1% do controle que tem o governo para fazer uma coisa, vocês não teriam feito nem o telhado da fábrica.”

O número
18 de setembro
Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser preso, salvo em caso de flagrante


Para saber mais

Sobra para pagar juros

Um superavit, em economia, é sempre uma diferença positiva, a sobra, o lucro. O superavit primário é um conceito que se aplica ao Orçamento da União. Trata-se da diferença entre o que o governo arrecada — com exceção de juros e correções da dívida pública — e o que ele gasta, ou seja, a arrecadação, menos despesas. Essa sobra é utilizada exatamente para pagar juros. A meta de superavit primário está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e vem caindo ao longo dos anos. A atual meta é de 3,3% em cima do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.

BRASIL/POLÍTICA CAMBIAL [In:] BALANÇA MAS NÃO CAI (?)

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Uma inquietante piora da política cambial

O Estado de S. Paulo - 24/08/2010

O balanço de pagamentos de julho, divulgado ontem, confirma o enfraquecimento da situação cambial, com déficit nas contas correntes de US$ 4,5 bilhões, no mês; US$ 28,2 bilhões, entre janeiro e julho; e US$ 43,8 bilhões, em 12 meses. O Banco Central (BC) estima o déficit de 2010 em US$ 49 bilhões e, em média, os departamentos de análise econômica ouvidos pelo boletim Focus, em quase US$ 50 bilhões, mais que o dobro dos US$ 24,3 bilhões de 2009. É o pior resultado histórico para o mês de julho, mas, ainda mais grave, é um sinal de piora da política econômica.

Em termos relativos, a conta mais negativa foi a do turismo. Em julho, os viajantes brasileiros, privilegiados pelo real valorizado e pelo aumento da renda - favorecida, por sua vez, pela política fiscal relaxada, gastaram US$ 1,5 bilhão no exterior, três vezes mais do que os estrangeiros, que arcam com o dólar fraco, gastaram no País. O déficit na conta turismo foi recorde: US$ 1,1 bilhão.

O déficit das transações correntes tem sido financiado, crescentemente, por capitais de curto ou de médio prazos - em julho, US$ 2,6 bilhões foram aplicados em títulos de renda fixa, atraídos por juros superiores à media internacional, e outros US$ 3,2 bilhões, em ações, perfazendo US$ 5,8 bilhões. Já os investimentos diretos, aplicados por prazos longos, aumentaram de US$ 700 milhões, em junho, para US$ 2,6 bilhões, em julho.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, rejeita a hipótese de crise cambial futura, em face dos vultosos ingressos de capital estrangeiro esperados para capitalizar a Petrobrás. Tampouco os bancos esperam alterações bruscas na taxa cambial, tanto que aumentaram as posições de venda de dólar.

Mas o País está pagando mais caro para manter a confiança nas contas cambiais, que depende do nível de reservas cambiais, de US$ 260 bilhões, em parte adquiridas com recursos provenientes da venda de títulos públicos a juros altos. E não se deve supor uma baixa dos juros básicos com a economia aquecida. Além disso, com o real valorizado, há estímulo às importações, desestímulo às exportações e queda do saldo comercial, que sempre foi um grande - e conveniente - suporte para as contas cambiais. A dívida externa também cresceu - US$ 10,2 bilhões em julho -, o que aumentará a vulnerabilidade do País em caso de desvalorização do real.

A política cambial parece perder qualidade e depender cada vez mais dos ingressos de curto prazo, além de criar a ilusão de que será sempre possível importar mais para consumo, dados os preços baixos no exterior

TEORIA ECONÔMICA [In:] ''WHAT ELSE ?" (e agora Delfim?)

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Uma revolução na teoria monetária



Brasil - Antonio Delfim Netto
Valor Econômico - 24/08/2010

Está em construção, em resposta à crise de 2007/09, nova teoria monetária, mais ambiciosa e mais realista do que os modelos usados pelos BCs.

A "Federal Reserve Bank of St. Louis Review" é uma das mais importantes revistas que acolhem trabalhos teóricos e empíricos sobre a economia monetária. Quase centenária, ela acaba de publicar num número antológico (vol. 92, julho/agosto 2010), cinco artigos muito importantes. Quatro foram apresentados na 34ª conferência anual do banco, realizada entre 15 e 16 de outubro de 2009.

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Seu objetivo era focar na teoria e na sua aceitação empírica nas economias monetárias com fricções financeiras e analisar as políticas não convencionais propostas para superar as crises financeiras. Trata-se de leitura obrigatória para todos que se preocupam com o problema, principalmente para os que até hoje se supõem portadores de uma "ciência monetária".

A informação global é que está em construção, em resposta à crise de 2007/09, uma nova teoria monetária, mais ambiciosa e mais realista do que os modelos que vêm sendo utilizados por todos os bancos centrais do mundo. Esses, praticamente, continuam a ignorar o papel da moeda, dos bancos, dos demais intermediários financeiros, das formas de pagamentos e o comportamento dos ativos financeiros.

A tragédia da crise colocou em evidência a pobreza do modelito (novo-keynesiano ingênuo), de três equações que, com alguns adendos "ad hoc", orientam a política monetária, inclusive no Brasil. Os novos modelos (e são mais de um) e o fato de estarem em construção e não terem ainda sido submetidos à tortura empírica, dão uma justificativa ainda maior para os argumentos daqueles que: 1) apoiam a autonomia operacional dos bancos centrais, mas; 2) têm sérias dúvidas sobre se esses são mesmo portadores de uma "ciência monetária" incontestável.

Não se trata apenas de incorporar àquele modelo a moeda, o crédito e os "spreads" dos ativos financeiros (inclusive a taxa cambial), mas de como retirar dos bancos centrais o incentivo perverso (quando no regime de metas inflacionárias) de conquistar sua credibilidade superestimando a ultradiscutível taxa de juro real de "equilíbrio" e subestimando o misterioso agregado a que se dá o nome pomposo de "produto potencial".

O próprio criador da famosa fórmula de Taylor (o economista J.B. Taylor, autor de uma das equações do tal modelo) fala em introduzir nela a taxa cambial e os "spreads" dos ativos financeiros, o que tornará sua aplicação mais complexa.

O reconhecimento da extrema complexidade que envolve a política monetária quando ela precisa cuidar de todos esses aspectos da realidade, reintroduziu "ferramentas" já utilizadas no passado ("quantitative easing"): empréstimo direto ao sistema financeiro, empréstimo direto ao sistema não financeiro pelo Tesouro e mudança na remuneração das reservas compulsórias para forçar a disseminação da "liquidez". Dá, assim, nova vida à velha suspeita que a política monetária controlada apenas pela taxa de juros pode funcionar mal. Sem os outros instrumentos (até aqui execrados pelos fundamentalistas do equilíbrio geral e crentes na autorregulação do sistema financeiro) ela tem muita dificuldade para superar a crise.

O gráfico abaixo, onde se registra a "base monetária" e o "multiplicador", mostra como é correta a velha ideia que, por si mesma, a política monetária que usa só a taxa de juros é apenas "capaz de levar o cavalo à fonte, mas não pode obrigá-lo a beber"...

Incidentalmente, a leitura dos quatro artigos (mais o outro no mesmo número da revista) reafirmou a minha simpatia com relação ao último comportamento do Copom, tão condenado pelos nossos "cientistas" financeiros. Surpreendido pelo que julgou ser uma "mudança" da situação e intuindo que a "teoria" em que confia "não é nenhuma Brastemp", revelou adequada cautela e alguma humildade. Optou pelo axioma de Brainard: quando você não sabe bem o que está fazendo, faça devagar, por favor.

É claro que a situação externa pode mudar e elevar os preços das nossas exportações. Quando e se isso acontecer vamos apenas continuar valorizando o câmbio pela elevação da taxa de juros, como temos feito nos últimos 15 anos?






MATO GROSSO [In:] ... EM SE PLANTANDO...

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Concentração da soja no MT

Valor Econômico - 24/08/2010

Na safra 2009/10, os 20 maiores produtores de soja do Mato Grosso foram responsáveis por 20% da área plantada com a cultura no Estado. Na safra 2004/5, esse percentual foi de 9%.


Grandes produtores de soja ampliam domínios em MT

Levantamento divulgado ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirma a aceleração do movimento de concentração na produção de soja do Estado nos últimos anos. Os novos dados mostram que, na última safra (2009/10), os 20 maiores sojicultores radicados em Mato Grosso semearam 1,2 milhão de hectares, ou 20% de uma área total estimada pela entidade em 6 milhões de hectares. Em 2004/05, os gigantes da soja ocuparam 533,7 mil hectares, ou 9% da área total da cultura no Estado.

Na análise que divulgou, o Imea - instituto privado sem fins lucrativos vinculado à associações que representam agricultores - credita a tendência aos ganhos de escala obtidos com a expansão das áreas de plantio e à entrada de grupos estrangeiros no Estado. E mesmo os estrangeiros "profissionais", aqueles que investem no Brasil realmente para produzir e exportar, também precisam dessa escala, já que um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores de Mato Grosso é a logística deficiente. No total, o Estado tem, hoje, cerca de 4,6 mil produtores de soja; há cinco anos, eram 6 mil.

Conforme Otávio Celidonio, superintendente do Imea, o movimento de concentração na soja é mais intenso em áreas de exploração mais recente no oeste, como nos arredores do município de Sapezal, e menos significativo em polos como o de Sorriso, no médio-norte mato-grossense. Em Sapezal, informou ao Valor, uma propriedade "típica" já tem cerca de 2,5 mil hectares; em Sorriso, fica em torno de 1 mil, ainda que existam propriedades bem maiores.

Neste oeste de grandes produtores, lembrou Celidonio, os incrementos se dão por meio de aquisições e arrendamentos, e muitas vezes envolvem áreas de outros grandes com problemas. Há casos na região, atualmente, de produtores com dívidas da ordem de R$ 600 por hectare. Em fronteiras como Sorriso, onde a ocupação da terra pelos agricultores já é mais antiga, a organização entre eles também é maior. Há, por exemplo, pools bem estabelecidos para comprar insumos e comercializar a produção. Ao norte de Sorriso, já no bioma amazônico, questões ambientais também freiam negócios.

De qualquer forma, diz Celidonio, a estrutura financeira ainda é um gargalo para muitos agricultores do maior Estado produtor de soja do país. "A eficiência não pode estar só no campo. O associativismo, o cooperativismo e a formação de condomínios podem ajudar. Mas a concentração deve continuar".

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

24 de agosto de 2010

O Globo

Manchete: Dados pessoais sigilosos são vendidos na rua em SP
Repórter compra dois CDs com informações de Denatran e INSS por R$ 200

Informações sigilosas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre proprietários de carros e dados bancários de aposentados e pensionistas do INSS são facilmente obtidos nas ruas do Centro de São Paulo em poucos minutos. O repórter do GLOBO Lino Rodrigues, sem se identificar, comprou dois CDs com dados desses dois órgãos públicos na Rua Santa Efigênia, na capital paulista, por R$ 200. A negociação com o "vendedor" durou menos de meia hora e, ao final, certo de que o "cliente" não era policial, o ambulante ainda ofereceu listagens do Itaú Unibanco. Os dois CDs serão entregues ao promotor José Mário Barbuto, que se comprometeu a abrir investigação no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado, do Ministério Público de São Paulo. O Denatran e o Ministério da Previdência vão pedir investigação à Polícia Federal. O Itaú Unibanco não se pronunciou. (Págs. 1 e 23)

Ficha Limpa tira Maluf da eleição

TRE nega registro, mas deputado continua candidato até que TSE julgue recurso

Com base na Lei da Ficha Limpa, o TRE-SP indeferiu o registro da candidatura do deputado Paulo Maluf (PP) à reeleição. Por 4 a 2, os juízes entenderam que Maluf não pode entrar na disputa por causa da condenação no "Frangogate" - escândalo no qual foi punido por comprar, quando prefeito, frango superfaturado para a merenda escolar e contratar uma empresa ligada à sua mulher para fornecer o produto. Para o presidente do TRE-SP, a decisão é histórica. Maluf vai recorrer da impugnação ao TSE e ao STF. Ele continua candidato e, se for eleito sem que o TSE tenha julgado o recurso, pode tomar posse na Câmara. Se o TSE mantiver a decisão, Maluf perde o foro privilegiado. (Págs. 1 e 3)

Dilma já discursa como eleita

Durante comício com o presidente Lula na porta da Mercedes-Benz, em São Bernardo, a candidata do PT, Dilma Rousseff, discursou como eleita: "Vou ser a primeira presidenta deste país, a presidenta de vocês." Mais tarde, no Brás, disse que a campanha não tem clima de "já ganhou". (Págs. 1 e 10)

Foto legenda: Mais quatro meses embaixo da terra

Uma jornalista olha a imagem de um dos 33 homens presos desde o último dia 5 numa mina a cerca de 700 metros de profundidade no Chile, descobertos domingo com vida. O resgate deve demorar 4 meses. (Págs. 1 e 28)

Cerco a jornais leva a reação contra Cristina

Órgãos internacionais, a oposição e os principais diários argentinos protestaram contra o que tacharam de novas ameaças à liberdade de imprensa no país por parte da presidente Cristina Kirchner, que quer controlar a distribuição de papel para jornais. (Págs. 1 e 29)

Déficit externo é o maior em 63 anos

Aumento de gastos com turistas no exterior mais remessas e dividendos de empresas, além do saldo comercial em queda, fizeram com que o Brasil registrasse em julho déficit de US$ 4,5 bi nas contas externas, o maior desde 1947. (Págs. 1 e 25)

Governo já tem plano B para Petrobras

Para viabilizar a capitalização da estatal, o governo admite contratar nova empresa certificadora internacional. Isso se não houver consenso sobre o valor do barril de petróleo (que oscila de US$ 5 a US$ 12). (Págs. 1 e 24)

174 filipino

Um homem expulso da polícia protagonizou, em Manila, um episódio muito semelhante à tragédia do ônibus 174, que chocou o Rio há 10 anos. Exigindo seu emprego de volta, Rolando Mendoza invadiu um veículo com turistas, tomando 24 reféns. Depois de 12 horas de uma negociação que foi transmitida ao vivo na TV, 8 pessoas foram mortas, além do criminoso. (Págs. 1 e 29)

Foto legenda: Policiais avançam para invadir o ônibus sequestrado, enquanto um refém é avistado morto perto da porta

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Folha de S. Paulo


Manchete: PSDB agora vai priorizar a eleição em quatro Estados

Presidente 40 Eleições 2010 Cúpula tucana se reúne para discutir a sobrevivência da oposição

A cúpula do PSDB se encontra amanhã, em São Paulo, para analisar as chances do partido em todo o país e discutir estratégias para a sobrevivência da oposição em caso de derrota na eleição presidencial.

Os tucanos vão priorizar a eleição para governador em São Paulo, Paraná e Goiás - Estados em que seus candidatos aparecem à frente nas pesquisas - e Minas Gerais, onde o ex-ministro Hélio Costa (PMDB), aliado petista, lidera a disputa.

O PSDB conta eleger ao menos oito senadores, entre - eles Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE).

Além do mineiro, que grava depoimento para o programa de José Serra, candidatos a governador com mais chance de vitória vão reforçar o horário eleitoral.

Os ajustes na campanha ao Planalto incluem a adoção de um tom mais agressivo no rádio e na TV para levar a disputa com o PT para o segundo turno. (Págs. 1 e A4)

David Matsumoto
Dilma tenta conter raiva; sorriso de José Serra é social

Nada sei sobre as convicções de Dilma e Serra. Relato apenas minhas impressões do que vejo em vídeos.

Dá para ver que ela é uma pessoa muito intensa, que tem algum tipo de raiva ou irritação que tenta controlar.

O sorriso de Serra me chamou a atenção; é social, nada verdadeiro. Seu problema é demonstrar estar emocionalmente engajado. (Págs. 1 e A8)

David Matsumoto, especialista em linguagem não verbal nos EUA, escreverá coluna no caderno Poder aos domingos.

Foto legenda: Vivos

Parentes de chilenos presos em mina em San José desde o dia 5 comemoram ao saber que trabalhadores estão vivos; comida e água estão estão sendo levadas para o grupo, que deve ser retirado do local no fim do ano (Págs. 1 e A14)

EUA investigam a Universal por remessa ilegal de R$ 420 mi

A Promotoria de Nova York investiga a Igreja Universal por suspeita de envio ilegal de R$ 420 milhões aos EUA de 1995 a 2001, relata Mario Cesar Carvalho.

A denúncia foi feita, em acordo de delação premiada, por doleiros brasileiros.

Advogado da Igreja Universal disse que não poderia se manifestar especificamente sobre essa investigação, mas confirmou que a apuração existe. (Págs. 1 e A11)

Justiça invalida provas obtidas pela PF contra fIlho de Sarney

A Justiça invalidou parte das provas obtidas por interceptação de e-mails em operação da Polícia Federal sobre negócios do empresário Fernando Sarney.

A decisão atinge cerca de 10 mil e-mails com domínio @mirante, utilizado também por funcionários. Para a Justiça, a PF teve acesso a mensagens de quem não era alvo de investigação. Cabe recurso. (Págs. 1 e A12)

Inmetro vai exigir selo de qualidade para material escolar

Material escolar para crianças de até 12 anos passará a ter selo de qualidade e segurança do Inmetro. A norma deve ser publicada até o final de setembro.

Os fabricantes terão o prazo de um ano para se adaptar aos padrões. A regra também valerá para produtos importados. (Págs. 1 e C1)

Ficha-suja faz tribunal barrar a candidatura de Paulo Maluf

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo decidiu barrar a candidatura do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) à reeleição com base na Lei da Ficha Limpa.

A defesa de Maluf disse que vai recorrer ao TSE. Caso tenha o recurso negado, o candidato pode ainda levar o processo ao Supremo.

O argumento para o veto foi sua condenação em ação por improbidade administrativa, ocorrida em abril deste ano, no TJ-SP. (Págs. 1 e A7)

China testa vacina contra hepatite E em 11 mil pessoas (Págs. 1 e C11)


Editoriais

Leia "Ventos ameaçadores", sobre a possibilidade de ataque ao Irã; e
"Fraudes contra a ciência", acerca de casos de má conduta entre pesquisadores. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Déficit externo triplica no ano e atinge US$ 28,2 bilhões

Saldo negativo foi de US$ 4,5 bilhões em julho, o maior desde 1947; investimento direto cobre 58% do rombo

Dados do Banco Central mostram que em julho a conta corrente brasileira que registra todas as operações de bens e serviços com o exterior - teve saldo negativo de US$ 4,5 bilhões, o pior resultado para o mês desde 1947. No acumulado do ano, o déficit ficou em US$ 28,26 bilhões (2,51% do PIB), também o pior resultado da história para o período e o triplo do verificado de janeiro a julho de 2009. Os investimentos estrangeiros diretos, voltados para produção, somaram em julho US$ 2,64 bilhões, ou apenas 58% do déficit. Para cobrir o rombo, o Brasil precisou mais uma vez dos investimentos em ações e renda fixa e dos empréstimos tomados por empresas brasileiras no exterior. (Págs. 1 e Economia B1)

Gasto de brasileiros no exterior é recorde

O gasto de brasileiros em viagens internacionais superou o de estrangeiros no Brasil em US$ 1,09 bilhão em julho, o pior resultado desde 1947, quando a série foi iniciada. O recorde se explica pelas férias escolares e pela combinação de valorização do real e aumento da renda. (Págs. 1 e Economia B3)

TRE cassa candidatura de Maluf por ficha suja

O deputado federal e candidato à reeleição Paulo Maluf (PP-SP) teve sua candidatura rejeitada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, em atendimento à Lei da Ficha Limpa. Maluf tem uma condenação por improbidade administrativa. A assessoria do deputado qualificou a decisão de "controversa'" disse que recorrerá e que Maluf segue sendo candidato. (Págs. 1 e Nacional A9)

Debate Estadão/Gazeta: Candidatos em SP confrontam ideias

A TV Gazeta e o Estado realizam hoje, às 23h, debate entre os seis candidatos ao governo de São Paulo. (Págs. 1 e Nacional A11)

Chile resgatará mineiros só em dezembro

Equipes chilenas começaram a enviar água aos 33 mineiros que já estão há 18 dias soterrados a 700 metros de profundidade numa mina. Estima-se que eles só serão retirados no fim de dezembro, por segurança. (Págs. 1 e Internacional A13)

Foto legenda: Contato. Imagem de um dos mineiros soterrados no Chile: parentes comemoram

PT tenta conter apetite dos aliados de Dilma

O comando de campanha de Dilma Rousseff (PT) iniciou operação para conter o apetite dos partidos coligados que já querem tratar da partilha do governo. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, fez apelo nesse sentido ao vice na chapa de Dilma, Michel Temer, presidente do PMDB. (Págs. 1 e Nacional A4)

Farc querem mediação da Unasul

As Farc propuseram reunião na Unasul para expor sua visão sobre o conflito colombiano. Bogotá rechaçou a proposta. O Equador, presidente do bloco, disse que respeitará a decisão colombiana. (Págs. 1 e Internacional A12)

Exército vai ajudar combate às queimadas

A falta de estrutura para o combate às queimadas fez com que o Exército fosse acionado no Tocantins, onde há pelo menos 5,6 mil focos de incêndio. Rondônia recebeu o auxílio de Mato Grosso do Sul, que enviou brigadistas. (Págs. 1 e Vida A18)

Foto legenda: Em chamas. Incêndio no Pará: área atingida é de 8 milhões de hectares

Notas & Informações: O risco de um PRI brasileiro

Desenha-se um cenário em que a política se limitaria ao jogo de poder na coalizão hegemônica. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: União limita compra de terras por estrangeiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu limitar a compra de terras por estrangeiros e empresas brasileiras controladas por estrangeiros. Ele assinou o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que restringe as aquisições de imóveis rurais por empresas que possuem pelo menos 51% ou mais de seu capital votante nas mãos de pessoas que não são brasileiras.

O texto prevê que as empresas sob controle estrangeiro não vão poder adquirir imóvel rural que tenha mais de 50 módulos de exploração indefinida (entre 250 a 5 mil hectares, dependendo da região do país). Elas também terão de se limitar à implantação de projetos agrícolas, pecuários e industriais que estejam vinculados a seus objetivos de negócio previstos em estatuto. As áreas rurais pertencentes a empresas estrangeiras não poderão ultrapassar 25% do município. (Págs. 1 e A4)

Criação de vagas públicas cresceu 300%

As três esferas de governo no Brasil contrataram 454 mil pessoas no ano passado, 301% a mais do que as 112 mil de 2008. Com isso, a participação dos governos no número total de vagas criadas no país praticamente dobrou no ano passado, passando dos 14,4% registrados em média entre 2006 e 2008, para 26,6%.

O impacto da crise financeira internacional no mercado de trabalho brasileiro levou a uma redução de apenas 100 mil vagas no número de oportunidades abertas entre 2008 e 2009. Segundo estudo da economista Luiza Rodrigues, do Santander, o que mudou de um ano para o outro foi a composição desses empregos, com o setor público passando de quarto para segundo maior gerador de vagas formais. (Págs. 1 e A4)

Bancada do PT rivalizará com a do PMDB

A diferença no tamanho das futuras bancadas do PT e do PMDB na Câmara dos Deputados pode ser de apenas um deputado - a favor dos pemedebistas. É o que mostram os mapas dos partidos obtido pelo Valor: o PMDB poderia eleger 99 deputados e o PT, 98. Com a previsão de um placar tão apertado, deve perdurar até a abertura das urnas a dúvida sobre qual partido sairá na frente em eventual governo Dilma Rousseff (PT).

Os dois partidos escolheram estratégias diferentes. O PT aposta na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com expectativa de que sua aprovação se traduza em maiores bancadas no Norte, Centro-Oeste e Nordeste. O partido também escolheu cerca de 30 nomes que são considerados favoritos para se somarem aos 66 petistas que tentam a reeleição. São candidatos saídos das máquinas públicas municipais, estaduais e federais e com intimidade com a gestão pública, em contraposição aos parlamentares de movimentos sociais que marcaram a estreia do partido. (Págs. 1 e A12)

Foto legenda: Assédio à Potash

A Potash, gigante canadense de fertilizantes, rejeitou oficialmente proposta de compra da BHP Billiton por US$ 38,6 bilhões. Bill Doyle, presidente, disse que há mais empresas interessadas. Um consórcio liderado pelo fundo chinês de private equity Hopu Investment estuda fazer uma oferta. (Págs. 1 e B11)

Leilão de energia atrai geradoras estrangeiras

Retornos que chegam a ser duas vezes maiores que os de alguns investimentos em hidrelétricas atraíram empresas novatas e tradicionais geradores para a energia eólica. Mais de 300 projetos, que somam cerca de 8,5 mil megawatts, estão inscritos para os leilões de fontes alternativas que acontecem nesta semana. A competição contará com grandes geradores internacionais que ficaram de fora do leilão de 2009, como Tractebel (GDF Suez) e Iberdrola.

Entre as novatas no setor estão a Coomex e a Renova Energia, primeira empresa de energia renovável a ter ações na bolsa e maior vendedora de energia eólica no país em 2009. (Págs. 1 e A3)

Atraso em obra opõe WTorre e Santander

A construtora WTorre e o Santander recorreram à uma câmara de arbitragem para resolver uma pendência de R$ 135 milhões, provocada por um atraso de seis meses, no ano passado, na entrega do prédio que passou a ser a sede do banco em São Paulo. Desde 2008, o Santander é sócio da WTorre, quando converteu uma dívida de R$ 500 milhões em participação de 8,55%.

A entrega do prédio estava prevista para dezembro de 2008, mas ocorreu em junho de 2009. O compromisso de compra e venda celebrado entre as partes previa multa diária de R$ 700 mil em caso de atraso na expedição do alvará da prefeitura liberando a ocupação do edifício. O atraso aconteceu principalmente em razão de exigências impostas pela prefeitura de São Paulo. (Págs. 1 e B1)

Cresce a exportação de manufaturados para a América Latina e União Europeia (Págs. 1 e A2)

Em disputa com a Dell, HP oferece US$1,6 bi pela 3Par Inc (Págs. 1 e B11)

Castigo à ostentação
Os governos da Itália e Grécia aproveitaram o verão europeu para aumentar a fiscalização sobre proprietários de embarcações de luxo em busca de sonegadores. (págs. 1 e A9)

Consolidação em TI

No primeiro semestre, foram realizadas no Brasil 33 operações de fusão ou aquisição de empresas de tecnologia da informação (TI), movimentando o equivalente a US$ 150 milhões. (Págs. 1 e B2)

Novo perfil ao volante

Pesquisa mostra mudanças no comportamento das mulheres em relação à compra de um automóvel. O design é apenas a quarta prioridade, atrás de itens de segurança, potência e espaço interno. (Págs. 1 e B4)

Bolsa eletrônica de bovinos
Em acordo com a BM&F Bovespa, o Banco do Brasil vai abrir uma linha de RS 8 bilhões para financiar a aquisição de gado bovino por pequenos e médios frigoríficos na Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). (Págs. 1 e Bl4)

Concentração da soja no MT

Na safra 2009/10, os 20 maiores produtores de soja do Mato Grosso foram responsáveis por 20% da área plantada com a cultura no Estado. Na safra 2004/5, esse percentual foi de 9%. (Págs. 1 e B14)

Santander mira a Polônia

O Santander pretende intensificar os esforços para assumir as operações internacionais do Allied Irish Banks (AIE). O principal alvo é o controle do Bank Zachodni WBK, da Polônia. (Págs. 1 e C3)

Investimentos sustentáveis

A Intenational Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial para o setor privado, vai revisar seus critérios socioambientais para a concessão de empréstimos. (Págs. 1 e C8)

Ideias
Antônio Delfim Netto

Surpreendido pelo que julgou ser uma 'mudança' da situação, Copom revelou adequada cautela e alguma humildade. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Raymundo Costa

Além de PT e PMDB na área política, fiscalistas e heterodoxos disputam espaço na área econômica num governo Dilma. (Págs. 1 e A7)
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RADIOBRAS.