PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, julho 31, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "EM ALGUM LUGAR NO PASSADO..."










[Chargistas: Glauco, MJacobsen, Frank, Ique, Aliedo, Sponholz].

LULA & VAIAS: "ORQUESTRAÇÃO" DA OPOSIÇÃO [!]

Orelhas são para vaias e aplausos, diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (31) que não se incomoda em escutar vaias. “Deus fez o homem perfeito, com duas orelhas, uma para ouvir as vaias e a outra pra ouvir aplausos”, disse, em cerimônia em Cuiabá, onde anunciou recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de saneamento básico. Após a solenidade, o presidente seguiu para Campo Grande, onde também deverá anunciar verbas do PAC. Vaiado na abertura dos jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro, Lula disse nesta terça que não vai se intimidar com esse tipo de protesto e continuará “percorrendo o Brasil”. “Os que estão vaiando deveriam estar aplaudindo porque ganharam muito dinheiro no meu governo”, disse, referindo-se a banqueiros e empresários. Ele considerou as críticas e vaias como atos “insanos”. Segundo Lula, na política, “quem perde fica em casa acendendo vela, tudo para não dar certo”. Na cerimônia, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), afirmou que agiu para impedir um protesto que seria realizado por militantes tucanos contra o presidente Lula. Dirigindo-se ao presidente, que acompanhava o discurso do prefeito, Santos disse ser contra o protesto, uma vez que Lula estava na cidade para anunciar recursos para o estado. Afirmou ainda que o grupo que pretendia vaiar Lula em Cuiabá era tão pequeno que "não daria nem para formar um time de futebol de salão". O presidente também falou sobre a pobreza. "A periferia desse país empobreceu. Há 40 anos, São Paulo tinha duas favelas. Hoje, tem 700". Na cerimônia, Lula prometeu anunciar mais recursos para investimentos em transportes no estado, em hidrovias e ferrovias. Os ministros Márcio Fortes, das Cidades, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, acompanham o presidente na viagem. A comitiva deve retornar a Brasília ainda nesta terça. G1, TV Centro América. Foto vídeo-matéria.

BRIGADEIRO PEREIRA & INFRAERO: CAI-NÃO-SAI

''Pode até ser que eu tenha errado''

Uma hora antes de o governo anunciar a sua demissão da presidência da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), o brigadeiro José Carlos Pereira demonstrava a mesma serenidade vista em outros episódios da crise aérea. Alheio às manchetes dos portais de notícias, que a essa altura já davam como certa sua saída da estatal, Pereira acertava os últimos detalhes da exposição que faria na reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). ''''Estou ansioso'''', admitiu. ''''Não pelo meu futuro, mas para saber o que vai sair dessa reunião''''. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida por J. Carlos ao Estado.
O sr. continua na Infraero? Não sei, rapaz. Ainda não fui comunicado sobre nada, continuo aqui na empresa. Trabalhei quatro anos no Palácio do Planalto, sei muito bem como funciona a máquina e é evidente que, numa hora dessas (de crise), é necessário mudar. Isso existe mesmo. Pode até ser que eu tenha errado em algum momento, mas mudanças fazem parte da administração pública. Há pessoas que saem magoadas, mordendo a porta. Quem faz isso não deveria ter ocupado essa função.
Na semana passada, o governo anunciou a transferência de diversos vôos para Cumbica. O aeroporto suporta essas mudanças? Agüenta sim. Claro que o aeroporto precisa de alguns ajustes, muitos já estavam programados, outros eu mandei fazer. Na Asa C, por exemplo, rearrumamos os balcões de check-in, as filas estão menores, acho que o saguão ficou mais balanceado. Campinas, daqui a uns 40 dias, também terá condições de receber mais vôos. Ainda precisa de alguns ajustes, mas vai ficar pronto a tempo. Agora, isso tudo é emergencial. Pode ficar assim 2, 3 anos. Mas precisamos de planejamento, novos aviões estão chegando, as empresas estrangeiras querem operar mais aqui.
A crise se arrasta há mais 10 meses. O governo não demorou demais para agir? Claro que sim! Deveríamos ter tomado providências há 11 meses, não tenha dúvidas.
O sr. tem demonstrado desapego ao cargo. Mas há outros órgãos ligados à aviação cujos integrantes não têm a mesma posição. É falta de espírito público? Acho que sim. Isso (espírito público) é uma coisa em falta hoje em dia. As pessoas estão muito preocupadas com suas carreiras, que cargos vão ocupar. Não ligo para isso.
Caso deixe a presidência da Infraero, pretende continuar morando em Brasília? Ainda não sei. Sou de Salvador, minha mulher é do Rio Grande do Norte, mas gostamos mesmo é do Rio. É capaz que eu fique alguns dias por aqui (em Brasília) e depois decida o que fazer. Meu lugar é o País, a cidade tanto faz. Bruno Tavares, Estadão.

RENAN CALHEIROS: "ETERNO ENQUANTO DURE"

PF recebe último lote dos documentos de Renan


Brasília - O Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal recebeu ontem o último lote residual de documentos de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a processo por quebra de decoro parlamentar. A entrega do material estava sendo dificultada por órgãos do governo alagoano, controlados por aliados de Renan, e só foi feita, com atraso, mediante pressão do Conselho de Ética, onde corre o processo. Com esses últimos dados, a Polícia Federal acredita ter condições de concluir até o próximo dia 14 o laudo que vai atestar se existiram as operações de venda de gado e, ainda, se o senador recebeu ou não a ajuda de um lobista para o pagamento de contas pessoais. Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o futuro político de Renan dependerá do laudo dos peritos da Polícia Federal. "Se o resultado for contra ele, dificilmente terá os votos necessários para manter o mandato", previu. O motivo, segundo o parlamentar goiano, é que a existência de notas frias, de operações falsas de compra e venda de gado ou de qualquer outro perjúrio resultará na constatação de que o senador não respeitou o decoro do cargo. Demóstenes acha importante que os peritos procedam ao teste da contemporaneidade nos recibos assinados por Renan. A avaliação mostraria se as datas dos documentos coincidem com as de venda do gado ou são posteriores. Determinada há três semanas, a perícia da PF só começou na última quarta-feira, porque os documentos - notas fiscais com os canhotos, recibos, guias de transporte de animais, declaração de renda e outros papéis - foram entregues a conta-gotas. O laudo é decisivo para o julgamento do processo. O senador alega inocência e já reiterou diversas vezes que não vai renunciar à presidência do Senado nem ao mandato. A existência de notas fiscais frias, inclusive de empresas que nem sequer existem, entre os documentos entregues à perícia, no entanto, pode complicar a defesa de Renan. Entre os papéis colocados sob dúvida estão notas emitidas pelos frigoríficos GF Silva e Carnal Carnes, cujas inscrições na Fazenda estadual estavam extintas na época das operações.Os documentos dessas duas empresas, por sinal, já haviam sido reprovados em laudo parcial feito pela Polícia Federal em 19 de junho.Ao todo, foram formulados 30 quesitos sobre a evolução patrimonial do presidente do Senado, sobre seus rendimentos agropecuários e sobre a autenticidade dos documentos. Caso fique constatado que o senador mentiu, ele pode ser cassado e ter os direitos políticos suspensos por oito anos. Estadão, Vannildo Mendes. Foto matéria.

JOBIM & GOVERNO LULA: AFINADO COM O PMDB/SERRA


O ingresso de Nelson Jobim no governo modificou o ânimo de Lula em relação à crise aérea. Para o presidente, os primeiros movimentos do novo ministro da Defesa arrancaram o governo do córner. “O Jobim tirou o governo da defensiva”, disse Lula a um auxiliar. O presidente reagiu com menosprezo à informação de que a proeminência do novo ministro começa a provocar ciumeira no PT. Nos subterrâneos, o petismo torce o nariz para a excessiva proximidade de Jobim com o governador tucano José Serra (São Paulo). Aquilo que seu partido vê como um defeito, Lula qualifica como virtude. Numa espécie de auto-elogio, o presidente vangloria-se do fato de ter nomeado Jobim sem se preocupar com o seu perfil político-partidário. Elogia-lhe a capacidade gerencial. E enxerga na amizade com Serra não um problema, mas uma solução. Nesta terça-feira (31), o PT reúne sua Executiva Nacional. O aerocaos é um dos temas da pauta. Alertado a respeito, Lula comentou: “Espero que não façam nenhuma besteira”. Convidado a participar, nesta segunda-feira (30), da reunião semanal da coordenação de governo, no Planalto, Jobim fez um relato da visita que realizara a São Paulo na sexta-feira (27). Rompendo a inércia do petista Waldir Pires, seu antecessor, Jobim visitara o cenário da tragédia do Airbus da TAM. Incluíra na agenda paulistana visitas a Serra, primeiro poítico a quem comunicara a decisão de ingressar no governo, e ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Retornara a Brasília já decidido a defender duas sugestões que Serra e Kassab haviam feito em carta a Lula: a construção de uma terceira pista no aeroporto de Cumbica (Guarulhos) e a costura de uma parceria entre a iniciativa privada e os governos federal e estadual, para bancar uma linha de trem expresso unindo Guarulhos a São Paulo. De resto, decidira levar ao freezer a idéia, anunciada com pompa em 20 de julho, de construir um terceiro aeroporto em São Paulo. Iniciativa que Serra considerara pirotécnica. Lula renovou ao ministro a carta branca que dera na semana passada, quando o nomeara. Nos próximos dias, Jobim terá, no Rio, uma reunião com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Entre outras coisas, discutirá a hipótese de envolvimento do bancão estatal de fomento na operação do trem expresso. Em privado, Lula revela-se aliviado por ter, finalmente, demitido o amigo Waldir Pires da pasta Defesa. A seu juízo, Jobim já está fazendo, em poucos dias, o que Pires não fora capaz de fazer: unificar o discurso e a linha de ação dos diferentes órgãos que operam no setor aéreo. Sobretudo a Aeronáutica, a Infraero e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No PT, avalia-se que Jobim foi descortês com Pires ao proferir a frase incômoda: “Aja ou saia; faça ou vá embora”. Lula, de novo, discorda. Acha que, mais do que necessária, a afirmação de autoridade do novo ministro era “indispensável”.Na semana passada, Lula e parte de sua assessoria haviam flertado com a idéia de estimular os dirigentes da Anac a interromper, por meio de uma demissão coletiva, os próprios mandatos, que, pela lei, vão até 2011. Agora, o Planalto passou a considerar a providência momentaneamente desnecessária. Estima-se que, como presidente de um vitaminado Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil), Jobim vai ditar os novos rumos da aviação civil. Rumos que, por dever funcional, os dirigentes da Anac não poderão se furtar a seguir. O otimismo do governo encontra-se, naturalmente, pendurado na efetividade das providências recém-anunciadas. Medidas que, por ora, serviram apenas para preencher páginas de jornal e para evidenciar a inação que levou o governo ao córner do qual Lula imagina ter saído. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Dez dias após anunciar terceiro aeroporto, governo descarta idéia. O governo descartou ontem a possibilidade de construir um terceiro aeroporto em São Paulo, pelo menos a curto prazo. A decisão foi tomada dez dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, terem anunciado publicamente a intenção de o governo federal erguer esse novo aeroporto fora de São Paulo. Ontem, na reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto, o presidente aceitou o argumento apresentado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, indicando que o mais conveniente, neste momento, é investir na construção da terceira pista do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Vera Rosa, Leonencio Nossa, Estadão.
Jobim analisa construção de área de escape em Congonhas. BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de construção de uma área de escape no aeroporto de Congonhas, onde, no dia 17 de julho, um avião da TAM perdeu o controle e se chocou em um prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas. Segundo o ministro, já foram iniciadas conversas com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). "Ampliar a pista (de Congonhas), nem pensar. Mas vamos examinar com o prefeito Kassab, e ele já mostrou disposição para isso, a ampliação da área de escape", disse Jobim em entrevista, depois da primeira reunião do Conselho de Aviação Civil (Conac) presidido por ele. Tânia Monteiro, Ana Paula Scinocca e Luciana Nunes Leal. Estadão.
CPI analisa transcrições da caixa-preta no início da tarde. BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados vai começar, no início da tarde desta terça-feira, 31, a analisar as transcrições das caixas pretas do Airbus da TAM acidentado no dia 17 de julho. O anúncio foi feito pelo presidente interino da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na abertura dos trabalhos da CPI. Antes das 10 horas desta terça-feira, Cunha recebeu o áudio dos diálogos mantidos pelos controladores de vôo e os pilotos do avião da TAM. Cunha deve consultar os demais integrantes da CPI sobre o tratamento que dará às informações que estão sendo enviadas pela Aeronáutica. Cunha está no comando dos trabalhos, porque o presidente da Comissão, Marcelo Castro (PMDB-PI) está internado, em Brasília, tratando de uma diverticulite. Denise Madueño, do Estadão.
SERRA Propõe construção de trem de SP a Cumbica. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), propôs hoje uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a construção de um trem expresso da capital paulista até o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. A sugestão foi anunciada após reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim e custaria R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão caberia ao governo estadual, R$ 580 milhões ao governo federal e R$ 1,32 bilhão à iniciativa privada. De acordo com estudo da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, o sistema ficaria pronto em 2010. Serra defendeu também a implantação de uma pista expressa para ligar a Rodovia dos Bandeirantes ao aeroporto de Viracopos, em Campinas. Para o futuro, o governador propõe que essa pista seja prolongada até a capital paulista, em paralelo à Rodovia dos Bandeirantes. "O Aeroporto de Viracopos é o que tem o maior potencial de expansão no Estado", disse, ressaltando que a médio prazo a ligação ferroviária até o local também poderia ser utilizada. G1.
Fidel deixou Cuba com educação de 1º mundo e PIB do Iraque. A Cuba que o ditador Fidel Castro deixou de administrar há exatamente um ano, quando passou o poder da ilha a seu irmão Raúl, vive uma realidade de grande contradição. Após quase meio século de implementação de um regime socialista, a vida dos cubanos concilia pobreza com desenvolvimento humano considerado alto. O país tem serviços de saúde e educação que estão entre os melhores do mundo, dada principalmente sua universalidade -isto é, abrange quase toda a população. Mas por outro lado a maioria dos cubanos não tem acesso a vários produtos básicos de alimentação e de higiene. Um simples rolo de papel higiênico e sabonete são artigos considerados de luxo pelos cubanos, por causa do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos que a ilha sofre há quatro décadas. Fabio Schivartche e Daniel Buarque. G1.

GOVERNO DA PARAÍBA: CASSADO E INELEGÍVEL

Justiça Eleitoral cassa mandato de governador da Paraíba

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Paraíba cassou na noite desta segunda-feira o mandato do governador do Estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), eleito em 2006. Com a sentença, o segundo colocado no pleito, José Maranhão (PMDB), deve assumir o cargo. Lima era acusado de abuso de poder político nas eleições. Segundo o TRE, a FAC (Fundação de Ação Comunitária), ligada à Secretaria do Desenvolvimento Humano do Estado, havia entregue 35 mil cheques à população durante a campanha eleitoral, sem que houvesse nenhuma lei que regulasse a distribuição. A denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral) pedia, além da cassação, a inelegibilidade de Lima por três anos (a partir de 2006) além de uma multa --fixada em R$ 100 mil. Em seu parecer, o relator do processo, corregedor Carlos Eduardo Leite Lisboa, atendeu o pedido dos procuradores dizendo que a finalidade do programa era apenas eleitoreira. Lisboa também estendeu a multa ao presidente da FAC, Gilmar Aureliano de Lima. Dos cinco juízes, apenas um votou contra o relator. Lima ainda pode recorrer junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Folha Online, com Agência Folha.

GOVERNO LULA: "CANSEI" DAS VAIAS!

Manifestações contra Lula preocupam Planalto


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com os protestos contra seu governo, mas disse ontem que não vai se intimidar com vaias. Diante de ministros da coordenação política, no Planalto, afirmou que irá ao Rio Grande do Sul e ao Paraná por volta de 14 de agosto, quando retornar de seu périplo pelo México e por quatro países da América Central. Na tentativa de evitar mais dissabores para Lula, como novas vaias, sua assessoria cancelara viagens que faria a Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina logo após a tragédia com o Airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, dia 17. "Ninguém vai me emparedar", afirmou Lula, na reunião de ontem. "Eu não vou deixar de andar o País por causa de vaia." Pesquisas do tipo tracking, encomendadas pelo Planalto após o acidente em Congonhas, já indicam que a popularidade do presidente caiu, sobretudo em São Paulo, e em camadas das classes média e alta. O levantamento acendeu a luz amarela no Planalto, depois de dez meses de crise aérea. Até agora, o governo não organizou nenhuma estratégia para enfrentar hostilidades, mas pretende observar as manifestações com cautela. Há, na avaliação do Planalto, duas situações distintas em meio aos gritos de "Fora Lula": a primeira, considerada natural, de indignação das famílias de vítimas do acidente da TAM; a segunda, organizada pela oposição. Um auxiliar direto do presidente disse ao Estado que o governo identifica o bordão "Cansei" como uma "coisa armada" pelos adversários, especialmente do PSDB e do DEM. O movimento foi lançado por empresários e tem apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O verbo cansei é sempre associado a substantivos que causam dor de cabeça ao Planalto, como corrupção e apagão aéreo. Lula recebeu vaias na semana passada, em viagens ao Nordeste, e no dia 13, na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Rio. No diagnóstico do governo, porém, os apupos foram "superdimensionados" pela imprensa. Apesar de garantir que viajará para o Paraná e o Rio Grande do Sul no meio de agosto, o presidente - que hoje assina convênios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Campo Grande - não irá a Santa Catarina. A alegação oficial é de que "não terá tempo" para lançar pessoalmente o PAC em todos os Estados. Na sexta-feira, ele pretende reunir no Planalto governadores de 12 Estados que ainda não visitou e dar por encerrada essa maratona de viagens para assinar protocolos do PAC. Além da crise aérea, outro assunto que tem tirado o sono do presidente é a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas Orçamentárias (DRU), cuja vigência termina em dezembro. A arrecadação estimada para este ano, só com a CPMF, é de R$ 36 bilhões, e o governo jura não ter como abrir mão desse dinheiro. Ainda nesta semana, Lula participará da reunião do Conselho Político e pedirá à base aliada que ajude a aprovar a renovação da CPMF e da DRU. A oposição ameaça derrubar as duas e uma fatia do PMDB cobra cargos em estatais como Furnas para votar com o governo. Vera Rosa e Leonencio Nossa. Estadão.

segunda-feira, julho 30, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] PEREIRA & A LEI DE "NEWTON"






[Chargistas: Amarildo, Son, Liberati, Fernandes, Lane, Humberto].

INFRAERO & JOBIM: O COMEÇO DAS MUDANÇAS (?)

Apenas Jobim pode falar sobre a crise aérea, diz Lula

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, terá autonomia para escolher o novo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), informaram, no início da tarde desta segunda-feira, assessores do Palácio do Planalto. Em reunião, durante a manhã, com os ministros do grupo de Coordenação Política e com Jobim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que apenas Jobim falará em nome do governo a respeito da crise no setor aéreo. Na reunião, Lula deixou claro que o novo ministro começa com influência no governo. O Planalto já concordou com a decisão de Jobim de não nomear o ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão para o comando da Infraero. A escolha de Maranhão era defendida por ministros palacianos. Maranhão, no entanto, não é ligado ao novo ministro da Defesa. Jobim teve pela manhã, no Planalto, uma audiência privada com o presidente Lula. Na conversa, o ministro fez um balanço de suas primeiras ações à frente do ministério. Depois, Lula o convidou a participar da reunião do grupo de ministros da Coordenação Política. Foi nessa reunião que o presidente mandou um recado aos ministros mais influentes do governo: "qualquer balanço da crise e qualquer afirmação serão feitos apenas pelo ministro da Defesa", avisou, segundo relato de um participante do encontro. O presidente não quer mais polêmicas e declarações precipitadas dos auxiliares. Lula avalia que setores da mídia e da opinião pública foram "afoitos" ao jogar no governo toda a culpa pelo acidente com o Airbus da TAM que explodiu no Aeroporto de Congonhas, no último dia 17, causando a morte de 199 pessoas. Lula destacou que só Jobim falará sobre o assunto nos próximos dias e insistiu em que é necessário que se esperem as conclusões da Aeronáutica sobre as causas da tragédia. Estadão, Leonêncio Nossa.

INFRAERO: SAI PEREIRA, ENTRA MARANHÃO [?]

Jobim confirma que Pereira vai sair da presidência da Infraero

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou na manhã desta segunda-feira, 30, que vai trocar o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). A confirmação foi dada na reunião da Coordenação Política, no Palácio do Planalto, na qual Jobim informou a saída do brigadeiro José Carlos Pereira. Jobim antecipou, porém, que o ex-presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão, não poderá assumir a presidência da Estatal. Segundo informações da Reuters, o governo ainda procura um nome para substituir o brigadeiro José Carlos Pereira. Maranhão não poderá assumir a Infraero porque há impedimentos, segundo o ministro. Apesar disso, ele poderia ajudar no conselho administrativo da estatal. Segundo relato de participantes do encontro, durante a reunião com o presidente Lula, o grupo de coordenação política concluiu que não há intenção, no momento, de alterar a diretoria da Agência nacional de Aviação Civil (Anac). A primeira providência, agora é saber como a Anac vai proceder nessa nova fase, de implementação das medidas determinadas pelo Conselho de Aviação Civil (Conac). Com relação aos aeroportos o ministro Jobim relatou ao grupo de coordenação política que a solução seria a construção de um terceiro terminal e uma terceira pista, no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos. Jobim disse que o prefeito de Guarulhos lhe garantiu que para as obras seria necessária a remoção de 5 mil famílias e não de 30 mil como foi anunciado anteriormente. Uma outra alternativa seria a ampliação do terminal de Viracopos, em Campinas. A construção de um terceiro aeroporto seria uma decisão de longo prazo. Estadão, Rosana de Cássia.

APADRINHAMENTO POLÍTICO & GOVERNO LULA: MAGGI/PAGOT

Após críticas à Anac, Lula insiste em novas indicações políticas

BRASÍLIA - Em meio à crítica generalizada sobre o excesso de políticos ocupando postos técnicos nas agências reguladoras - a começar pelos apadrinhados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) -, o governo tenta emplacar mais uma indicação político-partidária em um cargo estratégico. Luiz Antonio Pagot é cotado para ser o novo diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) - e também já pôs o nome à disposição para disputar, no ano que vem, a prefeitura de Cuiabá pelo PR. O cargo é cobiçado porque o orçamento do DNIT para este ano chega a R$ 10 bilhões. E, desta vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende contemplar um aliado recente, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), de quem Pagot é ex-secretário de Educação. O nome de Pagot foi encaminhado por Lula em maio, mas o exame de sua indicação ainda está parado na Comissão de Infra-Estrutura da Casa, que tem de aprová-la antes que o nome seja enviado para a apreciação do plenário. A sabatina de Pagot na comissão deveria ter ocorrido no início de julho, antes do recesso parlamentar, mas acabou sendo adiada, por conta de um pedido de vista feito pelo senador Mário Couto (PSDB-PA). A nova previsão da Comissão de Infra-Estrutura é de realizar a sabatina em 7 de agosto. Pagot vem sendo criticado por ter trabalhado como assessor do então senador Jonas Pinheiro, entre 1995 e 2002, e, ao mesmo tempo, ter atuado como superintendente de uma empresa privada, a Hermasa Navegação. A assessoria de Pagot considerou normal essa dupla função público-privada e afirmou que naquela época o Senado foi informado dessa outra atividade profissional. Além disso, a assessoria sustentou que a Mesa Diretora do Senado autoriza assessores e secretários de parlamentares a exercerem uma segunda atividade. Um senador da base do governo afirmou ao Estado que a indicação de Pagot também vem sofrendo resistências por causa das disputas políticas regionais. Na avaliação desse senador, com Pagot no DNIT, o grupo de Blairo Maggi ganharia ainda mais peso no Estado. "O DNIT tem um poder de fogo muito grande", explicou o parlamentar governista, que preferiu não se identificar. "O DNIT pode realizar obras nas rodovias, por exemplo, e fortalecer o grupo de Maggi."Um dos principais jornais do Mato Grosso, O Diário de Cuiabá, noticiou recentemente que Pagot poderia ser candidato à prefeitura de Cuiabá pelo PR, na eleição do ano que vem. A assessoria de Imprensa de Pagot informou, porém, que ele apenas colocou seu nome "à disposição" do partido, já que o pré-candidato oficial do PR para a prefeitura de Cuiabá é o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo. Estadão, Leonardo Goy.

PROTESTO DA ELITE: PANELAÇO À "PAULISTA"



As únicas opiniões que o Brasil de Brasília costuma levar em conta são as do travesseiro e do espelho. Natural. O travesseiro e o espelho têm vocação para a indulgência. Aprovam tudo. Perdoam qualquer coisa. Nos último dias, porém, uma outra opinião vem emitindo sinais de que deseja ser ouvida: a opinião pública. Ouviram-se, aqui e ali, as primeiras vaias. Neste domingo, em São Paulo, um naco daquilo que o ex-governador Cláudio Lembo chamou de “elite branca” foi à rua –6.500 pessoas, pelas contas da PM. Não é todo dia que um pedaço do Brasil bem-nascido desce ao meio-fio para protestar. Essa gente vive num paraíso que Manuel Bandeira classificaria de Pasárgada pós-moderna, com grades na janela, muros altos e, por vezes, segurança privativa. Desfrutam de uma normalidade assombrosa. Para apartar pessoas como essas da companhia de seus lençóis, numa manhã cinzenta de domingo, só mesmo um acontecimento desses que ferem a rotina como uma lâmina fria, só mesmo um episódio desses que fazem a vida escapar ao controle. Por exemplo: a morte, numa única explosão, de duas centenas de brasileiros – a maioria branca e bem-posta. Pois bem, sob garoa fina e um frio de 11 graus, esses 13.000 pés forrados com calçados finos e tênis de grife resolveram romper a inércia, pisando o asfalto. O objetivo primordial era o de homenagear as vítimas da tragédia da TAM e os bombeiros que se esfalfaram para resgatar os corpos carbonizados. Mas, em meio ao choro e às lamúrias, ouviram-se protestos contra Lula e seu governo. Não foram poucos. O Palácio do Planalto pode reagir à manifestação de três maneiras. A melhor forma de reação seria a adoção de providências que demonstrem capacidade gerencial para demover o caos aéreo. A forma inadequada seria ignorar a passeata. E a pior forma de reação seria a organização, como começam a defender os acólitos de Lula, de manifestações públicas de apoio ao governo, contrapondo os insatisfeitos ao grupo dos contentes. Monteiro Lobato já denunciava a passividade do Jeca Tatu. Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, cunhou a imagem do brasileiro como o “homem cordial”. Uma imagem que arrastou atrás de si, a contragosto do autor, a famigerada interpretação de que o Brasil é um país mergulhado no doce conformismo dos países atrasados. O recado embutido na passeata da “elite branca” é o de que a paciência, mesmo no Brasil, tem limites. Para além da identificação de culpados –algo que, no caso da TAM, ainda depende da conclusão das investigações—, o que se pede é um mínimo de respeito. Além de uma dose de eficiência compatível com a carga de tributos que a administração pública arranca dos bolsos alheios. Não é, convenhamos, muita coisa. Escrito por Josias de Souza, Folha Online. Chargista Angeli, 3007.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

FAB renova equipamentos e contrata controladores. A Aeronáutica está renovando os equipamentos do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Curitiba (PR). Numa segunda fase, também o Cindacta de Recife será renovado. Simultaneamente, está em andamento um processo de seleção de 160 novos controladores de vôo. Abertas em 17 de julho, as inscrições vão até 8 de agosto. (...) Daí a decisão de reforçar o quadro de controladores. No portal do Comando da Aeronáutica encontra-se disponível a portaria com as instruções para o próximo exame de admissão para a carreira de controladores. Podem concorrer civis e militares. Homens e mulheres. O salário é de R$ 1.816. Escrito por Josias de Souza , Folha Online. 3007.

Jobim se encontra com Lula antes de reunião política. BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa da reunião de coordenação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião prevista para as 9h30 só começou às 10h15, porque o ministro teve um encontro reservado com o presidente, no Palácio do Planalto. Leonêncio Nossa, do Estadão.
Presidente da Infraero diz não saber se fica. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, reafirmou nesta segunda-feira (30) que não sabe se continuará no cargo após a chegada de Nelson Jobim ao ministério da Defesa. "Não sei de nada. Não tive nenhum contato ou informação", afirmou ao chegar para a reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). A reunião, que deveria começar às 12h, foi adiada para as 17h desta segunda porque Jobim, que preside o Conac, encontra-se desde cedo no Palácio do Planalto, onde já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros do governo. Leandro Colon, G1, Brasília.
Presidente da Infraero diz que não foi comunicado de demissão. BRASÍLIA - Logo depois chegar para acompanhar a reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) no Palácio do Planalto, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou que desconhece a informação de que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já teria decidido pela sua demissão. Ele voltou a dizer, mais uma vez, que não renunciará ao cargo. "Não sei de nada, não tenho constrangimento algum em participar da reunião de hoje (segunda-feira)", disse o brigadeiro, ao chegar ao Ministério da Defesa, onde será realizada a reunião do Conselho de Aviação Civil (Conac), que foi adiada pela segunda vez, para as 18 horas. Isabel Sobral e Leonardo Goy, da Agência Estado.

"Tudo que entra, sai".



Sei não. Pode ser implicância minha. Mas acho que esse governo está ficando meio pornográfico. Depois do top,top,top de Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, vejam o que disse há pouco o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, cuja demissão foi decidida hoje pelo ministro Nelson Jobim, da Defesa: - O que eu posso fazer, meu filho? Tudo que entra, sai. Tudo que sobe, desce. É a lei da física. Blog do Noblat, Globo Online.Foto Celso Jr/AE.

Galvão Bueno faz Globo se render à dança do siri no Pan-2007.


A alegria da seleção brasileira de basquete contagiou Galvão Bueno no domingo (29), durante final do Pan-2007. Tanto que o locutor da Globo citou por duas vezes a dança do siri, sucesso do "Pânico na TV", da concorrente RedeTV!. Os jogadores comemoravam a vitória do Brasil sobre Porto Rico por 86 a 65 (o que rendeu ao país a medalha de ouro). Eles fizeram repetidamente a coreografia que ficou famosa com a dupla Vesgo e Ceará. "É a dança do siri", anunciou Bueno entre risos, repetindo a frase minutos depois. A Globo declarou que o episódio "não é nada demais" e que "não há o que repercutir". Folha Online, Foto Lalo de Almeida, Folha imagem.

Lula pode renomear Rondeau para o ministério esta semana.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva definirá nesta semana o nome do novo ministro de Minas e Energia. A tendência do presidente, segundo um auxiliar direto, é a da recondução de Silas Rondeau, que deixou o cargo em maio, por suposta participação na chamada máfia das obras públicas, desmontada pela Polícia Federal. (...) Depois do escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os peemedebistas começaram a pressionar o presidente da República pela volta de Silas Rondeau ao ministério. Neste embate, a Polícia Federal já garantiu que não pretende interromper as investigações e continua sustentando a linha deflagrada no início da Operação Navalha, que aponta o envolvimento de Rondeau na máfia das licitações. Leonencio Nossa, do Estadão. Foto AE.

INFRAERO: JOBIM vs PEREIRA [SAMBA DE AVIÃO]*

Pereira quer discutir permanência na Infraero com o Conac

SÃO PAULO - José Carlos Pereira, presidente da Empresa Brasileira de infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), pretende discutir nesta segunda-feira, 30, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sua permanência na Estatal. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Pereira afirmou que deve conversar com Jobim sobre o assunto na reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), em Brasília, na tarde desta segunda. "Existe uma pauta extensa, resoluções precisam ser tomadas, explicações dadas. No entanto, certamente, após a reunião, eu pretendo conversar com o ministro Nelson Jobim para deixar tudo esclarecido. E para que a gente possa retomar a vida normal", afirmou o presidente da Estatal, contando que deve definir sua situação ainda nesta segunda. A reunião do Conac está marcada para às 12 horas e terá a presença dos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Tarso Genro, da Justiça, ao lado dos ministros da Defesa, das Relações Exteriores, do Turismo, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Casa Civil. Ainda participam da reunião, como "convidados permanentes", o diretor-presidente da Anac, Milton Zuanazzi, o diretor-geral do Decea, brigadeiro Ramon Cardoso, e o diretor do Departamento de Política de Aviação Civil (Depac), Rigobert Luncht. Pereira afirmou que a Infraero vai sugerir, durante reunião do Conac, que os vôos no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, sejam reduzidos em 10%, passando das atuais 623 operações diárias para 562. Segundo ele, é necessário "desafogar" o aeroporto paulistano. "Seria uma redução bastante interessante, daria ao aeroporto uma margem de segurança, para evitar isso que está acontecendo hoje, ou seja, qualquer 'chuvinha' em Congonhas, o País entra em colapso" - afirmou. Estadão.
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(*) Tom Jobim - 'Samba do Avião' [Antonio Carlos Jobim]. "(...) Aperte o cinto, vamos chegar,/ Água brilhando,/ olha apista chegando,/ E vamos nós". www.vagalume.com.br

TRIBUTO A "CHARLES DE GAULLE": 'ESTE PAÍS NÃO É SÉRIO!' *

Projetos prevêem criação de mais 6 estados

Estão prontos para votação no Congresso projetos que prevêem a criação de mais seis estados. Se aprovados, eles vão agravar o inchaço do Legislativo, abrindo 144 cadeiras de deputado estadual, 48 vagas de deputado federal e 18 de senador. Esses projetos de decreto legislativo, que prevêem a realização de plebiscito, foram aprovados nas respectivas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e podem ser inseridos na pauta a qualquer momento. Os novos estados em estudo são: Carajás e Tapajós no Pará; Mato Grosso do Norte em Mato Grosso; Rio São Francisco na Bahia; Maranhão do Sul no Maranhão e Gurguéia no Piauí. Em comparação, os Estados Unidos têm 50 Estados, com representação fixa no Congresso de 100 senadores e 435 deputados. Se forem criadas mais unidades da federação (nos E.Unidos), não haverá aumento do Parlamento, apenas a redistribuição das vagas. O Brasil tem 26 estados e 1 Distrito Federal. O Congresso abriga 513 deputados e 81 senadores. Aqui, ao contrário dos EUA, a configuração aumenta se houver novos estados. Em média, a Assembléia Legislativa de um pequeno Estado, com 24 deputados, consome R$ 110 milhões ao ano. Na maior parte, os projetos de criação de estados são antigos e apresentam lacunas. Nenhum deles, por exemplo, inclui um estudo detalhado sobre a viabilidade econômica e os custos da medida. A criação de um estado pressupõe a existência de um novo Executivo, um novo Judiciário e um novo Legislativo. Todos devem ser dotados de completa estrutura física, como prédios, veículos e equipamentos, e administrativa - governadores, secretários, servidores, juízes, promotores, deputados e assessores. As propostas tampouco apresentam solução para um problema crucial: quem arcará com os custos do plebiscito. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo". G1, AE.
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(*) Frase atribuída a Charles de Gaulle, general francês, proferida nos anos 60. ["Le Brésil n’est pas um pays sérieux.' (O Brasil não é um país sério)].

domingo, julho 29, 2007

A HORA DO "ÂNGELUS"

"Não sei se saberei expressar com palavras o sentimento que me veio à impressão, há pouco, quando lembrei da expressão 'SERVIR A DOIS SENHORES', contidas, por exemplo, em Mateus (6:24) ou em Lucas (16:13)":

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mateus, 6:24).

Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. (Lucas, 16:13).
"Em uma das muitas traduções vemos que os 'dois senhores' são referidos a DEUS e a MAMOM. Noutra, 'Mamom' é entendido como DINHEIRO. Daí ousamos indagar: seria apenas o 'dinheiro' em sua expressão monetária ou outras formas de SERVIDÃO?
Nesse sentido, 'Mamom' também teria o significado de "corrupção", "fraudes", "lobbies", "indicações políticas", "apadrinhamentos", "empresas fantasmas", "notas fiscais frias", "laranjas", "super-faturamento" na venda de bens ou serviços prestados ao Estado ou "fazer vista grossa", uma vez que isto tudo implica ou envolve DINHEIRO?
Se este nosso raciocínio for válido, então somos obrigados a concordar que nosso País, nos últimos tempos, vêm servindo a 'dois senhores'", com competência e isonomia.
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(Natalino Henrique Medeiros).

sábado, julho 28, 2007

EDITORIAL: "DE REPENTE, NÃO MAIS QUE DE REPENTE..."

EDITORIAL – 27 de julho de 2007.

“UMA MENSAGEM À GARCIA!”

“De repente, não mais que de repente”[1] o presidente Lula “convoca” Nelson Jobim (PMDB), Ministro da Justiça (1995-1997) no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), ministro nomeado (1997-2003) do Supremo Tribunal Federal (STF), por indicação de FHC, e ex-presidente do STF (2003-2006), para assumir o Ministério da Defesa em substituição ao titular da pasta Waldir Pires (PT), um “companheiro” de longa data. A propósito, no discurso de posse de Nelson Jobim, o presidente Lula manteve o hábito da inclusão de suas “pérolas”, ao improviso. Segundo o Presidente: "o momento mais difícil, como presidente, é a troca de um companheiro por outro companheiro". Referindo-se ao “pedido” de demissão de Waldir Pires, Lula disse: "Depois que você me comunica a sua decisão de sair, e eu aceitei, compreendo. O companheiro Waldir deixa o governo após prestar os mais relevantes serviços. Sou eternamente grato por poder trabalhar com você. Certamente ‘haverão’ [“sic”] aqueles que vão dizer que o companheiro Waldir está saindo por causa da crise aérea, da tragédia do avião da TAM, mas esse fato permitiu que você tomasse a decisão de pedir o afastamento". Em relação ao “outro companheiro”[2], o presidente Lula declarou: "Nelson Jobim estava sem fazer nada, atrapalhando a esposa. Falei: está na hora de Waldir, que é um pouco mais velho, descansar e o Jobim trabalhar".
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Ainda no discurso de posse de Nelson Jobim, o presidente Lula tentou justificar a crise área brasileira a partir de um conjunto de “instituições” que são responsáveis pelas questões da aviação, entre elas, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Conselho Nacional de Aviação Civil (CONAC), a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO) e o Ministério da Defesa. Portanto, a dificuldade do Ministério da Defesa comandar esse conjunto de instituições, “justificaria” a crise que se estabeleceu no setor da aviação brasileira. E dessa maneira, sua tentativa, na solenidade de posse, de isentar a incompetência de seu companheiro “um pouco mais velho”.
Por essas e por outras, foi divulgado que, antes de dizer sim, Jobim ouviu do presidente Lula que terá liberdade para fazer as mudanças que considerar necessárias na Infraero e na Anac. Trata-se da popular “carta-branca” recebida.
Com efeito, Nelson Jobim, já condição de Ministro da Justiça, deixou claro, em seu discurso, a necessidade de se fazer uma "revisão sistêmica" das instituições vinculadas ao Ministério: "Não podemos deixar que haja mais comandos fora de regências. Isso aqui tem de funcionar como uma orquestra e o maestro sou eu, sob as ordens do presidente. A música e a composição são do presidente, eu executo e vamos trabalhar exatamente com o conjunto nesse sentido" (grifamos). Acrescentou ainda: "O nosso compromisso é ter formas de solução e não formas de lamentação". Com “voz de comando”, Jobim citou o ex-primeiro ministro inglês, Benjamin Disraeli, enfatizando: “Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora”. Não seria muito difícil entender a quem o Ministro se referia ou para “quem” tanto ele estendia esse recado.
Ainda segundo o ministro, se for para garantir a segurança, as filas nos aeroportos podem continuar. "É uma questão de opções. Precisa ficar claro que, se for necessário que se prolonguem as filas para garantir a segurança, é o preço que pagamos".
Entretanto, a “revisão sistêmica” pensada por Jobim tem que ser bem pensada ou “articulada”. Como foi divulgado, Jobim não tem poder legal para demitir o presidente da Anac, Milton Zuanazzi[3], cujo mandato vai até 2011. A estabilidade é garantida pela lei que regulamenta as agências reguladoras e se estende a todos os diretores da Anac e das demais agências. Ciente disso, Jobim afirmou que a Agência foi criada para funcionar e dar resultados: "As regras sobre a estabilidade do mandato nas Agências foram feitas para dar resultado, não para ser mantidas. Precisa dar resultado." Jobim afirmou que se houver mudanças no comando da Anac, elas não serão partidarizadas e deverão levar em conta a capacitação técnica dos nomeados, uma vez que, após a queda do avião da TAM, vôo 3054, a sociedade passou a questionar a falta de capacitação técnica dos integrantes da Anac. Ainda sobre a estrutura da Anac, Jobim se manifestou: “Vou examinar, estudar e ver se a modelagem da Anac serve para a aviação brasileira. Se precisar alterar, vamos alterar. Não podemos ficar engessados” (grifamos).
Por sua vez, Lula fez avisar aos cinco diretores da Anac, donos de mandatos fixos, que gostaria que eles pedissem demissão. Segundo assessores do Palácio, Lula não vai passar por cima da legislação, mas que “espera um gesto” da diretoria, uma vez que a Anac virou uma protagonista da crise aérea.
Ao que nos parece, Jobim conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesse caso. A Ordem iniciou um estudo para ingressar na Justiça com ação civil pública pedindo a exoneração da diretoria da Anac por improbidade administrativa. Segundo o noticiário, de acordo com o parecer de Winston Neil Alencar, presidente da Comissão Especial de Defesa do Consumidor do Conselho Federal da OAB, “a ação deve ser baseada no descumprimento da lei que instituiu a Anac e no desconhecimento técnico da área por seus diretores, conforme demonstra o caos aéreo”. Ainda segundo o autor da proposta, a ação civil pública tem fundamento, principalmente, porque os diretores da Anac, incluindo seu presidente, não têm embasamento técnico para a função, conforme determina a lei que criou o órgão. O jornal "O Estado" publicou reportagem (26/7) mostrando que apenas um dos cinco principais diretores da Anac é do setor aéreo. Os outros cargos foram preenchidos por indicação política ou apadrinhamento.
Nesse processo de “apagão”, o brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, foi informado na manhã de 26/07 que teria de deixar o cargo, segundo noticiou a "Folha", de Brasília. A saída de José Carlos faz parte de um esforço do Planalto para mostrar uma reação à crise, uma vez que ele foi o responsável pela administração e pelas obras de ampliação e reforma dos aeroportos brasileiros e cujo estado da pista de Congonhas pode ter contribuído para o acidente do avião da TAM. Indagado sobre o caos que atinge os aeroportos brasileiros e sobre sua permanência na Infraero, o brigadeiro José Carlos disse que, "os pepinos fazem parte da vida, certo? O importante não é o pepino. O importante é saber lidar com o pepino, saber cozinhar o pepino, cortá-lo corretamente. É ter inteligência para trabalhar com os pepinos” (grifamos). Com essa “receita” ele, por certo, trouxe nuvens negras ao (seu) “céu de brigadeiro”.
Finalmente, em um dos trechos de seu discurso, Jobim disse: “Vamos enfrentar os problemas que estamos vivendo, enfrentá-los na perspectiva de uma grande união nacional para mostrar exatamente ao país, ao povo brasileiro, que é nosso comandante, e ao mundo que o Brasil veio para ficar e veio para ter voz, para definir prioridades e saber que é uma grande nação. A história não registra e não grava boas intenções, a história registra o que fazemos e o que deixamos de fazer. Ela não aceita explicações” (grifamos).
A posse de Jobim não ficou restrita ao noticiário nacional. O jornal “New York Times” afirmou que o treinamento jurídico de Jobim, "um respeitado ex-presidente da Suprema Corte e ex-ministro da Justiça", deve ajudar o governo Lula a lidar com as questões legais decorrentes do acidente com o Airbus da TAM (...) "o segundo grande desastre aéreo em menos de dez meses no Brasil". O texto lembra ainda que Jobim é do PMDB, partido da base aliada do governo Lula.
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Contudo, perguntamos: ao assumir o Ministério da Defesa, Nelson Jobim estaria em “defesa” do governo Lula, haja vista sua experiência parlamentar e “treinamento jurídico” ou se, de fato, ao assumir a pasta e mesmo com “carta-branca”, ele seria mais um “mensageiro” a não “colocar o guizo no pescoço do gato”, nas questões da crise aérea brasileira?
Vamos aguardar!
E que não esperemos até um novo Pan, um “novo” TAM, um novo Renan!!!
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[1] “Soneto da Separação”; (Vinícius de Moraes).
[2] Nas eleições de 2002, Nelson Jobim teria planejado concorrer na chapa do então candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, como vice-presidente. Porém, as negociações não evoluíram junto aos partidos, naquela oportunidade.
[3] Milton Zuanazzi, é afilhado político da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.

sexta-feira, julho 27, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] A PÁTRIA DAS CHUTEIRAS (FEMININA)... OPS!!!










[Chargistas: Erasmo, Regi, Sinfrônio, J.Bosco, Cláudio, M.Aurélio, Amarildo].

GOVERNO LULA [In:] "MARACANÃ" MARAVILHA! *





Não chegou a ser um novo “maracanaço”. Mas todo mundo ouviu. Lula foi vaiado. De novo. Deu-se em Aracaju (SE), nesta quinta-feira (26), quando são decorridos apenas 14 dias desde os apupos que constrangeram o presidente na abertura do Pan. Dessa vez, as vaias foram entoadas por funcionários públicos em greve. Gente do Incra e do Ministério da Cultura. Lula foi à capital sergipana para anunciar a liberação de cerca de R$ 400 milhões para obras nas áreas de habitação e saneamento. Falou em ambiente fechado. Só entraram convidados. A barulheira, produzida por um grupo de cerca de 40 pessoas, veio de fora. Uma claque lulista, majoritária, entrou em cena. Fez o que pôde para abafar o zunido. Não deu. É do jogo. Vida que segue. Não há em Aracaju nenhum Cesar Maia à mão. Mas sempre se poderá atribuir as novas vaias a uma orquestração de sindicalistas aloprados. Curiosamente, Lula decidira inverter seu calendário de viagens justamente para evitar surpresas do gênero. Antes, iria para Porto Alegre, cidade de onde partiu o Airbus da tragédia da TAM. Preferiu voar para o Nordeste. Ali, encontrou o que Drummond chamaria de uma pedra no caminho. Uma pedra barulhenta. Folha Online, Escrito por Josias de Souza.
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(*) "VAIA" CON DIOS MY VIDA... [Obviamente que não é esse o sentido da letra da canção...].

NELSON JOBIM: "UMA MENSAGEM À GARCIA!"

"Aja ou saia. Faça ou vá embora", diz ministro da Defesa



Brasília - No discurso de transmissão de posse de cargo, o novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o tempo, agora, não é de “ouvir explicações” e citou o ex-primeiro ministro inglês, Benjamin Disraeli, ao prometer resultados quanto ao fim da crise aérea. “Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora”, afirmou. Segundo o ministro, as soluções para a crise partirão de negociações de forma integrada entre as autoridades. “Vamos enfrentar os problemas que estamos vivendo, enfrentá-los na perspectiva de uma grande união nacional para mostrar exatamente ao país, ao povo brasileiro, que é nosso comandante, e ao mundo que o Brasil veio para ficar e veio para ter voz, para definir prioridades e saber que é uma grande nação”, disse. “A história não registra e não grava boas intenções, a história registra o que fazemos e o que deixamos de fazer. Ela não aceita explicações”, afirmou. Priscilla Mazenotti Repórter da Agência Brasil, Foto Antonio Cruz/ABr.
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" Aja ou saia. Faça ou vá embora " , diz ministro da Defesa:
Jobim disse que é preciso fazer uma "revisão sistêmica" das instituições vinculadas com o ministério, como a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), por exemplo. "Não podemos deixar que haja mais comandos fora de regências. Isso aqui tem de funcionar como uma orquestra e o maestro sou eu, sob as ordens do presidente. A música e a composição são do presidente, eu executo e vamos trabalhar exatamente com o conjunto nesse sentido", disse. "O nosso compromisso é ter formas de solução e não formas de lamentação", acrescentou. Segundo o ministro, se for para garantir a segurança, as filas nos aeroportos podem continuar. "É uma questão de opções. Precisa ficar claro que, se for necessário que se prolonguem as filas para garantir a segurança, é o preço que pagamos" . Jobim, que amanhã (27) visita o local do acidente com o avião da TAM em São Paulo, disse que até a próxima segunda-feira (30) vai tomar decisões quanto ao enfrentamento da crise aérea. Segundo ele, entre essas decisões poderá estar a troca no comando da Infraero. "A tendência, eventualmente, pode ser esta", disse hoje em entrevista coletiva. Jobim disse que o novo presidente da Infraero deve ser um gestor e não descartou a possibilidade de ser um presidente civil em vez de militar. "Civil ou militar, não importa. O que interessa é ser gestor", afirmou. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, esteve presente na cerimônia de transmissão de cargos hoje no ministério da Defesa. Ele disse que está à disposição do ministro e do presidente da República. " Minha cabeça ainda é de militar. Eu não tenho vontade, eu cumpro as determinações que vierem e acabou-se. Ordem cumpre-se e pronto " , disse. Nelson Jobim também disse que pretende conversar com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, até o fim desta semana. "O fim de semana vai até domingo", brincou. (Agência Brasil ); Valor Online.

ANA JÚLIA: GOVERNADORA DO PARÁ - II [NEPOTISMO? O QUE É ISSO???]

Salário não dá para pagar tudo, diz Ana Júlia


G1 - A sra. também é questionada por nepotismo... Ana Júlia - Pronto, está aqui [a governadora mostra então um documento enviado a ela pela Procuradoria Geral de Justiça, que afirma que ela não pratica nepotismo em seu governo]. A melhor resposta. Essa é a melhor forma de provar que a oposição mente, calunia... Essa é uma carta do Ministério Público me elogiando, dizendo que tenho postura democrática, esclareci caso controverso. ... Era um irmão que ocupava cargo no terceiro escalão, diga-se de passagem. Ele (o documento) está dizendo que não pratico nepotismo.
G1 - A sra. tem também um ex-marido e um ex-cunhado como secretários no governo. São pessoas técnicas, capacitadas para os cargos? Ana Júlia - Além de técnicos e capacitados, são militantes políticos. Alguém que é militante, que é capacitado, competente, preparado e que ajudou a construir esse projeto político, essa pessoa tem de ser discriminada porque há 10 anos foi casada comigo? Por quê? E tem mais: isso não é considerado nepotismo. O Ministério Público nem considera isso nepotismo.
G1 - Mas houve questionamento no caso do seu irmão, não? Ana Júlia - É, mas um cargo no terceiro escalão... Bom, eles (oposição) falaram de ex-marido... Enfim... Eles queriam que eu colocasse quem, um militante do PSDB? Não, né? Meu irmão nem estava lá pela minha recomendação. Ele sabia que eu era contra ele participar do governo. Mas o secretário de Saúde, que conhece ele, sabe que ele é bom médico, o convidou para cuidar da área de urgência e emergência. E ele estava fazendo um maravilhoso trabalho. Quem se prejudica é o estado. Mas ele achou melhor sair e eu também. Mas dizer que é nepotismo? Eu considero isso mais uma vez uma tentativa de queimação, preconceito, uma visão preconceituosa, machista, porque eu sou mulher e de esquerda. Porque senão todo mundo ia achar normal.
G1 - A sra. mora numa casa alugada, embora exista uma residência oficial. A sra. teve de reformar a residência oficial? Ana Júlia - Não foi reformada. Ela [a residência oficial] precisaria de muita reforma. E eu, como governadora, tenho direito de morar onde eu quiser, e o estado tem de garantir condições para que eu more. Eu não tenho casa. Eu pagava aluguel até dois meses atrás. Tive que vender um apartamento em 2005 para cumprir compromissos passados. O Estado paga uma casa num condomínio, não tem nada de anormal. G1 - Mas, e o valor do aluguel? Ana Júlia - R$ 5 mil? Uma casa de R$ 5 mil. Barato. Absolutamente compatível.
G1 - E a Granja Icuí (residência oficial)? Ana Júlia - Estamos discutindo se vale a pena reformar para ser residência oficial. É muito distante, não fica na capital. Tá muito deteriorada, chove dentro, alaga, a água volta pelo vaso sanitário. Nós estamos pensando em aproveitar essa área, que tem uma grande área verde, fazer um grande espaço público para a juventude, para idosos. Vamos colocar para a sociedade.
G1 - A sra. criou 700 novos cargos... Ana Júlia - Na verdade, criamos secretarias novas e extinguimos outras. Como criamos serviços novos e serviços que dão assistência às regiões do estado, é natural. O estado do Pará tem 1,248 milhão de km², cabem duas Espanhas, o segundo maior estado do país. Uma das coisas que tem incentivado a separação do estado do Pará, é a ausência da presença do Estado. Estamos atendendo as regiões. Mas extinguimos outros (cargos). Não criamos mais cargos do que já existiam. Eu por exemplo estou fazendo concursos públicos para substituir temporários. Só na educação, já chamei 1,2 mil concursados para substituir temporários. Temos 7 mil temporários só na educação. Vou ter de fazer outro concurso. Sem contar outras áreas...
G1 - A oposição diz que seu governo ainda não começou. Que a senhora inaugurou hospitais construídos na gestão anterior... Ana Júlia - Hospital pronto é aquele que atende o povo. Eu te digo uma coisa: construir um hospital é a parte mais fácil. O mais difícil é botar para funcionar e foi isso que nós fizemos. Além disso, nós gastamos mais de R$ 17 milhões com a conclusão dos hospitais. É fácil inaugurar e fechar as portas depois. Nós estamos fazendo funcionar.
G1 - O Ministério Público investiga o convênio do estado com Aero Clube no valor de mais de R$ 2 milhões. Parece que não houve licitação... Ana Júlia - A informação que tenho é que o Aero Clube pediu para o contrato ser cancelado, não foi repassado nenhum centavo para eles. Mas acho que era positivo para o estado. Treinamento de pilotos no próprio estado, não precisa ir para São Paulo. Lá treinaria numa região diferente da que ele vai voar, eu vou pagar diária, passagem... O Aero Clube desfez o contrato. E ainda falaram na questão de (o Aero Clube) ser administrado por um ex-namorado. Mais uma forma de preconceito porque eu sou mulher. Questionam porque o presidente do Aero Clube teve um relacionamento comigo.
G1 - O que a sra considera os melhores projetos de seu governo nesses seis meses? Ana Júlia - Nós saneamos as contas do estado. Tínhamos R$ 289 milhões de déficit. Conseguimos, não contratando assessores, fazendo renegociação e economia. Ainda assim conseguimos anunciar R$ 750 milhões de investimentos. Fizemos renascer o Idesp (Instituto Estadual de Pesquisas Econômicas e Sociais), que eles extinguiram quando acharam que conhecer os índices não interessava mais. O governo precisa muito saber, conhecer para implantar políticas públicas. Isso é um marco forte. Criamos um projeto chamado Bolsa-Trabalho (benefício de R$ 80), que vai atender 20 mil jovens de 18 a 29 anos no segundo semestre. Serão 50 mil jovens até o final do ano que vem. E isso relacionando com capacitação. Não queremos só dar o peixe, mas também ensinar a pescar. [O deputado Zé Megale (PSDB), líder da oposição na Assembléia do Pará, no entanto, questiona o déficit citado por Ana Júlia. Segundo ele, trata-se de um crédito da receita gerada em dezembro e que pode ficar para ser pago em janeiro. Ele afirmou ainda que a gestão do ex-governador Simão Jatene (PSDB) teve as contas aprovadas tanto pelo Tribunal de Contas do Estado quanto pela base de sustentação do governo.]
G1 - Que repercussão terá o PAC no Pará? Ana Júlia - Temos obras de infra-estrutura que vão auxiliar na logística, como reformas na BR-163 que possibilitarão novo corredor de escoamento de produtos. Na área de saneamento e habitação será R$ 1 bilhão, metade para o estado e metade para os municípios. O Pará foi muito bem contemplado com o PAC. Acho que minha presença teve peso importante. Levei muitos pedidos... O presidente Lula até brincou com isso, disse: ‘Cadê a Ana Júlia? Deve estar me esperando no gabinete com uma lista de pedidos’.
G1 - A sra. já foi senadora. Qual avaliação faz da crise pela qual passa o Senado com as acusações contra o presidente Renan Calheiros e a renúncia do senador Joaquim Roriz? Ana Júlia - Prefiro dizer que o Senado vai resolver isso, tem capacidade para resolver seus problemas analisando com isenção cada caso. G1 - Mas isso não prejudica os trabalhos? Ana Júlia - Eu não vejo prejuízos. O povo quer que a política pública chegue nele. Claro que é negativo, mas não atinge as políticas do país. G1, Mariana Oliveira, Foto André Porto/G1.

ANA JULIA: GOVERNADORA DO PARÁ [In:] UMA "BARBIE" NO PODER?

Salário não dá para pagar tudo, diz Ana Júlia


Após ter nomeado “por erro administrativo” a cabeleireira como assessora, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), afirmou que suas necessidades pessoais continuarão a ser pagas pelo estado, uma vez que, segundo ela, é direito de todo chefe do Executivo. De acordo com a governadora, seu salário não seria suficiente se tivesse de pagar por todos os serviços dos quais necessita.“Quem pagava o barbeiro do ex-governador? Quem pagava a cabeleireira da ex-vice-governadora? A diferença é que nós queremos fazer de forma transparente. Fizemos consulta ao Tribunal de Contas do Estado, e a lei diz que o estado é responsável por serviços de caráter pessoal do chefe do Executivo. Meu médico quem trata é o estado, meu tratamento, a casa onde moro... É natural. E todos os chefes de Executivo do Brasil têm. Eu tenho de governar o estado adequadamente preparada. Imagine se eu for, com o meu salário, comprar tudo?”, diz a petista, que ganha salário bruto de cerca de R$ 12 mil.[O G1 consultou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para saber se a governadora pode pagar os serviços pessoais, como os de beleza, com dinheiro público. A assessoria de imprensa informou que o governo fez uma consulta sobre o tema, mas que ainda não há decisão final. Ao comentar as acusações feitas pela oposição de que cometia nepotismo em seu governo por empregar um irmão e um ex-marido, a governadora destacou que grande parte das críticas são decorrência de que ela é “mulher e de esquerda”.“Eu considero isso (acusação de nepotismo) uma tentativa de queimação, preconceito. Uma visão preconceituosa, machista, porque eu sou mulher e de esquerda. Senão todo mundo ia achar normal”, afirmou. Veja abaixo os principais trechos da entrevista, a 12ª da série dos governadores ao G1:
G1 - A sra. se machucou durante a campanha eleitoral e ainda está mancando. Como está a recuperação? Ana Júlia - Não está sendo muito fácil essa recuperação. Fiz exames, radiografia, não foi muito bom o resultado. Talvez eu tenha de fazer uma nova intervenção cirúrgica. Esse problema já tem dez meses e meio. Mas antes de decidir sobre a nova cirurgia, vou fazer vários exames para saber se tenho alguma infecção, enfim. G1 - Isso prejudica as questões da administração? Ana Júlia - Não, quem se prejudica sou eu, minha saúde. Mas eu vou cuidar dela... Eu tenho que cuidar da perna, fazer fisioterapia. O que é uma coisa chata é que às vezes as pessoas não entendem que não tenho tempo de receber as pessoas, tenho duas horas de fisioterapia por dia.
G1 - Na campanha eleitoral a sra. recebeu o apoio do deputado Jader Barbalho. Essa aliança foi muito criticada pela oposição... Ana Júlia - Bom, alianças políticas se fazem com partidos políticos, e o PT fez aliança com PSB, PC do B, PMN e PRB. No 2º turno, o PMDB decidiu nos apoiar. O mesmo PMDB que dois anos antes fazia parte do governo do PSDB e PFL, que apoiou a eleição do sucessor, do Almir Gabriel, e apoiou o ex-governador Simão Jatene. O PSDB criticou esse mesmo PMDB. Então, eu acho que quem criticou não tem moral para criticar nada.
G1 - Mas a sra. sempre criticou Jader Barbalho... Ana Júlia - Ele foi o deputado federal mais votado do Pará, entendeu? Ele é que resolveu nos apoiar, não fui eu que fui apóiá-lo. É uma grande diferença. Fiz críticas realmente a ele e faria de novo na mesma situação. Mas ele é presidente de um partido político que nos apoiou.
G1 - Uma questão que provocou polêmica foi a nomeação de uma cabeleireira e de uma esteticista para o seu governo. O que aconteceu? Ana Júlia - Não gerou polêmica. Foi um erro administrativo, reconhecido, corrigido, um equívoco. Foram nomeadas por orientação da Casa Militar. Havíamos solicitado que fossem exoneradas, demorou três semanas, mas elas não receberam um centavo. A forma de contratação foi equivocada. G1 - E esses serviços continuarão sendo prestados? Ana Júlia - Continuarão, como eram para os outros governantes. Quem pagava o barbeiro do ex-governador? Quem pagava a cabeleireira da ex-vice-governadora? A diferença é que nós queremos fazer de forma transparente. Elas recebem por serviço prestado. Fizemos consulta ao Tribunal de Contas do Estado, e a lei diz que o estado é responsável por serviços de caráter pessoal do chefe do Executivo. Meu médico quem paga é o estado, meu tratamento, a casa onde moro... É natural, absolutamente natural. E todos os chefes de Executivo do Brasil têm. Eu tenho de governar o estado, tenho de estar bem, adequadamente preparada. Imagine se eu for com o meu salário comprar tudo? Tô ferrada. Mas isso para nós já passou... G1 - A sra. também é questionada por nepotismo... [CONTINUA...]

Mariana Oliveira, G1. Foto André Porto, G1.

RENAN CALHEIROS: "ETERNO ENQUANTO DURE"

Atraso ameaça apuração sobre caso Renan, diz PF

A Polícia Federal informou ontem que o atraso no envio de documentos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode comprometer ou a qualidade ou o prazo de entrega da perícia do Instituto Nacional de Criminalística, destinada a atestar se o senador teve renda para custear suas despesas nos últimos anos. O prazo de 20 dias para conclusão do laudo, acordado entre peritos da PF e o Conselho de Ética do Senado, começou a correr anteontem. Mas, segundo a PF, somente um lote dos documentos que devem ser enviados de Alagoas para Brasília chegou ao seu destino. Os dois órgãos públicos que ainda não atenderam às solicitações de dados foram a Secretaria Estadual de Fazenda de Alagoas e a Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado. Da primeira, são esperadas notas fiscais e registros de compra e venda de gado. Da segunda, informações técnicas das terras de Renan. Dois técnicos do Senado viajaram a Alagoas na semana passada para buscar dados dos compradores de gado de Renan, mas voltaram de mãos vazias. Mais do que isso, reafirmaram que ao menos duas empresas que o senador afirmou ter emitido recibos de venda estavam inativas. O recesso parlamentar termina dia 1º. Por enquanto, os peritos se debruçam sob um calhamaço de GTAs (Guia de Trânsito Animal), emitidas pela Adeal (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária) de Alagoas, e recibos de apenas um dos compradores do gado vendido por Renan, o seu irmão, Olavo Calheiros (PMDB-AL). Se a demora persistir, a decisão da PF será por tentar manter o prazo, ainda que em prejuízo da possibilidade de responder a todos os quesitos apresentados pelos senadores. Caso isso ocorra, os técnicos pretendem registrar que o trabalho foi prejudicado.
O presidente do Senado aproveitou o início do recesso parlamentar para se defender em seu Estado natal. Anteontem, Renan deu entrevistas a três rádios e dois canais de TV, todos controlados por familiares e aliados do senador. Exaltado, Renan fugiu do tom mais ponderado que vinha mantendo em Brasília. Atacou adversários em Alagoas, referindo-se a questões pessoais, e disse que para tirá-lo do Senado a oposição na Casa terá que enforcá-lo ou queimá-lo. Ressaltou, contudo, que seus aliados não o abandonaram e disse que mantém com o presidente Lula uma relação de amizade. Sobre as denúncias de que teve contas pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior, e que vendeu gado a empresas fantasmas, Renan disse que já provou tudo, com documentos. "Eles vão ter que sacrificar o presidente do Senado. Mas eles vão ter que assumir a responsabilidade, que é sujar as mãos de sangue [...]. Vão ter que votar, se não conseguirem no voto, vão ter que botar uma forca em frente ao Congresso Nacional, ou então fazer uma fogueira, e pegar o presidente do Congresso Nacional e jogar", disse ele, num dos programas de TV. Renan atribuiu a adversários alagoanos a responsabilidade pela invasão de grupos de sem-terra a uma fazenda de seu irmão Olavo. No cenário nacional, disse que a pressão para que deixe a presidência parte da oposição. "O que está havendo é uma briga para ocupar a cadeira de presidente do Senado, porque o Senado é uma instituição forte, tem haver com endividamento do Estado, com a especificação de recursos para investimento, tem haver com muitas coisas das quais muitos precisam e muitas vezes brigam por isso", afirmou. da Folha de S.Paulo, em Brasília; do enviado da Folha a Maceió.

NELSON JOBIM: "APÓS A TEMPESTADE...!"

Em SP, novo ministro da Defesa visita pista de Congonhas e IML

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai vistoriar na manhã desta sexta-feira a pista principal do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, além de visitar o local do acidente com o vôo 3054 da TAM e o IML (Instituto Médico Legal), onde estão sendo realizados os trabalhos de reconhecimentos dos corpos das cerca de 200 vítimas da tragédia ocorrida no último dia 17. Jobim estará acompanhado do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito. À tarde, o novo ministro terá reuniões com o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). A ordem para que Jobim fosse a São Paulo foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a solenidade de posse anteontem no Palácio do Planalto. Segundo ele, esta era a primeira determinação a ser cumprida pelo novo ministro. Antes de ser empossado, Jobim se reuniu com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Dilma Rousseff (Casa Civil) para saber sobre as medidas definidas pelo Conac (Conselho de Aviação Civil) e a liberação de recursos para o Ministério da Defesa. De acordo com Jobim, a prioridade do governo federal no setor aéreo é garantir a segurança do vôo. Ele não quis mencionar quais valores podem ser ampliados para a área, mas afirmou que há disposição do Planejamento para colaborar. "O que for preciso é a necessidade." Segundo ele, este foi o diálogo que teve com Paulo Bernardo. Durante a cerimônia, ontem, de transmissão de cargo do Ministério da Defesa --quando oficialmente recebeu o cargo das mãos de seu antecessor Waldir Pires--, Jobim pediu um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no acidente. "É um lamento profundo e de comiseração. É um momento de assumir responsabilidade. Não se reconstrói nem se recompõe aquilo que se perdeu", afirmou Jobim. O novo ministro assumiu o cargo com a promessa de trazer comando e organização para o sistema aéreo. No entanto, ele não prometeu soluções para acabar com os problemas que atormentam os passageiros nos aeroportos, como filas, atrasos e cancelamentos. Jobim disse que a prioridade agora é a segurança do sistema. "Fizemos no Brasil várias reformas em aeroportos, mas na perspectiva da comodidade dos usuários. Precisamos escolher nossas prioridades. Elas começam pelo decolar, trafegar para depois chegar à comodidade. Se o preço da segurança for manter a fila, ela será mantida. É o preço que pagamos pela segurança", disse ele logo após receber o cargo do ex-ministro Waldir Pires. Jobim afirmou que o momento é de ação no enfrentamento da crise do setor aéreo e não de ficar se lamentando ou remoendo o que deixou de ser feito. "Aja ou saia. Faça ou vá embora." O novo ministro fez questão de repetir que havia um problema de falta de comando no setor aéreo que será eliminado com a sua presença. "Não pode deixar haver mais comandos fora de regência. Tem que funcionar como orquestra. E o maestro sou eu. A música e composição são do presidente. Eu executo isso." Folha Online, Brasília.