PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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sábado, maio 19, 2007

EDITORIAL: 2010 !

EDITORIAL – 19 de maio de 2007.

2010: O ANO PARA O QUAL JÁ ESTAMOS FAZENDO CONTATO?

Esta semana dois assuntos foram bastante comentados pela imprensa: a primeira entrevista coletiva concedida pelo Presidente Lula, em seu segundo mandato e a nova “operação” comandada pela Polícia Federal (PF), sob o codinome Operação Navalha. Que olhar podemos lançar para esses dois fenômenos? Uma segunda entrevista coletiva desde 2003 e uma nova “empreitada” da PF contra fraudes em licitações de obras da construção civil dos órgãos do Governo, em substituição à Operação Furacão II (“hurricane”) em curso.
O que(m) estaria por trás desses temas tão dispares?
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A primeira entrevista coletiva, cobrada há muito tempo pelos jornalistas e lembrada em várias ocasiões por seus “ombudsman”, finalmente foi agendada e abarcou em torno de quinze assuntos, entre eles, a queda na cotação do dólar, greve no Ibama e greve no serviço público, segurança pública, tributos, dívida pública, aliados e seus partidos políticos, oposição e, principalmente [a “pergunta que não quer(ia) calar”], sobre a disputa na sucessão presidencial ou a hipótese de um terceiro mandato (Lula III). Na entrevista [e em outros momentos nesta semana] o Presidente afirmou categoricamente que não cogitava qualquer hipótese de um terceiro mandato uma vez que ele não brincava de democracia, que ele era contra (e sempre fora) o processo de reeleição e que a Constituição (atual) não permite. De acordo com suas palavras Acho imprudente alguém apresentar um projeto permitindo um terceiro mandato. A melhor reforma é acabar com a reeleição e definir um mandato de cinco anos. Não cogito qualquer hipótese de um terceiro mandato. Acho uma provocação à democracia[1]. Contudo, deixou bem claro que ele quer fazer o sucessor, segundo o Presidente, “por razão simples: quero que tenha continuidade o que estamos fazendo no país”, mas que não necessariamente o sucessor devesse ser do PT, uma vez que numa “coalizão” os partidos participam por sua proporcionalidade e o candidato que sairá da base sairá de conversa entre todos. Nestes termos, ele disse: ”quero terminar meu mandato na condição de os candidatos me chamarem para ir ao palanque. Quando chegar na eleição de 2010, quero estar tão afiado, quero que me chamem para ir ao palanque. A base vai ter candidato, deve ser tirado de consenso da base. Não necessariamente alguém do PT”. Isto porque, durante a entrevista ele havia comentado sobre suas derrotas em outras campanhas presidenciais: “Eu perdi três eleições, mas chegou um dia que alguém me convenceu que eu não precisava mais fazer discurso para agradar o PT. Eu precisava ter do meu lado os 15% que faltavam. Eu não fiz acordo com pessoas individualmente, mas fiz com partidos. Eu queria o todo do PMDB, o todo do PR”. E de “olho” no PSDB, via Aécio Neves, Lula disse que sempre manteve “ amizade com FHC e não será por falta de convite que vamos conversar. Quero respeitar o direito de ele fazer críticas. Quero que eles respeitem meu direito de tratá-los como adversários e não como inimigos”. E, ainda em relação à oposição, disse que achava “que PFL vai deixar de ser tão nervoso”.
Do outro lado (da trincheira?) o governador José Serra (PSDB-SP), ainda que de “fuzil” em mira, concordou com as palavras do presidente Lula: "Acho que ele está certo. O PSDB enxerga o atual governo como adversário e não como inimigo". Palavras bem ditas, uma vez que Serra também aprovou o trecho da entrevista em que o presidente Lula defendeu a flexibilização do limite de endividamento dos estados, cujo governador Serra, pleiteia o aumento do limite de endividamento para obter financiamento externo destinado a investir no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde proclamou: "Acho indispensável. Aliás, é um direito dos estados. São Paulo e outros estados como Minas Gerais têm capacidade para aumentar o seu endividamento, tecnicamente, juridicamente, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.
Ainda na busca (?) de um sucessor, Lula há algum tempo manifestou sua simpatia pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE), pertencente a um dos “partidos da base” (coalizão), e seu ex-ministro de Estado da Integração Nacional (2003-2006). Igualmente, Lula demonstrou interesse em convencer o governador Aécio Neves (PSDB-MG) a “vir” para o PMDB, partido em deferência, entre os “da base”, na ocupação de Ministérios, de Secretarias e Estatais (segundo escalão) no segundo governo do presidente Lula. Esse interesse foi divulgado no início deste mês, quando Lula pediu a dirigentes peemedebistas que tentem convencer o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a trocar o PSDB pelo PMDB. Pedido este para reforçar outros que ele já havia feito em outros encontros com o governador mineiro. Nesse sentido, a imprensa tem evidenciado que o Presidente tem “coberto de elogios” o governador Aécio, entre esses, o de “bom gestor”, “político hábil”, “popular em Minas”, levando-se em conta que MG é o segundo maior colégio eleitoral do País.
Todavia, sabemos que o ex-ministro da Casa Civil continua em “operações”, notadamente garantindo sua aparição pública (e justificativas) através de palestras e conferências aos mais diversos públicos (correligionários ou não) e locais; uma delas em Minas Gerais. Existem fontes que afirmam (exceto em acareações) que o mesmo ocupa agora a função de “eminência parda” [tão criticada outrora] encarregada de fazer com que a “fila ande”, não descartando, obviamente, que ele seja o “primeiro da fila” ou, no mínimo, que volte à condição de “alguém” que se faz ouvir.
Por outro lado, a semana encerrou com idas e saídas de presos da Superintendência, em operações da Polícia Federal (PF). A última delas, a Operação Navalha, realizada nos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal (DF), visou desmontar o esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais para obras públicas, incluindo as do “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)” e do programa “Luz para Todos”. As investigações da PF apontaram o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento, cujo esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). De acordo com a PF, a quadrilha era estruturada em três diferentes níveis, envolvendo funcionários da Construtora Gautama, com sede em SP, e autoridades públicas. Entre os detidos estão (estavam) prefeitos, deputados, ex-deputado, ex-governador, assessores e outros ligados a setores de obras públicas nos estados citados e no DF.
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De acordo com o título deste Editorial, o presidente Lula já se encontra em campanha sucessória/2010? Ou alguém por ele? Tudo nos leva a crer, desde “notinhas” em colunas sociais, “leituras” em entrelinhas de jornais, fotos nas mais diversas cerimônias religiosas e laicas, “shows” artísticos, ou ainda através de charges.
Por fim, como saberemos? Ou seria mais um caso para as Operações da Polícia Federal?
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[1] Os grifos (destaques em “negrito”) nas citações são nossos.