PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, dezembro 29, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] ''THE DAY AFTER...! ''

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MALTHUS [In:] RENDA E CONSUMO (... de-me renda e eu demoverei minha fome) *

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Malthus versão século 21

Autor(es): Mario Cesar Flores*
O Estado de S. Paulo - 29/12/2011

*almirante de esquadra (reformado) -

O Estado de S.Paulo


O fantasma da tese de Malthus - a dissonância entre o aumento da população e o da produção de alimentos - foi exorcizado pela produtividade moderna, ou pode sê-lo onde a fome persiste, se complementada pela capacidade institucional, interna e internacional (OMC, FAO).

Há bolsões de fome trágica, a exemplo do Sudão, mas a desnutrição ainda manifesta mundo afora resulta mais da falta de renda para adquirir o alimento que da produção insuficiente.

Em contrapartida, preocupa a nova versão do fantasma malthusiano: a distância entre, de um lado, demandas essenciais à vida digna de 7 bilhões de seres humanos e crescendo (193 milhões no Brasil), como são emprego e renda, educação, atendimento à saúde, energia, transporte, habitação, água potável, saneamento, seguridade social, e por aí vai, a que se somam as demandas do modelo consumista e lascivo (o uso do carro...), e, do outro, a capacidade do Estado, da sociedade e da natureza (ameaça ambiental, exaustão de recursos naturais) de satisfazê-las. O tema é global, mas vamos desenvolvê-lo referenciado ao Brasil.

Até os anos 1970 o aumento populacional do Brasil era apoiado na ideia, avalizada pela doutrina da segurança nacional da época, que associava progresso e segurança de país extenso à população grande (difícil explicar Canadá e Austrália...) e via a população grande como mercado naturalmente também grande. Essa ideia vem sendo revista e já é consensual que população grande, pobre e mal preparada compromete o progresso em tranquilidade, o meio ambiente, a segurança e a qualidade da democracia. Não acompanhado pelo desenvolvimento com dimensão social, diferente do mero crescimento econômico, o aumento da população é socialmente aviltante, culturalmente mediocrizante e ambientalmente predatório. Haja vista a favelização desordenada, que cria preconceitos prejudiciais à solidariedade social, degrada o meio ambiente e induz a convivência conformada com o delito.

Nossa população aumentou de 30 milhões em 1920 (o Canadá hoje) para 193 milhões em 2011. Nesse período nosso PIB cresceu a ponto de ser o sexto do mundo. A produção agropecuária acompanhou e ajudou a propulsar o crescimento econômico e demográfico (menos fome, mais saúde), mas a satisfação do imenso rol das demais demandas essenciais do povo, ou nele inculcadas pela sedução da modernidade, não ocorreu em ritmo similar - descompasso transparente no nosso modesto ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no mundo. Muitas dezenas de milhões de brasileiros vivem hoje prejudicados pela educação medíocre, pelo caótico atendimento à saúde e pelo apoio social e infraestrutural precário, na ilusão da ascensão social via consumo em ene prestações. Ou sobrevivem na informalidade, no subemprego e assistencialismo, que envilecem a dignidade cidadã. Atraídos pelo fascínio do consumismo, mas não compelidos pela fome, muitos milhares praticam o delito como meio de vida.

É bem verdade que o poder público não foi competente na busca da compatibilização da evolução econômica com a social. De qualquer forma, teria sido difícil construir infraestrutura de apoio, instituições de ensino e de saúde e moradias decentes, organizar um modelo socioeconômico com empregos dignos e uma seguridade social eficiente e correta, para quase cinco Argentinas atuais em 90 anos, uma Argentina a cada 22 anos! O ritmo de crescimento da população vem caindo há 40 anos e se aproxima do (ou já é) razoável - o que exigirá (já exige na Europa) a revisão da previdência, que responda ao problema "envelhecimento das gerações da época prolífera versus inserção ativa de menos jovens". Mas se aproxima do razoável com distorções interativas que complicam a redução do déficit: a base da pirâmide social o reduz mais lentamente que os estratos superiores e o Sul e o Sudeste relativamente ricos, mais rapidamente que as regiões onde a dívida social é maior. Quadro similar ao do mundo, como mostra a diferença entre a natalidade europeia e a africana.

A versão século 21 do fantasma malthusiano está longe de resolvida. Sua solução implica o complexo e demorado atendimento das demandas essenciais esboçadas acima e a revisão do imaginário que, a despeito das limitações, inclusive da natureza, pretende a população idilicamente motorizada e equipada com a miríade de utensílios de última geração, travestidos de necessários - iPads, notebooks, smartphones, videogames, TVs de alta definição, celulares, micro-ondas... -, turistando pelo ar ou em cruzeiros marítimos.

Imaginário crescente na metade inferior da pirâmide social, cuja tradição conformista vem sendo aluída pela pressão da lógica do modelo em que a oferta cria a necessidade e a pretensão aos padrões dos estratos superiores. Estes, egoisticamente insensíveis ao fato de que a solução depende também do comedimento em seus padrões hedonistas instigadores de inquietante frustração de bilhões - da classe média (ou "oficialmente" assim interpretada no Brasil...) insatisfeita aos despossuídos.

A continuar o cenário atual de distanciamento (em algumas regiões, aumentando) entre a realidade e o desejado (o de fato justo e o incutido na aspiração popular), no correr deste século a ordem global será tumultuada pela intranquilidade social e política. Tendência já sintomática, por exemplo, na inversão da migração: ao tempo da ameaça original de Malthus, de europeus pobres para os espaços da esperança. Sob a pressão da versão século 21 da ameaça, a migração inversa, de asiáticos (decrescente com o desenvolvimento regional), africanos e latino-americanos para o suposto nirvana europeu e norte-americano, que, além de estar vivendo uma sucessão de crises, já é refratário à imigração, vista como carga social, competidora no mercado de trabalho e fonte de violência e delito.

Em suma, um desafio neomalthusiano para estadistas, no mundo e no Brasil.

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(*) Parafraseando Arquimedes: "Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que eu moverei o mundo".
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JUSTIÇA [In:] A QUEM INTERESSA ?

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A crise da Justiça

O Estado de S. Paulo - 29/12/2011

Em sua primeira entrevista como presidente eleito do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o desembargador Ivo Sartori mostrou por que a Corte é considerada a mais refratária a qualquer tipo de fiscalização, por parte da Corregedoria Nacional de Justiça. Além de acusar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de desrespeitar as garantias de magistrados, em suas inspeções e sindicâncias, ele acusou o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário de agir como no tempo da ditadura."Se existe uma Constituição, vamos respeitá-la. Sem isso, vai se voltar aos tempos da ditadura", disse Sartori.

Defensores do CNJ responderam lembrando que o órgão foi criado por uma Emenda Constitucional aprovada pelo Congresso, e acrescentando que as investigações realizadas pelo CNJ nas Justiças estaduais são transparentes, que os juízes acusados de irregularidades e desvios éticos têm tido direito de defesa e que quem não está cumprindo a Constituição, no âmbito da magistratura, são os dirigentes dos Tribunais de Justiça, como mostra o fato de, apesar das normas baixadas pelo CNJ, eles terem continuado a contratar parentes para cargos de confiança e a indicar filhos, compadres e colegas aposentados para dirigir rentáveis cartórios extrajudiciais.

Na réplica às declarações do presidente do TJSP, destacou-se o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça e um dos responsáveis pela reforma da legislação processual civil. Dipp chefiou a Corregedoria Nacional de Justiça, entre 2008 e 2010, e foi quem autorizou a abertura de investigações na Justiça paulista, quando surgiram denúncias de irregularidades na folha de pagamento da Corte. No domingo, o ex-presidente do CNJ ministro Gilmar Mendes já havia dito que eram "heterodoxas e atípicas" as liminares concedidas pelos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski no último dia de trabalho antes do recesso do Judiciário, determinando a suspensão do poder do CNJ de investigar juízes e de quebrar seus sigilos bancário e fiscal - o que a corregedora Eliana Calmon nega que tenha feito.

As críticas de Dipp a Sartori foram no mesmo tom. Para o ex-corregedor nacional de Justiça, ao comparar o CNJ a uma ditadura, o presidente do TJSP mostrou que não dispõe de argumentos sólidos para criticar o controle externo da magistratura. "Quando o CNJ preconiza que os tribunais devem colocar nos sites da internet as licitações, as folhas de pagamento, a verificação da entrega obrigatória das declarações de bens e Imposto de Renda - que é obrigação do presidente da República ao mais humilde barnabé -, quando verifica (que há) inúmeras irregularidades nos cartórios extrajudiciais, passados de pai para filho, isso é ditadura ou norma democrática?", questionou Dipp.

No desdobramento da crise do Judiciário, que é a maior de todas desde a redemocratização do País, o ministro Marco Aurélio tentou refutar as críticas a ele dirigidas por Gilmar Mendes, alegando que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, não poderia ter repassado para o CNJ os dados fiscais de 216 mil juízes e servidores. Os auditores da Corregedoria Nacional de Justiça retrucaram que o Coaf se limitou a identificar as movimentações financeiras atípicas de magistrados, agindo dentro das regras que coíbem os crimes de lavagem de dinheiro e que atingem todos os cidadãos brasileiros, sem exceção.

Um fato novo, na crise, é a entrada em cena de juízes mais jovens. Alguns estão começando a questionar publicamente o empenho das entidades da magistratura em defender corregedorias judiciais desmoralizadas. No início da crise, a Associação Juízes para a Democracia divulgou nota, criticando "a longa e nefasta tradição de impunidade dos agentes políticos do Estado, dentre os quais estão metidos a rol desembargadores estaduais e federais". A iniciativa teve pouco destaque na imprensa, mas estimulou juízes de primeira instância a exigir que suas entidades de classe passassem a defender o interesse público e não os interesses corporativos de desembargadores e ministros. Os juízes mais jovens têm consciência de que a imagem da magistratura não é boa perante a opinião pública e que a ofensiva para reduzir o CNJ a pó colocou o Judiciário de costas para o País.

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RIO SÃO FRANCISCO [In:] ''SALVE-NOS, PADIM PADI´CIÇO''

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CUSTO EXPLODE E OBRA DO S. FRANCISCO TERÁ LICITAÇÃO DE R$ 1,2 BI

GOVERNO FARÁ LICITAÇÃO DE R$ 1,2 BI PARA SALVAR TRANSPOSIÇÃO E EVITAR PARALISIA
Autor(es): MARTA SALOMON

O Estado de S. Paulo - 29/12/2011

Ministro diz que vai refazer contratos da transposição do rio porque consórcios precisariam receber até 60% a mais; gasto com projeto chega a R$ 6,9 bilhões

O governo Dilma Rousseff lançará duas novas licitações no valor total de R$ 1,2 bilhão para terminar trechos da transposição do Rio São Francisco já entregues a consórcios privados, informa a repórter Marta Salomon. Iniciado em 2007, o projeto já consumiu R$ 2,8 bilhões, mas tem trechos parados e outros que precisarão ser refeitos. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, calcula que o custo inicial da obra saltou de R$ 5 bilhões para R$ 6,9 bilhões. As novas licitações foram a forma encontrada por Bezerra para driblar um problema: os consórcios não conseguiriam terminar o trabalho mesmo que o valor aumentasse 25%, limite legal para aditivos em contratos. "Vimos que teríamos de fazer aditivos de até 60%", disse o ministro, que admitiu erros no projeto, como a número insuficiente de sondagens de solo.



Para tentar terminar as obras da transposição do Rio São Francisco em mais quatro anos, o governo Dilma Rousseff recorrerá a uma nova licitação bilionária de obras já entregues à iniciativa privada. O custo estimado do negócio é de R$ 1,2 bilhão, informou ao Estado o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, responsável pela obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) bancada com dinheiro dos impostos.

A obra começou em 2007 como um dos grandes projetos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A transposição desviará parte das águas do São Francisco por meio de mais de 600 quilômetros de canais de concreto para quatro Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Depois de R$ 2,8 bilhões gastos, a transposição registra atualmente obras paralisadas, em ritmo lento e até trechos onde os canais terão de ser refeitos, como é o caso de 214 metros em que as placas de concreto se soltaram por entupimento num bueiro de drenagem. As falhas foram testemunhadas por reportagem do Estado, no mês passado.

O custo inicial da transposição, estimado em R$ 5 bilhões, já saltou para R$ 6,9 bilhões, calcula Fernando Bezerra, incluindo a nova licitação. "Só vamos ter certeza do valor quando concluirmos o processo licitatório e fecharmos os contratos", avalia o ministro. Ele espera lançar as novas licitações até março.

Relicitar parte dos trechos entregues a grupos de empreiteiras foi a forma que a equipe de Bezerra encontrou para concluir as obras e evitar que a transposição do São Francisco se transforme em um elefante branco.

Os oito consórcios privados, responsáveis por 12 lotes da obra, não conseguiriam terminar o trabalho para a qual foram contratados mesmo que o valor pago fosse aumentado em 25%, limite legal autorizado para aditivos contratuais. O ministro optou, então, por eliminar parte das tarefas previstas originalmente em contratos. Os consórcios receberão apenas pelo serviço feito. "Todos toparam", conta Fernando Bezerra. "Houve uma negociação e uma negociação que não foi fácil", destaca.

Desde que assumiu o cargo, no início do ano, Fernando Bezerra tenta renegociar os contratos. "Numa primeira avaliação, vimos que teríamos de fazer aditivos de até 60%", disse o ministro. "Não diria que foi erro de projeto, mas o projeto básico não estava detalhado e foi incapaz de identificar as situações de campo. O número de sondagens foi insuficiente para garantir o tipo de solo que seria encontrado", alegou.

Fernando Bezerra tenta negociar com o Tribunal de Contas da União (TCU) um reajuste maior do que o limite legal, de 25%, para a manutenção do consórcio responsável pelo lote número 14, que envolve a construção de túneis. "Seria uma exceção, porque os túneis são máquinas caras, a mobilização de novo maquinário não seria vantajosa. Seria importante ir com o aditivo acima dos 25%", argumenta.

Os outros sete consórcios já teriam sido chamados a renegociar o que o ministro chama de "aditivos supressivos". Eles fazem menos do que o planejado, recebem menos do que o previsto e passam o serviço adiante.

Bezerra defende a licitação de dois saldos remanescentes de obras, um no eixo Norte e outro no eixo Leste. "O ideal seria termos dois pacotes de obras complementares", avalia.

No eixo Leste, que Lula gostaria de inaugurar ainda durante seu mandato no Planalto, ainda faltam 30% das obras. A nova previsão é inaugurar no final do mandato da presidente Dilma Rousseff. Já o eixo Norte tem menos de metade das obras concluídas, e a inauguração ficaria para dezembro de 2015.

Fernando Bezerra insiste em que as obras não ficarão paradas à espera da nova licitação. Entre maio e novembro de 2012, a obra ganhará ritmo mais acelerado, imagina, com a conclusão de obras nos lotes tocados pela iniciativa privada e a chegada dos novos empreiteiros. Insiste também que trechos mal feitos serão reconstruídos sem custo extra para o governo. "Apesar de todas as dificuldades, foi ano positivo para a transposição."

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COPA DO MUNDO 2014 [In:] ''COPA'', SALA E COZINHA & PÃO COM MANTEIGA. O ÓPIO DO POVO !

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Obras da Copa terão R$ 4 bi do FGTS

Copa: R$4 bilhões do FGTS serão investidos em obras de transporte


Autor(es): agência o globo:Geralda Doca
O Globo - 29/12/2011

Valor é quase todo o recurso do Fundo para infraestrutura de grandes centros


BRASÍLIA. O governo reservou R$4 bilhões do orçamento do FGTS em 2012 às obras de transporte de massa nas cidades que vão sediar a Copa de 2014. O valor consome quase todos os recursos que o Fundo destinou à infraestrutura nos grandes centros em todo o país, no total de R$5 bilhões. Equivale a um terço dos R$12,112 bilhões de investimento previsto nos 49 projetos que constam do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC da Mobilidade Urbana) e visam ao evento esportivo.

São BRTs (sigla em inglês para ônibus articulados que andam em faixa exclusiva e param em estações fixas), veículos leves sobre trilho (VLTs), corredores especiais de ônibus etc. Todas as obras estão listadas na Matriz de Responsabilidades do governo federal.

O valor que foi carimbado para essas obras constam de uma circular da Caixa Econômica Federal publicada ontem no Diário Oficial da União e que faz a divisão dos recursos do orçamento do FGTS para 2012, aprovado pelo seu Conselho Curador em novembro deste ano.

Segundo fontes, apesar da boa intenção, a medida prejudica projetos em outras cidades (melhoria de ponto de ônibus, urbanização, calçamento de ruas, por exemplo), além de comprometer a execução do orçamento do FGTS. A preocupação é com a qualidade dos projetos, que, se for baixa, impede a contratação e a execução dos recursos. Segundo interlocutores, nos últimos três anos, a Caixa contratou apenas R$9,6 bilhões em obras de mobilidade urbana.

Ao sancionar a Lei 12.546, que trata de benefícios tributários ao setor produtivo, a presidente Dilma Rousseff vetou o uso dos recursos do Fundo de Infraestrutura (FI) do FGTS - criado no lançamento do PAC, em 2007, com recursos do patrimônio líquido do Fundo, que é desvinculado da conta dos trabalhadores - nesse tipo de projeto, além de outras iniciativas para a Copa, como hotéis e empreendimentos comerciais em geral. A presidente alegou que as obras relacionados à Copa já dispõem de linhas de crédito específicas.

BRT do Rio já está sendo financiado pelo BNDES

Os projetos de transporte de massa que vão receber os novos recursos do FGTS serão selecionados pelo Ministério das Cidades. O BRT do Rio (o Transcarioca) - um dos 49 empreendimentos listados para o evento - ficará de fora porque está sendo financiado pelo BNDES. Os 48 restantes são financiados pela Caixa, que responde por eventuais riscos ao Fundo.

A mesma circular detalha o orçamento do Fundo para o próximo ano, que prevê a aplicação de R$36 bilhões em habitação popular, incluindo o Minha Casa, Minha Vida. A meta é construir 600 mil unidades para famílias com renda de até R$3.100, e 200 mil para a faixa de até R$5 mil.

Para o Minha Casa, foram garantidos R$3 bilhões para subsídios (descontos nos financiamentos). Haverá oferta de R$1 bilhão para trabalhadores com contas no FGTS e que quiserem fazer financiamento habitacional, com taxas mais reduzidas.

Para saneamento básico, foram reservados R$4,8 bilhões em operações com agentes públicos e mais R$200 milhões, com o setor privado. O FGTS vai investir R$2,5 bilhões em papéis imobiliários no ano que vem.

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SENADO [In:] BARBADOS E IMPÚBERES (de pequenino que se torce o pepino...)

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Jader Barbalho se envolveu em sucessivos escândalos

Peemedebista que renunciou em 2001 volta ao Senado depois de dez anos

Jader Barbalho (PMDB-PA) assumiu mandato de senador nesta quarta-feira Foto: Ailton de Freitas / O Globo

Jader Barbalho (PMDB-PA) assumiu mandato de senador nesta quarta-feira Ailton de Freitas / O Globo




BRASÍLIA - O paraense Jader Barbalho já foi do paraíso ao inferno no cenário político brasileiro: um dos homens mais poderosos da República, ministro duas vezes no governo José Sarney, envolveu-se em cabeludos escândalos de corrupção nos cargos públicos que ocupou, presidiu o Senado, foi algemado e preso. Acusado de desviar recursos da Sudam e do Banpará, protagonizou casos rumorosos como o do projeto do ranário fantasma da mulher com recursos públicos. Em certo momento alçou o posto de vilão número um do país. Passados dez anos como coadjuvante na política nacional, voltou nesta quarta-feira ao paraíso, no mesmo cenário do qual saiu pela porta dos fundos para não ser cassado em 2001.

Logo depois de tomar posse, Barbalho retornou pela primeira vez ao gabinete da liderança do PMDB no Senado para dar uma entrevista coletiva. Pouco antes da entrada dos jornalistas, fez um desabafo sobre sua trajetória política, numa referência aos episódios dos últimos 10 anos:

— Volto ao Senado mais de 10 anos depois. Renunciei em 5 de outubro de 2001.

Jader fazia referência ao feroz embate político com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) na disputa pela presidência do Senado. O confronto gerou uma guerra de dossiês, trazendo a público diversas denúncias que envolviam os dois principais políticos da base do governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso.

Num dos embates mais duros no plenário, transmitido ao vivo pela TV Senado, ACM, então presidente do Senado, levou a pior. ACM presidia a sessão e Jader fazia discurso o atacando. Tentou interromper o discurso e Jader reagiu:

— Não concedi aparte a Vossa Excelência. Fique calado! Ouça calado. Fique caladinho aí! — bradou Jader.

Pego de surpresa, ACM só rebateu momentos depois lendo uma manchete do jornal "O Estado de S.Paulo", que dizia: Pará agora só tem ladrão, louco e traidor.

— E Vossa Excelência era o ladrão ! — disse ACM.

As denúncias contra Jader continuaram mesmo depois que ele assumiu a presidência do Senado em 2001. Com isso, ele foi obrigado a renunciar para escapar de um processo de cassação do mandato.

Já sem mandato, em fevereiro de 2002, Jader foi preso pela Polícia Federal, em Belém, pelo envolvimento no escândalo da Sudam.


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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


29 de dezembro de 2011

O Globo


Manchete: Ensino público tem déficit de 300 mil professores

Escolas municipais e estaduais do país correm o risco de ficar sem aulas

O ano que vem começará sob uma velha ameaça nas escolas públicas do país: alunos sem aula por falta de professores. Estimativa da Câmara de Educação do Conselho Nacional de Educação aponta um déficit de 300 mil docentes, especialmente das disciplinas de Química, Física e Matemática. A carência equivale a 15% do total aproximado de 2 milhões de professores nas redes estaduais e municipais. Uma das principais causas do déficit é a baixa remuneração, que afugenta os profissionais do mercado: o piso nacional do magistério é de R$ 1.187 por 40 horas. No Distrito Federal, o salário chega a
R$3.472, mas outros profissionais com formação similar ganham 28% a mais. No Rio, a Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino avalia que pelo menos um professor pede exoneração por dia. Para tentar driblar o caos, estados e prefeituras recorrem à contratação de temporários e apelam para a acúmulo de disciplinas por professor. (Págs. 1 e 3)

Crise faz Bovespa perder R$ 213 bi

Com a crise global, o valor de mercado das empresas da Bovespa encolheu R$ 213 bilhões este ano, diz a consultoria Economatica. As perdas, lideradas por Petrobras e Vale, superam o valor da mineradora, de R$ 206 bilhões. Ontem, o temor de que os bancos europeus estejam evitando conceder empréstimos derrubou as bolsas: em SP, a queda foi de 2,54%. O dólar subiu a R$ 1,874. (Págs. 1 e 19)


Governo já cumpriu 99% da meta fiscal

A economia do setor público para pagar juros da dívida somou R$ 126.8 bilhões até novembro, ou 99% da meta do ano. Os gastos com juros bateram recorde: R$ 216 bilhões. (Págs. 1 e 21)

Obras da Copa terão R$ 4 bi do FGTS

Para obras de transportes nas cidades-sede da Copa, o governo destinará R$ 4 bilhões do FGTS em 2012. O valor é quase toda a verba para infraestrutura de grandes centros. (Págs. 1 e 20)


Em sete anos, CNJ condenou 49 magistrados

Em meio à polêmica sobre a restrição de seus poderes, o Conselho Nacional de Justiça chega a sete anos tendo punido 49 magistrados. Desses processos, 38 começaram no CNJ. (Págs. 1 e 4)


Ciência

Clínica Mayo inicia o maior projeto de medicina personalizada do mundo com testes genéticos. (Págs. 1 e 30)


Foto legenda: A volta de Jader

Barrado pela Ficha Limpa, Jader Barbalho reassumiu ontem o Senado graças a decisão que revogou efeitos da lei para a eleição de 2010: ele receberá R$ 30 mil por quatro dias de trabalho em dezembro. Na posse, seu filho Daniel fez caretas. (Págs. 1 e 5)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Tráfego para o interior de SP sobe mais que para o litoral

De janeiro a novembro, movimento na Castello subiu 18,3% em relação a 2009

O fluxo de carros que saem da capital paulista pelas principais rotas para o interior - sistema Anhanguera-Bandeirantes e rodovia Castello Branco - tem crescido bem mais do que no sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso ao litoral de SP.

Dados dos pedágios mostram que, de janeiro a novembro, a alta em relação a 2009 foi de 15% na Anhanguera-Bandeirantes e de 18,3% na Castello. Para o litoral, o fluxo cresceu 5,4%. (Págs. 1 e Cotidiano C1)


Foto legenda: Brincadeira

Daniel, 9, filho de Jader Barbalho (PMDB-PA), faz careta perto do pai, em entrevista após posse do senador, que renunciou há dez anos; graças ao adiantamento da cerimônia, peemedebista receberá ao menos R$ 30 mil extras. (Págs. 1 e Poder A6)


Inflação e câmbio levarão o Brasil a ser a 6ª economia

O Brasil vai se tornar a sexta maior economia mundial por três motivos, em ordem de importância: inflação, alta da produção e valorização do real, informa Vinícius Mota. Não fossem a inflação mais alta e os ganhos do real diante do dólar, o Brasil iria demorar mais tempo para ultrapassar a economia britânica, (Págs. 1 e Poder A7)



Para presidente da Alpargatas, tarifa incita contrabando

A adoção de barreiras tarifárias para proteger a indústria brasileira dos importados estimula o contrabando, afirma o presidente da Alpargatas, Márcio Utsch.

De acordo com o empresário, enquanto a 'indústria internacional investe e se moderniza, "a nacional não está preparada para viver sem proteção". (Págs. 1 e Mercado B1)

PanAmericano compra empresa de crédito imobiliário

Sob gestão do BTG PactuaI, o PanAmericano comprou a Brazilian Finance & Real Estate, maior financeira independente de crédito imobiliário, por R$ 940 milhões. Para bancar a compra e reforçar o caixa, receberá R$ 1,8 bilhão da BTG, CEF e demais sócios. (Págs. 1 e Mercado B5)


Juízes tiveram benefício pelos anos de advocacia

O TJ-SP concedeu a 22 desembargadores licenças-prêmio referentes a períodos em que eles atuavam como advogados e ainda não eram servidores públicos, informa Flávio Ferreira.

As concessões foram anuladas pelo próprio tribunal após ação do CNJ na corte. (Págs. 1 e Poder A4)

CNJ em questão: Atuação de órgão é antirrepublicana, diz desembargador

Para o desembargador e presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Henrique Nelson Calandra, ampliar os poderes de investigação do Conselho Nacional de Justiça vai na contramão da história republicana. "O CNJ precisa agir de acordo com a lei." (Págs. 1 e Poder A8)


CNJ em questão: Ex-corregedor nega que sigilos tenham sido quebrados

Gilson Dipp, ex-corregedor nacional de Justiça, diz que não houve quebra de sigilos de magistrados e que decidiu, em 2009, pedir dados fiscais de magistrados porque as informações que eram fornecidas pelos tribunais nas inspeções eram insuficientes. (Págs. 1 e Poder A8)


Clóvis Rossi

Câncer de Cristina pode afetar a governabilidade

É natural que, vencedora do câncer, Cristina Kirchner ganhe pontos com o público. Assustadora, porém, é a hipótese de que surjam problemas que afetem a capacidade de governar da presidente da Argentina. (Págs. 1 e Mundo A11)


Editoriais

Leia "Mercado distorcido", sobre fim do subsídio norte-americano ao etanol, e "Ciência sem segredo", acerca de riscos da divulgação científica (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Custo explode e obra do S. Francisco terá licitação de R$ 1,2 bi

Ministro diz que vai refazer contratos da transposição do rio porque consórcios precisariam receber até 60% a mais; gasto com projeto chega a R$ 6,9 bilhões

O governo Dilma Rousseff lançará duas novas licitações no valor total de R$ 1,2 bilhão para terminar trechos da transposição do Rio São Francisco já entregues a consórcios privados, informa a repórter Marta Salomon. Iniciado em 2007, o projeto já consumiu R$ 2,8 bilhões, mas tem trechos parados e outros que precisarão ser refeitos. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, calcula que o custo inicial da obra saltou de R$ 5 bilhões para R$ 6,9 bilhões. As novas licitações foram a forma encontrada por Bezerra para driblar um problema: os consórcios não conseguiriam terminar o trabalho mesmo que o valor aumentasse 25%, limite legal para aditivos em contratos. “Vimos que teríamos de fazer aditivos de até 60%", disse o ministro, que admitiu erros no projeto, como a número insuficiente de sondagens de solo. (Págs. 1 e Nacional A4)

Fernando Bezerra
Ministro da Integração Nacional

"Só vamos ter certeza do valor quando concluirmos o processo licitatório e fecharmos as contratos" (Pág. 1)

R$ 2,8 bilhões
é quanto já foi gasto nas obras de transposição do São Francisco (Pág. 1)

"Com a mesma força de sempre"

Na primeira aparição pública após anúncio de que tem câncer, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, mostrou-se sorridente e provocou adversários. (Págs. 1 e Internacional A7)

Setor público atinge em novembro 99% da meta do ano

O setor público conseguiu economizar, de janeiro a novembro, o equivalente a 99,1% da meta fiscal de 2011, graças a uma arrecadação recorde de impostos somada ao corte de investimentos. União, Estados, municípios e estatais pouparam R$ 126,7 bilhões para o pagamento de juros da dívida. Só o governo federal foi responsável por 71,4% desse valor. (Págs. 1 e Economia B1)


Foto legenda: Ficha-suja de volta

Daniel, filho de Jader Barbalho, faz careta para fotógrafos: Sarney e Renan Calheiros não foram à solenidade que marcou volta ao Congresso do senador, garantida por recurso contra Lei da Ficha Limpa. (Págs. 1 e Nacional A5)


Plano contra obesidade prevê academia popular

O governo finalizou um plano interministerial para controle e redução da obesidade nos próximos dez anos. O programa, que deve ser lançado ainda em janeiro, terá foco em três eixos: aumentar a disponibilidade e a oferta de alimentos frescos, levar informações sobre educação nutricional por meio de campanhas e incentivar a construção de ciclovias e academias populares. (Págs. 1 e Vida A12)


Estradas têm pontos cegos de comunicação

Além da lentidão, o motorista deve estar preparado para encontrar pontos cegos de comunicação em 400 km de estradas paulistas percorridos pela reportagem. Em vários trechos, nem celulares nem cabines de emergência funcionam. (Págs. 1 e Cidades C1)

Panamericano compra grupo Brazilian Finance (Págs. 1 e Economia B11)


SP registra recorde de emissão de passaportes (Págs. 1 e Cidades C3)


Celso Ming

Subversão alfandegária

O ministro Guido Mantega anunciou na terça-feira novo brutal casuísmo protecionista, desta vez em favor do setor têxtil. É um grave precedente. (Págs. 1 e Economia B2)


Eugênio Bucci

Três cenas de ano-novo

Entre o culto do corpo impossível e a celebração do capital caridoso, a gente corre em falso atrás de luzinhas coloridas. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)


Notas & Informações

A crise da Justiça

Entram em cena os juízes mais jovens, que sabem que a imagem da magistratura não é boa. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: O retrato de um Brasil que anda para trás

Em 2001, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou para escapar da cassação. Em 2010, tentou voltar e foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Recorreu, então, ao Supremo e ontem assumiu um novo mandato de senador. De cara, mesmo sem trabalhar um único dia, vai embolsar R$ 57 mil. E já mandou recados para Dilma sobre a insaciável gula do PMDB por cargos, A posse de Jader é emblemática. Simboliza políticos como Collor, Roriz, Luiz Estevão. Gente que parecia banida da vida pública, mas que insiste em retornar à cena política. (Págs. 1, 2, 3 e Visão do Correio, 18)


Contas públicas: Governo tem superávit, mas 2012 preocupa

A União economizou R$ 126,7 bilhões para pagar os juros da dívida interna, alcançando a meta da equipe econômica. Especia1istas, no entanto, apostam que os gastos devem aumentar a partir de janeiro. O ano eleitoral, o aumento do salário mínimo e as isenções fiscais podem comprometer as receitas. (Págs. 1 e 12)


Céu azul: Aeroviários aceitam 6,5% de reajuste e desistem da greve (Págs. 1 e 14)


Transição em pleno funeral

O novo ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, caminha ao lado do caixão do pai, Kim Jong-il. O sucessor foi acompanhado pela velha guarda comunista. (Págs. 1 e 21)


Argentina em paz por Cristina

Oposição e imprensa evitarão atritos com Cristina Kirchner durante o tratamento de um câncer na tireoide a que ela se submeterá. A presidente ficará 20 dias afastada do cargo após a cirurgia. (Págs. 1 e 20)


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Valor Econômico


Manchete: Competitividade inibe a reação da indústria

Desde 2000, a indústria cresceu acima do Produto Interno Bruto (PIB) em apenas quatro anos. Nos demais, seu resultado foi inferior à média da economia brasileira. Em 2012, o setor poderá ensaiar uma recuperação e crescer na mesma toada esperada para o PIB, entre 3% e 3,5%. Essa possibilidade, contudo, anima pouco os economistas que acompanham o setor. A indústria brasileira, dizem, passa por uma crise mais profunda, e o pífio resultado de 2011 - uma alta próxima a 0,5% no ano em relação a 2010 - não foi reflexo apenas das medidas adotadas para desaquecer a demanda interna.
Para a maioria dos analistas, a indústria, no máximo, vai acompanhar o PIB no próximo ano. Para o Banco Central, a ajuda dos segmentos de extrativa mineral e construção civil fará o setor como um todo crescer 3,7% em 2012, um pouco acima dos 3,5% projetados para o PIB. (Págs. 1 e A4)

PanAmericano eleva capital em R$ 1,8 bi

O PanAmericano anunciou ontem que fará um aumento de capital de R$ 1,8 bilhão. Cerca de R$ 1,4 bilhão virá dos dois principais acionistas do banco, BTG Pactual e Caixa Econômica Federal, e o restante, dos sócios minoritários. Desse total, R$ 940,3 milhões serão usados para a compra da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), companhia de investimentos imobiliários que tem como sócios o grupo Ourinvest, o megainvestidor americano Sam Zell e o fundo TPG Axon. O restante do dinheiro será injetado diretamente no PanAmericano, o que elevará em muito o seu índice de Basileia. (Págs. 1 e C1)


Foto legenda: O interino

A cirurgia da presidente Cristina Kirchner por causa de câncer na tiroide coloca em foco o vice-presidente, Amado Boudou, guitarrista amador que foi ministro da Fazenda e que vai gerir o país por ao menos três semanas em janeiro. Ontem, os dois participaram de cerimônia na Casa Rosada. (Págs. 1 e A8)


Comgás dobra investimentos em Santos

A Comgás irá mais que dobrar seus investimentos em infraestrutura de rede na Baixada Santista a partir de 2012. A concessionária de gás natural canalizado investirá R$ 91 milhões entre 2012 e 2018, montante 117% superior ao realizado de 2008, quando inaugurou sua base em Santos, até este ano. A partir de janeiro, a Comgás deflagra um plano para assentar 555 quilômetros de rede de distribuição de gás. A primeira etapa vai abranger bairros de Santos mais afastados da orla marítima, informa Wagner Longo, gerente regional da Comgás na Baixada Santista.
A empresa busca novas oportunidades na região - o porto de Santos é uma delas. Hoje, o porto é abastecido em 85% pela energia de Itatinga, uma usina hidrelétrica própria, localizada no município de Bertioga. O restante é comprado no mercado. "Nós estamos atuando em outra parte, tentando trazer alguns projetos para levar novas aplicações, gerar energia através do gás natural. Pela expansão que o porto vai ter, sem geração de energia adicional vai ficar difícil", diz Longo. (Págs. 1 e B8)

Redes sociais tentam acessar o lucro

As redes sociais tornaram-se o principal destino de visitação dos internautas em todo o mundo. Um levantamento recente feito pela consultoria ComScore em 43 países revelou que 1,2 bilhão de pessoas - 85% dos internautas no mundo - acessam mídias sociais como Facebook, YouTube, LinkedIn e Twitter.

Essa enorme audiência global ainda não se converteu em lucros. Quatro empresas relacionadas às redes sociais estrearam na bolsa americana este ano - LinkedIn, Groupon, Zynga e Pandora. Metade das ações acumula perdas. (Págs. 1 e A2)

Julgamentos de pendências tributárias ficaram para 2012

Os temas tributários de maior peso para as finanças de empresas e da União não foram julgados este ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ficou, portanto, para o ano que vem casos como a aguardada decisão sobre a forma com que as instituições financeiras devem recolher a Cofins. Uma definição do Supremo é esperada desde 2009 por bancos, corretoras e seguradoras, em causas estimadas em dezenas de bilhões. Os bancos discutem, especificamente, se a Cofins incide sobre as receitas geradas a partir da intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros. Esse entendimento é defendido pela Fazenda Nacional, mas os bancos entendem que a contribuição recai apenas sobre os valores das tarifas cobradas de seus clientes.
Outra questão a ser definida em 2012 é exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. O tema é debatido no Supremo desde 2006. Na prática, excluir o imposto estadual do cálculo da Cofins - que incide sobre a receita bruta das empresas - significa recolher menos contribuição. Se a União perdesse a disputa, por exemplo, teria que devolver aos contribuintes cerca de R$ 84,4 bilhões pelo período de 2003 a 2008, conforme cálculo da Receita Federal presente na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011. Já do STJ aguarda-se a definição do conceito de insumo, para saber que tipos de operações podem gerar créditos para o PIS e a Cofins. (Págs. 1 e E1)

Dubai traz inquietação aos bancos

Além da crise da zona do euro, os mercados financeiros poderão sofrer turbulências em 2012 com outro país muito endividado - Dubai, emirado no golfo Pérsico antes visto como um dos mais ricos do mundo. Bancos estrangeiros se mostram de novo inquietos com os riscos de companhias vinculadas ao governo, como Dubai Holding Commercial Operations Group, Jebel Ali Free Zone e DIFC Investments, não poderem rolar suas dívidas no ano que vem.
Segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os maiores bancos do mundo, o governo do emirado e suas empresas precisam pagar US$ 13,4 bilhões de títulos de dívida que vencem em 2012, em um cenário de crise global e aperto de crédito. O emirado acumulou dívida pública de US$ 110 bilhões, equivalente a 100% do PIB do país. Os bancos locais estão sob risco, depois de terem emprestado US$ 25 bilhões a empresas estatais, o que equivale a 9% de seus financiamentos. Dubai chegou à beira do calote e agitou os mercados globais em 2009. (Págs. 1 e C10)

Indústria têxtil prepara novas ações para tentar barrar os importados (Págs. 1 e A2)


A China foi o principal centro de ofertas de ações em 2011 (Págs. 1 e D9)


Gasto público ajuda economia

Os gastos não financeiros do governo federal e de Estados e municípios vão acelerar ao mesmo tempo em 2012, devendo estimular a recuperação econômica. É o oposto do que ocorreu em 2011. (Págs. 1 e A3)


Beleza e higiene

As vendas de itens de higiene e beleza da indústria para o varejo devem fechar o ano com o maior crescimento em volume dos últimos cinco anos, entre 7,3% e 7,4%. Já o avanço em valor deve ser o menor do período. (Págs. 1 e B3)


O rumo das commodities

Apesar de encerrarem dezembro nos atais baixos patamares de 2011, as cotações internacionais das commodities agrícolas alcançaram médias anuais nominais sem precedentes, garantidas sobretudo pela evolução do mercado até julho. (Págs. 1 e B12)


Parceria do Bradesco e Claro

O Bradesco e a Claro criaram uma empresa de processamento de pagamento móveis. A companhia vai fazer a captura, transmissão, processamento de dados e liquidação de transações financeiras por meio do celular. (Págs. 1 e C10)


Normas da CVM para fundos

A CVM fez novas exigências de transparência para as aplicações. A partir do início de 2012 as demonstrações financeiras dos fundos terão de incluir um item nas notas explicativas sobre as transações efetuadas com partes relacionadas. (Págs. 1 e D2)

Ideias

Ingo Plögger e Carlos Waak

O Brasil deveria adotar uma "meta de câmbio", que implica o atrelamento do real ao dólar americano. (Págs. 1 e A10)


Ideias

Bráulio Borges e Lorreine Messias

Seria muito recomendável que o governo anunciasse um "plano de voo" para a política fiscal e parafiscal em 2012-2014. (Págs. 1 e A11)

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