PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, novembro 17, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] MINISTÉRIOS SEM MISTÉRIOS

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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MINISTÉRIO PÚBLICO/TIRIRICA [In:] XÔ! "FORENTINA''

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Ministério Público pede anulação de exame de Tiririca



Autor(es): Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo - 17/11/2010

Promotor Maurício Lopes entrou com mandados de segurança questionando a competência do juiz que conduziu a audiência

O promotor de Justiça Maurício Lopes, acusador de Tiririca - palhaço que 1,3 milhão de brasileiros elegeram deputado pelo PR - ingressou ontem com dois mandados de segurança perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O promotor requereu anulação da audiência realizada na última quinta feira, quando Tiririca foi submetido a um teste de escrita e leitura.
Em um mandado, o promotor aponta "diversas nulidades" e pede a intimação da "esposa do acusado" para que ela diga como foi redigida a declaração de Tiririca à Justiça, anexada ao registro de candidatura, em que ele afirmou ser alfabetizado. No outro, questiona a competência do juiz eleitoral de primeiro grau (Aloísio Silveira) que fez a audiência.
Além da intimação da mulher de Francisco Everardo Oliveira Silva, nome verdadeiro do palhaço, o promotor pede novo depoimento de uma testemunha de defesa "sobre pontos controvertidos do laudo apresentado e que foram indeferidas pelo juiz".

O promotor suspeita que Tiririca cometeu crime de falsidade ideológica - acredita que não foi o palhaço quem redigiu, de punho próprio, a declaração ao TRE. Quer que o acusado passe por perícia oficial por junta médica composta por profissionais de idêntica especialidade daqueles que subscreveram o laudo da defesa. Segundo Lopes, uma perícia estava agendada pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

O promotor quer fazer prova de bens em nome do acusado e não declarados à Justiça Eleitoral e nova audiência para que "o réu elabore sobre tema livre, de seu universo cultural, pequena redação para complementação do exame, segundo parâmetros do Ministério da Educação para aferição de alfabetização".

"Não é crime ser ou não analfabeto, mas falsificar material ou ideologicamente documento nesse sentido", assinala o promotor. "A Resolução 23.221/10 do Tribunal Superior Eleitoral diz que na ausência de comprovante de escolaridade do candidato, esse poderá ser suprido por declaração de próprio punho afirmando que sabe ler e escrever. A declaração deve ser firmada diante de juiz eleitoral ou de serventuário da Justiça."

O advogado Ricardo Vita Porto, que defende Tiririca, diz que seu cliente é alfabetizado. Ele rechaça a acusação de falsidade ideológica.

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DILMA PRESIDENTE/PMDB [In:] ... SURPRESA ???

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Base de Dilma racha e o PMDB faz bloco na Câmara



Com base governista rachada, PMDB lidera bloco parlamentar para isolar PT


Autor(es): Isabel Braga e
Gerson Camarotti
O Globo - 17/11/2010

Antes mesmo do início do governo, já começou na Câmara a briga na base da presidente eleita, Dilma Rousseff. Comandados pelo PMDB, cinco partidos governistas anunciaram a formação de um bloco parlamentar com 202 deputados - que, como avisou o líder Henrique Alves (PMDB), também vai pedir espaço na composição do Ministério de Dilma. O PT classificou a iniciativa de "hostil" e tenta formal um bloco para reagir à pressão dos aliados.

Petistas criticam tentativa de pressionar Dilma; coalizão pode ter 202 deputados

O governo Dilma Rousseff nem começou e a briga por espaço já desencadeou a primeira crise entre PT e PMDB. Ontem, um grupo de cinco dos dez principais partidos da base de Dilma, capitaneados pelo PMDB, anunciou a formação de um bloco parlamentar em 2011. Desde já, no entanto, avisou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), o bloco também atuará em conjunto para defender o espaço e os interesses das legendas na composição ministerial. O PT reagiu ao megabloco, com seus líderes classificando a iniciativa de "gesto hostil" e criticando qualquer tentativa de pressionar a presidente Dilma na formação do Ministério.

Segundo Henrique Alves, o megabloco será formado pelo PMDB, PP, PR, PTB e PSC, e terá 202 deputados na próxima legislatura. No fim da noite, porém, o líder do PP na Câmara, João Pizzolatti (SC), negou ter negociado com o PMDB. Mas, como os demais partidos, defendeu a manutenção e o respeito ao espaço atual ocupado pelas legendas no governo Dilma. Se o PP, de fato, não fizer parte do acordo, o bloco perderá 42 deputados e terá apenas 160.

Apesar de insistir que o objetivo não é criar problemas para o governo Dilma, Henrique Alves explica que o compromisso é mostrar à presidente eleita "um jogo arrumado", evitando que interesses individuais se sobreponham aos partidários.

Ele confirmou que a premissa do grupo é manter os espaços que os cinco partidos têm hoje no governo Lula e não aceitar atitudes de aliados que querem tomar ministérios "que estão sob comando de outras legendas".

- Esse bloco é para ajudar a organização do tabuleiro (ministerial) e evitar xeque-mate. A premissa é ninguém tomar nada de ninguém. Pedimos apenas respeito para que a presidente possa discutir a formação do Ministério com tranquilidade - disse Henrique Alves.

O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiu com surpresa à formação do bloco, dizendo que só soube pela imprensa. Ele defendeu o fato de a presidente Dilma montar seu Ministério sem pressões.

- Vamos nos colocar contra pressões da seguinte natureza: quem está fica onde está. É deselegante com quem ganhou o governo. A presidente Dilma não pode ser pressionada a ter um prato pronto, um prato feito - disse Vaccarezza. - Se é um bloco para defender posições, tudo bem, é natural. Se for para burlar resultado eleitoral, aí é hostilidade. Mas não acredito que estejam com este ânimo.

Manifestando-se surpreso com a ação do PMDB e outros aliados, o líder do PT, deputado Fernando Ferro (PE), classificou a iniciativa como um gesto hostil e uma tentativa de tirar do PT a Presidência da Câmara:

- Vou conversar com o líder do PMDB para saber qual o objetivo. Mas isso não combina com uma coalizão. Para quem é aliado, isso é muito estranho!

O vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que já sabia da intenção de formar o megabloco, mas condenou o que considerou um movimento brusco por parte de aliados.

Além da ação imediata na defesa dos espaços de governo, o bloco poderá influenciar na ocupação de cargos da Mesa Diretora, como a Presidência, e os comandos das comissões, numa tentativa de isolar o PT. Henrique Alves negou essa intenção:

- Defendemos a eleição de um presidente de consenso.

Entre ospartidos de esquerda ainda não há definição sobre blocos. O líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), disse que seu partido, PDT e PCdoB conversam sobre a recriação do bloquinho:

- O PMDB mostrou a que veio. Vai jogar pesado. Se formalizarem, terão o maior bloco da Casa e, para se igualar, o PT teria que ter o apoio da oposição.

GOVERNO LULA ''BY'' LULA [In:] O ESTADO SOU EU ("L'État c'est moi")

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Sobre heranças malditas


O Estado de S. Paulo - 17/11/2010

No encerramento da reunião do G-20 em Seul, na semana passada, o presidente Lula travestiu-se mais uma vez de líder "progressista" que flerta com a ideia do capitalismo estatal, ao explicar aos principais governantes mundiais que só um Estado "forte" tem condições de promover o desenvolvimento. E deu como exemplo seu próprio governo, que foi capaz de tirar o Brasil da crise internacional no prazo recorde de "seis meses": "Na crise de 2008, todos os países que tomaram medidas anticíclicas e que assumiram a responsabilidade de serem os indutores da economia colheram bons resultados" e esse foi o caso do Brasil, graças à "decisão do governo de fortalecer o mercado interno como base do desenvolvimento."

Talvez por estar escoltando, nessa sua última participação como chefe de Estado numa cúpula mundial, a sucessora que escolheu e elegeu, Lula sentiu-se à vontade para manter o tom palanqueiro, embora a plateia devesse estar interessada em questões mais importantes. Retomando uma de suas mistificações prediletas, garantiu que não ocorrerá com Dilma Rousseff o mesmo que aconteceu com ele próprio oito anos atrás: "O Obama recebeu uma herança maldita, que foi uma crise financeira sem precedentes, e eu recebi uma herança maldita, que foi um país andando para trás." Quando baixa o barão de Munchausen, ninguém segura nosso presidente!

Não é por causa de um "Estado forte" que a economia brasileira tem tido um excelente desempenho nos últimos 15 anos, desde a estabilização propiciada pelo Plano Real. O Estado brasileiro atual não é mais "forte" do que sempre foi durante, pelo menos, todo o período republicano, especialmente levando em conta que desde então sofremos dois interregnos autocráticos. Os avanços que podem ser comemorados nos dois mandatos de Lula se devem, basicamente, à sensatez e à firmeza que Antonio Palocci e Henrique Meirelles, com apoio do presidente, é verdade, aplicaram na condução da economia e das finanças nacionais a partir dos fundamentos estabelecidos nas administrações anteriores - de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso.

Consequentemente, a verdade que o lulo-petismo insiste em negar é que o surto de prosperidade que no momento beneficia a população - do qual Lula tem todo o direito de se vangloriar - deve-se à herança de competente administração da economia. Decididamente, ele não teve de reverter uma "herança maldita". Na verdade, o que pode vir a se tornar uma herança muito mais que maldita é a situação de crescente descontrole das contas públicas que Dilma Rousseff vai receber, agravada pela gastança irresponsável de um fim de mandato marcado pela obsessão com que Lula se empenhou em elegê-la. Além disso, hoje a conjuntura econômica internacional é muito mais desfavorável, complexa e difícil do que aquela com que Lula teve a sorte de ser bafejado nos seis primeiros anos de sua administração, e que contribuiu para alavancar o bom desempenho da economia brasileira.

Como declarou recentemente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de tanto repetir suas mistificações Lula aparentemente passou a acreditar nelas. É possível. E certamente a nostalgia do poder, que costuma ser impiedosa com os "patos mancos" - a deliciosa expressão norte-americana para o mandatário cujo sucessor já está escolhido -, só faz agravar o surto de megalomania que aumenta na medida em que esfria o cafezinho servido no quarto andar do Palácio do Planalto. Quer dizer: Lula vai continuar insistindo.

Para que a memória do País não fique contaminada pela falta de memória do nosso "pato manco", convém lembrar alguns fatos que criaram condições para que chegássemos onde estamos: a eleição de Tancredo Neves em 1985, que enterrou a ditadura militar; a Constituição de 1988, que deu importante contribuição para a modernização institucional; a derrubada da inflação com o Plano Real; a Lei de Responsabilidade Fiscal; a criação do Proer; a criação das agências reguladoras; as privatizações, especialmente da telefonia, da Vale, da Embraer, etc.

Lula e o PT foram contra tudo isso.

DILMA PRESIDENTE/ANASTASIA [In:] CPMF vs. REFORMA FISCAL

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Anastasia recua na CPMF e defende reforma tributária


Autor(es): Eduardo Kattah
O Estado de S. Paulo - 17/11/2010


O governador reeleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), defendeu ontem urna "ampla reforma fiscal", que estabeleça uma "justiça federativa" no País. Após ter dito no início do mês que era favorável a criação de um novo tributo para financiar a saúde, a exemplo da antiga CPMF), o tucano amenizou a posição anterior: "Não é possível criar um tributo isoladamente.”

O governador disse que a discussão deve ser feita dentro de uma "reforma tributária grandiosa" - que, segundo ele, precisa tratar também da revisão da Lei Kandir e dos royalties pagos pela exploração mineral.

A posição anterior de Anastasia em relação a CPMF havia destoado da manifestada por futuros governadores de oposição. Ontem, quando retornou ao trabalho após tirar uma semana de férias, ele disse que o próprio governo federal, "felizmente", recuou do tema, que "já foi sepultado".

Lei Kandir e royalties. Anastasia se alinhou a articulação de governadores pelo ressarcimento, por parte do governo federal, de recursos da Lei Kandir, que isentou do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) as exportações de produtos primários e semielaborados. No caso de Minas, a lei afeta a arrecadação com a exportação de commodities, principalmente do minério de ferro.

Ele indicou que vai se mobilizar por uma proposta de elevação da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), espécie de royalties que as mineradoras pagam aos municípios, Estado e, União pelo direito de explorar as riquezas minerais.

Na gestão, o ex-governador Aécio Neves (PSDB), agora senador eleito, cobrou isonomia da compensação com os royalties pagos pela exploração do petróleo, que podem chegar a 10% do faturamento bruto. Na CFEM, calculada sobre o faturamento líquido na venda do produto mineral, as alíquotas variam de 0,2% a 3% - no caso do ferro é de 2%.

A CFEM e Lei Kandir foram temas da campanha para o governo de Minas. No segundo turno, Dilma Rousseff, agora presidente eleita, comprometeu-se, durante encontro com prefeitos mineiros, em promover a revisão do marco regulatório da mineração.

Anastasia reclamou que a União concentra mais de 60% da arrecadação dos tributos. “Essa reforma tributária, ela deve ter como fundamento uma redistribuição dos recursos entre os Estados e municípios", disse, reiterando que considera o financiamento da saúde importante, mas que um novo tributo não deve ser discutido isoladamente.

Sepultado

Antonio Anastasia

Governador de Minas

"Esse tema já foi sepultado porque o próprio governo federal já recuou nessa questão da CPMF. É um assunto encerrado."

BRASIL/INDÚSTRIA [in:] DESINDUSTRIALIZAÇÃO, SIM OU NÃO ?

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A desindustrialização não se explica só pelo câmbio

O Estado de S. Paulo - 17/11/2010

Finalmente, pelo menos o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCE) está reconhecendo que existe um processo de desindustrialização no País, que pede uma ação mais afirmativa do governo para conter um processo que só se poderá ampliar sob o efeito da acumulação.

O MDCE constata o que chama de "reprimarização" (predominância de commodities nas exportações) enquanto se registra um déficit nas de produtos industriais. A indústria de transformação, que tinha superávit externo de US$ 31,9 bilhões em 2005, já em 2007 apresentou déficit de US$ 9,8 bilhões, e de US$ 30,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Podia ser que o déficit se limitasse a setores "trabalho-intensivos", como os produtos têxteis e os móveis, dada a concorrência da China, mas chegou também aos automóveis, cujo superávit médio de US$ 9,1 bilhões, entre 2004 e 2007, passou para um déficit de US$ 3,1 bilhões, no ano passado, que deve ser muito maior neste ano.

A melhoria do poder aquisitivo da população pode ter permitido a compra de bens de maior tecnologia. Mas isso não explica o aumento da importação de produtos siderúrgicos de 70,1% nos nove primeiros meses deste ano, ante o mesmo período de 2009, embora as importações de material elétrico, eletrônico e de comunicações tenham crescido 51,8%. No segundo caso, pode-se falar de efeito renda, mas no primeiro caso isso não pesa. Temos as matérias-primas necessárias no Brasil e instalações siderúrgicas modernas. Não será apenas o efeito câmbio?

Na realidade, não se entende que produtos pesados possam ser importados da Europa por preços menores do que o nacional, levando em conta o custo do transporte e até a tendência de reduzir os preços diante da queda da demanda, observada nos países da União Europeia. A razão é que temos no Brasil um custo de produção maior, em razão da carga tributária, da legislação trabalhista e dos juros, sem falar da menor produtividade. Não podemos esperar que a valorização do real desapareça tão logo (parte dela é vinculada ao sucesso econômico) e seria um grave erro concentrar esforços apenas na correção do câmbio. As mudanças mais urgentes são de outra ordem.

É preciso, antes de tudo, reduzir a carga tributária, o que por sua vez tornará possível uma redução da taxa de juros, que tem sua origem no déficit público. E é preciso haver uma legislação que favoreça as exportações, além de uma política de estímulo à inovação para não dependermos tanto de tecnologia externa.

BANCO CENTRAL/MEIRELLES/BANCO PANAMERICANO [In:] ROMBO É O MESMO QUE ROUBO ?

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DONO É O RESPONSÁVEL N° 1 POR ROMBO EM BANCO, DIZ MEIRELLES

"VOCÊ QUER QUE O BC SUBSTITUA O ACIONISTA CONTROLADOR PARA DEFENDER O INTERESSE DELE?"


Autor(es): Leandro Modé,
Fabio Graner,
Fernando Nakagawa
O Estado de S. Paulo - 17/11/2010

Para ele, se críticas no caso Panamericano levarem a maior fiscalização do BC haverá "risco moral" no mercado

Na primeira entrevista exclusiva desde o socorro de R$ 2,5 bilhões ao Panamericano, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o acionista majoritário (o empresário Silvio Santos) é, "em última análise, o responsável" pelo rombo. Ele afirmou a Leandro Modé, Fábio Graner e Fernando Nakagawa que as críticas ao BC revelam "mal-entendido sobre o papel da supervisão" e considerou inviável a fiscalização oficial substituir controles internos e auditorias externas. Meirelles alertou que, se o governo assumir essa tarefa, haverá aumento do chamado “risco moral” no sistema. "Gestores, auditores, investidores passam a não fazer seu trabalho, baseados no preceito de que o governo fará por eles”.

Presidente do BC diz que o controlador era o responsável por descobrir o rombo de R$ 2,5 bi no Panamericano


ENTREVISTA

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central


Em sua primeira entrevista exclusiva desde que o socorro de R$ 2,5 bilhões ao Banco Panamericano foi anunciado, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, rebate os ataques feitos nos últimos dias à instituição, critica os controles do banco (auditorias interna e externa) e diz que, em última instância, o responsável pelos problemas era o controlador (Silvio Santos).


"O único prejudicado foi o acionista controlador, que assumiu o prejuízo de acordo com a lei - corretamente - e era, em última análise, o responsável", afirmou ao Estado no início da tarde de ontem. A seguir, os principais trechos da conversa.


Como o BC descobriu a fraude?


O BC, dentro de seu processo de análise sistêmica, fez uma avaliação consolidada do total das posições dos bancos cedentes e cessionários (de carteiras de crédito) e concluiu que havia uma inconsistência.

Quem era responsável por descobrir isso?

O responsável número 1 é o acionista majoritário. Em seguida, os órgãos de controle da instituição: os conselhos, a auditoria interna, controles internos etc. Além do controle externo, do ponto de vista do mercado/ investidores, que é feito pela auditoria externa. Essa é a linha de responsabilização direta pela integralidade dos resultados contábeis da instituição. O trabalho de supervisão do BC faz uma série de avaliações que não substituem os controles internos e a auditoria externa.

Como recebe a crítica de que o BC demorou para descobrir?

Essas críticas revelam um mal-entendido sobre o papel da supervisão. Primeiro, seria operacionalmente inviável substituir todos os controles internos e a auditoria externa. Mas o mais importante e mais grave: aumentaria de forma descontrolada o chamado risco moral, aquele do qual todos partem do pressuposto de que o governo está olhando todos os detalhes, substituindo todos os órgãos controladores e auditores. De maneira que os gestores, os auditores, os investidores passam a não fazer seu trabalho, baseados no preceito de que o governo fará por eles. O BC agiu a tempo de não causar prejuízo ao poder público, aos depositantes, ao sistema financeiro e à economia. O único prejudicado foi o acionista controlador, que assumiu o prejuízo de acordo com a lei - corretamente - e era, em última análise, o responsável.

É preciso rever a regulação das auditorias externas?

A regulamentação, no momento, tem de ser aplicada.

Mas ela é adequada?

No momento não se revelou inadequada. Mas estamos sempre, a qualquer momento, com o Comitê da Basileia e os demais bancos centrais do mundo, revisando a regulamentação para buscar aperfeiçoamentos.

Quando o sr. diz que a responsabilidade era do controlador, das auditorias, etc, é possível afirmar que eles foram omissos? Isso será a essência do processo administrativo. Não pode haver por parte da autoridade pré-julgamento. Há um procedimento legal muito rigoroso que terá de ser seguido

O sr. tem dito há tempos que o sistema financeiro está com boa saúde, se saiu bem na crise, etc. Mas ouvimos que, se o Panamericano tivesse sido liquidado, veríamos sérios problemas.

É correta a afirmação de que o sistema financeiro brasileiro resistiu muito bem à crise, que os níveis de capitalização dos bancos são adequados e todo o aparato prudencial brasileiro é usado como modelo no mundo. Isso não quer dizer que não possa haver problemas. Não há dúvida de que uma liquidação desnecessária, que seria o caso - porque o acionista controlador tinha condições de cobrir o prejuízo - causaria prejuízo aos credores, para o próprio Fundo Garantidor de Crédito (FGC, que emprestou os R$ 2,5 bilhões) e para uma percepção de mercado de riscos sistêmicos que poderiam não existir.

O fato de parte desse rombo ter sido gerado em cartão de crédito não exibe com mais clareza a necessidade de uma regulamentação desse setor?

Existe um Grupo de Trabalho, do qual o BC faz parte, que está exatamente trabalhando em uma proposta de regulamentação desse setor. Muitas coisas já foram feitas, já foram levadas. A próxima etapa será a regulamentação das tarifas de cartão de crédito que são cobradas por uma parte do sistema, os bancos. Existem discussões em andamento com o Congresso Nacional para definir se se justifica ou não criar um sistema de fiscalização do cartão de crédito, que pode ser o BC ou qualquer outra entidade reguladora.

Há hoje um vácuo regulatório?

O cartão de crédito é como muitos outros setores do Brasil, em que não há necessariamente um regulador específico.

Já existem indícios de que houve desvio de dinheiro ou, por enquanto, o que se tem é uma certeza de que havia fraude contábil?

No momento, o processo administrativo está em andamento, em início ainda, e a investigação do Ministério Público está também se iniciando. Portanto, ainda não temos nenhum relatório das áreas de fiscalização que chegue a alguma conclusão a esse respeito. Esse é um processo que tem de seguir rigorosamente as normas e todo o procedimento regimental para que seja bem feito e não possa ser contestado no futuro.

Qual a chance de o rombo ser maior que R$ 2,5 bilhões?

São duas coisas diferentes. Essa investigação do BC mostrou que o problema do banco é um pouco inferior a R$ 2,1 bilhões. A parte do cartão de crédito foi feita pelo Conselho do banco. O BC, de novo, não tem acesso ao cartão de crédito. Sobre os demais aspectos do banco, certamente isso será objeto de continuada avaliação dos acionistas. Agora, o que eu quero dizer é o seguinte: o BC, pelo risco moral, jamais, com instituição nenhuma, pode afirmar: "Não existe mais problema com ninguém." Isso, por definição, seria o risco moral. O BC não pode fazer esse tipo de afirmação. O BC sempre tem de dizer: "Riscos existem; em qualquer banco, em qualquer financeira, em qualquer instituição financeira, a todo tempo."

Não está claro o que aconteceu na parte de cartões. A princípio, se fala em R$ 400 milhões de prejuízo. Mas pode ser mais. Se for mais, pode bater no próprio banco e levar a que os cálculos sejam refeitos?

O BC não faz raciocínios teóricos nem especulações sobre o que pode acontecer. Não há, no momento, nenhuma evidência achada pelo BC de que problemas no cartão possam levar a passivos para o banco.

Outra operação no caso envolve um CDB que teria sido comprado há tempo, com rentabilidade muito distinta da paga às pessoas físicas. Não houve falha do BC em observar essa operação?

Não. Você quer que o BC substitua o acionista controlador para defender o interesse dele? O BC não pode ficar julgando a cada momento se o banco está captando caro ou barato.

Em termos de supervisão, o diretor Alvir Hoffmann (Fiscalização) disse que existiriam operações que já têm de três a quatro anos. Esse não é um período muito grande para descobrir esse tipo de inconsistência?

O BC agiu a tempo e a hora porque evitou prejuízos para o setor público, para os depositantes, para o sistema, para a economia brasileira, etc. Agiu quando o processo todo adquiriu uma dimensão que tinha um interesse sistêmico.

Não era o caso de descobrir antes de virar risco sistêmico?

Não. Repetindo para não perdermos mais tempo: o BC agiu a tempo e a hora porque a função do BC é prevenir riscos que levem a prejuízos para o País, para o sistema e, nesse caso, para os depositantes, que não perderam nenhum centavo.

Como é que fica a investigação daqui para a frente?

As informações vão sendo remetidas para o Ministério Público na medida em que forem apuradas. Não é um processo em que apenas ao fim será enviado. O BC já remeteu na semana passada as primeiras informações ao MP, deve remeter mais informações nesta semana e, no curso das investigações, vai informando o mais cedo possível ao MP. O BC olha do ponto de vista administrativo, o MP olha do ponto de vista penal.

Os ex-diretores vão ser chamados pelo BC para se explicar no processo administrativo. O fato de eles estarem nessa situação os impede de sair do Brasil?

Compete ao Ministério Público Federal pedir à Justiça uma ação nesse sentido. A decisão final é da Justiça.


DILMA PRESIDENTE [In:] IRPF. PAGUE, CLASSE MÉDIA !!!

Publicada em 17/11/2010 às 00:51


Correção na tabela do IR chega ao fim, mas defasagem leva contribuinte a pagar até 800% mais


Martha Beck/EXTRA

BRASÍLIA - Depois de quatro anos de correção na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o benefício chegou ao fim. Termina este ano o compromisso do governo de repor parte das perdas provocadas pela inflação na renda dos trabalhadores que precisam acertar as contas com o Leão. O Ministério da Fazenda, no entanto, já espera pressão para que o benefício seja prorrogado pois, mesmo diante de uma reposição entre 2007 e 2010, a defasagem da tabela ainda está em nada menos de 64,1% frente a 1995, segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Essa defasagem faz com que o contribuinte pague até 800% a mais de imposto do que pagaria caso a tabela tivesse sido integralmente corrigida desde 1995, calcula o Sindifisco. E, se a tabela não for corrigida em 2011, o IR a pagar será ainda maior.

A correção da tabela do Imposto de Renda será discutida pela equipe de transição e tem como apelo a formação de uma agenda positiva para a presidente eleita Dilma Rousseff em seu primeiro ano de mandato.

Segundo os técnicos da área econômica, um novo benefício não está descartado, mas ainda precisa ser amadurecido, pois representa uma renúncia de receitas num momento em que se discute ajuste fiscal e em que os gastos estão elevados. Quando aceitou corrigir a tabela em 4,5% ao ano entre 2007 e 2010, o governo abriu mão de R$ 5,7 bilhões. Além disso, foram criadas em 2008 duas novas alíquotas para as pessoas físicas (7,5% e 22,5%), o que também representou uma perda de arrecadação de R$ 5 bilhões.

- Eu não classifico a correção da tabela do IR como uma renúncia. É uma questão de justiça fiscal, de cobrar imposto dos trabalhadores dentro de sua capacidade contributiva - afirma o diretor de estudos técnicos do Sindifisco, Luiz Benedito.

Mesmo com ajuste, arrecadação subiu

A arrecadação do IR das pessoas físicas tem apresentado crescimento mesmo com as correções já feitas e as novas alíquotas. No acumulado do ano até setembro, o total chegou a R$ 13,039 bilhões, o que representa aumento real de 7,3% sobre 2009.

Leia também: Receita libera hoje lote residual do IR 2007

Estudo feito pelo sindicato a pedido do GLOBO mostra que, entre $1995 e 2010, a correção da tabela do IR foi de 88,51%. No entanto, a inflação medida pelo IPCA acumulada no mesmo período foi de 209,36%. Isso significa que ainda há um resíduo de 64,1% que precisa ser compensado. Simulações feitas com base na tabela atual e numa tabela que fosse integralmente corrigida mostram que alguns contribuintes poderiam ter uma redução de quase 90% no valor do IR pago. E os benefícios seriam maiores para quem ganha menos.

Uma pessoa com renda de R$ 2.500, por exemplo, paga hoje R$ 101,56 por mês ao Leão. Se a tabela tivesse sido ajustada incorporando toda a variação da inflação desde 1995, o imposto mensal cairia para apenas R$ 11,26. Ou seja, este contribuinte está pagando 800% a mais hoje. Já um contribuinte com renda de R$ 4 mil teria o IR reduzido dos atuais R$ 407,22 para R$ 159,61.

Nas faixas de renda mais elevadas, o benefício é menor, mas ainda signi$. Um trabalhador que ganha R$ 15 mil, por exemplo, paga hoje R$ 3.432,22 de imposto mensalmente. Com a correção integral da tabela, o montante seria de 3.039,04.

- Quanto menor a renda do trabalhador, maior é o peso da não correção da tabela - lembra Benedito. - Ainda que seja complicado para o governo recompor de uma vez as perdas dos trabalhadores com a inflação, ele deveria, ao menos, continuar corrigindo a tabela gradativamente acima da inflação até que o quadro voltasse a ficar equilibrado.

Leia a íntegra da matéria na edição do Globo Digital

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

17 de novembro de 2010

O Globo

Manchete: Sem correção da tabela, IR vai subir ano que vem
Reajuste era de 4,5%, mas benefício não deve ser prorrogado em 2011

Após quatro anos de correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o benefício chega ao fim e, por isso, em 2011, o contribuinte deverá pagar mais imposto na fonte. Entre 2007 e 2010, a tabela foi corrigida em 4,5% ao ano, mas a lei previa o fim do benefício agora. Como o tema é polêmico, espera-se que ele entre na pauta da equipe de transição do governo. Mas o Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional) alerta que, apesar da correção feita nos últimos anos, ainda há uma defasagem de 64,1% na tabela desde 1995. Com isso, uma pessoa com renda de R$ 2.500 mensais, por exemplo, paga hoje R$ 101,56 por mês ao Leão. Se a tabela fosse ajustada de acordo com a inflação acumulada desde 1995, o valor a pagar cairia para R$ 11,26. Ou seja, 88,9% a menos. (Págs. 1 e 25)

Enem: 2ª prova só para quem registrou em ata

No Senado, ministro diz que resultados do exame podem passar a valer por dois anos

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que só poderão fazer novas provas do Enem 2010 os candidatos que tiveram seus problemas no primeiro exame registrados em ata pelos fiscais. Para isso, o consórcio contratado pelo MEC já esta analisando 113 mil atas. Segundo Haddad, tanto as provas de sábado quanto as de domingo poderão ser repetidas. Mesmo com os erros, o MEC vai ampliar o prazo de validade das notas do Enem de um para dois anos, e o exame deverá ser aplicado duas vezes por ano. (Págs. 1 e 3)

Base de Dilma racha e o PMDB faz bloco na Câmara

Antes mesmo do início do governo, já começou na Câmara a briga na base da presidente eleita, Dilma Rousseff. Comandados pelo PMDB, cinco partidos governistas anunciaram a formação de um bloco parlamentar com 202 deputados - que, como avisou o líder Henrique Alves (PMDB), também vai pedir espaço na composição do Ministério de Dilma. O PT classificou a iniciativa de "hostil" e tenta formal um bloco para reagir à pressão dos aliados. (Págs. 1 e 4)

Hospitais privados ajudam a lotar CTIs

Hospitais privados estão orientando pacientes com menos recursos a entrar na Justiça para conseguir vaga em CTIs públicos. Do total de 1.953 pacientes que conseguiram mandado judicial, 51,5% eram clientes da rede particular de saúde. A crise é tamanha que 58% dos mandados não foram cumpridos. (Págs. 1, 16 e 17)

Na contramão, lucro da Caixa recua 15%

Apesar da expansão das operações de crédito, o ganho registrado pela Caixa Econômica no terceiro trimestre do ano caiu 14,6%. Com o aumento das despesas administrativas, como contratações, o lucro foi de R$ 748 milhões. (Págs. 1 e 26)

Feriado com 142 mortes nas estradas

O feriadão da Proclamação da República foi o segundo mais violento este ano nas rodovias federais, com 142 mortes e 1.465 feridos, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Só perdeu para o carnaval, quando 143 morreram. (Págs. 1 e 15)

Irlanda, bola da vez na crise europeia

O pacote de socorro da União Europeia à Irlanda deve ficar entre € 80 bilhões e € 100 bilhões. Parte dos recursos pode vir do Fundo Monetário. Os bancos irlandeses estão afundados em créditos podres. (Págs. 1, 30 e Miriam Leitão)

Insegurança alimentar é alta nos EUA

Cerca de 17 milhões de famílias - ou 15% dos lares - nos EUA não conseguiram pôr comida suficiente na mesa em 2009, segundo o Departamento de Agricultura. É a chamada "insegurança alimentar", que triplicou desde 2006. (Págs. 1 e 30)

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Folha de S. Paulo

Manchete: STM libera processo da ditadura contra Dilma
Acesso estava proibido desde março, e Folha entrou com ação pedindo liberação

Por 10 a 1, o Superior Tribunal Militar liberou à Folha acesso aos autos do processo que levou a presidente eleita, Dilma Rousseff, à prisão na ditadura militar.

Presa em 1970, Dilma foi condenada pela Justiça Militar por subversão. Na prisão, ela foi torturada.

O processo traz informações de Dilma e de militantes ligados à VAR-Palmares, organização da esquerda armada. A presidente eleita foi solta no fim de 1972.

O presidente do STM, Carlos Alberto Soares, havia negado o acesso duas vezes. Alegou que queria evitar uso político dos documentos, trancados em cofre do tribunal desde março.

Predominou o entendimento de que o veto configurava censura e ia contra a liberdade de imprensa.

O jornal poderá consultar o processo somente depois da publicação da ata da sessão, o que deve ocorrer na próxima semana. (Págs. 1 e A4)

Eleita descarta manter cotas de siglas aliadas em ministérios

A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT) mandou abortar qualquer negociação com siglas aliadas que passe pela manutenção exata dos atuais ministérios.

Dilma disse a interlocutores que não aceitará essas imposições como critério para nomeações. O PMDB havia sugerido manter as cotas intocadas. (Págs. 1 e A8)

PMDB e quatro partidos aliados decidem montar um bloco no Congresso para pressionar o PT. (Págs. 1 e A9)

Senador pagou por depoimento contra colega, diz ex-funcionário

Um ex-funcionário de TV da família do senador Gilvam Borges (PMDB-AP) acusa o político de ter comprado testemunhas para depor contra o casal João e Janete Capiberibe, do PSB, em processo que terminou cassando o mandato de ambos.

Borges, aliado do presidente do Senado, José Sarney, nega. Eleito para o Congresso neste ano, o casal Capiberibe foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. (Págs. 1 e A10)

Auditoria no banco de Silvio Santos ignorou itens básicos

A Deloitte, maior empresa de auditoria do mundo, mandou ao BC o balanço do terceiro trimestre do PanAmericano, banco de Silvio Santos, como se não tivesse rombo de R$ 2,5 bilhões.

A empresa não conferiu como o banco vendera carteiras de crédito, o que, para auditores, é verificação básica. A Deloitte diz que não finalizou a checagem do terceiro trimestre. (Págs. 1 e B3)

Antonio Delfim Netto

Vamos amarrar o cinto porque a competição dos EUA vem aí. (Págs. 1 e A2)

Reino Unido vai indenizar presos de Guantánamo (Págs. 1 e A20)

Boa notícia: Adolfo Lutz colocará on-line resultados de seus exames. (Págs. 1 e C4)

Poder: Alckmin indica 4 secretários e mantém 2 nomes de Serra. (Págs. 1 e A16)

Editoriais

Leia "Hora de mudar", que comenta riscos de desindustrialização; e
"Restrições a Belo Monte", acerca de pareceres do Ibama sobre a hidrelétrica. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dono é o responsável n° 1 por rombo em banco, diz Meirelles
Para ele, se críticas no caso Panamericano levarem a maior fiscalização do BC haverá 'risco moral' no mercado

Na primeira entrevista exclusiva desde o socorro de R$ 2,5 bilhões ao Panamericano, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o acionista majoritário (o empresário Silvio Santos) é, "em última análise, o responsável" pelo rombo. Ele afirmou a Leandro Modé, Fábio Graner e Fernando Nakagawa que as críticas ao BC revelam "mal-entendido sobre o papel da supervisão" e considerou inviável a fiscalização oficial substituir controles internos e auditorias externas. Meirelles alertou que, se o governo assumir essa tarefa, haverá aumento do chamado “risco moral” no sistema. "Gestores, auditores, investidores passam a não fazer seu trabalho, baseados no preceito de que o governo fará por eles”.(Págs. 1 e Economia B1)

BMG quer o Panamericano

O BMG é candidato a compra do Panamericano, informa Sonia Racy. O objetivo é adquirir todo o banco, apesar de a negociação ser complexa: exige aval de Silvio Santos, da Caixa, do BC e do Fundo Garantidor de Crédito. O BMG não confirma a informação sobre a possível aquisição. (Págs. 1 e Direto da Fonte, D2)

Temor de que crise irlandesa se espalhe abala bolsas

O FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu negociam uma solução que seja capaz de resgatar a Irlanda da crise e evitar o agravamento da situação em Portugal e na Espanha. Os EUA pediram pressa aos europeus na solução da crise. Ontem, o euro caiu ao seu nível mais baixo em quase dois meses. No Brasil, o dólar chegou a R$ 1,74, o maior valor desde 1° de setembro. E a Bovespa caiu 1,67%. (Págs. 1 e Economia B12 e B13)

PMDB monta 'blocão' de 202 deputados e pressiona Dilma

O PMDB formou um bloco na Câmara com PP, PR, PTB e PSC. Com a manobra, deflagrada de surpresa, o partido do vice Michel Temer consegue, ao mesmo tempo, deixar Dilma Rousseff refém desses partidos na formação do ministério e isola o PT na disputa por cargos no Legislativo. Em 2011, o "blocão" terá 202 deputados, 55 a menos do que a maioria absoluta dos 513 parlamentares da Casa. (Págs. 1 e Nacional A4)

Foto legenda: Revolta contra a ONU no Haiti

Mulher com cólera aguarda atendimento em Porto Príncipe: haitianos atribuem à ONU surto da doença; que já matou mais de mil pessoas. Confrontos entre soldados e manifestantes deixaram dois mortos. (Págs. 1 e Internacional A12)

Nota do Enem pode ser válida por dois anos

Convidado pelo Senado a explicar as falhas no Enem, o ministro Fernando Haddad admitiu que o modelo do exame é vulnerável. Ele sugeriu a possibilidade de a nota do Enem ser válida por dois anos. (Págs. 1 e Vida A22)

Assassinato de ministro do TSE tem nova versão

Porteiro de prédio agora é apontado pela Polícia Civil do DF como um dos suspeitos de participação no assassinato de José Guilherme Villela, ex-ministro do TSE, de sua mulher e da empregada. (Págs. 1 e Cidades, C1)

USP dará mais verba para cursos noturnos (Págs. 1 e Vida A22)

Empresas já aderem à lei de resíduos sólidos (Págs. 1 e A24)

Rolf Kuntz
O mistério das promessas

Dilma Rousseff continua devendo sua estratégia para questões como a deterioração das contas externas e das finanças públicas. (Págs. 1 e Economia B10)

Visão global

O exemplo sul-coreano

No G-20, Brasil, México e Argentina deveriam ter reservado um tempo para ver por que a Coreia do Sul é uma potência. Por Andres Oppenheimer. (Págs. 1 e Internacional A18)

Roberto Da Matta

Como fazer oposição?

Não pode haver oposição se não há uma efetiva diferença. Democracia tem truques, mas ela não suporta uma ética de condescendência. (Págs. 1 e Caderno 2, D10)

Notas & Informações

Sobre heranças malditas

O descontrole das contas públicas pode se tornar herança mais que maldita para Dilma Rousseff. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Petrobras vai se desfazer de refinarias no exterior

Os imensos investimentos que o pré-sal vai exigir da Petrobras no Brasil estão levando a companhia a desmobilizar seu portfólio internacional. Os ativos de refino no exterior, incluindo a usina de Pasadena, no Texas, estão entre os que podem ser colocados à venda. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, explicou ao Valor que o objetivo da companhia com o que ele chama de "ajuste de portfólio" não é fazer caixa, já que a venda desses ativos, dado o volume de investimento necessário, não geraria recursos suficientes. O objetivo é otimizar o portfólio frente às oportunidades no Brasil. "Falo aqui de gente, capital e habilidades”, disse o executivo.
Gabrielli afirma que a refinaria de Pasadena, 100% da Petrobras, é uma possível candidata à venda. A empresa já negocia a refinaria San Lorenzo, na Argentina, e uma rede de 326 postos. No ano passado, vendeu uma planta de fertilizantes para a Bunge. (Págs. 1 e B1)

Previ investirá mais em varejo e imóveis

No comando do maior fundo de pensão do país, a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Ricardo Flores pretende ter uma participação forte em investimentos em infraestrutura, imóveis comerciais e grandes redes de varejo. Segundo o executivo, os imóveis representam hoje 2,91% dos investimentos totais e sua meta e chegar a 5%. Para isso, a Previ precisará aplicar R$ 4 bilhões até 2013. A rentabilidade dos imóveis atingiu 11% neste ano, até setembro.
No dia 25, Flores, pernambucano de 46 anos, que começou sua carreira aos 14 anos como menor aprendiz no Banco do Brasil, assumir à presidência do conselho de administração da Vale. (Págs. 1 e Al3)

Captação, desafio do PanAmericano

A nova direção do banco PanAmericano enfrenta o desafio urgente de restabelecer as captações. Desde quarta-feira da semana passada, quando o rombo de R$ 2,5 bilhões veio à tona, a instituição tem visto escoar, por dia, cerca de R$ 200 milhões em resgates de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e fundos de investimento em direitos creditórios (Fidcs). "Minha maior preocupação não está na venda de empréstimos, mas na captação", afirma Celso Antunes da Costa, diretor-executivo do PanAmericano, que substituiu Rafael Palladino. Segundo ele, as concessões de crédito continuam no mesmo ritmo. "Recebemos 170 mil pedidos de empréstimo todos os dias", diz o executivo.
O esforço para tentar retomar o equilíbrio das captações e atrair grandes investidores exclui a hipótese de oferta de CDBs a taxas mais atraentes, segundo Costa. As taxas praticadas pelo PanAmericano vão, de acordo com ele, seguir a média de mercado, entre 102% e 104% do CDI. "O mercado precisa absorver e entender o que aconteceu". Costa esclarece que o PanAmericano ainda tem em carteira 90% dos investidores institucionais do país. "Eles diminuíam suas posições, mas alguma coisa já esta voltando, enquanto outros ainda pedem mais informações”, afirma. O controle diário do fluxo de caixa mostra que sai mais dinheiro do que entra. Mas Costa se mostra otimista. "Saiu menos dinheiro do que imaginávamos', minimiza. (Págs. 1 e C1)

Obama deve receber Dilma antes da posse

O governo Barack Obama está pronto para receber a presidente eleita Dilma Rousseff, disse o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon. "Há muito interesse dos dois lados de que haja um encontro o mais rapidamente possível". Se o encontro for confirmado, Dilma receberá de Obama a mesma deferência conferida por George W. Bush a Lula, a de receber um chefe de Estado eleito antes da posse - sinal pouco frequente de consideração e distinção em Washington.
Shannon afirmou aguardar o novo governo com "muita esperança". "Brasil e EUA já mostraram no FMI, no Banco Mundial e no G-20 capacidade de colaborar e isso é fonte de grande otimismo", concluiu. (Págs. 1 e A3)

Instabilidade retorna aos mercados

A expectativa de que a China adote novas medidas para desaquecer a economia e controlar a inflação derrubou os mercados acionários e de commodities ao redor do mundo. A delicada situação da endividada Irlanda, que pode recorrer à linha de socorro criada pela União Europeia, contribuiu para as pressões baixistas. O Índice Bovespa teve sua quinta queda consecutiva ontem, com recuo de 1,67%, para 69.192 pontos.
A China anunciará controles de preços de alimentos e combaterá a especulação em artigos agrícolas de primeira necessidade para conter a pressão inflacionária. As medidas possíveis incluem controles de preços, subsídios a compradores e repressão ao acúmulo de estoques e especulação com preços. (Págs. 1, A12, B14, C2 e D2)

Safra argentina ultrapassa 100 milhões de toneladas

A Argentina deve ultrapassar na safra atual a barreira dos 100 milhões de toneladas de grãos. O feito se dá dez anos depois do Brasil, mas com uma área plantada 13% menor que a brasileira na época. A produção deverá crescer 10% e alcançar até 103 milhões de toneladas, com destaque para os aumentos nas colheitas de trigo e milho.
Em parte, segundo analistas, o recorde é consequência da baixa intensidade do fenômeno climático La Niña. Todos concordam também em citar o alto preço das commodities para explicar o resultado. A supersafra vai encher os cofres do governo em pleno ano de eleições presidenciais. As retenções, impostos sobre exportações, chegam a 35% no caso da soja. O orçamento de 2011 prevê arrecadação de 52 bilhões de pesos (US$ 13 bilhões) com as retenções de todos os cultivos. (Págs. 1 e B14)

Perda de chance traz indenizações

Convidada a trabalhar em uma concorrente, a estagiária ficou sem o emprego novo e o antigo - no último momento, a companhia desistiu da contratação. Um candidato a vereador em Carangola (MG) deixou de se eleger por oito votos após a divulgação incorreta da cassação de sua candidatura pela rádio local. Apesar de diferentes, a Justiça aplicou aos casos o mesmo entendimento e concedeu a ambos o direito a indenizações nos valores de R$ 6 mil e R$ 40 mil, respectivamente. A tese utilizada é a chamada "perda de uma chance". O entendimento não tem previsão legal, mas desde 2000 é usado pelos tribunais brasileiros nos casos de pessoas que deixaram de ter sucesso em determinado projeto por interferência de terceiros. (Págs. 1 e E1)

Empresários criticam lei climática paulista e temem 'guerra ambiental' (Págs. 1 e A4)

'Capitalismo de Estado' da China desafia parceiros comerciais (Págs. 1 e B6)

Adin contra incentivo à importação
A Força Sindical protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra incentivos fiscais a importações concedidos pelos Estados de Santa Catarina e Paraná. Os próximos alvos serão Pernambuco, Ceará, Alagoas e Goiás. (Págs. 1 e A5)

Partidos disputam o Turismo

Copa, Olimpíada e a possibilidade de incluir em seu orçamento obras de infraestrutura de pequeno porte e caráter turístico aumentam a visibilidade do Ministério do Turismo e fomentam disputa para Pasta no próximo governo. (Págs. 1 e A9)

Copa atrai empresas estrangeiras

Empresas da África do Sul que participaram das obras de infraestrutura e estádios para a Copa de 2010 querem disputar contratos no Brasil. Uma missão oficial sul-africana está no país. Na semana passada, empresários alemães também estiveram no Brasil. (Págs. 1 e A12)

Especial/Transporte de Cargas

Melhorias nos sistemas de transportes por rodovias, ferrovias e portos após os programas de privatização ainda não foram suficientes para eliminar os gargalos no setor. País precisaria investir pelo menos 5% do PIB pelos próximos cinco anos em infraestrutura de transportes, diz Paulo Fleury. (Págs. 1 e Especial)

Usiminas usará terminal da MMX

A Mineração Usiminas assinou contrato de cinco anos com a MMX, do empresário Eike Batista, dona do porto Sudeste, no Rio, para exportação de minério de ferro. O acordo é válido a partir de 2012. (Págs. 1 e B10)

Autoprodutor fora de Teles Pires

Edital para hidrelétrica Teles Pires, de 1.800 megawatts, aprovado ontem pela Aneel, destina 85% da energia ao mercado cativo de distribuidoras e afasta autoprodutores do leilão. (Págs. 1 e B11)

EUA abrem mercado à carne de SC

Os Estados Unidos publicaram decisão ontem que abre seu mercado à importação de carnes suína e bovina de Santa Catarina. A medida pode colaborar para a abertura de outros mercados, como México, Japão e Coreia do Sul. (Págs. 1 e B13)

Pressão dos alimentos

O aumento da pressão dos alimentos sobre a inflação levou o mercado a elevar a expectativa para a taxa Selic no fim de 2011, de 11,75% para 12% ao ano. (Págs. 1 e C2)

Afluxo para os Bric

O aumento do fluxo de capitais estrangeiros para os Bric - Brasil, Rússia, Índia e China – está apenas no começo e pode durar aproximadamente mais cinco anos, segundo relatório do Deutsche Bank.(Págs. 1 e C7)

Ideias

Rosângela Bittar

Dilma enfrenta a grande dificuldade de montar esquema tático do governo em uma aliança com tantos partidos. (Págs. 1 e A10)

Ideias

Martin Wolf

Seul pode não ter aproximado uma solução para guerras cambiais, mas o caminho adiante foi traçado. (Págs. 1 e Al5)

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