PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, março 30, 2009

X Ô! ESTRESSE [In:] "...ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA..."

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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MST & ONGs: FAZENDO ESCOLA...

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ONGs ligadas ao MST se multiplicam para obter verba federal
Folha Online.

Um grupo de 43 entidades ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) já recebeu pelo R$ 152 milhões em repasses federais, informa Marta Salomon, em reportagem que será publicada na edição deste domingo da Folha.

Segundo a reportagem, algumas dessas entidades foram criadas depois que os principais braços jurídicos do movimento dos sem-terra se tornaram alvo de investigações do TCU (Tribunal de Contas da União), por supostos desvios de recursos.

Algumas dessas investigações já resultaram no bloqueio dos bens de entidades, como o caso da Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), suspeita de repassar ilegalmente recursos federais para o MST e que foi alvo de decisão da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo no início deste mês.

A polêmica em torno do assunto voltou à tona depois do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, chamar de ilegal o repasse verbas públicas para o MST.

Criado em 1984, o MST não tem CNPJ e não pode receber recursos públicos diretamente, o que o levou a criar entidades para isso, como Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola) e Concrab (Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária).


GOVERNO LULA & LULISMO [In:] "... DEU NO JORNAL": BIZARRO!!!

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Não façam o que eu faço
Nas Entrelinhas - Claudio de Moura Castro


Nas Entrelinhas
Correio Braziliense - 30/03/2009


Um ótimo cassino para jogar hoje em dia é o Brasil de Lula. 100% de chance de ganhar. É só pegar dólares emprestados, o que anda baratinho, trocar por reais e comprar títulos do governo brasileiro

Uma das coisas mais curiosas dos últimos dias foi o presidente da República dizer que não estabeleceu prazo para a construção do um milhão de habitações do novo, e elogiável, programa federal.

Daí que, segundo Luiz Inácio Lula da Silva, o governo não deva ser questionado no futuro sobre o ritmo da execução do programa. Lula parece que descobriu a fórmula para manter o monarca sempre feliz, a salvo da cobrança dos súditos.

O governo vai erradicar a tuberculose. Quando? Sei lá. O governo vai acabar com o analfabetismo. Quando? Não enche. O governo vai duplicar a rodovia do litoral. Para quando vai ser? Vê se não amola.

O Brasil parece mesmo um país vocacionado para coisas bizarras. Investigação aponta grave suspeita de que o senador fulano de tal recebeu dinheiro de uma empreiteira. E não é que o senador recebeu mesmo? Dinheiro legal, com recibo, declarado à Justiça Eleitoral. Custava as autoridades checarem, antes de divulgar a informação? Vai ser uma pena se escorregões assim acabarem atrapalhando o importante trabalho das instituições na luta contra os malfeitos.

E as prévias do PSDB? A Justiça Eleitoral decidiu que elas podem sim acontecer, desde que na clandestinidade. Os “pré-candidatos” tucanos não podem fazer propaganda nos meios de comunicação. Nem mesmo montar um modesto web site para explicar por que desejam sentar naquela cadeira do Palácio do Planalto. Ah, sim, podem mandar e-mails, mas só para filiados ao partido. E se um filiado qualquer pega o e-mail e manda a um não filiado, estará cometendo crime eleitoral? E se o sujeito imprimir o e-mail e mostrar para um amigo, pode ser multado?

Em Viña del Mar (Chile), no encontro de presidentes progressistas, Lula empostou a voz para dizer que “o mundo está pagando o preço do fracasso de uma aventura irresponsável daqueles que transformaram a economia mundial em um gigantesco cassino”. É verdade, Lula tem razão. Há porém um problema. Um dos melhores cassinos para jogar hoje em dia é o Brasil governado por Lula. O apostador joga com 100% de chance de ganhar. Basta tomar emprestados dólares, ou euros, ou ienes (tudo muito baratinho hoje em dia), trocar por reais e comprar títulos do governo brasileiro. É filé sem osso. O único cassino em que o dono (o contribuinte brasileiro) sempre perde.

Lula disse também que é hora de fortalecer o Estado. Possivelmente para que não aconteça como no Brasil, onde o governo federal terceirizou para uma instituição controlada pelo setor privado (o Banco Central) a execução da política monetária, dando no que deu. Isso foi mais uma piada minha. Mas só até certo ponto. Lula deveria ser mais cuidadoso em situações como a do Chile. Normalmente, reuniões de chefes de Estado são convescotes bem-educados. Mas vai que alguém cobra do nosso presidente por que ele não dá um jeito no spread bancário nacional. Pior ainda se Lula acabar sendo chamado às falas por um colega loiro de olhos azuis.

País bizarro, mundo bizarro. Nos próximos dias, vamos ter a reunião do G-20 para discutir o andamento da crise mundial. Vai ser um desfile de governantes pregando contra o protecionismo, enquanto cada um deles dá tratos à bola sobre a melhor maneira de proteger o seu próprio mercado da concorrência estrangeira. Lula também está nessa. Quando a Embraer pôs na rua mais de 4 mil funcionários, Lula questionou por que as empresas aéreas nacionais compram aviões lá fora, em vez de encomendar à nossa Embraer. É lógico. Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço.

No seu furor antiprotecionista, Lula deveria dar o exemplo. Baixar a zero, por exemplo, as altíssimas tarifas de importação para produtos de informática. Seria um passo e tanto no rumo da inclusão de milhões na era digital. Mas Lula parece andar ocupado demais para se preocupar com coisas assim, banais. Outro dia, ele afirmou peremptoriamente que não é hora de os sindicatos pedirem aumento de salário. Ora, deve haver setores em que isso é verdade. Em outros, talvez não. Não seria melhor deixar esse assunto para os sindicatos? O que é que o presidente da República tem a ver com isso?
Bizarro.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA [In:] ''BRASIL, MOSTRA A TUA CARA..."

\o/

RENDA NO BRASIL TEM O MENOR CRESCIMENTO
BRASIL PERDE A DIANTEIRA



Autor(es): Bruno Rosa
O Globo - 30/03/2009

Segundo economistas, a política de juros altos nos últimos anos, a forte desvalorização cambial e falta de uma política de comércio internacional próativa foram determinantes para o desempenho dos últimos anos. Segundo Gonçalves, os erros na política macroeconômica colocam o Brasil na lanterna do crescimento da renda per capita durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Por outro lado, ressalta Claudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp, as nações em desenvolvimento e da América Latina promoveram cortes de juros ao longo da última década, reduzindo os custos de investimentos e, assim, gerando emprego e renda.

Com crise, queda de 1,1% este ano

A situação fica mais crítica para o Brasil este ano. Gonçalves lembra que a previsão do Boletim Focus, do Banco Central (BC), é de crescimento zero no país em 2009. Com base no estudo de Gonçalves, a renda anual per capita deve cair 1,1%, para US$ 10.185. Em 2008, o ganho anual por habitante foi de US$ 10.298.

Já nos países em desenvolvimento, o crescimento médio chegará a 2% este ano, elevando a renda per capita em 0,6%, para US$ 5.657.

Na América Latina, com alta modesta de 1% da economia em 2009, haverá recuo de 0,6% na renda per capita, para US$ 10.665. Todos os valores são balizados pela Paridade do Poder de Compra (PPP), que permite comparar a mesma cesta de bens em todos os países, ressalta Gonçalves.

Nos países em desenvolvimento, persistem, como puxadores, China, Índia e economias mais dinâmicas, como a da Coreia do Sul. Na América Latina, nenhum país será puxador: a escola de samba latino-americana não desfilará em 2009. Brasil e México estão descarrilhando. Nos últimos anos, o Brasil ficou muito focado na Rodada de Doha, que foi um fracasso, e não fez como diversos países da região, que partiram para negociações bilaterais. E, assim, obtiveram mais avanços. Este ano, a desaceleração da grande maioria dos países da América Latina será menor que a do Brasil e do México — explica Gonçalves.

Assim, em 1995, a renda do brasileiro equivalia a 2,57 vezes à do habitante dos países em desenvolvimento.

Em 2008, essa diferença caiu para 1,83. Este ano, segundo projeções de Gonçalves, o número cairá para 1,8.

Em relação à América Latina, a renda per capita brasileira, que correspondia a 1,02 vez à da região em 1995, passou a corresponder a apenas 0,96 ano passado. Em 2009, cairá para 0,95.

O economista José Marcio Camargo, da PUC-Rio, lembra que os diferentes estágios de desenvolvimento das economias explica o fato de o Brasil estar perdendo a corrida para outras nações. O Brasil, por exemplo, que tem 80% de sua população nas grandes cidades, difere de países em desenvolvimento, como China e Índia, onde 60% das pessoas ainda vivem no campo. Com isso, a migração para os grandes centros urbanos eleva a renda per capita, pois esses trabalhadores têm aumento de ganhos e produtividade ao irem para as cidades.

— Em relação à América Latina, países como Chile e Peru têm uma estrutura regulatória mais desenvolvida, como agências reguladoras e políticas de desenvolvimento, o que acaba atraindo mais investimentos, aumentando a renda per capita. Ainda faltam muitas reformas no Brasil, como a previdenciária, trabalhista e fiscal, apesar dos avanços nas últimas décadas — afirma Camargo.

Dedecca, da Unicamp, diz que o crescimento do Brasil nos últimos cinco anos foi apenas um reflexo do avanço da economia internacional e, por isso, não houve melhora substancial no mercado de trabalho e na renda per capita. Luiz Fernando de Paula, da Uerj, ressalta que a média da expansão do país ficou abaixo dos quase 11% registrados pela China, dos 8,5% da Índia e dos 7,2% da Rússia.

— O Brasil ainda cresceu menos que Chile, Peru e Colômbia. A questão é que o país seguiu com rigidez as metas de inflação. O Chile, por exemplo, foi mais flexível — afirma.

Já Dedecca diz que o governo já começa a fazer a sua parte, com a criação de programas de transferência de renda e de pacotes de estímulo.

Porém, faltam ações inovadoras dos trabalhadores e do setor produtivo, já que todas as ações refletem melhorias apenas de curto prazo. Entre os países que compõem os Brics, grupo formado, além do Brasil, por China, Rússia e Índia, economistas reforçam que a Rússia é que deve ter mais dificuldades em 2009 e 2010.

— A Rússia tem um setor produtivo sem competitividade e um setor financeiro quebrado — diz Dedecca.

Apesar do crescimento recente da economia e dos programas do governo de transferência de renda, o Brasil andou para trás nos últimos 13 anos. Entre 1995 e 2008, a renda per capita (ganho anual por habitante) do brasileiro avançou 59,41%, número menor que o crescimento de 68,50% dos países da América Latina e bem inferior ao aumento de 123,31% registrado pelas nações em desenvolvimento. A conclusão é de estudo preparado pelo economista Reinaldo Gonçalves, professor titular em economia internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Este ano, com a piora do cenário internacional, o ganho individual no Brasil terá um dos maiores recuos.

DEPUTADO ALBERTO FRAGA [In:] ''CASA, COMIDA e Roupa lavada"

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Deputado paga doméstica com dinheiro da Câmara
Doméstica de deputado é paga pela Câmara


Autor(es): LEONARDO SOUZA e
MARIA CLARA CABRAL
Folha de S. Paulo - 30/03/2009



O deputado federal licenciado e secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga (DEM), paga o salário da empregada doméstica de sua casa com recursos da Câmara.
Izolda da Silva Lima, 30, é contratada como secretária parlamentar, mas cuida da limpeza da residência de Fraga, localizada numa área de 1.875 m2 às margens do lago Paranoá, região nobre de Brasília.

Izolda está contratada pelo gabinete do suplente de Fraga, Osório Adriano, também do DEM.

Ela confirmou à Folha que trabalha de faxineira de Fraga. Este diz que ela recebe pela Câmara, mas apenas mora em sua casa. Já Osório Adriano diz que nem a conhece.
Coronel da reserva da Polícia Militar, Fraga é conhecido na Câmara como o principal nome da "bancada da bala". Em 2005, presidiu a frente parlamentar contra a proibição do comércio de armas no país. Em 2007, assumiu a Secretaria de Transportes distrital.
Na tarde de quinta-feira, entre 15h30 e 17h, a Folha falou com Izolda duas vezes: pelo telefone da casa de Fraga e pessoalmente -com cerca de 1,50 m de altura, de calção azul e camisa de malha desbotada da seleção brasileira, ela recebeu a reportagem no portão da casa do deputado licenciado.
"Todas. O que precisar, eu tô à disposição dele. Também atividades domésticas, principalmente nos finais de semana", respondeu ela, ao ser questionada pela reportagem que tarefas fazia na casa de Fraga.
"De forma alguma, ela não é. Eu tenho doméstica na minha casa. Agora, se ela [Izolda] disse, problema dela. Agora vai ficar até bom, quem sabe agora eu não vou pedir pra ela fazer, né?", afirmou Fraga.
De acordo com os registros da Câmara, Izolda é servidora desde fevereiro de 2003. No dia 19 do mês passado, ela foi promovida de secretária parlamentar 05 para 06, com vencimento de R$ 480,86. Segundo ela, seu salário total é de R$ 1.080 por mês. Ela disse que trabalha com Fraga há quatro ou cinco anos.
Ao ser procurada no gabinete de Adriano Osório, um servidor informou à reportagem que Izolda exercia atividade externa. Ele então passou o telefone do local de trabalho dela: o número da casa de Fraga.
Osório Adriano disse não saber quem ela era nem onde ela fica. "Sou suplente. A gente mais ou menos divide o pessoal. Tem gente que é do Fraga e tem gente que é minha."

Dantas
Alberto Fraga se reelegeu em 2006 pela terceira vez como deputado federal.
Até 2005, era tido como um congressista do baixo clero. Naquele ano, contudo, ganhou notoriedade ao ser o porta-voz no Congresso da "Frente do não", que empreendeu campanha vitoriosa contra a proibição da venda de armas no país.
Ainda em 2005, Fraga se envolveu num episódio relacionado ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. O deputado fez uma representação ao TCU (Tribunal de Contas da União) para suspender um acordo entre fundos de pensão e o Citigroup em torno do controle da Brasil Telecom, exatamente como queria Dantas.
O instrumento jurídico usado por Fraga era uma "clonagem" de um texto de Luis Octavio Motta Veiga, advogado do grupo Opportunity.

SENADORES E DEPUTADOS [In:] "VOAR, VOAR, SUBIR,SUBIR..." ["FILHOS" DE ÍCAROS...]

CONGRESSISTA TEM DIREITO A ATÉ 1 BILHETE AÉREO POR DIA
CONGRESSISTAS PODEM GASTAR ATÉ R$ 33 MIL COM PASSAGENS


Autor(es): RANIER BRAGON e
ANDREZA MATAIS
Folha de S. Paulo - 30/03/2009

Em meio a muito sigilo, desvio de finalidade e suspeita de irregularidade, o Congresso Nacional destina mensalmente aos 594 deputados federais e senadores uma cota para compra de passagens aéreas que, em alguns casos, permite a aquisição todo mês de mais de 30 bilhetes de ida e volta entre Brasília e o Estado de origem.

Criada originalmente para permitir ao congressista quatro deslocamentos mensais ao Estado, a cota aérea é paga conforme o Estado do parlamentar e se ele ocupa ou não posto de destaque nas duas Casas. Na atual legislatura, o valor varia de R$ 4.700 a R$ 33 mil.
Em 2008, a Câmara desembolsou R$ 80 milhões sob essa rubrica. O Senado, bombardeado nas últimas semanas por denúncias de mau uso dessa e de outras verbas de apoio ao trabalho parlamentar, se recusou a fornecer o dado à Folha.
Ao longo da semana passada, a Folha coletou informações nos gabinetes das duas Casas e apurou que a cota é alvo de desvirtuamento, como a distribuição de passagens a eleitores.
Na Câmara, a verba fixa varia de R$ 4.700 a R$ 18,7 mil. No Senado, de R$ 13 mil a R$ 25 mil. As duas Casas remuneram os parlamentares do Distrito Federal -que não precisam voar para suas bases.
Além disso, um grupo de 54 congressistas -integrantes da Mesa, seus suplentes e os líderes partidários- tem direito a um repasse adicional, que pode chegar a R$ 13 mil.
Neste grupo está o senador Adelmir Santana (DEM-DF), suplente da Mesa do Senado. Apesar de morar em Brasília, recebe a cota aérea. "Não usarei, a não ser que aconteça alguma coisa inusitada."

Tarifas
A Folha consultou as tarifas médias das principais companhias aéreas do país, TAM e Gol, usando como critério valores médios da tarifa para compra com um dia de antecedência, e constatou que, em média, os deputados conseguiriam adquirir 13 passagens ida e volta/ mês, e os senadores, 17.
No caso de Goiás, por exemplo, a cota da Câmara (R$ 9.172) permite a compra de 25 passagens pela tarifa média de R$ 368 (ida e volta). Por serem líderes de bancada, Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Sandro Mabel (PR-GO) têm direito a adicional de R$ 4.700. Poderiam comprar até 38 passagens de ida e volta/mês, pela tarifa média, não promocional.
Os três senadores do Piauí, todos eles integrantes da Mesa do Senado, têm direito cada um a cerca de R$ 28 mil, o que equivale a 27 passagens de ida e volta entre Teresina e Brasília.
"Não sei nem de quanto é essa cota. Sei que existe, mas não sei exatamente quanto é. Só sei que, se tiver necessidade, eu vou usar, mas até agora não precisei", afirmou Marcelo Ortiz (PV-SP), que, por ser suplente da Mesa Diretora da Câmara, tem à disposição um acréscimo mensal de R$ 4.700 à sua cota de R$ 10,6 mil.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), tem cota de R$ 23,7 mil (abriu mão dela desde fevereiro, pois lhe é permitido o uso de avião da Força Aérea Brasileira). José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, tem R$ 33 mil.
Além do alto valor, a Folha constatou que não há fiscalização sobre o uso da verba. O congressista emite a passagem no nome de quem quiser e não precisa prestar contas. "O controle é do parlamentar", confirmou Odair Cunha (PT-MG), terceiro-secretário da Câmara, responsável pela administração da cota dos deputados.
Questionadas pela Folha, as duas Casas afirmam estudar mudanças no sistema de controle. O Senado tende a formalizar a permissão para doação de passagens. Na Câmara, a diretoria geral fala em combater a comercialização da verba. "Tem procedimento no Ministério Público federal que aponta nesse sentido", disse Cunha.

Supremo
O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa desde 2008 a suspeita de que três deputados federais usavam uma agência de viagens de Maringá para vender suas passagens. O caso corre sob segredo de Justiça, no gabinete do ministro Cezar Peluso, e o único acusado que ainda permanece com o mandato é Luiz Bittencourt (PMDB-GO).
Também é comum que deputados e senadores distribuam bilhetes. "É normalíssimo isso. Um doente, por exemplo, que tem que sair do Pará para se tratar aqui em Brasília pede a passagem. Aqui e acolá, e ele é atendido", disse o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA).
"É a nossa cota de economia para ajudar à sociedade", afirma Nazareno Fonteles (PT-PI), que ajudou uma professora do Piauí que precisava ir ao Rio Grande do Sul por causa de sua tese de doutorado. "Não é um benefício só para ela, mas para a universidade pública."
Odair Cunha não concorda com essa prática: "Não compreendo isso como atividade parlamentar". O Ministério Público do DF também investiga o uso da cota pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) para levar conhecidos de São Luís para Brasília. O Senado diz que nada a impede de fazer isso. Ela só não poderia sortear ou vender os bilhetes.
O ato que regula a verba no Senado, de 1988, prevê como parâmetro de cálculo quatro passagens ida e volta ao Estado de origem, uma passando pelo Rio de Janeiro, e uma última de ida e volta ao Rio.
A única explicação para a inclusão obrigatória do Rio é o fato de a cidade ter sido a capital do país a 49 anos atrás.

CAMARGO CORRÊA [In] "É DANDO QUE SE RECEBE..."

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PT também levou dinheiro de empreiteira
Camargo Corrêa também fez doação para o PT


Autor(es): Lúcio Vaz
Correio Braziliense - 30/03/2009
Apesar de não constar no relatório final das investigações, parecer preliminar revela ajuda de R$ 25 mil a petistas em São Paulo

José Varella/CB/D.A Press - 28/3/06
Mendes Thame: ´´Não recebi, absolutamente, nenhuma doação´´
No volume 7 da íntegra do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa, aparece pela primeira vez uma doação de campanha para o PT. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está entre as legendas citadas no relatório final da PF. Em e-mail enviado para o diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Luiz Henrique Maia Moreira, o diretor da empreiteira Fernando Gomes solicita os recibos pendentes das doações para campanhas políticas. Ali consta uma doação de R$ 25 mil para o “Diretório Regional do PT”.

No e-mail enviado em 4 de novembro do ano passado, Fernando cita doações para os partidos PSDB, PT, PTB, PV e DEM. “Quanto às quantias, destacam-se os valores de R$ 300 mil para o DEM (RN), e R$ 200 mil (R$ 100 mais R$ 100 mil) para o PSDB (PA)”, cita o relatório quinzenal registrado na página 11 do volume 7 do inquérito. Luiz Henrique, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo, repassa o e-mail para o chefe de Relações Institucionais e Governamentais da Fiesp, Sérgio Barbour. No e-mail seguinte, Luiz Henrique informa a Fernando que o recibo do DEM seria mandado via Sedex.

Quanto aos comprovantes dos partidos de São Paulo, Luiz Henrique informa que estariam sendo providenciados por Barbour. O relatório da PF faz um esclarecimento sobre essas doações: “Mais uma vez, cabe ressaltar ser impossível afirmar, apenas com os dados atuais, a ilicitude de tais doações. Restando, salvo melhor juízo, uma pesquisa junto à Justiça Eleitoral para maiores esclarecimentos”. Segundo registra o e-mail, os comitês financeiros municipais do PTB e do PV também receberam contribuições de R$ 25 mil.

Tucanos
Na página 27 do volume 5 do relatório, aparecem os nomes de dois deputados tucanos como supostos beneficiários das doações da Camargo Corrêa. Pressionado, Luiz Henrique cobra de Fernando algumas remessas que não teriam sido feitas. Em contato com outro diretor da empreiteira, Dárcio Brunato, Fernando conclui que houve problema no processamento de alguns depósitos. “Conforme Dárcio disse, dois depósitos distintos, um no valor de R$ 25 mil, para o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), e outro de R$ 50 mil, para o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), teriam sido feitos conjuntamente, totalizando o valor de R$ 75 mil. Em outra ligação, uma pessoa de nome Sérgio diz a Luiz Henrique que já teria conversado com Thame sobre o “depósito duplo”.

Thame e Madeira negaram ontem que tenham recebido qualquer doação da Camargo Corrêa. “Não recebi, absolutamente, nenhuma doação dessa empresa. Se fizeram alguma doação, foi para o partido. Isso é possível. Eles sempre ajudam”, respondeu Thame. “Eu não conheço ninguém da Camargo Corrêa. É até uma deficiência minha. Acho estranho isso. Não sei do que se trata”, completou Madeira. Sobre o fato de o PT ter sido excluído do relatório final, Madeira comentou: “Isso tudo está muito estranho. O PT é o partido que mais recebe dinheiro. Não tem campanha mais rica do que a do PT”. O relatório da PF volta a ressalvar que, “cabe ressaltar que é impossível afirmar, apenas com os áudios atuais, a ilicitude de tais doações”.

O deputado Carlos Zaratini (PT-SP), coordenador da campanha municipal de Marta Suplicy à prefeitura paulistana, em 2008, disse que não há nenhuma doação ilegal. O petista não se recorda se a Camargo Corrêa repassou recursos.

No Senado
Num telefonema a Luiz Henrique, Fernando Gomes diz que precisa passar o comprovante de um depósito feito em 24 de setembro, no valor de R$ 100 mil. Luiz Henrique acrescenta que o valor total desses depósitos chegaria a R$ 300 mil, e que seriam um pedido de Fernando Botelho, um dos vice-presidentes da Fiesp e casado com uma das herdeiras do grupo Camargo Corrêa. Duas pessoas, Doca e Itamar, entraram em contato com Luiz Henrique para cobrar esses depósitos. Itamar telefonou do gabinete do senador Mão Santa (PMDB-PI). Doca tenta passar um e-mail do Senado para receber um comprovante, com a terminação “senado.gov.br”. Luiz Henrique comenta: “É melhor outro, né?”. Doca concorda com ele: “É melhor, é verdade, isso mesmo”. E passa o seu endereço no hotmail.

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que foi contratado para defender a Camargo Corrêa, também teria intermediado uma doação feita pela empreiteira. Na página 39 do volume 5, o relatório cita que o diretor Pietro Bianchi conversou com uma pessoa de nome Rose sobre uma doação de R$ 50 mil, feita pela empresa Cavo Serviço e Meio Ambiente, do grupo Camargo Corrêa, para um possível candidato de nome “Narbil”. “Tal doação teria sido a pedido de Márcio Thomaz Bastos, para a pessoa de Carlos Pires”, diz o relatório. Em contato com uma pessoa de nome Sérgio, Dárcio fala sobre doações de R$ 200 mil e R$ 300 mil e pede o telefone do comitê do candidato a vereador Romeu Tuma. Mas não deixa claro o objetivo dessa ligação.

Thomaz Bastos diz que tudo é legal

O advogado da Camargo Corrêa, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem que as doações de campanha citadas no inquérito da Polícia Federal na Operação Castelo de Areia “são todas legais”. Questionado por que os diretores da empreiteira falam em remessas de dinheiro em espécie, algo mais utilizado em doações ilegais, respondeu: “Às vezes, o sujeito precisa do dinheiro para fazer campanha. Isso tem que ser analisado dentro do contexto. Nós vamos começar a analisar o inquérito amanhã”.

Ex-ministro da Justiça no atual governo federal, Bastos confirmou que pediu à Camargo Correa uma doação para o candidato a vereador Nabil Bonduki, do PT. “É verdade. Esse rapaz é um urbanista de grande nível. A doação foi feita legalmente, mas não lembro o valor. Eu disse para um diretor da empresa: ‘Quero que vocês ajudem esse candidato’. Mas ele não foi eleito”, lamentou o advogado.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo negou ontem qualquer envolvimento do seu filho, Luiz Henrique Bezerra, com processos em andamento no tribunal. “Se houvesse algo, eu não teria apontado um superfaturamento de R$ 72 milhões na Refinaria do Nordeste”, lembra o ministro. No volume 7 do inquérito, após meses de investigação, a PF diz que é “dispensável a continuidade da interceptação da sua linha telefônica (de Luiz Henrique), uma vez que não foi possível, até a presente data, determinar sua relação com doações ilegais para campanhas eleitorais”.

LULA [In:] ... QUEM DIRIA... NUM PAÍS DE MISCIGE-NAÇÃO DE RAÇAS.. [Até tú, BRUTUS???]

Lula reacendeu embate histórico
Olhos azuis e pele branca sempre foram ‘ideais’


Autor(es): Maureen Dowd
Jornal do Brasil - 30/03/2009

O discurso de Lula sobre os "olhos azuis" levantou o ponto de que os pobres estão sofrendo por causa dos atos impensados dos ricos. Os olhos castanhos podem agora superar os azuis como vencedores


Enquanto a insanidade internacional predomina, é difícil superar a declaração do Papa de que a camisinha dissemina a Aids. Porém, o presidente do Brasil, conhecido simplesmente como Lula, deu a sua melhor tacada. Num encontro em Brasília, na quinta-feira, com o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown – que tem um talento em se colocar em situações delicadas – Lula começou a engasgar sobre o pão de queijo, e de repente se tornou acusatório.

– A crise foi causada pelo comportamento irracional de pessoas brancas de olhos azuis, que antes da crise pareciam saber de tudo e agora demonstram que não sabem de nada – acusou o presidente socialista de olhos e barbas castanhos.

Enquanto o homem de olhos castanhos Brown ficava pálido, Lula levantou o ponto óbvio de que os pobres do mundo estão sofrendo nesta turbulência global por causa dos atos impensados dos ricos.

"Não conhece nenhum banqueiro preto ou índio" disse Lula.

Ele também disse à CNN que também iria abordar este tema durante o encontro do G-20 esta semana. Disse que seu passado como um pobre, faminto, desempregado, metalúrgico deu a ele uma ótica diferente de ver as coisas.

Morei em casas que foram inundadas", ao completar que "algumas vezes tive de disputar espaço com ratos e baratas e o lixo que vinha junto com a água".

O ‘Lula Lulu’ pelo "Brasil maluco" como apelidou o The New York Post se tornou a grande notícia, exatamente como o presidente Barack Obama encontrou Vikram Pandit e um grupo de banqueiros de barba branca, que receberam ajuda financeira do governo americano, na Casa Branca – alguns dos quais, como Jamie Dimon, tem distintos olhos azuis.

É verdade que os líderes anglo-saxões que permitiram que os mercados financeiros americanos se transformassem em cassinos como George W. Bush e Dick Cheney são muito, muito homens brancos de olhos azuis.

É como a banda The Who cantava: "ninguém sabe como é ser um homem mau, ser um homem triste atrás dos olhos azuis. Ninguém sabe como é ser odiado, ou ser pré-destinado a somente dizer mentiras".

Toda vez que o Dick Cheney olha para a câmera com aqueles olhos azul gelo e diz que Obama está nos deixando menos seguros soa como se ele estivesse secretamente esperando que nós fôssemos atacado somente para provar a sua visão de que Obama é fraco mesmo se ele ficar no meio da fumaça também.

(Quando chequei a cor dos olhos do Cheney sua filha Liz Cheney me enviou de volta um e-mail brincando "desculpa mas essa informação é restrita").

Antes de Obama, cujos olhos castanhos são opacos quando você os olha, presidentes eram mais conhecidos por seus olhos azuis. Aqueles com olhos castanhos, Richard Nixon, Lyndon B. Johnson, foram um fiasco.

Durante a história, encontramos um Jesus sem a aparência de um palestino ou barbies que não parecem negras. Olhos azuis e pele branca sempre foram vistos como ideais.

O ator Paul Newman, cuja marca sempre foram os olhos azuis, uma vez previu em seu epitáfio: "aqui jaz Paulo Newman que morreu fracassado porque seus olhos se tornaram castanhos".

Pesquisas mostram que pessoas com olhos azuis são consideradas mais inteligentes, atraentes e sociáveis. Um estudo de 2007 da universidade Louisville conclui que pessoas de olhos azuis são melhores planejadores e pensadores estratégicos – superiores em atividades como golfe, corridas e preparação para exames – enquanto pessoas com olhos castanhos têm maiores reflexos, fazendo delas boas em hockey e futebol.

O discurso agressivo de Lula reacendeu um debate histórico.

Quando eu era pequena, crescendo em uma casa com a imagem de um Jesus de olhos de azuis e um JFK de olhos azuis, por isso eu senti que meus olhos castanhos eram menos atraentes do que os olhos azuis de meus irmãos. Fiquei tão obcecada com isso, que rasguei uma foto de uma modelo de olhos azuis e guardei-a no meu diário. E minha mãe afirmou para mim: "Você olha para os olhos azuis. Você olha dentro dos olhos castanhos".

Mais tarde, teríamos a trilha do Van Morrison que dizia ‘ a garota de olhos castanhos’.

Antes de Obama, quando entrevistei os filhos de imigrantes com olhos castanhos que estavam pensando em concorrer a presidente, Mario Cuomo e Colin Powell, pareciam rasgados ao mostrar o quanto longe foram em relação a seus pais.

Agora, rostos negros estão aparecendo em todos os tipos de propagandas.

Com a primeira-dama Michelle estimulando os estudantes a se esforçarem por um A e a promessa de fazer a escola "legal", os olhos castanhos podem finalmente e, com todo o direito, superar os azuis como as janelas dos vencedores.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

30 de março de 2009

O Globo

Manchete: Renda no Brasil tem o menor crescimento

Ganho 'per capita' subiu 99% desde 1995 contra, 123% de emergentes

A renda per capita (ganho anual por habitante) do brasileiro está crescendo em ritmo muito menor que a dos países da América Latina e emergentes em geral. Segundo estudo da UFRJ, entre 1995 e 2008, o ganho avançou 59,41%, enquanto o dos latino-americanos subiu 68,5% e o dos emergentes, como Rússia, Índia e China, 123,31%. E, com a crise, o número ainda vai piorar: no Brasil, a renda deve cair 1,1%; nas nações em desenvolvimento, o ganho subiria 0,6%. Segundo economistas, entre as causas estão a política de juros altos nos últimos anos e a forte desvalorização cambial. (págs. 1 e 14)

SNI culpava Brizola por aumento do crime

Arquivos secretos tinham críticas ao pedetista por reduzir o combate à violência no Rio

Arquivos do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) mostram que, para os militares, o primeiro governo de Leonel Brizola (PDT) no Rio, eleito em 1982, tinha responsabilidade pela escalada da violência. Brizola era atacado por ter, na visão dos militares, afrouxado o combate ao crime em nome do respeito aos direitos humanos. Os documentos mostram também que os arapongas vigiavam mais de cem nomes do governo recrutados em antigas organizações de esquerda ou partidos contrários à ditadura - e que eram considerados "perigo maior". O primeiro da lista era o antropólogo e vice-governador Darcy Ribeiro. (págs. 1 e 3)

Prefeitura adota novo modelo para vagas

O prefeito Eduardo Paes decidiu entregar as 9.049 vagas de estacionamento na Zona Sul à Embrapark até o fim de abril. A decisão foi tomada por causa da falta de controle dos estacionamentos públicos da cidade, revelada ontem pelo GLOBO. Em novembro passado, o contrato com a empresa foi suspenso após confronto com guardadores, que se recusavam a deixar as ruas. Para garantir a retomada do serviço, a prefeitura já pediu apoio às policiais e à guarda municipal. Um decreto será publicado amanhã com a data em que o novo modelo será implantado. (págs. 1 e 8)

PF quer ajuda externa para apurar remessas

A Polícia Federal e o Ministério Público devem solicitar colaboração de autoridades financeiras do Uruguai e do Peru para investigar, na Operação Castelo de Areia, remessas ilegais de dinheiro que teriam sido feitas pela empreiteira Camargo Corrêa. (págs. 1 e 4)

Donos do Ponto Frio colocam rede à venda

A Globex Utilidades SA, que controla o Ponto Frio, uma das maiores redes de varejo do país, informou ontem que está buscando compradores para a empresa. Segundo comunicado da companhia, ainda não há propostas formais de aquisição. (págs. 1 e 18)

Editorial: Contra o bom senso

Há uma espécie de vício de origem na proposta do Ministério do Esporte de criar uma carteirinha para o torcedor frequentar estádios.

Trata-se, antes de tudo, de desrespeito ao direito de locomoção do cidadão — que, por aval da Constituição, é livre para ir a qualquer lugar.

Mas, ainda que não esbarrasse nesse pressuposto, a ideia de burocratizar o saudável hábito de acompanhar o time do coração deveria ser arquivada sob a rubrica de providências infelizes.

A proposta do ministério é adoçada pela palatável intenção de implantar no país uma política de segurança e prevenção da violência nos estádios de futebol. (Págs 6)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Congressista tem direito a até 1 bilhete aéreo por dia

Verba chega a R$ 33 mil por mês e seu uso não é fiscalizado pelas Casas

Em meio a suspeita de irregularidade, o Congresso Nacional destina mensalmente aos 594 deputados federais e senadores verba que permite a compra mensal de até 30 bilhetes de ida e volta entre Brasília e o Estado de origem. Os valores vão de R$ 4.700 a R$ 33 mil, dependendo do Estado e do cargo.

Criada originalmente para permitir ao congressista quatro deslocamentos mensais às bases políticas, a verba pode ser usada também por congressistas do Distrito Federal, que não precisam viajar. (págs. 1 e A7)

Prefeitura de SP pagou dez vezes mais por medicamento

A Prefeitura de São Paulo pagou até 994% a mais por remédios e produtos hospitalares entre 2003 e o ano passado – um remédio de R$ 6,50 chegou a ser comprado por R$ 71,10.

As fraudes foram descobertas pela própria Secretaria Municipal de Saúde. Segundo comissão de investigação, o esquema pode ter participação de servidores e beneficiou ao menos três empresas, que atuavam numa espécie de cartel. (págs. 1 e C1)

Deputado paga doméstica com dinheiro da Câmara

O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), paga com recursos da Câmara a doméstica Izolda da Silva Lima, que trabalha em sua casa, localizada em área nobre de Brasília. Ao se licenciar para assumir a Secretaria de Transportes do DF, ele pediu ao suplente Osório Adriano para mantê-la no gabinete, com salário de R$ 480.

Izolda diz que trabalha como faxineira na casa do deputado. Fraga afirma que ela faz serviço de banco. (págs. 1 e A6)

Presidente da GM dos EUA deixa cargo antes de ajuda

Horas antes do anúncio do plano do presidente Barack Obama para resgate das montadoras norte-americanas, vazou à imprensa que o presidente da GM, Rick Wagoner, vai deixar o cargo. A saída é tida como uma das exigências do pacote.

Se confirmada, a medida marca nova fase na presença do governo na economia dos EUA. O substituto deve ser apontado pela "força-tarefa” da Casa Branca para a crise nas montadoras. (págs. 1 e B3)

Material de construção terá redução de impostos

O governo federal deve anunciar hoje pacote fiscal que inclui a redução de impostos sobre materiais de construção. A medida servirá como complemento do pacote habitacional anunciado pelo Planalto na quarta-feira da semana passada.

Outra medida é a prorrogação, por mais três meses, da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, e um beneficio fiscal também para as motocicletas. (págs. 1 e B1)

Chinês não quer ouvir sermões, diz pesquisador

Mestre por Havard, o pesquisador Victor Yuan diz ter sido vítima de preconceito e afirma que “os chineses querem deixar de ser olhados de cima e ouvir sermões do Ocidente sobre democracia e direitos humanos”.

Em entrevista a Raul Jostes Lores, ele diz que, para a maioria dos chineses, a crise será curta. (págs. 1 e Al4)

Ponto Frio diz que está à procura de um comprador

Depois de frustradas tentativas de passar o controle da Ponto Frio, segunda rede de eletroeletrônicos e móveis do país, Lily Safra, acionista majoritária, anunciou nova iniciativa de venda.

O banco Goldman Sachs foi contratado para assessorar negociações com potenciais interessados. (págs. 1 e B4)

Editorial: Nova Lei Rouanet

Governo inicia debate sobre reforma da lei de incentivo à cultura; falta detalhar meios para evitar dirigismo estatal

Apesar de algumas distorções, a Lei Rouanet vem permitindo que o Estado cumpra o seu papel de incentivar a produção cultural sem grande espaço para o dirigismo governamental. Ao longo de 17 anos, carreou cerca de R$ 8 bilhões para o setor, mais sob controle da iniciativa privada que de luminares em Brasília.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, deu agora a largada para o "aggiornamento" do diploma, por meio de consulta pública. O projeto divulgado traz alguns avanços e outros tantos motivos para alerta. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Pressão derruba presidente da GM

Saída foi uma das condições impostas pela Casa Branca

Sob pressão da Casa Branca, o presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, está de saída do cargo. Seu afastamento coincide com o anúncio, previsto para hoje, do pacote de ajuda oficial à indústria automobilística americana. De acordo com o Wall Street Journal, a renúncia de Wagoner foi uma das condições impostas pelo governo dos EUA para liberar mais dinheiro para as montadoras GM e Chrysler, que já receberam socorro total de US$ 17,4 bilhões. Em entrevista à rede de TV CBS, o presidente Barack Obama deixou claro seu descontentamento com a resistência das duas fábricas em passarem por reestruturação mais profunda. "Elas ainda não estão prontas (para receber ajuda)", disse. Funcionário da GM desde 1977, Wagoner foi presidente da montadora no Brasil entre 1991 e 1992. Nos anos 80, já tinha trabalhado no País. Maior indústria de veículos dos EUA, a GM sofreu prejuízos globais de mais de US$ 70 bilhões nos últimos dois anos. Em outro sinal da crise no setor automobilístico, a francesa Peugeot Citroën também anunciou a substituição de seu presidente. (págs. 1 e B1)

Rede de lojas Ponto Frio é colocada à venda

O Ponto Frio, segunda maior rede brasileira de lojas de móveis e eletrodomésticos, está à venda. A Globex Utilidades, controladora da empresa, informou o fato oficialmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A rede teve desempenho ruim nos últimos dois meses e a expectativa é de que seja comprada pelas Lojas Americanas -que já são donas do Shoptime, do Submarino e da Blockbuster. (págs. 1 e B11)

PF cometeu abuso com aval de juiz, diz advogado

Agentes da PF vasculharam o Departamento Jurídico da empreiteira Camargo Corrêa, embora avisados de que feriam a lei que torna a sala do advogado espaço inviolável. Os policiais então recorreram ao juiz Fausto De Sanctis, que expediu mandado de busca. "É quebra de sigilo profissional", diz Antonio Claudio Mariz de Oliveira, advogado da empreiteira. (págs. 1 e A5)

Reforma dos corredores de ônibus nem começou

Anunciadas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em agosto, nenhuma das nove obras previstas para melhorar o trânsito nos corredores de ônibus da capital começou a ser feita. O trabalho deveria ter começado em novembro, com término esta semana e custo de R$ 8,1 milhões. Agora, a previsão é de entrega em abril de 2010, por R$ 15,4 milhões. (págs. 1 e C1)

Notas e informações - O minipacote agrícola

No minipacote aprovado pelo Conselho Monetário Nacional, o governo garantiu mais R$ 9 bilhões para a agricultura. É um dinheiro muito bem-vindo num ano de aperto. (págs. 1 e A3)

Amazônia - Justiça pode criar varas ambientais

Objetivo é acelerar os processos sobre devastação da floresta. (págs. 1 e A13)

Hackers chineses espionaram 103 países

Uma rede de espionagem online com base quase que exclusivamente na China invadiu em menos de dois anos 1.295 computadores em 103 países para roubar documentos e informações secretas de entidades públicas e privadas, informou um centro de pesquisas canadense. A operação seria a maior já revelada na história. O presidente dos EUA, Barack Obama, destinou financiamento de US$ 355 milhões para a área de segurança cibernética no orçamento de 2010. (págs. 1 e A8)

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Jornal do Brasil

Manchete: Mais dinheiro para imóveis

FGTS vai injetar R$ 91 bi até 2011 no mercado imobiliário

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) calcula que o governo terá R$ 91 bilhões entre 2009 e 2011 para ser injetado no mercado imobiliário. Apesar da crise, só o FGTS, composto por contribuições mensais dos trabalhadores, deve ter quase R$ 60 bilhões destinados ao financiamento da casa própria no mesmo período – cerca de R$ 19 bi este ano. O caixa foi reforçado devido à melhora do mercado de trabalho formal nos últimos cinco anos. Nesse cálculo não estão incluídos os R$ 7,5 bilhões de subsídios previstos no programa Minha Casa, Minha Vida, o pacote habitacional lançado na semana passada no Palácio do Planalto. (págs. 1 e Economia A17)

Drogas: violência reabre debate sobre culpa dos usuários

As declarações do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a responsabilidade de quem compra drogas ilícitas, reacenderam um debate polêmico: o consumo ilegal contribui para o financiamento do tráfico? O JB ouve duas visões sobre o assunto, os deputados Fernando Gabeira e Marcelo Itagiba. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A3)

Empresas enfrentam dilema com lucros

As incertezas provocadas pela crise internacional e a escassez de crédito no sistema financeiro criaram um dilema entre as empresas brasileiras: distribuir os lucros obtidos no ano passado aos acionistas ou segurar os resultados para enfrentar uma possível piora de cenário? Várias companhias reconhecidas como boas pagadoras de dividendos acabaram optando por um caminho intermediário. (págs. 1 e A16)

iPod em sala de aula na mira da lei

A Assembleia Legislativa do Rio deve votar amanhã projeto que proíbe o uso, em sala de aula, de iPods, MP3, e outros aparelhos capazes de tirar a atenção dos estudantes. (págs. 1 e Educação A15)

STF julga Lei de Imprensa

O Supremo Tribunal Federal vai decidir, na quarta-feira, se a Lei de Imprensa deve ser mantida ou ter seus 77 artigos suspensos. Em julgamento preliminar, três ministros do STF já anteciparam votos pela suspensão imediata da lei, criada durante o regime militar. (págs. 1 e País A7)

Lula reacendeu embate histórico

Maureen Dowd
The New York Times

O discurso de Lula sobre os "olhos azuis" levantou o ponto de que os pobres estão sofrendo por causa dos atos impensados dos ricos. Os olhos castanhos podem agora superar os azuis como vencedores. (págs. 1 e Economia A18)

Novo foco contra tuberculose

Brasil vai mudar o esquema terapêutico no tratamento da tuberculose. Estudo mostra que 8% dos pacientes abandonam o tratamento antes dos seis meses previstos para a cura. O Ministério da Saúde quer baixar para 5%, colocando mais drogas em menos comprimidos. (págs. 1 e País A7)

Opinião: Sociedade aberta

Selvino Heck
Assessor da Presidência da República
A crise e a proposta da FAO para criar um Fome Zero Mundial. (págs. 1 e A6)

Opinião: Sociedade aberta

Leandro Arêa
Cientista político
A polêmica na demarcação da fronteira entre Colômbia e Venezuela. (págs. 1 e 22)

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Correio Braziliense

Manchete:

Proporção de servidores em relação à população é de 10,76%, contra 14,8% nos EUA, 30% na Suécia e 16,2% na Argentina. (págs. 1 e Tema do Dia, 12)

Verbas suspeitas: PT também levou dinheiro de empreiteira

Relatório sobre a Operação Castelo de Areia, que investiga os repasses da empreiteira Camargo Corrêa para partidos políticos, mostra que o PT do presidente Lula recebeu R$ 25 mil. Para o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, advogado da empresa, doações são legais. PF quer ajuda do Uruguai e Peru para apurar remessas de dólares. (págs. 1, 4 e 5)

Sem controle - Crise no Senado longe do fim: suspeitas de desvio chegam a R$ 66 milhões (págs. 1 e 2)

Violência familiar: Filhos matam mais e maioria deles estudou

Nas tragédias familiares, a maioria dos assassinatos é cometida por filhos na faixa dos 20 aos 32 anos, brancos e alfabetizados, aponta estudo da antropóloga paulista Daniela Moreno Feriani. Depois de analisar 34 processos, ela concluiu que perfil dos acusados “quebra o senso comum de réus negros em crimes bárbaros”. (págs. 1 e 8)

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Valor Econômico

Manchete: Investimento externo busca o consumo doméstico

A crise financeira mundial já traz mudanças nos investimentos estrangeiros diretos ao Brasil e apontam uma nova tendência. Ganham força setores ligados à demanda doméstica, como indústria alimentícia, comércio, construção civil e infraestrutura, além de extração de petróleo. Perdem espaço os setores exportadores, como mineração.

O Banco Central (BC) refez a sondagem com empresas para verificar como ficarão os fluxos de investimentos neste ano de crise. Uma das conclusões é que o fluxo deverá ficar em US$ 25 bilhões em 2009, 45% menor que o do ano passado. Ainda assim, ficará acima da média observada desde o início do Plano Real, em 1994. (págs. 1, C1 e C2)

Brasil pede ao BID mais verba a setor privado

Ante o desafio de emprestar mais em tempos de crise, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em sua reunião anual, recebeu propostas de capitalização de até US$ 180 bilhões. Em 2009, o BID tem apenas US$ 18 bilhões para gastar.

O Brasil pediu mais recursos do BID para a iniciativa privada. Atualmente, o BID tem um teto de 10% (US$ 5,2 bilhões) de sua carteira de empréstimos que pode ser destinado a financiamentos de projetos de empresas privadas para desenvolvimento. Do orçamento para financiamentos privados ao Brasil deste ano, previsto em pouco mais de US$ 300 milhões, grande parte já foi comprometida nos dois financiamentos aprovados neste mês, à termelétrica de Porto do Pecém do Brasil, e à Porto de Itaqui, que somam US$ 197 milhões. (págs. 1 e C12)

Brasil consegue manter participação de vendas ao mercado americano (págs. 1 e A2)

Produtos e serviços ganham importância com a consolidação de instituições financeiras (págs. 1 e Bancos)

SP avalia obra de R$ 450 mi em Santos

Sessenta e dois anos depois da assinatura do plano regional de Santos, a construção de um túnel subaquático ou ponte entre as duas margens do porto de Santos pode sair do papel. Esta semana o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, deve apresentar ao governador José Serra (PSDB) documento com os primeiros estudos do projeto para ligar Santos a Guarujá. A decisão sobre a obra deve ocorrer ainda neste ano.

O custo do túnel submerso está calculado em cerca de R$ 450 milhões, para uma extensão de mil metros, dos quais 400 metros ficariam abaixo do leito do estuário. Os números da Dersa sobre o movimento de veículos pela balsa que hoje faz a ligação entre as duas margens atesta a necessidade da obra. Em 2008, foram quase 13 milhões de veículos. (págs. 1 e B8)

Wagoner é retirado da direção da GM

A Casa Branca iniciou sua tentativa de reformar a indústria automobilística americana pedindo a saída do presidente da General Motors, Rick Wagoner, que deixou a montadora como parte de um acordo para que ela receba novo pacote de ajuda do governo americano.

A medida representou dramática intensificação das ações do governo do presidente Barack Obama no mundo empresarial. Ao enfrentar a crise econômica, o governo exigiu a saída do presidente da seguradora AIG apenas quando assumiu participação majoritária. Agora, o governo retirou um executivo como parte de uma reestruturação em curso. Wagoner foi diretor-presidente desde 2000.
(págs. 1 e A8)

Câmbio negro prospera na Venezuela

Com uma inflação anual em torno de 30% e um mercado paralelo em que o dólar vale até 200% mais que a taxa oficial, congelada em 2,15 bolívares fortes desde 2003, o custo de vida sobe rapidamente e os salários se deterioram na Venezuela.

No fim da semana passada, o mercado paralelo ficou completamente parado para grandes transações, devido ao bloqueio de uma conta "guarda-chuva" no Bank of America, nos EUA, por meio da qual doleiros venezuelanos faziam movimentações bancárias. Essa é uma forma amplamente usada por investidores e indústrias venezuelanas para burlar a restrição à saída de divisas para a importação de matérias-primas, por exemplo, afirma Orlando Ochoa, professor da Universidade Católica Andrés Bello. (págs. 1 e A11)

Nova aposta nas commodities

A estratégia de investimento mais comentada ultimamente não é guardar dinheiro no colchão, e sim apostar que a inflação voltará a dar as caras com a recuperação da economia mundial, provocando aumento dos juros e dos preços das commodities.

Os investidores estão focados em matérias primas e ações ligadas a commodities, que devem se beneficiar da expansão dos gastos com infraestrutura. Indícios dessa tendência surgem no rendimento maior de títulos reajustados pela inflação e a valorização de algumas commodities, como cobre, em alta de 19% em março, assim como o zinco e o petróleo. (págs. 1 e C4)

Desafios do atendimento ao consumidor

Para atender um consumidor cada vez mais exigente, as centrais de atendimento das empresas receberam, nos últimos quatro meses, investimento de cerca de R$ 1 bilhão. Pressionadas por regras mais severas, impostas pela nova lei, centrais modernizaram a infraestrutura de tecnologia, adotaram novos sistemas integrados e ampliaram o número de funcionários. Apesar do esforço, muitas empresas admitem que não estão suficientemente preparadas para cumprir as novas exigências, mostra o "Valor Setorial", que circula hoje para os assinantes. (pág.1)

Ponto Frio vai à venda outra vez

A rede Ponto Frio, segunda maior varejista do setor de eletroeletrônicos do país, está de novo à venda. Em comunicado à Comissão de Valores Imobiliários, a Globex, dona da rede, informa que seus controladores contrataram uma instituição financeira para assessorá-los no processo. Segundo o Valor apurou, o banco que comandará o processo é o Goldman Sachs. A companhia é controlada pela viúva do banqueiro Edmond Safra, Lily Safra, e seu filho, Carlos Monteverde. (págs. 1 e B4)

Ideias

Gustavo Loyola: para enfrentar crise, governo dá tiros a esmo e sinaliza falta de comando na área econômica. (págs. 1 e A13)

Ideias

Sergio Leo: Brasil passou a ser um destino singular no esforço do Irã para estreitar laços com a América Latina. (págs. 1 e A2)

Cerco à corrupção ativa

O governo prepara um projeto de lei que prevê multas e proibição de contratar com os poderes públicos para as empresas que subornarem servidores da administração, independentemente do processo criminal contra os empregados envolvidos no crime. (págs. 1 e A7)

Plano de voo

Para enfrentar a crise e reduzir sua dependência do mercado americano, a Embraer aposta no incremento da área de serviços, que em 2008 representou 9% da receita, e nas vendas para a área de defesa e governos, menos sujeita a dificuldades conjunturais. (págs. 1 e B7)

Arsa desembarca no Brasil

O grupo imobiliário argentino Arsa Internacional faz sua estreia no Brasil com um edifício de alto luxo em Itapema, a 14 quilômetros de Balneário Camboriú (SC), tradicional destino de turistas argentinos no verão. O investimento é de R$ 30 milhões, mas os planos para o litoral catarinense chegam a R$ 200 milhões no médio prazo. (págs. 1 e B9)

Avanço da soja nos EUA

As incertezas quanto às intenções de plantio dos produtores americanos na safra 2009/10 em razão da crise econômica aumentaram a expectativa sobre o relatório do Departamento de Agricultura que será divulgado amanhã. Analistas preveem uma área plantada recorde para a soja. (págs. 1 e B12)

Garimpagem na bolsa

A crise foi especialmente dura com as ações de empresas menores, de baixa liquidez. Os fundos "small caps" caíram em média 50,89% em 2008 e perdem para o Ibovespa neste ano. Mas analistas e gestores destacam a boa oportunidade de investimento. (págs. 1 , D1 e D2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Empresas reforçam o caixa retendo lucros

As incertezas sobre os desdobramentos da crise internacional e a escassez de crédito no sistema financeiro criaram um dilema para as empresas abertas brasileiras: distribuir os lucros obtidos no ano passado aos acionistas ou reter parte dos resultados para enfrentar uma possível piora do cenário?

Várias companhias reconhecidas no mercado como boas pagadoras de dividendos optaram por seguir um caminho intermediário. Deixaram parte de seu lucro em caixa. Entretanto, não reduziram substancialmente a remuneração aos acionistas. O (págs. 1 e B1)

Vendas chegam a 260 mil carros no mês

A indústria automobilística fechará este mês com cerca de 260 mil carros emplacados, volume 12% superior ao mesmo mês do ano passado (232,1 mil unidades) e um dos melhores resultados mensais de todos os tempos, superado apenas em quatro ocasiões, todas durante o ano passado. A média diária de vendas, que havia caído para 8 mil unidades no final do ano passado, em março atingiu 12,6 mil unidades.

Os bons negócios foram impulsionados principalmente pela redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incentivo que será prorrogado por mais três meses, até 30 de junho. O anúncio oficial da prorrogação acontecerá nesta segunda-feira ou amanhã.

A indústria automobilística deverá fechar o mês com 170 mil carros estocados, volume equivalente a 20 dias de vendas. (págs. 1 e C5)

CVM e Anbid querem garantir liquidez de fundos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em parceria com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), estuda alterar algumas regras para os fundos que aplicam em ativos de baixa liquidez. O objetivo, segundo o gerente de acompanhamento de fundos
da CVM, Luiz Américo de Mendonça Ramos, é garantir que essas carteiras tenham liquidez suficiente para honrar os pedidos de resgate.

No ano passado, alguns gestores que aplicavam em ativos de baixa liquidez foram obrigados a vendê-los com grande desconto para fazer frente aos pedidos de resgate, o que acabou impactando o retorno. “O ideal é que os gestores montem uma carteira com aplicações compatíveis com o prazo de carência para resgate.” (págs. 1 e B1)

Sadia e Aracruz têm prejuízos históricos com derivativos

Como esperado pelo mercado, a Sadia teve em 2008 o maior prejuízo de seus 64 anos de história. O resultado do ano foi negativo em R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 2,042 bilhões no quarto trimestre, quando a companhia teve que reconhecer, por conta da Lei nº 11.638/07, os potenciais ganhos e perdas dos contratos de derivativos que vencem em posição futura. Se não precisasse antecipar esses resultados, a Sadia teria prejuízo de R$ 468 milhões. Mas, encerrado o ano de 2008, o que tem pela frente em 2009 pode ser resumido em uma cifra: R$ 2 bilhões. É uma dívida desse montante que precisa equacionar até setembro, desafio que deve lhe custar a venda de ativos ou a entrada de um sócio controlador. (págs. 1, B9 e C4)

Bancas criam comitês para enfrentar crise

Os escritórios brasileiros de advocacia estão criando comitês multidisciplinares para enfrentar a crise. “Muitos clientes nos procuram, mas não sabem a extensão do seu problema, já que em momento de crise são várias as áreas afetadas. Com o comitê, a integração é absoluta”, diz o advogado Marcio de Souza Polto, do Trench, Rossi e Watanabe. Áreas como a tributária, trabalhista, contenciosa e de recuperação fazem parte desses comitês. (págs. 1 e A10)

Perda de receita reduz ritmo de investimentos

A perda de receita tributária provocada pela desaceleração econômica tornará mais lento o ritmo dos investimentos públicos. Sem espaço para aumentar a carga de tributos e com a arrecadação em queda, o governo federal tem poucas alternativas para obter recursos e terá de priorizar seus compromissos. Para especialistas, a saída é admitir uma redução da meta de superávit primário. (págs. 1, A6 e A7)

Nilza pede recuperação judicial e demite

A Nilza, que já deteve 15% do mercado de leite longa vida de São Paulo entrou com pedido de recuperação judicial. As duas unidades que restavam à empresa, Ribeirão Preto (SP) e Itamonte (MG), continuam operando, agora com capacidade ainda mais ociosa e com número consideravelmente menor de funcionários. Em comunicado, a Nilza associou o pedido “aos efeitos da grave crise financeira mundial, que afeta fortemente as empresas brasileiras”. (págs. 1 e B10)

Mineração

Roger Agnelli revela que a Vale já tem pesquisa em 5 novos países da África (págs. 1 e A12)

Estados Unidos

Mais estados com alta taxa de desocupação (págs. 1 e A11)

Embraer lucra R$ 428,8 milhões

A Embraer registrou o seu segundo prejuízo consecutivo num trimestre. A companhia teve perda de R$ 40,6 milhões no último trimestre do ano passado. Já em 2008, a empresa apresentou lucro de R$ 428,8 milhões. (págs. 1 e C6)

Editorial: Crime fiscal exige punição de natureza financeira

A condenação da empresária Eliana Maria Tranchesi e de seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, importação fraudulenta e falsidade ideológica surpreendeu especialistas em Direito Criminal.

A juíza Maria Isabel do Prado, da 2 Vara Federal de Guarulhos, condenou os donos da Daslu atendendo às vinte peças acusatórias do Ministério Público Federal. A juíza somou as penas de cada acusação para obter a condenação. Outros cinco réus, envolvidos nos mesmos crimes, receberam penas entre 11 anos e 53 anos de prisão no processo. (Caderno A - Págs. 1 e 2)

Opinião: O peso da tecnologia na segurança e defesa :: Roberto Guimarães de Carvalho

Quem se dispuser a consultar revistas e jornais brasileiros, interessado única e exclusivamente em encontrar textos sobre o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias nas áreas de segurança e defesa, terá duas grandes surpresas.

A primeira é que, embora o assunto pareça árido e muitos acreditem que a imprensa publique poucas matérias sobre o tema, não há uma semana que passe sem um veículo registrar algo a respeito.

A segunda, pelo menos para os brasileiros, não chega a ser animadora. A razão é que, nas matérias publicadas na grande imprensa, é muito raro encontrar o nome do Brasil como um dos países que desenvolvem novas tecnologias para as áreas de segurança e defesa. (págs. 1 e A3)

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