PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, abril 08, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] LUTO .

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Homenagem aos chargistas brasileiros;
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INTELIGÊNCIA NATURAL [In:] ''EU MAMEI MUITO..." *

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Criança, entre livros e TV

Autor(es): Frei Betto
Correio Braziliense - 08/04/2011

Escritor, é autor de Maricota e o mundo das letras (Mercuryo Jovem), entre outros livros

Foi o psicanalista José Ângelo Gaiarsa, um dos mestres de meu irmão Léo, também terapeuta, que me despertou para as obras de Glenn e Janet Doman, do Instituto de Desenvolvimento Humano de Filadélfia. O casal é especialista no aprimoramento do cérebro humano.

Os bichos homem e mulher nascem com cérebros incompletos. Graças ao aleitamento, em três meses as proteínas dão acabamento a esse órgão que controla os nossos mínimos movimentos e faz o nosso organismo secretar substâncias químicas que asseguram o nosso bem-estar. Ele é a base de nossa mente e dele emana a nossa consciência. Todo o nosso conhecimento, consciente e inconsciente, fica arquivado no cérebro.

Ao nascer, nossa malha cerebral é tecida por cerca de 100 bilhões de neurônios. Aos seis anos, metade desses neurônios desaparecem como folhas que, no outono, se desprendem dos galhos. Por isso, a fase até os seis anos é chamada de “idade do gênio”. Não há exagero na expressão, basta constatar que 90% de tudo que sabemos de importante à nossa condição humana foram aprendidos até os seis anos: andar, falar, discernir relações de parentesco, distância e proporção; intuir situações de conforto ou risco, distinguir sabores etc.

Ninguém precisa insistir para que seu bebê se torne um novo Mozart que, aos cinco anos, já compunha. Mas é bom saber que a inteligência de uma pessoa pode ser ampliada desde a vida intrauterina. Alimentos que a mãe ingere ou rejeita na fase da gestação tendem a influir, mais tarde, na preferência nutricional do filho. O mais importante, contudo, é suscitar as sinapses cerebrais. E um excelente recurso chama-se leitura.

Ler para o bebê acelera seu desenvolvimento cognitivo, ainda que se tenha a sensação de perda de tempo. Mas é importante fazê-lo interagindo com a criança: deixar que manipule o livro, desenhe e colora as figuras, complete a história e responda a indagações. Uma criança familiarizada desde cedo com livros terá, sem dúvida, linguagem mais enriquecida, mais facilidade de alfabetização e melhor desempenho escolar.

A vantagem da leitura sobre a TV é que, frente ao monitor, a criança permanece inteiramente receptiva, sem condições de interagir com o filme ou o desenho animado. De certa forma, a TV “rouba” a capacidade onírica dela, como se sonhasse por ela.

A leitura suscita a participação da criança, obedece ao ritmo dela e, sobretudo, fortalece os vínculos afetivos entre o leitor adulto e a criança ouvinte. Quem de nós não guarda afetuosa recordação de avós, pais e babás que nos contavam fantásticas histórias?

Enquanto a família e a escola querem fazer da criança uma cidadã, a TV tende a domesticá-la como consumista. O Instituto Alana, de São Paulo, do qual sou conselheiro, constatou que, num período de 10 horas, das 8h às 18h de 1º de outubro de 2010, foram exibidos 1.077 comerciais voltados ao público infantil; média de 60 por hora ou um por minuto.

Foram anunciados 390 produtos, dos quais 295 brinquedos, 30 de vestuário, 25 de alimentos e 40 de mercadorias diversas. Média de preço: R$ 160! Ora, a criança é visada pelo mercado como consumista prioritária, seja por não possuir discernimento de valor e qualidade do produto, como também por ser capaz de envolver afetivamente o adulto na aquisição do objeto cobiçado.

Há no Congresso mais de 200 projetos de lei propondo restrições e até proibições de propaganda ao público infantil. Nada avança, pois o lobby do Lobo Mau insiste em não poupar Chapeuzinho Vermelho. E quando se fala em restrição ao uso da criança em anúncios (observe como se multiplica) logo os atingidos em seus lucros fazem coro: “Censura!”

Concordo com Gabriel Priolli: só há um caminho razoável e democrático a seguir, o da regulação legal, aprovada pelo Legislativo, fiscalizada pelo Executivo e arbitrada pelo Judiciário. E isso nada tem a ver com censura, trata-se de proteger a saúde psíquica de nossas crianças.

O mais importante, contudo, é que pais e responsáveis iniciem a regulação dentro da própria casa. De que adianta reduzir publicidade se as crianças ficam expostas a programas de adultos nocivos à sua formação?

Erotização precoce, ambição consumista, obesidade excessiva e mais tempo frente à TV e ao computador que na escola, nos estudos e em brincadeiras com amigos, são sintomas de que seu ou sua querido(a) filho(a) pode se tornar, amanhã, um amargo problema.

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(*) Frase de campanha de aleitamento na TV, 1998.
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GOVERNO DILMA [In:] O MENSALÃO COMO O FIEL DA BALANÇA

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Uma questão de estilo


Autor(es): Nelson Motta
O Globo - 08/04/2011

Os lulistas ficam eriçados como as cerdas bravas do javali quando, por falta de assunto ou de notícias do governo, a imprensa insiste em comparar e acentuar as diferenças entre Dilma e Lula. Logo dizem que a amizade dos dois é inabalável, que eles discutem a relação toda semana, que ninguém vai intrigá-los, muito menos a mídia golpista. Dilma sempre elogia Lula em público, chegou a dizer que eles tinham muitas afinidades, mas não eram a mesma pessoa, como se alguém pudesse sê-lo.

Nem o mais pérfido e melífluo dos conspiradores tem a pretensão de abalar a aliança de Lula e Dilma, porque os dois podem ser tudo, menos burros. Talvez sejam diferentes na tolerância com incompetências e malfeitorias de aliados, mas só o tempo dirá.

A evidência é que o estilo Lula de animador de auditório, de bravatas e grossuras, de palanqueiro em campanha permanente, pode até ser divertido e ter funcionado, mas foi tão intenso que cansou o público, como os comediantes de sucesso depois de um tempo.

Isto não faz melhores ou piores os resultados de sua administração, é só uma questão de estilo. Desgostar do jeito de ser de alguém não impede de reconhecer o seu desempenho.


Com os aplausos que o seu governo merece e respeito pela sua história, muita gente acha esse estilo detestável. Sem preconceito contra líderes populares falastrões, ou nordestinos notáveis, ou quem não podia estudar, mas aprendeu a ensinar, como Marina Silva. Muitos também detestam o estilo pavão de FHC. O que incomoda é a obsessão pelo protagonismo, a prepotência e estridência da fala rude e machista, o rancor e o ressentimento do discurso divisionista, o choro fácil. Ninguém aguenta tanto exibicionismo autocongratulatório durante muito tempo, nem os líderes mais populares.

Com a sobriedade e autoridade naturais de uma personagem que lhe é confortável, Dilma está aparecendo mais pelo que não faz como Lula do que pelo desempenho do seu governo. Mas foi ele que a descobriu, acreditou e apostou nela.

Quando a cobra fumar e a onça beber água no julgamento do mensalão é que se verá o quanto Dilma e Lula são diferentes. Ou não.

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CONGRESSO NACIONAL [In:] ''CARA DE PALHAÇO, PINTA DE PALHAÇO, ROSTO DE PALHAÇO...'' *

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O eleitor, esse idiota

Autor(es): Plácido Fernandes
Correio Braziliense - 08/04/2011

Parece inacreditável. Mas não é. Num país onde sempre falta dinheiro para a saúde, a educação, as estradas, o Congresso Nacional trama mais um assalto ao bolso dos brasileiros. O golpe da vez se chama financiamento público de campanha. Faz parte da reforma política ora em discussão na Câmara e no Senado.

Em tese, a artimanha se destina a acabar com o caixa dois e o financiamento ilegal. Mas só um demente acreditaria nisso. E, como bem sabemos, não há tolos no Poder Legislativo em Brasília. O mais bobo deles, costuma brincar um colega jornalista, é capaz de consertar relógio embaixo d’água usando luvas de boxe.

Pois é. Eles não se cansam de tripudiar sobre o dinheiro que pagamos via impostos. E qualquer piada serve de justificativa ao avanço sobre recursos que poderiam, por exemplo, serem usados para tirar o país das trevas no ensino fundamental e médio nas escolas públicas. Em vez de cotas para que alunos dessas escolas cheguem às melhores universidades, os nobres parlamentares deveriam brigar pela excelência na qualidade da educação oferecida pelo Estado. Assim, o estudante pobre — negro, pardo, branco, amarelo — chegaria à faculdade pela porta da frente. Respaldado pelo conhecimento. E não por uma compensação porque estudou em escola ruim.

E vejam só: hoje, parte dos impostos arrecadados já banca a verba partidária. Só este ano, mais de R$ 400 milhões vão irrigar os cofres dos partidos. Sem contar outros R$ 200 milhões destinados à propaganda eleitoral no rádio e na TV, que nada tem de gratuita, pelo menos para a sociedade. Na verdade, trata-se de renúncia fiscal. É o Estado abrindo mão de receita para bancar proselitismo político.

Nos Estados Unidos, Obama pretende arrecadar US$ 1 bilhão para a campanha da reeleição. Mas terá de convencer os eleitores a doar a dinheirama. No Brasil, convencer o eleitor a doar? Nem pensar!

Sem a sua permissão, eles pretendem usar seu dinheiro para fazer campanha e ainda terão a cara de pau de, mais uma vez, pedir seu voto. Mas prometem: daqui pra frente, nada de mensalão, recursos não contabilizados, caixa dois, doações ilegais... Até que um novo Durval prove o contrário.

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(*) PALHAÇADA. Miltinho.
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GOVERNO DILMA/MANTEGA [In:] ''AGORA EU ERA O REI E O MEU CAVALO SÓ FALAVA...'' *

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O papel de Mantega nos cem dias


Guido ganha o status de ministro mais poderoso


Autor(es): Raymundo Costa | De Brasília
Valor Econômico - 08/04/2011

Na atual geografia do poder, fica fora do Palácio do Planalto o gabinete do ministro mais influente dos primeiros cem dias do governo Dilma Rousseff: Guido Mantega. A fonte de seu poder reside na dificuldade de se distinguir onde termina o que Dilma pensa e onde começa o que quer o ministro. Em seu nome foram abertos os "créditos" ao governo - eventuais "faturas" também serão enviadas a seu endereço.

Na atual geografia do poder, fica fora do Palácio do Planalto o gabinete do ministro mais influente dos primeiros cem dias do governo Dilma. Para ser mais preciso, no quinto andar do quinto prédio contado a partir do Palácio, onde despacha o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Poucos são os que sabem distinguir onde termina o que Dilma pensa e começa o que acha e quer Guido Mantega.

São coisas que se confundem e ajudam a explicar a fonte de seu poder. Mantega é o sujeito oculto e a face visível de alguns dos principais atos da administração federal, quando ela comemora o centésimo dia da nova governança. Em seu nome foram abertos os créditos do governo; a fatura também será enviada para seu endereço.

Mantega é um dos raros ministros a serem recebidos sozinhos no gabinete da presidente Dilma Rousseff, sem o onipresente e zeloso Antonio Palocci (Casa Civil) - os outros dois são o próprio Palocci e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O chanceler Antonio Patriota também já despachou a sós com Dilma, mas o ministro das Relações Exteriores integra um núcleo à parte do centro das disputas de poder palacianas, ainda em processo de configuração. Pimentel é amigo de juventude da presidente; Palocci aproximou-se na campanha; e Dilma tem afeto por Mantega, embora por vezes ache que ele é um tanto quanto atrapalhado (ela considerou um desastre sua entrevista sobre os cortes no Orçamento).

Com discrição, Palocci tomou conta da coordenação política do governo, que no papel é da responsabilidade do ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Mas quando se tratou das mudanças na Caixa e no Banco do Brasil (BB), Guido Mantega passou o rolo compressor sobre posições, inclusive, consideradas intocáveis pelo PT. O ex-presidente do partido, Ricardo Berzoini (SP), é um poço de mágoas com o ministro. Bancário, viu escorrer por entre os dedos a influência que mantinha nos bancos oficiais. Mantega só não emplacou o nome do novo presidente da Caixa porque Dilma, diante da opção apresentada pelo ministro da Fazenda, disse preferir o nome de Jorge Hereda, responsável, na Caixa, pela execução do programa Minha Casa, Minha Vida.

Decidida a sucessão na Caixa, Dilma pediu para Mantega resolver o restante da diretoria com Hereda e também atender as demandas políticas compromissadas, assunto encaminhado com habilidade por Palocci com o PMDB. Foi assim que o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB) e o ex-senador Osmar Dias (PDT) acabaram sendo nomeados para vice-presidências da Caixa e do Banco do Brasil. Palocci deve resolver ainda duas outras pendências da chamada "lista vip" do PMDB: os ex-governadores Orlando Pessuti (PR) e José Maranhão (PB). Segundo um dirigente petista com acesso aos gabinetes palacianos, Palocci "está mandando muito, mas não tanto quanto gostaria" - refere-se, provavelmente, à economia, área sobre a qual Palocci pode palpitar, mas não tem influência.

Segundo apurou o Valor, a presidente Dilma Rousseff também ouve Palocci sobre assuntos referentes à economia, embora o ministro e seus assessores neguem enfaticamente a informação. Anormal seria que não falassem: Palocci está em praticamente todas as audiências de Dilma, conversa frequentemente com a presidente, seus gabinetes são próximos. Não importa que Palocci não reze a mesma cartilha da presidente. Guido Mantega, sem dúvida, é o interlocutor mais assíduo da presidente em assuntos econômicos, seu principal operador nessa área, ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Mantega é obrigado a discutir com Dilma todos os aspectos da política econômica, porque ela entende e se considera do ramo. Isso não significa dizer que a presidente não beba em outras fontes. Fala sempre com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. E quase todo dia, como se diz no PT com algum exagero, com o economista, ex-ministro, ex-deputado e guru de várias gerações de governantes Antonio Delfim Neto. Prova de que Dilma não tem preconceitos quando se informa sobre a economia é que além de Palocci ela também tem ouvido o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, outro que nega que venha palpitando sobre alguma coisa.

Na conta de Guido Mantega ficou pendurada também, nesses cem dias, a sucessão na Vale, talvez a mais bem sucedida empresa privada brasileira. Foi Mantega quem operou com os acionistas da companhia a substituição do executivo Roger Agnelli na presidência da Vale. Para o lugar foi indicado o executivo Murilo Ferreira. Uma surpresa nos mercados e na cúpula do PT, que esperava a indicação de Tito Martins, comandante da Vale no Canadá, e, segundo os petistas, o nome preferido de Palocci.

Guido também influiu na escolha de Wagner Bittencourt para ministro da Secretaria Nacional da Aviação Civil, em associação com Luciano Coutinho. Ele também deve nomear o futuro presidente da Funcef, dentro do processo normal de sucessão no fundo de pensão dos funcionários da Caixa, segundo fontes do PT.

Apesar da ameaça inflacionária e da valorização do real frente ao dólar, Dilma atravessa um momento de tranquilidade em seu tradicionalmente inquieto partido, apesar de não serem poucas as queixas como as de Berzoini. Há apreensão também no movimento social, até agora absorvida pela convicção de que a presidente está no caminho certo quando procura combinar aumento de juros com as medidas macroprudenciais. Mas cem dias, como reza a tradição política, é o período de trégua tradicional dada a qualquer governo, inclusive pela oposição. O governo de Dilma está apenas começando e fez apostas altas: enquadrou o PMDB, mexeu no comando de uma das maiores empresas privadas do país, e tenta conter a inflação com outras medidas além do aumento da taxa de juros. O rosto desses cem dias é o de Guido. Se o governo perder a aposta, não será Dilma a pagar a conta.

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(*) Chico Buarque.
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GOVERNO DILMA/AERODILMA [In:] ''MEA CULPA''

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Presidência admite erro ao dar 'carona' em avião de Dilma


Presidência admite erro em carona a amiga de piloto no avião de Dilma



Autor(es): Leandro Colon e
Lisandra Paraguassu
O Estado de S. Paulo - 08/04/2011


A Presidência da República admitiu ontem que falhou ao permitir a carona clandestina da professora de educação física Amanda Patriarca no avião presidencial que levou Dilma Rousseff para passear em Natal (RN) no carnaval.

"Houve um equívoco no processo de autorização de viagem da passageira em questão, que não fazia parte da comitiva da presidenta da República", afirmou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em nota divulgada a pedido da própria presidente Dilma.

O Estado revelou ontem que Amanda Patriarca foi infiltrada, na última hora, nos voos de ida e volta para Natal pelo comandante do avião presidencial, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, sem a ciência da presidente. A presença da professora no avião abriu uma crise no GSI, órgão responsável pela segurança de Dilma. A professora confirmou ao Estado que embarcou com autorização do comandante. Ontem, ele negou ter autonomia para conceder tal autorização e disse que a definição da lista de passageiros é prerrogativa da Presidência da República (veja o texto abaixo).

Segurança. Sem a comprovação documental de que alguma autoridade avalizou o embarque da passageira, o Palácio do Planalto decidiu divulgar uma nota em que admite o erro e afirma que, apesar disso, a segurança da presidente não foi afetada. "Todos os passageiros do voo em questão foram previamente identificados e submetidos aos procedimentos usuais de segurança", diz a nota.

A preocupação do governo foi demonstrar que a proteção da presidente não tem falhas. Internamente, a atitude do coronel Lyra Júnior foi considerada um abuso e uma ousadia ao rigor militar e à segurança da presidente.

A revelação do caso pelo jornal fez o Palácio do Planalto mudar de postura de um dia para o outro. A nota do GSI contrariou comunicado da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto enviada ao Estado na quarta-feira. O Planalto informara que não poderia comentar a presença clandestina de Amanda no avião porque listas de passageiros de voos presidenciais "não são passíveis de divulgação, total ou parcial". Ontem, antes da divulgação da nota, o Planalto tentou montar versão às pressas para minimizar a quebra de segurança.

Responsável. De acordo com assessores da Presidência, a ordem autorizando a viagem de Amanda teria sido "dada de boca", contra a tradição do GSI, pelo chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo.

Pelas regras habituais, o coronel Geraldo Lyra deveria ter feito pedido por escrito, uma espécie de memorando, ao gabinete da Presidência para que fosse avaliada a autorização oficial da presença de Amanda no voo presidencial - nesse tipo de viagem, apenas Dilma tem a prerrogativa de convidar passageiros.

Como isso não ocorreu, a alternativa foi usar a palavra "equívoco" para justificar o ocorrido. A professora é irmã de Angélica Patriarca, uma das nove comissárias de bordo do avião presidencial selecionadas recentemente pela Força Aérea Brasileira.

Ao Estado, na quarta-feira, Amanda contou que o coronel Geraldo de Lyra é "amigo" de sua família. Ela disse ter sido avisada, um dia antes do embarque, de que poderia pegar carona no avião da Presidência da República. Todos ficaram em Natal a passeio entre 4 e 8 de março.

China. O coronel Geraldo Correa de Lyra Júnior foi autorizado, segundo o Diário Oficial da União da última segunda-feira, a comandar a tripulação que levará a presidente Dilma Rousseff para uma viagem de dez dias à China, a partir de hoje. Ele vai dirigir sete militares durante o trajeto de ida e volta. Ontem, o Estado indagou ao Palácio do Planalto se a presença dele estava confirmada após a revelação do episódio da "carona". Oficialmente, nenhuma resposta foi dada à reportagem.

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VIOLÊNCIA URBANA/REALENGO [In:] UMA TRISTE MANEIRA DE ENTRARMOS PARA O ''PRIMEIRO'' MUNDO

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COLUMBINE À BRASILEIRA

UM ATO DE COVARDIA E UM PAÍS PERPLEXO



Autor(es): Paula Sarapu,
Diogo Martins e
Rafael Alves
Correio Braziliense - 08/04/2011

Eram 8h quando Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, chegou a uma escola municipal em Realengo, subúrbio do Rio, dizendo que ia fazer uma palestra e deu início a uma tragédia sem precedentes no Brasil. Armado com dois revólveres, o ex-aluno começou a disparar. Matou 12 estudantes - 10 meninas e dois garotos, todos com idade entre 12 e 15 anos - e deixou pelo menos 12 feridos. Só parou depois que foi atingido no abdome por um policial e, em seguida, atirou na própria cabeça. O caso lembra o massacre de Columbine, ocorrido em abril de 1999 no interior do Colorado, nos Estados Unidos, no qual dois jovens invadiram escola secundária, mataram 13 pessoas e depois cometeram suicídio.

Atirador invade escola na Zona Oeste do Rio de Janeiro, dispara contra estudantes inocentes, mata 12 crianças e deixa outras 12 feridas

Na cidade que tenta se desvencilhar do estigma de violenta, no país em que a brutal criminalidade causa cada vez menos espanto entre os moradores, um ato cruel e covarde conseguiu surpreender e deixar milhões de pessoas com uma pergunta simples e ao mesmo tempo de difícil resposta: Por quê? Na manhã de ontem, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, um jovem introvertido, calado, tímido e incapaz de manter relações sociais, segundo descrições de parentes e ex-companheiros de trabalho, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, local onde havia estudado, e, usando dois revólveres calibres .32 e .38, disparou contra crianças e adolescentes, matando 12 alunos e ferindo outros 12, todos com idade entre 12 e 15 anos.

O massacre, que, mantidos os números de mortos até o fechamento desta edição, está entre os 10 piores da história em instituições de ensino no mundo e remete às tragédias em universidades dos Estados Unidos, foi premeditado, segundo as autoridades policiais do Rio de Janeiro. Wellington, filho adotivo de uma família de mais cinco irmãos, entrou na escola bem vestido e com uma mochila nas costas. Alegando que iria dar uma palestra, conversa brevemente com uma professora que o reconhece e, em seguida começa a sequência de mortes. Ao entrar numa sala, dispara contra os alunos, fazendo as primeiras vítimas. Naquele momento, a história dá seu primeiro passo para fora dos muros da escola. Ferido, um dos jovens baleados escapa da sala e corre para a rua, onde pede socorro a um carro da Polícia Militar

O sargento da PM Márcio Alves, 38 anos, que atendeu ao chamado desesperado do aluno, disse que emboscou e trocou tiros com Wellington. Ao balear o assassino na perna, ele teria se suicidado com um tiro na cabeça. Uma carta encontrada com o jovem deixou mais dúvidas do que respostas. Num texto impresso e confuso, Wellington misturou elementos religiosos de várias crenças, se lembrou da morte da mãe e pediu perdão a Deus pelo crime.

Enquanto o assunto ganhava dimensões mundiais na imprensa e repercutia nas redes sociais da internet, pais se aglomeravam na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira em busca de informações sobre os feridos no massacre. As imagens transmitidas ao vivo por emissoras de televisão comoveram o país. Emocionada, a presidente Dilma Rousseff prestou homenagem às crianças mortas na escola do Rio. Ela, que participava de cerimônia com microempreendedores no Palácio do Planalto, cancelou o discurso e encurtou o evento. Pediu um minuto de silêncio e chorou ao homenagear “brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida”.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

08 de abril de 2011

O Globo

Manchete: Massacre em Realengo
'Ele atirava na cabeça'

Aluna de 12 anos relata o ataque a sua escola, com 12 colegas mortos e 12 feridos

"Escutamos muito barulho e a professora disse que era só estouro de bexiga. Chegaram duas meninas mandando subir porque um homem estava matando pessoas lá embaixo. Todos saíram pisoteando o outro, e alguns desmaiaram na escada. Já tinha um monte de gente agonizando no chão. Ele dava tiro nos pés das crianças. Mandava virar para a parede e dava tiro. Ele atirava na cabeça. Só olhava pra frente e seguia em frente. Ele estava carregando a arma e já entrando na sala. A professora trancou a porta e colocou armário. A sala ficou suja de sangue. Deu muito, muito, muito tiro. Ele falava: 'Vira de costas pra parede, vira de costas, vou matar vocês.' Um monte de gente gritava 'não, não atira em mim, não me mata', mas morreram mesmo assim. Tinha muita gente agonizando, muitos amigos. Colegas do meu irmão morreram. Meu irmão saiu de porta em porta me procurando, e o atirador vivo procurando a gente. Meu irmão conseguiu me pegar. A escada parecia uma cachoeira de sangue. Vinha aquele sangue escorrendo feito água. E muita gente morta na escada. Tinha mais meninas mortas do que garotos. Muita gente entrou em choque e desmaiou na escada. Essas ele matou ... Achava a escola segura. Agora eu fico com medo."
Depoimento de Jade Ramos de Araújo, 12 anos, 6ª série, turma 1703. (Págs. 1 e Caderno Especial)

Foto legenda: Jade, uma das sobreviventes do massacre, é amparada pela mãe, Lúcia Ramos, na frente da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo.

Foto legenda: Com sangue no uniforme, uma aluna foge da escola: desespero.

Foto legenda: O assassino caído na escada após ser baleado e se suicidar.

Foto legenda: O PM Alves, que baleou o atirador, impedindo uma tragédia maior.

Uma carta com enigma religioso

Ex-aluno da escola, que frequentou de 1999 a 2002, e que escolheu para um ataque sem precedentes no país, Wellington de Oliveira, de 23 anos, tinha habilidade com armas, vestia-se de preto, vivia na internet e estava cada vez mais isolado. Desempregado, deixou uma carta confusa, com instruções sobre seu sepultamento e uma colagem de referências religiosas. (Págs. 1 e Caderno Especial)

Dez meninas e 2 meninos executados

Entre os 12 adolescentes assassinados dentro da escola, dez eram meninas, atingidas a queima-roupa. Depois de baleado por um PM - que conseguiu deter o criminoso -, o assassino suicidou-se com um disparo na cabeça. Levava ainda 22 balas na cintura. (Págs. 1 e Caderno Especial)

Tragédia reconduz a desarmamento

Após o massacre, o ministro Jose Eduardo Cardozo anunciou que o governo retomará a campanha do desarmamento. Levantamento de CPI diz que o Estado do Rio tem 581 mil armas no mercado i1egal, em mãos de civis e criminosos. A presidente Dilma chorou e decretou luto de três dias. (Págs. 1 e Caderno Especial)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ex-aluno mata 12 estudantes, na pior tragédia em escolas do país
Assassino entrou em colégio no Rio com dois revólveres; após a chacina, foi atingido por um policial e se matou

Em um massacre sem precedentes no país, um ex-aluno de uma escola municipal de Realengo (zona oeste do Rio) entrou ontem pela manhã com duas armas no local, matou dez meninas e dois meninos, feriu 12 e se suicidou. As vítimas tinham entre 12 e 15 anos.
Wellington Menezes de Oliveira, 23, chegou à escola com dois revólveres e um cinto com munição. O colégio promovia um ciclo de palestras com ex-alunos para comemorar os 40 anos. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Foto legenda: Mulher chora do lado de fora da escola onde ocorreu o massacre.

Foto legenda: O estudante Gustavo Damaceno sai do hospital com o pai, o sargento Adriano Damaceno.

“Se eu tivesse chegado cinco minutos antes, poderia ter evitado essa tragédia, mas ainda assim me sinto com o dever cumprido. Tenho um filho dessa idade.
Márcio Alexandre Alves
Sargento da PM que baleou atirador

“Nós temos que lamentar o que aconteceu em Realengo com crianças indefesas, ( ... ) brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida.
Dilma Rousseff
Presidente, que decretou luto de três dias

Atirador era 'muito estranho', diz irmã adotiva

Segundo vizinhos, Wellington Oliveira era estranho e introspectivo. Rosilane, sua irmã adotiva, disse que ele era "muito estranho mesmo". Em carta, ele dá indicações para seu sepultamento. (Págs. 1 e Cotidiano C3)

'Ele recarregava a arma e dizia que não ia me matar'

"Vi uns sete amigos morrerem", disse o estudante Mateus Moraes, 13, em depoimento a Sérgio Rangel. "Cada vez que parava para recarregar, ele berrava: 'fica tranquilo, gordinho, não vou te matar'''. (Págs. 1 e Cotidiano C5)

Relatório do mensalão propõe devassa no BB e em conta do PT (Págs. 1 e Poder A4 e A6)


Fazenda decide aumentar o IOF também sobre crédito pessoal

Numa medida para tentar frear o consumo e conter a inflação, o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou que o IOF no crédito de pessoas físicas vai passar de 1,5% para 3% ao mês em compras parceladas.

Em março, o índice IPCA chegou a 6,3% no acumulado em 12 meses, apenas 0,2 ponto abaixo do teto da meta de inflação. (Págs. 1 e Poder A9 e A10)

Por mais álcool, governo planeja taxar as vendas externas de açúcar (Págs. 1 e Mercado B1)

Editoriais
Leia "Castelo de cartas", sobre decisão judicial em relação a operação da PF, e "Tiros em Realengo", acerca do massacre em uma escola no Rio. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Massacre no Rio
Ex-aluno mata 10 meninas e 2 meninos em escola;
Três crianças estão em estado grave;
O atirador, que morreu, deu mais de 100 tiros

Um crime bárbaro chocou o Brasil ontem. Em cerca de 15 minutos, o ex-aluno de uma escola municipal do Rio invadiu o local, deu mais de cem tiros e matou dez meninas e dois meninos, de 12 a 15 anos.

Wellington Menezes de Oliveira, o assassino, tinha 23 anos. Ele entrou numa sala de aula, anunciou que faria "uma palestra" e atirou na cabeça das crianças que estavam nas primeiras mas, com um revólver calibre 38. Em seguida, foi para outra sala - segundo alunos, ele mandava que os meninos fossem para a parede e, mesmo diante das súplicas, Wellington atirou nas vítimas. Ele se matou com um tiro na cabeça, depois de ter sido atingido na perna por um policial. Quem o conhecia disse que Wellington era introspectivo, não se envolvia em confusão e não desrespeitava ordens. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3 a C5)

Cenas de horror indescritível

O horror é indescritível. Um policial que foi ao IML me disse que as crianças foram alvejadas na testa, de cima para baixo. Ele suspeita que o assassino as enfileirou e pediu que ajoelhassem para facilitar a tarefa. (Págs. 1 e Cidades C5)

Foto legenda: Desespero

Parentes de vítimas reagem diante da Escola Municipal, Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio

Presidência admite erro ao dar 'carona' em avião de Dilma

A Presidência admitiu ter falhado ao permitir a carona clandestina de uma amiga do comandante no avião que levou Dilma Rousseff a Natal (RN) no carnaval. O caso foi revelado ontem pelo Estado. O Planalto nega, porém, que a segurança da presidente tenha sido afetada. (Págs. 1 e Nacional A4)

Governo dobra IOF de empréstimo

A Fazenda elevou de 1,5% para 3% o IOF sobre operações de crédito para pessoa física. Segundo o ministro Guido Mantega, o objetivo é reduzir o consumo. (Págs. 1 e Economia B1)

Brasil vai reduzir teor de sódio de alimentos (Págs. 1 e Vida A18)

Opositor marfinense se declara presidente (Págs. 1 e Internacional A10)

Notas & Informações

O que precisava ser dito

Aécio subiu à tribuna para lançar a pedra fundamental, não descerrar uma obra política pronta. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Inflação resiste, dólar cai e governo tenta conter crédito
Um dia depois de anunciar medidas para tentar conter o ingresso de capitais externos, que valoriza o real, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, determinou mais uma ação, desta vez para conter um inimigo mais imediato, a inflação. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito ao consumo, inclusive o imobiliário, dobrou de 1,5% para 3%. O ministro volta a empregar uma das armas que usou em janeiro de 2008, também para brecar uma economia a pleno vapor. Os resultados não foram brilhantes: o crédito caiu no primeiro mês, estacionou no segundo e voltou a crescer daí em diante. E a arrecadação do IOF das pessoas físicas deu um salto, de R$ 3 bilhões para R$ 7,6 bilhões. O aumento da tributação agora pode ser mais eficaz porque há restrição nos prazos de financiamento, acreditam a Fazenda e o BC.

Acossado por nova onda de valorização do real e pelo avanço dos preços, o governo teve notícias ruins nos dois campos ontem. O dólar caiu 1,85%, para R$ 1,5840, sinal de que a extensão do IOF para empréstimos externos superiores a um ano foi encarado como inócuo.

Já o IPCA subiu 0,79%, quase igual ao 0,8% de fevereiro, quando a expectativa era de um recuo razoável. Com isso, a inflação no primeiro trimestre chegou a 2,44% e em 12 meses, a 6,3%. Dessa forma, a variação dos preços pode ultrapassar o teto da meta, de 6,5%, em abril. O resultado do IPCA de março refletiu a reaceleração das cotações dos alimentos, a disparada dos preços das passagens aéreas e combustíveis, o aumento expressivo do vestuário e a elevação significativa dos serviços (como aluguéis, empregados domésticos, conserto de automóveis e mensalidades escolares). (Págs. 1, C1, C2, C3, A2 e A4)

CPFL paga R$ 1,5 bi pela SIIF Énergies

Com a compra da empresa de energia eólica SIIF Énergies, por R$ 1,5 bilhão, a CPFL Energia passou a ser o segundo maior grupo desse segmento no mercado brasileiro. O negócio vai acrescentar 210 MW ao parque de geração da CPFL e outros 732 MW em projetos. Os quatro parques eólicos da SIIF foram construídos no âmbito do Proinfa e estão em operação no Ceará desde 2009. A SIIF pertencia aos fundos americanos Citi Participações, Liberty Mutual e Black River. O acordo prevê a incorporação da central eólica Quintanilha Machado, no Rio, que precisa ter sua localização alterada em função da expansão do aeroporto de Cabo Frio. Se a SIIF conseguir destravar o projeto no primeiro semestre, a CPFL pagará R$ 70 milhões a mais. Do total de R$ 1,5 bilhão, a CPFL vai desembolsar R$ 950 milhões em dinheiro. Outros R$ 544 milhões serão usados para pagar dívidas. (Págs. 1 e B7)

O papel de Mantega nos cem dias

Na atual geografia do poder, fica fora do Palácio do Planalto o gabinete do ministro mais influente dos primeiros cem dias do governo Dilma Rousseff: Guido Mantega. A fonte de seu poder reside na dificuldade de se distinguir onde termina o que Dilma pensa e onde começa o que quer o ministro. Em seu nome foram abertos os
"créditos" ao governo - eventuais "faturas" também serão enviadas a seu endereço.

Mantega é um dos raros ministros a ser recebido sozinho no gabinete da presidente, sem o onipresente Antonio Palocci (Casa Civil) - os outros dois são o próprio Palocci e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. (Págs. 1, A9, A10 e A11)

Design do Brasil brilha no mercado externo

Cinquenta anos depois de nomes como Zanine Caldas e Sergio Rodrigues, o design contemporâneo brasileiro brilha no mercado internacional. Rodrigo Almeida, Zanini de Zanine, Julia Krantz, Alfio Lisi, Jader Almeida e Domingos Tótora são alguns dos talentos de uma nova geração que faz mobília com cara brasileira e se destaca na mídia, nos eventos e premiações. São designers da linhagem de artistas como os irmãos Campana, que "puxam a fila" do reconhecimento, com status de "pop stars" nos cinco continentes e põem o Brasil no minúsculo mapa do luxo. Hoje, 12 cadeiras assinadas pelos Campana estão num leilão da conceituada Phillips de Pury, com lance entre US$ 45,5 mil e US$ 57 mil cada uma. Um lustre
"chandelier", também "by Campana", terá lance inicial de US$ 81,4 mil. Eles certamente serão festejados também em Milão, na semana que vem, quando a cidade sedia o Salone del Mobile.

De olho no potencial desse mercado, Waldick Jatobá, diretor no Brasil do Banco Privado Português, se associou a Paulo Borges, idealizador do Fashion Week, para criar a Design São Paulo, feira que será realizada no Ibirapuera, junto com a semana de moda. Os dois apostam na expansão do segmento, de mãos dadas com o mercado de arte. Se Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e Ernesto Neto vendem bem lá fora, por que não os designers que trabalham na fronteira com a arte? (Págs. 1 e Eu&FimdeSemana)

Foto legenda: Tragédia no Rio

Parentes de alunos e populares cercam Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio, depois que o prédio foi invadido pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, que matou a tiros 12 alunos e feriu outros 12. Baleado na perna por um PM, o atirador suicidou-se. (Págs. 1, A3 e A4)

Localização e incentivos, os segredos da nova Extrema

Sergio Benedito Moreira, técnico em segurança do trabalho, mudou-se para Extrema, no sul de Minas, há seis meses. Chegou para ficar, com mulher e duas filhas, contratado por uma construtora que levanta um galpão para uma nova fábrica no município, num distrito industrial encravado entre as montanhas.

A localização de Extrema, na divisa com São Paulo, aliada a incentivos fiscais de ICMS e outros benefícios oferecidos pelo município, tem atraído muitas empresas para a cidade. De 2000 até agora, o número de indústrias saltou de 60 para 104. A evolução do valor adicionado no município proporcionado pela chegada dessas empresas fez a receita da prefeitura saltar de R$ 18,2 milhões em 2002 para R$ 71,3 milhões no ano passado. (Págs. 1 e A16)

Craques da gestão traçam os cenários para setor de fundos

Há muito ainda pela frente, mas o ano, por enquanto, tem como marca uma série de incertezas em diversos mercados. Neste ambiente de preocupações internas com a inflação, juros e câmbio, somado a um cenário internacional bastante conturbado, acertar o momento de entrar ou sair de uma aplicação ou ativo torna-se ainda mais importante. Para auxiliar o investidor, o Top Gestão 2011 traz os melhores administradores de recursos do país, segundo ranking elaborado pela Standard & Poor's (S&P), com exclusividade para a "ValorInveste", e suas visões para a economia e os diferentes mercados.

Palavras como "difícil", "confuso", "incerto" e "volátil" foram as mais ouvidas nas conversas com os gestores sobre os cenários para este ano. Mas muitos adicionaram às suas previsões termos como
"instigante", "oportuno" e "desafiador". (Pág. 1)

Banco Central Europeu faz o primeiro aumento de juros após a crise (Págs. 1 e C8)

Balança ameaçada

Projeções de bancos apontam para uma forte redução no superávit da balança comercial brasileira neste ano e possível déficit já em 2012. (Págs. 1 e A2)

Comércio Internacional desacelera

O crescimento do comércio mundial deve ficar ao redor de 6,5% este ano, segundo projeção da Organização Mundial do Comércio (OMC), muito abaixo da alta recorde de 14,5% no ano passado. (Págs. 1 e Al3)

Resort em Mangaratiba

O grupo Aman, sediado em Cingapura, dono de resorts na Ásia, África, EUA e Caribe, vai iniciar a construção de um empreendimento em Mangaratiba (RJ), o primeiro do grupo na América do Sul. (Págs. 1 e B4)

Aço

Investimentos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, as obras do PAC, a exploração do pré-sal e os seguidos recordes da indústria automobilística trazem otimismo ao setor siderúrgico. País deve entrar em um novo patamar de consumo de aço nos próximos anos, prevê Sérgio Leite, da Usiminas. (Págs. 1 e Caderno Especial)

Falência da Imbra

A Justiça aceitou ontem o pedido de autofalência da Imbra, empresa de tratamentos odontológicos que acumula dívidas superiores a R$ 220 milhões. (Págs. 1 e B4)

Tuper diversifica operação

A Tuper, fabricante de tubos de aço e sistemas de escapamentos de São Bento do Sul (SC), investe para entrar no segmento de tubos de grandes dimensões para a indústria de construção civil e petróleo. (Págs. 1 e B8)

Odebrecht mira área de segurança

A Odebrecht anunciou ontem a criação de uma empresa para cuidar de seus negócios na área de defesa e segurança, a Odebrecht Defesa e Tecnologia, que será presidida por Roberto Simões. (Págs. 1 e B8)

Parceria para soja transgênica

O aumento da resistência de ervas daninhas ao glifosato levou as gigantes Bayer CropScience e Syngenta a unir esforços para desenvolver uma semente de soja resistente ao herbicida HPPD. (Págs. 1 e B11)

Café tem receita recorde

A escalada dos preços do café no mercado internacional, provocada pela oferta reduzida, fez as exportações brasileiras do produto alcançarem o recorde de US$ 6,3 bilhões nos últimos 12 meses. (Págs. 1 e B12)

Ideias

Claudia Safatle

Após cem dias de governo Dilma, inflação domina debate econômico e expectativas prosseguem em deterioração. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Luiz Fernando de Paula

O governo argentino deveria tornar menos expansionista sua política e combiná-la com uma política de rendas. (Págs. 1 e A15)

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