A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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quarta-feira, março 11, 2009
MST [In:] ''HAY GOBIERNO?"
O Estado de S. Paulo - 11/03/2009 |
As invasões e depredações realizadas por 6,5 mil mulheres do Movimento dos Sem-Terra (MST) e associados, como o Via Campesina, em oito Estados e no Distrito Federal, em "comemoração" ao Dia Internacional da Mulher e sob o pretexto de protestar contra o "modelo de agronegócio" brasileiro e a "paralisia da reforma agrária", fazem parte de uma rotina que até seria monótona, pela repetição, caso não apresentasse sempre maiores abrangência e violência. Desde que seu objetivo principal deixou de ser a reforma agrária, e passou a ser claramente político - mesmo que baseado numa geleia ideológica "revolucionaria" de confusa natureza -, o Movimento dos Sem-Terra (MST) tem investido, fundamentalmente, na impunidade. As invasões de fazendas produtivas, as derrubadas de cerca, as depredações de sedes, as matanças de animais, as colocações de empregados rurais em cárcere privado, assim como os saques e as destruições de cabines de pedágio, as ocupações e depredações de prédios públicos, os acampamentos e interdições de estradas tudo tem dado margem à prática, pela entidade e seus seguidores, dos mais variados crimes comuns, inclusive os de homicídio. O problema é que a maioria esmagadora desses crimes permanece à espera de julgamento. Os processos envolvendo integrantes do MST e grupos assemelhados, como Via Campesina, Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST) - incluindo aí o do notório dissidente emessetista José Rainha Junior, "dono" dos esbulhos possessórios do Pontal do Paranapanema -, têm caminhado a passos lentos demais no Judiciário. Assim, as críticas que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, tem feito tanto ao governo - por repassar verbas públicas para o MST e assemelhados - quanto ao Ministério Público (MP), por não cobrar o respeito à lei, são extensivas ao próprio Judiciário. "Na verdade, temos de sempre eleger prioridades. Esta é uma questão que está se acumulando, que está se adensando, e que muitas vezes gera, maximiza conflitos" - disse o presidente do Supremo. Entendemos, pelas palavras do ministro Mendes, que mesmo sendo a Justiça estruturalmente morosa, há certas questões que merecem grande prioridade de julgamento, sob pena de resultarem nas piores consequências sociais - caso dos "investimentos em impunidade" que fazem MST e assemelhados. As 400 mulheres que ocuparam o 9º andar do Ministério da Agricultura, em Brasília, fizeram questão de dizer que não tinham interesse algum em encontrar-se com o ministro. O que queriam era só protestar contra o "modelo agrícola" vigente no Brasil. Há pouco tivemos, comandado pelo dissidente Rainha, o "Carnaval Vermelho" - ele tem, sistematicamente, escolhido datas e meses "vermelhos" para suas operações violentas, cujo único objetivo é desmoralizar as instituições democráticas. Nada menos do que 650 processos penais foram abertos contra integrantes do MST, desde 1995. A quase totalidade deles ainda não teve julgamento definitivo - transitado em julgado: o assassinato do policial Luiz Pereira, em 2005, pelo qual 11 sem-terra foram presos, o Ministério Público os denunciou por homicídio triplamente qualificado e o processo aguarda julgamento da Justiça no Recife; a interrupção, no ano passado, da Estrada de Ferro Carajás, no Pará, pelo que a Justiça Federal condenou o MST a pagar R$ 5,2 milhões à Vale - mas, interposto recurso pelo MST, ainda falta o pronunciamento final da Justiça; a invasão e destruição, em 2006, do viveiro da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, quando o Ministério Público denunciou 37 invasores e o processo aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; a invasão do Congresso por integrantes do Movimento de Libertação dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MLST), em que mais de 100 pessoas foram denunciadas pelo MP por lesões corporais, crimes contra o patrimônio e formação de quadrilha - e o processo aguarda julgamento na Justiça Federal; os muitos processos - inclusive por crime de morte - tendo como réu José Rainha Junior - que aguardam julgamento em definitivo. Eis apenas alguns exemplos. De onde é para se concluir que, até agora, os investimentos em impunidade, feitos pelo MST, só lhe têm trazido ótimos dividendos. |
CRISE MUNDIAL: UM "ESPÍRITO ANIMAL" (A)RISCO
Autor(es): Sergio Lamucci | |||||
Valor Econômico - 11/03/2009 | |||||
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O economista acredita que a economia brasileira deve se recuperar nos dois últimos trimestres de 2009, desde que "não haja o que os analistas chamam de 'double dip' [duplo mergulho] nos EUA" - o grande risco que aparece atualmente em seu radar. Para Mendonça de Barros, a retomada do Brasil, ainda que lenta, poderá vir principalmente do mercado de trabalho "ainda preservado", em função da menor inflação em 2008 e 2009. Uma queda mais agressiva dos juros e alguma recuperação nos preços de commodities podem completar o quadro positivo para o segundo semestre. Mesmo assim, o economista estima que em 2009 o PIB deve cair 0,5% ou ficar estável. |
Para Mendonça de Barros, ao mesmo tempo em que permite reduções mais fortes da Selic, o momento continua a exigir cautela na condução da política fiscal. Ele avalia que a atuação do governo na crise está na direção correta, em geral, apesar "do discurso fanfarrão". A seguir, os principais trechos da entrevista. |
Valor: Qual o significado da queda do PIB? O que ela indica sobre os efeitos da crise mundial no Brasil? |
Luiz Carlos Mendonça de Barros: O maior significado para mim é a certeza de que fomos atingidos duramente pela crise. Outro ponto importante é que os agentes econômicos privados, consumidores e, principalmente, empresários, tiveram uma avaliação mais realista da dimensão da crise no mundo econômico que nos cerca e não acreditaram no discurso oficial de que estávamos blindados em função de nosso crescimento interno e do bom estado de variáveis macroeconômicas. Mesmo sofrendo menos que outras economias o Brasil não pode escapar de uma crise da dimensão que estamos vivendo. O governo tem que tomar consciência disso e administrar a política econômica para tempos de dificuldade. Usando uma fábula conhecida, os tempos atuais estão mais para formiga do que para cigarras fanfarrãs. |
Valor: O Brasil estava no maior ciclo de investimento das últimas décadas. A queda de 9,8% na formação bruta de capital fixo indica que esse ciclo já foi abortado? |
Mendonça de Barros: Os investimentos privados estão fortemente correlacionados com o que Keynes chamou de espírito animal dos empresários. Os números divulgados pelo IBGE mostram claramente que este estado de espírito dos empresários brasileiros foi duramente afetado pelo agravamento da crise internacional. Também contribuiu para esta mudança o desarme dramático da corrente de comércio internacional e o brutal choque negativo em nossos termos de troca, que em apenas seis meses eliminou os ganhos dos três anos anteriores e contribuiu decisivamente para a queda dos investimentos. Além disso, o colapso das bolsas e a contração do crédito comprometem a estrutura de capital das empresas e dificultam qualquer plano de longo prazo. Por fim, o quadro global que se abre para os próximos anos é o de uma enorme capacidade ociosa de produção na maioria dos setores. O espírito animal, por ser uma reação emocional altamente dependente da confiança em relação ao futuro, foi ferido gravemente no Brasil e no mundo, e talvez por um período que pode ser muito longo. |
Valor: Dá para dizer com o resultado, que os efeitos da crise sobre o Brasil foram mais brutais que em outros países, mesmo no mundo desenvolvido? |
Mendonça de Barros: A dimensão da desaceleração de nossa economia assusta. No quarto trimestre ela foi duas vezes maior do que a da economia americana. Mas é preciso considerar que vivíamos um período de superaquecimento e o primeiro impacto foi terrível. Olhar para a desaceleração chinesa pode ser um conforto para nós. Mas as previsões para 2009 como um todo mostram nossa economia com um comportamento muito menos dramático do que o esperado para vários outros grupos de países, especialmente os da Europa e alguns países da Ásia, estes mais dependentes de comércio exterior e do consumo final americano. Nós estamos mais ligados à dinâmica de infraestrutura da China, que pode estabilizar antes do resto. Meu grande medo hoje é uma deterioração ainda maior no mundo desenvolvido e uma segunda onda nos atingindo na passagem de 2009 para 2010. Hoje a recessão no mundo desenvolvido em padrão "L", como têm dito vários economistas, é uma possibilidade real. E uma recessão deste tipo seria uma coisa muito feia, pois minaria lentamente as pessoas e as empresas, mesmo as que entraram na crise razoavelmente saudáveis. |
Valor: Quando podemos esperar uma recuperação da economia brasileira? Por onde ela virá primeiro: mercado interno ou exportações? |
Mendonça de Barros: Uma recuperação na economia brasileira nos dois últimos trimestres de 2009 vai ocorrer naturalmente se não houver o que os analistas chamam de "double dip" [duplo mergulho] nos EUA. O canal principal que pode permitir esta retomada, ainda que lenta, é o mercado de trabalho ainda preservado, principalmente em função de uma menor inflação este ano e no ano próximo. Outros canais importantes poderão ser a queda mais agressiva dos juros internos - taxa Selic a 9% ao ano na passagem de 2009 para 2010 - e alguma recuperação dos preços das commodities em função da economia chinesa crescendo 8% ao ano na margem já no segundo semestre. É preciso entender que o choque inicial criado pelo colapso do comércio internacional afetou o Brasil principalmente a partir dos termos de troca. Este choque pode ser compensado por uma política monetária mais frouxa e alguma criatividade na questão do crédito. Mas nós não nos defrontaremos, como é o caso de vários asiáticos, com a necessidade de converter a estrutura da economia para o consumo doméstico. Isso nós já temos, o que me dá confiança que seremos um dos primeiros países a estabilizar. Para este ano, nós prevemos que o PIB poderá cair 0,5% ou ficar estável. |
Valor: Além de uma queda mais acentuada dos juros, o que poderia ser feito, em termos de política econômica, para ajudar na recuperação da economia brasileira? |
Mendonça de Barros: O governo deveria se comprometer com o superávit primário necessário para estabilizar a relação dívida sobre PIB, de modo a manter o Brasil no grupo de economias saudáveis em termos fiscais. Pode ter alguma queda em relação ao do ano passado [de 4,1% do PIB], mas tem que gerir isso como formiga. Isso é uma coisa que nos diferenciou. Deve ainda continuar a agir para manter a oferta de crédito para empresas e consumidores e promover uma forte queda da taxa de juros. É importante preservar as coisas que têm ajudado a defender o país, como a situação fiscal e o nível de reservas. Eu gosto de como o BC administra a questão do fluxo cambial, sem interferir no preço, ajustando a liquidez. Usar as reservas para rolar a dívida externa de curto prazo das empresas também é uma boa ideia. O governo está em geral na direção correta, apesar do discurso fanfarrão. |
Valor: Por que a sensação ainda não é de uma crise tão acentuada como os números indicam? |
Mendonça de Barros: Alguns sinais de mercado são importantes, principalmente a força do real e a confiança na dívida pública, ao contrário de todas as nossas crises anteriores. Impressiona-me neste momento a liquidez no mercado de títulos públicos de prazo mais longo e o equilíbrio de fluxo no mercado de câmbio. Além disso, desta vez o impacto na renda das pessoas não está vindo de um choque de inflação, como foi o caso em 2003. Ao contrário, a renda real está por enquanto preservada e o ajuste será mais gradual, por meio de queda de emprego na margem. Faz diferença, pois a inflação pega todo mundo junto e, no quadro atual, mesmo considerando o aumento esperado do desemprego, a maioria esmagadora continuará empregada. Muitos analistas precisam de uma vez por todas entender que as consequências desta crise para o Brasil são totalmente diferentes do padrão histórico. A política monetária é a maior evidência disso e me espanta que muitos até recentemente ainda pregavam aumento de juros, como se estivéssemos em uma crise de solvência clássica. --------- |
COPOM & PIB [In:] DIMINUIR PARA AUMENTAR
Autor(es): Vicente Nunes | |
Correio Braziliense - 11/03/2009 | |
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
11 de março de 2009
O Globo
Manchete: Indústria desaba, consumo cai e já se teme 2009 com recessão
A crise internacional atropelou a economia brasileira no último trimestre de 2008. O país, que crescia há 12 trimestres, registrou queda de 3,6% de outubro a dezembro, surpreendendo analistas. Foi o pior resultado desde o quarto trimestre de 1990, quando o Brasil vivia os efeitos do Plano Collor. Ainda assim, em 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,1%, O forte recuo na produção da indústria, a queda na taxa de investimento e o freio no consumo das famílias – que não acontecia desde o início do governo Lula – provocaram o que o IBGE chamou de "ruptura" no crescimento. O presidente Lula, que em outubro de 2008 previra uma marolinha, disse ontem que “o susto já passou". O resultado do PIB levou consultorias a prever recessão em 2009, o que aumenta a pressão para que o BC corte juros hoje. (págs. 1, 19 a 23, Merval Pereira e "Negócios & Cia"
Lula, presidente da República
'Este primeiro impacto foi violento'
Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil
(Pág.1)
'Ficou difícil atingir a meta de 4% de crescimento'
Guido Mantega, ministro da Fazenda
(Pág.1)
Deputados preparam novo aumento
Zuenir Ventura
Justiça dos EUA libera contas de Daniel Dantas
Terceirização cria feudos no Estado do Rio
Obama propõe pagar mais a bom professor
Míriam Leitão
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Folha de S. Paulo
Manchete: Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo
A crise econômica global abortou o maior ciclo de crescimento sustentado da economia brasileira desde o Plano Real. O PIB (soma das riquezas produzidas no país) caiu 3,6% no último trimestre de 2008. Foi o pior desempenho da série do IBGE iniciada em 1996. A comparação com outros países mostra que o Brasil está entre os mais atingidos pela crise, ao contrário do que o governo vinha afirmando. Entre 37 nações, só 5 – Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Indonésia e Estônia – afundaram tão ou mais rapidamente que o Brasil.
A queda foi puxada por forte retração no consumo das famílias, a maior em oito anos, e nos investimentos. O resultado foi pior do que o esperado pelo governo. Em reunião como os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), o presidente Lula pediu maior rapidez na redução dos juros e avaliou que o mais adequado é uma queda de 1,5 a 2 pontos. Hoje, o BC define a nova taxa básica, a Bovespa subiu 5,59% impulsionada ainda pelo otimismo mundial com o lucro do Citibank. (págs. 1 e Dinheiro)
Ampliado o limite para o crédito consignado de aposentados
Senado não cobra punição por pagamento de horas extras
PF prende 32 acusados de traficar droga por Cumbica
China tem deflação em fevereiro
Vinicius Torres Freire
L. C. Mendonça de Barros
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: PIB desaba no 4° trimestre e risco de recessão aumenta
Mais pressão sobre o Copom
Análises - Celso Ming - Queda deverá afetar o PAC
Análises - Paulo Mansur Levy - Impacto da crise ainda não passou
Análises - Joseph Stiglitz - O descolamento era só um mito
Análises - Claudio Haddad - Recuperação será mais rápida aqui
Governo devolve verba do BID para saneamento
Notas e Informações - O tombo da economia
Marcos Sá Corrêa - Mudando hábitos
PF descobre três quadrilhas de tráfico em Cumbica
Comida infantil é pior no Brasil
Terror mata 65 em 3 dias, e Iraque teme escalada
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Jornal do Brasil
Manchete: Medo da recessão
A economia brasileira teve no fim do ano passado a primeira retração desde 2005 e a pior desde 1996, com o PIB encolhendo 3,6% no quarto trimestre em relação ao terceiro, segundo dados do IBGE. Se, por um lado, o resultado sinaliza uma proximidade perigosa da recessão, por outro abre espaço, na avaliação de especialistas, para o anúncio hoje de um corte de até 2 pontos percentuais na taxa básica de jutos. (págs. 1 e A2 a A6)
Governo dá zoo aos sem-terra
O conselheiro e sua ilha fantástica
Sociedade Aberta - Júlio Gomes de Almeida
Sociedade Aberta – Ernesto Lozardo
Sociedade Aberta – Cláudio Fonteles
Polícia mata menos em ano eleitoral
Empresas da América Latina mais pobres
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Correio Braziliense
Manchete: Choque e pressão
O tempo está fechado no Banco Central. O Comitê de Política Monetária tem a responsabilidade de anunciar hoje a taxa básica de juros diante do cenário perturbador da economia brasileira. O tombo de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2008 mostra como a crise global atingiu fortemente a produção, o consumo e os investimentos. A redução dos juros é apontada como medida fundamental de recuperação econômica.
Há um consenso no mercado de que o BC deve baixar a Selic em até 1,3 ponto percentual. Mesmo com o corte substancial, as previsões dos analistas são sombrias. "Infelizmente, 2009 será um ano perdido e não estão claro que 2010 será de recuperação", afirma o consultor Sérgio Vale. Para muitos, a recessão é iminente. "Vamos dar o nome verto às coisas: o momento atual é gravíssimo", alerta Júlio Sérgio de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. (pág.1)
Lula garante que não haverá recessão e prevê crescimento a partir deste mês (pág. 1)
Governo anuncia leasing para a casa própria e amplia crédito consignado a aposentados (pág.1)
Brasília vive horas de realeza
Mais um dia de invasões
Na mira dos encapuzados
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Valor Econômico
Manchete: País fica mais perto da recessão
Algumas das bases de sustentação da expansão econômica foram atingidas. O consumo das famílias, em alta por cinco anos consecutivos, declinou 2%. Os investimentos tiveram uma freada brusca e, na comparação do último trimestre com o anterior, caíram de 8,4% para -9,8%. Do recuo escapou apenas O consumo do governo, que avançou 0,5% no período e 5,5% no ano. É na capacidade de execução de obras de infraestrutura e habitação pelo governo que reside a perspectiva de alguma recuperação do investimento em 2009.
"Pioraram as perspectivas em 2009, aumentando a probabilidade de taxas próximas de zero ou mesmo negativas”, diz relatório da AC Pastore & Associados, do ex-presidente do Banco Central, Affonso Pastore. O cenário é ruim e a consultaria não vê possibilidades de que o consumo das famílias, do governo e os investimentos voltem a se expandir. O BNP Paribas e o Barclays Capital projetam recuo de 1,5% em 2009. Na ponta mais otimista, a LCA Consultores aposta em alta de 1,5% a 2% do PIB.
Marcelo Carvalho, economista do Morgan Stanley, já considera otimista sua previsão de crescimento zero feita no fim de 2008. O tombo do último trimestre piorou a herança estatística ("carry-over") de 2008 para 2009,que ficou negativa em 1,5%- isto é, se a economia não crescer nada em relação a dezembro, o PIB terá contração de 1,5%. Para crescer 1% em 2009, o PIB terá de avançar 1% a cada trimestre, e ele prevê nova queda do PIB no primeiro trimestre.
Para Luiz Carlos Mendonça de Barros, a economia pode se recuperar no segundo semestre, com uma queda mais agressiva dos juros e se a crise americana não se agravar. Ele prevê que o PIB ficará entre zero e -0,5%.
O presidente Lula disse que já esperava um resultado negativo e que "o crédito começa a se normalizar". “Vamos entrar em uma fase de retomada do crescimento", previu. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que "dificilmente" será alcançada a meta de 4% para o PIB, mas descartou dois semestres consecutivos de retração, o que caracterizaria uma recessão técnica. Nenhum dos dois se arriscou a fazer novas projeções. (págs. 1, A3 a A5)
Lula vê após a crise 'mundo menos falso'
"Rezo por Obama mais do que por mim mesmo”, afirmou Lula. Ele acredita que a crise abre oportunidade para se criar uma economia na qual os financistas tenham um papel menor: "O mundo será menos falso. A economia que vai contar é a que produz milho, arroz, um parafuso, um carro,um terno,um relógio".
Na segunda-feira, Lula participará de encontro com investidores em Nova York, em seminário promovido pelo Valor e o “The Wall Street Journal". (págs. 1 e C6)
Ideias
Consignado mais alto
Infraero reduz investimento em 30% e volta a ter lucros
No ano passado, foram investidos R$ 399 milhões, dos quais R$ 278 milhões em recursos próprios - em dois anos, houve queda de quase 62%. Com o reforço de caixa do Programa de Aceleração do Crescimento, a Infraero conta com R$ 1,4 bilhão para gastar em 2009. (págs. 1 e B4)
Transporte rodoviário
Ideias
Ideias
Usinas perdem crédito garantido por estoques
Eternit dribla a crise
Recessão americana
Citi tenta mostrar reação
Ideias
México puxa a fila das vítimas na AL
Logo atrás aparecem Bolívia, Equador, Venezuela e, em menor grau, a Argentina. Esses países sentem - e continuarão sentindo - mais que os vizinhos os efeitos da crise porque não acumularam reservas significativas durante o período de boom das commodities ou porque adotaram políticas econômicas consideradas heterodoxas que, segundo economistas, cobram um preço extra num momento de forte desaceleração.
Embora também atingidos pela recessão, Chile, Peru e Brasil apresentam melhores condições de enfrentar a recessão mundial, avaliam economistas.
No conjunto, a América Latina deverá ter um crescimento muito modesto neste ano, de 0,3%, segundo a previsão revista do Banco Mundial, que antes indicava expansão de 3,4%. (págs. 1 e A16)
EUA e Reino Unido levam ao G-20 um plano para financiar exportações (págs. 1 e Al3)
Valor da S.A. cai para o nível de 2004
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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