PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, março 11, 2009

MST [In:] ''HAY GOBIERNO?"

MST investe na impunidade


O Estado de S. Paulo - 11/03/2009
As invasões e depredações realizadas por 6,5 mil mulheres do Movimento dos Sem-Terra (MST) e associados, como o Via Campesina, em oito Estados e no Distrito Federal, em "comemoração" ao Dia Internacional da Mulher e sob o pretexto de protestar contra o "modelo de agronegócio" brasileiro e a "paralisia da reforma agrária", fazem parte de uma rotina que até seria monótona, pela repetição, caso não apresentasse sempre maiores abrangência e violência.

Desde que seu objetivo principal deixou de ser a reforma agrária, e passou a ser claramente político - mesmo que baseado numa geleia ideológica "revolucionaria" de confusa natureza -, o Movimento dos Sem-Terra (MST) tem investido, fundamentalmente, na impunidade. As invasões de fazendas produtivas, as derrubadas de cerca, as depredações de sedes, as matanças de animais, as colocações de empregados rurais em cárcere privado, assim como os saques e as destruições de cabines de pedágio, as ocupações e depredações de prédios públicos, os acampamentos e interdições de estradas tudo tem dado margem à prática, pela entidade e seus seguidores, dos mais variados crimes comuns, inclusive os de homicídio. O problema é que a maioria esmagadora desses crimes permanece à espera de julgamento.

Os processos envolvendo integrantes do MST e grupos assemelhados, como Via Campesina, Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST) - incluindo aí o do notório dissidente emessetista José Rainha Junior, "dono" dos esbulhos possessórios do Pontal do Paranapanema -, têm caminhado a passos lentos demais no Judiciário. Assim, as críticas que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, tem feito tanto ao governo - por repassar verbas públicas para o MST e assemelhados - quanto ao Ministério Público (MP), por não cobrar o respeito à lei, são extensivas ao próprio Judiciário. "Na verdade, temos de sempre eleger prioridades. Esta é uma questão que está se acumulando, que está se adensando, e que muitas vezes gera, maximiza conflitos" - disse o presidente do Supremo.

Entendemos, pelas palavras do ministro Mendes, que mesmo sendo a Justiça estruturalmente morosa, há certas questões que merecem grande prioridade de julgamento, sob pena de resultarem nas piores consequências sociais - caso dos "investimentos em impunidade" que fazem MST e assemelhados. As 400 mulheres que ocuparam o 9º andar do Ministério da Agricultura, em Brasília, fizeram questão de dizer que não tinham interesse algum em encontrar-se com o ministro. O que queriam era só protestar contra o "modelo agrícola" vigente no Brasil. Há pouco tivemos, comandado pelo dissidente Rainha, o "Carnaval Vermelho" - ele tem, sistematicamente, escolhido datas e meses "vermelhos" para suas operações violentas, cujo único objetivo é desmoralizar as instituições democráticas.

Nada menos do que 650 processos penais foram abertos contra integrantes do MST, desde 1995. A quase totalidade deles ainda não teve julgamento definitivo - transitado em julgado: o assassinato do policial Luiz Pereira, em 2005, pelo qual 11 sem-terra foram presos, o Ministério Público os denunciou por homicídio triplamente qualificado e o processo aguarda julgamento da Justiça no Recife; a interrupção, no ano passado, da Estrada de Ferro Carajás, no Pará, pelo que a Justiça Federal condenou o MST a pagar R$ 5,2 milhões à Vale - mas, interposto recurso pelo MST, ainda falta o pronunciamento final da Justiça; a invasão e destruição, em 2006, do viveiro da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, quando o Ministério Público denunciou 37 invasores e o processo aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; a invasão do Congresso por integrantes do Movimento de Libertação dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MLST), em que mais de 100 pessoas foram denunciadas pelo MP por lesões corporais, crimes contra o patrimônio e formação de quadrilha - e o processo aguarda julgamento na Justiça Federal; os muitos processos - inclusive por crime de morte - tendo como réu José Rainha Junior - que aguardam julgamento em definitivo. Eis apenas alguns exemplos. De onde é para se concluir que, até agora, os investimentos em impunidade, feitos pelo MST, só lhe têm trazido ótimos dividendos.
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CRISE MUNDIAL: UM "ESPÍRITO ANIMAL" (A)RISCO

"Crise feriu espírito animal do empresário", diz ex-BNDES

Autor(es): Sergio Lamucci
Valor Econômico - 11/03/2009
Ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros vê um período difícil para o investimento - no Brasil e no mundo. Segundo ele, o "espírito animal" dos empresários, de que falava o inglês John Maynard Keynes, foi duramente afetado pelo agravamento da crise, como mostraram os números divulgados ontem pelo IBGE. "Também contribuiu para esta mudança o desarme dramático da corrente de comércio internacional e o brutal choque negativo em nossos termos de troca, que em apenas seis meses eliminou os ganhos dos três anos anteriores e contribuiu decisivamente para a queda dos investimentos", diz Mendonça de Barros, também ex-ministro das Comunicações. "O espírito animal, por ser uma reação emocional altamente dependente da confiança em relação ao futuro, foi ferido gravemente no Brasil e no mundo, e talvez por um período que pode ser muito longo."

O economista acredita que a economia brasileira deve se recuperar nos dois últimos trimestres de 2009, desde que "não haja o que os analistas chamam de 'double dip' [duplo mergulho] nos EUA" - o grande risco que aparece atualmente em seu radar. Para Mendonça de Barros, a retomada do Brasil, ainda que lenta, poderá vir principalmente do mercado de trabalho "ainda preservado", em função da menor inflação em 2008 e 2009. Uma queda mais agressiva dos juros e alguma recuperação nos preços de commodities podem completar o quadro positivo para o segundo semestre. Mesmo assim, o economista estima que em 2009 o PIB deve cair 0,5% ou ficar estável.

Para Mendonça de Barros, ao mesmo tempo em que permite reduções mais fortes da Selic, o momento continua a exigir cautela na condução da política fiscal. Ele avalia que a atuação do governo na crise está na direção correta, em geral, apesar "do discurso fanfarrão". A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: Qual o significado da queda do PIB? O que ela indica sobre os efeitos da crise mundial no Brasil?

Luiz Carlos Mendonça de Barros: O maior significado para mim é a certeza de que fomos atingidos duramente pela crise. Outro ponto importante é que os agentes econômicos privados, consumidores e, principalmente, empresários, tiveram uma avaliação mais realista da dimensão da crise no mundo econômico que nos cerca e não acreditaram no discurso oficial de que estávamos blindados em função de nosso crescimento interno e do bom estado de variáveis macroeconômicas. Mesmo sofrendo menos que outras economias o Brasil não pode escapar de uma crise da dimensão que estamos vivendo. O governo tem que tomar consciência disso e administrar a política econômica para tempos de dificuldade. Usando uma fábula conhecida, os tempos atuais estão mais para formiga do que para cigarras fanfarrãs.

Valor: O Brasil estava no maior ciclo de investimento das últimas décadas. A queda de 9,8% na formação bruta de capital fixo indica que esse ciclo já foi abortado?

Mendonça de Barros: Os investimentos privados estão fortemente correlacionados com o que Keynes chamou de espírito animal dos empresários. Os números divulgados pelo IBGE mostram claramente que este estado de espírito dos empresários brasileiros foi duramente afetado pelo agravamento da crise internacional. Também contribuiu para esta mudança o desarme dramático da corrente de comércio internacional e o brutal choque negativo em nossos termos de troca, que em apenas seis meses eliminou os ganhos dos três anos anteriores e contribuiu decisivamente para a queda dos investimentos. Além disso, o colapso das bolsas e a contração do crédito comprometem a estrutura de capital das empresas e dificultam qualquer plano de longo prazo. Por fim, o quadro global que se abre para os próximos anos é o de uma enorme capacidade ociosa de produção na maioria dos setores. O espírito animal, por ser uma reação emocional altamente dependente da confiança em relação ao futuro, foi ferido gravemente no Brasil e no mundo, e talvez por um período que pode ser muito longo.

Valor: Dá para dizer com o resultado, que os efeitos da crise sobre o Brasil foram mais brutais que em outros países, mesmo no mundo desenvolvido?

Mendonça de Barros: A dimensão da desaceleração de nossa economia assusta. No quarto trimestre ela foi duas vezes maior do que a da economia americana. Mas é preciso considerar que vivíamos um período de superaquecimento e o primeiro impacto foi terrível. Olhar para a desaceleração chinesa pode ser um conforto para nós. Mas as previsões para 2009 como um todo mostram nossa economia com um comportamento muito menos dramático do que o esperado para vários outros grupos de países, especialmente os da Europa e alguns países da Ásia, estes mais dependentes de comércio exterior e do consumo final americano. Nós estamos mais ligados à dinâmica de infraestrutura da China, que pode estabilizar antes do resto. Meu grande medo hoje é uma deterioração ainda maior no mundo desenvolvido e uma segunda onda nos atingindo na passagem de 2009 para 2010. Hoje a recessão no mundo desenvolvido em padrão "L", como têm dito vários economistas, é uma possibilidade real. E uma recessão deste tipo seria uma coisa muito feia, pois minaria lentamente as pessoas e as empresas, mesmo as que entraram na crise razoavelmente saudáveis.

Valor: Quando podemos esperar uma recuperação da economia brasileira? Por onde ela virá primeiro: mercado interno ou exportações?

Mendonça de Barros: Uma recuperação na economia brasileira nos dois últimos trimestres de 2009 vai ocorrer naturalmente se não houver o que os analistas chamam de "double dip" [duplo mergulho] nos EUA. O canal principal que pode permitir esta retomada, ainda que lenta, é o mercado de trabalho ainda preservado, principalmente em função de uma menor inflação este ano e no ano próximo. Outros canais importantes poderão ser a queda mais agressiva dos juros internos - taxa Selic a 9% ao ano na passagem de 2009 para 2010 - e alguma recuperação dos preços das commodities em função da economia chinesa crescendo 8% ao ano na margem já no segundo semestre. É preciso entender que o choque inicial criado pelo colapso do comércio internacional afetou o Brasil principalmente a partir dos termos de troca. Este choque pode ser compensado por uma política monetária mais frouxa e alguma criatividade na questão do crédito. Mas nós não nos defrontaremos, como é o caso de vários asiáticos, com a necessidade de converter a estrutura da economia para o consumo doméstico. Isso nós já temos, o que me dá confiança que seremos um dos primeiros países a estabilizar. Para este ano, nós prevemos que o PIB poderá cair 0,5% ou ficar estável.

Valor: Além de uma queda mais acentuada dos juros, o que poderia ser feito, em termos de política econômica, para ajudar na recuperação da economia brasileira?

Mendonça de Barros: O governo deveria se comprometer com o superávit primário necessário para estabilizar a relação dívida sobre PIB, de modo a manter o Brasil no grupo de economias saudáveis em termos fiscais. Pode ter alguma queda em relação ao do ano passado [de 4,1% do PIB], mas tem que gerir isso como formiga. Isso é uma coisa que nos diferenciou. Deve ainda continuar a agir para manter a oferta de crédito para empresas e consumidores e promover uma forte queda da taxa de juros. É importante preservar as coisas que têm ajudado a defender o país, como a situação fiscal e o nível de reservas. Eu gosto de como o BC administra a questão do fluxo cambial, sem interferir no preço, ajustando a liquidez. Usar as reservas para rolar a dívida externa de curto prazo das empresas também é uma boa ideia. O governo está em geral na direção correta, apesar do discurso fanfarrão.

Valor: Por que a sensação ainda não é de uma crise tão acentuada como os números indicam?

Mendonça de Barros: Alguns sinais de mercado são importantes, principalmente a força do real e a confiança na dívida pública, ao contrário de todas as nossas crises anteriores. Impressiona-me neste momento a liquidez no mercado de títulos públicos de prazo mais longo e o equilíbrio de fluxo no mercado de câmbio. Além disso, desta vez o impacto na renda das pessoas não está vindo de um choque de inflação, como foi o caso em 2003. Ao contrário, a renda real está por enquanto preservada e o ajuste será mais gradual, por meio de queda de emprego na margem. Faz diferença, pois a inflação pega todo mundo junto e, no quadro atual, mesmo considerando o aumento esperado do desemprego, a maioria esmagadora continuará empregada. Muitos analistas precisam de uma vez por todas entender que as consequências desta crise para o Brasil são totalmente diferentes do padrão histórico. A política monetária é a maior evidência disso e me espanta que muitos até recentemente ainda pregavam aumento de juros, como se estivéssemos em uma crise de solvência clássica.
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COPOM & PIB [In:] DIMINUIR PARA AUMENTAR

...
As vítimas do país que encolheu


Autor(es): Vicente Nunes
Correio Braziliense - 11/03/2009
Todo o governo está mobilizado à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que será anunciada hoje. A expectativa, conforme afirmou o presidente Lula a vários assessores, é de que a taxa básica de juros (Selic) caia pelo menos 1,5 ponto percentual, dos atuais 12,75% para 11,25% ao ano. Ele acredita que, neste momento, essa é a melhor maneira de dar um novo ânimo ao país, abalado pelo tamanho do choque provocado pela crise internacional, que fez evaporar 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2008 e empurrou o país para a recessão. “Não descartamos, inclusive, a possibilidade de a Selic cair dois pontos nesta quarta-feira”, disse um dos mais próximos auxiliares de Lula.

A pressão sobre o BC está enorme. “Não há nada que justifique um corte inferior a 1,5 ponto”, afirmou o economista-chefe da SLW Asset Management, Carlos Thadeu Filho. “Com o tombo monumental da atividade, os riscos de inflação se dissiparam por completo. Estou prevendo um índice para este ano de apenas 3,9%”, destacou. Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Sousa Leal, é muito provável que, até julho, a taxa Selic esteja em 9,75% ao ano. Mas tanto ele quanto Thadeu não acreditam que a forte reação do BC impedirá que o PIB feche o ano com retração de até 1%.

A expectativa é de que a decisão do Copom não seja unânime. O mercado admite que pelo menos dois diretores do BC, Mário Mesquita (Política Econômica) e Mário Torós (Política Monetária), votem por um corte de apenas um ponto, alegando riscos para a inflação, que vem mostrando resistência em cair, apesar de a produção e o consumo estarem no chão. Os analistas também cogitam a possibilidade de o BC discutir um corte de dois pontos. “O susto com a queda do PIB foi grande. Até o BC se surpreendeu com o resultado do último trimestre de 2008”, admitiu um técnico da instituição.

O presidente do BC, Henrique Meirelles, vinha tentando “esfriar” os ânimos, insuflados por empresários e sindicalistas, alegando que o Copom não correria o risco de agir com “irresponsabilidade”. Mas todo o argumento conservador usado por ele se desfez com as informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, “é crucial aproveitar , na plenitude, o espaço que existe na política monetária e promover, no curto prazo, reduções de juros mais intensas”. No entender de Patrícia Branco, sócia-gestora da Global Equity, “a preocupação do Copom neste momento não é com a inflação, mas com o risco de deterioração ainda maior da atividade econômica”.
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

11 de março de 2009

O Globo

Manchete: Indústria desaba, consumo cai e já se teme 2009 com recessão

Queda do PIB no 4º trimestre, maior que prevista, aumenta pressão por redução de juros

A crise internacional atropelou a economia brasileira no último trimestre de 2008. O país, que crescia há 12 trimestres, registrou queda de 3,6% de outubro a dezembro, surpreendendo analistas. Foi o pior resultado desde o quarto trimestre de 1990, quando o Brasil vivia os efeitos do Plano Collor. Ainda assim, em 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,1%, O forte recuo na produção da indústria, a queda na taxa de investimento e o freio no consumo das famílias – que não acontecia desde o início do governo Lula – provocaram o que o IBGE chamou de "ruptura" no crescimento. O presidente Lula, que em outubro de 2008 previra uma marolinha, disse ontem que “o susto já passou". O resultado do PIB levou consultorias a prever recessão em 2009, o que aumenta a pressão para que o BC corte juros hoje. (págs. 1, 19 a 23, Merval Pereira e "Negócios & Cia"


'Mesmo com PIB perto de zero, não teremos recessão(...) O susto já passou'
Lula, presidente da República
(Pág.1)

'Este primeiro impacto foi violento'
Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil
(Pág.1)

'Ficou difícil atingir a meta de 4% de crescimento'
Guido Mantega, ministro da Fazenda
(Pág.1)

Deputados preparam novo aumento

Na contramão da crise, a Câmara discute aumento para os deputados a pretexto de extinguir a verba extra. O Senado pagou hora extra no recesso. (págs. 1 e 3)

Zuenir Ventura

Aborto, eutanásia e células-tronco: os temas tabus voltam à ordem do dia e o debate está no ar. (págs. 1 e 7)

Justiça dos EUA libera contas de Daniel Dantas

A Justiça dos EUA desbloqueou contas de Daniel Dantas com US$ 50 milhões. A CPI do Grampo foi prorrogada. A Justiça quebrou o sigilo telefônico do delegado Protógenes. (págs. 1, 8 e 9)

Terceirização cria feudos no Estado do Rio

O empresário Arthur César concentra 23,2% dos gastos do estado com serviços terceirizados. O custo de uma merendeira, por exemplo, é R$ 2 mil, mas o salário é R$ 500. (págs. 1 e 12)

Obama propõe pagar mais a bom professor

O presidente Barack Obama propôs uma reforma do ensino, com pagamento extra para professores com melhor desempenho, e ano letivo mais longo. (págs. 1 e 28)

Míriam Leitão

A crise é externa. Mas os erros do governo são muitos. (págs. 1 e 20)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo

Diante de recuo de 3,6%, Lula cobra rapidez na queda de juros básicos

A crise econômica global abortou o maior ciclo de crescimento sustentado da economia brasileira desde o Plano Real. O PIB (soma das riquezas produzidas no país) caiu 3,6% no último trimestre de 2008. Foi o pior desempenho da série do IBGE iniciada em 1996. A comparação com outros países mostra que o Brasil está entre os mais atingidos pela crise, ao contrário do que o governo vinha afirmando. Entre 37 nações, só 5 – Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia, Indonésia e Estônia – afundaram tão ou mais rapidamente que o Brasil.

A queda foi puxada por forte retração no consumo das famílias, a maior em oito anos, e nos investimentos. O resultado foi pior do que o esperado pelo governo. Em reunião como os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), o presidente Lula pediu maior rapidez na redução dos juros e avaliou que o mais adequado é uma queda de 1,5 a 2 pontos. Hoje, o BC define a nova taxa básica, a Bovespa subiu 5,59% impulsionada ainda pelo otimismo mundial com o lucro do Citibank. (págs. 1 e Dinheiro)

Ampliado o limite para o crédito consignado de aposentados

Para estimular o consumo das famílias, o governo decidiu elevar de 20% para 30% o desconto máximo em folha sobre os benefícios do INSS. (págs. 1 e B4)

Senado não cobra punição por pagamento de horas extras

Nenhum senador assumiu a responsabilidade pelo pagamento de hora extra em janeiro a 3.883 servidores do Senado, ao custo de ao menos R$6,2 milhões, nem pediu punição. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse que o pagamento é “absurdo” e mandou seus funcionários devolverem o dinheiro, mas disse que cabe a Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro secretário, tomar providências. (págs. 1 e A6)

PF prende 32 acusados de traficar droga por Cumbica

A Polícia Federal prendeu em SP e MS 32 acusados de integrar três quadrilhas de tráfico internacional que operavam a partir do aeroporto de Cumbica (SP). Segundo a PF, funcionários de vários setores burlaram a segurança para embarcar cocaína. Calcula-se que os 58 já presos na Operação Carga Pesada tenham exportado 1,3 tonelada de droga e acumulado patrimônio de US$ 2 milhões. (págs. 1 e C1)

China tem deflação em fevereiro

A China teve deflação em fevereiro de acordo com os índices de preços ao consumidor (-1,6%) e ao produtor (-4,5%), divulgados ontem. A comparação é com fevereiro de 2008. No caso da taxa para o consumidor, a queda é a primeira desde 2002. O recuo dos preços é a nova prova da desaceleração chinesa, devido à recessão nos principais mercados. (págs. 1 e B8)

Vinicius Torres Freire

Com otimismo em excesso, governo parece alienado. (págs. 1 e B4)

L. C. Mendonça de Barros

Maior vítima do PIB é a imagem da “marolinha”. (págs. 1 e B4)

Editoriais

Leia "Queda vertiginosa", que analisa dados do PIB; e "Aparelho agrário", sobre ilegalidade de sem-terra. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: PIB desaba no 4° trimestre e risco de recessão aumenta

O PIB brasileiro caiu 3,6% no último trimestre de 2008 ante o trimestre anterior. Foi a maior queda da série, iniciada em 1996, e revela que os efeitos da crise internacional afinal chegaram ao Brasil. O resultado foi influenciado pela indústria, que recuou 7,4%, e os investimentos, que tiveram retração de 9,8%. O consumo das famílias, responsável por 60,7% do PIB, caiu 2%, o primeiro resultado negativo desde 2003, No acumulado de 2008, o PIB cresceu 5,1%. Analistas, contudo, preveem que os Investimentos públicos e privados devam cair 6% neste ano, e consideram quase impossível terminar 2009 com crescimento positivo do PIB. Nas circunstâncias atuais, cresce a perspectiva de uma nova queda no primeiro trimestre. Se isso ocorrer, seria um quadro técnico de recessão - dois trimestres seguidos com recuo do PIB. O governo considerou os dados ruins, mas não desesperadores, Para o presidente Lula, “mesmo que (o crescimento) seja próximo de zero, o Brasil certamente será um dos poucos países do mundo que não terão uma recessão". (págs. 1 e B1 a B7)

Mais pressão sobre o Copom

A retração do PIB aumentou a pressão sobre o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que iniciou ontem reunião para definir a nova taxa básica de Juros, hoje em 12,75% ao ano. Até economistas tidos como cautelosos defendem corte de até 2 pontos porcentuais. "Se o Copom diminuir a Selic em 1,5 ponto, mando rezar uma missa ecumênica", ironizou o ex-ministro Delfim Netto. (págs. 1 e B6)

Análises - Celso Ming - Queda deverá afetar o PAC

"Mais do que o tamanho da queda, impressiona a rapidez como a crise chegou", diz o colunista do Estado. "A oposição já usa 'recessão brasileira' para atacar o governo, que ficará mais vulnerável na execução do PAC. O fator político terá força. (págs. 1 e B2)

Análises - Paulo Mansur Levy - Impacto da crise ainda não passou

A magnitude do impacto da crise internacional não deixa dúvidas de que boa parte do crescimento acelerado do País se deveu ao ambiente externo favorável", avalia o economista do Ipea, em artigo exclusivo. "O ajuste às condições externas mais adversas deve prosseguir." (págs. 1 e B6)

Análises - Joseph Stiglitz - O descolamento era só um mito

"Países como o BraSil vão mesmo sofrer", diz, em entrevista ao Estado, o prêmio Nobel de economia. "Muitos emergentes estão se tornando as vítimas inocentes. A ironia é que, enquanto o governo dos EUA dava lições sobre regulações, suas políticas eram um fracasso." (págs. 1 e B7)

Análises - Claudio Haddad - Recuperação será mais rápida aqui

Para o presidente do Ibmec São Paulo, a "recessão será mais longa e profunda do que se esperava", mas "o Brasil tem como se adaptar mais cedo do que os países desenvolvidos, pois seu sistema financeiro ficou praticamente intacto". Na entrevista, ele conclui: "Essa fase passa". (págs. 1 e B4)

Governo devolve verba do BID para saneamento

O governo federal decidiu devolver R$ 154 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. A verba era destinada a um programa de saneamento em 129 municípios, mas o governo só conseguiu realizar projeto em uma cidade. (págs. 1 e A4)

Notas e Informações - O tombo da economia

No mundo real, o otimismo se esgotou rapidamente, muito mais do que em Brasília. Até agora, o governo programou ações de efeito eleitoreiro. Isso é queimar dinheiro, e não estimular a economia. (págs. 1 e A3)

Marcos Sá Corrêa - Mudando hábitos

Aos olhos da hipocondria ambiental, crise é pausa saudável. (págs. 1 e A17)

PF descobre três quadrilhas de tráfico em Cumbica

A Polícia Federal desbaratou três quadrilhas de tráfico de drogas que atuavam no Aeroporto de Cumbica enviando cocaína a países da África e da Europa. Na operação, iniciada em 2007 e encerrada ontem, 58 pessoas foram presas. (págs. 1 e C1)

Comida infantil é pior no Brasil

Multinacionais não respeitam normas que adotam no exterior. (págs. 1 e Al6)

Terror mata 65 em 3 dias, e Iraque teme escalada

Um terrorista se explodiu em mercado perto de Bagdá, matando 33 pessoas. Com isso, subiu para 65 o número de vítimas no Iraque em três dias, ampliando a tensão no país após o anúncio da retirada americana. (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil

Manchete: Medo da recessão

Retração do PIB em 3,6% no último trimestre de 2008 forçará o BC a reduzir taxa de juros

A economia brasileira teve no fim do ano passado a primeira retração desde 2005 e a pior desde 1996, com o PIB encolhendo 3,6% no quarto trimestre em relação ao terceiro, segundo dados do IBGE. Se, por um lado, o resultado sinaliza uma proximidade perigosa da recessão, por outro abre espaço, na avaliação de especialistas, para o anúncio hoje de um corte de até 2 pontos percentuais na taxa básica de jutos. (págs. 1 e A2 a A6)

Governo dá zoo aos sem-terra

A Comissão de Reforma Agrária do Senado descobriu que o Ministério do Planejamento cedeu ao MST o horto florestal da cidade de Limeira (SP). Incluindo o zoológico com os bichos. Além de pistas de kart e motocross, brinquedos e grande área recreativa. (págs. 1 e A4)

O conselheiro e sua ilha fantástica

A Polícia Federal descobriu que Elmo Bráz-conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais indiciado como membro de quadrilha que acobertava fraudes de prefeitos - é proprietário de uma ilha paradisíaca a 30 km do castelo do deputado Edmar Moreira. (págs. 1 e A7)

Sociedade Aberta - Júlio Gomes de Almeida

Queda do PIB entre 3% e 4% já era esperada. (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta – Ernesto Lozardo

Surgirá o capitalismo corresponsável entre as nações. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta – Cláudio Fonteles

Estado é cínico ao discutir direito ao aborto. (págs. 1 e A11)

Polícia mata menos em ano eleitoral

Dados de novembro do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio mostram queda nos autos de resistência (-14,7%) e homicídios (-6,6%), mantendo tendência sempre verificada em anos de eleições. (págs. 1 e A12)

Empresas da América Latina mais pobres

As empresas de capital aberto da América Latina tiveram queda de 9,7% no valor de suas ações, segundo estudo da consultoria financeira Economatica realizado em 700 companhias. A perda total nos valores de mercado ficou em US$ 105,3 bilhões. As argentinas foram as que mais despencaram: 35.5%. Chilenas e venezuelanas foram as únicas com alta. Entre os países com perdas, o Brasil teve a menor queda: 2,4%. (págs. 1 e A19)

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Correio Braziliense

Manchete: Choque e pressão

Queda brutal do PIB no último trimestre de 2008 aumenta a tensão no BC para reduzir taxa básica de juros. Tombo de 3,6% surpreende equipe econômica.

O tempo está fechado no Banco Central. O Comitê de Política Monetária tem a responsabilidade de anunciar hoje a taxa básica de juros diante do cenário perturbador da economia brasileira. O tombo de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2008 mostra como a crise global atingiu fortemente a produção, o consumo e os investimentos. A redução dos juros é apontada como medida fundamental de recuperação econômica.
Há um consenso no mercado de que o BC deve baixar a Selic em até 1,3 ponto percentual. Mesmo com o corte substancial, as previsões dos analistas são sombrias. "Infelizmente, 2009 será um ano perdido e não estão claro que 2010 será de recuperação", afirma o consultor Sérgio Vale. Para muitos, a recessão é iminente. "Vamos dar o nome verto às coisas: o momento atual é gravíssimo", alerta Júlio Sérgio de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. (pág.1)

Lula garante que não haverá recessão e prevê crescimento a partir deste mês (pág. 1)

Governo anuncia leasing para a casa própria e amplia crédito consignado a aposentados (pág.1)

Brasília vive horas de realeza

Príncipe Charles chega hoje à capital, onde se encontra com Lula e visita o Congresso. Ele e a mulher ficarão hospedados na embaixada britânica. (págs. 1 e 22)

Mais um dia de invasões

Mulheres da Via Campesina mantêm protestos em defesa da reforma agrária. CNA pede intervenção no Pará. (págs. 1 e 9)

Na mira dos encapuzados

Cinco bandidos invadem fazenda de ex-secretário de Agricultura do DF, fazem reféns e roubam. Dois são presos. (págs. 1 e 24)

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Valor Econômico

Manchete: País fica mais perto da recessão

A crise global atingiu a economia brasileira com força no quarto trimestre. Com a queda de 3,6% do Produto Interno Bruto na comparação com o terceiro trimestre, o país está mais perto de um crescimento zero ou mesmo de uma recessão em 2009. No ano, o PIB cresceu 5,1 %.

Algumas das bases de sustentação da expansão econômica foram atingidas. O consumo das famílias, em alta por cinco anos consecutivos, declinou 2%. Os investimentos tiveram uma freada brusca e, na comparação do último trimestre com o anterior, caíram de 8,4% para -9,8%. Do recuo escapou apenas O consumo do governo, que avançou 0,5% no período e 5,5% no ano. É na capacidade de execução de obras de infraestrutura e habitação pelo governo que reside a perspectiva de alguma recuperação do investimento em 2009.

"Pioraram as perspectivas em 2009, aumentando a probabilidade de taxas próximas de zero ou mesmo negativas”, diz relatório da AC Pastore & Associados, do ex-presidente do Banco Central, Affonso Pastore. O cenário é ruim e a consultaria não vê possibilidades de que o consumo das famílias, do governo e os investimentos voltem a se expandir. O BNP Paribas e o Barclays Capital projetam recuo de 1,5% em 2009. Na ponta mais otimista, a LCA Consultores aposta em alta de 1,5% a 2% do PIB.

Marcelo Carvalho, economista do Morgan Stanley, já considera otimista sua previsão de crescimento zero feita no fim de 2008. O tombo do último trimestre piorou a herança estatística ("carry-over") de 2008 para 2009,que ficou negativa em 1,5%- isto é, se a economia não crescer nada em relação a dezembro, o PIB terá contração de 1,5%. Para crescer 1% em 2009, o PIB terá de avançar 1% a cada trimestre, e ele prevê nova queda do PIB no primeiro trimestre.

Para Luiz Carlos Mendonça de Barros, a economia pode se recuperar no segundo semestre, com uma queda mais agressiva dos juros e se a crise americana não se agravar. Ele prevê que o PIB ficará entre zero e -0,5%.

O presidente Lula disse que já esperava um resultado negativo e que "o crédito começa a se normalizar". “Vamos entrar em uma fase de retomada do crescimento", previu. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que "dificilmente" será alcançada a meta de 4% para o PIB, mas descartou dois semestres consecutivos de retração, o que caracterizaria uma recessão técnica. Nenhum dos dois se arriscou a fazer novas projeções. (págs. 1, A3 a A5)

Lula vê após a crise 'mundo menos falso'

O presidente Lula afirmou ontem que sua prioridade no primeiro encontro com o presidente Obama, sábado, será a critica ao protecionismo. Em entrevista ao “The Wall Street Journal", Lula também disse que não se pode aceitar a ideia de que, "por conta da irresponsabilidade de banqueiros e governantes, os mais pobres paguem a conta da crise".

"Rezo por Obama mais do que por mim mesmo”, afirmou Lula. Ele acredita que a crise abre oportunidade para se criar uma economia na qual os financistas tenham um papel menor: "O mundo será menos falso. A economia que vai contar é a que produz milho, arroz, um parafuso, um carro,um terno,um relógio".

Na segunda-feira, Lula participará de encontro com investidores em Nova York, em seminário promovido pelo Valor e o “The Wall Street Journal". (págs. 1 e C6)

Ideias

Rosângela Bittar: Lula dá o tom da campanha eleitoral. (págs. 1 e A11)

Consignado mais alto

O governo federal decidiu ampliar para 30% do valor do benefício a margem que aposentados e pensionistas podem comprometer com parcelas do crédito consignado. Esse limite havia sido reduzido a 20% em maio do ano passado. (págs. 1 e C2)

Infraero reduz investimento em 30% e volta a ter lucros

No ano seguinte ao ápice do caos aéreo e a uma CPI no Senado que investigou indícios de corrupção, a Infraero voltou a apresentar lucro em 2008, de RS 154,4 milhões, pela primeira vez em quatro anos. Foram decisivos no resultado o aumento das atividades operacionais e a retração de 30% nos investimentos por decisão do Tribunal de Contas da União, que mandou paralisar quatro projetos de expansão de aeroportos, cujos contratos tendem a ser rescindidos.

No ano passado, foram investidos R$ 399 milhões, dos quais R$ 278 milhões em recursos próprios - em dois anos, houve queda de quase 62%. Com o reforço de caixa do Programa de Aceleração do Crescimento, a Infraero conta com R$ 1,4 bilhão para gastar em 2009. (págs. 1 e B4)

Transporte rodoviário

A Agência Nacional de Transportes Terrestres deve realizar em julho a licitação de todas as 2.133 linhas de ônibus interestaduais do país, divididas em 125 lotes. O objetivo é aumentar a concorrência e reduzir as tarifas atuais, que serão o teto da disputa. (págs. 1 e A2)

Ideias

Cristiano Romero: a política econômica continua funcionando. (págs. 1 e A2)

Ideias

Carlos Lessa: é correta a política anticrise por meio da construção civil. (págs. 1 e A15)

Usinas perdem crédito garantido por estoques

As empresas de certificação e gerenciamento de risco estão se recusando a administrar "títulos colaterais" oferecidos em garantia a empréstimos e lastreados em estoques das usinas sucroalcooleiras. Eles são uma das poucas fontes de financiamento disponíveis ao setor e, sem ela, o programa do governo, que prevê a estocagem de álcool durante a colheita, pode ser comprometido. As empresas alegam que as usinas utilizam os estoques comprometidos para pagar compromissos de curto prazo, prática que consideram ilegal. Além disso, algumas usinas não pagaram os financiamentos e as seguradoras deixaram de contratar apólices para os papéis. (págs. 1 e B12)

Eternit dribla a crise

A crise e a discussão sobre o fim do amianto não conseguiram atrapalhar os resultados da Eternit no quarto trimestre. Maior fabricante de telhas de amianto do país, com forte presença no setor de construção de baixa renda, a empresa teve lucro de R$ 26,1 milhões, alta de 15%. (págs. 1 e D7)

Recessão americana

Os estoques do setor atacadista nos EUA recuaram 0,7% em janeiro, pelo quinto mês consecutivo, a maior sequência de baixas desde a recessão de 2001. As vendas do setor recuaram 2,9%, pelo sétimo mês seguido. Quedas no estoque do atacado sugerem que as empresas vão cortar a produção. (págs. 1 e Al3)

Citi tenta mostrar reação

O Citigroup teve no primeiro bimestre seu melhor desempenho em mais de um ano, gerando US$ 19 bilhões em receitas,já excluídas as baixas contábeis. Há cinco trimestres o banco registra prejuízos multibilionários. (págs. 1 e C2)

Ideias

Martin WoIf: encontro de cúpula do G-20 em abril fracassará. (págs. 1 e A15)

México puxa a fila das vítimas na AL

Os países latino-americanos mais abertos e grandes exportadores foram mais afetados, até agora, pela crise financeira. O México puxa a fila das vítimas por dois motivos: cerca de 80% de suas vendas externas são para os Estados Unidos e a queda nos preços do petróleo derrubou a receita de exportação.

Logo atrás aparecem Bolívia, Equador, Venezuela e, em menor grau, a Argentina. Esses países sentem - e continuarão sentindo - mais que os vizinhos os efeitos da crise porque não acumularam reservas significativas durante o período de boom das commodities ou porque adotaram políticas econômicas consideradas heterodoxas que, segundo economistas, cobram um preço extra num momento de forte desaceleração.

Embora também atingidos pela recessão, Chile, Peru e Brasil apresentam melhores condições de enfrentar a recessão mundial, avaliam economistas.

No conjunto, a América Latina deverá ter um crescimento muito modesto neste ano, de 0,3%, segundo a previsão revista do Banco Mundial, que antes indicava expansão de 3,4%. (págs. 1 e A16)

EUA e Reino Unido levam ao G-20 um plano para financiar exportações (págs. 1 e Al3)

Valor da S.A. cai para o nível de 2004

A crise financeira fez com que o valor total de mercado das empresas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caísse praticamente à metade em 2008. O indicador, que no fim de 2007 era de 95,4%, levando em conta os preços em reais, caiu para 47,6%, bem próximo aos níveis do fim de 2004. A forte desvalorização das ações é o principal componente dessa deterioração. Em 2007, as empresas valiam quase RS 2,5 trilhões na Bovespa e, ao fim de 2008, apenas RS 1,38 trilhão. (págs. 1 e D1)
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