PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, março 25, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] GAROTO DE ALUGUEL (*)

\o/










[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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(*) GAROTO DE ALUGUEL (Zé Ramalho).

"Baby !
Dê-me seu dinheiro que eu quero viver
Dê-me seu relógio que eu quero saber
Quanto tempo falta para lhe esquecer
Quanto vale um homem para amar você
Minha profissão é suja e vulgar
Quero pagamento para me deitar
Junto com você estrangular meu riso
Dê-me seu amor que dele não preciso (...)'
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ELEIÇÕES 2010/CIRO GOMES [In:] TÚNEL DO TEMPO...

...

Se eleito, Ciro aposta que unirá PT e PSDB no governo

Da Reuters/Brasil Online,

em O Globo:


O deputado Ciro Gomes tem um sonho e uma certeza. Se eleito presidente da República teria no centro de sua coalizão de governo os principais adversários do país: PT e PSDB.

"Eu vou governar com os dois", apostou o pré-candidato nesta quarta-feira. "Nós estamos prontos para fazer a estabilidade da política brasileira."

A tese dessa improvável aliança não é nova. Em 1994, foi Ciro, à época filiado ao PSDB, quem fez o convite a Luiz Inácio Lula da Silva. Oferecia uma chapa do tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) com o petista, naquela mesma hora rejeitada pelo hoje presidente.

Na ocasião, o PT apostou na crítica ao Plano Real e chamava a política de estabilização de "truque" para vencer as eleições". Oito anos mais tarde, Lula assumia o Executivo federal mantendo todos os pilares econômicos de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

"Isso já é uma realidade em vários Estados", argumentou o parlamentar, citando a experiência de Minas Gerais. Lá, os dois partidos se juntaram para eleger Márcio Lacerda, do PSB de Ciro, prefeito da capital. O pacto foi abençoado por Lula à época.

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http://oglobo.globo.com/pais/noblat/default.asp?palavra=ciro+gomes

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...


Para Ciro Gomes o fim aproxima-se

Publicado por Adriana Vandoni

em 10/10/2009 às 16:16 hs.

ciro gomes

(Giulio Sanmartini);

No romance “O triste fim de Policarpo Quaresma”, o autor Lima Barreto cria anti-herói, que já traz no nome “Quaresma” o intermezzo do carnaval e da paixão de Cristo. Policarpo, devido as suas críticas, é preso e condenado ao fuzilamento, pela ordem do presidente Floriano Peixoto que tinha argumentos de traição de Quaresma , que era seu ídolo.

“Mutatis mutandis”, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE – foto) está levando à sua vida política para um triste fim, não por fuzilamento como Policarpo, mas por suicídio, como escreveu Ricardo Noblat.

“Lula quer que Ciro concorra à vaga do governador José Serra (PSDB). Para ganhar? Não, Lula sabe que Ciro não venceria. E que dificilmente um candidato do PT vencerá.

Quer Ciro candidato, como boca de aluguel, só para infernizar a vida de Serra. Ciro e Serra são desafetos pessoais.

Lula aposta que Ciro poderá subtrair em São Paulo votos de Serra para presidente.

Ciro sabe disso. Não quer ser uma boca de aluguel – quer disputar a presidência da República. Mas Lula não quer isso

E quem dentro do PT ou dos aliados tem peito para se opor a Lula? A cumprir-se o desejo de Lula, Ciro ficará sem mandato a partir de 2011. Sem emprego não ficará caso Dilma se eleja.”
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www.prosaepolitica.com.br/
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BRASÍLIA/ORQUESTRA SINFÔNICA [In:] UMA SOGRA (I)''LEGAL''

A ajuda milionária de Eurides ao genro

Sob a batuta de Eurides


Autor(es): Lilian Tahan e Nahima Maciel
Correio Braziliense - 25/03/2010

Deputada distrital destina R$ 10,5 milhões em emendas parlamentares à entidade que paga o salário de R$ 40 mil do seu genro

Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press
Eurides destinou durante três anos emendas para manutenção da Orquestra Sinfônica de Brasília

Cópia da lei que transforma dá o status de utilidade pública à associação


A ingerência da distrital Eurides Brito (PMDB) ultrapassa a esfera política. Filmada guardando dinheiro entregue por Durval Barbosa na bolsa, motivo pelo qual é investigada por quebra de decoro parlamentar, Eurides tem forte influência na cena cultural de Brasília. Mais precisamente na Orquestra Sinfônica da capital. Nos últimos três anos (incluindo 2010), ela destinou R$ 10,5 milhões, em emendas parlamentares, uma espécie de orientação de gastos sugerida pelos deputados ao governo, para a manutenção do trabalho dos instrumentistas profissionais. Entre os quais, seu genro, maestro de renome internacional, Ira Levin.

Dos mais de R$ 10 milhões destinados por Eurides, R$ 5,9 milhões se confirmaram em pagamentos bancários endereçados à Orquestra Sinfônica. Cada distrital tem a oportunidade de indicar R$ 5 milhões por ano com emenda para até 40 projetos. Mas Eurides concentrou média anual de R$ 3,5 milhões para a manutenção da orquestra. O curioso é que antes de chegar ao seu destino final, os recursos fizeram escala na Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Por ser considerada de utilidade pública, abre-se a brecha para que a entidade tenha condições de receber o dinheiro sem a necessidade de licitação, procedimento criado justamente para evitar direcionamento de verba pública. A autoria do projeto que confere essa qualidade à associação também é de Eurides Brito. Em 14 de maio de 2008, a distrital conseguiu a aprovação da Lei nº 4.145, que declara de utilidade pública à entidade. Entre as obrigações contratuais da associação está a de pagamento do salário de R$ 40 mil ao maestro Ira Levin.

Mesmo diante da natureza diferenciada da associação, três pareceres elaborados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal em 2007, 2008 e 2009 orientaram que o vínculo entre a associação e a Orquestra Sinfônica deveria ser feito por meio de licitação, a menos que se apresentassem argumentos capazes de justificar a assinatura de convênio com a dispensa de concorrência pública. “A proposta apresentada nos autos poderia ser levada a efeito, todavia, há de se comprovar comunhão de ações voltadas para o alcance do objeto do convênio, do contrário, restaria configurada uma relação meramente contratual em que uma das partes presta o serviço e a outra processa a remuneração. E, nesse caso, o caminho apropriado seria o da licitação. Esses pareceres foram endossados pela própria assessoria jurídica-legislativa da Secretaria de Cultura, que orientou “cumprimento integral” dos documentos.

Material gráfico
Apesar da suspeita de contrariedade legal, os convênios foram celebrados. E desde novembro do ano passado são objeto de investigação do Ministério Público do Distrito Federal. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) se debruça sobre o caso para conferir, por exemplo, despesas da associação com material gráfico. Em 2009, a intenção da entidade era a de gastar quase R$ 1 milhão para a impressão de 152,2 mil revistas com informações sobre os concertos da Orquestra Sinfônica. Todo o material foi rodado na gráfica Reigraf Editora e Gráfica, que também está sob a mira do MP.

Uma outra desconfiança da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social paira sobre o sistema de contrapartida estabelecido entre a associação e o GDF, que repassa o dinheiro das emendas propostas por Eurides. Uma das obrigações descritas no convênio firmado entre o poder público e a entidade é a de oferecer uma compensação para os repasses autorizados. Essa contrapartida é o pagamento do salário do maestro Ira Levin, conforme está registrado no contrato assinado pelo presidente da Associação de Amigos Pró-Orquestra, Guilherme Quintas. Mas, em vez de bancar o valor, a associação conseguiu patrocínio do Banco de Brasília (BRB) para custear os pagamentos ao maestro. No entendimento do MP, essa triangulação contém indícios de irregularidade, já que repassa ao banco ligado ao GDF o compromisso atribuído à entidade sem fins lucrativos.

Manutenção de atividades


Paulo de Araujo/CB/D.A Press - 13/2/08
Ira Levin assumiu a regência da orquestra em janeiro de 2007


A Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro foi criada em 2007 para receber os repasses de emendas e as doações destinadas às atividades da orquestra. Entre 2007 e 2009, recebeu R$ 5,9 milhões, dinheiro destinado a realizar concertos sinfônicos semanais, concertos didáticos e populares, todos dentro do quadro da temporada da orquestra. De acordo com a deputada Eurides Brito, autora das emendas que autorizam os repasses, o dinheiro era destinado aos pagamentos de maestros e solistas convidados e ao programa de apresentações didáticas para estudantes da rede pública, projeto no qual 20 mil alunos são levados ao Teatro Nacional para assistir a concertos matinais.

A atuação da associação, no entanto, é alvo de questionamento. Além do parecer contrário da Procuradoria do Distrito Federal sugerindo a inviabilidade de realização de convênios com a Pró-Amigos, o próprio secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, admite que já foi aconselhado pelo Ministério Público a deixar de lado a associação. “A associação surgiu na tentativa de criar uma entidade que pudesse receber patrocínios”, explica Gorgulho. Em 2010, os repasses já não serão mais feitos por meio da Pró-Amigos e sim diretamente na secretaria, mas a prestação de contas de 2008 e 2009 está sendo investigada pelo MP.

Na orquestra, a dúvida é quanto ao destino dado às emendas de Eurides. Gorgulho alega que os R$ 5,9 milhões aprovados para 2008 e 2009 são pouco para manutenção das atividades da orquestra. Como é um órgão público, os salários dos músicos são pagos pelo GDF e não estão incluídos nesses repasses, que seriam dedicados exclusivamente à contratação de solistas e maestros convidados, pagamento de lanche e ônibus aos alunos dos Concertos Didáticos, impressão de material gráfico para as apresentações semanais da orquestra, renovação de repertório, concertos populares e pagamento de cachês de músicos. “Essa orquestra tem um custo muito maior. Começamos a fazer apresentação nas satélites, isso é custo. Quando você tem uma orquestra apenas para tocar na terça-feira, é uma coisa, mas quando você tem uma orquestra que participa mais da vida cultural das cidades, ela tem um custo”, diz Gorgulho.

Repasses
Eurides defende que o valor é mínimo diante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), cujo orçamento chega a R$ 43 milhões. No entanto, a orquestra paulistana não é um órgão público e o orçamento, também mantido com repasses do governo estadual, inclui pagamento dos músicos, manutenção de uma academia de aperfeiçoamento profissional, entre outros.

A Pró-Amigos também é responsável pelo pagamento do salário do maestro, que, segundo Gorgulho, não passaria de R$ 25 mil. Esse valor estaria incluído nas contas da associação como uma contrapartida de patrocínio para o convênio firmado pela Pró-Amigos com o BRB, cujo logotipo aparece estampado nos banners que ornamentam o palco nos concertos semanais. “A associação obteve patrocínio para o maestro através do BRB, tal como ocorre com outras orquestras. O patrocínio foi aprovado em todas as instâncias do banco, que exige relatórios mensais documentando todas as atividades para reavaliação do retorno social”, diz Guilherme Eduardo Quintas, presidente da Pró-Amigos de 2007 a 2009.

Ira Levin, genro de Eurides Brito, assumiu a regência da orquestra em janeiro de 2007. Maestro experiente com passagem pela Ópera de Frankfurt e de Bremen, nascido em Chicago (EUA), Levin já foi regente da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. “O maestro é profissional internacional e casou-se em Nova York com a minha filha. A vinda dele para Brasília se deu a convite do então governador Arruda, que tem um filho que estuda música nos Estados Unidos e assistia muito aos concerto de Ira Levin no Teatro Municipal”, diz Eurides, em nota enviada ao Correio. “As intrigas, invejas, ciúmes existem em todos os meios e sempre crescem quando há trocas de governos. Então estamos em momento propício para tal.”

O secretário de Cultura lembra que houve um impasse na escolha do maestro durante a troca de governo em 2007. Gorgulho sugerira o maestro Júlio Medaglia, mas um compromisso político impediu a nomeação. “O Arruda me falou ‘tenho um compromisso com a Eurides, conheço o genro dela, ele está vindo para Brasília e é um maestro de primeira grandeza e gostaria que fosse ele’”, diz o secretário. “Não tem cargo de maestro. Quando ele veio pra cá, criei um cargo de assessor para assuntos artísticos, que era de R$ 5 mil. Ele nem tomou posse porque ainda não tinha visto. Ficou dois, três meses sem receber e encontramos a forma do BRB.” O maestro Ira Levin não quis se pronunciar sobre o assunto. (LT)

A “deputada da bolsa”


Globo.com.br/Reprodução de Internet-30/11/09
Flagrante da distrital guardando dinheiro na bolsa: processo na Câmara

A distrital Eurides Brito (PMDB) foi um dos três deputados que mais se desgastaram com a Operação Caixa de Pandora. Ela aparece em vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa guardando dinheiro de origem suspeita em sua bolsa, o que lhe rendeu a pecha de a “deputada da bolsa”. Ao se reunir com Durval com o objetivo de apanhar o dinheiro, Eurides tomou o cuidado de trancar a porta da sala onde o ex-secretário costumava distribuir as notas reunidas em maços. Em função do flagrante e da citação no Inquérito nº 650, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eurides responde a um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara. Diferentemente dos outros dois distritais — Júnior Brunelli e Leonardo Prudente —, que também são filmados recebendo dinheiro, Eurides não renunciou ao mandato. Diz que vai enfrentar o processo até o fim e em entrevistas recentes tem afirmado que o dinheiro teria sido enviado por Joaquim Roriz para ajudá-la a quitar dívidas de campanha.
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SARNEY [In:] CHOCOLATE SUÍCO, MEIO AMARGO...

SUIÇA BLOQUEIA CONTA DE FILHO DE SARNEY

Conta de US$ 13 mi de filho de Sarney é bloqueada na Suíça


Autor(es): LEONARDO SOUZA e ANDREZA MATAIS
Folha de S. Paulo - 25/03/2010
Rastreado a pedido da Justiça brasileira, depósito não foi declarado à Receita


Suíços retiveram recursos quando Fernando Sarney tentava transferi-los para paraíso fiscal; ele já afirmou não ter conta no exterior

O governo suíço achou e bloqueou conta de US$ 13 milhões controlada pelo filho mais velho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Os depósitos foram rastreados a pedido da Justiça brasileira, por suspeita de que a família do senador tenha remetido ilegalmente dinheiro para fora do Brasil.
Os depósitos estão em nome de uma empresa e eram movimentados exclusivamente por Fernando Sarney, que cuida dos negócios da família no Maranhão. O dinheiro não está declarado à Receita Federal, segundo a Folha apurou.
O bloqueio da conta na Suíça é um desdobramento da Operação Faktor (ex-Boi Barrica), conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Nesse inquérito, Fernando já foi indiciado por formação de quadrilha, gestão financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Recursos no exterior não declarados à Receita caracterizam sonegação de tributos e geralmente são frutos de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Empresas da família Sarney são alvo do fisco e da PF sob a suspeita desses crimes.
O bloqueio determinado pelos suíços ocorreu quando Fernando tentava transferir recursos daquele país para o principado de Liechtenstein, conhecido paraíso fiscal entre a Áustria e a Suíça.
Trata-se de um bloqueio administrativo, adotado preventivamente quando há suspeitas sobre a natureza do dinheiro. Se comprovado que o dinheiro tem origem ilícita, como corrupção ou fraude bancária, o bloqueio passa a ter caráter criminal, e os recursos podem ser repatriados ao país de origem.
Procurado pela reportagem, Fernando disse que não comentaria o assunto. Em 2009, em entrevista ao jornal, ele negou operar contas no exterior.
A Folha também entrou ontem em contato com o escritório do advogado do empresário, Eduardo Ferrão, mas ele não pôde atender a ligação porque estava numa reunião com o pai de Fernando, José Sarney.
Essa é a segunda conta no exterior movimentada por Fernando que foi rastreada pelas autoridades brasileiras e não informada à Receita Federal.
Como a Folha revelou no início do mês, o governo chinês já havia informado o Ministério da Justiça que Fernando transferiu em 2008 US$ 1 milhão de uma conta no Caribe para Qingdao, na China. A ordem foi assinada de próprio punho pelo empresário.
Segundo as autoridades chinesas, os recursos foram creditados na conta da Prestige Cycle Parts & Accessories Limited (uma empresa, pelo nome, de acessórios de bicicleta), exatamente como estava escrito no ordem bancária. Os investigadores brasileiros ainda não sabem qual a finalidade desse depósito.
Tanto no caso da Suíça quanto no da China, as contas não estão diretamente no nome de Fernando, mas no de "offshores" -empresas localizadas no exterior, normalmente em paraísos fiscais. A conta suíça estava registrada em nome de uma empresa chamada Lithia. Fernando consta nos registros da conta como único autorizado a movimentá-la, segundo a Folha apurou.
As autoridades brasileiras aguardam novas informações dos governos estrangeiros para decidir quais passos serão tomados a partir de agora.
A Receita continua a auditoria da família Sarney -as empresas e várias pessoas físicas. A devassa começou em 2008 a partir do trabalho da PF. Os fiscais já detectaram indícios de crimes contra a ordem tributária, como remessa ilegal de recursos para o exterior, falsificação de contratos de câmbio e lavagem de dinheiro.
Na Operação Faktor, a PF interceptou com autorização judicial diálogos e e-mails de Fernando, de familiares e de amigos. Nessas conversas e mensagens, eles tratavam, às vezes em código, de transações no exterior. Numa, o filho de Sarney fala sobre levantar "dois americanos" -US$ 2 milhões, no entendimento da PF.
A movimentação constante de contas ilegais pode caracterizar o que o direito penal define como "crime continuado". Segundo investigadores do caso, a prática pode justificar uma prisão em flagrante.

TELEBRÁS [in:] A MÃO VISÍVEL DO MERCADO (das falcatruas)

Ação da Telebrás perde 44% do valor em um mês

Ação da Telebrás cai 44% em um mês


Autor(es): MARCIO AITH e JULIO WIZIACK
Folha de S. Paulo - 25/03/2010

Cotação sofre queda após notícia sobre envolvimento de Dirceu e restrições à reativação da estatal no plano oficial de banda larga

Pressionado, governo revê utilização da Telebrás no programa e reduz de 3.200 para 300 o número de cidades a serem cobertas


Um mês após a revelação de que o ex-ministro José Dirceu recebeu R$ 620 mil de uma empresa diretamente interessada na eventual reativação da Telebrás, o governo encolheu o alcance do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), e o valor das ações da estatal caiu 44%, quase à metade.
Originalmente, o plano cobriria 3.200 cidades até o final do governo Lula. A nova versão reduziu-se a um simples projeto piloto com 300 municípios que, mesmo assim, seria implantado apenas no próximo governo, não mais em 2010.
Em fevereiro, a Folha mostrou que rumores e vazamentos sobre a reativação da Telebrás, que seria gestora do plano, haviam levado as ações da estatal a um ganho de 35.000% desde 2003 (até o dia 8 do mês passado), valorização recorde investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Uma reportagem seguinte revelou que o ex-ministro José Dirceu, um dos réus no esquema do mensalão, recebeu R$ 620 mil da Star Overseas Ventures, do empresário Nelson dos Santos, dono da Eletronet, empresa que detém os 16 mil quilômetros de fibras óticas que comporiam a espinha dorsal do plano.
Desde o dia 23, quando a segunda reportagem foi publicada, até ontem, esses papéis caíram de R$ 0,00254 para R$ 0,00142. Um investidor que tivesse R$ 100 em ações da Telebrás em 22 de fevereiro teria hoje apenas R$ 56.
A desconfiança aprofundou-se ontem, quando a Folha revelou que o Tesouro Nacional elaborou uma nota técnica condenando a reativação da estatal para ser gestora do PNBL.
Segundo a nota do Tesouro, a Telebrás já está exposta a várias ações judiciais e haveria risco de contaminação de ativos usados no plano.
A posição do Tesouro é contraria à opinião do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nós vamos recuperar a Telebrás. Nós vamos utilizá-la para fazer banda larga neste país"" disse Lula, no último dia 19 de fevereiro, durante um evento em Minas Gerais.
Na ocasião, quando a consultoria prestada por Dirceu não havia ainda sido revelada, Lula explicou da seguinte maneira a valorização extraordinária das ações da Telebrás desde o início do governo: "Primeiro, se cresceu 35.000%, para mim é novidade. Agora, que ela vai crescer, vai".
O objetivo inicial do Planalto era reativar a Telebrás, uma empresa sem patrimônio depois da venda de seus ativos durante a privatização do setor, colocando-a para gerir a rede de 16 mil quilômetros de fibras óticas da Eletronet.
Hoje sob falência, a Eletronet é uma empresa que tem como sócios o próprio governo, por meio da Lightpar, com 49% de participação, e a Contem Canada, companhia da qual o empresário Nelson dos Santos, ex-cliente de Dirceu, é dono.
Santos, sócio do governo na Eletronet, contratou Dirceu entre março de 2007 e outubro de 2009 por um total de R$ 620 mil no período. Segundo Dirceu, a natureza da consultoria prestada foi a "visão de negócios na América Latina". Ambos negam que o serviço tenha sido para fazer lobby.
A rede de fibras óticas da Eletronet está sendo disputada na Justiça pelo governo e pelos credores da empresa.
O governo alega que já detém a posse dessa infraestrutura por ter depositado uma garantia de R$ 270 milhões. Os credores, por sua vez, dizem que esse valor mal cobre o buraco de R$ 800 milhões de dívidas da empresa e que o governo não pode se apropriar da rede para competir com a própria Eletronet na transmissão de dados pela internet.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

25 de março de 2010

O Globo

Manchete: Lula dribla lei para repassar verba a municípios devedores
'Apostamos na ideia de que todo mundo é honesto até prova em contrário'

O governo Lula vai tentar abrir uma brecha, em pleno ano eleitoral, para que municípios de até 50 mil habitantes continuem a receber verbas do programa Territórios da Cidadania, mesmo se estiverem inadimplentes. Ontem, Lula anunciou que encaminhará ao Congresso projeto de lei que permite esses repasses, hoje vetados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O governo não pretende alterar a LRF, mas usar um "jeitinho" já adotado para obras do PAC: fazer os repasses como transferências obrigatórias, e não voluntárias - estas, vetadas pela LRF para devedores. Em solenidade sobre o programa, Lula afirmou: "Resolvemos apostar na ideia de que todo mundo é honesto até prova em contrário. É um voto de confiança que a gente está dando, para fazer fluir o dinheiro que está disponibilizado." (págs. 1 e 3)

E logo, o Bolsa Copa

O projeto já encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional, criado o Bolsa Copa, com pagamento de pensão de, no mínimo, R$ 3 mil por mês aos campeões mundiais de futebol, prevê ainda um prêmio de R$ 150 mil. (págs. 1 e 33)

Rio rejeita nova proposta para pré-sal

Prefeitos se rebelam contra alternativa à emenda Ibsen Pinheiro. Senadores devem mudar texto

Municípios do Rio decidiram romper e se desfiliar da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), depois que a entidade apresentou proposta para redividir os recursos das participações especiais do petróleo. A medida tiraria R$ 3,6 bilhões do Estado do Rio e prejudicaria diversas prefeituras. O senador Francisco Dornelles reagiu e disse que "o espírito da CNM é oportunista e eleitoreiro". O senador Magno Malta (PR-ES) chamou a emenda de "tão ridícula quanto a do Ibsen". Se for adiante, disse, vai propor a partilha de "todos os lucros do país, inclusive as uvas do Rio Grande do Sul e os minérios de Minas Gerais". Pesquisa do site "Congresso em Foco" mostra que maioria dos senadores quer mudar a emenda Ibsen. (págs. 1, 21 e 22 e editorial "Batida de carteira")

Foto legenda: Cerca de 300 estudantes jogam-se no espelho-d'água em frente ao Congresso Nacional para protestar e pedir mais recursos do Fundo Social do pré-sal para a educação

Perita complica o casal Nardoni

O depoimento da perita Rosângela Monteiro reforçou, com detalhes técnicos, as acusações contra Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Ela foi categórica ao afirmar que as marcas da rede de segurança na camiseta de Nardoni são compatíveis com as de quem jogou pela janela a menina Isabella. O advogado dos Nardoni foi agredido diante do fórum. O casal será ouvido hoje. (págs. 1, 10 e 11)

Igreja: pedofilia derruba bispo na Irlanda

O Papa Bento XVI aceitou a renúncia do bispo John Magee, acusado de encobrir casos de pedofilia em sua diocese. Ex-secretário pessoal de três papas, Magee é a mais alta autoridade do clero a cair após a recente onda de escândalos envolvendo padres. (págs. 1 e 29)

Novas medidas podem puxar valor do dólar

O Banco Central anunciou medidas para simplificar as operações de câmbio e facilitar a saída de recursos do país. O presidente do BC, Henrique Meirelles, prevê pressão sobre o dólar. (págs. 1, 26, Míriam Leitão e Flávia Oliveira)

Engenhão já tem vários problemas de estrutura

Inaugurado há apenas três anos, o Engenhão já apresenta cerca de 30 problemas de infraestrutura e manutenção, segundo ofício encaminhado pelo Botafogo à prefeitura há 11 meses e arquivado no Tribunal de Contas do Município. Mas só agora o prefeito Eduardo Paes decidiu convocar uma reunião para amanhã, com o clube e as construtoras. (págs. 1 e 36)

É grave a crise

Califórnia solta presos

O rombo no orçamento da Califórnia forçou o estado a iniciar mudanças para reduzir a superlotação carcerária e a taxa de 70% de reincidência de crimes, a maior dos EUA. O objetivo é remover até o ano que vem 6.500 criminosos de baixa periculosidade das prisões, libertando-os antes do prazo. (págs. 1 e 28)

Chávez estica Semana Santa

Para economizar energia elétrica, o presidente da Venezuela ampliou o feriadão da Semana Santa, que começará na segunda-feira e só terminará no dia 5 de abril, após a Páscoa. A medida foi considerada ineficaz e populista pelo presidente da Fedecámaras. (págs. 1, 30 e editorial "Regime em apuros")

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Folha de S. Paulo

Manchete: Suíça bloqueia conta de filho de Sarney

Segundo autoridades, recursos no exterior chegam a US$13 mi; empresário diz não falar sobre o que não conhece

O governo da Suíça encontrou e bloqueou conta de US$ 13 milhões controlada por Fernando Sarney, filho mais velho de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, relatam Leonardo Souza e Andreza Matais.

Os depósitos foram rastreados a pedido da Justiça brasileira. Segundo a Folha apurou, o dinheiro não está declarado á Receita. O bloqueio ocorreu quando Fernando tentava enviar recursos da Suíça para Liechtenstein, paraíso fiscal.

A medida é administrativa; se comprovado que o dinheiro tem origem ilícita, o bloqueio passará a ter caráter criminal, e os recursos poderão ser repatriados.

Fernando Sarney disse que soube do assunto pela Folha e afirmou que não falaria do que não conhece. Procurada, sua defesa não ligou de volta. Segundo o senador Sarney, "Fernando é maior de idade e tem advogado constituído". (págs. 1 e A4)

Foto legenda: Protesto e prisão

Manifestante é contido em ato contra Serra, reunindo em Franco da Rocha (Grande SP) professores em greve da rede estadual, em que 4 foram presos; é a terceira manifestação contra o governador organizada por sindicato da categoria, ligado ao PT (págs. 1 e A6)

Defesa quer acareação com a mãe de Isabella

A defesa de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni quer uma acareação entre o casal e Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, morta aos cinco anos após ser agredida e jogada pela janela. Os réus devem depor hoje.

Perita disse que a conclusão de que foi Alexandre quem jogou a garota pela janela foi baseada em provas.

O advogado do casal, Roberto Podval, foi xingado e levou um soco de raspão perto do fórum. (págs. 1, C1, C3 e C4)

'Nervoso, quebrei a maquete'

Desde segunda-feira, eu e outras testemunhas ficamos alojados em um lugar sem janelas, sem ventilação.

No plenário, todo o "cárcere" pesou. Nervoso a ponto de não ver os acusados nem os jurados, ainda quebrei um pedaço da maquete quando mostrava o telhado da churrasqueira. (págs. 1 e C3)

Cientistas dizem ter achado na Ásia novo tipo de hominídeo

Cientistas da Alemanha encontraram na Ásia o osso do polegar de um indivíduo com 40 mil anos de idade que não é Homo sapiens nem neandertal, segundo a análise inicial de seu DNA.

Se as estimativas estiverem corretas, a criatura indica migração independente de hominídeos (grupo a que pertence o homem) e uma diversidade oculta de humanos extintos. (págs. 1 e A17)

Para presidente, imprensa cobre com 'má-fé' a ação do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar a imprensa, afirmando que parte dela cobre as ações do governo com "má-fé" e tem "predileção" pela desgraça.

"Acabei de inaugurar 2.000 casas e não sai uma nota no jornal. Caiu Um barraco, é primeira página", disse Lula. O presidente se referia a obras do PAC, cujo balanço o governo maquiou para encobrir atrasos. (págs. 1 e A9)

Lula ignora abuso, diz namorado de mártir iraniana

Em visita a Israel, o escritor Caspian Makan, noivo de Neda Agha-Soltan, morta durante protesto em Teerã, disse que os líderes do Brasil ignoram abusos contra os direitos humanos no Irã, informa Marcelo Ninio. Makan havia sido perguntado sobre a viagem de Lula ao país em maio. (págs. 1 e A14)

Farmácia deverá reter receitas de antibiótico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária quer que a compra de antibióticos só seja feita mediante a retenção da receita pela farmácia.

A proposta será submetida a consulta pública em até um mês, e a previsão é que entre em vigor em setembro. Pela regra atual, o paciente pode apresentar a receita e ficar com ela. (págs. 1 e C8)

Ação da Telebrás perde 44% do valor em um mês

O valor das ações da Telebrás caiu 44% em um mês, depois de a Folha revelar que o ex-ministro José Dirceu recebeu R$ 620 mil de interessado na reativação da estatal e de o governo encolher o alcance de seu plano de banda larga. Antes, a valorização dos papéis da Telebrás, sob investigação, fora de 35.000%. (págs. 1 e B1)

Editoriais

Leia "Devaneio autocrático", sobre Lula e a imprensa; e "Vigilância atrasada", acerca da fiscalização de agrotóxicos. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Mantega cobra de BB e Caixa explicação sobre alta de juros

Instituições reagem contestando metodologia adotada em ranking do BC divulgado pelo 'Estado'

O ministro Guido Mantega (Fazenda) cobrou explicações do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal sobre o aumento de suas taxas de juros, apontado pelo Estado no domingo passado. A reportagem, com base em ranking do Banco Central, mostrou que os bancos públicos lideram a alta dos juros em comparação com os privados. Após o encontro com Mantega, os presidentes do BB, Aldemir Bendine, e da Caixa, Maria Fernanda Coelho, convocaram uma entrevista coletiva na qual negaram que as instituições tenham elevado as taxas de juros mínimas e máximas para seus clientes. Eles criticaram a metodologia usada pelo BC para fazer o ranking, que, disseram, produziu um dado “enviesado”, com uma “interpretação errônea da realidade”. Os dois executivos argumentam que a elevação da taxa média se deve ao fato de BB e Caixa terem aumentado sua carteira de crédito com clientes novos que têm avaliação de risco maior. Segundo Bendine, é “natural” que, nesses casos, acabe ocorrendo uma elevação de juros na média. Ele afirmou que não há mudança na estratégia do governo de manter baixas as taxas dos bancos públicos. (págs. 1 e Economia B10)

Investimento recorde

Os investidores estrangeiros já detém 8,75% (ou R$ 118 bilhões) do estoque de títulos da dívida interna, índice recorde. O interesse se deve às taxas de juros brasileiras, ainda elevadas em relação aos outros paises. (págs. 1 e Economia B9)

Manifestantes são presos ao hostilizar Serra

A Polícia Militar prendeu ontem quatro manifestantes durante evento do qual participava o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência. Os detidos eram de um grupo de cerca de 30 pessoas ligadas à Apeoesp (sindicato dos professores do Estado) que gritavam palavras de ordem contra a comitiva do governador. A PM usou gás pimenta e cassetetes. Serra não quis comentar. (págs. 1 e Nacional A4)

Lula volta a acusar imprensa de má-fé

O presidente Lula disse ontem que os jornalistas têm uma "predileção pela desgraça", ao ignorar as boas ações do governo. Segundo ele, os jornais publicam "muita mentira". (págs. 1 e Nacional A9)

Foto legenda: Tensão. Manifestantes ligados ao sindicato dos professores de SP são reprimidos por PMs durante evento do qual participava o governador Serra

Grécia e Portugal fazem euro desabar

Na véspera da reunião de cúpula dos 27 chefes de Estado e de governo da União Europeia, o euro fechou ontem em US$ 1,3345, cotação mais baixa em relação ao dólar desde maio de 2009, informa o correspondente Andrei Netto. Dois fatores explicam a queda: pessimismo do mercado com acordo entre Alemanha e França para ajudar a Grécia e rebaixamento da nota da dívida de Portugal pela agência Fitch. (págs. 1 e Economia B1 e B3)

'Diário Oficial' publica multas de trânsito

Em edição com 544 páginas, o Diário Oficial da União circulou com a lista de 150 mil infrações cometidas em rodovias federais desde 2005. Trata-se de "notificação" aos infratores, já que as multas haviam sido devolvidas pelos Correios. (págs. 1 e Cidades C5)

Perita afirma que o pai jogou Isabella

A defesa dos acusados de matar a menina Isabella não conseguiu desmontar a conclusão técnica segundo a qual Alexandre Nardoni estava na cena do crime. A perita não teve dúvida ao afirmar que o pai jogou a menina pela janela. (págs. 1 e Cidades C1 e C3)

China e Rússia cobram Irã, que rejeita pressão (págs. 1 e Internacional A14)

Para presidente da OEA, há cúpulas demais na AL (págs. 1 e Internacional A18)

No fundo do mar, o lixo do carnaval de Salvador (págs. 1 e Planeta A20)

Notas & Informações: A negociação Mercosul-EU

Dos dois lados será preciso vencer resistências importantes. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: União pelo Rio: Rio rejeita “emenda do ridículo”

A manobra da Confederação Nacional dos Municípios - apresentar proposta alternativa pela qual as perdas do Rio com o corte dos royalties cairiam de R$ 7 bilhões para R$ 3,6 bilhões - foi torpedeada pela bancada fluminense no Congresso. Para o senador Francisco Dornelles (DEM-RJ), trata-se da "emenda do ridículo". Em represália ao projeto, lançado sem ter passado pela votação dos integrantes da confederação, os prefeitos do Rio decidiram por um boicote, desligando-se da confederação. Uma reunião no gabinete do ministro Edison Lobão selou a estratégia do governo: discussão sobre os royalties, só depois das eleições. (págs. 1 e País A8 e A9 e Informe JB A4)

Foto legenda: MP corta as asas do voo duplo

Pista vazia - Os voos duplos em asa-delta foram interrompidos por solicitação do Ministério Público Federal à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo o MP, a prática não pode ter fins comerciais, como ocorre na rampa de São Conrado. (págs. 1 e Cidade A15)

Tom Jobim para 20 milhões de usuários

Obras de revitalização do Aeroporto Internacional Tom Jobim, nos próximos dois anos, vão criar uma estrutura capaz de receber 20 milhões de passageiros/ano - 9 milhões a mais que atualmente. O planejamento, anunciado ontem pela Infraero, tem como foco principal o turismo na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A3)

Advogado do casal Nardoni é agredido

O clima de comoção popular que cerca o julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá ficou explícito ontem. O advogado Roberto Podval, que defende o casal, foi hostilizado por pessoas que acompanhavam a sessão do lado externo do fórum. A tarde, quando saía de um restaurante para voltar ao plenário, Podval recebeu um chute de um manifestante. (págs. 1 e País A6)

Arma contra a tuberculose

O Rio é o estado com a maior incidência de tuberculose no país: 68,64 casos para cada 100 mil habitantes. Para combater o problema, o Brasil vai testar um novo remédio contra os casos resistentes aos tratamentos tradicionais. A droga diarilquinolina já está sendo estudada pela Fiocruz. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Petrobras em busca de dólares

A Petrobras planeja fazer uma operação de aumento de capital capaz de atrair de US$ 15 bilhões a US$ 25 bilhões até o fim do ano. Segundo o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, a captação será feita mesmo que o projeto de lei da capitalização não seja aprovado durante votação no Congresso. (págs., 1 e Economia A17)

Sociedade Aberta

Dom Antonio Augusto Duarte
Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Reflexões a favor da feminilidade. (págs. 1 e A11)

Sociedade Aberta

Fabiano Santos
Cientista político e professor

Pré-sal: a hora é de negociar. (págs. 1 e A11)

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Valor Econômico

Manchete: BC avança na liberalização do câmbio

Entre as mais importantes medidas de liberalização do câmbio aprovadas ontem pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está a autorização para que o Tesouro Nacional compre, no mercado doméstico, dólares equivalentes a suas dívidas vincendas em até 750 dias (o prazo era de 360 dias). Empresas brasileiras não financeiras que emitirem Depositary Receipts (DR) também poderão deixar no exterior os recursos captados pelo tempo que desejarem. Pela regra anterior, essas companhias tinham de fechar o contrato de câmbio no prazo de cinco dias.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou uma série de iniciativas para simplificar e desburocratizar as normas que regem o capital estrangeiro no país. A Resolução nº 3.844 consolidará num único texto todas as normas relativas ao registro dos fluxos de investimentos diretos, créditos externos, royalties, entre outros, hoje dispersos em 60 normas que serão integralmente revogadas. Também serão excluídos da regulamentação 320 textos, entre resoluções, circulares e cartas circulares que ainda estavam em vigor, embora em desuso. Elimina-se, assim, a exigência de autorização prévia do BC para a realização de transferências financeiras para o exterior, mecanismo conhecido como "gavetão", que permitia à autoridade monetária administrar as saídas de capitais. (págs. 1 e A3)

Foto legenda: Ser ou não ser

Indefinido sobre sua possível candidatura a vice-presidente, Guilherme Leal, da Natura, tem uma certeza: o país deve "crescer qualificadamente e não a qualquer custo". (págs. 1 e A16)

Fundos da Petrobras patinam

O projeto da Petrobras de financiar seus fornecedores por meio da criação de fundos de recebíveis está patinando. Iniciado em meados do ano passado, o programa pretendia levantar até R$ 4 bilhões com investidores, que seriam usados para antecipar recursos aos fabricantes de insumos e prestadores de serviços à estatal.

O primeiro fundo lançado, o BR2, enfrenta dificuldade para comprar os recebíveis dos fornecedores. Dos R$ 100 milhões que captou, só conseguiu aplicar R$ 8 milhões. Por isso, no dia 6 de abril, os cotistas vão decidir em assembleia se dão - pela segunda vez - mais tempo para a gestora BI Invest fazer a aplicação ou se liquidam o fundo. A Petrobras não se manifestou sobre o problema. (págs. 1 e C1)

União latina de bolsas traz vantagens

As parcerias da BM&FBovespa com as bolsas latino-americanas abrem aos investidores brasileiros a chance de diversificação e redução de riscos, apesar de os mercados da região seguirem, na maior parte das vezes, as mesmas tendências. No início do ano, a bolsa brasileira fez parceria com a chilena para desenvolver uma rede de conectividade. Agora, deve anunciar acordo semelhante com a da Colômbia e tenta o mesmo com as do Peru e México.

Estudo do professor Alexandre Espírito Santo, diretor do curso de Relações Internacionais da ESPM-RJ, analisou por uma década a correlação entre o Ibovespa, o IPC, da bolsa mexicana, o IPSA, da chilena, e o Merval, da argentina. Os números mostram que a maior correlação do Ibovespa ocorre com o Chile - em 92% das vezes os dois mercados caminham na mesma direção. (págs. 1, D1 e D2)

Para voltar à cozinha, Samsung diminui seus preços no Brasil

O sucesso das vendas de linha branca em 2009, puxado pela redução do IPI, chamou a atenção para uma lacuna no portfólio da Samsung. Ao contrário da rival LG, a empresa não atuava nesse mercado desde 2008, quando deixou de importar uma linha premium de refrigeradores, de até R$ 15 mil. Agora, a Samsung volta a vender linha branca, mas a preços mais "módicos", na faixa de R$ 4 mil.

A empresa também vai produzir no Brasil aparelhos de ar-condicionado e um conjunto integrado por televisão, blu-ray, home theater e óculos que funcionam com a tecnologia 3D. (págs. 1 e B6)

Especulação joga açúcar em 'montanha-russa'

Após atingir o maior preço em três décadas na bolsa de Nova York, no fim de janeiro, as cotações do açúcar iniciaram queda vertiginosa, que já acumula 40% em menos de dois meses. O comportamento reaqueceu as discussões sobre os riscos inerentes ao forte aumento da especulação nos mercados de commodities agrícolas. Se na alta ajudou o lucro dos exportadores e afetou os países pobres, o movimento, agora de baixa, é um alento para a agroinflação, mas uma ameaça aos negócios. (págs. 1 e B16)

Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, entra no lobby por caça sueco para atrair fábrica (págs. 1 e A4)

Argentina retém carne

Pecuaristas argentinos chegaram a acordo com o governo para por fim às restrições alfandegárias às exportações. Aceitaram uma cota de 350 mil toneladas, 40% menos que as vendas do ano passado. (págs. 1 e A10)

Diebold estuda aquisições

A Diebold, empresa americana que produz autocaixas e urnas eletrônicas no Brasil, tem US$ 506 milhões para investimentos no país e analisa novas aquisições. (págs. 1 e B2)

Negócios em expansão

Crescimento da economia e aumento do nível de emprego deverão elevar a concessão de crédito neste ano em mais de 20% sobre o estoque de 2009, diz Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban. (pág. 1)

Aposta na inovação

A Fundação Biominas vai criar um fundo de capital de risco para investimento em projetos de inovação na área farmacêutica. A meta é alcançar até R$ 250 milhões. (págs. 1 e B10)

Chineses compram a Itaminas

O empresário Bernardo de Mello Paz vendeu sua mineradora de ferro Itaminas à chinesa Birô de Exploração e Desenvolvimento Mineral do Leste da China (ECE) por US$ 1,2 bilhão. (págs. 1 e B11)

Expectativa de retomada

Depois de 12 anos de crescimento ininterrupto, a movimentação de contêineres no Brasil diminuiu 14,3% no ano passado, em relação às 4,5 milhões de unidades de 2008. A previsão para este ano é chegar ao recorde de 4,7 milhões. (págs. 1 e B11)

Mais café

Os brasileiros nunca beberam tanto café quanto em 2009. Pesquisa da associação das torrefadoras mostra que 97% da população consome o produto. A demanda da indústria cresceu 4% no ano passado. (págs. 1 e B15)

Crise europeia

Rebaixamento da classificação de crédito de Portugal e incertezas sobre o pacote de ajuda à Grécia derrubam o euro à menor cotação em relação ao dólar em dez meses. (págs. 1 e C2)

Ideias

Maria Inês Nassif: regras partidárias propiciam a má política. (págs. 1 e A6)

Ideias

José Roberto Campos: a inflação ressurge nos países asiáticos. (págs. 1 e A2)
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RADIOBRAS.
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