A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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terça-feira, março 27, 2012
BRASIL / RIO+20 [In:] SEM CLIMA NESSE MEIO...
Meio ambiente fora da Rio+20
Conferência sob pressão |
Autor(es): agência o globo:Roberta Jansen |
O Globo - 27/03/2012 |
Cientistas, governos e ONGs criticam a falta de foco e de uma agenda consistente
— Esperávamos mais dos documentos e da agenda oficial — afirmou. — Entendo que não é uma conferência ambiental, e sim calcada em três pilares, social, econômico e ambiental. Mas o que está acontecendo é que clima e biodiversidade, por exemplo, estão de fora da conferência. Falta ciência. Estamos perdendo espécies num ritmo sem precedentes. Somos um dos países de maior biodiversidade, e não discutiremos isso na Rio+20. Não teremos os pilares econômico e social sem o ambiental. Joly afirmou ainda que falta peso político à conferência. Segundo ele, dos 60 chefes de Estado que já confirmaram presença, a grande maioria é da América Latina e da África. — Os mais importantes (neste tema) não estão lá, os que têm peso político, como EUA, União Europeia, China, Japão. E essa será uma oportunidade única, não podemos esperar mais 20 anos. O representante do ministério disse que o rascunho do documento é vago demais. — O Brasil tem um corpo diplomático reconhecido por sua capacidade de negociação e articulação — disse. — Como anfitriões, deveríamos nos colocar mais presentes, ter um papel diferenciado, liderando mudanças. Precisamos de um esforço conjunto para evitar um fracasso. Por exemplo, se os chefes de Estado estiverem lá e concordarem que o planeta tem limites que devemos considerar, entender e respeitar, já é meio caminho andado. Mas, sem isso, fica muito difícil. Do outro lado do Atlântico, as expectativas não eram melhores. Na terceira rodada de negociação informal, em Nova York, os países em desenvolvimento, reunidos no chamado G-77, grupo do qual o Brasil faz parte, temiam que o calendário apertado de reuniões preparatórias resulte num documento generalista, desperdiçando a oportunidade política de criar uma coordenação multilateral sobre o tema e de se implementarem ações concretas em escala global. Por acreditar que não há tempo para costurar consenso, o grupo começou a pressionar o comitê executivo da Rio+20 por mais rodadas de negociação. Apesar disso, o secretário-executivo da comissão brasileira da Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, está otimista. Ele acredita que já há convergências importantes. Chegou ontem às mãos do secretário-executivo da Rio+20, Sha Zukang, uma carta-denúncia contra a exclusão dos direitos humanos do documento final que será apresentado na conferência, em junho, no Rio. Uma cópia da carta também foi entregue ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e a negociadores na organização. A retirada de temas considerados fundamentais, como o direito à água potável e ao saneamento adequado, era um temor que acabou se confirmando. Intitulado "Rights at risk at the United Nations" (Direitos em risco nas Nações Unidas), a carta, assinada por representantes globais da sociedade civil e movimentos sociais de todo o mundo, denuncia que, "de forma alarmante", a ONU estaria sendo usada como plataforma para atacar direitos que, por definição, deveria defender. Os tópicos excluídos do documento incluem desde o direito à alimentação e à nutrição adequada até promover acesso à terra especialmente a mulheres, povos indígenas e outros grupos vulneráveis. ---- |
CUBA e PAPA BENTO 16 [In:] ''LIBERTAS QUAE SERA TAMEN''
Em Cuba, papa pede 'liberdade'
Em Cuba, papa pede justiça, liberdade e reconciliação para "todos os cubanos" |
O Estado de S. Paulo - 27/03/2012 |
As primeiras palavras do papa Bento XVI ao chegar ontem a Cuba foram uma mensagem de encorajamento e de solidariedade à população do país. "Carrego no meu coração as justas aspirações e legítimos desejos de todos os cubanos, onde quer que se encontrem", disse. Hoje, no Santuário da Virgem da Caridade, o papa pedirá intercessão para que guie os destinos dessa amada nação pelos caminhos da justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação". As primeiras palavras do papa Bento XVI, ao desembarcar às 14h30 de ontem (16h30 em Brasília) no aeroporto de Santiago de Cuba foram de encorajamento e solidariedade aos cubanos. Ao longo de sua fala, pediu justiça e liberdade, além de referir-se aos presos e às "justas aspirações" dos cubanos. Enquanto discursava, dissidentes denunciavam uma onda de detenções e cortes na comunicação (mais informações na página A13). "Carrego no meu coração as justas aspirações e legítimos desejos de todos os cubanos, onde quer que se encontrem, seus sofrimentos e alegrias, suas preocupações e desejos mais nobres, e de modo especial dos jovens e idosos, adolescentes e crianças, enfermos e trabalhadores, presos e seus parentes, assim como os pobres e necessitados", disse Bento XVI diante do presidente Raúl Castro. Há três dias, durante viagem para o México, Bento XVI afirmara que o comunismo "já não funciona em Cuba". O papa acrescentou que a Virgem do Cobre (mais informações na página A13) deu alento à defesa e promoção de tudo que dignifica a condição humana e seus direitos fundamentais. O papa adiantou que pedirá à Virgem "sua intercessão para que guie os destinos dessa amada nação pelos caminhos da justiça, paz, liberdade e reconciliação". Raúl afirmou que a Constituição cubana garante plena liberdade aos cidadãos e mantém boas relações com as religiões. "Estamos satisfeitos com as estreitas relações entre a Santa Sé e Cuba que transcorreram sem interrupção, durante 76 anos, sempre com base no respeito mútuo", disse o irmão e sucessor de Fidel Castro, sem mencionar as dificuldades enfrentadas pela Igreja nas primeiras décadas da Revolução, quando as escolas católicas foram nacionalizadas, o acesso aos meios de comunicação foi proibido e dezenas de sacerdotes tiveram de deixar o país. Bento XVI salientou que "profundas raízes cristãs... moldam a identidade mais profunda da alma cubana", mas observou que ainda há muitos aspectos em que se pode e se deve avançar. Ao pedir bênçãos divinas para os cubanos, "em particular para os que se sentem desfavorecidos, os marginalizados e todos os que sofrem no corpo e no espírito", Bento XVI disse estar convencido de que "Cuba, nesse momento particularmente importante de sua história, já está olhando para o futuro e se esforça para renovar e alargar seus horizontes". Bento XVI lembrou que a visita de seu predecessor, João Paulo II, 14 anos atrás, deu "novo vigor" à Igreja na ilha e inaugurou uma etapa de "maior colaboração e confiança" nas relações entre Igreja e Estado. Raúl recebeu o papa ao pé da escada do jato da Alitalia que o levou do México a Cuba. Vestido em trajes civis, o presidente cumprimentou o papa e caminhou ao lado dele num tapete vermelho, até um toldo improvisado ao lado da pista. Bento XVI embarcou então no papamóvel em direção à sede do arcebispado, no centro de Santiago de Cuba. Centenas de pessoas aplaudiram a passagem do papa. O governo decretou feriado na cidade. Durante a missa, Bento XVI evitou temas políticos na homilia. Na parte final do sermão, ele conclamou os que vivem "de Cristo e para Cristo, com as armas da paz, perdão e compreensão, lutem para construir uma sociedade aberta e renovada". ------ --- |
GOVERNO DILMA [In:] 15 MESES DE GOVERNO ...
A incompetência virou elogio
Autor(es): agência o globo:Marco Antonio Villa |
O Globo - 27/03/2012 |
O governo Dilma Rousseff lembra o petroleiro João Cândido. Foi inaugurado com festa, mas não pôde navegar. De longe, até que tem um bom aspecto. Mas não resiste ao teste. Se for lançado ao mar, afunda. Não há discurso, por mais empolgante que seja, que consiga impedir o naufrágio. A presidente apresenta um ar de uma política bem-intencionada, de uma tia severa e até parece acreditar no que diz. Imagina que seu governo vai bem, que as metas estão cumpridas, que formou uma boa equipe de auxiliares e que sua relação com a base de sustentação política é estritamente republicana. Contudo, os seus primeiros 15 meses de governo foram marcados por escândalos de corrupção, pela subserviência aos tradicionais oligarcas que controlam o Legislativo em Brasília e por uma irritante paralisia administrativa. Inicialmente, a presidente vendeu a ideia que o Ministério não era dela, mas de Lula. E que era o preço que teria pagado por ser uma neófita na política nacional. Alguns chegaram até a acreditar que ela estaria se afastando do seu tutor político, o que demonstra como é amplo o campo do engodo no Brasil. Foi passando o tempo e nada mudou. Se ocorreram algumas mudanças no Ministério, nenhuma foi por sua iniciativa. Além do que, foi mantida a mesma lógica na designação dos novos ministros. Confundindo cara feia com energia, a presidente continuou representando o papel de hábil executiva e que via a política com certo desprezo, como se os seus ideais de juventude não estivessem superados. Como sua base não é flor que se cheire, acabou até ganhando a simpatia popular. Contudo, não se afastou deste jardim, numa curiosa relação de amor e ódio. Manteve o método herdado do seu padrinho político, de transformar a ocupação do Estado em instrumento permanente de negociação política. E ainda diz, sem ficar ruborizada, que não é partidária do toma lá dá cá. Dá para acreditar? O Ministério é notabilizado pela inoperância administrativa. Bom ministro é aquele que não aparece nos jornais com alguma acusação de corrupção. Para este governo, isto basta. Sem ser enfadonho, basta destacar dois casos. Aloizio Mercadante teve passagem pífia pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Se fosse demitido na reforma ministerial - aquela que a presidente anunciou no último trimestre do ano passado e até hoje não realizou -, poucos reclamariam, pois nada fez durante mais de um ano na função. Porém, como um bom exemplo do tempo em que vivemos, acabou promovido para o Ministério da Educação. Ou seja, a incapacidade foi premiada. O mesmo, parece, ocorrerá com Edison Lobão, que deve sair do Ministério de Minas e Energia para a presidência do Senado, com o beneplácito da presidente. O que fez de positivo no seu ministério? Numa caricata representação de participação política, Dilma patrocinou uma reunião com o empresariado nacional para ouvir o já sabido. Todas as reclamações ou concordâncias já eram conhecidas antes do encontro. Então, para que a reunião? Para manter a aura da Presidência-espetáculo? Para garantir uma fugaz manchete no dia seguinte? Será que ela não sabe que não tem o poder de comunicação do seu tutor político e que tudo será esquecido rapidamente? Uma das maiores obras da atualidade serve como referência para analisar como o governo trata a coisa pública. Desde quando foi anunciada a transposição de parte das águas do Rio São Francisco, inúmeras vozes sensatas se levantaram para demonstrar o absurdo da proposta. Nada demoveu o governo. Além do que estava próxima a eleição presidencial de 2010. Dilma ganhou de goleada na região por onde a obra passaria - em algumas cidades teve 92% dos votos. Passaria porque, apesar dos bilhões gastos, os canteiros estão abandonados e o pouco que foi realizado está sendo destruído pela falta de conservação. Enquanto isso, estados como a Bahia estão sofrendo com a maior seca dos últimos 30 anos. E, em vez de incentivar a agricultura seca, a formação de cooperativas, a construção de estradas vicinais e os projetos de conservação da água desenvolvidos por diversas entidades, a presidente optou por derramar bilhões de reais nos cofres das grandes empreiteiras. A falta de uma boa equipe ministerial, a ausência de projetos e o descompromisso com o futuro do país são evidentes. O pouco - muito pouco - que funciona na máquina estatal é produto de mudanças que tiveram início no final do século XX. A ausência de novas iniciativas é patente. Sem condições de pensar o novo, resta ao governo maldizer os países que estão dando certo em vez de aprender as razões do êxito, reforçando um certo amargor nacional com o sucesso alheio. No passado a culpa era imputada aos Estados Unidos; hoje este papel está reservado à China. Como em um conto de fadas, a presidente acredita que tudo terá um final feliz. Mas, até agora, o lobo mau está reinando absoluto na floresta. Basta observar os péssimos resultados econômicos do ano passado quando o Brasil foi o país que menos cresceu na América do Sul. E a comparação é com o Paraguai e o Equador e não com a Índia e a China. Não é descabido imaginar que a presidente foi contaminada pelo "virus brasilienses". Esta "espécie", que prolifera com muita facilidade em Brasília, tem uma variante mais perigosa, o "petismus". A vacina é a democracia combinada com outra forma de governar, buscando a competência, os melhores quadros e alianças programáticas. Mas em um país marcado pela subserviência, a incompetência governamental se transformou em elogio. --- |
EMPRESAS PONTO.COM [In:] ''WHERE ARE YOU?''
COMÉRCIO ELETRÔNICO DEVE TER ICMS RATEADO ENTRE ESTADOS
COMÉRCIO ELETRÔNICO DEVE TER ICMS RATEADO ENTRE ESTADOS |
Autor(es): Por Ribamar Oliveira e Maíra Magro | De Brasília |
Valor Econômico - 27/03/2012 |
O governo quer resolver um conflito entre os Estados que está se transformando em nova guerra fiscal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu que o Senado aprove o mais rápido possível a proposta de emenda constitucional (PEC) que muda o sistema de cobrança do ICMS nas vendas pela internet, o chamado comércio eletrônico. Atualmente, quase toda a receita do ICMS no varejo eletrônico fica nos Estados do Sul e Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, sedes das empresas "pontocom". Os demais Estados tentam participar do bolo, cobrando alíquota adicional de ICMS, o que está sendo questionado na Justiça sob o argumento de bitributação O comércio eletrônico não existia no Brasil quando a Constituição foi promulgada. Assim, ela disciplinou só as formas tradicionais de venda, nas quais o ICMS deve ocorrer na origem quando o consumidor final estiver em outro Estado e não for contribuinte do imposto. A PEC apoiada pelo governo muda isso e determina que parte do ICMS incidente nas chamadas vendas não presenciais, como é o caso do comércio eletrônico, ficará com o Estado de destino da mercadoria, na forma a ser definida pelo Senado. Enquanto isso não ocorrer, os Estados destinatários ficarão com 70% da diferença entre a alíquota interna e a interestadual do ICMS. "Vamos aprovar a PEC ainda neste semestre", disse o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômico (CAE) do Senado. O faturamento do comércio eletrônico cresce em ritmo superior a 25% ao ano e chegou a R$ 18,7 bilhões em 2011, segundo estimativa da e-bit. O número de consumidores cresceu cerca de 9 milhões em relação a 2010. Estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste alegam perdas de receita. A Bahia diz que deixou de receber R$ 90 milhões em 2010, antes de começar a cobrar um adicional sobre essas operações. No Mato Grosso, a Fazenda calcula prejuízos de quase R$ 300 milhões. No Piauí, impedido de cobrar o ICMS por liminar do STF, a Fazenda reclama de evasão de R$ 140 milhões por ano. Outros Estados, como o Ceará, continuam cobrando o adicional. --- |
ECONOMIA/PIB [In:] DIMINUIR PARA AUMENTAR II
IPI vira arma contra nova queda do PIB
IPI menor até junho |
Autor(es): Victor Martins |
Correio Braziliense - 27/03/2012 |
Assustado com a notícia de que o PIB, total das riquezas produzidas no país ficou negativo em 0,13% em janeiro, o governo decidiu manter o corte de imposto de eletrodomésticos e ainda o estendeu a móveis, laminados, lustres e luminárias. Também sinalizou financiamento mais barato para veículos Governo mantém corte de imposto de eletrodomésticos e estende benefício a móveis, lustres e luminárias
Ante a fraqueza da indústria, que segue em plena recessão, e com o fraco desempenho da economia — pelas contas do Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,13% em janeiro —, o governo prorrogou o prazo do benefício fiscal dado a eletrodomésticos da linha branca e estendeu a desoneração para móveis, laminados, lustres e luminárias. Com a medida, o Palácio do Planalto acredita que os consumidores irão às compras até junho, atrás de preços mais convidativos, ajudando a atividade a sair do atoleiro em que se encontra. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado em geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas e tanquinhos acabaria em 31 de março próximo. Mas a presidente Dilma Rousseff atendeu o apelo do empresariado com o qual conversou na semana passada e bateu o martelo pela extensão do benefício antes de embarcar para a Índia. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo abrirá mão de R$ 489 milhões entre abril e junho, renúncia considerada apropriada ao estímulo que se quer dar à economia. No caso do fogão, o IPI caiu, em dezembro do ano passado, de 4% para zero e, nas geladeiras, de 15% para 5%. Já nas máquinas de lavar, a redução foi de 20% para 10% e nos tanquinhos, de 10% para zero. Agora, ressaltou Mantega, o governo decidiu baixar o IPI sobre móveis de 5% para zero e o das luminárias e lustres, de 15% para 5%. Para os aços laminados, o tributo passou de 15% para zero. "A contrapartida é a manutenção do emprego. Não pode haver demissões nesses setores. Em fevereiro, a indústria admitiu 50 mil trabalhadores e queremos que isso continue", disse o ministro, em entrevista na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Mantega deixou clara, ainda, a preocupação com o ritmo de atividade econômica, diante da fragilidade do setor produtivo, que pode jogar o PIB para baixo. "Estamos tomando medidas para estimular a economia. Os consumidores poderão aproveitar preços menores", afirmou. "A economia crescerá a taxas (anualizadas) próximas de 5% no segundo semestre. Isso levará a um crescimento maior que o de 2011", estimou. Reformas José Luís Oreiro, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), considera as medidas adotadas para sanear a indústria, até o momento, tímidas. "Tanto que não foi capaz de conter a alta do real ante o dólar e reprimir o processo de desindustrialização", criticou. Ele alertou para a dificuldade do governo em garantir a competitividade da indústria. A seu ver, para o setor recuperar o fôlego, o dólar teria que estar entre R$ 2,20 e R$ 2,30. "Sem resolver esse problema, o crescimento a médio prazo será muito baixo, em torno de 3% ao ano", disse. R$ 16,9 bi a exportadores Altos e baixos da era Mantega O ministro da Fazenda, Guido Mantega, completa hoje seis anos à frente da pasta. Segundo economistas, ele coleciona, nesse período, decepções e vitórias. Para alguns, o período pré-Mantega limitava-se ao debate acerca do ajuste fiscal e do controle da inflação. Com sua chegada, passou-se a falar novamente em desenvolvimento do país. Entretanto, transformar esse debate em realidade tem se mostrado uma missão complicada. Ele não conseguiu tocar, até agora, nenhuma reforma estrutural e tem atuado como bombeiro, apagando incêndios, sobretudo na indústria. Falta também, na visão dos especialistas, cumprir a promessa feita no discurso de posse, em março de 2006, de fazer o Brasil "crescer aos limites do seu potencial". A economia brasileira, a exemplo das limitações de Mantega, oscila entre altos e baixos, quase um voo de galinha (veja gráficos abaixo) — chegou a registrar retração em 2009 e um crescimento expressivo em 2010. A taxa básica de juros (Selic), a despeito de estar em queda, permanece entre as mais altas do mundo. E a inflação, que ano passado fechou em 6,5%, o limite máximo de tolerância, incomoda o bolso do consumidor. --- |
ECONOMIA/PIB [In:] DIMINUIR PARA AUMENTAR
Mantega prorroga corte de IPI para eletrodomésticos
Governo prorroga isenção de IPI para linha branca e inclui mais três setores |
Autor(es): RICARDO LEOPOLDO e FRANCISCO CARLOS DE ASSIS |
O Estado de S. Paulo - 27/03/2012 |
O ministro Guido Mantega (Fazenda) prorrogou por mais três meses a redução do IPI sobre eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras, e sobre móveis. O objetivo é estimular a economia. Em janeiro, o Índice do Banco Central sobre atividade econômica indicou retração de 0,13% ante dezembro, em razão do fraco desempenho da indústria. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a prorrogação por mais três meses da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que recai sobre os eletrodomésticos da chamada linha branca (geladeiras, lavadoras de roupa, tanquinhos e fogões). A medida também passa a valer para móveis, laminados e luminárias, e o objetivo do governo é estimular a economia. Com isso, o governo deixará de arrecadar R$ 489 milhões, disse o ministro ao anunciar as medidas em reunião com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As desonerações já estão em vigor e valem até o fim de junho. A contrapartida das indústrias, ressaltou Mantega, é o compromisso de manutenção dos empregos. "Esperamos até que o número de empregos seja aumentado para atender à demanda, que deve crescer", afirmou. Anunciada em dezembro de 2011, a redução do IPI da linha branca valeria até o fim deste mês. Nos últimos três meses, sob o impulso do benefício fiscal, as vendas desses produtos subiram cerca de 20% em relação a igual período do ano passado, segundo levantamentos de representantes do varejo. Além da prorrogação do benefício, Mantega também anunciou que serão reduzidas as alíquotas do IPI incidentes sobre toda a linha de móveis (de 5% para zero), para o papel de parede (de 20% para 10%), laminados (de 15% para zero) e de luminárias e lustres (de 15% para 5%). As medidas fazem parte da estratégia do governo de tentar reanimar a economia neste início de ano, depois da divulgação de resultados ruins nos últimos meses. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Mantega se reuniram em Brasília com 28 grupos empresariais e prometeram mais estímulo para a indústria. Ontem, ao chegar à sede da Fiesp, o ministro afirmou que as desonerações tributárias serão importantes para dar continuidade ao processo de expansão da economia neste ano. "O País deverá estar crescendo ao redor de 5% no segundo semestre", afirmou Mantega. O ministro lembrou que o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 2,7% no ano passado, mas concluiu que, com vários estímulos oficiais, especialmente a queda de juros pelo Banco Central e desonerações fiscais, será possível fazer com que a economia do País avance 4% em 2012. Mantega explicou que o setor de materiais de construção, que também reivindicava estímulos, não foi contemplado com medidas semelhantes pois já é beneficiado por regime de isenção fiscal há pouco mais de dois anos. O ministro ressaltou que o governo prepara outras medidas para estimular a economia, citando a desoneração da folha de pagamento para vários segmentos da área industrial. Mas, não deu mais detalhes sobre que tipo de ações o governo está estudando. --- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS |
27 de março de 2012
O Globo
Manchete: Judiciário debate se ficha limpa vale para tribunais
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) começou a debater ontem resolução que obriga os tribunais do país a contratar apenas pessoas com ficha limpa para ocupar cargos de confiança. A proposta, apresentada pelo conselheiro Bruno Dantas, recebeu dois votos favoráveis, antes de um pedido de vista. O ministro Ayres Britto, que presidiu a sessão e assumirá a presidência do CNJ no mês que vem, considerou a proposta "extremamente louvável" por se inserir no princípio da moralidade administrativa previsto na Constituição. Se aprovada, a nova regra só não atingirá o Supremo Tribunal federal, que não é submetido às decisões do CNJ. (Págs. 1 e 3)
TJ abre processo contra juiz
Meio ambiente fora da Rio+20
O mais importante evento ambiental antes da Rio+20 começou ontem em Londres com críticas à conferência que o Brasil sediará em junho, relata a enviada especial Roberta Jansen. O representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Joly, reclamou que temas como biodiversidade e clima ficaram de fora e que nenhum chefe de Estado de países poluidores confirmou presença. O sociólogo inglês Anthony Giddens, um dos grandes teóricos da economia verde, afirmou que não há compromisso político. (Págs. 1 e 28)
Papa dá recado velado aos Castro
Pimentel tem dez dias para se explicar
Rocinha: Líder comunitário é executado
Arma "não letal" provoca outra morte
Confidências indiscretas de Obama
Eike vende a árabes fatia da sua empresa por US$ 2 bilhões (Págs. 1 e 23)
Foto legenda: Em chamas contra a China
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Folha de S. Paulo
Manchete: Início de ano fraco faz Dilma ampliar ajuda à indústria
A equipe econômica do Planalto lançou novas medidas de estímulo pouco após o Banco Central divulgar recuo de 0,13% na atividade econômica em janeiro.
Para incentivar a indústria, Guido Mantega (Fazenda) anunciou a ampliação da desoneração em vigor e a inclusão de novos setores. (Págs. 1 e Poder A4)
Fundo soberano de Abu Dhabi paga US$ 2 bilhões a Eike Batista por 5,67% da holding EBX. (Págs. 1 e Mercado B1)
Benjamin Steinbruch
Em colapso e depenado, setor industrial precisa de correção já, enquanto é tempo. (Págs. 1 e Mercado D10)
Eliane Cantanhêde
Com roteiro óbvio, entrevista de Dilma foi correta, mas sem emoção nem novidades. (Págs. 1 e Opinião A2)
Polícia de SP apura suspeita de propina em hospitais
A prefeitura afirma estar à disposição para esclarecimentos. A empresa diz que não foi notificada. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Jovens de 7 capitais protestam contra acusados de tortura
Papa Bento 16 se diz solidário aos cubanos e cita presos
Opositores do governo de Raúl Castro querem se reunir com o pontífice, que hoje visita Havana, e dizem que 150 pessoas foram presas desde sábado. (Págs. 1 e Mundo A10)
EUA propõem fila rápida na imigração para brasileiros
Foto legenda: Pelo Tibete
Saúde
Homem é morto por disparo de pistola Taser em Florianópolis (Págs. 1 e Cotidiano C9)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Projeto dos EUA facilita entrada de brasileiros
Em um projeto-piloto, o governo americano vai começar a livrar alguns brasileiros das filas de imigração nos principais aeroportos dos EUA. O programa, conhecido como Global Entry, vai selecionar inicialmente 150 brasileiros com visto de negócios (B1) para entrar naquele país passando apenas por um quiosque automático. Depois de um ano, o programa vai ser estendido para 1,5 mil turistas com visto B2. O objetivo é diminuir em até 70% o tempo de espera do passageiro na imigração. "É o primeiro passo para a isenção de visto para brasileiros", disse o adido americano de alfândega e proteção de fronteiras, Jaime Ramsay. Os EUA também estabeleceram novas regras para agilizar a concessão de visto. A partir de agora, vistos expirados nos últimos quatro anos, desde que sejam para não imigrantes, podem ser renovados sem entrevista. (Págs. 1 e Cidades C1)
Espanhóis: regra mais dura
Na próxima segunda-feira, começam a valer regras mais rígidas para a entrada de espanhóis no Brasil. Os turistas terão de apresentar diversos comprovantes. (Págs. 1 e Cidades C1)
Mantega prorroga corte de IPI para eletrodomésticos
Em Cuba, papa pede 'liberdade'
Deu para ouvir, Obama
Secretários vão reforçar equipe de Serra
Árabes põem US$ 2 bi nas empresas de Eike (Págs. 1 e Economia B15)
Polícia de SC mata com pistola de choque (Págs. 1 e Cidades C4)
Prefeitura atrasa repasses de educação (Págs. 1 e Vida A17)
Rubens Barbosa
O grito de alerta contra a desindustrialização e em prol do emprego, com a perspectiva de mobilização, acendeu a luz vermelha em Brasília. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
O PSDB se saiu duplamente mal da prévia para a escolha do seu candidato à Prefeitura da capital. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Senado vota o fim do 14º e 15º salários. Agora vai?
Na semana passada, um pedido de vista impediu que a extinção do 14º e 15º salários fosse discutida na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que tem 27 senadores. Ouvidos pelo Correio, 12 deles não quiseram se pronunciar sobre a questão, mas 13 se declararam favoráveis ao fim dos pagamentos extras. Se cumprirem a palavra, no mínimo haverá um empate. Nesse caso, o presidente da CAE, Delcídio Amaral, promete votar a favor da proposta que seria então levada ao plenário. Se não houver um nova manobra, o Senado dará hoje o primeiro passo para enterrar o privilégio, uma afronta aos brasileiros que trabalham para sustentá-los. (Págs. 1 e 2)
Entre Deus e a ditadura
IPI vira arma contra nova queda do PIB
Protesto na Índia marca encontro dos Brics
Fanático recrutava para ataque
Taser mata em Florianópolis
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Valor Econômico
Manchete: Comércio eletrônico deve ter ICMS rateado entre Estados
Atualmente, quase toda a receita do ICMS no varejo eletrônico fica nos Estados do Sul e Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, sedes das empresas "pontocom". Os demais Estados tentam participar do bolo, cobrando alíquota adicional de ICMS, o que está sendo questionado na Justiça sob o argumento de bitributação. (Pág. 1)
EUA cortam preferências da Argentina
Ometto quer energia e logística
Aplicador sênior impera na bolsa
Para os que não conhecem muito do mercado acionário ou não querem ter trabalho, um caminho são os fundos de ações. A idade não trouxe esse desejo de comodidade para o aposentado Ernesto Heisler, de 82 anos. Assim como quando começou, aos 19 anos, ele mantém o investimento direto em ações. (Págs. 1 e D1)
Alemanha vive difícil travessia rumo ao fim da energia nuclear
Um ano após metade das usinas do país terem sido desligadas, o governo diz que a conversão para a eletricidade gerada por fontes renováveis está a caminho. Mas especialistas afirmam que a transição mostra-se difícil. (Págs. 1 e A12)
Fundo dos Emirados na EBX
Warner quer barrar venda da EMI
General Atlantic entra na Aceco
Gol vai reduzir tripulações
Cummins constrói fábrica
Demanda fraca desafia o algodão
Debêntures do BNDESPar
Fazenda "perdoa" dívida de R$ 20 mil
Ideias
Ninguém hoje, nem os mais extravagantes libertários, propõe o fim dos bancos centrais ou sua "independência" da política. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Ex-governador, prefeito e duas vezes candidato à Presidência, esperava-se de Serra melhor desempenho na prévia tucana. (Págs. 1 e A8)
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